24 DE JUNHO DE 2022
16ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM À
AVIAÇÃO BRASILEIRA
Presidência: CASTELLO BRANCO
RESUMO
1 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia a composição da
Mesa. Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene para
"Homenagem à Aviação Brasileira", por solicitação deste deputado, na
direção dos trabalhos. Convida o público
a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
2 - FAGNER MOURA
Mestre de cerimônias, convida os presentes a cantarem o Hino
dos Aviadores. Anuncia a exibição de vídeo, produzido
pela Força Aérea Brasileira, em homenagem a Alberto Santos Dumont, patrono da
Aeronáutica. Anuncia a exibição de vídeo produzido pelo canal de internet Hoje no
Mundo Militar, sobre a história da Força Aérea Brasileira.
3
- ALAN ELVIS DE LIMA
Major-brigadeiro, comandante do IV Comando Aéreo Regional (IV
Comar), faz pronunciamento.
Presidente da Sociedade Brasileira de
Heráldica e Humanística, a representar o presidente da Associação Paulista de
Imprensa, Sérgio de Azevedo Redó, faz pronunciamento.
5
- ANTONIO ALVES
TEIXEIRA
Presidente da Academia Willian Shakespeare, faz
pronunciamento.
6
- RAUL MARINHO
Gerente técnico da Associação Brasileira de Aviação Geral
(Abag), a representar o diretor geral da Abag, Flávio Pires, faz
pronunciamento.
7 - FAGNER MOURA
Mestre de cerimônias, anuncia a
apresentação musical do cantor Guilherme Silva.
8
- PAULO MIGUEL DE CAMPOS PETRONI
Conselheiro da Fundação Santos Dumont, faz
pronunciamento.
9
- DOMINGOS AFONSO ALMEIDA
Diretor geral da Associação Brasileira de Táxis-Aéreos e de
Manutenção de Produtos Aeronáuticos (Abtaer), faz pronunciamento.
10
- LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA
Presidente do Aeroclube de São Paulo (ACSP), faz
pronunciamento.
11 - FLAVIA MAIA
Gerente da Helibras, a representar o diretor da empresa,
Alessandro Branco, faz pronunciamento.
12
- DANIEL MARQUES
Conselheiro consultivo da Fundação Astronauta Marcos Pontes,
a representar o astronauta, faz pronunciamento.
13
- MARCEL GOMES MOURE
Coronel aviador e presidente da Rede Voa, anuncia a exibição
de vídeo sobre a empresa e faz pronunciamento.
14
- ANTONIO JOSÉ ÁGUEDA
Suboficial da Aeronáutica e presidente da Associação dos
Militares Veteranos e Pensionistas de Militares de Guaratinguetá (Amiga), faz
pronunciamento.
15
- CARLOS HAROLDO NOVAK
Superintendente do Aeroporto de
Congonhas/SP, faz
pronunciamento.
16
- RENATO ACHOA
Diretor da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, faz pronunciamento.
17
- CLEMENTE CALVO
CASTILHONE JUNIOR
Delegado de polícia do Serviço Aerotático (SAT) da Polícia
Civil de São Paulo, faz pronunciamento.
18 - MARLON
DALLA MARIGA ARAÚJO
Tenente-coronel do Comando de Aviação
da Polícia Militar de São Paulo (CavPM), faz pronunciamento.
19 - RICARDO
JOSÉ NIGRI
General de divisão e comandante de
Aviação do Exército, faz pronunciamento.
20 - JEANCARLO NUNES ARAUJO
Capitão
de corveta da Aviação Naval, faz pronunciamento
21 - SERGIO RICARDO MACHADO
Contra-almirante e presidente da Amazônia Azul Tecnologias de
Defesa S.A. (Amazul), faz pronunciamento.
22 - ALBERTO BARRETO
Vereador de Taubaté, faz pronunciamento.
Brigadeiro do ar e comandante da
Academia da Força Aérea (AFA), faz pronunciamento.
24 - ANTONIO MARCOS GODOY
SOARES MIONI RODRIGUES
Brigadeiro
do ar e comandante da Escola de Especialistas da Aeronáutica (EEAR), faz
pronunciamento.
25
- CORONEL NISHIKAWA
Deputado
estadual, faz pronunciamento.
26 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Disserta sobre a importância da data. Aborda a história da
aviação brasileira. Relata sua trajetória nas Forças Armadas do País.
27 - SERGIO MARCONDES
Coronel reformado do Exército
Brasileiro, faz pronunciamento.
28 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Realiza a entrega de placas de homenagem a integrantes da aviação brasileira, presentes na
solenidade.
29 - FAGNER MOURA
Mestre de cerimônias, anuncia a exibição de vídeo da Força
Aérea Brasileira sobre a aviação de reconhecimento.
30 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Castello Branco.
* * *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Senhoras
e senhores, bom dia. Prezadas autoridades presentes, iniciamos agora a sessão
solene em homenagem à aviação brasileira. Meu nome é Fagner Moura, mestre de
cerimônias. Estarei conduzindo os trabalhos nesta manhã.
Esta solenidade
está sendo realizada em formato presencial, no Plenário Juscelino Kubitschek,
com transmissão ao vivo pela Rede Alesp, na televisão e também pela internet.
Você pode
acompanhar esta solenidade pelo canal oficial do YouTube da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo e também pode acompanhar os melhores
momentos nas redes sociais do deputado estadual Castello Branco. O endereço?
Castellobrancosp. “Castello” com dois Ls.
Convidamos para
compor a Mesa as seguintes autoridades: Exmo. Sr. Deputado estadual Castello
Branco, proponente que presidirá esta sessão solene; Exmo. Sr. Deputado
estadual Coronel Nishikawa; major-brigadeiro Elvis, comandante do IV Comar;
almirante Altum, diretor do Centro de Desenvolvimento de Submarinos da Marinha.
(Palmas.)
General Nigri,
comandante do Comando da Aviação do Exército Brasileiro; brigadeiro Pontirolli,
assessor parlamentar e relações institucionais do Comando da Aeronáutica;
brigadeiro Gobett, comandante da Academia da Força Aérea; almirante Sergio
Ricardo, presidente da Amazul; capitão de mar e guerra Ciola, chefe do
Estado-Maior do Comando do 8º Distrito Naval. (Palmas.)
Capitão de
corveta Jeancarlo, representando a Aviação Naval Brasileira; comandante da
Aviação da Polícia Militar do Estado de São Paulo, representado pelo
tenente-coronel Dalla. (Palmas.) Finalizando a composição da Mesa, coronel
Marcondes, pioneiro da retomada da aviação do Exército. (Palmas.)
Também
destacamos as seguintes autoridades e personalidades presentes nesta sessão
solene: Sr. Carlos Haroldo Novak, superintendente da Infraero; Dr. Clemente
Calvo Castilhone Junior, delegado divisionário de polícia da Divisão de
Operações Especiais da Polícia Civil do Estado de São Paulo; major Cruz, do IV
Comar; coronel Escobar, também do IV Comar. (Palmas.)
Sr. Anderson
Favaro Mariano, diretor da Associação dos Veteranos das Forças Armadas, Forças
Auxiliares e Bombeiros; Sr. Atailson da Cruz Santos, diretor da Escola de
Aviação do ABC - ABC Fly. (Palmas.)
Em
representação ao Sr. Flávio Pires, o Sr. Raul Marinho, da Associação Brasileira
de Aviação Geral; Sr. Luiz Antônio de Oliveira, presidente do Aeroclube de São
Paulo. (Palmas.)
Sr. Renato
Achoa, vice-presidente da Azul Linhas Aéreas Brasileiras; Sr. Gilberto
(Inaudível.), vice-presidente da Associação dos Veteranos das Forças Armadas; Sr.
Sérgio de Azevedo Redó, presidente da Associação Paulista de Imprensa; Sr.
Paulo Miguel de Campos Petroni, conselheiro da Fundação Santos Dumont.
(Palmas.)
Também
destacamos os militares da Força Aérea Brasileira, o tenente-coronel Doneda,
coronel Fernandes. Destacamos a presença da perita Rosangela Llanos, do Secrim
aqui de São Paulo, e do perito Eduardo Llanos. Destacamos a presença da
secretária nacional de articulação do Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações, Christiane Gonçalves Corrêa; Sr. Mario Damasceno Cerqueira, diretor
da Agruban - Associação Amigos do Grupo Bandeirante; Sr. José Messina,
representando o Colégio Dante Alighieri. (Palmas.)
Sr. Walter
Parreira, da Ibéria Espadas; Sr. Elton da Silva Jacques, delegado da Polícia
Federal; Sr. José Luiz Conrado Vieira, representante da Sociedade Brasileira de
Eubiose, juntamente com a Sra. Paula Regina Medeiros Gomes. (Palmas.)
Também
destacamos a presença do vereador da cidade de Taubaté, Alberto Barreto, e do
pastor Maurício Soares, da Igreja Cogic 3 - Resgate para a vida. (Palmas.).
Convidamos o Exmo. Sr. Deputado estadual Castello Branco para realizar a
abertura oficial da presente solenidade.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Sob
a bênção e a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos legislativos nos
termos regimentais da Assembleia Legislativa de São Paulo. Esta Presidência
dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e agradece às Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, autoridades militares e civis presentes.
Minhas senhoras
e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo atual presidente desta
Casa Legislativa, nobre deputado Carlão Pignatari, atendendo à solicitação
deste deputado, Castello Branco, com a finalidade de prestar uma justa
homenagem à aviação brasileira e à Força Aérea Brasileira.
Declaro aberta
a presente sessão. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA -
Reiteramos a presença do brigadeiro do ar Antonio Marcos Godoy Soares Mioni
Rodrigues, comandante da Escola de Especialistas da Aeronáutica (Palmas.), que
compõe a Mesa nesta solenidade.
Convidamos a
todos para que, de pé, em posição de respeito, cantemos o Hino Nacional
Brasileiro, que será executado pela Banda Sinfônica da Base Aérea de São Paulo,
sob a regência do suboficial Josiel. Música de Francisco Manuel da Silva e
letra de Joaquim Osório Duque Estrada.
* * *
- É
entoado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Destacamos
a presença do Sr. Dom Antonio Alves Teixeira, presidente da Academia William
Shakespeare e, também, do coronel Marcel Moure, presidente da Rede Voa.
Convidamos a todos para cantar o Hino dos Aviadores, letra do capitão Armando
Serra de Menezes e música do tenente João Nascimento.
*
* *
- É feita a
apresentação musical.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Todos
podem se sentar. Destacamos a presença do comandante Renato Achoa, diretor de
Qualidade e Segurança da Azul. Também, da senhora Flávia Maia, gerente de
vendas no mercado governamental da Helibras, do suboficial Águeda, presidente
da Amiga, juntamente com o capitão Moura Brasil.
Convidamos para
assistir a um vídeo produzido pela Força Aérea Brasileira em homenagem ao
patrono Alberto Santos Dumont.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Agora,
nós vamos conhecer um pouco da história da Força Aérea Brasileira a partir do
conteúdo produzido pelo canal Mundo Militar.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Viva a Força Aérea Brasileira, viva a aviação brasileira.
(Palmas.)
Também
destacamos a presença do comendador Dom Galdino Cocchiaro, presidente da
Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, e do Sr. Wagner Frate,
presidente da Associação dos Veteranos da Força Aérea Brasileira. (Palmas.)
Convidamos para
fazer uso da palavra o Exmo. Sr. Major-Brigadeiro Alan Elvis de Lima,
comandante do IV Comando Aéreo Regional. (Palmas.)
O
SR. ALAN ELVIS DE LIMA - Deputado Castello Branco,
inicialmente eu gostaria de dizer da minha imensa satisfação em estar presente
nessa Casa Legislativa, com tantas personalidades significativas para a aviação
brasileira como um todo.
Eu sou nascido em
Brasília, mas vivi quase metade da minha vida no estado de São Paulo, tanto na
Academia da Força Aérea - temos o comandante aqui presente - como também no
Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, em São José dos Campos.
Então, me considero parte
paulistano, e essa é uma das razões por que tenho muita, muita satisfação,
muito orgulho de estar aqui hoje para falar um pouco sobre a participação da
Força Aérea na aviação civil como um todo no Brasil, não só com suas
contribuições para a aviação militar, mas sobretudo para a aviação em geral, da
qual temos muitos representantes aqui, de várias áreas.
Então agradeço muito
realmente ao deputado Castello Branco por essa iniciativa. Saúdo também o
deputado estadual Paulo Nishikawa, que também compõe a Mesa, e os nossos
grandes amigos da Marinha e do Exército Brasileiro, dos quais a Força Aérea
teve origem.
Então agradeço ao
contra-almirante Sergio Ricardo, diretor da Amazul; ao contra-almirante Antoun,
diretor do Centro de Desenvolvimento de Submarinos; o capitão de mar e guerra
Ciola, aqui presente como chefe de estado maior do 8º Distrito Naval.
Também aos nossos amigos
do Exército Brasileiro que se encontram presentes, da ativa e da reserva, o
general Nigri, também recém-selecionado para a promoção, a próxima estrela.
Parabéns, general. Muitas
responsabilidades com certeza virão adicionalmente, mas comandante da aviação
do Exército, com quem a Força Aérea tem um excelente relacionamento.
Os nossos representantes
aqui também da Força Aérea Brasileira - temos aqui o brigadeiro Pontirolli, o
brigadeiro Gobett, o brigadeiro Mioni. Também os nossos comandantes chefes e
diretores de organizações militares sediadas em São Paulo, a nossa banda de
música, que muito nos honra também com a sua presença aqui nesta solenidade,
meus amigos da Força Aérea.
Queria também
cumprimentar as personalidades da aviação civil presentes aqui, das companhias
aéreas, das empresas: meu amigo Carlos Haroldo Novak, aqui do Aeroporto de
Congonhas; senhoras e senhores representantes das empresas de aviação; coronel Marconi também, que está presente,
nosso veterano do Exército Brasileiro; coronel Rocha, da minha turma, que se
encontra presente, prazer em vê-lo, meu amigo.
Senhoras e senhores,
distintos amigos, então a ideia é falar um pouquinho sobre as contribuições da
Força Aérea para a aviação em geral. Isso é bem interessante, deputado, porque
é uma coisa que eu sempre quis falar a respeito e nunca tive oportunidade.
Nós sempre estamos
presentes em alguns eventos que têm um caráter eminentemente militar, e eu sempre
quis fazer uma saudação especial à aviação civil, e não tive essa oportunidade
na carreira. Agora também um agradecimento pessoal a todos os presentes por me
darem a oportunidade de externar essas contribuições da Força Aérea.
Pois bem, o desejo de
voar acompanha o homem desde tempos imemoriais. A imagem de um garoto
observando os pássaros e sonhando com o impossível deslizar pelos ares remonta
a séculos, sonho que parece ter sido uma essência sempre presente nas diversas
fases da história da humanidade. As mitologias grega e romana, por exemplo,
estão repletas de deuses guerreiros e animais alados travando heroicas
batalhas.
Eu, deputado, fui uma
dessas crianças que sonhou com voar, e o Brasil desempenhou um papel de
destaque mundialmente nesse sonho de tantas crianças. Nos séculos 18 e 19, por
exemplo, o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão tornou-se famoso por ter
inventado o primeiro aeróstato operacional.
Júlio César Ribeiro de
Souza, escritor e inventor, foi reconhecido como precursor da dirigibilidade em
balões, mas foi Alberto Santos Dumont, aeronauta, esportista, autodidata e
inventor, quem escreveu o nome do Brasil no ponto mais alto da história da
aviação, ao fazer voar o seu 14-Bis, o primeiro avião mais pesado que ar a
conseguir decolar por meios próprios em 23 de outubro de 1906.
Mas, naquela época, no
início do século 20, a aviação se desenvolvia rapidamente. O transporte aéreo
regular de passageiros, por exemplo, começou no Brasil no dia 3 de fevereiro de
1927, data em que a empresa Condor Syndikat,
atual Lufthansa, realizou o primeiro voo comercial no país.
A rota, que ligava Porto
Alegre a Pelotas e Rio Grande, utilizava o avião Dornier Wal D-112, conhecido
como Atlântico. Era um hidroavião. Foi a primeira aeronave registrada no
Brasil.
A empresa Varig seria
criada em 7 de maio daquele mesmo ano, 1927, e, em novembro de 1933, nascia a
VASP - Viação Aérea de São Paulo. Hoje nós temos um mercado pungente de aviação
civil no Brasil. Esses foram nossos precursores, mas, como muitas vezes ocorreu
na história da humanidade, um acontecimento trágico trouxe benefícios
inesperados.
A eclosão da Segunda
Guerra Mundial impulsionou fortemente tanto a produção de aeronaves em larga
escala quanto o desenvolvimento tecnológico dos meios aéreos. Nasciam aviões
com capacidade inimaginável para aquela época, com maior capacidade de carga,
autonomia, velocidade e altitude de voo. A propulsão a jato das aeronaves
também apresentava resultados promissores.
Essas características se
mostrariam fundamentais para a consolidação da aviação comercial no período
pós-conflito, quando parte da indústria aeronáutica passou a se dedicar à
aviação civil.
E foi justamente nesse
cenário incerto, conflituoso e repleto de desafios que surgiu uma estratégia
visionária que iria impactar nosso país de maneira significativa nas próximas
décadas: a criação do Ministério da Aeronáutica.
Em 20 de janeiro de 1941,
militares, servidores civis, aviões e instalações dos ministérios da Marinha,
do Exército e da Viação e Obras Públicas foram reunidos para estruturar a mais
nova das Forças Armadas do País. A instituição, meus amigos, já nascia com um
objetivo estratégico que persiste até hoje, que é o de impulsionar a aviação
civil e militar no País.
Como não poderia deixar
de ser, o foco inicial se deu no fortalecimento do esforço de guerra, com ações
que futuramente se mostrariam fundamentais também para a aviação civil.
Salgado Filho, o primeiro
a ocupar o cargo de ministro da Aeronáutica, destacou em seu discurso ao deixar
o cargo, no final de 1945 - vejam como é que foi o estado que foi deixado pelo
nosso primeiro ministro.
Abro aspas para ele: “O
Brasil está empenhado em grandes preparativos para tornar-se se uma potência
aérea independente. Deixei uma frota de cerca de 1.500 aviões militares em
condições de uso; cerca de 3 mil pilotos treinados; 15 bases aéreas instaladas;
580 aeroportos funcionando no País, e a maioria deles, cerca de 70%, com pistas
asfaltadas.” Isso em 1945.
O fim da Segunda Guerra,
então, consolidou a certeza de que um país somente exerce a sua soberania de
forma determinante com o domínio do seu espaço aéreo. Com o término do
conflito, e após uma participação repleta de vitórias nas missões aéreas pelo
1º Grupo de Caça, como vimos no vídeo... Por coincidência, deputado, eu nasci
no dia 18 de dezembro, exatamente o dia de criação do Grupo de Caça.
Pois bem. A aeronáutica,
então, com o término da guerra, voltou-se para o objetivo estratégico de
fomentar a indústria nacional, e essa é uma das partes mais interessantes da
nossa história, que eu considero que não é contada, porque vale destacar a
contribuição de um visionário brasileiro pouco conhecido: o marechal do ar
Casimiro Montenegro Filho, pioneiro do Correio Aéreo Nacional.
Cearense, nascido em
Fortaleza em 29 de outubro de 1904, oficial do Exército da turma de 1928, foi
transferido da aviação do Exército para a Aeronáutica quando da criação do
ministério.
Em novembro de 45,
fazendo um resumo muito grande da história de Montenegro, após visitar bases
aéreas americanas e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, ele
concebeu um plano ousado: criar um centro técnico no Brasil constituído por
dois institutos tecnicamente coordenados, um para o ensino técnico superior e
outro para pesquisa e cooperação com a indústria de construção aeronáutica, com
a aviação militar, com a aviação comercial.
Ainda segundo a concepção
do plano, que era chamado de Plano Marshall, quando nos laboratórios houvesse
produtos com potência comercialização, seriam fundadas empresas. Assim nasceram
as bases do desenvolvimento da aviação brasileira.
Podemos ter um vislumbre
do quão desafiador era o plano de Montenegro quando pensamos que, naquela
época, o Brasil sequer fabricava bicicletas.
Não fabricávamos caminhões
no Brasil, deputado. Éramos um país eminentemente agrícola e tínhamos pessoas
numa situação dessa pensando em construir uma indústria aeronáutica no País.
Veja que pensamento
visionário. Nasceu então, em 1950, o Centro Técnico da Aeronáutica, o CTA,
constituído pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o ITA, hoje extremamente
conhecido e reconhecido internacionalmente, e pelo então Instituto de Pesquisa
e Desenvolvimento.
Em que pesem os vários
desafios, o projeto rendeu resultados dignos de nota. Das salas de aula e dos
hangares da Força Aérea em São José dos Campos saíram, nesses 72 anos de
história, várias das mais capacitadas mentes da engenharia aeroespacial do
Brasil. Ainda, empresas como a Embraer, hoje o terceiro fabricante de jatos
comerciais do mundo, com 18 mil empregados e mais de oito mil aeronaves
entregues.
Embora a
trajetória da Embraer seja sempre destaque na nossa indústria nacional, existem
muitas empresas brasileiras atuando em projetos e produção de aeronaves, desde
monomotores para uso recreativo, até helicópteros, dirigíveis e drones
militares. Merece destaque, por exemplo, a Helibras, de que temos
representantes aqui presentes, única fabricante de helicópteros na América
Latina.
Não paramos por
aqui: o avanço das tecnologias no setor aeroespacial continua trazendo
desenvolvimento para a indústria brasileira e para a Força Aérea Brasileira
consequentemente, perpetuando o conceito da tripla hélice, ou seja, a
articulação entre três atores sociais: a universidade, a iniciativa privada e o
poder público.
Aqui também eu
chamo a atenção porque se fala hoje de tripla hélice como uma coisa
extremamente moderna. Isso já existia na concepção de Montenegro em 1940, na
década de quarenta.
Ou seja, o
Brasil à frente em termos de desenvolvimento tecnológico desde aquela época.
Atualmente, nós somos capazes de produzir no nosso País uma aeronave como o
KC-390 Millenium, maior avião de transporte já fabricado pela Embraer e um dos
mais modernos do mundo.
Ao longo das
décadas, a FAB inseriu em seus projetos de desenvolvimento conjunto a
obrigatoriedade da transferência de tecnologia de outros países por meio de
acordo de compensação.
O exemplo mais
significativo e atual é o do Projeto F-39 Gripen, avião de caça produzido em
conjunto com a Suécia. Os conhecimentos advindos desses projetos contribuíram
diretamente para a estrutura e modernização da nossa indústria aeroespacial.
Merece destaque
ainda, nesse apoio à aviação civil, a proteção e o controle do espaço aéreo
proporcionado pela FAB com excelência pelo Decea em apoio à aviação em geral.
Nós temos um
sistema de controle de tráfego aéreo premiado mundo afora e reconhecido pela
excelência, respeitado pela comunidade de aeronáutica internacional. Ele
permite o uso seguro dos nossos ares por mais de 60 milhões de passageiros que
cruzam o Brasil a cada ano.
Pois bem, meus
amigos, a Força Aérea Brasil, assim, construiu uma história de mais de 80 anos
de excelentes serviços prestados à aviação do Brasil, fruto da perseverança, da
determinação e da capacidade de brasileiros, pessoas de coragem e de fé, que
não se dobram diante de desafios e dificuldades, mulheres e homens de fibra,
que não abandonam a esperança em dias melhores.
Esta é aviação
brasileira: o retrato do nosso povo e da nossa capacidade. Todos nós somos as
asas que protegem o País.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA -
Convidamos o Sr. Comendador Dom Galdino Cocchiaro, presidente da Sociedade
Brasileira de Heráldica e Humanística, que também representará o Sr. Sérgio de
Azevedo Redó, presidente da Associação Paulista de Imprensa, para fazer uso da
palavra.
O SR. GALDINO COCCHIARO - Bom dia a
todos. Eu até perdoo o deputado Castello Branco pelo fato de ele ter me
colocado aqui depois dessas brilhantes palavras do comandante do IV Comar, que
não foram só brilhantes, foram talentosas, esclarecedoras, históricas, uma
situação que me deixou assim perplexo em relação à história do que acontece na
nossa aeronáutica, a mais recente das Armas criadas e em defesa do Brasil.
A mais recente,
porque eu considero a Marinha a primeira, pelo fato de D. João VI ter vindo já
e ter a implantação aqui desde a época do nosso navegador principal, o Pedro
Álvares de Gouveia Cabral, o almirante que achou o Brasil. Em Portugal não se
fala “descobriu”; se diz que achou, porque achou, já existia, como é que vai
descobrir? O quê?
Depois vem o
Exército, formado pelos nossos heroicos combatentes, naquela batalha suntuosa,
Guararapes, quando se uniram os descendentes de europeus, descendentes de
africanos, os índios, e formamos o nosso glorioso exército.
Finalmente, o
gênio da aviação, esse que efetivamente conseguiu tirar um objeto pesadíssimo
do solo sem ninguém empurrando, sem puxar, sem ajuda de nada. Ele saiu do ar.
Ficou pouco tempo, mas ele teve já aquele sinal de que nós somos os inventores.
Não adianta
eles dizerem, “os irmãos Wright”, sei lá quem. Não adianta, nós fizemos; ao
mesmo tempo ou não, não importa: o nosso saiu do ar direto, e foi o Santos
Dumont que o fez.
Daí em diante
essa sequência que houve foi maravilhosa, porque nós conseguimos ter o que
temos hoje: uma indústria aeronáutica com a maior tecnologia que existe no
mundo em São José dos Campos, com brasileiros à frente fazendo tudo o que
podem, e exportando tecnologia e as aeronaves.
Mas eu queria
fazer primeiro uma saudação, hoje é Dia de São João, aos nossos irmãos livres e
de bons costumes aqui presentes, e agradecer também o fato de que eu queria
saudar os militares presentes das três Armas, em nome do nosso próprio
comandante do IV Comar, que brilhantemente fez a palestra, o major-brigadeiro
do ar Alan Elvis de Lima, e também saudar as mulheres, em nome da senhora que
está sempre acompanhando, sempre ao lado, e segurando tudo o que é importante
nesse Legislativo no que se refere ao gabinete do deputado Castello Branco, a comendadora
Sra. D. Cláudia Simonsen de Luca, que podem ver, se ela estiver por aí, por
favor, levanta um pouquinho, vamos aplaudi-la. Ela está aí? Olha lá. (Palmas.)
É a Sra.
Castello Branco, essa senhora que faz mais do que os senhores imaginam, porque diuturnamente
ela está presente e informando o que há, não dá muito palpite, mas se é
perguntada, ela fala, viu? E dá a opinião dela e a opinião das mulheres.
Finalmente, eu
queria também saudar todos os civis aqui presentes. É importante que isso se dê
em nome daqueles que estão aqui para abrilhantar. Eu queria fazê-lo em nome da
classe artística, Guilherme Silva, meu irmão, meu amigo, que morou muito tempo
em Portugal, mas tem origem em Moçambique, e que canta e encanta com os seus
shows, abriu recentemente, na Bahia, um show de Roberto Carlos, esteve
recentemente no Faustão.
É uma pessoa
que eu recomendo para que os senhores o tenham como amigo, porque ele é um
homem de bons costumes e livre, e que pode nos auxiliar muito com a arte dele.
(Palmas.)
Obrigado.
Hoje é o Dia da
Aviação do Reconhecimento. O que faz esse tipo de aviação? Não é nem muito
lembrada, mas ela é a mais importante que existe, porque é ela que descobre e
busca os dados de inteligência e monitoramento das áreas de interesse do
Brasil.
É o pessoal que
fica olhando por cima, afinal é a aviação, e sabe tudo como fazer para que haja
o nosso interesse, através dos dados que coletam para entregar aos seus
comandantes, para que eles possam bolar estratégias.
Eu presido a
Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística, que existe há 63 anos. A
sociedade tem o nome de Sociedade Brasileira de Heráldica e Humanística,
Medalhística, Cultural, Ecológica, Beneficente e Educacional.
É um
guarda-chuva onde nós temos ali um portal com diversos segmentos que nós
buscamos atender da melhor maneira possível, precariamente, porque nós somos
uma ONG, uma ONG que nunca recebeu nem pediu sequer um centavo de dinheiro
público.
O próprio
deputado até nos ofereceu, já, que se fizesse uma emenda para nos auxiliar a
profissionalizar, porque é interessantíssimo. O nosso trabalho é mundial. Nós
temos sede, por exemplo, na cidade de Belmonte, no distrito de Castelo Branco,
não por acaso, nasceu Pedro Álvares Gouveia Cabral, onde nós temos lá essa sede
institucional e realizamos solenidades no Dia do Conselho de Belmonte, que é a
cidade onde nasceu o navegador almirante.
O deputado
Castello Branco já esteve algumas vezes lá, e foi homenageado inclusive na
própria cidade de Castelo Branco, onde o presidente da Câmara Municipal de lá
fez a ele uma grande homenagem e o convidou para estar sempre por volta do mês
de abril.
O que ocorre é
que nós não pudemos ir nos últimos dois anos, em função de pandemia, mas
estamos programados para o ano que vem estarmos juntos novamente, e todos os
senhores estão convidados para presenciar aquilo que acontece com a situação de
Portugal e do Brasil, cujo trabalho de 200 anos, o bicentenário da
independência está evoluindo, e nós faremos alguns eventos de muita importância
dentro em breve.
Pediu-me, com
muita simpatia, o Sr. Presidente da Associação Paulista de Imprensa, a API, uma
entidade que existe não há 63 anos, como é o caso da nossa Heráldica, mas há
quase 90, para que eu o representasse nesta cerimônia, dada a circunstância,
que ele tinha uma entrevista televisiva já marcada, de um mês, que não poderia
deixar, que tem algumas pessoas lá também com certa importância, como a dele, e
que seria difícil ele faltar.
O nosso
deputado gentilmente cedeu e disse: “Dom Galdino te representa. Mas quem sou
para representar Sérgio de Azevedo Redó”? Ele é uma pessoa que tem um trabalho
muito interessante feito em prol da imprensa, da liberdade de imprensa.
Nós ficamos
justamente no quarto andar do prédio da API, que fica na Rua Álvares Machado,
nº 22, próximo ao Fórum João Mendes e próximo ao marco zero de São Paulo, que é
a Sé, ao lado da Praça João Mendes.
Ali tem um
prédio de 12 andares, onde, no quarto andar, nós temos a sede da sociedade
Brasileira de Heráldica e Humanística, que abriga diversas ordens honoríficas,
além de fazermos um trabalho ligado à heráldica propriamente dita, que é uma
ciência que cuida da arte e, principalmente, da ciência parassematográfica,
que, no dicionário, se procurarem, vai estar escrito “heráldica”.
Heráldica é a
ciência que pretende perpetuar ao longo dos tempos tudo o que aconteceu no
passado, através de símbolos. Esses símbolos são representados através,
primeiro, de um escudo, depois ele tem alguns ornatos exteriores, tem a
cimeira, tem o listel, tem algumas peças importantes e tem nomes específicos.
Então é uma
ciência um pouco que erudita, de sorte que nós temos esse privilégio de
pontificarmos sobre esse tipo de trabalho, porque a heráldica, ela, quando você
tem brasão de armas, e todos os brasões devem se chamar “brasão de armas”, e
“armas” não é propriamente dito, aquelas que a gente utiliza fisicamente, mas é
aquilo que nós entendemos como as raízes de cada um, então um brasão, todos nós
somos um brasão.
Agora, o brasão
de armas é aquilo que nós representamos pelos acontecimentos históricos de
nossos antepassados até chegar aqui. Nós cuidamos de dois itens importantes,
vieses importantes, dentro da heráldica, da ciência heráldica, e são muitas.
Nós temos então a heráldica de domínio e a heráldica escolar, que nós
escolhemos para falarmos dela e trabalharmos sobre ela.
A heráldica de
domínio se refere aos brasões de armas que podem inferir nos brasões de armas
dos municípios brasileiros, que são 5.572, dos quais 95% encontram-se com
grandes equívocos na sua concepção original.
O próprio
brasão da cidade de São Paulo, onde o dístico é o mais bonito que eu já ouvi e
vi até hoje, significa non ducor, duco, não sou conduzido, conduzo, foi feito
pelo Guilherme de Almeida no ano de 1917, junto com um pintor chamado Arce
Rodriguez.
Através desse
trabalho eles participaram de um concurso. Nenhum brasão dos 37 apresentados
foi aprovado. Três meses depois fizeram outro concurso, se uniram Arce Rodriguez
e o Guilherme de Almeida e acabaram fazendo o brasão de armas da cidade de São
Paulo, que a nossa sociedade, no ano de 1964, quando ainda imperava o governo
militar, quando iniciou, ela mandou para o prefeito da cidade, Dr. Miguel
Colasuono, algumas informações, informando-o que havia equívocos no brasão de
armas da maior Capital que existe no Brasil e na América Latina, que era a
cidade de São Paulo.
Assim, ele
mandou para a Câmara, e ficou 11 anos se discutindo o que ia fazer, até que o
Jânio da Silva Quadros, um outro presidente, conseguiu aprovar isto e mudou,
alterou, o brasão original de São Paulo, que, agora, na coroa mural, em cima,
não tem só três torres aparentes, um total de quatro.
Quem olha por
cima vê quatro, porque são duas metades e uma no centro. Do lado de lá é a
mesma coisa. Mas o atual tem cinco. Se os senhores olharem nos ônibus, vão
notar que a coroa mural, em cima, tem cinco torres aparentes, ou seja, duas
metades e mais três ao centro, que se virar e olhar por cima, serão oito.
Mas esse brasão
de armas teve também algumas outras correções que foram feitas e que eu não vou
me alongar. É só para que os senhores saibam o que nós fazemos, qual é o
trabalho da Sociedade Brasileira de Heráldica na área da heráldica.
Uma outra coisa
é o viés que nós também adotamos, que é o viés chamado “heráldica escolar”.
Então nós fazemos os brasões de armas de algumas universidades, dentre as quais
fomos escolhidos pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, aqui, de São
Paulo, a ESPM, para fazermos o brasão de armas deles, para fazer a concepção
desse brasão.
Eles foram
duros na queda, só lá tem oito escolas de design, imaginem. Para discutir com
esse povo o que você está fazendo ou não, tem que explicar detalhe por detalhe
muito bem explicado.
Chegamos a uma
conclusão bonita e está hoje vigorando. Então temos outros brasões, de outras
universidades também que foram feitos. Cuidamos muito pouco da heráldica de
família, porque heráldica de família existem softwares que vendem já pronto o
brasão - o máximo que nós fazemos é olhar e verificar se não tem muitos
equívocos, e damos um certificado - porque para fazer a concepção precisaria também da genealogia, que é uma
outra ciência, que vai buscar os seus antepassados.
Não sei se se
chama Gonçalves, Gonçales, Gonsales, com “S”, Gonzales, com “Z”, aí começa a
confusão. É espanhol ou é português? Então é melhor não mexer quando a gente
não tem uma estrutura tão grande, e nós não temos, porque nós não usamos
dinheiro público, não recebemos nada para trabalhar, e, do ponto de vista
prático, somos todos voluntários, e também não temos finalidades lucrativas.
Mas temos 63
anos de credibilidade, e é só por isso que o deputado Castello Branco está nos
prestigiando diuturnamente.
Queria
agradecer a todos, particularmente ao meu irmão Guilherme Silva, por ter
comparecido e auxiliado nos trabalhos brilhantes. Aos senhores todos um bom São
João, e que fiquem muito bem com as suas famílias.
Muita saúde,
paz, prosperidade e vida longa. Até mais. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA
- O gabinete parlamentar do deputado Castello Branco agradece a presença dos
alunos da Escola Técnica Adolpho Berezin, de Mongaguá. Convidamos o Sr. Dom
Antonio Alves Teixeira, presidente da Academia William Shakespeare, para fazer
uso da palavra.
O SR. ANTONIO ALVES TEIXEIRA - Bom
dia a todos. Primeiro, eu quero agradecer ao meu irmão, Castello Branco,
deputado desta Casa. E agradecer por este momento tão especial, a aviação
precisa dos senhores e é com muito orgulho que falo isso. Um piloto é a nossa
nação, pode ter certeza disso.
Bom, eu não
preparei um discurso, mas em nome da Academia William Shakespeare, eu agradeço
essa oportunidade de poder falar sobre a Academia, muito rápido.
A Academia
William Shakespeare é uma academia artística - de artes cênicas - que, neste
momento, está prestigiando a aeronáutica, ou o aviador brasileiro. Muito
obrigado, e um bom dia a todos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA -
Convidamos o Sr. Raul Marinho, que representa o Sr. Flávio Pires, presidente da
Associação Brasileira de aviação geral, para fazer uso da palavra. Convidamos o
Sr. Paulo Miguel Campos Petroni, conselheiro da Fundação Santos Dumont, para
fazer uso da palavra... Na sequência ele fará.
Neste momento, pronunciamento da Abag.
O SR. RAUL MARINHO - Bom dia,
deputado Castello Branco; bom dia Srs. Deputados; autoridades aqui presentes.
Eu gostaria de
falar um pouco sobre a aviação geral, que é um segmento da aviação muito pouco conhecido,
compreendido, embora tenha uma importância gigantesca para o desenvolvimento do
País, é uma das mais antigas do País.
Estou vendo
aqui o 14-Bis, do Santos Dumont. Todo mundo conhece o 14-Bis, mas nem todo
mundo conhece o Demoiselle, que foi o
avião de maior sucesso de Santos Dumont; que vendeu centenas de unidades. E é
um exemplo, talvez o primeiro exemplo bem-sucedido de aeronave da aviação
geral.
Bom, entendido
por exclusão, a aviação geral que a Abag representa, que é a Associação
Brasileira de Aviação Geral; ela engloba todos os segmentos que não são - da
aviação civil - a linha aérea.
Então. Nós defendemos os interesses da aviação
privada, dos proprietários de aeronaves privadas, do táxi aéreo. E isso engloba
diversos outros subsegmentos como: o transporte aero médico, que teve uma
importância maiúscula agora no evento da Covid-19.
A aviação
offshore, que faz o transporte de pessoas e cargas entre as plataformas de
petróleo e o continente. Os serviços especializados, foi dito aqui sobre a área
de observação e de prospecção de sítios geológicos, de minerais e assim por
diante. Existe também, a aviação agrícola, o Brasil possui hoje, a segunda
maior frota de aviação agrícola do mundo.
Enfim, todos os
segmentos de aeronaves de pequeno porte; e isso representa, hoje, 95% da frota
brasileira. Então, embora a população
geral conheça muito mais a linha aérea...
Hoje, só para
citar alguns números, a aviação geral tem 9.433 aeronaves em condições de voo,
contra 497 aeronaves de linha aérea. Então, nós somos 95% da aviação do Brasil.
A aviação geral
hoje tem 749 jatos. É o recorde do Brasil, nós nunca tivemos tantos jatos
operando no Brasil. Antes da pandemia, em janeiro de 2020, nós tínhamos somente
640. Para vocês terem uma ideia de como nós crescemos.
A nossa frota
de turboélices, hoje, é de 1.462 aeronaves. Um crescimento de 16%, só no último
ano. São 1.330 helicópteros, é a maior frota urbana do mundo, que aqui em São
Paulo, onde nós temos um controle exclusivo de helicópteros, que é o único caso
do mundo também. Nós temos hoje, no
Brasil, 5.892 aviões a pistão.
No segmento de
táxi aéreo, nós temos aqui a Abtaer (Associação Brasileira de Táxi Aéreo) aqui
presente. Nós temos 600 aeronaves de táxi aéreo em condições de voo, neste
momento. Na nova área dos drones - que também faz parte da aviação geral - nós
temos 93.729 drones operando no Brasil. Sendo que 40.823 são de uso
profissional.
A aviação
geral, nessa época de pandemia, ao contrário da linha aérea; que neste momento,
ainda está com uma movimentação 28% abaixo do que acontecia antes da pandemia.
Nós, hoje, estamos voando 30% mais do que antes da pandemia.
Então, por
incrível que pareça, a pandemia incentivou, ela catapultou a aviação geral em
níveis nunca antes vistos. A aviação geral, não só do Brasil, como do mundo,
está vivendo um dos melhores momentos da sua história.
E a importância
da aviação geral é, principalmente, em relação à conectividade. A linha aérea,
hoje, atende 155 destinos, enquanto a aviação geral chega a todos os 495 aeródromos
públicos, aos 2.681 aeródromos privados e mais 1.329 helipontos no Brasil. Nós
chegamos virtualmente em qualquer lugar do País.
Nós temos hoje
uma profusão de empresas, de pequenas e médias empresas da aviação geral. Ao
contrário da linha aérea, que é concentrada em pouquíssimas empresas; em pouco
mais de meia dúzia de empresas. Nós temos, hoje, 132 táxis aéreos, 286 empresas
de aviação agrícola.
Essas empresas,
hoje, têm uma frota - só na aviação agrícola - de 2358 aeronaves. Para vocês
terem uma ideia, essa é a quantidade total de aeronaves da aviação geral da
China.
Nós temos,
dessa frota de aeronaves da aviação agrícola, nós temos 36% delas à álcool.
Aliás, o Brasil é o único país do mundo que tem aeronaves à álcool. Nós temos
579 oficinas no Brasil; 314 centros de instrução da aviação civil, que são as
escolas e os aeroclubes.
Enfim, é uma
profusão de empresas, de empreendedores que atuam na aviação geral e que muito
pouca gente conhece. E a nossa entidade, a Abag, é afiliada ao Ibac, que é o International
Business Aviation Council, que é uma entidade que funciona no prédio da Icao, a
entidade da aviação civil... Da Organização Internacional da Aviação Civil, em
Montreal.
Nós somos
membros do Conaero, que é o Conselho de Aviação do Governo Federal; nós
participamos de dois comitês lá, o comitê de Aviação Geral e também do Conselho
de Navegação.
Nós
participamos ativamente de diversos conselhos, e também, da agenda regulatória
da Anac, do Decea. Nós temos diversas comissões e participação em comitês para
a aviação aero médica, para segurança de voo. Em segurança de voo nós
participamos de dois.
Nós realizamos
a advocacia do setor em questões tributárias, na medida provisória do voo
simples e em diversas outras ações que a Anac teve nos últimos anos, como o
compartilhamento de aeronaves, a nova regulamentação do setor aero médico.
Nós atuamos
intensamente em parceria com a Anvisa, no estabelecimento de regras para
operação de aeronaves do aero médico no contexto da Covid. Nós também
trabalhamos com a Embraer, no desenvolvimento da nova classe de aeronaves
Evtol, que são aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical.
Nós
participamos no Ministério das Minas e Energia, no comitê de combustíveis
sustentáveis, o querosene sustentável, que é o novo futuro da aviação mundial. Enfim,
queria deixar essas palavras aqui sobre a aviação geral. E novamente, agradecer
o convite do deputado Castello Branco, e agradecer a todos vocês que estão aqui
presentes neste dia dos aviadores.
Muito obrigado,
foi um prazer.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Para
você que acompanha ao vivo pela Rede Alesp de comunicação, pela TV, seja no
canal sete na vivo play, canal nove pela claro; também via satélite, na TV
aberta; e pela internet nós estamos ao vivo do plenário Juscelino Kubitscheck,
nessa sessão solene em homenagem à aviação brasileira.
Quem estava
aqui antes de entrar no ar acompanhou um pouco do som do cantor Guilherme
Silva, que veio direto de Moçambique para abrilhantar este evento. E ele agora
irá fazer uma apresentação, que você também vai poder acompanhar em casa e pela
internet.
Na sequência,
nós continuamos com os pronunciamentos. E a próxima instituição será a Fundação
Santos Dumont.
*
* *
- É feita a
apresentação musical.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Uma
salva de palmas para o cantor Guilherme Silva. Você que está assistindo pela
Rede Alesp, pode marcar ele lá no Instagram, o endereço é: Guilherme Silva
Show.
Convidamos
agora o senhor o Sr. Paulo Miguel Campos Petroni, conselheiro da Fundação
Santos Dumont, para fazer uso da palavra.
O SR. PAULO MIGUEL DE CAMPOS PETRONI - Bom
dia, ou quase boa tarde a todos. É uma grande honra estar presente falando em
nome da Fundação Santos Dumont. O ilustre deputado Castello Branco nos convidou
de improviso e eu tenho feito palestras sobre a vida desse grande brasileiro,
em várias entidades.
Mas, esse
chamamento tão importante do deputado foi colhido de surpresa, e depois das
palestras feitas pelo Brigadeiro, comandante do 4º Comar; e outras ilustres
personalidades. Não tenho tanto a falar.
Mas, eu venho
destacando em outros eventos, em outras palestras a figura humana desse grande
brasileiro: Santos Dumont, que deveria ser mais homenageado, mais lembrado,
mais mencionado.
Não podemos
deixar esquecer essa ilustre figura, que tanto honra todos os brasileiros,
aquele inventor, aquele cientista auto de data, que não usava verbas públicas.
Ele era o projetista, ele era o piloto de provas, ele era o construtor.
Tudo isso com
patrimônio próprio, ele não recebia verbas do governo, de nada. Era tudo do
bolso dele, e sem interesses econômicos, ele não patenteou as suas invenções;
suas invenções eram para o bem da humanidade. Ele era um pontífice, ou seja,
uma pessoa que constrói pontes para unir a humanidade e não para desunir.
Então, essa
figura humana tem que ser exaltada, esse ilustre membro da Força Aérea, membro
honorário da Força Aérea Brasileira. Marechal do ar, orgulho para todos nós
brasileiros e patriotas. Nasceu em Minas Gerais, em uma pequena cidade:
Cabangu, onde a casa ainda existe, preservada. Embora, um tanto esquecida
também.
Fez o auge da
sua carreira em Paris, na França. Mas, não foi só lá que ele esteve com as suas
ideias; esteve na Inglaterra, esteve em Mônaco, voou na Espanha. Então, é uma
pessoa que era um cidadão do mundo, ditou moda em Paris; era conhecidíssimo na
época Belle Époque, de Paris. E viveu, embora não tendo nascido, viveu aqui um
trecho da sua vida mais maduro, aqui nesta capital de São Paulo, onde tem
vários rastros.
Nós temos a
casa do irmão do Santos Dumont, onde ele frequentava; no bairro próximo a
estação da Luz que, hoje, infelizmente abriga a indesejável situação de pessoas
carentes na rua, vulgarmente chamados de Cracolândia. Essa casa está preservada,
é um museu, embora não da aviação, mas é um museu da Eletropaulo.
E aqui ao lado,
neste magnífico Parque do Ibirapuera que nós temos, havia um museu da fundação
do Santos Dumont, aquele prédio chamado Oca, aquela cúpula redonda.
Ali era um museu
da aeronáutica, que inspirou e incentivou tantos jovens como eu, que sou um
civil, mas ligado por muitos motivos à aeronáutica, a seguir o caminho da
aviação, esse amor pela aviação.
Esse museu,
infelizmente, foi extinto há questão de 20 anos atrás, por prefeitos que talvez
não fossem muito bem esclarecidos. Prefeituras que lamentavelmente tiraram o
nosso museu da aeronáutica daqui.
E juntamente
nós da Fundação Santos Dumont, liderados pelo ilustre Brigadeiro Pertusi, que
comandou o 4º Comando do Aéreo Regional. Nós temos como objetivo... Um dos
nossos objetivos além da divulgação da vida de Santos Dumont, é criar um museu
da aeronáutica brasileiro. O Brasil é um país importantíssimo no mundo da
aeronáutica.
Santos Dumont
não foi só o 14-Bis, não foi só o Demoiselle,
ele era um inventor, ele inventou uma infinidade de coisas. Tudo para o bem
da humanidade e repito, sem interesses econômicos, ele fazia isso para o bem
comum.
Então, aqui em
São Paulo, nós temos a casa do irmão dele, onde havia o primeiro automóvel do
Brasil, que era um automóvel trazido em 1900 e pouco, no comecinho do século
passado, pelo irmão do Santos Dumont. Essa casa está aberta à visitação ali na
alameda Nothmann, esquina com rua Helvétia. É uma casa preservada, um casarão
muito bonito.
O Santos Dumont
frequentava, aqui em São Paulo, a Sociedade Hípica Paulista. Ele era exímio
cavaleiro também. Frequentava o Clube Paulistano. Foi sócio do Instituto
Histórico e Geográfico aqui de São Paulo, lá no centro da cidade.
Então, ele tem várias
passagens aqui por São Paulo. O sobrinho dele tinha uma chácara no bairro do
Morumbi, onde hoje funciona uma escola onde há uma referência à passagem dele.
Agora, as
principais referências sobre a vida do Santos Dumont estão na cidade de Paris,
onde tem placas comemorativas da casa onde ele morou. No famoso Champs-Élysées,
que é a rua mais famosa de Paris, ou talvez uma das ruas mais famosas do
planeta, ele tem a marca dele.
Existe Praça
Santos Dumont, em Paris, existe Escola Santos Dumont, existem várias coisas na
França com o nome de Santos Dumont.
Então, nós
temos que preservar essa figura, temos que exaltar sempre. Ele é um marechal, o
patrono da Força Aérea Brasileira. Então, não tenho mais palavras, porque o
tempo já vai longe, e outros falaram muito melhor.
Agradeço muito
ao ilustre deputado Castello Branco.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Sr. Comandante Afonso, representando os pilotos da Aviação Civil, para fazer
uso da palavra.
O SR. DOMINGOS AFONSO ALMEIDA - Bom
dia senhores e senhoras; deputado Castello Branco, meu amigo de longa data do
Colégio Militar do Rio de Janeiro; nobre comandante do IV COMAR.
Depois da
passagem na história da Aviação Brasileira, da Força Aérea, da qual eu sou
integrante como veterano, o deputado Castello Branco pediu para eu citar breves
palavras sobre o nosso segmento.
Eu sou
diretor-geral da Abtaer, Associação Brasileira de Táxi Aéreo, e depois, ao
final, fica mais fácil, porque o Raul e os outros colegas já passaram. Mas me
permita, brigadeiro, só lembrar dos visionários, incluía o coronel Ozires
Silva. Para a Aviação Civil, Salgado Filho, Assis Chateaubriand, Gago Coutinho,
comandante Pertele, brigadeiro Braga, e muitos outros.
E agora, como
representante desde o passado da Aviação Brasileira, as mulheres, a nossa
querida Anésia Pinheiro Machado. Não poderia deixar de lembrá-la como pioneira
da Aviação Brasileira. A Abag, Associação Brasileira de Aviação Geral, já fez
um breve introito, mas eu, como representante do segmento do táxi aéreo, não
poderia deixar de falar da importância desse setor no desenvolvimento do nosso
país.
Hoje o táxi
aéreo há muitos anos já trabalha na indústria do óleo e gás, no offshore, no
onshore, na parte do transporte de carga, no transporte de pessoas, como táxi
aéreo.
Também não
poderia deixar de falar sobre a importância que nós tivemos, nesse momento
agudo da história da saúde mundial, onde o segmento do táxi aéreo foi
fundamental com o transporte aeromédico.
E, dentro dessa
lembrança, temos aqui a Aviação Civil também, o representante da Azul,
relembrar que em 1925, brigadeiro, nós tivemos a assinatura um pouco antes do
Decreto 16.083, que foi a criação do serviço de transporte aéreo brasileiro.
Então, são
pessoas importantes, datas importantes, e eu, como um veterano da Força Aérea
Brasileira, eu fico muito honrado de estar sendo lembrado e orgulhoso de
estarmos todos juntos comemorando essa data. E como diz um integrante da Força
Aérea, a Força Aérea não é só dos aviadores, o Brasil não é só de aviador; é de
quem voa e de quem faz voar.
E, finalizando,
a esquadrilha é um punhado de amigos.
Obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Sr. Luiz Antonio de Oliveira, presidente do Aeroclube de São Paulo, para
fazer uso da palavra.
O SR. LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA -
Bom dia a todos. Eu sou presidente do Aeroclube de São Paulo. Aqui, em primeiro
momento, quero agradecer ao deputado Castello Branco, e em nome dele levar a
extensão do meu muito obrigado a todos, essas autoridades aqui presentes.
O Aeroclube de
São Paulo foi fundado em 1931 e desde então vem formando pilotos da área civil
ou tripulação, que hoje nós temos o curso de comissário, o curso de piloto
privado, piloto comercial e também Inva, instrutor de voo.
Nesses longos
91 anos do Aéreo Clube de São Paulo, nós já voamos em torno de meio milhão de
horas de instrução e formamos mais de 100 mil pilotos e tripulação para a
aviação-geral e comercial. Então, vou falar em nome do Aeroclube aqui, a sua
existência e a sua representatividade na formação de tripulação para a aviação
civil em geral.
Meu muito
obrigado. Bom dia a todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Cumprimentamos
aqui a presença do Sr. Hélio Justino, ele que é representante comercial da
cidade de Itaí, do interior de São Paulo, cidade de Itaí onde nasceu Anésia
Pinheiro Machado, que foi a segunda mulher que conseguiu um brevê de aviadora
no Brasil e a primeira a realizar um voo solo em céu nacional.
Fica aqui um
abraço do gabinete parlamentar do deputado Castello Branco.
Bom, convidamos
para fazer uso da palavra a Sra. Flavia Maia, que representa o Sr. Alessandro
Branco, diretor da Helibras.
A SRA. FLAVIA MAIA - Prezados
senhores e senhoras, autoridades civis presentes, bom dia. Cumprimento a todos
em nome da Helibras.
A Helibras
Helicópteros do Brasil está há 44 anos presente no Brasil, sendo a única
fabricante de helicópteros à turbina na América Latina. Produzimos mais de 800
helicópteros ao longo de nossa história e hoje apoiamos mais de 600 aeronaves
em todos os estados da federação, suportando mais de 320 clientes do segmento
militar, para público civil pelo Brasil afora e também na América Latina.
Produzimos
aeronaves e também fornecemos serviços de manutenção, contando com estoque no
Centro de Distribuições de Peças localizado aqui em Atibaia, aqui em São Paulo,
oficinas para reparo de pás, caixa de transmissão, reconhecidos como centro de
excelência pela Airbus Helicópteros, as quais têm realizado serviços para
diversos clientes estrangeiros aqui no Brasil.
Bom, temos também
as modernizações dos 36 Fennecs e os 34 Panteras do Exército do Brasil, bem
como modernizamos os girofans da Prefeitura Naval da Argentina.
Com o H125, 225
Mike, perdão, garantimos transferência de tecnologia industrial e capacidade de
engenharia, o que nos permite a integração do sucesso com míssil Exocet nos
helicópteros, e também desenvolver um sistema tático naval único em sua
categoria, a partir do Brasil.
Tudo isso é
movido pela paixão de mais de 500 brasileiros, os quais se dedicam diariamente
a apoiar aqueles que fazem a diferença na vida das pessoas, a soberania do país
nos mais longínquos cantos desse imenso Brasil.
Registro um
agradecimento especial à Alesp, na pessoa do deputado Castello Branco, e a
todos os parlamentares que apoiam a Aviação Brasileira.
Parabéns a
todos que fazem parte da Aviação Brasileira.
Muito obrigada.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Sr. Daniel Marques, conselheiro consultivo da Fundação Nacional da Marcos
Pontes para fazer uso da palavra. E na sequência teremos o pronunciamento do
coronel Marcel, presidente da Rede Voa.
O SR. DANIEL MARQUES - Bom dia, bom
dia a todos. Boa tarde já, depois do meio-dia.
Bom, como
membro da Fundação Astronauta Marcos Pontes, conselheiro, em primeiro lugar
gostaria de agradecer ao deputado Castello Branco pela oportunidade. E
representando aqui o astronauta Marcos Pontes, parabenizar pelo evento que
representa muito bem na data de hoje a Aviação Brasileira.
Em especial,
como piloto, gostaria de agradecer pela participação e também desejar que
incentivemos cada vez mais a Aviação Regional do Brasil, que tanto precisa.
Bom, deputado,
deixar as palavras para o senhor depois, e em nome do astronauta Marcos Pontes,
infelizmente ele não pôde estar aqui hoje presente, ele está voltando dos
Estados Unidos, era para ele estar aqui conosco, mas houve um problema técnico
com a aeronave e pediu para que eu o representasse.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Sr. Coronel Marcel Moure, presidente da Rede Voa para fazer uso da palavra.
O SR. MARCEL GOMES MOURE - Bom
dia a todos. Inicialmente aqui meus agradecimentos ao meu amigo pessoal,
deputado Castello Branco, por essa inciativa de fazer de um evento dentro da
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, estado esse que detém hoje mais
de 49% de toda a malha aérea do Brasil e que é o terceiro PIB da América
Latina, através somente do Brasil como um todo e da Argentina.
Então,
realmente falar de aviação num momento tão importante para a retomada do
crescimento do nosso país é muito gratificante para todos nós. Então, deputado
Castello, em nome do senhor gostaria de estender a todos os integrantes desta
Casa por essa oportunidade.
Também gostaria
aqui de cumprimentar, por conta da minha origem também, o nosso
major-brigadeiro Elvis, comandante do IV Comando Aéreo Regional, que muito nos
honra estar aqui presente, em nome de quem eu cumprimento as demais autoridades
das Forças Armadas, Marinha e Exército e Aeronáutica, que se fazem presentes
nesse momento.
Antes de nós
falarmos um pouquinho sobre a Rede Voa de Aeroportos e sobre a importância da
aviação como um todo no Brasil, vou pedir para o meu amigo lá da Técnica passar
um filmezinho de seis minutos, que mostra um pouquinho da síntese do que nós
somos hoje para o estado de São Paulo e para o Brasil como um todo.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA -
Gostaria de anunciar a presença do Exmo. Sr. Deputado estadual Coronel Telhada.
Pode retornar o pronunciamento, por favor.
O SR. MARCEL GOMES MOURE - Muito obrigado
pela gentileza de vocês. É óbvio que nós acreditamos muito no futuro deste
País. Em 1981, já há 41 anos atrás, nós adentramos na Escola Preparatória de
Cadetes da Aeronáutica, em Barbacena. Ainda havia o Ministério da Aeronáutica,
esse Ministério da Aeronáutica no início do desenvolvimento da aviação, como
foi dito aqui pelo brigadeiro Elvis.
Lógico, toda
essa parte da infraestrutura aeroportuária estava dentro do Ministério da
Aeronáutica. Então a Embraer, o próprio CTA, a questão espacial, estavam lá
dentro, a própria Infraero - o meu amigo Haroldo está aqui presente, o
superintendente de Congonhas. E é óbvio que essas transições vão acontecendo
paulatinamente. Na minha trajetória dentro da Força Aérea Brasileira tivemos o
privilégio de dar instrução na Academia durante três anos.
Tenho muitos
amigos que estão aqui presentes que foram alunos nossos. Da mesma forma, como a
bordo do nosso glorioso 707, alcançamos ares em pelo menos mais de 70
aeroportos ao longo do mundo, levando tanto os presidentes da República como
apoios humanitários ao Haiti, Angola, Moçambique e Timor-Leste, entre outros.
E a partir de
2018, então a frente desse desafio, a nossa rede foi a primeira concessionária
de aeroportos e nós sabemos da importância disso para o Brasil. Também aqui
queria saudar o nosso representante da Associação Brasileira da Aviação Geral
de quanto que são importantes todas as associações.
Também meu
amigo pessoal, o comandante Afonso, pelo esforço que todos que trabalham nessa
área ajudaram direta e indiretamente. Não estão aqui presentes, mas uma
homenagem minha especial em nome da Rede Agência Nacional de Aviação Civil, a
própria SAC, na figura do Roni, porque a emissão da Medida Provisória nº 1.089,
de 2021, trouxe um novo marco de desburocratização nesse processo.
Para vocês
terem uma ideia, mais de 90 artigos do Código Brasileiro da Aeronáutica, que
está há mais de 20 anos no Senado Federal, foram revogados. Outros 30 foram
revisados, inclusive questões operacionais da nossa gloriosa Infraero, desde a
década de 70, 72, 73.
No início dos
anos 90 tivemos o privilégio também junto à Força Aérea - ainda tinha o
Departamento de Aviação Civil. E é óbvio, a Força Aérea sempre incentivou
bastante e não tem como nós tirarmos esse DNA. A aviação como um todo e os
aeroclubes são frutos desse processo. Então também aqui o meu cumprimento
especial ao presidente do aeroclube de São Paulo.
Essa harmonia
vai continuar acontecendo. É óbvio que o crescimento da aviação requer outros
desdobramentos, mas o mais importante é que nos nossos 16 aeroportos nós
tomamos o cuidado diuturno não apenas nas questões operacionais, mas entender o
que representa cada um dos cessionários.
Temos mais de
300 cessionários espalhados, desde a TAM Linhas Aéreas, o próprio voo da Latam
que está lá em São Carlos no momento, o MRO da Latam, o maior centro de
manutenção de toda a América do Sul. Também estamos aí com o Centro de
Manutenção da Embraer, em Sorocaba, dentre outros.
E a própria Gol
Linhas Aéreas também, que não está aqui presente, mas que em coordenação com a
nossa rede devemos estar iniciando voos a partir do aeroporto de Franca também,
se tudo correr bem, no segundo semestre do presente ano. Por que eu trouxe este
assunto para debate?
Eu acredito
muito na evolução do processo. Lógico, nós temos que levar em conta a História
para aprendermos com os ensinamentos da História, deputado Castello. Eu acho
que o senhor é um grande visionário nesse processo, mas para nós entendermos
que as coisas vão se adaptando.
É óbvio que
hoje, por exemplo, já é público o edital da sétima rodada de concessões dos
aeroportos federais, sétima e última rodada, que envolve o aeroporto de
Congonhas, o aeroporto do Rio de Janeiro, Jacarepaguá, Campo de Marte, e a
gente entende que isso é uma coisa natural.
A agência
reguladora, a ANAC, nasceu no período de transição, meados ali do início dos
anos 2000. Em 2005 estava funcionando a pleno vapor. O Mistério da Aeronáutica
foi desativado, virou comando, como as outras duas Forças amigas, e isso vai se
crescendo.
Então não
existe, na minha visão... Eu converso muito com meu amigo pessoal de turma, major
brigadeiro Luiz Ricardo de Souza Nascimento, diretor da Anac, do desafio que
tem aquela agência em função de todos os travamentos jurídicos do nosso
ordenamento no Brasil.
Infelizmente,
nós temos isso. Faz parte da evolução e essa evolução tenho certeza absoluta
que todos que estão nessa área, todos que labutam nessa área, mulheres, homens,
enfim, demais tipos de aviação, e outros que estão juntos, estão fazendo o
possível e o impossível para desburocratizar o setor.
Nós levantamos
essa bandeira com o apoio do deputado Castello Branco. A própria Associação
Brasileira das Empresas Aéreas, do meu amigo Eduardo Sanovicz, também fez um
trabalho belíssimo com o Governo do Estado de São Paulo no início do mandato do
governador Doria para redução do ICMS do combustível de 25% para 12 por cento.
Isso ajudou demais o alavancar das empresas aéreas, das empresas comerciais.
Nós estamos
trabalhando para que esse decreto seja reativado. Contamos muito aqui, deputado
Castello, com o apoio da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na
pessoa de V. Exa. e demais membros que estão nesse processo para que a gente
possa trazer, independente das questões que nós estamos acompanhando na mídia,
enfim, nas questões do Senado, nos passos acima do ICMS, mas é óbvio que o ICMS
traz um grande óbice para o desenvolvimento regional no nosso estado e nós
entendemos, meu amigo coronel Afonso, que tem que expandir essa redução.
Então essa
redução não pode ficar presa tão somente às companhias aéreas. No fundo, todo o
cinturão do bloco sudeste e do bloco sul, estados como Rio de Janeiro, Paraná,
Goiás, Distrito Federal, têm um ICMS já bem mais competitivo que o nosso.
Para vocês
terem uma ideia, imaginem aqui o meu amigo da Associação Brasileira de Aviação
Geral, uma aeronave de pequeno porte movida a gasolina de aviação, que já
ultrapassou os R$ 15,00 por litro, R$ 16,00 por litro.
Isso está muito
complicado. E aí ele vai pousar em Ubatuba e paga 25 por cento. O companheiro
que vai pousar lá em Paraty - para quem é aviador sabe que é colado -, ele vai
pagar dez por cento.
Ou seja, a
situação é bem complicada nesse conceito. Estamos no momento com o
representante nosso discutindo alguns temas na Agência Nacional de Aviação
Civil, a flexibilização que está em audiência pública da Portaria nº 302, que
estabelece...
Óbvio, nós
acreditamos na competitividade. Eu sou um liberal por excelência, mas o que
acontece é que quando você tem aeroportos do porte de Galeão, Guarulhos,
Congonhas, Viracopos, uma coisa é diferente de você ter aeroportos de menor
porte. É óbvio que o Governo do Estado de São Paulo...
E aqui eu quero
fazer uma homenagem ao Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo, que foi
desativado agora no último dia 16 de abril, que eu também desconhecia isso
quando vim aqui ser o presidente da rede, na verdade da Voa São Paulo, hoje Voa
Sudeste, a rede como um todo com esses 16 aeroportos. Mas o Daesp é anterior
até a própria nossa Infraero.
Eu
particularmente desconhecia isso quando adentrei aqui em 2018. Então teve um
trabalho belíssimo junto à Secretaria de Logística do estado no alavancar do
estado de São Paulo, mas hoje o que acontece é... O pessoal brinca comigo. Quem
são os principais concorrentes da nossa rede?
São as
rodovias, então são a Bandeirantes, a Castello Branco, a Anhanguera, porque no
fundo a cultura da nossa população, da sociedade brasileira, ainda é a cultura
do rodoviário.
Com muito
esforço - e nós sabemos que independente de posições de interesses partidário
-, mas o governo federal tem feito alguns avanços na parte de infraestrutura e
a questão das ferrovias é um exemplo típico, que é um outro modal que muito nos
alegra ver essa retomada, assim como a navegação de cabotagem.
Mas essa
integração desses modais não tem outro caminho. Por isso que nós apostamos
tanto no aeroporto de Bauru Arealva. Já conversei com meu amigo ministro Marcos
Pontes, candidato a deputado federal também, da importância daquela região ali
do centro do estado e fazermos essa integração. Não tem jeito.
Tudo na vida é
feito o cálculo e quando faz esses cálculos, a gente percebe que para agregar
valor a esse desafio, até mesmo porque todas as cidades com certeza querem ter
voos comerciais...
Eu sou de uma
época de Nordeste Linhas Aéreas, Rio Sul Linhas Aéreas, do início da TAM com os
antigos Focker 27 Marília, e nós estamos tentando retomar isso aí e está
crescendo.
Em plena
pandemia o Voa cresceu, o que significa que dentro de medidas sanitárias
corretas com municípios, estados e a Federação nós seguimos em frente. Eu acho
que é esse o grande segredo. Ninguém segura esta Nação se nós arregaçarmos as
nossas mangas e seguirmos em frente - mulheres, homens, crianças, independente
de opção religiosa, de credo, enfim.
Nós temos que
virar esse jogo. Com 200 milhões de habitantes nós não podemos ser o que nós
fomos e dentro dessa linha, deputado Castello, eu queria finalizar a nossa
conversa com este agradecimento mais uma vez ao senhor, à Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo. Para vocês terem uma noção, aqui nós temos
em torno de 50 aeroportos.
Lógico, estou
levando em consideração os aeroportos municipais, como Americana, Araras, mas o
fato é: um estado americano tem na faixa de 250, 270 aeroportos.
Então nós temos
que mudar esse jogo. E para mudar esse jogo os aeroportos precisam ser unidades
de aproximação ou o que nós chamamos no termo anglo-saxônico de (Inaudível.)
Você tem que
trazer esse entorno para dentro e esse entorno está associado, por exemplo, aos
ISS municipais, aos prefeitos terem nos apoiado para o desenvolvimento. Essas
são frentes de trabalho.
Então, Afonso,
nós acreditamos muito que essa unificação da redução do ICMS vai trazer
inclusive incentivo aos municípios por conta da manutenção e das frentes de
trabalho.
E isso vale
para a aviação executiva e para a aviação geral certamente. Então nós
entendemos que isso é um crescimento, é uma redução da carga tributária com
aumento da arrecadação.
A Secretaria
Econômica do Estado fez uma análise muito pesada e que constatou dentro até da
curva de (Inaudível.) do nosso Prêmio Nobel de Economia, que reduziu o ICMS de
25% para 12% e aumentou a arrecadação.
Então eu tenho
falado isso muito com os 16 prefeitos que nós estamos presentes. Então nós
acreditamos nisso. Acreditamos nesse desdobramento. E é óbvio, nós precisamos
simplificar. Então, meu prezado amigo deputado, simplificar e olhar para
frente. O restante eu acho que a gente faz com o nosso suor de cada dia.
Muito obrigado.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Destacamos
a presença do tenente-coronel R. Tavares, chefe da Manutenção da Esquadrilha da
Fumaça. Convidamos o Sr. Suboficial Águeda, presidente da Amiga, para fazer uso
da palavra, representando também todas as demais associações de veteranos que
se encontram presentes nesta solenidade.
O SR. ANTONIO JOSÉ ÁGUEDA - Bom
dia a todos. Meu nome é Antônio José Águeda, suboficial da reserva da Escola de
Especialistas de Aeronáutica. Sou o presidente da Associação dos Militares há
sete anos e fundador. Hoje o deputado Castello Branco nos convidou para que nós
viéssemos aqui falar sobre a nossa associação.
Agradeço ao
brigadeiro Castello Branco. Cumprimento todos os oficiais militares, civis, que
estão aqui presentes. A nossa associação foi fundada no dia 25 de maio de 1995.
Nós já estamos
trabalhando na associação há 27 anos. E toda vez que eu vou falar sobre a minha
associação a todas as pessoas que têm a intenção de fundar alguma associação,
fundem com o coração.
Façam o uso da
sua Força, porque nós, veteranos, quando estávamos na reserva pensamos em fazer
a associação porque nós já estávamos com problemas médicos dentro da escola.
Então a gente fundou a associação para que isso facilitasse mais. A nossa
associação é sem fundos lucrativos.
Nós vivemos da
mensalidade do associado e de mais nada, e de venda também de plano médico. É o
ganho que nós temos na associação. Durante esse tempo todo nós conseguimos até
outros imóveis. Nós temos o imóvel próprio nosso; já adquirimos outros imóveis.
Através da
pandemia, que ajudou que a gente não gastasse muito, a gente acabou comprando
outro imóvel. Nós também nunca usamos dinheiro nem da prefeitura nem de
governo.
Nós trabalhamos
somente com o dinheiro do associado. Então, meus senhores, a Associação Militar
- Amiga - é uma associação em que a gente trabalha com muito ardor, com muita
fé.
Nós temos hoje
aproximadamente quatro a cinco mil associados, entre civis, militares,
dependentes e agregados. Então esse suporte é que nos levanta cada vez mais
para que a associação cresça cada vez mais. Nós temos um lema muito importante
na nossa associação: “Unidos somos fortes”.
Muito obrigado.
Um bom dia.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Sr. Carlos Haroldo Novak, superintendente do aeroporto de Congonhas, para
fazer o uso da palavra.
O SR. CARLOS HAROLDO NOVAK -
Deputado Castello Branco, muito obrigado, muita honra estar aqui. Não vim
preparado para falar, mas me sinto honrado com essa oportunidade. Brigadeiro
Elvis, meu amigo, general Nigri, enfim, militares da ativa e da reserva,
Aeronáutica, Marinha, Exército, Forças Auxiliares.
Estou vendo
aqui meus amigos da Polícia Civil, esquadrão Pelicano, Campo de Marte -
saudações -, coronel Mauro, comandante do CRCEA-Sudeste, meu amigo, coronel Afonso, o
comandante.
Desculpem se eu
esquecer de alguém aqui. Atualmente eu represento o Aeroporto de Congonhas, sou
o superintendente do Aeroporto pela Infraero. Até o final do ano passado
estávamos lá a frente da gestão do Campo de Marte, muitas batalhas, muitas
lutas, mas quero deixar aqui o registro de que eu fiquei muito feliz com o
acordo do governo federal e a prefeitura para a manutenção do aeroporto do Campo
de Marte e a sua importância histórica e também a sua importância e a
contribuição para a aviação executiva de São Paulo e do Brasil.
O aeroporto de
Congonhas, que é por muitos considerado o principal equipamento público da
cidade de São Paulo, acaba de completar 86 anos e ganhou alguns presentes de
aniversário. Um deles foi a instalação do Emas, que é uma tecnologia bastante
inovadora. Ela basicamente aumenta a segurança de voo.
Então é uma
superfície de concreto deformável no final das cabeceiras 17 e 35 para frear a
aeronave em casos de excursão de pista. Então é um equipamento extremamente
importante. Isso foi feito com um recurso do FNAC.
Também, a gente
teve a oportunidade de fazer algumas melhorias no aeroporto, melhorando a
segurança e o conforto dos nossos passageiros. Aumentamos a sala de embarque
remoto e, também, na pista de pousos e decolagens, deputado, a gente teve a
oportunidade de fazer a implantação da camada porosa de atrito, que aumenta o
atrito do pneu da aeronave e melhora a frenagem.
Então, se a
gente falar do Aeroporto de Congonhas, da importância dele para a cidade de São
Paulo, ponte aérea Rio-São Paulo, até 2009 tínhamos um movimento de 22 milhões
de passageiros ao ano - isso é mais do que a população da cidade de São Paulo -
e mais de 200 mil pousos e decolagens. Esses números serão atingidos novamente,
provavelmente, até o final do ano. Então fica bastante clara a contribuição do
Aeroporto de Congonhas para São Paulo e para o Brasil.
Permito-me
quebrar um pouquinho o protocolo, deputado, e contar um pouco da minha
história. Sou nascido em São Paulo, criado em Guarulhos e, por estar em
Guarulhos, está aqui a banda da Base Aérea, eu, quando criança, ficava ouvindo
o barulho do T-6 passando pela cidade, e aí isso me encorajou a querer, de
alguma forma, contribuir com o transporte aéreo.
Aí, desejei
tanto que acabei sendo gestor do Aeroporto de Congonhas, após ter sido aquela
criança chata, que ficava perturbando os pais para levar para almoçar no
terraço do aeroporto, de domingo, aquela insistência. E acabou acontecendo, a
gente está já há 36 anos no setor aéreo, com muita emoção. Eu me sinto como se
estivesse no meu primeiro dia de trabalho.
Para mim, é uma
grande honra participar desta solenidade alusiva ao Dia da Aviação. Peço permissão
para fazer uso da sua frase: “Voar é relativamente fácil, mas fazer voar é um
grande desafio.”. Faço um complemento a essa frase: o impossível é apenas um
fato, não é opinião; isso é dos humanos.
Obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA -
Convidamos o comandante Renato Achoa, diretor da qualidade e segurança da Azul
Linhas Aéreas Brasileiras, para fazer uso da palavra.
O SR. RENATO ACHOA - Boa tarde,
deputado Castello Branco, autoridades e demais presentes. Nem acabei escrevendo
umas palavras aqui, fui pego de surpresa para falar para vocês. É um prazer
estar aqui. Queria, em nome da Azul Linhas Aéreas, agradecer o convite e a
honra de estar presente nesta sessão solene.
Há 14 anos, em
2008, o nosso fundador David Neeleman iniciou a nossa empresa. Ele, nascido no
Brasil, com dupla nacionalidade, sabia que a nossa aviação era muito pequena
diante da grandeza do nosso País.
Esse sonho de
estarmos presentes nos ares da nossa grande Nação fez com que a Azul hoje
esteja presente em mais de 150 cidades brasileiras, nos entendendo como uma
empresa genuinamente brasileira.
Fizemos questão
de iniciar as nossas atividades com as aeronaves da Embraer, o E-Jet E1,
inicialmente, nos tornando, naquela época, o maior operador desse tipo de aeronave.
Com muito
orgulho, hoje, também informo que iniciamos as nossas operações com “launch
operator” das aeronaves E2 da Embraer. Isso é um prazer, ter uma empresa
brasileira pondo aeronaves brasileiras.
Hoje nós
contamos com mais de 160 aeronaves e 14 mil tripulantes. É como chamamos nossos
colaboradores lá dentro da empresa. Desbravamos os céus brasileiros
transportando nossa população e carga para diversas partes do nosso País, mas
queremos ainda mais. Apesar da pandemia, que nos fez reduzir nossa operação,
agora em nossa plena retomada vamos em busca de mais de 200 cidades.
Queria
aproveitar e lembrar que a Azul transportou gratuitamente grande parte das
vacinas da Covid devido à alta capilaridade da nossa malha. Por falar em
patriotismo, é importante ressaltar que, das seis frotas que nós temos
presentes na nossa operação, cinco delas tem aeronaves pintadas na sua
integridade com a bandeira brasileira. Isso é muito bacana.
E nós batizamos
as nossas aeronaves. Trouxe os nomes delas aqui. Desses modelos, nosso A321
recebeu o nome de Bandeira Azul; um dos ATR foi batizado de Brasileirinho; o
A330-200, Nação Azul; nosso primeiro, Embraer E1, chamado de Brasil; e o Cessna
Caravan, nossa pequena aeronave, de Azul Conecta, chamado de Azul Brasil
também. Ainda programamos mais novidades, aguardem.
A Azul também
recebeu um prêmio que nos orgulha muito como brasileiros. A Azul foi eleita a
melhor companhia aérea do mundo na premiação do TripAdvisor Travelers’ Choice
de 2020.
Foi a primeira
vez que uma empresa aérea brasileira alcançou um prêmio dessa grandeza. A
eleição é bacana porque ela é feita com base em avaliações de milhões de
passageiros durante as viagens realizadas, então é a experiência do nosso
cliente.
Este ano, com
muito orgulho, faço - falando um pouquinho de mim - 36 anos como piloto e 50
anos como apaixonado pela aviação. Mais uma vez queria agradecer o convite e
dizer que, como dizemos lá, o nosso céu é mais azul.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Sr. Delegado de Polícia Civil Clemente Calvo Castilhone Junior, do Serviço
Aerotático, para fazer uso da palavra.
O SR. CLEMENTE CALVO CASTILHONE JUNIOR - Boa
tarde. Queria agradecer a todos. A minha fala vai ser breve. Saúdo a todos, na
pessoa do deputado Castello Branco, as autoridades civis, militares.
O serviço
Aerotático da Polícia Civil está na estrutura da Divisão de Operações Especiais
do Departamento de Operações Policiais Estratégicas e tinha que ser um serviço
aerotático à altura da maior Polícia Civil do Brasil, que é a Polícia Civil do
Estado de São Paulo.
Ele conta com
quatro helicópteros, seis aeronaves, dois aviões, um Cessna Caravan e um
Piper Cheyenne, que são apreendidos judicialmente.
Isso é muito
interessante, porque são aeronaves que estavam a serviço do crime organizado,
que são apreendidas e são revertidas em benefício da sociedade. Dentre as
nossas aeronaves, um dos nossos helicópteros com certeza é o único helicóptero
blindado de fábrica, do tipo, da América do Sul. Também está à disposição.
A nossa unidade
existe desde 1984, ou seja, há 38 anos. Ela é bastante enxuta, mas bastante
funcional. A gente tem orgulho de dizer as ações, cumprimento de mandados de
busca e apreensão, cumprimento de mandados de prisão, se desloca com toda a
facilidade que o Serviço Aerotático nos permite e também tem uma inovação que
nos orgulha bastante, que é um convênio com a Central de Transplante de Órgãos
que a gente está fazendo, ajudando no transplante de órgãos.
Uma das
aeronaves, inclusive, que está mais dedicada a essa atividade, é exatamente uma
aeronave que foi apreendida de um líder de uma facção criminosa que foi preso.
Essa aeronave está à disposição da sociedade, à disposição dos senhores hoje.
E é com esse
espírito que o nosso Serviço Aerotático, SAT, tem como emblema o pelicano. Uma
curiosidade, o pelicano é aquela ave que é conhecida, ela já tem a sua
simbologia, a sua heurística, até na Bíblia, como simbologia da eucaristia, mas
ela é conhecida desde a Europa Medieval como um animal extremamente zeloso, que
dá o seu próprio sangue para alimentar os seus filhotes e não poupa a própria
vida para proteger os outros. É nesse espírito que a gente opera.
Gostaria de
agradecer, mais uma vez, e convidar a todos para conhecer a nossa base, que a
gente, orgulhosamente, mantém no Campo de Marte.
Obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA -
Convidamos o tenente-coronel Dalla, que representa o comandante da aviação da
Polícia Militar do Estado de São Paulo, coronel da Polícia Militar, para fazer
uso da palavra.
O SR. MARLON DALLA MARIGA ARAÚJO - Boa
tarde a todos. Gostaria de cumprimentar o nobre deputado Castello Branco.
Obrigado pelo convite. Gostaria, também, de cumprimentar e trazer a continência
do coronel Alexandre Albuquerque Freixo, comandante do Comando da Aviação da
Polícia Militar, cumprimentando, assim, o Exmo. Sr. Brigadeiro Elvis,
comandante do IV Comar.
Gostaria,
também, de cumprimentar o general Nigri, comandante do CAvEx, em Taubaté, onde
eu morei por oito anos, terra muito boa. Gostaria de cumprimentar os nossos
amigos da Polícia Civil, do grupo Aerotático do Pelicano. Obrigado pela
parceria.
Também gostaria
de cumprimentar todos os civis que estão por aqui e os veteranos que fazem
parte das nossas Forças Armadas, do Exército, da Aeronáutica, da Marinha,
inclusive o pessoal que são os especialistas, afinal de contas, eu sou filho de
um especialista.
Meu pai é da
Força Aérea Brasileira também, lá de Guaratinguetá, onde eu cresci, naquele
aeroporto de Guaratinguetá. Então peço ao Dr. Brasil que leve o meu abraço a
Guaratinguetá, quando assim retornar para lá. Dê um abraço no meu pai, o
capitão Araújo, esposo da Sra. Maria Olímpia, que aniversaria amanhã, dia 25.
Dr. Brasil, por favor.
Agradeço ao
deputado pelo convite, porque este encontro que a gente tem com as Forças
Armadas, com outras forças auxiliares, ele, além de qualquer coisa, é uma
oportunidade para a gente estreitar os nossos relacionamentos, conhecer pessoas
e assim tornar uma sociedade paulista melhor, imagino eu.
Em 1906, Santos
Dumont fez o voo dele com o 14 Bis. Em 1913, Rodrigues Alves, presidente do
estado de São Paulo, na época era assim que se chamava, trouxe e instaurou a
Aviação de Segurança Pública no estado de São Paulo. Então nós estamos
trabalhando desde 1913 com a aviação pública em São Paulo. É bem antigo.
Mas eu não vou,
de maneira alguma, entrar na parte histórica porque quem sou eu, depois de
tantas pessoas que falaram aqui com tanta propriedade. Não vou entrar nessa
parte histórica.
Nós, do Águia,
voltamos a trabalhar em 1984, com as operações de asa rotativa, então a gente
está também completando quase 38 anos. Nós somos responsáveis pela atividade de
policiamento, de Bombeiros, de Defesa Civil, em todo o território paulista,
além de prestar apoio em emergências policiais e de resgate.
Cerca de 400
pessoas, homens e mulheres, compõem o comando da aviação da Polícia Militar do
Estado de São Paulo e dedicam as suas vidas à proteção e à segurança dos
paulistas, com uma frota de quase 30 helicópteros e 4 aviões. Sua criação está
atrelada ao apoio que prestou, que algumas aeronaves civis prestaram nos
incêndios que foram uma tragédia, que foi do Andraus e do Joelma, em 72 e 74.
Então, a partir
daí, começou a perceber a necessidade do emprego do helicóptero na aviação
pública. Dessa maneira, em 1934, a Segurança Pública do estado de São Paulo
entregou dois primeiros helicópteros ao grupamento de Radiopatrulha Aérea João
Negrão.
Após todos os
processos de seleção inicial e de formação dos pilotos, tripulantes e mecânicos
de voo, com apoio inicial das escolas de aviação das Forças Armadas, Marinha e
Força Aérea, em 28 de junho de 86 foi realizado o primeiro voo com a tripulação
composta integralmente por policiais militares.
Hoje, sob o
comando do coronel Polícia Militar Freixo, além da sede na Capital paulista no
Campo de Marte, nós temos outras dez bases no Interior. São José dos Campos é
uma delas.
Os serviços que
nós fazemos, como foi dito anteriormente, são resgate aeromédico, apoio ao
policiamento urbano, apoio ao policiamento ambiental, transporte de órgãos,
entre outros. Então nós temos o nosso lema “voar para servir”. Espero que a
gente consiga, cada vez mais, melhorar nossos serviços e prestar apoio à
sociedade paulista.
Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA -
Convidamos o Exmo. Sr. General de Divisão Ricardo José Nigri, comandante da
Aviação do Exército, para fazer uso da palavra.
O SR. RICARDO JOSÉ NIGRI - Senhoras e
senhores, boa tarde. Deputado Castello Branco, brigadeiro Elvis, em nome dos
quais eu cumprimento todas as autoridades civis e militares aqui presentes. É
uma satisfação para o Comando de Aviação do Exército representar aqui o nosso
comandante, general Tomás. General Tomás é o comandante militar do Sudeste.
Aqui no
Sudeste, no estado de São Paulo, nós temos a Aviação do Exército. A Aviação do
Exército está sediada hoje em Taubaté, com muita alegria, muita satisfação, mas
a nossa história, a história da Aviação Militar, iniciou-se no início do século
passado, em 1919. Até 1941, as nossas asas da Aviação Militar percorreram todo
o território nacional e deram origem, junto com a Aviação Naval, muito
orgulhosamente, em 41, à Força Aérea Brasileira.
Aquele hino que
nós cantamos no início desta sessão solene é do Exército Brasileiro, ele foi do
Exército Brasileiro, melhor dizendo. Ele é de 1935, composto por militares do
Exército Brasileiro, da nossa Aviação Militar. E a Aviação Militar, Aviação do
Exército, foi extinta em 41, quando todo o acervo existente passou para a Força
Aérea Brasileira.
De 41 até 86, o
Exército Brasileiro ficou sem as suas asas, mas desde 1986 a Aviação do
Exército foi recriada. O deputado Castello Branco é um dos pioneiros da nossa
Aviação do Exército, a partir da sua recriação. De 86 até hoje, graças a essa
integração Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira e Exército Brasileiro, nós
pudemos recompor as nossas asas.
E a Marinha do
Brasil formou cinco turmas de tripulantes, pilotos do Exército Brasileiro, e a
Força Aérea formou sete turmas. A minha turma foi a sétima turma, e última,
formada na Força Aérea Brasileira, nos idos de 1992, na Academia da Força
Aérea, em Pirassununga. Desde então, o Exército Brasileiro recuperou a
capacidade plena de capacitar os seus recursos humanos voltados à aviação.
Nós temos
cumprido missões de combate, apoio ao combate, apoio logístico, projetando o
braço forte da força terrestre e estendendo a mão amiga assistencial e humanitária
através da Aviação do Exército, em apoio e cooperação total a qualquer
necessidade da nossa sociedade.
Então hoje
estamos bem estabelecidos, muito felizes no município de Taubaté, que foi
aquele município que acolheu a aviação no Exército aqui no estado de São Paulo
e proporcionou uma expansão da nossa capacidade instalada no município de
Taubaté.
A base cresceu,
expandiu-se para além das fronteiras do estado de São Paulo, e hoje nós
encontramos inclusive com aeronaves remotamente controladas na nossa frota. É
uma frota composta por 95 aeronaves prontas e aptas para atender a qualquer
demanda da sociedade brasileira.
Contamos com
recursos humanos com elevadíssima capacidade técnico-profissional, e mais, que
combina devotamento, comprometimento, valores e princípios voltados ao
cumprimento de qualquer missão para a nossa pátria.
Uma satisfação
muito grande, deputado, de estarmos presentes no dia de hoje, um dia de
homenagem à Aviação Brasileira, onde nós não podemos, de maneira alguma, deixar
de saudar a nossa Força Aérea Brasileira e todos os operadores da aviação desse
nosso e imenso território nacional, da nossa pátria.
Muito obrigado,
Aviação. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o capitão de corveta Jeancarlo, da Aviação Naval, para fazer uso da palavra, e,
na sequência, o almirante Sergio Ricardo Machado, presidente da Amazul, fará
seu pronunciamento.
O SR. JEANCARLO NUNES ARAUJO - Boa
tarde, senhoras e senhores. Primeiramente, gostaria de agradecer o convite do
deputado Castello Branco, aviador naval e grande entusiasta da aviação, em nome
do qual cumprimento todas as autoridades civis e militares.
Agradeço, em
nome do almirante Fonseca Junior, comandante da Força Aeronaval, a oportunidade
de poder representar a aviação nacional brasileira e a Marinha do Brasil nesta
histórica Casa, perante tão qualificada audiência.
Ciente da
importância que a aviação assumiria no contexto militar, a Marinha do Brasil,
de modo visionário, já em 1911, teve seu primeiro oficial, tenente Miller,
recebendo o seu brevê na França, apenas cinco anos após o primeiro voo do mais
pesado que o ar.
A história da
Aviação Naval Brasileira, contudo, passa a ser contada a partir de 1916, a
partir do decreto assinado pelo presidente Venceslau Brás, criando a Escola de
Aviação Naval, primeira escola de aviação militar do País, e, portanto, o berço
da nossa aviação militar e o marco do nascimento da aviação naval.
Ao longo de
mais de um século de história, a Aviação Naval Brasileira se consolidou
contando sempre com o idealismo e abnegação de diversas gerações de pioneiros
homens e mulheres, que, partindo praticamente do nada, construíram as bases
sólidas da estrutura técnico-operativa de que hoje dispõe a aviação naval.
Atualmente, a
aviação naval envolve a diretoria de aeronáutica, o navio aeródromo
multipropósito Atlântico, os esquadrões de helicópteros sediados em Manaus,
Ladário, Rio Grande, Belém, e além do comando da força aeronaval, que se
encontra sediado em São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro, a quem está
subordinado o nosso centro de instrução e adestrado Almirante José Maria Amaral
Oliveira.
Estamos
presentes também no continente gelado, onde apoiamos as tarefas do programa
“Antártico Brasileiro”. Buscamos nos manter no mais alto nível de prontidão,
capacitação e combatividade, para conduzir as operações aéreas, seja em terra
ou no mar. Estaremos sempre prontos a responder aos anseios da nossa sociedade,
com integridade e devoção à nossa missão.
Por fim, mais
uma vez manifesto meu orgulho, como piloto de caça da Marinha do Brasil, de
representar nesta Casa a Aviação Naval Brasileira. Parabéns a todos os
aviadores e especialistas em aviação. No ar, os homens do mar.
Viva a Marinha.
(Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidados
o excelentíssimo senhor contra-almirante Sergio Ricardo Machado, presidente da
Amazul, para fazer uso da palavra.
O SR. SERGIO RICARDO MACHADO - Boa
tarde a todos. Sr. Deputado Castello Branco, um entusiasta da nossa Aviação
Naval, que já foi mencionado aqui, a quem eu gostaria de agradecer inicialmente
por esta homenagem belíssima que o senhor faz à Aviação Brasileira, na qual se
insere a Aviação Naval.
E a quem eu
gostaria de cumprimentar também, em seu nome, as demais autoridades civis aqui
presentes, e também aos membros desta honorável Casa Legislativa. Senhor
major-brigadeiro Alan Elvis de Lima, comandante do 4º Comar, a quem eu gostaria
de agradecer pelas referências feitas à Marinha do Brasil, à nossa Aviação
Naval, em nome de quem cumprimento as autoridades militares presentes neste
evento.
Senhor general
de brigada Ricardo José Nigri, comandante de aviação do Exército, a quem eu
também agradeço as homenagens feitas, as referências feitas aí à nossa Aviação
Naval.
Senhoras e
senhores, gostaria inicialmente também de cumprimentar a Força Aérea Brasileira
pelo Dia de Aviação de Reconhecimento, importante vertente de nossa FAB,
reafirmando a sua nobre e relevante missão, que, de forma indubitável,
contribui para a manutenção da soberania do espaço aéreo brasileiro por meio de
atividades de inteligência.
Não poderia
deixar também de mencionar neste momento, aproveitar essa ocasião, para citar a
parceria cada vez maior entre as nossas Forças Armadas. A história da aviação
naval, já menciona aqui, data de 105 anos atrás.
Com uma visão
estratégica do almirante Alexandrino de Alencar, então ministro da Marinha, que
possibilitou, à época, a criação da Escola de Aviação Naval, pioneira,
portanto, na formação dos nossos aviadores militares.
Os primeiros 25
anos foram marcados pelos marinheiros que empreenderam jornada árdua e repleta
de desafios, porém plena de conquistas. Dando um salto, chegamos à Segunda
Guerra Mundial, em que a grande utilidade de aeronaves embarcadas e também
daquelas operando a partir de terra nos teatros marítimos dos oceanos Pacífico,
Atlântico e Mar Mediterrâneo, reforçaram a importância de ter uma arma aérea
embarcada.
Dando um salto
agora para os tempos atuais, a nossa aviação naval se encontra moderna, sendo
digno de nota mencionar aqui a conclusão de modernização das aeronaves de asa
fixa AF-1 Bravo e AF-1 Charlie, uma componente aérea de elevado valor de
combate de nossa marinha.
Ainda,
encerramento com êxito em segurança de mais uma participação de nossos meios
UH-17 na operação “Antártica”, apoiando realização de projetos científicos
naquele continente gelado, isso em prol do desenvolvimento da ciência e
tecnologia nacionais.
É importante
mencionar também a execução, com pleno sucesso, de inúmeras execuções de busca
e salvamento em nossas águas jurisdicionais, bem como apoio a missões
humanitárias em diversas regiões do País. Os senhores bem sabem do apoio da
nossa Marinha do Brasil, com seus meios aéreos, em desastres ocorridos na
região de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro.
Também cito sul
da Bahia no final do ano passado, demos bastante apoio àquela região. E também
em Brumadinho, no estado de Minas Gerais, há um tempo atrás, naquele desastre
ambiental que ocorreu naquela região.
Menciono também
a rotineira operação com helicópteros e aviões em missões sob diversas
condições a partir de terra ou de navios em proveito de nossa “Amazônia Azul”,
sob o lema de proteger as nossas riquezas e defender a nossa gente.
Digno de
mencionar também as operações conjuntas que tem sido cada vez mais frequentes
com a Força Aérea Brasileira e o Exército brasileiro estando em meios operativos
da Marinha.
Este ano mesmo
tivemos qualificação de tripulações das aeronaves HX-BR, da FAB e do Exército
brasileiro, a bordo do nosso navio aeródromo multipropósito Atlântico e o navio
doca multipropósito Bahia, qualificando as tripulações daquelas aeronaves em
pouso nos meios operativos da Marinha do Brasil.
Isso em
proveito da interoperabilidade entre as três forças. Assim, em nome da Marinha
do Brasil, registro mais uma vez um agradecimento todo especial ao deputado
Castello Branco e a esta Casa Legislativa por esta justa homenagem, belíssima
homenagem, à Aviação Brasileira, que muito nos honra.
E dirijo-me aos
profissionais da aviação, que, com empenho e trabalho altamente profissional,
se dedicam ao serviço da pátria, a despeito dos obstáculos que muitas vezes se
apresentam ao longo de suas jornadas. Como dizem na nossa aviação naval,
repetindo aqui o lema do comandante Jeancarlo, no ar, os homens do mar.
Muito obrigado
a todos.
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Sr. Alberto Barreto, vereador pela cidade de Taubaté, para fazer uso da
palavra.
O SR. ALBERTO BARRETO - Bom, boa tarde
a todos, no qual cumprimento aqui o nobre deputado Castello Branco, deputado e
amigo, e assim cumprimento todas as autoridades presentes no dia de hoje, e
gostaria de falar um pouquinho aqui. Eu sou de Taubaté, e quando o Cavex
chegou, na verdade ainda chegou o Bavex na época, e eu jovem ali passava na
frente e via pelas primeiras construções.
E em 92, eu vim
a servir ali como soldado, no qual ingressei, depois fiz o curso de cabo, ali
fiquei quatro anos e saí em 96. E o quanto é importante isso na formação do
cidadão.
Ali, como ainda
um jovem de 18 anos, foi ali dentro do Exército que eu fui formado cidadão,
assim também junto com os meus pais, com a educação, formando o cidadão que
hoje, eu ali como vereador ali na Casa em Taubaté, a gente traz esses valores
para trabalhar e dedicar.
Então gostaria
de também aqui dedicar esse dia aos praças que aqui fazem parte, os soldados,
cabos, sargentos, que como praça fui, e de tão importante dentro dessa história
do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, mas também dentro da aviação. Ali em
Taubaté, a gente ganhou esses valores.
Eu vi ali,
quando a gente chamava, a gente brincava, não é, Castello? Taubaté, a gente na
verdade chamava de “barrex”, porque quando a gente chegou, era só barro, estava
tudo em construção. Então a gente amassou muito barro ali, fizemos parte dessa
construção.
E a gente, como
soldado, via ali aquela maquete, no início da construção, e falava: “Nunca vai
chegar a ser o que está sendo aqui, o que está estruturado ali”. E hoje a gente
volta, não é, general Nigri? General Nigri chegou em 93 lá em Taubaté, eu
lembro, a gente era cabo lá.
General Nigri
chegou na companhia de comando, como tenente na época, e a gente hoje volta lá
e vê realmente a realidade daquilo que a gente via na maquete lá em 92, 30 anos
atrás. Então é um trabalho de muitos.
Muitos que
passaram ali deixaram a sua contribuição para a formação do que é a aviação do
Exército hoje, que saiu de Taubaté e expandiu-se para o Brasil. Gostaria também
de falar um pouco sobre a história de Taubaté na aviação.
Nós temos lá a
Joaninha, que foi uma jovem piloto de avião de acrobacia, que foi bicampeã
mundial de acrobacia. Uma jovem de 18 anos nascida ali na cidade de Taubaté,
piloto de acrobacia.
E também da
escola do Emca. Muitos poucos aqui conhecem. O general Nigri conhece bastante a
escola do Emca, em Taubaté, que é uma escola que forma mecânicos de aviação
civil, mecânicos ali na área de aviônica, de fuselagem, e que dali de Taubaté
saem muitos que são formados ali em Taubaté e já são empregados na aviação
civil no Brasil.
Muitos fazem
estágios no Exército prestando concurso interno lá, onde vai ficar um tempo no
Exército trabalhando como mecânico. Então é uma escola muito importante, que é
formada e fundada pela prefeitura de Taubaté, sustentada pela prefeitura de
Taubaté, onde forma ali os seus mecânicos para a aviação civil.
E gostaria
também de colocar homenagem aqui, que esses dias a gente lá na EEAR, na
formatura, recebeu o encarte lá da Esquadrilha da Fumaça, e vi que o comandante
da Esquadrilha da Fumaça, o tenente-coronel Garcia, é natural de Taubaté.
Então, isso nos
orgulha muito a cidade de Taubaté ser tão influenciada e importante assim na
aviação, esse reconhecimento e todo esse trabalho da aviação no Brasil todo, e
Taubaté está ali inserido.
Então o meu
muito obrigado a todo o trabalho de vocês que trabalham pela aviação tanto
militar quanto civil. O nossos muito obrigado e em defesa, principalmente, do
nosso território brasileiro, seja ela através das Forças Armadas, da
Aeronáutica, da Marinha e do Exército, e também das polícias, Polícia Militar,
Polícia Civil, que defendem o Brasil, o cidadão brasileiro, de qualquer forma
de agressão contra o cidadão.
Muito obrigado
e boa tarde a todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o excelentíssimo senhor brigadeiro do ar Marcelo Gobett Cardoso, comandante da
Academia da Força Aérea, para fazer uso da palavra.
O SR. MARCELO GOBETT CARDOSO - Deputado
Castello Branco, em nome de quem eu cumprimento todas as autoridades civis e
militares já nominadas, senhores e senhoras da aviação civil, representantes da
aviação civil, senhoras e senhores, boa tarde.
É com imenso
prazer e com muita honra que eu represento a Academia da Força Aérea aqui nesta
sessão solene e agradeço esse convite. A Academia da Força Aérea, o ninho das
águias brasileiras, é a instituição de ensino, a organização de ensino da Força
Aérea Brasileira responsável pela formação dos aviadores brasileiros, mas, mais
do que isso, os oficiais de carreira da Força Aérea brasileira dos quadros de
aviação, intendência e infantaria.
Nós crescemos,
nós fomos criados junto com a Força Aérea Brasileira em 1941, da junção da
escola de aviação militar do nosso Exército e da aviação naval da nossa
Marinha, no Campos dos Afonsos, ainda com o nome de Escola de Aeronáutica.
Em 1971, ela
foi transferida para Pirassununga já com o nome de Academia da Força Aérea, e
de lá para cá, nós voamos mais de um milhão e 700 mil horas de voo na formação
dos nossos aviadores militares.
Nós completamos
essa marca em 1998 e acreditamos que, nos próximos dez anos, nós venhamos a
superar duas milhões de horas de voo voadas na formação de nossos oficiais em
dois estágios, o estágio básico da instrução aérea, o estágio primário da
instrução aérea, onde hoje nós voamos o T-25 Universal e o T-27 Tucano.
E neste ano de
2022, nós temos aí a expressiva marca, um marco na nossa formação de oficiais,
onde voamos o T-27 Tucano na sua versão modernizada.
Hoje nós temos
uma aeronave com o seu painel de última geração, instrumentos de última
geração, e os nossos aviadores militares são capazes hoje de operar todas as
aeronaves mais modernas, que a FAB tem incorporado a sua frota, em especial a
F-39 Gripen e o KC-390 Millennium.
Os aviadores
que hoje estão voando os nossos céus, protegendo e integrando o nosso País, que
estão neste momento nas nossas fronteiras em alerta, prontos para operarem,
eles todos passaram pela Academia da Força Aérea. O nosso alto comando do
futuro, o nosso comandante da Aeronáutica do futuro está hoje cursando o curso
de formação de oficiais aviadores na Academia da Força Aérea.
Então, mais uma
vez, deputado Castello Branco, muito obrigado por este convite, por esta
oportunidade de estar aqui representando a Academia da Força Aérea. E eu
encerro convidando o senhor, os nossos deputados estaduais, a todos os senhores
e senhoras aqui presentes para que conheçam a Academia da Força Aérea em
Pirassununga.
Muito obrigado
a todos, e uma boa tarde. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos o Exmo. Sr.
Antonio Marcos Godoy Soares Mioni Rodrigues, comandante da Escola de
Especialistas da Aeronáutica, para fazer uso da palavra.
O SR. ANTONIO MARCOS GODOY SOARES MIONI RODRIGUES
- Senhoras e senhores, muito boa tarde.
Deputado Castello Branco, na pessoa de quem eu cumprimento a todas as
autoridades aqui presentes. Brigadeiro Elvis, comandante do IV Comar.
Cumprimento também as autoridades militares e de aviação aqui neste recinto.
Sou o brigadeiro
Mioni, comandante da Escola de Especialistas de Aeronáutica, mais conhecida
como o berço dos especialistas, situada na cidade de Guaratinguetá, aqui no
interior de São Paulo. Essa escola iniciou seus trabalhos juntamente com a
criação do Ministério da Aeronáutica, em 1941, com a Escola de Formação de
Graduados na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
Na sequência,
com o advento da Segunda Guerra Mundial, houve a necessidade de uma demanda
maior de formação dos nossos graduados, e foi criada aqui em São Paulo,
juntamente com a escola no Rio de Janeiro, uma escola técnica de aviação.
Então, tínhamos
na época dois lugares onde se formavam os nossos graduados. Com o término da
guerra, não houve mais essa grande demanda de formação dos nossos graduados, e
foi escolhido um local, então, para que fosse sediada uma única escola de
formação dos graduados.
E a partir de
1950, o local da cidade de Guaratinguetá foi escolhido, então, para a criação
da atual Escola de Especialistas de Aeronáutica. Desde então, já foram formados
naquela escola mais de 58 mil graduados para a nossa Força. Todos os sargentos,
técnicos, especialistas formados para a Força Aérea Brasileira são formados
pela Escola de Especialistas de Aeronáutica.
Em particular,
eu sou oriundo daquela escola: antes de entrar na Academia da Força Aérea, eu
fui sargento especialista, me formei e iniciei naquela escola em 1986, na
especialidade de controle de tráfego aéreo.
E para mim é
uma honra voltar como comandante daquela escola. Todos os graduados sentados
aqui, músicos, de todas as especialidades, foram formados por aquela escola.
Então, a Escola de Especialistas é o que dá suporte para a aviação, é o que faz
voar, como já foi dito aqui nesta audiência.
Deputado
Castello Branco, gostaria mais uma vez de agradecer pelo convite para esta
brilhante solenidade. Realmente, temos que enaltecer a nossa aviação
brasileira, que muito faz para o nosso país.
E aqueles que
suportam a aviação também, como é o caso da nossa Escola de Especialistas. Mais
uma vez, muito obrigado. Eu coloco a escola à disposição de todos para uma
visita, àqueles que se interessarem.
Muito obrigado
a todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Exmo. Sr. Deputado Estadual Coronel Nishikawa para fazer uso da palavra.
O SR. CORONEL NISHIKAWA - PL - Boa
tarde a todos. Capitão Castello Branco, é uma honra estar neste evento, com
tanto brilhantismo. A aviação é uma força que nós temos, que sempre admirei.
Aliás, eu
estava contado para o Castello Branco que o meu sonho inicial, realmente, era
ter ingressado na Força Aérea. Entretanto, não tive essa oportunidade; acabei
entrando como soldado na Polícia Militar e segui para a Academia do Barro
Branco.
Mas nada é por
acaso. Eu fui para o Corpo de Bombeiros em 1978, e lá a gente teve uma vida
servindo a população, que é a nossa missão. A missão das Forças Armadas, a
missão das Forças Auxiliares. Eu já tive a oportunidade de estar no Comando
Aéreo da PM, no SAT, onde nós sempre fomos bem recebidos.
É uma grata
satisfação estar aqui com os senhores. Gostaria de cumprimentar o coronel
Marcondes pela história que ele tem. E não adianta a gente ficar homenageando
pós-morte; nós temos que homenagear enquanto estão vivos.
Eu acho que
essa é a principal homenagem que a gente recebe: não interesse o que a gente
receba, mas em vida - é importante.
Nós não podemos
nos esquecer dos nossos heróis do passado. Construir o nosso presente. E os do
presente vão construir um futuro melhor, com certeza. Nós amamos a nossa
pátria; a nossa pátria é a coisa mais importante que nós temos no nosso
coração.
Muito obrigado
a todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Convidamos
o Exmo. Sr. Deputado Estadual Castello Branco para fazer uso da palavra.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Inicialmente,
gostaria de saudar o suboficial Falcão, graduado master da Guarnição de São
Paulo, que aqui representa, em grande parte, a Força Aérea Brasileira. A nossa
saudação. Vou pedir para que me acompanhe no discurso o coronel Marcondes,
fique aqui ao meu lado, que oportunamente fará uso da palavra.
Bem-vindos a
bordo. Embarcar. Hoje, sem dúvida nenhuma, é um dia glorioso, histórico. Nós
sabemos que é um dia especial, e estamos fazendo desta festa a nossa festa, a
festa da aviação.
Quando eleito,
por uma benção de Deus, prometi ao mestre fazer bom uso e fazer o bem do meu
mandato. Sem dúvida nenhuma, as asas que protegem o Brasil merecem esta
homenagem.
Minha gratidão
ao supremo arquiteto do universo por esta grande celebração que, sem dúvida
nenhuma, é um dos maiores símbolos deste país. Muito obrigado pela presença de
todos vocês que nos honram, hoje, com suas presenças, e que fazem parte desta
gloriosa história. Cada um de vocês que está aqui hoje ficará eternamente na
minha memória e registrado aqui na rede de comunicação da Alesp.
Todos os discursos
que nos antecederam foram uma peça deste mosaico glorioso que fez uma
retrospectiva sem par da aviação brasileira, dos nossos 116 anos, de Santos
Dumont até hoje, nessas duas horas e meia de uma longa cerimônia.
Mas como eu
disse ao brigadeiro Elvis: é a nossa festa, a gente não tem pressa de acabar.
Nós fizemos uma retrospectiva e uma justa homenagem a todos aqueles que
contribuíram para a maior aviação do mundo, que é a aviação brasileira.
Eu teria muito
o que falar. O tempo não vai me deixar. Mas o significado principal da nossa
cerimônia de hoje é, sem dúvida nenhuma, espiritual. Não é por menos que as
pessoas comentam: “nós precisamos de alguém para pilotar isso aqui”, “isso vai
ou não vai decolar?”, “tem asa ou não tem asa?”, “eu sonho que você voe alto”,
“dê asas ao seus sonhos”.
Ou seja, tudo o
que nós falamos de aviação, de voo, tem a ver com asa, tem a ver com anjos, tem
a ver com os querubins. Nas escrituras sagradas, Deus disse que nós somos
feitos à imagem e semelhança dele, e muito próximos dos seus anjos.
Como dizia o
nosso querido professor Henrique José de Souza, nessa nossa escala evolutiva,
do mineral, do vegetal, do animal, do hominal, estamos em busca do angelical. A
nossa próxima meta vai ser ter asas. E a gente já começou a criar essas asas
agora, fisicamente, para depois tê-las espiritualmente.
Toda a
decoração deste ambiente remete a isso, inclusive a armadura que está aqui,
porque somos os cavaleiros do século do aço, com os nossos cavalos, com as
nossas armaduras. E hoje, aqui, do 14 Bis ao KC 390.
Sem dúvida
nenhuma, eu agradeço ao brigadeiro Elvis, porque, sem combinarmos, nos
esforçamos tanto e fizemos um discurso belíssimo. Minha gratidão ao seu
comando, porque sem o senhor a gente não estaria aqui prestando essa homenagem.
Eu sempre gosto
da frase do querido professor Henrique José de Souza: “a esperança da colheita
vive na semente”. E aqui nós estamos mais uma vez plantando as sementes do bem.
Já falaram de
Santos Dumont, do dia 23 de outubro de 1906; já falamos do nosso querido
sacerdote Bartolomeu de Gusmão, que em 1709 fez os seus voos de balão.
Poderíamos falar de Ícaro na Grécia Antiga, de todo o aspecto mitológico que já
foi mencionado aqui.
Mas, sem dúvida
nenhuma, a gente vai ter que lembrar que foi na Guerra do Paraguai que os
irmãos Collins, dois tenentes jovens do exército americano contratados pelo
Duque de Caxias para virem àquele conflito, fizeram a elevação dos aeróstatos
como a primeira missão de reconhecimento real.
De lá para cá,
da Guerra de Secessão, de 1861, e depois a do Paraguai, de 1866 a 1870, nós
tivemos aqui... A Marinha, novamente, fez o primeiro curso lá na França. A
Força Pública de São Paulo, em 1912, traz o seu primeiro avião; em 1913, o
inaugura. A Marinha do Brasil, em 1916, oficialmente, depois o Exército
Brasileiro em 1919.
E tudo numa
passagem gloriosa, que incluiu, entre outros, a passagem do zepelim aqui pelo
Brasil.
Sem dúvida
nenhuma, a travessia do Atlântico, o paraquedismo das mulheres, os voos
noturnos, a travessia da América do Sul, tudo isso aconteceu nos anos 30, a
partir do estado de São Paulo, que é hoje, sem dúvida nenhuma, um dos grandes
pilares da aviação - por isso a homenagem aqui nesta Casa -, com 1.520 pistas
de pouso, nem todas ativas, mas estão aí. Mais de 500 helipontos.
E sem dúvida
nenhuma, nós já somos a segunda maior aviação geral do mundo. Lembrando que
fazer voar é sempre muito mais desafiador do que voar em si. Toda a estrutura
que é necessária para voar, desde o combustível, da engenharia aeronáutica, do
seu planejamento, das pistas de pouso, do controle de tráfego aéreo.
Eu me sinto
parte dessa história, porque tive uma experiência na aviação que começou muito
cedo, em 1967. Meu tio Álvaro, delegado da Polícia Civil, voava comigo lá em
Americana. Eu tinha cinco anos. Curiosamente, a aeronave era um Alpha Charlie
Bravo, uma aeronave de asa alta, que fazia pequenas acrobacias. Ali tomei o
gosto pela aviação.
Em 1978, ainda
no Colégio Militar do Rio de Janeiro, depois vindo para a Escola de Cadetes,
comecei a tirar o meu brevê. Fui o mais jovem piloto da aviação civil da época,
e depois fui para os Estados Unidos, na Escola de Cadetes.
Meu
agradecimento ao general Nialdo Alves de Oliveira Bastos, que na época,
ousadamente, me autorizou a faltar alguns dias na Escola de Cadetes para me
deixar ficar quatro meses e meio lá nos Estados Unidos fazendo aquele curso de
piloto de helicóptero.
Aí eu vou para
a Aman, na contramão, porque todos disseram: “você vai fazer o que na Academia
Militar das Agulhas Negras? Você deveria ter ido para a aviação civil”.
Inclusive,
recebi proposta para morar nos Estados Unidos, trabalhar lá. Eu disse: não,
minha missão não é lá. Minha missão é aqui no Brasil. Fui para a Aman.
Diferentemente da Escola de Cadetes, do Colégio Militar, onde eu fui tão feliz,
na Aman eu tive algumas dificuldades de adaptação.
O meu
comandante do Corpo de Cadetes era um tal de coronel de infantaria Marcondes.
Eu dei bastante alteração e bastante trabalho para ele, né coronel Padilha, que
foi meu comandante. Nada mudou.
E aí sou
chamado pelo comandante do Corpo de Cadetes, brigadeiro Gobett, para saber por
que eu estava dando tanto problema. E o coronel Marcondes, com sua psicologia,
foi lá entendendo, pegou minha ficha, falou: “cadete, você tem tantas formações
importantes”.
E eu tinha duas
alternativas ali: ou pedia para sair ou eu encontrava o meu caminho. O coronel
Marcondes falou: “eu também sou piloto. Tirei brevê há muito tempo”.
Além de ser
operador de guerra na selva, comandos, enfim. Era o nosso comandante do Corpo
de Cadetes. O que era para ser uma conversa rápida acabou virando duas horas de
conversa. Adiantou bastante, porque não pedi para sair, continuei dando alguns
problemas, mas fui lá levando a academia e fui vencendo os obstáculos.
Me formei na
turma de 85. E na sequência estava servindo em Campinas, numa brigada de
infantaria, quando toca o telefone, meu comandante me chama. Falei: “olha o
Castello dando problema de novo”.
Eu achei que
era alguma coisa relacionada à missão. Não: era um telefone do Estado Maior do
Exército. E aqui entra o coronel Marcondes de volta. Em 1986, Leônidas Pires
Gonçalves, nosso então ministro do Exército, compôs um time de elite para
ajudar nessa reconstrução, recriação da aviação.
O coronel
Marcondes, pelas suas habilidades, competência, profissionalismo e experiência
na aviação, foi chamado para compor aquele time de elite. E estávamos chamando
aqueles pilotos.
O coronel
Marcondes pega o telefone, atende o Castello Branco do outro lado. “Castello, é
o coronel Marcondes”. Eu falei: “mas qual coronel Marcondes?”. “Aquele, da
reunião no Corpo de Cadetes”. Eu falei: “pois não, coronel”, já tremendo... “O
que eu fiz de errado dessa vez?”.
“Nós estamos
aqui formando o primeiro núcleo de pilotos, e eu gostaria de convidá-lo. Você
tem cinco minutos para responder. Você quer fazer na Força Aérea ou na Marinha
o curso?”.
E na contramão,
porque todo mundo queria entrar, e o coronel Marcondes foi lá me convidar. E eu
já tinha minhas predileções pela aviação naval, acho que por causa do Top Gun,
lá de 86, agora na moda novamente.
E lá fui eu
para a Marinha do Brasil, onde, sem dúvida nenhuma, na minha biografia estará
escrito que os melhores anos do Exército, eu os passei na Marinha.
E em São Pedro
da Aldeia fui feliz. De São Pedro da Aldeia, fui fazer o curso de recebimento
de aeronaves, lá no CTA. Foi mais um ano com asa da Força Aérea. Fui fazer o
curso do Cenipa, que na época era de seis meses.
Talvez um dos
melhores cursos que eu já fiz na minha vida tenha sido o do Centro de
Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. E depois conheci o coronel
Osíris Silva, isso lá em 1990, quando o Exército já pensava em ter suas
aeronaves de asa fixa, tão necessárias para os apoios na Amazônia.
Minha amizade
com o coronel Osíris Silva, na época presidente da Embraer, foi tão grande que
ele acabou virando meu padrinho de casamento, meu amigo pessoal. E hoje eu
lembro a figura dele, porque lá na Embraer eu fiz o curso do Bandeirantes, fiz
o curso do Brasília, fiz o curso 145. E a gente já sonhava muito mais alto.
Osíris Silva
pediu para transmitir uma mensagem hoje aqui. O Brasil é um triturador de
heróis. Meu Deus. O Brasil transforma seus grandes heróis, infelizmente sem o
devido reconhecimento, sem o devido valor.
O Coronel
Nishikawa prestou uma homenagem bonita aos bombeiros outro dia nesta Casa.
Quantos bombeiros, quantos policiais militares, quantos heróis da Força Aérea,
da Marinha, do Exército, já deram suas vidas e não são lembrados?
Na aviação,
isso aconteceu também. Então, que o Brasil seja um construtor de heróis. Que a
nossa mentalidade de futuro seja grandiosa, gloriosa; que olhemos para o futuro
com a grandeza deste país, e sem nenhum tipo de coisa menor ou de mediocridade.
A lista de
homenageados hoje foi grande: Eduardo Gomes, Casimiro Montenegro, Anésia
Pinheiro, Salgado Filho, Nero Moura, Augusto Severo, tenente Ricardo Kirk,
Tereza Di Marzo, Joaninha.
E essa lista
vai terminar no - ou pelo menos passa pelo - astronauta Marcos Pontes, que nos
representou lá no espaço, na Soyuz 07, no dia 30 de março de 2006, na sua base
do Cazaquistão.
Parafraseando
novamente o querido professor Henrique José de Souza: trabalhar pelo Brasil é
trabalhar pelo mundo inteiro. Se hoje nós temos aqui as asas da Marinha, as
asas da Força Aérea Brasileira, as asas do Exército Brasileiro, as asas da
Polícia Militar, as asas da Polícia Civil que eu tanto me identifico porque
hoje, o nosso hangar tem o nome do Dr. Álvaro Vicente de Luca, irmão do papai e
meu tio, que foi um dos pioneiros, visionário também, que lá no início dos anos
80, final dos anos 70, quando falava que a Polícia Civil tinha que ser só
aviação orgânica.
Por tudo isso,
a minha gratidão e o meu reconhecimento. Mas, antes de fazer a finalização, eu
vou citar aqui uma frase de Santos Dummont e passar a palavra para o coronel
Marcondes para as suas considerações.
Santos Dummont
disse o seguinte: “a partir de agora, a atmosfera será o nosso oceano e teremos
portos em todo o universo”. 1906.
Coronel
Marcondes, com a palavra. Pioneiro.
O SR. SERGIO MARCONDES - Olha a minha
emoção está muito grande, viu? Eu já estou há mais de 30 anos na reserva e o
Castello Branco foi meu cadete na Aman.
Mas eu queria
dizer aos senhores, principalmente aos nossos oficiais generais, à Polícia
Civil, à Polícia Militar e a todos os aviadores, eu sou... hoje que eu vi que
eu sou da aviação geral, porque como piloto do aeroclube... eu participei do
aeroclube de Rezende, onde eu me formei.
Era o clube de
Guaratinguetá, era o clube de Taubaté, onde eu fiz as minhas horas de voo e
paguei pelas minhas horas de voo, viu? E a minha grande satisfação, quando eu
fui para a aviação do Exército, foi “puxa, eu vou colaborar com os nossos
tenentes, que não vão precisar pagar hora de voo. Eles vão até ganhar mais por
voar.”.
Bom, eu fui
para a aviação do Exército por ser piloto privado. Era o único que entendia
alguma coisa de avião lá, era eu que não entendia nada também. Mas era
entusiasmante a minha função.
Eu não saí
general, mas a minha última missão no exército foi ser chefe da sessão de
aviação do Exército no estado maior do Exército. Lá, eu tive a grande
satisfação de comandar a aviação. Sabe como? Na maquete. Aeronave não tinha,
piloto não tinha, especialista não tinha, quartel também não tinha.
Eu
fui comandante dessa aviação. Mas quando eu sai, quando eu fui para a reserva,
o batalhão já estava em Taubaté, já tinha quase 100 pilotos formados e aqui,
agora, eu quero dar um testemunho que eu precisava dar.
O
apoio que nós tivemos da Aeronáutica e da Marinha. Eu vivia lá na base aérea de
São Pedro da Aldeia, em Piracicaba, em Pirassununga, na base aérea de Santos.
Nós não tínhamos horas de voo, não tínhamos nada e eles deram as horas de voo
dos pilotos deles para nós. E assim foi a recriação da aviação. E hoje eu sou
testemunha disso.
Agradecimento
aos nossos companheiros da Força Aérea Brasileira e da Marinha. E outra coisa
também que eu queria dar um testemunho aqui. Há 30 anos atrás, o deputado falou
do Coronel Ozires, não é?
Nós
tivemos uma palestra aqui em São Paulo sobre a aviação do Exército. São Paulo
não tinha 10 helicópteros e hoje eu vi na... acho que na locução do presidente
da Associação Civil que tem mais de mil helicópteros só em São Paulo.
Olha, é uma
satisfação muito grande para eu ver tudo isso, a evolução. A Polícia militar
não estava nem participando desta reunião. Hoje, eu admiro a Polícia Militar
com os voos dela, com a perícia dos pilotos da Polícia, procurando sanar a
Segurança Pública de São Paulo.
Eu admiro muito
e agradeço. Agora, vem aqui, quem deveria estar aqui é o Senhor, é Deus. Eu fui
testemunha disso. Eu fui instrumento Dele. A aviação do Exército saiu por obra
do Espirito Santo, gente,
Porque, em 86,
87, 88, 89, o Brasil estava em uma dificuldade tremenda financeira. E quando eu
cheguei lá, eu era chefe do estado maior da brigada de Belo Horizonte - onde os
meus problemas eram pneu de caminhão, munição, fardamento, cantil, não tinha
cantil. Aí chego na aviação do Exército do estado maior e aí eu comecei a ouvir
o pessoal falando de helicóptero.
Aí eu perguntei
“vem cá, quanto é que custa um helicóptero? Um esquilo?”. Um milhão e
quinhentos mil dólares. E o pantera? Era quatro milhões e meio. Eu falei “ah,
eu estou em outro Exército. Não é possível.”.
Pois olha,
gente, por Deus, viu? Por Deus. Essa aviação saiu... quando eu vi que arranjar
dinheiro não era comigo e eu tinha que formar a aviação, eu arregacei as mangas
e sai trabalhando.
Quando eu
estava lá, me lembrei deste camarada aqui, que chegou como cadete, ele foi meu
cadete na Academia Militar. Chegou como piloto, senhores. Piloto de
helicóptero.
Falei “Pô, nós
estamos querendo formar tenente, piloto aqui e agora já chega um cadete aqui me
dizendo que já é piloto.”. E piloto com curso nos Estados Unidos. Ah, não. Essa
não. Pois é.
Aí tive a
oportunidade de conversar com ele e ser testemunha disso. E depois, quando ele
estava em Campinas, eu estava na aviação e falei “poxa, o Castello Branco tinha
que estar aqui.”.
Aí telefonei
pra ele e falei “vem embora pra cá, você tem que estar aqui.”. E aí ele começou
na aviação do Exército também, de maneira, gente, que isso tudo, hoje, está
sendo um grande dia para mim.
Porque eu estou
tendo a oportunidade de agradecer a Deus perante os senhores por ter
participado desta obra. À Aeronáutica e à Marinha um agradecimento perante os
nossos deputados aqui presentes pela dedicação com que nos ajudaram na
formação. Eu bato palmas. Eu bato palmas.
E digo aos
senhores também: eu sempre fui entusiasmado com voo. Eu não fui para a
Aeronáutica porque eu tinha um problema na vista que não me permitia ir. Mas eu
fui muito feliz no Exército, sabe? Fiz tudo quanto foi curso que apareceu,
comandei um batalhão de selva, voei muito com os taxis aéreos da Serra Pelada.
Para os
senhores terem uma ideia, Serra Pelada ficava na área, 52 Batalhão de
Infantaria de Salva. E nós chagamos a ter 70 voos diários de Marabá para o
garimpo de Serra Pelada. Então, como os comandantes eram meus amigos, sempre me
convidavam para voar com eles.
Pois bem, gente. Olha, eu tinha vontade de
contar mais, mas não temos tempo. Agradeço ao deputado Castello Branco essa
oportunidade que ele me deu. Foi me buscar em casa depois de 30 anos de
reserva, para estar aqui dando o meu testemunho.
Obrigado.
O SR. PRESIDENTE -
CASTELLO BRANCO - Uma homenagem da Assembleia
Legislativa de São Paulo ao coronel de infantaria Sérgio Marcondes do Exército
brasileiro em reconhecimento aos seus relevantes serviços prestados à aviação
brasileira, em especial por ser pioneiro na recriação da aviação do Exército.
24 de junho de 2022.
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- É entregue a homenagem.
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O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - E dando continuidade
as nossas homenagens, eu vou citar aqui o nome de personalidades, de
instituições importantes para a aviação nacional e solicito para que os
homenageados perfilem diante do plenário, nesta região frontal, para receber as
placas.
General de divisão, Ricardo José Nigri. Major
brigadeiro Alan Elvis de Lima. Brigadeiro do ar Antônio Marcos de Godoi Soares
Mignoni Rodrigues. Brigadeiro do ar Marcelo Gobett Cardoso.
Cito também o
astronauta Marcos Pontes, que a placa já foi entregue. Coronel da Polícia
Militar José Alexander de Albuquerque Freixo, representado pelo tenente coronel
PM Marlon Dala.
A placa em nome
do Comando da Força Aéreo-Naval, representado pelo capitão de corveta Jean
Carlo. Serviço aerostático da Polícia Civil do Estado de São Paulo, doutor
Álvaro Vicente de Luca, representado pelo delegado Clemente Castilhone.
Comandante de aviação, Marcel Moura, presidente da Rede Voa. Flavio Pires, da
Associação Brasileira de Aviação Geral, representado por Raul Marinho.
Convidamos também o senhor José Alberto
Barreto da Costa, vereador do município de Taubaté. A placa em homenagem a
empresa Embraer, representada pelo senhor Domingos Afonso. Também chamamos a
representação da empresa Azul Linhas Aéreas Brasileiras a parte do senhor
comandante Renato Achoa.
Helibras
Helicópteros do Brasil S.A., representada pela senhora Flávia Maria. Aeroclube
de São Paulo, representado pelo senhor Luís Antônio de Oliveira, seu
presidente. Amiga – Associação dos Militares Veteranos e Pensionistas de
Guaratinguetá, representada pelo capitão Moura Brasil e também suboficial
Águeda, presidente de instituição.
E, finalizando
a lista dos homenageados, coronel de aviação, Ozires Silva, fundador da Embraer
e, nesse caso, será entregue pessoalmente pelo senhor deputado Castello Branco.
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- São entregues as
homenagens.
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O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Momento fotografia.
Aproveitamos para pedir uma salva de palmas à aviação nacional e todos os seus
representantes que marcam a história da aviação no Brasil com o seu trabalho
cotidiano.
Enquanto os
homenageados retornam aos seus locais... Eu ia chamar um vídeo agora, de um
minuto para poder...
Hoje é o Dia da
Aviação de Reconhecimento. Convido você a conhecer o vídeo produzido pela Força
Aérea Brasileira em ocasião a esta comemoração.
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-É exibido o
vídeo.
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O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - FAGNER MOURA - Chegamos ao fim da
Sessão Solene em homenagem à aviação brasileira. Convidamos a todos para
acompanhar a reprise da cerimônia pela Rede Alesp de Comunicação disponível em
TV aberta em todo o estado de São Paulo e também pela Claro, canal 7, e pela
Vivo Play, canal 9.
A íntegra desta
unidade ficará disponível no Youtube no canal oficial da Assembleia Legislativa
do Estado de São Paulo e os melhores momentos nas redes sociais do deputado
estadual Castello Branco. Lembrando o endereço “CastelloBrancoSP”. Castello com
dois Ls.
Após o
encerramento, convidamos a todos para visitar a exposição no Hall Monumental e
para tirar a foto oficial do evento. Convidamos o excelentíssimo senhor
deputado Castello Branco para fazer o encerramento desta Sessão Solene.
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL -
Antes do encerramento oficial, a foto oficial será realizada aqui para
ganharmos tempo. As autoridades podem subir e os demais presentes vão compor
conosco para esta foto. A foto é importante.
Agradeço ao brigadeiro Elvis mais uma vez a
exposição de material aeronáutico aqui no Hall Monumental, está linda. Que
todos a prestigiem e ela ficará aqui até segunda-feira, aberta ao público.
Antes de fazer
o fechamento oficial, eu gostaria de agradecer a toda aviação civil, tão
importante na figura do Aeroclube, da Azul, da Helibras, da Embraer, das
entidades de classe, de representação que estão hoje, aqui, compondo a nossa
gloriosa aviação brasileira.
Como é de
tradição, o sino sempre nos traz boas vibrações, bons presságios e bom futuro.
Bons ventos, céus de brigadeiro, boas decolagens, bons voos e bons pousos. Que
daqui a pouco o som deste sino, o som da vitória, possa ecoar poderosamente,
para que tenhamos de direito, de fato, o Brasil como berço de uma nova
civilização e uma pátria gloriosa.
E assim
declaramos encerrada esta Sessão Solene em homenagem à aviação brasileira,
agradecendo a todos os presentes e fazendo votos de que, no próximo ano,
estejamos aqui, mais uma vez, comemorando as asas do Brasil.
E, assim,
sucesso a todos, bons ventos.
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- Encerra-se a sessão às 13 horas e 54 minutos.
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