2 DE AGOSTO DE 2022

69ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA, LETICIA AGUIAR e JANAINA PASCHOAL

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca os Srs. Deputados para sessão extraordinária, hoje às 16 horas e 30 minutos.

 

2 - LECI BRANDÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - LETICIA AGUIAR

Assume a Presidência.

 

4 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

7 - LETICIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

8 - JANAINA PASCHOAL

Assume a Presidência.

 

9 - ENIO LULA TATTO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

10 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Endossa o discurso do deputado Enio Lula Tatto.

 

11 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

12 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Comenta a fala do deputado Carlos Giannazi.

 

13 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

14 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

15 - DOUGLAS GARCIA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

GRANDE EXPEDIENTE

16 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

17 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

18 - CONTE LOPES

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

19 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 03/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, hoje às 16h30min. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, dia 2 de agosto de 2022, uma terça-feira.

Antes de abrir o Pequeno Expediente, eu quero fazer uma convocação. Pessoal da PM que está visitando a gente, são de algum batalhão? São de onde? (Vozes fora do microfone.) Do 24ª, de São João da Boa Vista, é isso? Sejam bem-vindos. É um prazer receber os senhores e as senhoras aqui, viu?

Fiquem à vontade. Qualquer dúvida, o nosso gabinete está à disposição também. Contem conosco, é um prazer recebê-los. Um abraço a todos os amigos de São João da Boa Vista, ok? Obrigado.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou 10 minutos após o término da presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º, Art. 100, do Regimento Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 32ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 03/08/2022.

 

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Isso aqui é bom passar, porque os nossos funcionários estão no aguardo desse PR. Vamos lá então para o Pequeno Expediente. Pequeno Expediente, dia 2 de agosto, seguintes deputados inscritos. Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.)

Deputada Janaina. Vai falar já ou quer falar na próxima? (Voz fora do microfone.) Na próxima. Ela está presente, mas falará em seguida. Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Marcio Nakashima. (Pausa.)

Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Eu falarei em seguida também. Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.)

Pela Lista Suplementar, deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Sargento Neri. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Adriana Borgo. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. Vossa Excelência tem o tempo regimental, Sra. Deputada.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Excelentíssimo Sr. Presidente, Coronel Telhada, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, funcionários desta Casa, público que nos assiste pela nossa TV Alesp.

Sr. Presidente, no último dia 27 de julho começaram a ser instaladas as primeiras das 350 casas modulares da Vila Reencontro, que são destinadas à população em situação de rua. Muito bem.

Porém, hoje, uma matéria trazida pela imprensa aponta uma questão grave. E que deve ser investigada e fiscalizada, sobre a qual a Prefeitura de São Paulo deve esclarecimentos. Segundo a matéria do jornal “Folha de São Paulo”, a Vila Reencontro está sendo instalada em um terreno ao lado de uma estação de tratamento de lixo, com o solo contaminado.

Isso é muito grave. O acolhimento da população em situação de rua tem que ocorrer em um espaço digno de todas e de todos. Essa situação se torna ainda mais grave diante de dados - porque também trazem, pela imprensa de hoje – que apontam que o número de crianças e adolescentes vivendo em situação de rua na Capital paulista é quase quatro mil.

Precisamos de políticas públicas sérias e urgentes para atender a população em situação de rua e também projetos de moradia que sejam, de fato, populares. Quando a gente lutou bastante aqui no ano passado sobre a questão dos moradores em situação de rua, sobre a questão de moradia, os projetos de moradia, que ficaram aqui sete sessões para poderem ser aprovados, a gente não estava falando à toa.

Eu acho que esses projetos de moradia têm que ser, de fato, populares. E também eu acho muito injusto, uma covardia, colocar as pessoas em situação de rua morando perto de lixão. Acho que não tem nada a ver, melhor não fazer nada.

Muito obrigada, Sr. Presidente, era só isso. A gente já chega na primeira intervenção nossa...

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Só isso, Sra. Deputada?

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - Só isso. Vão acontecer mais coisas, mas hoje é só isso.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, querida. A senhora sabe o carinho que eu tenho por V. Exa., é sempre um prazer ouvi-la. Muito obrigado, Sra. Deputada.

Eu solicito à deputada Leticia Aguiar, que está sendo efusivamente cumprimentada pela deputada Janaina Paschoal. Leticia, você pode assumir, por gentileza, para que eu possa fazer uso da palavra? Depois de mim, a Janaina e depois a deputada Leticia. Ok?

 

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- Assume a Presidência a Sra. Leticia Aguiar.

 

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A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, chamo à tribuna o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Presidente, Sra. Deputada Leticia Aguiar e Sra. Deputada Janaina Paschoal, aos demais assessores e funcionários aqui presentes, senhoras e senhores policiais militares aqui presentes e a todos que nos assistem pela Rede Alesp.

Hoje, Pequeno Expediente do dia 2 de Agosto, terça-feira, estamos novamente na tribuna aqui mais uma vez. Quero saudar a todos. Dizer que estamos aí diariamente na batalha.

Senhora Presidente, quero começar com um assunto que está rodando hoje no WhatsApp e é até motivo aí de efusivos cumprimentos por parte da categoria policial militar. Um projeto que está na Câmara dos Deputados que fala sobre a Câmara acelerar um projeto que retira poder dos governadores sobre a polícia militar.

É o seguinte: é um plano que prevê a escolha do Comando por lista tríplice, mandado de 2 anos e autonomia orçamentária. Sabe o que eu acho gozado, deputada Janaína e deputada Letícia, quando as coisas vêm de Brasília todo mundo fica efusivo: “Ai, que legal, olha, ainda bem que o pessoal pensou nisso. Como o pessoal é rápido.”.

E a gente é muito criticado aqui, principalmente pela categoria dos policiais militares, porque nós não damos aumento para a polícia. E a crítica é muito grande, como se a gente tivesse o poder de dar aumento. Como eu gostaria de poder dar aumento para categorias aqui: polícia, professores, médicos, enfermeiras, todos aqueles que estão aí batalhando pela população.

Todo mundo sabe que não podemos dar aumento, mas fica todo mundo cobrando isso da gente. Hipocrisia, não é? Canalhice. Acho que é canalhice, porque as pessoas, ainda mais nessa época de campanha, todo mundo quer ser candidato e não tem missão, não tem serviço para mostrar, então ficam apontando o dedo e falando besteira para a gente.

E hoje esse assunto... Põe de novo, por favor, Wagner, está rodando na internet esse projeto que está na Câmara, falando da lista tríplice. Só que eu queria trazer a todos aqui que esse projeto já existe aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo desde 2015. Só que ninguém se interessou quando nós fizemos aqui.

Aliás, quando eu fiz ainda fui motivo de crítica, “imagina lista tríplice para comandar a Polícia Militar”. E tem outro, do deputado Olim, que é lista tríplice para a Polícia Civil. Então eu tenho aqui a PEC nº 12, de 2015, instituindo o seguinte:

“À Polícia Militar, órgão permanente, incumbe, além das atribuições definidas em lei, a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública.

§1º O comandante-geral da Polícia Militar será nomeado para mandato bienal, permitida reeleição, pelo governador do estado, dentre oficiais da ativa, ocupantes do último posto do Quadro de Oficiais Policiais Militares, por sua livre escolha indicados em lista tríplice resultante de sufrágio pelos integrantes do posto de Coronel da Polícia Militar, devendo fazer declaração pública de bens no ato da posse e de sua exoneração.”

Ou seja, a Câmara dos Deputados está simplesmente copiando uma PEC que nós fizemos em 2015. Para quem tiver dúvida, é só entrar no site da Assembleia Legislativa e procurar a PEC nº 12, de 2015, mas é como eu falo, quando a gente faz, senhores policiais militares, que nos cobram tantas providências, ninguém se interessa em comentar.

Aliás, quando a gente fala ainda falam “Ah, ele só vê o lado dos oficiais, ele só vê o lado dos praças”. As críticas são constantes, então é interessante que ninguém acompanha o nosso serviço dentro dos quadros policiais e nos criticam indevidamente. Se ao menos prestassem um pouquinho de serviço e fossem consultar as nossas leis.

Para quem não sabe, senhoras e senhores que nos assistem, só nesta Casa, em dois mandatos, oito anos de serviço, nós já temos 30 leis de nossa autoria ou coautoria, 30 leis em dois mandatos, 7 anos de mandato até o presente momento.

Mas sobre isso ninguém se interessa, porque a turma quer mesmo é barulho, a turma quer mesmo é xingar, a turma quer vilipendiar, falar besteira, xingar a mãe de um, xingar a mãe de outro, resultado mesmo nenhum, só xingo. Só que o nosso trabalho é um trabalho de resultado, não é um trabalho de xingamento.

Para fechar, Sra. Presidente, eu queria dizer que ontem nós estivemos aqui no obelisco do Ibirapuera em apoio e homenagem ao Instituto de História Militar. Eu e o capitão Telhada, meu filho, fomos homenageados, recebemos a medalha dos 200 anos da independência do Brasil.

Quero agradecer ao Sr. Roberto Tormim, presidente do Instituto Histórico Militar, ao Sr. Marcelo Kovacs e a todos aqueles que nos indicaram para a referida homenagem. Muito obrigado.

E hoje pela manhã estivemos na cidade de Valinhos, onde participamos de uma palestra junto aos homens e mulheres que trabalham na segurança, no Bombeiro Civil, em administração de um shopping da região, junto com meu filho, Capitão Telhada, e o tenente Farina. Agradeço a todos que nos acompanharam, fomos muito bem recebidos por lá.

Obrigado pela atenção e contem com o nosso serviço aqui na Assembleia Legislativa.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, nobre deputado Coronel Telhada. Seguindo a ordem dos oradores inscritos, chamo à tribuna a nobre colega, deputada Janaina Paschoal, para uso da palavra, tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sra. Presidente. Cumprimento V. Exa. e todos os colegas aqui presentes. Trago alguns temas importantes para reflexão na nossa tarde de hoje.

Seja por meio da imprensa, seja por reclamações diretas, recebi a informação de que cachorros teriam sido envenenados nos “cachorródromos” aqui dos arredores da Assembleia. Teriam efetivamente colocado comida com veneno, ração com veneno, e alguns cãezinhos até vieram a óbito.

Entramos em contato com a prefeitura, que também recebeu essas notícias. Disse ter feito uma verificação nos locais e não ter logrado êxito em encontrar o material envenenado.

Isso significa que não tenha acontecido? Não, pode ser que algum cão já tenha comido, pode ser que alguém, com medo, tenha retirado, mas a prefeitura fez uma verificação - pelo menos foi a informação que nos passaram. - e não encontrou esse material envenenado. A prefeitura procedeu a uma limpeza dos locais.

Por que estou dizendo isso? Todos sabem que temos aqui na Casa colegas que são, vamos dizer assim, os apoiadores, as referências de proteção à causa animal. Eu não estou querendo tirar a bandeira de ninguém, de maneira nenhuma, mas uma coisa é não ser uma parlamentar conhecida como uma protetora da causa animal, outra coisa é a gente calar ou se omitir diante de uma deliberada maldade.

Então, você pegar ração, misturar com veneno e ir ao ambiente onde os cachorrinhos costumam brincar, costumam ir para fazer xixi, inclusive para não fazer na porta dos outros, e colocar para esses animais comerem, aí é deliberada maldade.

Então, eu queria colocar o gabinete à disposição para eventuais denúncias, eventuais reclamações, porque nós vamos, sim, oficiar os órgãos competentes, nós vamos nos manifestar porque é não ter nenhum coração.

Inclusive, me parece muito questionável que prédios, para evitar que os cães subam no jardim, coloquem plaquinhas dizendo que tem veneno, porque o dono do cachorro pode se distrair, pode ser um cachorro que não tem dono que suba, então isso também é envenenar de maneira deliberada.

Então, peço, é óbvio, sempre, responsabilidade de quem tem seu cachorro, seu gato - alguns têm até porquinhos de estimação -, peço cuidado, que recolham o cocô, evitem que façam xixi na porta dos outros. Tudo isso eu peço e acho que é uma questão de convivência social.

Por outro lado, peço também o mínimo de humanidade por parte de quem se diz humano, não atacando deliberadamente os animais. Inclusive, hoje, a pena para esse tipo de ação é uma pena altíssima. É uma pena altíssima! Aí não tem dúvida: se alguém mistura veneno e dá para o cachorro comer, não tem dúvida de que esse alguém quer que o cachorro morra.

Então, quero colocar o gabinete à disposição e até já destaco que pode ser a assessora Maria Lúcia que venha a ser procurada para receber qualquer tipo de notícia nesse sentido. Nós vamos buscar a atuação dos órgãos competentes. Então, esse é o primeiro ponto.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O segundo ponto: eu tenho recebido algumas reclamações no gabinete de pessoas que vão, fazem a sua consulta, ficam na fila do exame e, às vezes, conseguem um recurso para fazer o exame particular. Quando voltam com o exame, o médico do SUS não aceita o exame, por ter sido particular, e manda a pessoa para a fila de novo do exame pela rede pública.

O que acontece? A pessoa não consegue dar andamento no seu caso, perde o recurso que gastou para fazer o exame no particular e traz prejuízo para o setor público, porque vai entrar em uma fila para fazer exame pelo público.

Então, estou levantando as normas referentes a essa situação para que possamos conversar com o secretário de Saúde a respeito de medidas para otimizar essa fila. Eu sei que muitos podem pensar assim: “Mas para quem consegue fazer o exame privado vai passar na frente, vai prejudicar quem não consegue”. Por outro lado, quem faz o exame no privado libera lugar para fazer andar a fila daquele que não tem condição de pagar o exame.

Então é um assunto complexo - eu sei que é complexo - mas estamos, eu e meus assessores, debruçados sobre ele e vamos buscar caminhos para otimizar essas filas que não têm fim no sistema público de saúde no estado de São Paulo.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. A próxima deputada é a Sra. Deputada Leticia Aguiar.

 

A SRA. LETICIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., todos os colegas, todos que nos acompanham aqui pela galeria e todos que nos acompanham pela Rede Alesp.

Hoje, na volta do recesso parlamentar, tenho alguns assuntos para tratar. Estamos aqui trabalhando, mas preciso falar de algo muito sério e muito importante, a respeito de liberdade de expressão.

A minha rede social, o meu Facebook, foi hackeado há aproximadamente 15 dias e a plataforma do Facebook que oferta esse serviço para os seus clientes, não tem solucionado o problema.

O meu Facebook foi hackeado com 275 mil seguidores, pessoas que acompanham o trabalho desta parlamentar, as ações do nosso mandato e tudo que tenho divulgado através das redes sociais, que inclusive, é um veículo importante de prestação de contas.

E, mesmo a gente tendo apresentado toda a documentação solicitada, o Facebook não retomou a minha página, a página que é minha, que é página verificada, que é de uma autoridade parlamentar de Estado.

Então, deixo registrada a minha revolta, a minha indignação. Como uma plataforma que oferece esse serviço no Brasil não tem atendido com segurança os seus usuários e os consumidores?

Esta Casa tem uma Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor, da qual eu fiz parte durante muito tempo. Nós vamos acionar a Casa também para que o Facebook Brasil seja acionado. Eu peço, Sra. Presidente, que a minha fala hoje aqui seja enviada para a Diretoria, para a Presidência do Facebook Brasil para que, com urgência, essa página volte ao ar e a gente possa continuar a prestação de contas do serviço desta deputada.

Agora eu quero falar um pouco de Brasil, falar um pouco do governo Bolsonaro. Você que acompanha o Brasil, você que torce pelo Brasil,  que é um brasileiro otimista, você que tem acompanhado um governo sério como o governo do presidente Jair Bolsonaro, essa informação é importante para você.

Divulgue, compartilhe e mostre para seus amigos. Será que as pessoas sabem o que é deflação? Deflação é o contrário da inflação. Ela ocorre quando os preços da Economia começam a cair.

Inflação é quando os preços começam a subir e a deflação é a queda dos preços da Economia. O IPS, Índice de Preços ao Consumidor Semanal, registrou a deflação, ou seja, queda de -1,19% agora no mês de julho.

O que isso demonstra a você que é consumidor? Que existe um governo sério, que existe uma política séria econômica do nosso ministro Paulo Guedes, que tem um presidente da República cuidando realmente do Brasil para que esses índices caiam e que a Economia volte a acontecer no Brasil, como tem acontecido mesmo diante de uma pandemia, onde teve aquela ditadura do “fecha tudo”.

O nosso presidente Jair Bolsonaro, ao contrário do que estava sendo feito no mundo, deixou muito clara a sua posição ao permitir que as pessoas tivessem o direito de trabalhar, de buscar o seu sustento e esses índices são o resultado, são a prova disso. Então, parabéns ao ministro Paulo Guedes, ao presidente Jair Bolsonaro, pelas ações efetivas e econômicas para o nosso país com a queda dos preços, que é a deflação.

Também houve queda no desemprego. Essa é uma informação importante, divulgue isso. Isso a imprensa, a grande imprensa não vai falar, mas a gente fala aqui e a gente conta com a sua força para divulgar. Desemprego em queda. Dados divulgados pelo IBGE mostram a queda nos índices de desemprego: 9,3%, a menor dos últimos sete anos.

Mesmo diante de uma crise mundial, pandemia, fecha-tudo, governos ditatoriais, conseguimos saldo positivo: aumento na criação de empregos. Só neste ano de 2022, o saldo é de 1,3 milhão de novos empregos gerados, e isso é política séria do presidente Jair Bolsonaro.

 

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- Assume a Presidência a Sra. Janaína Paschoal.

 

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E para encerrar com chave de ouro, o governo Bolsonaro decretou a redução de 35% do IPI, 35 por cento. Então, tudo está ficando mais barato, mais de quatro mil itens tiveram o imposto reduzido. Celulares, televisão, calçados, bicicletas, motos, veículos, uma série de produtos que vão ficar mais baratos para o consumidor final.

Então, comprovamos que um governo sério, competente, ético, com boas pessoas, com pessoas com boa vontade realizando um trabalho para você, cidadão de bem, trabalhador, está acontecendo. A mídia não mostra, a imprensa não mostra, mas esta deputada aqui mostra e você divulga e compartilha.

Parabéns, presidente Jair Bolsonaro, parabéns, ministro Paulo Guedes e todos os integrantes do governo Bolsonaro. Contem aqui com o trabalho desta parlamentar no estado de São Paulo. Assim, com seriedade e respeito às pessoas e amor ao Brasil, a as coisas vão acontecendo de maneira eficaz.

Muito obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sra. Deputada. Solicito à assessoria que faça os encaminhamentos conforme requeridos pela Sra. Deputada, da tribuna.

Seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos, Lista Suplementar, chamo à tribuna o nobre deputado Enio Tatto.

Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Sra. Presidenta, deputada Janaina Paschoal, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e deputada Leticia Aguiar, que fez uso da palavra.

Sra. Presidente, subo à tribuna hoje para falar sobre o programa Bom Prato. Eu tenho visitado muitos locais, e um dos pedidos maiores é o restaurante Bom Prato. Em todos os bairros da periferia e nos municípios o pessoal aprova esse programa do Governo do Estado de São Paulo, mas tem uma reclamação muito grande, que é a falta de mais unidades do Bom Prato. 

Em se tratando de um momento de crise, de pandemia, de aumento da fome por um governo federal e por um governo estadual desastrosos, aumenta a necessidade da assistência social, aumenta a necessidade do Estado, da Prefeitura e da União socorrerem essas famílias. Há uma grande maioria delas desempregada e com moradores em situação de rua. Eu vi a deputada Leticia e a deputada Leci Brandão falar hoje sobre esse assunto, e isso vem se agravando cada vez mais.

Qual é o problema do Bom Prato? É a necessidade de ter mais locais que tenham o restaurante com comida de qualidade e barata, de um real, ou 50 centavos o café da manhã. 

O problema é que não deslancha, são poucos os locais que têm esse atendimento para a população. E a população mais carente, moradores em situação de rua, população desempregada, aposentados, pensionistas, que ganham pouco, que não dá para comprar nenhum remédio, e recorrem ao Bom Prato.

Então, exemplo de descaso do Governo do Estado de São Paulo, que é o Bom Prato do Grajaú. Se tiver as fotos aí podia colocar, não é vídeo, é foto. 

Esse Bom Prato foi ameaçado de ser desativado, lá na Belmira Marin, no Grajaú, zona sul de São Paulo, um bairro com mais de 450 mil pessoas. E nós fizemos uma luta, fizemos protestos, não deixamos fechar o Bom Prato do Grajaú. 

Então eles pediram para que o dono fizesse uma reforma no prédio do Bom Prato, e nesse período da reforma eles estão fornecendo dessa forma que está na foto que está passando, deputado Giannazi. É a entrega de marmitex através de um caminhão que chega em caixa de isopor, até que fosse feita a reforma e que voltasse o Bom Prato para aquele prédio ou em outro local.

O que está acontecendo? Está fazendo um ano que foi desativado o prédio para reforma, o proprietário fez a reforma, mas até agora não voltou o Bom Prato do Grajaú. Então a população sofre, está na rua, pode olhar, na calçada, dia de chuva, sol quente. 

Detalhe, esse Bom Prato do Grajaú fornecia em torno de mil refeições por dia. Caiu agora para 300, 400 refeições apenas. Então não dá para entender por que demora um ano para resolver o problema do Bom Prato do Grajaú. 

Em outros locais, por exemplo, Parelheiros, precisa agilizar. Eu fui fazer uma visita ao prédio que está sendo construído para colocar um Bom Prato em Parelheiros, lá no fundão da zona sul de São Paulo. 

O do M’Boi Mirim foi inaugurado, mas o que precisa é colocar mais dinheiro na Secretaria da Assistência Social para aumentar o atendimento e para a construção de novos Bom Prato, que é um programa bom do estado de São Paulo, principalmente neste momento de desemprego, de miséria, de salários baixos, de precarização do trabalho. 

Aqueles que estão trabalhando não conseguem ganhar para se sustentar. Momento de inflação, dos produtos caros, o litro do óleo de soja, se vai comprar, é oito, nove, dez reais; pé de alface, cinco reais, e assim por diante. 

Então as pessoas recorrem ao Bom Prato, por isso essa demanda enorme, pedido em todos os locais, para que se construa mais Bom Prato.

Para isso, precisa colocar mais dinheiro na Secretaria da Assistência Social. Deputada Janaina, deputado Carlos Giannazi, vocês sabem quanto tem no orçamento da Secretaria da Assistência Social, que cuida das Apaes, do Bom Prato, do Leve Leite e tantos outros programas com as entidades, com as igrejas, com os prefeitos? Apenas 0,46% do orçamento é colocado na Secretaria da Assistência Social. Nem 0,5 por cento.

O candidato que assumir, que ganhar as eleições dia dois - e eu já falei, o candidato que eu apoio é o Haddad - tem que triplicar, quadruplicar esse valor, tem que passar imediatamente para dois, três por cento para a Secretaria da Assistência Social, que atende as famílias, que atende o ser humano, e não 0,46% em uma secretaria tão importante como é a Secretaria da Assistência Social.

Era isso. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. A questão não é nem só orçamentária, tem que ter uma equipe para fazer o mapeamento das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade.

Eu não me conformo que nós não tenhamos equipes nem na Secretaria Estadual, nem na Secretaria Municipal no estado mais rico da Federação. É inacreditável.

Seguindo a lista dos oradores inscritos de forma suplementar no Pequeno Expediente, chamo à tribuna o nobre deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da TV Assembleia, hoje, dia dois de agosto de 2022, eu quero reafirmar o que eu disse ontem aqui na tribuna, quando nós tivemos a primeira sessão do segundo semestre do processo legislativo, do ano legislativo de 2022, da nossa luta, da nossa determinação e da necessidade urgente da aprovação do nosso PDL 22.

É um projeto de decreto legislativo que derruba, que anula, que revoga o criminoso confisco das aposentadorias e pensões de milhares de aposentados e pensionistas. Essa revogação é fundamental hoje para a sobrevivência dos aposentados e pensionistas.

Eu tenho dito que o nosso PDL, alguns deputados estão céticos, dizendo que não vai aprovar. Como não, se nós já temos todas as condições? Todas as condições estão dadas para que o PDL seja aprovado.

Ele já tramitou pelas comissões, tem parecer favorável, tem até uma emenda do próprio governo legitimando o PDL 22, uma emenda apresentada pelo atual presidente da Assembleia Legislativa, na época líder do Governo, deputado Carlão Pignatari.

Ele apresentou uma emenda ao nosso projeto, legitimando-o, que está pronto para ser votado em regime de urgência, com 53 assinaturas de deputados e deputadas, inclusive deputados da situação do governo, assinando, dizendo que tem que pautar o projeto.

O requerimento é para pautar. Então a Assembleia Legislativa tem todas as condições, né? Do ponto de vista regimental, o projeto está pronto para ser votado, e se ele for aprovado, não cabe nem sanção e nem veto do Executivo.

Mas tem outra opção também, né? Se o governo não quer aprovar o PDL 22, ele insiste aqui no controle da Assembleia Legislativa, que ele revogue por conta própria. O governador Rodrigo Garcia - que eu chamo de Rodrigo/Doria - pode revogar a qualquer momento através de um outro decreto.

Ele pode editar um decreto revogando o Decreto nº 65.021. Ele pode fazer isso a qualquer momento, inclusive agora. Nós temos essas duas opções: ou o governador revoga, ou a Assembleia Legislativa - que é um poder, deveria ser um poder independente, com autonomia - que faça isso, porque a Assembleia tem essa prerrogativa. PDL é para isso: Projeto de Decreto Legislativo.

Repito: as condições estão todas dadas, depende apenas agora da Presidência da Assembleia Legislativa em pautar o projeto. Ele está em Regime de Urgência, ele tem 53 assinaturas, 53 deputados e deputadas assinam o requerimento para que ele seja pautado, significa que nós já temos os votos, até mais do que o necessário.

Nós temos mais de 300 moções, que foram debatidas e aprovadas em câmaras municipais. Quase metade do estado de São Paulo já debateu e aprovou nas suas respectivas câmaras municipais a defesa, a aprovação do PDL 22 e o fim do confisco das aposentadorias e pensões.

Então, a questão não é mais técnica, jurídica e nem econômica, a questão é política, apenas isso. Então eu faço novamente um apelo. Falei na reunião de líderes que, para nós, essa é uma prioridade votar o PDL nº 22. E tem muitos deputados defendendo aqui. O deputado Conte Lopes, que assinou, a deputada Janaina Paschoal, que está aqui, e tantos outros, né? A Assembleia Legislativa não pode ficar inerte, omissa e passiva diante do que está acontecendo com os aposentados e pensionistas.

Nós temos casos já de suicídio, de pessoas que não conseguem mais comprar o alimento, não conseguem mais comprar o remédio, pagar o tratamento médico, de sustentar as suas famílias, ainda mais com essa carestia que nós estamos vivendo, com a inflação alta, com o preço da gasolina nas alturas, do gás, com o desemprego em massa, a situação degradada da economia brasileira, o aumento monstruoso do custo de vida agravou ainda mais a situação dos aposentados e pensionistas, por isso que nós apelamos à Assembleia Legislativa para que o projeto seja pautado e votado e a Alesp assuma de fato a sua prerrogativa, a sua autonomia e a sua independência em relação ao Poder Executivo.

Se o governador não quer, é problema dele, mas a Assembleia Legislativa pode aprovar. O projeto está pronto para ser votado.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Eu li em uma matéria que o governador teria dito que ele não poderia revogar neste período eleitoral. Eu confesso que juridicamente não concordo com essa visão.

Ao meu ver, trata-se de um decreto que já nasceu errado. Então, corrigir um erro de nascença não tem nenhum impedimento jurídico para isso. Então, não corrobora esse olhar.

Entendo que ele pode sim fazer isso já. Aliás, deveria, e se não o fizer, penso que é um dos poucos projetos que traz unidade na Casa. Desconheço outro que traga tanta unidade na Casa. Muitas pessoas me pararam pelas ruas nesse período para pedir a votação desse PDL. Então, fica aqui registrado de novo o meu apoio ao PDL de V. Exa.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, nobre deputada Janaina.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Vossa Excelência tem toda a razão. Não há nenhum empecilho legal. Nós consultamos procuradores do estado, nós consultamos juristas, várias pessoas. Inclusive, tem um precedente: o estado de Sergipe acabou de revogar o confisco das aposentadorias, num projeto que foi votado na Assembleia Legislativa de Sergipe. Então, se Sergipe aprovou, por que São Paulo não pode aprovar?

E V. Exa. tem mais razão ainda, porque é um decreto, é um PDL. E isso não traz um custo para o estado; ao contrário. Mas ele disse isso no programa “Roda Viva”; e ele contou ali várias mentiras, na verdade.

Disse que tem um trilhão de dívida da Previdência estadual. Um trilhão? Nem a dívida do Brasil representa isso, da Previdência nacional. E nós desmentimos todas essas inverdades do Rodrigo Doria.

Mas, como disse V. Exa., o projeto tem unidade, tem consenso para que ele seja votado. As condições jurídicas estão todas dadas para que ele seja aprovado. Mas quero agradecer o apoio de Vossa Excelência.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista de oradores inscritos de forma suplementar no Pequeno Expediente, chamo à tribuna o nobre deputado Conte Lopes, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, ontem alguns membros do PSDB cobravam as colocações da gente sobre o governador Rodrigo Garcia.

É bom colocar aqui que na verdade o povo tem que saber que Rodrigo Garcia é João Doria, é PSDB, 45; não resta a menor dúvida. O povo tem que saber disso. E falávamos da política de Segurança de João Doria e Rodrigo Garcia.

Ontem mesmo, depois do meu pronunciamento, a Justiça absolveu o sargento André da Silva e o soldado Danilton, que perseguiram bandidos em Santo Amaro dentro de carro roubado.

Houve um entrevero; os dois morreram. O sargento André da Silva e o soldado Danilton ficaram um ano presos no presídio. E por que eles ficaram um ano no presídio, Srs. Deputados do PSDB e Rodrigo Garcia, que agora cai do céu como se fosse um santo? Não, Rodrigo Garcia é Doria. Rodrigo Garcia, com Doria, fechou São Paulo. Rodrigo Garcia, com Doria, acabou com o comércio.

E Rodrigo Garcia, com Doria, acabou com a Segurança Pública. É bom colocar aqui. Ontem, a comprovação: os dois foram absolvidos pela Justiça. E quem prendeu o sargento e o soldado? A política de Segurança de Rodrigo Garcia, João Doria e do general Campos.

Eu cobrei, aqui nesta Casa, o general Campos sobre isso de se prender policiais que enfrentam o crime. Ora, se você protege o lobo, obviamente você está entregando as ovelhas para os lobos. É o que estão fazendo no governo atual.

Um sargento e um soldado ficaram presos um ano. Quem prendeu? Rodrigo Garcia, Doria e general Campos. Foram eles que prenderam; foi a corregedoria que prendeu. E mandou para a Justiça.

O que custava fazer os policiais responderem em liberdade, como eu respondi, e muitos outros policiais? E é a Justiça que tem que decidir se você agiu em legítima defesa ou não, não é o superior hierárquico.

Não é Rodrigo Garcia, que quer uma câmera para o policial não enfrentar bandido, que é uma proteção aos criminosos. Para diminuir a letalidade, como eles mesmos falam. Acabou mesmo. Quem é o policial que vai enfrentar bandido? Para quê?

Para ir à cadeia, como esses dois foram? Largar a mulher, os filhos e ficar na cadeia? Só que o povo está à mercê da sorte. Rodrigo Garcia, Doria e o PSDB estão liberando o povo para morrer na mão de bandido.

O bandido não precisa nem mais de arma. Está aí no “Fantástico”, no “Show da Vida”: no Brás, os ladrões assaltando na mão grande. Te atacam em quatro, cinco; te seguram pelo pescoço e roubam tudo. Nem de arma precisam mais. Isso não sou eu que estou falando; está aí.

Então, eu cobrei do general isso aqui. O que me falou o general, secretário de Segurança Pública de Rodrigo e Doria? “Deputado, não precisa se preocupar. Quem comanda a Polícia sou eu”.

Não comanda nada, não sabe nada. Não sabe nem o que é Polícia. O general não sabe nem o que é Polícia. Ser do Exército é uma coisa, ser Polícia é outra coisa. Você tem que saber o que é Rota, tem que saber o que é Força Tática, tem que saber o que é a Cavalaria, tem que saber o que é o Deic.

Tem que saber o que é a Delegacia de Entorpecentes. Tem que saber o que é entorpecente, o que é Cracolândia. O que é o Brás. O que é agir covardemente? Colocar policiais honestos defendendo a sociedade, enfrentando bandidos, na cadeia.

E veja bem, o Rodrigo Garcia foi à Rota um mês atrás. Recebeu uma medalha na Rota. “Ah, agora mudou a política, o Rodrigo Garcia é diferente do Doria”. Policiais da Rota, um tenente e dois soldados, enfrentando um sequestrador armado de fuzil, mataram o sequestrador, atingiram o sequestrador.

Como a Corregedoria e a Secretaria de Segurança Pública do general Campos e do Rodrigo Garcia não conseguiram ver a hora que os policiais atiraram, eles alegaram que os policiais taparam as câmeras, e, a partir daí, recolheram o tenente e os dois cabos para o Presídio Romão Gomes. Precisou o advogado, o Celso Vendramini aí, entrar com um habeas corpus para liberar os dois.

Bandidos sequestrando com fuzil. É essa a política de Segurança Pública do João Doria e do Rodrigo Garcia? E não querem que se cobre? Vamos cobrar sim. A nossa obrigação é estar cobrando. E os dois foram soltos ontem pela Justiça. Então, se manda primeiro para a cadeia.

E eu cobrei do general aqui. Eu falei, “general, estão prendendo policial que enfrenta o crime”. Ora, se não é para enfrentar o crime, tudo bem, não enfrenta. Só que quem vai pagar com a vida é a família, é o pai de família, a dona de casa, é o jovem na mão dos bandidos.

Obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado, e seguindo aqui com a lista dos oradores inscritos chamo à tribuna o nobre deputado Douglas Garcia, que terá o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde. Quero cumprimentar aqui a todos os deputados desta augusta Casa de Leis, todos os servidores da Assembleia paulista e todo o público que nos assiste, aqui na galeria e também na Rede Alesp.

Sra. Presidente, desde o primeiro dia do meu mandato, desde o dia em que eu assumi, que eu tomei posse aqui na Assembleia Legislativa, enquanto deputado estadual, eu prometi que batalharia em nome das pautas conservadoras, pelas quais eu fui eleito, principalmente contra a questão do aborto, que tanto aflige o estado de São Paulo, que tanto aflige o nosso Brasil.

E, infelizmente, Sra. Presidente, através do trabalho feito nas redes sociais, eu acabei descobrindo - olha só que absurdo - uma clínica clandestina de aborto, que não apenas passa orientações para as pessoas, para as mulheres, para todos aqueles que procuram, infelizmente, esse método horrível. E ainda chamam isso de solução, de questão de Saúde Pública, esse método horrível, chamado assassinato de crianças.  

Nas redes sociais, está aqui, senhores - para não ficar apenas as minhas palavras - Facebook, Clínica de Aborto BR. É uma página do Facebook. Está aqui, olha: “Boa noite, meninas.

Estamos realizando atendimento em Recife, Brasília, Salvador, todos os interiores da Bahia, São Paulo e proximidades. Aborto seguro e sigiloso”. Essa publicação foi feita agora, 29 de julho.

“Não pedimos pagamento antecipado. O pagamento é realizado apenas após o procedimento”. Aqui ainda uma publicação feita há poucas horas, duas horas. “Bom dia, equipe de ajuda estará na cidade de Recife e na data de três a sete de agosto”, e coloca um número de telefone, aqui, tratando isso aqui como se fosse a coisa mais comum do mundo.

Inclusive, nós descobrimos, através dessas publicações - para que seja interesse desta Casa de Leis - que existem pontos no interior do estado de São Paulo. E ainda colocou no plural, “diversos pontos” desta clínica clandestina de aborto funcionando no estado de São Paulo.

Eu estou entrando com uma representação, e notificando o Ministério Público Federal, porque isso aqui é âmbito nacional. É uma clínica de aborto clandestina funcionando em âmbito nacional.

Estou notificando também o presidente do Conselho Federal de Medicina, para que sejam investigados todos aqueles médicos, que se dizem médicos, né? Fazer uma porcaria dessas, uma palhaçada, uma baixaria. Isso aqui é crime.

Eu quero que o Conselho Federal de Medicina atue no sentido de investigar todos os médicos que estão participando disso. Também estou notificando o Ministério dos Direitos Humanos para que não apenas o gabinete do deputado Douglas Garcia, mas que, em âmbito nacional, o governo federal - que eu tenho certeza absoluta de que é um governo que luta a favor da vida e contra o aborto - vá fazer o possível para fazer com que as nossas crianças, para fazer com que os inocentes sejam protegidos, para que as leis do nosso Brasil sejam respeitadas.

Também estou notificando o Ministério da Justiça e Segurança Pública, porque, senhores, isso se trata de crime. Aborto, no Brasil, é crime e esses assassinos, que agora perderam completamente o pudor, perderam completamente a vergonha, estão nas redes sociais incentivando as mulheres a praticarem um procedimento criminoso, assassino, cruel, tratando isso como se fosse algo comum, corriqueiro: “Ah, venha até a nossa clínica. Nós garantimos sigilo completo e absoluto para o procedimento de aborto”. Meu Deus, veja a que ponto nós chegamos.

Eu exijo que todos esses ministérios, que o Ministério Público - principalmente o Ministério Público do Estado de São Paulo, que é o fiscal da lei, fiel cumpridor da lei - vá atrás de cada um desses pseudomédicos que estão atuando nessas clínicas absolutamente clandestinas com o intuito de assassinar, com o intuito de tirar a vida, solapando o direito e as leis brasileiras. Essas pessoas merecem a cadeia e eu não vou descansar até ver cada um deles atrás de uma cela. Não é possível.

Também estou entrando com um requerimento nessa comissão aqui, na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de São Paulo, porque todas essas clínicas que estão espalhadas no interior do estado de São Paulo precisam ser investigadas não apenas na Comissão de Direitos Humanos, mas também na Comissão de Segurança Pública.

Oficiarei o secretário de Segurança Pública. Entregarei pessoalmente isto aqui a ele, porque nós queremos, sim, destravar o IP disto aqui, identificar, buscar todos os métodos possíveis para a identificação daqueles assassinos que estão, todo santo dia, assassinando as nossas crianças, tirando vidas - para concluir, Sra. Presidente - e ainda publicando nas redes sociais como se fosse algo comum, algo corriqueiro.

É necessário que esta Assembleia Legislativa, que todas as instituições tomem uma decisão dura, uma resposta dura, uma resposta firme contra aqueles que estão solapando o Direito, que estão indo para cima das nossas crianças ainda no ventre das suas mães, sem o direito de poderem se proteger, sem o direito de poderem ter voz, de defenderem a si mesmas. Nós vamos investigar e todos os responsáveis serão devidamente presos. Isso é uma garantia que eu faço.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos. Cumprimentamos V. Exa. pela iniciativa e, haja vista o horário, eu dou por encerrado o Pequeno Expediente e, imediatamente, abro o Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Chamo à tribuna o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Ricardo Mellão. (Pausa.) Janaina Paschoal na Presidência. Não farei o uso da palavra. Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputado Marcio Nakashima. (Pausa.)

Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de volta à tribuna no dia de hoje, após ter falado aqui da importância e da urgência da aprovação do PDL 22, eu gostaria aqui de, mais uma vez, denunciar o que está sendo feito com os servidores do Quadro de Apoio Escolar.

Me refiro aqui ao QAE e ao QSE, que sempre, historicamente, foram vítimas do arrocho salarial, da desvalorização funcional, das condições de trabalho na rede estadual de ensino, mas, nos últimos anos, isso se agravou ainda mais, sobretudo na gestão do Doria e do Rodrigo Garcia.

Eles foram recentemente vítimas de um verdadeiro passa moleque, de um estelionato, de um golpe praticado pelo ex-secretário Rossieli Soares e pelo próprio governo, porque ambos prometeram.

Quando eu digo ambos, o líder do governo aqui da tribuna se comprometeu publicamente e o secretário ainda mais, o ex-secretário Rossieli Soares se comprometeu várias vezes, soltando vídeos inclusive, dizendo que pagaria o abono Fundeb para o QAE e para o QSE, dizendo que em breve estariam encaminhando um projeto de lei para a Assembleia Legislativa. E até hoje esse projeto não chegou e o abono Fundeb não foi pago para os servidores do QAE e do QSE.

Agora, mais recentemente, houve uma alteração da Lei 1.144, lei de 2011 na verdade, ela foi alterada recentemente e ela trata da questão do reenquadramento das faixas dos servidores.

Só que a Secretaria da Educação, a Seduc, está dificultando ao máximo esse reenquadramento, não deu informações corretas para os servidores do QAE, do QSE, inclusive está rejeitando vários certificados de competência que foram feitos.

Os servidores fizeram cursos em várias escolas, inclusive reconhecidas pelo MEC, e esses certificados não estão sendo reconhecidos e não há nenhum tipo de informação, de instrução, de encaminhamento, de explicação. É algo totalmente feito à deriva, de qualquer jeito, mostrando o descaso com o QAE e com o QSE.

Muitas pessoas esperando para ver o que vai acontecer, pessoas que fizeram o curso, dedicaram um tempo da sua vida, da sua existência, pagaram pelos cursos que deveriam ser aceitos, como reza a legislação, mas esses cursos não estão sendo aceitos e milhares de servidores estão sendo prejudicados.

Ou seja, a Seduc dificultando. Na verdade, na prática ela não quer reenquadrar esses servidores, essa é a verdade. Até porque todos sabem, a Seduc se transformou em um comitê eleitoral do ex-secretário Rossieli Soares, que me parece que é pré-candidato a deputado federal pelo PSDB.

Estamos recebendo centenas de denúncias contra a instrumentalização da Seduc e também das diretorias de ensino. É instrumentalização aberta. Onde está o Ministério Público que não está investigando isso? Várias denúncias já foram feitas, instrumentalizando grêmios estudantis, servidores comissionados para a sua campanha.

Então é isso, todo mundo está dizendo que a Seduc virou comitê eleitoral do ex-secretário Rossieli. Dirigentes de ensino se prestando a isso, muitas vezes assediando e obrigando servidores das diretorias de ensino, aqueles cargos que são nomeados, que são comissionados, até mesmo diretoras e diretores muitas vezes são forçados.

Essas são as reclamações que nós estamos recebendo aqui a aderir à programação do cronograma da campanha do ex-secretário Rossieli Soares. Agora esse e-mail.

Difícil as pessoas apoiarem um secretário que foi o responsável por um dos maiores ataques à carreira do Magistério. Fica difícil para uma pessoa da carreira do Magistério, seja ela uma professora, uma diretora ou uma supervisora de ensino, apoiar o grande mentor da destruição da carreira do Magistério. Como ela vai se explicar depois?

Mas eu queria fazer essa denúncia também, que a Seduc virou, deputado Conte Lopes, o comitê eleitoral do ex-secretário Rossieli Soares, que destruiu a carreira do Magistério.

Isso em relação, estou dizendo aqui, ao QAE e ao QSE, quero fazer esse registro, que a Secretaria está dificultando ao máximo, não reconhecendo vários cursos que foram feitos e têm a chancela, a autorização do MEC.

Então, faço aqui um apelo para que a Seduc informe corretamente quais são os procedimentos, quais são as escolas que têm o registro correto no MEC, porque a Seduc não pode deixar ao Deus-dará, de qualquer jeito, pois depois quem paga a conta é o próprio servidor do QAE. Então, esse é um ponto importante que eu queria destacar aqui.

Outro ponto, Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, deputado Conte Lopes, é em relação à Lei nº 1.374, de 2022, que representa a farsa da nova carreira, que infelizmente foi aprovada pela Assembleia Legislativa. Meu voto, logicamente, não contribuiu com a votação desse projeto, porque é um projeto que destrói, que divide a carreira do Magistério, impondo agora, por exemplo, acabando com a falta-aula.

É uma lei que dificulta o acúmulo de cargos de professores. Um professor, para sobreviver, ele tem que dar aula em mais de uma escola, muitas vezes em duas redes de ensino.

Então, ele dá aula no estado e na prefeitura, ou ele tem dois cargos na prefeitura, ele dá aula em um cargo de manhã e no outro cargo à tarde, que é o mínimo para que ele possa sobreviver, e olha lá, deputado Conte Lopes, mesmo assim é difícil.

Agora, com a aprovação dessa lei e com a exigência de que as TPLs sejam feitas dentro da escola, muitos professores, muitas professoras terão uma dificuldade imensa de acumular cargos.

Terão que exonerar ou o cargo da prefeitura ou o cargo do estado, ou um dos cargos que acumula no próprio estado, porque a secretaria está dificultando. É a lei que foi aprovada. Ela tem vários ataques. No semestre passado, eu já levantei essas contradições da lei.

Então, essa lei tem que ser revogada imediatamente em quase todos os seus artigos, quase todos. Estamos lutando para que haja, na verdade, um revogaço de toda a legislação aprovada na gestão Doria/Rodrigo Garcia, como a reforma administrativa, por exemplo, que acabou com a falta abonada dos professores, dos professores e de todos os servidores do estado de São Paulo, a lei que foi resultado da aprovação do PL 529, que extinguiu os institutos de pesquisa, o Instituto Florestal, o Instituto Botânica, o Instituto Geológico, a Sucen. Até a Sucen foi extinta com esse PL 529.

A reforma da Previdência, que possibilita o confisco das aposentadorias e pensões, a lei dos precatórios, que limita o pagamento dos precatórios em apenas 11%, penalizando milhares de pessoas em todo o nosso estado.

Foram várias leis. A Lei nº 1.374, que citei agora, da farsa da nova carreira, tem que ser revogada em quase todos os seus artigos.

Inclusive, quero registrar que o CPP, o Centro do Professorado Paulista, acabou de entrar com uma ação na Justiça pedindo a revogação de um item que está prejudicando muito os professores da rede estadual, que é sobre a questão que citei agora da falta-aula, que é uma agressão ao direito trabalhista.

Se o professor tem cinco aulas e falta a uma aula, porque aconteceu alguma coisa, ele perde as outras que ele lecionou naquele dia. É o projeto de lei nº 1.374. São várias maldades que vou continuar dando visibilidade a elas para que as pessoas saibam como esse governo é cruel, perverso e sádico em relação aos servidores em geral, mas, sobretudo, em relação ao Magistério e aos profissionais da Educação.

Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós agradecemos, Sr. Deputado. Sigo com a lista dos oradores inscritos no Grande Expediente chamando à tribuna o deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, a gente volta a esta tribuna e novamente falando a respeito da política de Segurança Pública de São Paulo, que é a nossa função aqui como deputado: vir a esta tribuna e expor as nossas ideias. E é aquilo que a gente conversa, os policiais civis, os policiais militares.

E na verdade o que eu estou falando? Estou falando de um sargento, o André da Silva, e de um soldado, o Danilton, que foram soltos ontem numa defesa feita pelo advogado Vendramini e ficaram um ano presos. E onde estavam esse sargento e esse soldado? Estavam jogando? Estavam usando droga? Estavam no boteco? Estavam na zona de meretrício? Não, estavam trabalhando. Estavam perseguindo bandidos com carro roubado; isso que eles estavam fazendo.

Enquanto muitos comandantes estavam descansando, inclusive eu, o Doria e o Rodrigo Garcia, eles estavam nas ruas combatendo o crime, enfrentando bandidos. E os bandidos armados, mas a imprensa fez uma matéria: “Tomaram não sei quantos tiros, foram baleados dentro do carro”. É lógico, se o cara está dentro do carro e ameaça atirar no policial de dentro do carro, ele vai ser baleado dentro do carro mesmo.

Não dá para você tirar o cara lá de dentro e balear ele lá fora. E outra coisa, legítima defesa qualquer um sabe: é atual ou iminente. Basta estudar um pouco o Direito - está aí a nossa professora de Direito, nossa candidata a senadora, deputada Janaina. É atual ou iminente.

Você não precisa atirar primeiro, porque alguns amigos dos Direitos Humanos acham que você primeiro tem que tomar um tiro, esperar o bandido atirar e depois você atira nele. Só que se você tomar um tiro na cabeça ou no coração você morre.

Então a lei te permite que na iminência de você ser atingido você atire. Foi o que aconteceu nessa ocorrência; os advogados provaram isso e os dois saíram. Agora eu pergunto: o que vai acontecer na vida deles? A mulher, os filhos...

O que vai acontecer na carreira deles? Eles voltam e já foram expulsos, porque na polícia expulsa primeiro. Apesar de que eu aprovei uma lei aqui que está na Constituição de São Paulo, que é a PEC 6, que a nobre deputada Adriana Borgo está brigando muito em cima disso. Eu aprovei isso em 1989, que quando o policial é absolvido de uma ocorrência onde ele foi mandado embora da polícia, ele volta automaticamente.

Porque a polícia “a priori” te manda embora, depois você que se vire. Foi o que aconteceu com esses dois: manda embora e depois que se vire ou então fica na cadeia. É mais fácil deixar o policial na cadeia, né? É mais fácil. Então não adianta hoje... Perdoe-me o meu ex-colega Rodrigo Garcia, que está com quase 30 anos de política também, falar que mudou.

Não mudou nada, Rodrigo Garcia. Você não conseguiu mudar o general que o Doria pôs. Não conseguiu mudar os outros secretários de Segurança; não mexeu nada na secretaria.

Você mexeu no comandante geral como se ele fosse o responsável pelo índice alto de criminalidade e no delegado geral. É a mesma coisa que num time de futebol, Rodrigo Garcia.

O time está ruim. Você em vez de trocar o técnico, você troca o auxiliar técnico e o preparador físico, mas deixa o técnico lá. Foi o que você fez. Não mexeu na Secretaria de Segurança Pública; está a mesma política.

Tanto é que na semana passada, há 15 dias atrás, um tenente e dois cabos da Polícia Militar, da Rota, onde o senhor foi lá receber medalha, demonstrando que estava mudando a Segurança Pública - não estava -, esses dois, o tenente e os dois cabos enfrentando bandido com fuzil, Rodrigo Garcia.

Acertaram o bandido e sabem onde eles foram parar? No presídio. Não foi no quartel presos, foram para o presídio. Precisou o advogado Celso Vendramini entrar com habeas corpus para tirar os dois de lá, porque alegaram que eles taparam as câmeras para não verem o tiroteio. Quer dizer, uma suposição e enfiam o policial na cadeia.

E é assim que vocês querem continuar? Talvez se o povo quiser deixe, né? Eu sei que houve um problema na convenção que não deixaram nem o Doria ir, coitado. Coitado do Doria.

Ninguém quer mais o Doria perto, mas o Doria é o Doria. Até uma faixa que colocam lá “O pai da vacina”, tirem essa faixa daí. Mas não, não adianta. Na campanha o 45 é Doria. O 45 é Geraldo Alckmin.

Ninguém vai esquecer isso. Ninguém pode esquecer que Rodrigo Garcia e Doria prometeram o maior salário do Brasil para a Polícia, na campanha. Foi, prometeu para a gente, prometeu que ia dar os melhores advogados, as maiores bancas de advogados, tanto é que ontem, nesses dois casos, quem tirou foi o Dr. Celso Vandramini, que tem o seu escritório, não é do Estado não, ele tem um escritório, ele trabalha, ele trabalha honestamente, é o serviço dele, mas não é... o Doria prometeu que ia ter as melhores bancas de advogados, o melhor salário da Polícia.

Aliás, na primeira reunião que nós tivemos no Palácio sobre isso não foi o Doria que se apresentou, foi o Rodrigo Garcia para explicar as dificuldades financeiras do Estado. Foi ele que explicou para nós lá as dificuldades financeiras do Estado, que não podia dar aumento por causa das dificuldades.

Agora, não, agora está distribuindo trator, distribuindo caminhão para o interior aí, que os deputados vão todos, fazem festa. Mas isso aí... o povo também não é burro, não, o povo entende, o povo sabe que na campanha é uma coisa e na prática é outra.

Então, isso aí tudo não é bem assim. Veja as pesquisas, porque tem o Haddad lá na pesquisa com 33, tem o Tarcísio com 23 e ele está com 14, e nem começou a campanha para falar João Doria é o Rodrigo Garcia, João Doria é PSDB, PSDB é Rodrigo. Ninguém falou isso ainda, vai falar, o povo vai ver, eu só estou falando isso.

Agora, estou explicando um caso concreto de um sargento e um soldado que foram absolvidos ontem depois de ficarem um ano na cadeia, defendendo a sociedade. Enquanto isso a bandidagem está à vontade, o PCC mandando, o PCC mandando...

Assaltos no Brás, na Cracolândia. Você vai passar lá agora na rua, o cara te dá uma gravata. O policial está proibido pelo Doria de dar o mata-leão e pelo general, e na Secretaria de Segurança não pode dar mata-leão, não pode segurar o pescoço do bandido. Só que eles seguram o pescoço da gente, tiram seu celular, tiram as calcinhas da mulher, tiram o que querem, estão à vontade fazendo o que bem entenderem.

Então nós vamos cobrar aqui, sim, vamos cobrar, sim. Estou explicando um caso concreto, não é política, é um caso concreto. Foi Doria que falou com o Rodrigo Garcia que ia ter o maior salário da Polícia.

Foram os dois que falaram, foram os dois que falaram que as maiores bancas de advogados, e com eles bandido é no cemitério. Foi na campanha política isso aí, (Inaudível.) a colocação de Doria, o maior enganador da história do mundo inteiro. Pelo amor de Deus, mas os dois estavam lá falando isso, explicando essas coisas.

Então, obviamente nós temos que continuar cobrando, o povo tem que saber o que ele quer. Ele quer realmente uma política de segurança aonde se protege os bandidos e larga a população para a sanha dos marginais?

Ou ir à Rota, como foi o Rodrigo Garcia receber uma medalha e depois de uma semana os policiais, acreditando que mudou a política de segurança, foram trocar tiro com sequestrador com fuzil, com vítima e tudo. E o que aconteceu? Mandaram o tenente e os dois cabos para o Romão Gomes, para o presídio.

 Isso é prática, é verdade, não é ouvi dizer, não; não tem o que debater, é a realidade. Pode entregar trator, pode entregar caminhão, pode entregar o que ele quiser para o interior afora aí, mas a verdade é essa.

Agora, o povo que decide, o que o povo quiser. O problema é do povo. Agora, prometeram tudo isso aí e não deram nada. Prometeram tudo isso aí, o maior salário da Polícia, bandido comigo é... agora mesmo.

Esses dias atrás o Rodrigo Garcia falou isso, “levantou arma para o polícia ele morre”. O tenente da Rota e os dois cabos, quando o cara levantou um fuzil para eles, acertou o cara, foram parar no Romão Gomes, Rodrigo Garcia, os dois.

Fale que eu estou mentindo, fale que eu estou mentindo então, fale que o general Campos está mentindo, que eu cobrei do general Campos, falei isso há quatro anos quando ele veio aqui a primeira vez: “Não se preocupe, deputado. As questões de segurança pública estão sob meu comando.”

Estão nada, o senhor não sabe nada, secretário. O senhor não sabe nada de segurança pública, nunca sentou em uma viatura, não sabe nem o que é uma viatura, não sabe nem o que é entorpecente. Não sabe, está mal assessorado inclusive.

Então é obrigação da gente continuar cobrando. Não é justo colocar homem na cadeia, que está defendendo a população, a família, as pessoas de bem. Então não morde; abandona, tira arma da polícia e acabou.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sra. Presidente. Para levantar a sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental. Obrigada, Sr. Deputado. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos.

Muito obrigada e até logo mais. Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 21 minutos.

 

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