8 DE AGOSTO DE 2022

73ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CORONEL TELHADA e CASTELLO BRANCO

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CASTELLO BRANCO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

4 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Endossa o pronunciamento do deputado Carlos Giannazi.

 

5 - CASTELLO BRANCO

Assume a Presidência.

 

6 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

8 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

9 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

10 - JANAINA PASCHOAL

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

11 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO

Defere o pedido. Endossa o pronunciamento da deputada Janaina Paschoal. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 09/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente na data de hoje, dia 08 de agosto de 2022, uma segunda-feira.

No Pequeno Expediente, temos os seguintes oradores inscritos: o primeiro orador é o deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Castello Branco. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CASTELLO BRANCO - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e senhores, muito boa tarde neste dia, 08 de agosto de 2022, segunda-feira. Um dia triste, após um final de semana muito conturbado, com muitas violências e muitos sinais de desequilíbrio.

O mundo das artes marciais, hoje, está em luto e em pesar. Perdemos um grande filho, um ser humano do bem e um grande campeão mundial. Um atleta que colecionou títulos das artes marciais para o Brasil morreu estupidamente em uma briga de bar durante um show, na apresentação do grupo de pagode Pixote, no Clube Sírio Libanês, neste último final de semana, de sábado para domingo: o atleta, campeão mundial de jiu-jítsu, Leandro Pereira do Nascimento Lo.

Ele era detentor de títulos expressivos, mas a sua melhor qualidade é que era um grande ser humano, de bom caráter, sensato, honesto, equilibrado e pacífico. O Lo, como era conhecido, era querido por todos no universo do jiu-jítsu brasileiro e mundial.

Ele foi mais uma vítima dessa violência desmedida, descabida e desequilibrada, inconsequente e trivial por que passa o Brasil.

É importante eu estar hoje aqui, na tribuna do Plenário, para estar ao lado da família desse querido atleta, ao lado da família do jiu-jítsu e, acima de tudo, ao lado das pessoas de bem. Ele foi campeão mundial de jiu-jítsu oito vezes, faixa preta.

Assim, ele imobilizou rapidamente o adversário, o neutralizou, na mais honrada das ações, deixando-o, depois, livre. Na sequência, de forma no mínimo covarde e desequilibrada, recebeu um tiro na cabeça.

Hoje, nós estamos diante desse ato de violência. Gostaria, neste momento, de me solidarizar junto à Federação Paulista de Jiu-Jítsu na pessoa do seu professor, Octávio de Almeida, em nome do qual eu desejo o meu luto a todos os demais membros da família jiu-jítsu, ainda considerando que eu fui aluno do Octávio de Almeida pai lá nos idos de 1967 e, portanto, há mais de 50 anos, sou praticante de jiu-jítsu. Estou em luto junto da família do jiu-jítsu e com todos os lutadores que agora compartilham este momento de dor.

É importante, também, nestas minhas considerações como deputado, sair em defesa dos lutadores de jiu-jítsu, que, na maioria das vezes, sempre agem na melhor das suas lealdades e de acordo com as premissas de honra dessa gloriosa arte marcial.

Também saio em defesa da gloriosa Polícia Militar do Estado de São Paulo, uma instituição correta e honesta e que não podemos julgar por um ato isolado e pontual de um dos seus militares, que agiu de forma desequilibrada, inconsequente e irresponsável. Solicitamos às autoridades e à Justiça que esse caso seja tratado de forma justa e, se Deus quiser, será feita a Justiça.

Finalmente, nos colocamos, como deputados desta Assembleia Legislativa de São Paulo, na qual temos outros deputados praticantes de artes marciais, para que juntos saiamos na defesa do bem, do bom, do belo e do verdadeiro. E da família do Leandro Lo.

Que este episódio tão triste nos coloque unidos para evitar que isso se repita. Mais uma vez saímos em defesa daqueles que são atletas de tiro, atiradores esportivos ou que usam a sua arma para a sua defesa. Que a gente não confunda esse ato isolado com aquelas pessoas que usam as suas armas para o bem.

Fica aqui o nosso registro e o nosso sentimento à família. Que esse episódio sirva de exemplo para que nunca mais ocorra. Preparamos aqui alguns slides em homenagem ao nosso querido Leandro Lo que eu gostaria de mostrar. Vamos sentir a sua falta, Leandro. Estamos contigo nessa empreitada.

Próximo slide, pode passar. Trinta e três anos, tiro na cabeça, briga que, inclusive, nos deixa tristes, porque ocorreu nesse final de semana em vários outros lugares. Foi levado ao Hospital Municipal Dr. Arthur Ribeiro, no Jabaquara, mas, em função da seriedade da lesão, já foi decretada a morte cerebral.

Ele nasceu no dia 11 de maio de 1989, na zona oeste da Capital, e iniciou o seu esporte preferido com 14 anos, sob a tutela do professor Cicero Costa, no projeto social “Lutando pelo Bem”, foi ali que ele alcançou a sua faixa preta, mas já competia mesmo antes dessa especialização.

Antes mesmo de ele receber a faixa preta, em 2010, Leandro Lo já participava de vários campeonatos de jiu-jitsu lutando na categoria peso leve e conquistou o título da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu e da World Pro Abu Dhabi.

Em 2012, ainda no peso leve, venceu o campeonato brasileiro e pan-americano e conquistou seu primeiro título mundial de jiu-jitsu pela Federação Internacional de Jiu-Jitsu Brasileiro, feito que repetiu no ano seguinte. Já no ano de 2014, resolveu migrar para a categoria de peso médio e seguiu conquistando campeonatos mundiais.

Em 2015, Lo se desligou da equipe do professor Cicero Costa e fundou o NS Brotherhood com seus amigos. Em 2017, Leandro mudou novamente de categoria e foi lutar na categoria pesado. O atleta era conhecido não só por sua técnica esmerada, mas também pela sua postura esportiva leal e fraterna.

No mundial de 2018, por exemplo, ele se sagrou campeão absoluto depois que seu adversário na final, Marcus Buchecha, abriu mão do título, porque Leandro Lo não tinha condições de lutar.

Leandro foi um herói real, cheio de qualidades que se embolavam com as dificuldades. Cheio de vontade de ajudar quem estava ao lado, Leandro foi um grande homem, assim dizem seus amigos.

Estão aqui algumas fotos do nosso querido. Que Deus o acompanhe, que Deus o conduza a um lugar melhor e que suas conquistas jamais saiam da nossa memória. Que Deus conforte a sua família.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado. Próximo deputado, Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, saiu hoje uma matéria, publicada na “Folha de S. Paulo”, dando conta de que o governador Rodrigo Garcia... O título é o seguinte: “Rodrigo Garcia faz novo aceno ao agro em plano de governo”.

Essa matéria diz que ele vai ter um encontro hoje com os representantes da indústria do trigo no sindicato da categoria dos grandes proprietários desse negócio, no Sindustrigo.

Mas que, na semana passada, o que me deixou aqui mais perplexo, Sr. Presidente, é que na semana passada ele participou de um congresso do agronegócio, da Abag, que é a Associação Brasileira do Agronegócio. Lá, diz a matéria, ele fez propaganda daquele projeto que foi aprovado recentemente aqui na Assembleia Legislativa, que eu votei contra, logicamente, e que nós denunciamos.

Eu me refiro àquele projeto da reforma agrária para os ricos, que foi apresentado a toque de caixa e votado também a toque de caixa. Não teve debate, não teve nada. O projeto foi aprovado como uma prioridade do governo, um projeto que legalizava as terras devolutas do estado para os grandes proprietários, para os grandes latifundiários que invadiram essas terras há muitos anos e teriam o direito, agora, de legalizá-las.

Então, o estado de São Paulo, o PSDB, o “Tucanistão” inovou fazendo reforma agrária não para os trabalhadores da terra, mas para os grandes latifundiários, os donos do agronegócio. Esse foi o teor do projeto aprovado aqui dentro do plenário. Nós votamos contra, estivemos aqui com vários trabalhadores sem-terra protestando.

O fato que me chama atenção é que ele apresentou o projeto no final do primeiro semestre, no início do primeiro semestre, o projeto foi aprovado rapidamente com regime de urgência, inclusive, e isso para beneficiar grandes grupos econômicos.

No entanto, o nosso PDL 22, o Projeto de Decreto Legislativo nº 22, que anula o Decreto nº 65.021, que já está pronto para ser votado, que já tem pareceres favoráveis - inclusive um de V. Exa., deputado Telhada -, e que já tem 53 deputados assinando um documento, um requerimento para que ele seja pautado...

Já tem mais de 300 moções de apoio ao PDL, de câmaras municipais que debateram e votaram essas moções para que o PDL entre em votação para anular o confisco das aposentadorias e pensões... Ou seja, as condições estão todas dadas, como eu sempre digo todos os dias aqui na tribuna. Basta ele ser pautado, mas o tratamento não é o mesmo.

O governo Rodrigo Garcia não se reúne com os aposentados e pensionistas, não recebe as entidades representativas dos servidores, mas recebe os milionários, os donos do agronegócio, os grandes latifundiários, e contempla, inclusive, esses grupos econômicos aprovando projetos aqui dentro a toque de caixa.

Agora, o PDL 22, que acaba com o confisco, que revoga o roubo, o assalto às aposentadorias e pensões, está sendo obstruído hoje não mais pela Assembleia, mas pelo presidente da Assembleia Legislativa, que tem o poder, infelizmente, ditatorial, autocrático e imperial de pautar ou não um projeto.

Inclusive, Sr. Presidente, nós temos que mudar esse Regimento, que é muito autoritário. Tudo fica na mão do presidente. Mesmo que os 93 deputados queiram votar o projeto, se o presidente não quiser, ele não pauta. Então, isso tem que ser alterado imediatamente. Aliás, sempre foi uma luta histórica do meu mandato, aqui dentro da Assembleia Legislativa, fazer uma revisão desse estatuto que é ainda da época da ditadura militar.

O fato é esse: para o agronegócio, tudo; para os grandes empresários, para os grandes latifundiários, tudo; para os aposentados e pensionistas, confisco. O PDL está pronto, com todas as condições jurídicas, dentro da mais profunda legalidade, o projeto pode ser aprovado a qualquer momento e acabar definitivamente com esse assalto, com esse roubo que está matando os aposentados e pensionistas.

Então, nós exigimos que o governador Rodrigo Garcia também receba os aposentados, pensionistas e suas entidades representativas e pare de obstruir, através do presidente da Assembleia Legislativa, a aprovação do PDL 22, que vai revogar o Decreto nº 65.021.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, deputado. Só para ciência do senhor, existe nesta Casa, desde 2016 ou 2017, um projeto feito por mim, pelo Coronel Camilo e por outros deputados, inclusive com a participação de todos os partidos. Todos! Nós apresentamos uma nova proposta de um Regimento Interno. Está parado para ser votado.

Então a gente nota que não há interesse em mudar o Regimento também, porque do jeito que está parece que está muito bom para algumas pessoas, mas realmente o nosso Regimento precisa ser alterado urgentemente, porque ele é um regimento embotado, complicado e faz a Casa ficar parada do jeito que está. Muito obrigado, deputado.

O próximo deputado é o deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal, V. Exa. tem o tempo regimental. Solicito que o deputado Castello Branco assuma a Presidência dos trabalhos para que eu possa fazer posteriormente o uso da palavra.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Castello Branco.

 

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A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., as pessoas que nos acompanham, os parlamentares presentes. Também me ressenti muito por essa situação com o campeão, o Sr. Lo. Trago aqui minha solidariedade a toda a sua família.

E até por eu ser uma entusiasta, uma defensora do esporte, das mais diversas modalidades de luta, da defesa pessoal, realmente entendi que para além da perda humana houve uma perda de investimento, de exemplo para a juventude, irreparável; ouso dizer irreparável.

 Depois da nossa reunião técnica, a reunião interinstitucional sobre a Cracolândia, eu não tive oportunidade de falar no plenário porque acabei fazendo a Presidência das últimas sessões, mas gostaria de noticiar àqueles que não puderam acompanhar que nós tivemos a quarta reunião do grupo interinstitucional, ou seja, que congrega deputados estaduais e vereadores, aqui, na Assembleia.

Grupo este que tem o objetivo de estudar a questão da Cracolândia. A reunião aconteceu com larga liberdade para os moradores, trabalhadores da região, todos os presentes se manifestaram.

Tivemos aqui um representante da Polícia Civil, um representante da Polícia Militar, conforme solicitei ao Sr. Secretário de Segurança Pública. Agradeço publicamente por ter encaminhado esses profissionais para falarem sobre a operação na seara da Segurança e o trabalho diário ali na região da Cracolândia.

Eu fiquei muito surpresa - e digo isso respeitosamente - com o fato de no debate de ontem para o Governo do Estado de São Paulo o primeiro tema ter sido este. Eu fiquei surpresa não pelo fato de o tema ter sido este, porque este é um dos mais importantes temas neste Estado, mas eu fiquei surpresa porque ainda houve uma discussão a respeito da competência e da responsabilidade do governador frente à questão.

É indubitável que o governador do estado de São Paulo tem sim competência, dever e responsabilidade de enfrentar o que acontece ali na região da Cracolândia. Não só pelos aspectos na seara da Saúde, pelos aspectos na seara da Assistência Social, mas sobretudo pelas implicações no âmbito da Segurança Pública.

Então eu fiquei chocada ao ouvir os senhores candidatos, independentemente da sigla partidária, discutirem, questionarem, ponderarem a respeito da competência e responsabilidade do governador, quem quer que seja ele. E para além desse debate em termos de competência, como cidadã, como paulista, como eleitora - nem estou falando como deputada - fiquei decepcionada com as respostas.

Todas superficiais, todas muito genéricas. Eu acredito que até uma criança do 7º ano do Fundamental diga que: “A situação ali é complexa. É necessário olhar para a Saúde, para as questões econômicas”.

Desculpem, nós queremos saber com objetividade o que é que vai ser feito, porque a verdade é uma só: o modelo Cracolândia está sendo exportado - eu sei que o verbo não é o mais adequado - para outras cidades do estado de São Paulo e para os outros estados da Federação.

Então se engana quem acha que é uma questão exclusiva da Capital. É uma preocupação de todo brasileiro, haja vista as conexões, quiçá da América Latina, porque quando uma situação de crime, clara, inquestionável, não é enfrentada, ela se fortalece ao longo do tempo, ela se fortalece e se alastra. Aí fica muito difícil de resgatar o tempo perdido.

Eu venho aqui publicamente, respeitosamente, sem fazer diferença entre os senhores candidatos ao Governo do Estado de São Paulo, dizer que este tema não é um tema lateral, não é um tema do prefeito, é um tema de qualquer pessoa que entenda que tem condições de governar São Paulo.

E nós queremos ações efetivas. Falar que é Saúde, Educação, Segurança e essas frases bonitas das quais nós já estamos cansados não basta. Vai ter peito para fazer o que precisa fazer? É disso que se trata.

Então esse grupo que congrega a Câmara e a Assembleia vai continuar trabalhando. Já temos uma nova reunião agendada na Câmara dos Vereadores, eu vou noticiando aos senhores o que está acontecendo.

Finalizo esta fala dizendo o seguinte, ontem não teve um candidato que falou dos moradores da região. Nenhum. Do inferno que é viver ali, do perigo de criar os filhos ali, de os filhos saírem sozinhos para irem às escolas. Nenhum. Então fica aqui uma cobrança pública, não da deputada, da cidadã.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Dando continuidade à sequência de oradores inscritos no Pequeno Expediente do dia 8 de agosto de 2022, segunda-feira, convidamos o nobre deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sra. Deputada; Srs. Deputados aqui presentes; assessores e funcionários; senhoras e senhores policiais militares e nosso amigo Paulo, da Polícia Civil, aqui também presente, é um prazer estar com vocês. E todos os que nos assistem pela Rede Alesp. Hoje a sessão é de segunda-feira, dia 8 de agosto de 2022.

Inicio também lamentando o triste fato desse final de semana, em que nós perdemos um campeão internacional do jiu-jitsu, o Leandro Lo Pereira do Nascimento, jovem ainda, 33 anos, que foi morto em uma discussão no Clube Sírio, aqui próximo, em um show do grupo Pixote, nesse final de semana.

Foi muito triste para nós, que trabalhamos junto com os atletas do jiu-jitsu, que somos apoiadores dessa arte marcial, apesar de eu não fazer esse tipo de arte, mas valorizamos e apoiamos.

Temos parentes e colegas que trabalham, que praticam essa arte marcial. Foi uma perda inestimável. Quero mandar os meus sentimentos a todos, homens e mulheres da área do jiu-jitsu, em especial ao mestre Otávio, nosso amigo, nosso apoiador também.

E lamentar, principalmente, porque nós temos um policial militar envolvido nessa ocorrência. Para nós, que lutamos pela vida, contra o crime, lutamos pelo direito de o cidadão andar armado, quando acontece um crime desses envolvendo um policial militar é muito pior do que o crime que acontece normalmente, porque é como se para mim, ocorressem dois crimes.

Infelizmente, o oficial envolvido nisso, eu não quis, muitas pessoas me cobraram postura. “O senhor não vai falar da ocorrência? O senhor fica passando pano.” Ao contrário, eu não quis me pronunciar sobre o fato porque até então as notícias eram muito contraditórias, não havia nada definido, então fica muito ruim a gente falar alguma coisa.

Mas o oficial já se apresentou na corregedoria, está retido, está preso. Infelizmente, vai ter que responder. Ou, felizmente, vai ter que responder por isso. Muitas pessoas acham que a Polícia Militar, a Justiça Militar passa a mão na cabeça de quem comete crime. Quem acha isso não é policial militar, não sabe como é a pegada da Polícia Militar.

A Polícia Militar vai ser muito rigorosa na apuração desse crime, na condução dessa ocorrência, e tenho certeza de que nada ficará impune nessa ocorrência. Nossos sentimentos à família do Leandro Lo e a todos os praticantes do jiu-jitsu, e também aqui o meu voto de apoio sempre unido à nossa querida Polícia Militar.

Não é um, não são dez, não são 20 pessoas que, praticando atos indevidos ou crimes, não são essas pessoas que vão manchar o nome da nossa corporação sesquicentenária, que eu defendo diariamente nesta tribuna aqui.

Falando no dia a dia, falando em armamento, nesse final de semana, eu estive no grupo Grufire, do capitão Fabião, lá em Guarulhos, onde nós palestramos sobre os CACs - Colecionadores, Atiradores e Caçadores. Estivemos com vários praticantes do esporte de tiro.

Quero mandar um abraço a todos que participaram conosco no sábado e tiveram a oportunidade de ficar uma hora e meia conversando com a gente. Obrigado pelo comparecimento. Quero agradecer ao capitão Fabião e a toda a equipe do Grufire, que nos apoiaram nesse final de semana.

Nós falamos em Polícia Militar também. Temos várias ocorrências da Polícia Militar que, infelizmente aqui eu falo, ela comete uma falha muito grave: não divulga as suas ocorrências. Até a divulgação é complicada, porque a gente não consegue o nome da equipe e de que batalhão é.

Nós temos uma ocorrência aqui da Polícia Rodoviária desse final de semana. Tem um videozinho, deixa no ponto para mim, Vagner, por favor. É um vídeozinho de 20 segundos.

A Polícia Rodoviária no sábado apreendeu diversos fuzis escondidos em dois veículos. Pode soltar o vídeo enquanto eu falo, por favor, só tira o som. Diversos fuzis. Dá uma olhada, põe na tela, por favor.

O número de fuzis, salvo engano, são mais de 20 fuzis. Olha o tanto de munição que foi apreendida. Está aí, é um vídeo caseiro. Isso foi apreendido pela Polícia Rodoviária. Quantas vidas foram salvas e quantos crimes foram evitados com a apreensão desse armamento?

Então, parabéns mais uma vez aos homens e mulheres do 2º Batalhão de Polícia Rodoviária e aos policiais rodoviários federais pela participação nessa ocorrência em Ourinhos.

A próxima ocorrência também é da Polícia Rodoviária, onde ocorreu uma grande apreensão de drogas. Olha só, quase cobre a viatura o tanto de droga que foi apreendido nessa ocorrência em Barretos.

Policiais do TOR – Tático Ostensivo Rodoviário - avistaram uma Hilux, abordaram e a Hilux estava carregada de drogas. Então parabéns aos policiais do TOR por essa apreensão no último sábado. Olha só o que tem de entorpecente apreendido, gente. Quase cobre a viatura. Isso é normal no dia a dia da Polícia Militar.

Sr. Presidente, solicito mais uns dois minutinhos, só para fechar o assunto.

Próxima ocorrência é uma apreensão de drogas que aconteceu aqui no 20º Batalhão do Interior, aqui em Caraguatatuba, onde, nesse final de semana, um homem foi preso com mais de 600 porções de cocaína na área sul do município.

Com esse indivíduo também foi encontrada uma pistola calibre 32, munição e 603 porções de cocaína embaladas a vácuo, mais mil reais em dinheiro. Será que ele é traficante? Acho que não, né, gente? Acho que é para consumo, né? O cara está consumindo... É lógico que é traficante, não temos dúvida disso.

A próxima ocorrência que nós temos é a ocorrência... Põe lá para mim, deixa eu ver aqui, que caiu o papel. Ao vivo tem dessas coisas.

A próxima ocorrência também é uma apreensão de drogas que foi em Campinas, é isso? Em Campinas. Sábado também. Foi pelo 1º Batalhão Especial de Polícia, o 1º Baep. Foi apreendida no imóvel toda essa quantidade de crack, cocaína e substância semelhante a haxixe. Então, o pessoal de Campinas também, uma bela ocorrência na região de Campinas.

E não foram só drogas, não, e armamentos que foram apreendidos. A PM sempre salvando vidas. Nós temos duas ocorrências aí no qual bebês foram salvos pela Polícia Militar.

A primeira ocorrência - pode pôr a imagem aí - foi no 36º Batalhão, aí no Taboão da Serra, onde um bebê engasgado - a imagem da esquerda, se não me engano - foi salvo pela Polícia Militar através da manobra de Heimlich.

O bebê já estava até arroxeado. Graças a ação desse casal de policiais militares, um homem e uma mulher, graças a Deus a criança foi salva.

E a outra ocorrência é no 43º Batalhão do Interior, lá em Jaboticabal. Um bebê de apenas 21 de vidas, olha que fragilidade. Graças a ação do PM, também o bebê engasgado foi salvo pela Polícia Militar.

Então, no mesmo dia dois bebês foram salvos pela Polícia Militar.

E uma ação, também, que tem sido motivo de elogio, tem sido muito elogiada no interior de São Paulo, é uma ação em que a Polícia Militar, lá em Osvaldo Cruz, tem feito um trabalho com as crianças. Iniciou-se a 42a Turma da Escolinha de Ciclismo Mirim Califórnia. Também a PM pensando nas suas crianças. Mandar os parabéns aqui ao cabo Pontes. Ele trabalha junto a essas 27 crianças, trazendo noções básicas sobre trânsito e comportamento no trânsito com bicicleta.

Para fechar, Sr. Presidente, quero aqui infelizmente trazer o falecimento de mais um herói brasileiro, mais um soldado da FEB, um guerreiro febiano que lutou nos campos da Itália e que nos deixou nessa última semana: o Sr. Dionysio Bortoti.

O Sr. Dionysio Bortoti faleceu na tarde de sábado. Veterano, foi da guarda do QG do general Mascarenhas de Morais. Mais um herói brasileiro que nos deixa. Nossos heróis infelizmente estão nos deixando. E eu sempre digo: nossos heróis não morreram de overdose.

E só para cumprimentar os municípios aniversariantes: no sábado, foram os municípios de Aguaí, Anhumas, Floreal, Mesópolis, Monte Alegre do Sul, Pedranópolis, Pirapora do Bom Jesus, Pirassununga, Ribeirão dos Índios e Turmalina. E hoje, dia oito de agosto, nós temos dois municípios: Alvinlândia e Votuporanga. Muito obrigado, parabéns a todos os amigos desses queridos municípios.

Como eu disse, a Polícia Militar trabalhando diariamente para salvar vidas, prender criminosos. E ocorrências como essas que infelizmente aconteceram, envolvendo um policial militar, não envolvem a Polícia Militar, não mancham o nosso trabalho, a nossa batalha diária pela segurança da população.

Muito obrigado, Sr. Presidente. Desculpe os quatro minutos excedidos.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente em oito de agosto de 2022, nobre deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)

E agora damos início à Lista Suplementar. Delegado Olim. (Pausa.) Gil Diniz. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi, para a tribuna.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Castello Branco, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, eu quero fazer aqui um apelo à prefeitura de Ilhabela, para que atenda às reivindicações das nossas colegas da Educação infantil. Eu me refiro aqui às auxiliares da primeira infância, que na prática são professoras de Educação infantil, mas infelizmente não têm esse reconhecimento.

Muitas dessas pessoas já têm formação, foram aprovadas em concurso público e exercem a carreira docente. E elas estão reivindicando, Sr. Presidente - e eu quero manifestar o nosso total apoio aqui, pela tribuna da Assembleia Legislativa -, três pontos fundamentais.

A primeira reivindicação delas é a redução da jornada de trabalho sem redução salarial, redução de 40 para 30 horas, o que é justo. Elas também reivindicam o apoio psicológico e o direito à insalubridade.

São educadoras. Olha o nome, um nome bem interessante, Sr. Presidente, porque elas são auxiliares da primeira infância; e nunca no Brasil se defendeu tanto a importância da primeira infância. Primeira infância, hoje, alardeada nos discursos, nos programas partidários, nos debates; todo mundo hoje, no Brasil, defende a primeira infância, pelo menos no seu discurso.

Mas tem que ter investimento na defesa da primeira infância, e sobretudo nós temos que valorizar as pessoas que cuidam da primeira infância. E quem cuida da primeira infância é justamente a educadora de Educação infantil, que, em geral, infelizmente, no nosso estado, não tem esse reconhecimento.

Muitas redes de ensino não incluíram ainda as suas educadoras de Educação infantil na carreira do magistério, como determinam a LDB, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; os documentos do Conselho Nacional de Educação; e o Plano Nacional de Educação. Elas são professoras de fato, porque elas exercem a carreira docente, elas foram aprovadas em concurso público.

Então, as prefeituras devem e têm a obrigação de enquadrá-las na carreira do Magistério, para que elas tenham acesso à aposentadoria especial, o direito à aposentadoria especial, ao Piso Nacional Salarial, a uma jornada adequada de trabalho.

Então, Sr. Presidente, quero manifestar o nosso apoio aqui a essa luta das educadoras de Ilhabela, porque é muito importante que elas sejam valorizadas. Porque, se a Prefeitura de Ilhabela realmente investe na primeira infância, ela tem que investir nas educadoras da primeira infância, que são também as auxiliares da primeira infância.

Então fica aqui o nosso pedido, o nosso apelo e a nossa exigência à Prefeitura de Ilhabela para que atenda a essa reivindicação.

Quero aproveitar ainda, Sr. Presidente, que eu estou aqui na tribuna para o meu último pronunciamento, para dizer ontem teve o debate dos candidatos na Bandeirantes. Foi um debate muito morno, muito ruim, mas eu não vi nenhum dos candidatos tocando, Sr. Presidente, no tema do “revogaço”.

Porque, qualquer governador que for eleito para o ano que vem, nós vamos exigir que haja no estado de São Paulo um “revogaço” de todas as leis que foram aprovadas aqui pela Assembleia Legislativa penalizando a população e penalizando os servidores públicos do estado de São Paulo.

A lei dos precatórios é uma lei que tem que ser revogada; a reforma administrativa, que, por exemplo, acabou, de uma forma perversa e cruel, com as faltas abonadas dos nossos servidores, essa lei tem que ser revogada imediatamente, porque acabou o reajuste do adicional de insalubridade de várias categorias profissionais. Nós temos que revogar essa lei.

A lei fruto do PL 529, aquela lei que extinguiu institutos de pesquisa como o Instituto Florestal, o Instituto de Botânica, o Instituto Geológico, a EMTU, a CDHU e até mesmo a Sucen, Superintendência de Combate às Endemias do Estado de São Paulo. Até a Sucen foi também extinta pelo projeto de lei aprovado aqui que depois foi sancionado e virou lei.

A reforma da Previdência, o confisco das aposentadorias e pensões, que a gente tanto luta para derrotar aqui através do PDL 22. Eu me refiro ao Decreto 65.021. Nós temos que alterar quase todos os artigos, revogar quase todos os artigos da famigerada reforma do Magistério, da farsa do novo plano de carreira. Eu me refiro à Lei 1.374, Sr. Presidente.

Só para concluir, entre tantas maldades, instituiu agora a falta-dia, acabando com a falta-aula. Isso significa que, na prática, o professor que leciona cinco aulas em um determinado dia, se ele falta na última aula, ele perde as outras quatro que ele lecionou. Isso é grave, isso agride um direito trabalhista.

É uma lei que também reduz as gratificações, a gratificação do trabalho noturno em 50%, e reduz também a gratificação para o professor que trabalha em PEI. É um absurdo essa lei, ela tem que ser revogada.

Enfim, nós vamos defender, Sr. Presidente, um verdadeiro “revogaço” de todas as leis aprovadas pelo Doria e pelo Rodrigo Garcia no estado de São Paulo.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Muito obrigado, nobre deputado professor Carlos Giannazi. Na sequência dos oradores inscritos, convidamos para a tribuna do plenário, na Lista Suplementar, a nobre deputada Janaina Paschoal.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Eu vou parecer repetitiva, mas infelizmente o tipo de fato que deu ensejo à propositura da lei para garantir a autonomia da mulher na escolha do parto continua ocorrendo, inclusive aqui no estado de São Paulo, com a lei em vigor.

Vossa Excelência, como vários colegas aqui na Casa, apoiou o meu projeto de lei, um dos primeiros que foi aprovado aqui na Casa e virou lei, a Lei 17.137, de 2019. Mas, muito embora a lei exista, muito embora a lei esteja vigente, muitos hospitais, muitas maternidades, muitas equipes de Saúde seguem fugindo de observar esta lei, e toda semana eu recebo uma denúncia, infelizmente, de um bebê que veio ou a óbito, ou a passar por sofrimento, ou a ter algum tipo de sequela.

Na semana passada, o caso foi ainda mais grave, porque não atenderam ao pedido da parturiente de fazer a cesariana, insistiram no parto normal por horas a fio. Quando a criança entrou em sofrimento, que o coraçãozinho já ficou mais fraco, não dava para ser captado, tentaram fazer o fórceps, furaram a bexiga da mulher, e a mulher, quando a notícia chegou até o gabinete, a mulher estava na UTI. O bebê também estava na UTI.

Obviamente, vamos agendar uma visita também a esse hospital, mas praticamente toda semana temos que ir a um hospital. Não que não queiramos ir, mas preferiríamos ir para visitar, para conhecer as instalações, e não para entender o que é que está acontecendo, haja vista que no estado de São Paulo tem uma lei.

Primeiramente, poucos hospitais cumprem a obrigação de colocar o cartaz dizendo que é direito da parturiente escolher a via de parto. Poucos têm. Alguns colocam uma folhinha pequenininha atrás de algum móvel.

Mas, para bola de pilates, para banheira, para música clássica, aí dão destaque. Não aguento mais chegar em maternidade e dizerem: “olha, doutora, vem ver a nossa banheira, vem ver a bola de pilates”.

E por acaso eu fui visitar uma academia? Eu fui visitar uma maternidade. Eu quero ver o centro cirúrgico, eu quero saber se tem anestesista, eu quero saber se tem obstetra, eu quero saber se tem UTI para a mãe, UTI para o filho.

Eu quero saber se, quando a mulher quer fazer parto normal, se garantem para essa mulher a analgesia, porque não é possível que em 2022 mulheres sejam torturadas no estado de São Paulo, sendo que tem a possibilidade de tirar essa dor.

Mas o que está mais me incomodando, Sr. Presidente, e senhoras policiais, principalmente, aqui presentes, é que as maternidades estão se negando a cumprir o que os médicos do pré-natal determinam. Nas “n” audiências públicas que participei, o que eu mais ouvi foi o seguinte: “a mulher tem que ser orientada a fazer o pré-natal. O pré-natal bem-feito é que vai garantir o parto bem-feito”.

Pois bem. O fato é que as mulheres estão fazendo pré-natal, e os médicos que acompanharam o pré-natal têm dado encaminhamento com indicação de cesariana, ou porque a mulher tem pressão alta, ou porque algum exame indicou que seria o mais adequado, e quando essa mulher chega na maternidade, com o papel do seu médico do pré-natal, com a lei, com as resoluções do CFM, ela ouve que o que o médico do pré-natal falou ali não vale. Então, para que é que essa mulher vai fazer o pré-natal? Eu quero entender.

Se nada do que o médico que acompanhou a mulher por nove meses vale, por que a gente insiste tanto para a mulher fazer o pré-natal? Olha, eu vou dizer. Tem uma lei estadual, têm resoluções do CFM, tem toda uma indicação de observar o que se indica no pré-natal.

Essas equipes vão começar a responder por homicídio doloso. Porque, quando o paciente entra no hospital, você assume a posição de garante ou de garantidor. Estou falando de direito penal.

Se tem norma determinando agir de uma determinada forma, de uma certa forma, e não se age deliberadamente ou por questões econômicas, ou por vaidade, ou por maldade, já se entra na situação de responder pelo resultado, a título penal.

Então, eu estou avisando, porque eu estou perdendo a paciência. É maldade, porque, com as mães que têm condições, ninguém faz isso. Eu tenho certeza de que, se o saudoso pai de V. Exa. estivesse aqui, estaria me dando força, porque era também médico obstetra.

Então, está demais, gente. É maldade isso aí. Eu conversei com o pessoal do Ministério da Saúde; agora, eles vão até distribuir mais verba, para evitar o argumento de que se gasta muito em uma cesariana.

Vamos sentar, dialogar - as secretarias municipais, secretaria estadual, o Ministério da Saúde. Eu me coloco como voluntária, independentemente do trabalho que isso possa acarretar e do tempo que possa tomar. O que não dá mais é para mãe saudável, com um bebê vivo na barriga, chegar em maternidade e sair com os braços vazios. Não dá mais.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Excelência, havendo acordo de lideranças, eu peço a V. Exa. o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Antes de encerrar a sessão, corroboro com V. Exa. a memória do meu querido pai, Dr. Clovis Saverio de Luca, ginecologista e obstetra.

Dez mil partos, 30 mil cirurgias, um adepto do parto natural - minhas duas filhas mais velhas foram de parto natural -, um grande incentivador da medicina tradicional e do resgate das melhores práticas que, infelizmente, se perderam por razões diversas. Parabéns ao seu projeto de lei e que seja feita a justiça.

Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os presentes trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, dia 09 de agosto de 2022, terça-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 57 minutos.

 

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