9 DE AGOSTO DE 2022
74ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA e PAULO LULA FIORILO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PAULO LULA FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - LETICIA AGUIAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PAULO LULA FIORILO
Assume a Presidência.
7 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE PAULO LULA FIORILO
Anuncia a presença da vereadora Thais Nogueira, de São José
do Rio Pardo.
9 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência.
11 - PAULO LULA FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - PAULO LULA FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
13 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 10/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel Telhada.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente. Hoje, dia nove de agosto de 2022, uma
terça-feira.
Faço questão de dizer a data porque
muitas vezes o pessoal pega gravação antiga e joga como se fosse hoje, não é?
Então gato escaldado tem medo de água fria. Vamos lá então para o Pequeno
Expediente.
Nós temos aqui o primeiro inscrito,
Delegado Olim. (Pausa.) O segundo é o professor Carlos Giannazi. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Telhada, Srs. Deputados
e Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, no
dia de hoje, nove de agosto de 2022, mais uma vez eu venho à tribuna da
Assembleia Legislativa para defender a imediata aprovação do nosso PDL nº 22,
que acaba, que revoga o confisco das aposentadorias e pensões, projeto já
pronto para ser votado em regime de urgência com 53 assinaturas de deputados e
deputadas.
Vários partidos
assinaram o requerimento para que ele seja pautado. O projeto já tem a maioria
dos deputados e deputadas da Assembleia Legislativa, nós já temos os votos, ele
só tem que ser pautado pelo presidente da Assembleia Legislativa e essa tem
sido a nossa luta aqui dentro e lá fora também.
E por falar em
lá fora, eu queria fazer um alerta aos deputados que não aderiram ainda a esse
movimento, que não assinaram o nosso requerimento e que estão dando sustentação
ainda para esse tipo de procedimento, para a não aprovação do PDL 22, fazendo
coro com o Rodrigo/Doria, o governador do estado de São Paulo, em plena
campanha eleitoral.
O alerta que
faço, mais uma vez, porque já tinha feito anteriormente, foi o que aconteceu no
debate da TV Bandeirantes agora, no último domingo. Inclusive, a própria
Bandeirantes, depois, nos seus jornais, analisando as menções feitas durante o
debate nas redes sociais, identificou como os aposentados estão mobilizados,
identificou que a luta dos aposentados foi uma menção extremamente forte e
presente, fazendo páreo com um dos candidatos, inclusive.
Então, esse
movimento, eu queria alertar os deputados e deputadas que ainda não tiveram a
sensibilidade de entender a gravidade da situação desse confisco, que está
matando, inclusive de fome, de falta de esperança, milhares e milhares de
pessoas no estado de São Paulo, para que eles tivessem o mínimo de conhecimento
de que esse movimento tem uma grande capilaridade no estado de São Paulo.
É um movimento
forte, que está presente em praticamente todas as cidades, porque os servidores
aposentados da área da Educação, do Tribunal de Justiça, do Ministério Público,
da Saúde, da Segurança Pública, das mais variadas áreas, estão todos espalhados
pelo estado, acompanhando e participando dessa luta, seja pelas redes sociais,
seja presencialmente nas suas cidades.
Esse movimento
já tinha aparecido também nas menções que foram analisadas pelos especialistas
quando o Doria renunciou, ou seja, foi também responsável pela queda do Doria,
gerando uma crise ainda mais profunda no PSDB.
Tenho certeza
de que esses aposentados e essas aposentadas estão de olho em cada deputado, em
cada deputada e, sobretudo, no governo Rodrigo Garcia, também cobrando que
todos os candidatos se comprometam e coloquem nos seus respectivos planos de
governo o fim do confisco das aposentadorias e pensões.
O instrumento
já está dado, está aqui na Assembleia Legislativa, é o PDL 22. É só aprovar. É
só pautar que ele será aprovado. Ou então o governo pode revogar também a
qualquer momento através de outro decreto.
Ele tem essas
duas opções: ou ele libera o presidente da Assembleia Legislativa e sua base de
sustentação para que o projeto seja pautado e aprovado, ou ele mesmo pode
assinar um decreto, publicando esse decreto no “Diário Oficial” amanhã mesmo ou
hoje mesmo, resolvendo essa situação.
Mas o alerta
que faço é: cuidado, deputados e deputadas que ainda não se manifestaram, que
não assinaram ainda o nosso requerimento ou que estão ajudando de alguma forma
a obstruir o nosso PDL 22: os nossos aposentados e aposentadas, logicamente,
não votam em V. Exas., mas estarão fazendo campanha contra.
Vossas
Excelências terão 600 mil aposentados e pensionistas, 600 mil famílias, no
mínimo, militando contra V. Exas., como fizeram com o Doria e como vão fazer
com o atual governador Rodrigo “Doria”.
Então, viva a
luta dos aposentados e pensionistas. Revoga já o Decreto nº 65.021 e aprova já
o nosso PDL 22.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. O próximo deputado é o prezado deputado Paulo Fiorilo. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
público presente, aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp, quero aproveitar
a data de hoje, pois há 25 anos nós perdemos o sociólogo Herbert José de Sousa,
mais conhecido como Betinho.
Nasceu em 1935
na cidade de Bocaiuva, Minas Gerais. Foi líder estudantil, sociólogo e uma
referência no ativismo dos Direitos Humanos do Brasil. Dedicou sua vida ao
projeto que criou e coordenou, a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e
pela Vida.
Um projeto que
foi lançado em 1993, quando o Brasil apontava 32 milhões de brasileiros
passando fome. Certamente se estivesse vivo, Betinho teria agora, em 2022, a
mesma indignação que o motivou a criar o projeto que mobilizou toda a sociedade
no combate à fome.
Isso porque,
infelizmente, o Brasil de hoje, o Brasil do presidente Bolsonaro, do governador
Rodrigo, tem hoje 33 milhões de pessoas passando fome - nós voltamos aos anos
90. Aliás, vale aqui registrar o que aconteceu recentemente com um menino que
ligou para a polícia porque a mãe não tinha mais comida para dar para as
crianças. Isso é muito triste.
É triste,
revoltante e nos traz indignação. A indignação dele seria ainda maior se ele
tivesse visto que o Brasil, em 2014, durante o governo da presidenta Dilma e
graças a políticas sociais de segurança alimentar nos governos Lula e Dilma,
saiu do Mapa da Fome da FAO, a agência da ONU para Alimentação e Agricultura.
A vida de
Betinho foi inteiramente de luta junto com seus dois irmãos, o cartunista
Henfil e o músico Chico Mário. Herdou da mãe a hemofilia e, desde a infância,
sofreu com outros problemas, como a tuberculose. Foi criado em ambientes
inusitados: a penitenciária funerária, onde o pai trabalhava. Mas a sua
formação teve grande influência dos padres dominicanos com os quais travou o
contato na década de 1950.
Integrou a JEC,
a Juventude Católica, e a JUC, a Juventude Universitária Católica. Foi um dos
fundadores, em 1962, da AP-Ação Popular, junto com José Serra, Aldo Arantes,
Vinícius Caldeira Brant, entre outros líderes estudantis. Graduou-se em 1962 em
Sociologia, na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de
Minas Gerais, a UFMG.
Com o golpe de
1964 mobilizou-se contra a ditadura sem nunca esquecer as causas sociais. Com o
aumento da repressão foi obrigado a exilar-se no Chile, em 1971. Lá assessorou
Salvador Allende até a sua deposição em 1973. Conseguiu escapar do golpe de
Pinochet refugiando-se na embaixada panamenha. Posteriormente, morou no Canadá
e no México.
Durante esse
período foram reforçadas as suas convicções sobre a democracia, que ele julgava
ser incompatível com o sistema capitalista. Foi homenageado como o irmão do
Henfil na canção “O Bêbado e o Equilibrista”, de João Bosco e Aldir Blanc,
gravada pela grande Elis Regina. Anistiado em 1979, voltou ao Brasil.
Em 1981, junto
com os economistas Carlos Afonso e Marcos Arruda, fundou o Ibase-Instituto
Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, e passou a se dedicar pela luta
pela reforma agrária, sendo um dos seus principais articuladores. Mas o projeto
que o imortalizou foi o que buscava ajudar o povo no seu direito mais básico: o
direito à alimentação.
A Ação da
Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida, de Betinho, foi um dos maiores
movimentos da sociedade em favor dos pobres e excluídos. Em 1986, Betinho
descobriu ter contraído o vírus da Aids em uma transfusão de sangue a que era
obrigado a se submeter periodicamente devido à hemofilia. Mais uma vez ele não
desanimou.
Através da sua
movimentação surgiram movimentos de defesa dos direitos dos portadores do vírus
da Aids. Junto com outros membros da sociedade civil fundou e presidiu até a
sua morte a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids. Dois dos seus
irmãos, Henfil e Chico Mário, morreram em 1988 por consequência da mesma
doença.
Mesmo assim não
deixou de ser ativo até o final da sua vida, dizendo que a sua condição de
soropositivo o forçava a comemorar a vida todas as manhãs. Betinho teria orgulho
do que as políticas de segurança alimentar e combate à fome promovidas pelos
governos do PT oportunizaram em nosso País.
Os tempos hoje,
infelizmente, são sombrios. A fome e a miséria voltaram a patamares que
motivaram a criação do projeto de Betinho nos idos de 1993. A alta nos preços
de alimentos e o desemprego deixaram o povo de barriga vazia.
Não fossem já
tantos os motivos para a gente lutar em defesa da democracia e em defesa do
mais pobres, dos direitos dos trabalhadores, a gente luta também pela memória
de Herbert José de Souza, o Betinho, e de seu legado no projeto Ação da
Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida.
Quem tem fome
tem pressa e a gente tem pressa de varrer para sempre esse período sombrio
iniciado em 2018 e que tem data para acabar: 1º de janeiro de 2023. Sr.
Presidente, solicito que encaminhe esse meu depoimento à Ação e Cidadania, que
é a entidade que foi constituída pelo Betinho, Ação da Cidadania contra a Fome,
a Miséria e pela Vida.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado. Eu solicito que a nossa assessoria encaminhe as palavras do deputado
Paulo Fiorilo à entidade que ele solicitou na tribuna.
Próximo deputado, deputado Dr. Jorge do
Carmo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal.
Vossa Excelência tem o tempo
regimental.
A
SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa.,
Sr. Presidente, colegas deputados, colega Leticia Aguiar, aqui presente também,
as pessoas que vieram nos brindar com suas presenças, funcionários da Casa. Bem,
eu queria tratar de um tema que foi, ou é, um tema ao qual dediquei grande
parte da minha vida. É o tema referente à pluralidade religiosa que marca a
nossa nação.
Eu findei por
desenvolver uma disciplina na graduação e na pós-graduação do Largo São
Francisco, disciplina essa intitulada Religião e Direito Penal, por perceber no
ambiente acadêmico, no ambiente universitário, no ambiente intelectual uma
intolerância muito grande às religiões, em geral, ao Cristianismo, em especial,
às religiões protestantes, principalmente.
Então, eu
costumava dizer em sala de aula que os professores e os alunos das grandes
universidades do Brasil confundiam estado laico com estado ateu, que o estado
laico não é o estado ateu. O estado laico é aquele que permite que todas as
religiões convivam harmoniosamente. Na verdade, mais do que permitir; é o
estado que fomenta esse convívio harmonioso.
Cheguei a
escrever sobre isso, e dizer que infelizmente no ambiente acadêmico existem
preconceitos e discriminações que são consideradas politicamente corretas, como
por exemplo a discriminação para com o militar é tida como politicamente
correta no ambiente universitário. A discriminação para com o religioso, em
especial o evangélico, porém também com o católico, é muito admitida no
ambiente universitário e no ambiente acadêmico.
Então, essas
ideias eu externei de forma clara e corajosa, não era fácil fazer isso dentro
da Universidade de São Paulo, e da mesma maneira que naquele ambiente
completamente, como é que eu posso dizer, fechado a esses meus pensamentos, eu
enfrentei e paguei um preço alto por isso.
Escrevi minha
tese para concorrer à titularidade sobre liberdade religiosa, tolerância
religiosa, e fui humilhada publicamente, recebi notas absolutamente
incompatíveis com o meu currículo, porque eu fui avisada que não se falava de
religião dentro da Universidade de São Paulo.
Isso sem contar
todas as minhas posições políticas, que são conhecidas, mas da mesma maneira
que eu precisei ser corajosa ali, eu preciso ser corajosa neste momento
histórico, porque o estado laico não se confunde com estado ateu, mas o estado
laico também não é um estado confessional, o estado laico não é um estado
confessional.
O estado laico,
como eu disse no início, permite e fomenta que as várias religiões, e
eventualmente aqueles indivíduos, grupos, famílias que declarem agnósticos ou
até ateus convivam de maneira pacífica e harmoniosa.
E eu convivo
muito com o povo evangélico, seja em virtude de ter presidido o Conselho de
Entorpecentes e ser testemunha dos trabalhos de tratamento, de prevenção às
drogas que o povo evangélico faz, seja em virtude do meu convívio com o povo
evangélico que milita nos presídios para recuperar pessoas que acabaram se
envolvendo com o mundo do crime.
Justamente por
conviver com e conhecer o povo evangélico eu digo com firmeza, o povo
evangélico não é intolerante. Muito pelo contrário, historicamente foi
perseguido em vários locais do mundo. O povo evangélico precisou fugir. Quem
conhece história, quem estuda teoria do Estado sabe que eu não estou mentindo.
Então, haja
vista o fato de o Estado laico, que é aquele previsto na nossa Constituição,
não ser ateu, mas também não ser confessional, eu peço cautela à nossa
primeira-dama.
Eu peço à nossa
primeira-dama que compreenda que, mais do que uma mulher de fé, e eu a respeito
como mulher, como primeira-dama e como crente, crente no sentido amplo, ela é
um ícone nacional. Hoje ela é um dos maiores ícones nacionais. O que ela fala,
o que ela prega, o que ela compartilha tem muita força. Isso é um fato.
Então eu peço a
ela, peço encarecidamente, que não plante no meu País a semente da divisão
religiosa. Não plante, porque não tem nada pior do que isso. Nós somos um povo
de evangélicos, de católicos, de espíritas, de umbandistas, de candomblecistas,
de muçulmanos, de judeus, de budistas e de hinduístas.
E eu quero que
todos sejam respeitados. Eu peço encarecidamente, eu não vim brigar, eu vim
clamar pela paz no nosso País.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra.
Deputada. Próximo deputado é o deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Tenente
Nascimento. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Falarei
posteriormente. Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Pela lista suplementar, deputado
Coronel Telhada. Falarei posteriormente. Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Léo Oliveira. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputada Leticia Aguiar. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
Deputado, o senhor pode assumir depois
a Presidência? O senhor vai falar novamente? Sim, senhor. O senhor pode assumir
para eu fazer uso? Muito obrigado, deputado.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Paulo Lula
Fiorilo.
*
* *
A
SRA. LETICIA AGUIAR - PP –
Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., todos os presentes e todos os
colegas.
Venho a esta
tribuna, hoje, para falar de coração o que eu sinto, a honra que eu sinto de
ser deputada deste imenso estado de São Paulo, de ser uma mulher cristã, por
poder trazer o sentimento das ruas para este parlamento, o que eu aprendi em
casa com a minha família, no berço em que fui criada, em poder utilizar esta
tribuna, este mandato que foi confiado, acima de tudo, por Deus, a mim.
É permissão de
Deus eu estar aqui e a Ele eu devo todas as coisas. Eu sempre me preocupo de
que forma eu devo honrar este mandato, honrar a Deus, honrar o meu sobrenome, a
minha família e honrar as pessoas que me confiaram estar aqui as representando.
Eu tenho imensa
honra, imenso orgulho de poder olhar nos olhos da minha filha e sentir nela o
orgulho que ela tem da mãe como parlamentar na Assembleia Legislativa de São
Paulo.
Eu tenho imensa
honra em olhar nos olhos da minha mãe e perceber o quanto ela tem orgulho desta
filha, que aprendeu com ela esses ensinamentos que eu trago aqui, olhar no meu
DNA, que eu aprendi com o meu pai, com a minha mãe.
Hoje eu quero
falar dessa honra que eu tenho em representar você e sua família, a honra que
eu tenho em representar o sentimento de patriotismo, de civismo que eu carrego
aqui no peito, no meu coração, na minha vontade de reconstruir esse Brasil, de
deixar um legado para este país, para este estado de São Paulo, para 645
cidades que eu represento. De poder falar, sim, nesta tribuna, de Jesus, de
poder falar, sim, nesta tribuna, da fé, que é o alicerce deste meu mandato.
Tenho honra em
poder trazer a esta Casa proposituras importantes, de proteção à infância, de
defesa da família: a família sagrada, a família pensada por Deus. De poder
utilizar deste Parlamento, das minhas capacidades, da minha equipe habilitada,
técnica, jurídica, que se empenha ao meu lado e abraça essa missão, comigo, de
representar as pessoas e o que eu carrego no coração - o sentimento de
transformação. A política é uma ferramenta incrível de se fazer o bem, ela só
precisa estar nas mãos das pessoas certas.
E foi por
permissão de Deus que eu estou hoje aqui, como uma mulher cristã, representando
aquilo em que eu acredito, podendo utilizar deste Parlamento, desta Assembleia,
do nosso gabinete, do nosso mandato, das proposituras apresentadas, dos
projetos apresentados, para combater o bom combate, defender aquilo em que eu
acredito. A vida acima de tudo, que é inegociável; os valores da família, a
proteção da criança.
Poder abraçar
as nossas Forças de Segurança, valorizá-las, reconhecê-las, mostrar que não
estão sozinhas no front, que aqui também é um front, que nós estamos nessas
trincheiras.
Poder abraçar a
minha amada Guarda Municipal, que nunca teve a valorização e o reconhecimento
necessários, e hoje eles têm aqui uma deputada, uma parlamentar que fala, sim,
das nossas polícias dos municípios com orgulho, com honra, com amor, com
satisfação.
Poder ver o meu
trabalho chegar até os municípios, aqueles menores, aqueles pequeninos, que
nunca tinham sido atendidos em suas causas. Poder olhar pelas pessoas mais vulneráveis,
pelas pessoas com deficiência, pelas pessoas pobres. Poder olhar pelos projetos
sociais, de tanta gente voluntária que, assim como eu, ama este país. E é esse
amor que me trouxe a esta Assembleia Legislativa de São Paulo.
Que honra eu
tenho de estar aqui, como mulher, como mãe, como cristã, deputada do estado de
São Paulo. Obrigada, Deus; obrigada, Jesus, pela oportunidade de ser tua filha,
de ser tua serva e de utilizar a política para fazer o que é certo.
Obrigada a
vocês que nos acompanham, obrigada a vocês que me confiaram essa missão. Aqui
tem trabalho, tem amor, tem honra, tem bondade, tem seriedade, tem
responsabilidade com esta missão. Não é poder, é propósito. E os nossos
propósitos se encontram.
Por um Brasil
acima de tudo, com Deus acima de todos.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Obrigado,
deputada. Dando continuidade à lista de oradores inscritos no Pequeno
Expediente, passo a palavra agora ao deputado Coronel Telhada, que tem o tempo
regimental no Pequeno Expediente.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Obrigado, presidente. Cumprimentar a todos os presentes aqui, policiais
militares, policiais civis, ao público aqui presente, aos senhores e senhoras
assessores, aos deputados presentes. Hoje, dia nove de agosto de 2022, uma
terça-feira, quero aqui dizer que nós estamos acompanhando várias situações que
continuam aterrorizando a cidade de São Paulo.
Nós tivemos
notícias desse maldito sequestro relâmpago por causa do pix, e eu até trouxe
uma reportagem aqui hoje. A ocorrência foi na data de hoje, nessa madrugada.
Duas pessoas tinham sido sequestradas e eram mantidas em cativeiro no Jardim
Rincão.
Para quem não
conhece o Jardim Rincão, é ali perto da parada de Taipas. Houve um chamado de
sequestro e cárcere privado. Seis ou sete suspeitos; uma notícia dá seis, outra
dá sete... Não, são seis suspeitos e um menor. Foram apreendidos.
Esses canalhas
roubaram da pessoa mais de um milhão e meio. Olha só que canalhice, gente, que
canalhice. Estavam com uma arma de brinquedo. Agora, se a polícia mata um
desgraçado desses, aí matou menor, matou moleque desarmado.
Nós precisamos mudar urgentemente a nossa
política de Segurança Pública. Precisamos dar mais ação para a Polícia Militar,
a Polícia Civil, as guardas metropolitanas trabalharem forte contra o crime,
porque a população não aguenta mais esse tipo de extorsão, esse tipo de crime.
Eu aproveito para mandar aqui um abraço
para os policiais do 18º Batalhão Metropolitano que participaram dessa
ocorrência com a prisão desses sete canalhas.
Tenho a lamentar aqui a morte de um
sargento que trabalhava ali na região de Ribeirão Pires, no ABC. O sargento -
tem a foto dele - Marcos da Silva, infelizmente faleceu de câncer. Eu recebi
aqui um recado da Gisele, que é nossa seguidora lá de Ribeirão Pires. A Gisele
me mandou esse nome, dizendo inclusive que ele era da nossa igreja, da
congregação.
Então é muito difícil perder uma pessoa
adoentada, principalmente uma pessoa que está trabalhando pela população. Os
nossos sentimentos à família do 3º sargento Marcos da Silva e a todos os
policiais militares e também um abraço à população de Ribeirão Pires, do ABC.
Infelizmente mais um policial militar
morto no Rio de Janeiro também. O Rio de Janeiro continua... Aquela música “O
Rio de Janeiro continua lindo” não é bem assim não, né? O Rio de Janeiro
continua violento, e muito violento. Jovem policial militar, aos 41 anos de idade,
foi morto na zona oeste do Rio.
O Sargento Fábio de Negreiros Saião
Lobato, também do 18º Batalhão, chegou a ser levado para um hospital na Barra
da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. Estava na corporação desde 2006 e
deixou esposa e dois filhos. Então os nossos sentimentos à Polícia Militar do
Rio de Janeiro e à família do sargento Fábio de Negreiros Saião Lobato.
Finalmente eu quero aqui cumprimentar os
municípios aniversariantes na data de hoje, dia 9 de agosto, que são os
municípios de Elisiário e Socorro. Um abraço a todos os nossos amigos, em
especial de Socorro, onde meu pai faleceu. Meu pai morava lá, tenho muitos
amigos na cidade de Socorro. Um grande abraço a todos vocês, logo estaremos
todos juntos aí.
Estive dias atrás participando de um
evento na Câmara Municipal de Socorro e, se Deus quiser, logo estaremos
novamente na querida cidade de Socorro, que está completando mais um
aniversário. Um abraço a todos vocês. Contem com o nosso trabalho aqui na
Assembleia Legislativa.
Agora nós estamos com a pretensão, na
próxima campanha, de pleitearmos outro cargo, mas o trabalho será o mesmo, a
batalha será a mesma, porque nós estamos aqui trabalhando pela população
ordeira, pelo cidadão de bem, pelas famílias, pela comunhão de ideias, desde que
elas sejam boas ideias.
Pessoas que trabalham contra a sociedade,
que trabalham a favor do crime, que trabalham pelo mal, que trabalham contra as
famílias têm que ser extirpadas do nosso meio.
Nós não podemos aceitar pessoas assim,
desse tipo, comandando a nossa vida. Nós precisamos preservar as pessoas, fazer
com que as pessoas tenham liberdade de sair para sua casa, ir para o trabalho,
voltar, poder estudar, poder, enfim, ter uma vida em paz.
É isto que nós precisamos aqui no estado
de São Paulo: paz. Para isso, nós sempre solicitamos ao nosso governador que
valorize as suas polícias. O salário dos policiais continua uma pouca vergonha,
continua vergonhoso o salário dos policiais, bem como é lembrado sempre aqui o
nosso funcionalismo público também.
Não posso deixar hoje de fazer um apelo
aqui. A Casa está parada. Hoje é dia... Que dia é hoje? Nove, né? Terça-feira.
A Casa está parada. Estamos aqui em quatro, cinco deputados. Quantos assinaram
aí, Caio? (Voz fora do microfone.) Vinte e sete assinaram, mas nós estamos em
três, quatro, cinco deputados. A Casa precisa retomar.
Eu queria fazer um apelo ao nosso
presidente quanto ao PDL 22. O deputado Giannazi sempre fala do PDL 22. Nós
precisamos votar o PDL 22. Vamos fazer alguma coisa útil neste final de
mandato, gente.
Nós estamos aqui outro dia falando,
falando e não votamos um projeto de deputado. Tem PDL pronto, tem projeto
pronto para entrar na pauta para votação. É só a gente votar esses projetos, o
que nós estamos esperando?
O funcionalismo, o pessoal aposentado está
desesperado atrás do PDL 22, e esta Casa faz ouvidos de mercador, faz que não
está acontecendo nada. Então, por favor, vamos trabalhar. Sr. Presidente, traga o PDL 22 ao
Plenário, e todos os outros projetos que estão prontos para serem votados
também.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO LULA FIORILO - PT - Obrigado,
deputado Coronel Telhada. Antes de chamar o próximo orador, quero anunciar aqui
a presença da vereadora do PT, Thais Nogueira, de São José do Rio Pardo.
Bem-vinda a esta Casa.
Aproveite a companhia do nosso
vice-presidente. Primeiro-secretário, não vou te diminuir, Luiz Fernando. Já
estou te promovendo a vice-presidente, presidente. O deputado Luiz Fernando,
que, com certeza, fará aqui um belo tour pela Casa. Muito obrigado aos dois.
Bem-vinda.
Dando continuidade aqui ao Pequeno
Expediente, eu chamo à tribuna o vereador Carlos Giannazi para uso do Pequeno
Expediente, no tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, de volta à tribuna no
dia de hoje, primeiro eu quero aqui registrar
a honrosa presença na Assembleia Legislativa de centenas de servidores
da Segurança Pública, que estão indo nos gabinetes, entregando esta carta aberta
aos deputados estaduais de São Paulo, pela revogação do confisco das
aposentadorias e pensões, fazendo coro com essa luta pela revogação do
confisco, Sr. Presidente.
Quero saudar a
todos que estão passando nos gabinetes, conversando com os deputados, com as suas respectivas
assessorias. É muito importante esse movimento para pressionar a Assembleia
Legislativa a cumprir o seu papel de votar a revogação. E hoje, votar contra o
Decreto nº 65.021 significa, neste momento, votar no PDL nº 22, que é o PDL que
vai revogar esse confisco.
Sr. Presidente,
no meu primeiro pronunciamento eu falei sobre as menções feitas no debate da
Bandeirantes, que foram registradas pelas redes sociais, e, entre elas, essas
duas maiores, e as mais, talvez, representativas da nossa luta foi
“aposentados” e “confisco”, mostrando a força do movimento dos aposentados e
pensionistas, usando a força do “tuitaço”, do movimento que é feito em todo o
estado de São Paulo com as aposentadas.
O movimento é
liderado e criado por mulheres aposentadas das várias secretarias, das várias
áreas, que têm mobilizado bastante as redes sociais, e pressionado imensamente
a aprovação do fim do confisco do PDL 22, ou a revogação direta pelo governador
Rodrigo/Doria.
Aqui estão as
pessoas. Quero saudar a presença de vocês, entregando a carta, fazendo um
movimento pela imediata revogação do Decreto nº 65.021, e a força de vocês
também está associada.
Queria colocar
aqui rapidamente o material da própria TV Bandeirantes, dando conta do
movimento do “tuitaço”, da força do movimento das aposentadas e aposentados do
estado de São Paulo.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Depois tem
aqui, olha: “confisco e aposentados são os dois maiores movimentos hoje no
estado de São Paulo”. Ou seja, a luta contra o confisco, a luta dos aposentados
e das aposentadas aparecendo, pressionando o tempo todo, e exigindo que todos
os candidatos se comprometam publicamente, e incluam nos seus respectivos
programas de governo o fim do confisco, a revogação imediata do Decreto nº
65.021.
Nós estamos aqui
com a presença de vários integrantes do fórum “Resiste PC-SP”. Parabéns pela
mobilização de vocês. Estou aqui com a carta, já registrei que vocês estão
mobilizados e mobilizadas, fazendo coro com essa grande luta contra o confisco
das aposentadorias e pensões, e amanhã nós faremos uma grande audiência
pública, com várias entidades representativas dos servidores.
Ela será
realizada amanhã, às 15 horas, no Plenário Paulo Kobayashi. Vocês estão
convidados e convidadas para participar com mais de 60 entidades que chamam
esse ato de amanhã para que a Assembleia Legislativa aprove o PDL nº 22, que já
está pronto para ser votado em regime de urgência, com 53 deputados assinando o
requerimento para que ele seja pautado.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Coronel Telhada.
* * *
Nós já temos os
votos, pessoal, porque essa é uma votação de maioria simples, o que significa
que, dos 94 deputados, nós só precisamos de 48 aqui dentro e, desses 48, apenas
25 votos a favor do PDL. Então nós já ganhamos essa votação, deputado Telhada,
que foi o relator do parecer favorável ao PDL 22. Está muito fácil, basta o
presidente pautar o PDL, aí nós vamos derrubar o Decreto 65.021.
Então é muito
importante a participação amanhã, na audiência pública, e pressão total na
Alesp e pressão em cima do Rodrigo/Doria. Enquanto ele não revogar esse decreto
ele será sempre o cúmplice do ex-governador Doria.
É isso, Sr.
Presidente, vamos revogar o Decreto 65.021, aprovando o PDL 22 e acabando
definitivamente com esse criminoso, nefasto, cruel e sádico confisco das
aposentadorias e pensões.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr.
Deputado.
Próximo deputado, deputado Paulo
Fiorilo. Vossa Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, antes de mais nada preciso fazer uma
correção aqui, já fui alertado por duas pessoas. Ao chamar o deputado Carlos
Giannazi para a tribuna, chamei-o vereador, mas eu vou aqui dizer o porquê. Nós
tivemos a oportunidade de sermos vereadores na Câmara de São Paulo, assim como
fui vereador com o senhor durante um período. Então, deputado, peço aqui as
minhas escusas. O senhor foi um brilhante vereador e agora é um brilhante
deputado.
Queria também
saudar aqui os companheiros e companheiras que vieram se manifestar pedindo a
revogação do confisco das aposentadorias e pensões, quero dizer que a bancada
do PT é solidária, a gente tem lutado também para que isso ocorra, até porque,
infelizmente, o governador, como disse o Giannazi, Rodrigo/Doria, só fez
maldades com os servidores.
Não só com os
servidores, mas com as empresas públicas. Podia lembrar aqui o caso da CDHU,
que o governador extinguiu, da Sucen. E agora esse Governo do Estado, o governo
Rodrigo, quer acabar com a Sabesp. Aliás, ele e o Tarcisão, não é? Os dois
jogando juntos nessa questão da Sabesp.
A bancada do PT
e nosso candidato ao Governo do Estado já se manifestaram dizendo que somos
contra a privatização da Sabesp. A Sabesp é uma empresa pública de qualidade e
que fornece serviço onde outra empresa privada não forneceria.
E eu queria
aproveitar essa questão da Sabesp para trazer aqui de novo uma denúncia. Já fiz
e vou fazer de novo: as empresas contratadas pela Sabesp, terceirizadas, estão
atrasando salários e benefícios dos trabalhadores. É inadmissível isso. A
Sabesp repassa e a empresa segura, não paga. É preciso que a Sabesp se
manifeste o mais rápido possível, colocando inclusive para as empresas
contratadas a possibilidade de ruptura.
Hoje os
trabalhadores fizeram manifestações. Eu vou pedir aqui para que coloquem na
tela as manifestações realizadas hoje na cidade de São Paulo contra, aqui em
São Miguel, a Life Guards, na Mooca. Então, São Miguel, Mooca, São Mateus e a
outra foi em Itaquera. Tem as três.
É inadmissível
quem trabalha, quem presta serviço, na hora de receber seus benefícios não tem
os seus benefícios pagos pelas terceirizadas. E nós estamos falando de
contratos que são contratos grandes.
O sindicato, o
Sintaema, esteve lá hoje na porta da empresa nessas quatro unidades, nas quatro
regiões. Não temos aqui a foto de Itaquera, mas eles estiveram lá cobrando que
a empresa pague o salário dos servidores.
Não é essa a
única empresa que atrasou, eu já tinha recebido denúncias de uma outra empresa que
vou registrar aqui, porque é importante, terceirizada da Sabesp... Aliás, a
tentativa do governo do PSDB sempre foi essa, não é? Terceirizar tudo para
depois privatizar. A outra empresa que também teve problemas com os salários e
os benefícios foi a SS Fort Administrativo e Tecnológico - Eirele.
Tanto essa como
a outra, nós encaminhamos pedidos de esclarecimento para a Sabesp, para que a
Sabesp se manifeste, porque a empresa que recebe da Sabesp os repasses... Só
para dar um dado, essa aqui... A gente tem casos recorrentes. Com essa, a das
manifestações, já é a segunda vez que isso ocorre.
Então, a Sabesp
precisa se manifestar o mais rápido possível, dizendo por que a empresa
terceirizada não está pagando e, se for o caso, romper o contrato para que os
trabalhadores não sofram.
Os
trabalhadores prestam serviço e necessitam do salário. Principalmente neste momento tão difícil que
a gente está vivendo, tem essa situação de administrar a falta de benefícios e
salários.
Então, queria
parabenizar o Sintaema e deixar aqui a cobrança pública à direção da Sabesp
para que cobre as empresas terceirizadas, até porque elas receberam da Sabesp,
a priori, e não estão pagando os trabalhadores.
E reforçar
aqui: assim como, tenho certeza, a deputada Marina Helou é contrária à
privatização da Sabesp, a bancada do Partido dos Trabalhadores já se manifestou
nesse sentido, principalmente pelo serviço que presta a Sabesp, a importância
que tem a Sabesp para o Estado, para as pequenas cidades e também para a cidade
de São Paulo.
Eu acompanho
várias regiões e podia lembrar, por exemplo, do palanque que está na zona
leste, onde as pessoas tiveram problemas com abastecimento de água e a Sabesp,
de forma muito prestativa, tem auxiliado.
Não só lá, mas
também em Sapopemba, um bairro periférico com problemas de abastecimento, a
Sabesp está fazendo o trabalho. Eu tenho certeza de que, se fosse uma empresa
privada, olharia o lucro e não o benefício àqueles que mais precisam.
Sr. Presidente,
solicito que encaminhe o meu depoimento à Sabesp e ao Sintaema.
O
SR. PAULO LULA FIORILO - PT - Como líder da
Minoria, solicito o levantamento da sessão, se houver acordo entre as
lideranças aqui presentes.
O
SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Como estamos
só o senhor e eu aqui, estamos de acordo, não é? Então estamos. Solicito que a
assessoria encaminhe as palavras do deputado Paulo Fiorilo às entidades às
quais ele solicitou encaminhamento.
Pois bem, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, havendo acordo de lideranças, eu e o Paulo Fiorilo, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Muito obrigado a todos. Tenham uma boa
tarde.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 47
minutos.
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