15 DE AGOSTO DE 2022

78ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: CARLOS GIANNAZI e CORONEL TELHADA

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - CORONEL TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - CORONEL TELHADA

Assume a Presidência.

 

4 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - JANAINA PASCHOAL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - JANAINA PASCHOAL

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

7 - PRESIDENTE CORONEL TELHADA

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 16/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Iniciando a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra, a deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Com a palavra, deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) Com a palavra, deputado Dr. Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Com a palavra, o deputado Coronel Telhada.

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, presidente. Boa tarde a todos, assessores e funcionários aqui no plenário da Assembleia Legislativa e a todos que nos assistem pela Rede Alesp de televisão. Hoje, segunda-feira, dia 15 de agosto de 2022, véspera do início da campanha. Começaremos a campanha amanhã e vamos ver o que teremos no País a partir do dia 2 de outubro.

Quero começar falando do dia de ontem. Foi Dia dos Pais, então nós colocamos na nossa rede social um “parabéns” a todos os pais. Eu não posso deixar aqui, neste início de semana, de parabenizar a todos os senhores, pais, aos avós também, que comemoraram o seu dia ontem, dia 14 de agosto. Um abraço a todos. Na foto, estou com os meus filhos aí, sempre um orgulho para a gente, o Capitão Telhada e a Juliana Telhada, nossos orgulhos aí na nossa vida.

Esse final de semana foi bem corrido. Sexta-feira eu não estive aqui no plenário, eu passei pela manhã, porque quando a gente não está aqui, mesmo assim a gente passa, não é, deputado? Assinamos a lista, não deixamos de dar a nossa presença, de registrar a nossa presença.

Mas sexta-feira eu estive na cidade de Peruíbe. Antes, nós passamos aqui no mausoléu do Ibirapuera, onde eu participei do Dia Mundial da Juventude, numa solenidade organizada pelo MMDC. Foi comemorado o Dia de Alvarenga.

Aí eu estou na foto com o Carlos Romagnoli, que me condecorou com a medalha Mérito da Juventude Constitucionalista. Para quem não sabe, o MMDC - Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo - teve um quinto indivíduo que morreu. Não foram só os quatro que morreram em 32 ali na Praça da República.

Teve um indivíduo baleado, que acabou morrendo meses depois, que foi justamente o Alvarenga, que morreu no dia 12 de agosto. E sexta-feira foi dia 12 de agosto, e foram lembrados os 90 anos da morte do Alvarenga. E nós tivemos essa solenidade no obelisco do Ibirapuera. Parabéns a toda a diretoria do MMDC; muito obrigado pela homenagem.

De imediato, nós descemos à cidade de Peruíbe, onde eu passei em vários locais. Comecei visitando ali os nossos amigos da 2a Companhia do 29o BPMI - Batalhão de Polícia Militar - do Interior. Um abraço a todos os colegas que nos receberam lá. Só fomos lá rapidamente cumprimentar os policiais.

Ao lado, ali, nós já tínhamos a sede da Guarda Municipal, onde nós passamos também, cumprimentamos o major Dutra, cumprimentamos os demais colegas que estão junto à Guarda Municipal, que faz um excelente serviço na cidade de Peruíbe.

Também passamos na Defesa Civil. Nós passamos lá na Defesa Civil, onde nós estivemos com esses homens que diariamente trabalham lá em Peruíbe, lutando pela segurança das pessoas.

Lá tem muito problema de chuva; tem o mar, também, que às vezes avança. Enfim, muitos problemas. Então, parabéns. Lembrando que a Defesa Civil... Durante o nosso mandato, nós mandamos uma viatura Mitsubishi para lá, vários equipamentos; estamos sempre apoiando a cidade de Peruíbe.

Também estivemos na empresa de segurança Perseg, que é do Cláudio, que inclusive é da minha igreja também, é da congregação. Estivemos lá visitando o Cláudio na Perseg, uma empresa que presta um ótimo serviço na cidade. O Cláudio, a Juliana e os demais colegas nos receberam com muito carinho lá na Perseg.

E, finalmente, nós estivemos na UBS do Parque do Trevo, que vai ser reformada agora. O teto da UBS vai ser reformado com uma emenda nossa, também encaminhada para aquela cidade, para se reformar o teto da UBS. Quero mandar um abraço a toda a equipe, em especial à secretária municipal de Saúde, a Sra. Ana; e ao Cris, também, que trabalha forte lá na Saúde, em Peruíbe.

Saindo da UBS, nós estivemos na Maternidade Municipal de Peruíbe, que foi toda reformada com emenda parlamentar e está realizando a campanha “Agosto Dourado”, de inventivo à amamentação.

Tanto que eu prometi às meninas lá que eu traria aqui o lacinho; está aqui na minha farda, que não é mais farda, é o terno. O lacinho dourado, lembrando que o agosto dourado é de incentivo à amamentação.

Então, cumprindo a promessa que eu fiz ao pessoal da Maternidade de Peruíbe, estamos aqui usando a nossa fitinha, nosso lacinho dourado. Um abraço a todas e todos que têm trabalhado forte na Maternidade de Peruíbe.

 À noite, nós estivemos na Câmara Municipal. Fomos lá prestigiar o evento com o Dr. Flávio, que era o homenageado. Eu estive também com o vereador Rafael Vitor de Souza, que é o presidente da Câmara Municipal.

Um abraço Vereador Rafael, com quem eu estive, que é o presidente da Câmara Municipal e também acabou me presenteando com uma placa, devido aos trabalhos que nós prestamos junto à cidade de Peruíbe.

No dia seguinte, no sábado, nós estivemos em Itariri, onde eu estive com o prefeito Dinamerico Gonçalves Perone e com o vereador Rafael Gustavo Perone também. Fomos lá conhecer a cidade, colocar nosso apoio; fomos muito bem recebidos pelo prefeito e pelo vereador Rafael, a quem nós mandamos um grande abraço.

Depois de Itariri, seguimos para a cidade de Pedro de Toledo. Nós estivemos lá com o nosso amigo Célio de Oliveira, que já foi vereador na cidade. Estivemos com o presidente da Câmara Municipal também, o Dorivaldo de Rosa Moreira, e outros vereadores e grupo de comerciantes e amigos da região que vieram me conhecer pessoalmente e também me passar alguns problemas do município.

No sábado também pela manhã nós estivermos ali visitando mais de 50 jovens do Tiro de Guerra. Estivemos com o sub Ferreira, onde eu e meu filho, o capitão Telhada, batemos um papo sobre o ingresso na Polícia Militar, sobre a carreira militar.

Quero agradecer a todos os jovens pela recepção e quero aproveitar e mandar um abraço a todos os amigos de Peruíbe, em especial o amigo Cristian, e também para as cidades de Itariri e Pedro de Toledo. Muito obrigado a todos pela maneira com que me receberam.

 Para fechar, Sr. Presidente, só queria lembrar que na sexta-feira, dia 12 de agosto, foi aniversário da cidade de Cananeia. Nós estivemos inclusive lá perto, mas não tivemos oportunidade de visitar a cidade.

No sábado, dia 13 de agosto, foi o aniversário da cidade de Natividade da Serra. No domingo, dia 14 de agosto, que foi o Dia dos Pais, foi o aniversário de Apiaí, e hoje, dia 15 de agosto, é o aniversário das cidades de Jaú, Paraíso, Pedregulho, Pitangueiras, Pontalinda e Sorocaba. Um abraço a todos os amigos dessas queridas cidades.

Muito obrigado, Sr. Presidente, e desculpe o tempo excedido.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Aproveito para chamar V. Exa. para presidir esta sessão e dou sequência à lista de oradores inscritos. Com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Castello Branco. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Major Mecca. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.

 

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O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Eu já assumo a Presidência aqui chamando para fazer uso da palavra o prezado deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, o governador Rodrigo Garcia, Rodrigo/Doria, candidato à reeleição, acabou de dar uma entrevista agora pela manhã, na verdade uma sabatina, na Rádio CBN, quando ele disse coisas absurdas, Sr. Presidente.

A primeira delas foi em relação aos aposentados e pensionistas, dizendo que o confisco, que o assalto, que o roubo às aposentadorias e pensões foi a coisa mais acertada que o governo estadual, que o governo Doria/Rodrigo Garcia fez em relação ao estado de São Paulo. Olha só que absurdo, palavras dele, que foi a coisa mais acertada que o estado fez.

Ao mesmo tempo, Sr. Presidente, ele disse que vai dar 80 bilhões de reais em isenções fiscais para os grandes grupos econômicos. Ele assume publicamente que essa é a previsão, a intenção do governo para o ano que vem, para 2023.

Em 2022, nós estamos com a previsão de isenções fiscais de 60 bilhões, e ele vai postar mais, beneficiando esses grandes grupos econômicos. Dos 200 bilhões arrecadados de ICMS, ele vai canalizar, entregar 80 bilhões para os grandes grupos econômicos, e, para os aposentados e pensionistas, confisco, assalto e roubo.

Sr. Presidente, uma das jornalistas, quando fez a pergunta a ele sobre a questão do confisco, reafirmou a força do movimento, dizendo que, em todas as entrevistas feitas com o governo, os aposentados estão presentes pressionando, cobrando o fim do confisco e certamente a aprovação do PDL nº 22, Sr. Presidente.

Então esse é o primeiro ponto. Um absurdo o que ele disse. Quer dizer, ele massacra os aposentados e pensionistas e beneficia os grandes grupos econômicos com 80 bilhões - não milhões, bilhões - de reais.

Ele disse ainda, ele tocou aqui em vários pontos, mas ainda justificou dizendo que ele tenta compensar ou pode tentar de novo compensar com reajuste salarial o confisco, como ele já fez, dando 10% para os servidores e 20% para servidores da Segurança Pública e da Saúde, quando nós sabemos muito bem que isso não repôs as perdas inflacionárias, porque os nossos servidores, há muitos anos, estão com os salários arrochados e defasados. Esse também foi um outro ponto em que ele tocou, Sr. Presidente.

Foram vários aqui, em relação aos servidores, aos aposentados e pensionistas.   Ele também falou da Assembleia Legislativa, das famosas... Ele foi indagado sobre o que chamam de orçamento voluntário, emendas voluntárias, que nós já denunciamos aqui. Isso é fruto de um amplo debate na Assembleia Legislativa, que para nós corresponde quase que - é a mesma coisa que o orçamento secreto lá do Bolsonaro, do centrão, do Lira. Não tem muita diferença não.

Aqui em São Paulo também tem o orçamento secreto que beneficia, com emendas parlamentares, a base do governo. Tem um orçamento impositivo, que é aquele regulado por lei, mas tem um outro, paralelo, que é muito maior. Inclusive, já foi fruto de matérias da “Folha de S. Paulo”.

Eu apresentei um requerimento colhendo assinaturas, para que nós pudéssemos instalar a “CPI da Farra das Emendas Parlamentares no Estado de São Paulo”. Logicamente que ele negou o que vem acontecendo aqui, mas todos sabem que os deputados ligados ao governo recebem muito mais emendas parlamentares, são beneficiados por essas emendas.

Então, aquela matéria da “Folha de S. Paulo”, que, inclusive, dá um suporte importante, um fundamento para o nosso pedido de CPI, mostra claramente primeiro a falta de transparência em relação a essas emendas, mas sobretudo mostrando os deputados da base governista, os que mais receberam ou estão recebendo essas emendas.

Sobre Educação, Sr. Presidente, foi um festival de incoerências. Ele disse que vai municipalizar o Ensino Fundamental no estado de São Paulo. Vai jogar a responsabilidade da Educação, de uma fase importante que é o Ensino Fundamental, para os municípios que estão quebrados, que não têm condições de sustentar nem as suas redes municipais de ensino.

Então, ele pretende jogar a responsabilidade para os municípios ficarem com a responsabilidade. Logicamente, sem contrapartida financeira. Isso já se mostrou um fracasso no estado de São Paulo.

Têm prefeitos querendo devolver, prefeitos que se arrependeram lá atrás, no passado, com a municipalização compulsória feita pelo PSDB, sobretudo com a ex-secretária Rose Neubauer, ainda no início da gestão Mário Covas, depois com Alckmin, e eles se arrependem.

Muitos deles falam: “eu quero devolver, porque não tem condições de ficar com o Ensino Fundamental”, que, pela lei, tem que ser compartilhado - esse nível de ensino - pelo estado e município.

O estado lava as mãos, e empurra essa responsabilidade para os municípios. Repito, Sr. Presidente, que não têm condições. Os municípios estão com dificuldades econômicas. Todos sabem disso. Nós temos uma peregrinação de prefeitos e vereadores aqui todos os dias na Assembleia Legislativa, atrás das emendas parlamentares, para poderem investir em políticas públicas e sociais nos seus municípios, porque não há transferência adequada de recursos.

Mas eu voltarei, Sr. Presidente, em outro momento, para continuar falando aqui das mentiras, das incoerências e das contradições que o Rodrigo/Doria disse há pouco na rádio CBN.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sr. Deputado. O próximo deputado é o Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)

Pela Lista Suplementar, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. Não farei mais uso da palavra. Deputada Janaina Paschoal. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V. Exa., Sr. Presidente, colegas presentes na Casa, funcionários também da Casa.

Antes de tratar do tema que eu quero abordar hoje, eu queria dizer que a nossa próxima reunião do Grupo Interinstitucional da Cracolândia ocorrerá no dia 1º de setembro, às dez da manhã, na Câmara de vereadores aqui da Capital.

Como eu já expliquei inúmeras vezes, essa reunião iniciou ocorrendo na Câmara; por força do recesso, como a Câmara fica fechada no mês de julho, duas reuniões ocorreram aqui na Assembleia, mas, agora, elas voltam a acontecer na Câmara, tá?

Então, todos que estão acompanhando os debates desse tema, saibam que o nosso próximo encontro será no próximo dia 1º de setembro, às dez horas, na Câmara de vereadores aqui da Capital.

Eu queria, Sr. Presidente, fazer um alerta com relação às eleições. Por óbvio, não trarei debate eleitoral aqui para o plenário, nem para a tribuna, mas eu estou muito preocupada, porque existe, por parte do grupo da sociedade que se declara como “direita”, um sentimento de negação. Negação: negação das pesquisas, negação das críticas, negação dos indícios, negação de tudo.

Então, um discurso muito forte no sentido de que o presidente Bolsonaro já está eleito; em alguns núcleos, um discurso muito forte de que o presidente estaria eleito no primeiro turno.

Para que essa análise tenha algum fundamento, vem acompanhada do discurso de que todas as pesquisas que mostram o contrário seriam fraudadas e de que, se algum resultado diferente se verificar, isso seria em decorrência de uma possível fraude.

Eu sou uma defensora da liberdade de expressão, de pensamento, de manifestação, religiosa. Eu penso que todo o meu proceder aqui nesta Casa já evidenciou isso; meus escritos como professora universitária, idem; as minhas participações em julgamentos conhecidos nacionalmente, idem. Porém, essa insistência em um discurso que não tem respaldo na realidade pode trazer um prejuízo muito grande para o País.

Por quê? Porque muitos quadros do Poder Legislativo, hoje, muitos deputados que defendem as bandeiras, por exemplo, que eu defendo - proteção da vida desde a concepção, combate à ideia de se legalizarem as drogas, proteção da infância de ensinamentos precoces em termos de vida sexual, liberdades individuais - muitos dos deputados, hoje, que defendem essas bandeiras estão se lançando em disputas por cargos majoritários.

Eu não estou falando exclusivamente de São Paulo, tá? Eu venho nas minhas redes sociais, por exemplo, apontando o caso de Goiás, o caso da Bahia, mas isso está acontecendo em vários estados da Federação.

São quadros importantes no Poder Legislativo, são quadros que vêm sendo apoiados pelo presidente Bolsonaro ou para concorrerem ao Governo do Estado ou para concorrerem ao Senado, quadros que as pesquisas indicam que não têm nenhuma chance.

A preocupação que eu trago aqui é a seguinte: se esses quadros insistirem em concorrer por vagas majoritárias que se mostram praticamente impossíveis de serem alcançadas e não concorrerem por sua própria reeleição à Câmara - eu vou falar uma frase que vai incomodar muita gente, mas é necessário falar - na hipótese de o ex-presidente Lula ganhar, nós não teremos resistência no Congresso Nacional. Nós não teremos resistência.

Independentemente de linha ideológica... Não quero desrespeitar ninguém. Acabou o colega do PT de passar por aqui e assinar a lista. Eu não quero aqui desrespeitar ninguém, mas, independentemente de linha ideológica, nós sabemos quais são as bandeiras, nós sabemos quais são as ações propostas no Supremo.

Cito uma: legalização total e irrestrita do aborto. Se esses deputados que hoje são a resistência estão abrindo mão de buscar a reeleição para buscar cargos que lhes são impossíveis, como é que vai ser defendida essa lista, essa gama de valores pelos quais nós tanto lutamos?

As pesquisas podem não ser absolutas, mas elas são um indicativo. Aliás, são várias. Então nós vamos ignorar a realidade, nos apegar a um discurso e abrir mão de nos preparar para formar uma resistência aos retrocessos que podem, sim, se abater sobre o nosso País?

E eu vou dizer para os senhores, digo respeitosamente, até um tempo atrás eu só estava preocupada com o Brasil. Eu já começo a ficar preocupada com São Paulo, porque a liderança da esquerda em São Paulo está se repetindo em todas as pesquisas. Algo que eu confesso aos senhores que eu nunca imaginei.

“As pesquisas estão todas compradas, são todas fraudulentas”. Não tenho como dizer nem sim e nem não, mas entendo que não é responsável negar a realidade que está sendo dada. Eu peço encarecidamente que quem efetivamente defende a vida, defende a infância, defende a família, defende as liberdades, repense se é o caso de obedecer ao presidente Bolsonaro de maneira tão cega.

É isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado, Sra. Deputada. Próximo deputado, deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem.

 

A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Haja vista que não há colegas para fazerem uso da palavra, havendo acordo de lideranças, eu rogo à V. Exa. o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental, Sra. Deputada. Muito obrigado.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Sem Ordem do Dia novamente, Janaina. Sem Ordem do Dia.

Vamos lá, está levantada a sessão. Obrigado a todos.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 32 minutos.

 

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