28 DE OUTUBRO DE 2022
126ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CORONEL TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Faz coro aos pronunciamentos dos deputados Coronel Telhada e
Conte Lopes.
6 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Parabeniza os funcionários públicos pelo Dia do Servidor
Público, comemorado hoje.
8 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - CONTE LOPES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
10 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Ressalta a importância das eleições. Convoca
os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 03/11, à hora regimental, sem
Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Imediatamente inicio a leitura dos
oradores inscritos no Pequeno Expediente, que dou por aberto neste momento,
chamando à tribuna o nobre deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Janaina Paschoal. Sigo na
Presidência, não farei uso da palavra. Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado
Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, olha, estou pedindo a convocação, na Comissão
de Educação da Assembleia Legislativa, do secretário estadual de Educação,
estou pedindo também a convocação do prefeito de São José dos Campos e do
secretário de Educação também de São José dos Campos, por conta de um atentado
contra a Educação.
Eles querem
municipalizar escolas da Rede Estadual de Ensino. Estão voltando aos anos 90,
com a famigerada, falida, perversa e cruel municipalização praticamente
compulsória que ocorreu em uma das piores gestões da Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo, que foi na época da ex-secretária Rose Neubauer, que só
perde para o nefasto governo, para a nefasta gestão do Rossieli Soares.
Eles
implantaram quase que uma municipalização compulsória nos anos 90, durante a
gestão dessa secretária que arruinou também, inclusive, a carreira do
Magistério, como fez depois o Rossieli Soares.
Eles querem
municipalizar 17 escolas de São José dos Campos. Olha só, o estado querendo se
livrar das escolas, querendo empurrar as escolas. Na verdade, é o financiamento
que está em jogo.
O estado, para
se desresponsabilizar com o financiamento das escolas estaduais, ele vai
empurrando, forçando os municípios a fazerem os convênios. Isso se mostrou
extremamente perverso.
Eu conheço
prefeitos que já me disseram: “Olha, deputado Giannazi, eu me arrependi de ter
municipalizado; eu quero inclusive devolver as escolas para o estado, porque
não tenho condições de financiar o funcionamento dessas escolas, porque meu
município não tem arrecadação”. E não é à toa.
Os deputados
sabem, aqui na Assembleia Legislativa, que todos os anos nós encaminhamos
emendas para os prefeitos. Os prefeitos estão peregrinando o tempo todo aqui
pela Assembleia Legislativa -
num bom sentido - buscando emendas, porque os orçamentos de seus respectivos
Municípios são orçamentos insuficientes para gerir a máquina pública municipal.
E agora o
Estado vai jogar a responsabilidade para o Município, entregando 17 escolas
para o Município, sendo que o município de São José dos Campos não atende
adequadamente a demanda da Educação infantil, que é a função dele primeiro. Tem
várias creches terceirizadas, um absurdo isso!
Então, nós
estamos fazendo essa convocação já a partir de hoje: secretário estadual de
Educação; Secretaria de São José dos Campos será convocada; vamos convocar o
prefeito para ele explicar o que está acontecendo. Mas não é só isso, eu estou
acionando também o Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo e o Ministério
Público Estadual contra essa medida.
E faço um apelo
aqui aos vereadores, porque olha: o prefeito já encaminhou o projeto de lei, o
Projeto nº 347. Tenho aqui em mãos, eu li e achei um absurdo. Projeto nº 347
que será debatido na Câmara Municipal. Ele autoriza o convênio, o Município só
faz se quer também. Logicamente que o Estado quer se livrar das escolas, ele
vai empurrando para os Municípios.
Agora, se o
Município aceitar, se o Município aprovar o convênio na Câmara Municipal, será
feita a municipalização. E com isso, os alunos perdem, os professores perdem,
os funcionários perdem, a cidade perde, porque quem tem dinheiro é o Estado.
Nós vamos
aprovar um orçamento de 300 bilhões de reais. Os Municípios vivem de repasses,
vivem com grandes dificuldades de repasses do governo estadual, do governo
federal e das nossas emendas parlamentares, porque arrecadação é difícil para
os Municípios.
Então, fica
aqui a nossa indignação, o nosso pedido, mas, sobretudo, eu digo o seguinte: eu
quero fazer um apelo aos vereadores da Câmara Municipal de São José dos Campos
para que rejeitem categoricamente esse Projeto de Lei nº 347, porque é um
projeto que atenta contra a Educação da cidade e do estado de São
Paulo.
Então, o
vereador que votar a favor desse projeto está traindo a Educação Pública,
traindo a comunidade escolar - os alunos, os pais de alunos - e traindo,
sobretudo, o Magistério e os funcionários.
Porque esses
professores serão todos dizimados da rede, haverá desemprego em massa, não só
de professores, mas de funcionários que ficarão adidos, inclusive, muitos
deles.
É um absurdo,
os professores de categoria “O” dessas escolas ficarão desempregados. É um
ataque cruel. Final do Governo, final da xepa, o Governo do PSDB não perde a
pose gente, agora voltou com uma medida já totalmente inviabilizada dos anos
90. Que retrocesso!
PSDB, mesmo
estando historicamente sepultado, acabou o tucanistão no Brasil, mas eles não
perdem a pose. Eles vão morrer privatizando, terceirizando e municipalizando.
Mas nós vamos
reagir à altura. Então, vereadores votem contra, porque vereador que votar a
favor desse projeto aí em São José dos Campos estará traindo a Educação
Pública.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos,
chamando à tribuna a nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Major
Mecca. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado
Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Coronel
Telhada.
Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CORONEL TELHADA - PP -
Muito obrigado, Sra. Presidente.
Senhores deputados, assessores, funcionários aqui presentes no plenário, Sras.
e Srs. Policiais Militares e Policiais Civis, a todos que nos assistem pela
rede Alesp.
Nossa fala de
hoje: é uma sexta-feira dia 28. Vinte e oito de outubro. Estamos às vésperas da
eleição no próximo domingo. Não sei se vocês têm visto na rede social - estava
falando há pouco com o Capitão Conte Lopes - o desespero da bandidagem na
periferia vai colocando faixa que ninguém pode votar no Bolsonaro, ninguém pode
votar no Tarcísio.
Vídeos, não é,
Conte, do pessoal oprimindo a população, exigindo que a população vote no
candidato do PT. Quer dizer, é desespero de causa. É por isso que eu falo que é
uma luta do bem contra o mal.
Quer queira,
quer não, a realidade é essa, é a luta de quem votar em quem quer bandido na
cadeia e votar em quem gosta de bandido. A realidade é simples assim. Ou você
escolhe um lado, ou escolhe o outro.
Nós temos o
nosso lado bem definido: somos pela família, somos pela legalidade, somos por
bandido na cadeia, somos contra o aborto, contra a ideologia de gênero. Simples
assim. É um lado ou o outro. Depois que a população tomar essa decisão, se
optarem pelo lado errado, não venham depois cobrar atitude nossa.
Nós estamos
todos os dias aqui nos posicionando e falando o que nós pensamos. Então a população
tem que assumir a postura de votar em quem cuida das pessoas, em quem cuida das
famílias.
Se nós acharmos
normal um ex-presidiário condenado em segunda instância. “Ah, mas foi
desfeito”. Mas ele não está inocentado, ele continua respondendo. Inúmeras falcatruas,
inúmeros crimes praticados.
Se nós acharmos
normal que uma pessoa saia da cadeia e dispute a eleição para a Presidência da
República, eu não acho normal. Eu acho um absurdo. É um sacrilégio, é uma
violência para o Brasil o que está acontecendo com esse candidato
ex-presidiário. Jamais deveria ser candidato.
Mas, enfim,
vamos falar do nosso fato aqui. Hoje nós estivemos pela manhã em Osasco, no 2º
Batalhão de Polícia do Exército, participando da formatura de novos militares
que se formaram no curso de policial do Exército, a convite do comandante do 2º
BPE, o coronel Cardoso, a quem eu mando um abraço, ao coronel Cardoso, e a
todos os oficiais de praças do 2º Batalhão de Polícia do Exército.
Nós temos
algumas fotos aí onde participamos da solenidade. Também estava o coronel
Barbosa, que foi comandante da unidade. Também estava o coronel Marcelo
Resende, comandante do 8º Batalhão de Polícia do Exército, que é aqui próximo
ao QG, aqui no Ibirapuera também. Pode colocar outras fotos, por favor. Temos
mais fotos aí? Pode colocar por favor.
* * *
- É exibida a
fotografia.
* * *
Essa foto: nós
estávamos indo para o palanque. Tem as fotos aí com as motocicletas, uma tropa
em forma. Pode colocar mais fotos, por favor. Aí a tropa, o pelotão de escolta
com as motocicletas Harley-Davidson, não é?
E na última
foto aí nós estamos com o comandante, o coronel Cardoso, e também o coronel que
foi homenageado lá, um coronel já na reserva. Parabéns a todos os que
participaram. Parabéns a todos os homens e mulheres do 2º BPE.
Estamos aqui,
mais uma vez, para lamentar a morte de um policial militar, do
primeiro-sargento Rodrigo Casemiro Moreno de Jesus, jovem, primeiro-sargento
ainda, 36 anos e já era primeiro-sargento da Polícia Militar.
Rodrigo
Casemiro Moreno de Jesus estava na corporação desde 2009, estava servindo no 52
Batalhão de Polícia Militar do interior, um homem casado, deixou dois filhos.
Faleceu em um acidente de motocicleta, quando bateu em um ônibus. Não resistiu
aos ferimentos e faleceu.
O acidente
ainda está sendo investigado, mas a realidade é que nós perdemos o
primeiro-sargento Rodrigo Casemiro Moreno de Jesus. Aqui nós mandamos os nossos
pêsames, os nossos sentimentos a toda a família, a todos os colegas do 52
Batalhão de Polícia Militar do Interior e a toda a nossa querida Polícia
Militar.
É uma grande
perda para a Polícia Militar. Hoje, dia 28 de outubro, para quem não sabe, é o
dia da engenharia aeronáutica, uma ação, uma missão, uma carreira muito
importante, não só na defesa, como na guerra também, na melhoria da nossa
aviação. Parabéns a todos os engenheiros da Força Aérea Brasileira.
E hoje também,
para quem curte esporte, para quem gosta de lutar, arte marcial, é o Dia
Mundial do Judô. Dia Mundial do Judô. Eu quero aqui parabenizar, em nome de um
colega de turma, o coronel Marin, o coronel Antônio Marin, da minha turma, é
faixa preta em judô.
Salvo engano,
acho que o deputado Altair, salvo engano, ele é faixa preta em judô, não é
isso? Acho que o Altair também é faixa preta em judô. Está aí hoje o Dia
Mundial do Judô, dia 28 de outubro.
Para encerrar,
Sra. Presidente, quero parabenizar os municípios que aniversariam na data de
hoje, dia 28 de outubro. São os municípios de Novo Horizonte, Sandovalina, São
Simão e Ubatuba. Um abraço a todos os amigos e amigas dessas cidades.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos
chamando à tribuna o nobre deputado Conte Lopes. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, aqui nesta tribuna,
sexta-feira, antevéspera da eleição, aqui o deputado fala e aqui a gente faz as
nossas cobranças.
A gente está
sendo procurado pela população da periferia de São Paulo, do litoral, do interior
a respeito do crime organizado, do PCC da vida, que estavam colocando faixas
nas comunidades, dizendo para respeitar a favela, que lá não é lugar de
Bolsonaro e nem de Tarcísio.
Tudo bem a
faixa. Fora a faixa, os criminosos estão se reunindo com a comunidade
ameaçando, falando quem é o candidato que eles apoiam e obviamente atacando o
outro candidato, que é aqui do nosso partido, Bolsonaro e o Tarcísio de
Freitas, ameaçando as pessoas. Essa é a minha colocação. Eu não estou fazendo
aqui politicagem. Estou falando a verdade.
Eu acho que
tinha que se tomar alguma providência. Onde que um cara pode reunir a
comunidade e falar “aqui quem manda somos nós, é o crime, é o crime que manda,
nós temos arma, nós mandamos. Não eles do Exército, Polícia; aqui nós mandamos
e nós queremos isso. E se não acontecer, vai ter que resolver comigo”.
Falei até isso
dias atrás. O candidato do PTB a governador, no Paraisópolis, ali onde a equipe
do Tarcísio foi atacada e acabou morrendo um bandido, ele foi levado para lá
junto com um professor pelos bandidos. “Aqui você não faz campanha aqui, não.
Aqui você não faz campanha”. “Mas nasci aqui, eu sou da comunidade”. Só não
morreu por isso.
Então, eu
queria cobrar da Polícia Militar, da Polícia Civil, das guardas municipais
também do interior para que protejam a população, porque esses caras são uns
covardes, são uns cagões, eles atacam quem não tem força, mas na hora em que
eles virem a Polícia mesmo, eles vão mudar. Parece que já tem alguns sendo
presos. Então é importante que se prenda esse pessoal e principalmente que se
se vá para esses locais da periferia.
A gente está
vendo isso desde o início da campanha, cobrando, mas parece que até os
candidatos têm medo de ir para esses locais. Mas não pode ter um comando
paralelo, um governo paralelo aqui em São Paulo, pelo menos.
É necessário
que a Polícia haja. Então, quero cobrar aqui da Rocam, cobrar da Polícia
Militar, do delegado-geral, Tonico, para que realmente dê uma força aí nesses
locais. Já tem bandido sendo preso aí no 73, aí no Jaçanã, mas está em todo
lugar isso aí. E quando que vai acabar com isso? O crime vai prevalecer? É o
crime que escolhe os candidatos?
Eu estou
falando da segurança da população, nem estou falando, se apoia, não apoia, não
é esse o meu problema. Agora, o cidadão não poder ir votar, ou ele tem medo de
ir votar e vai ser descoberto quando o bandido falar para ele “eu vou saber em
quem você votou porque tenho acesso às urnas?”
Não tem, minha
gente, não entre nesse papo furado, você que é mais simples, você vota em quem
você quiser, você vota em quem você quiser, mas só que o cara fica com medo. O
cara tem mulher, tem filhos, tem filhas, ele fica aterrorizado.
Então acho que
é o momento de se fazer alguma coisa. É bom colocar aqui, Coronel Telhada, e
nossa presidente, Janaina Paschoal, que o Supremo Tribunal Eleitoral nos
proibiu, nós policiais, tanto os veteranos como eu e os novos de votar armado.
Não pode. É bom
colocar, Sr. Alexandre de Moraes, que a arma é a ferramenta de trabalho do
policial. Não é enfeite, é a ferramenta.
Na última
eleição, Sra. Presidente, Alexandre de Moraes, dois policiais foram baleados na
porta da escola, na zona sul, a mando do crime organizado. Um, como disse o
Coronel Telhada, ainda está internado gravemente. Os dois foram baleados a
serviço, estavam fardados lá, trabalhando. Chegaram os bandidos e meteram bala.
Então é
importante, Sra. Presidente, que se cobre do Supremo Tribunal Federal, que eles
também dessem essa mesma ordem que dão para nós, para andarmos desarmados e de
peito aberto, os policiais, para mandar para os bandidos.
Alexandre de
Moraes, mande para os bandidos uma lei também para que eles cumpram isso, para
que eles não andem armados também no dia da eleição. Não é só policial que tem
que andar desarmado, mande os bandidos.
Não, não estou
desafiando ninguém, senão eles prendem a gente. Só igualdade de condições. Se o
policial não pode andar armado, nem o da ativa, nem o da reserva, nem o
aposentado, então que pelo menos mande uma ordem para o bandido também não
andar armado. Talvez eles cumpram.
Obrigado, Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado, a manifestação de V. Exa., do deputado Telhada
também, relativamente à liberdade das pessoas escolherem seus candidatos. É
muito importante.
Realmente, muitas pessoas estão com
medo de manifestar a sua preferência, de colocar um adesivo no seu carro, de
colocar identificação de quem é a sua escolha. Então essa preocupação é
legítima.
É interessante, quando nós debatemos
voto distrital, esse temor de interferências, de controle maior vem à tona
nesse debate. Então fica aqui também registrada, respeitosamente, a minha
divergência com relação ao TSE nessa orientação de que os policiais estejam
desarmados, porque pode haver um conflito e um homem treinado, uma mulher
treinada pode se revelar essencial para evitar que o conflito, vamos dizer
assim, se agrave ou até para tomar uma providência ali, diante de uma situação.
Compreendo os argumentos, mas tomo a
liberdade de divergir. Entendo que se há pessoas, agentes do Estado, homens e
mulheres treinados, capacitados para evitarem ataques, evitarem conflitos, não
tem sentido que nós deixemos de aproveitar essa mão de obra, vamos dizer assim,
capacitada, técnica, em um dia que será tenso para todos nós. Já falei sobre
isso ontem e reitero hoje. Então concordo com as observações de V. Exas.,
independentemente de quaisquer preferências ideológicas ou cores partidárias.
Sigo com a lista dos oradores inscritos
chamando à tribuna o nobre deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado Caio
França. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.)
Encerrada a lista principal dos
oradores inscritos no Pequeno Expediente, abro a Lista Suplementar chamando à
tribuna o nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Novamente o deputado Carlos
Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e
telespectador da TV Alesp, de volta à tribuna no dia de hoje, eu não posso
deixar de registrar, na verdade, dizer o quanto o governador Rodrigo Garcia é
covarde.
Ele anunciou
agora que vai garantir a gratuidade no transporte público no dia da eleição.
Ele tinha resistido até um momento atrás. Agora tem uma decisão judicial
obrigando, então ele recuou e está dizendo agora que é mérito dele, é uma
dádiva dele.
Não. Ele se
acovardou para beneficiar, na verdade, nós sabemos o que estava por trás disso,
tanto o prefeito de São Paulo tentou impedir a gratuidade como ele também, para
que os mais pobres não fossem votar, para dificultar o acesso às urnas
eletrônicas das pessoas mais pobres, sem condições de pagar o transporte
público, porque esse eleitorado não vai votar no Bolsonaro, não vai votar no Tarcísio,
então era a forma de sabotar esse tipo de voto.
Nós fomos ao
Ministério Público, à Defensoria Pública, entramos com representações, nosso
mandato também foi, vários outros mandatos fizeram isso, mas o meu mandato
também entrou com representação.
Agora, através
de uma ação judicial, ele teve que ceder, ele foi obrigado a ceder. o Rodrigo
Garcia se acovardou todo esse tempo, agora é decisão judicial e tem que
cumprir. Por isso que as catracas do Metrô, da CPTM e dos ônibus da EMTU
estarão liberadas no dia da eleição, foi uma conquista do povo do estado de São
Paulo.
Não é uma
dádiva, não é um presente dele, porque ele disse que teria custos, enfim, é o
governante cabeça de planilha. O povo não cabe na planilha dele, né? Mas ele
foi obrigado a ceder, e com isso, no domingo, o Metrô será gratuito, a CPTM, os
ônibus da EMTU.
E aqui em São
Paulo também nós conseguimos, nós entramos com uma ação aqui também em São
Paulo para conseguir. Então o prefeito Ricardo Nunes, que também está apoiando
o Bolsonaro e o Tarcísio, teve que recuar.
Quero ainda
dizer que chegou agora, hoje foi protocolado aqui na Assembleia Legislativa, o
Projeto de lei nº 608, que trata da gratuidade no transporte público para
pessoas idosas de 60 a 75 anos, que o Doria/Rodrigo Garcia tinha retirado agora
durante a aprovação de todas essas maldades feitas por anos, sobretudo a
Reforma Administrativa foi uma delas, o PL 259, a reforma da Previdência, a lei
que prejudicou uma boa parte da população, a lei dos precatórios. E eles, nesse
momento de ataques ao povo do estado de São Paulo, o governo retirou essa
gratuidade, que existia já há muito tempo aqui no nosso Estado.
E agora, depois
de muita pressão, de muita luta, de muitas denúncias, ele foi obrigado a enviar
o projeto de lei no dia de hoje. É o Projeto de lei nº 608, que nós queremos
votar imediatamente, o mais rápido possível. Tem um PDL muito importante aqui
da deputada Edna Macedo, que tem a ver com esse tema, que revoga o decreto em
que ele extinguiu essa gratuidade.
Eu tinha entrado
na época com uma representação no Ministério Público Estadual também contra
essa medida, mas hoje ele protocolou o projeto. O projeto está aqui na
Assembleia Legislativa, e nós temos que votar em caráter de extrema urgência
esse projeto.
E também achei
estranho, deputado Conte Lopes, que o Rodrigo Garcia, o governador, não
sancionou ainda o PLC 43, que acaba com o confisco das aposentadorias e
pensões. Ele já recebeu o autógrafo, foi feito o autógrafo, ele já recebeu,
está na mesa dele e ele não sancionou a lei.
Pensei que
fosse fazer hoje, Dia do Funcionário Público Estadual. E eu quero saudar todos
os servidores do estado de São Paulo e compartilhar com todos essa conquista
que nós tivemos aqui na Assembleia Legislativa de acabar com o confisco das aposentadorias
e pensões agora na última terça-feira.
Foi uma luta
importante que durou dois anos. Mas ele não sancionou ainda. Poderia sancionar
hoje, fazer um gesto, né? Espero que faça ainda durante o dia, para que a
publicação seja feita amanhã no Diário Oficial. E por fim, é meu último
pronunciamento hoje, meu último pronunciamento, deputado Conte Lopes, deputada
Janaina Paschoal, porque depois nós vamos ter...
Digo, é o meu
último pronunciamento antes da eleição, antes de domingo. E nós, logicamente,
entendemos que essa eleição é a eleição mais importante da história recente do
Brasil. Ela vai definir os rumos do nosso País. Nós estamos vivendo uma eleição
que é a seguinte: a democracia contra a barbárie.
De um lado, nós
temos as pessoas defendendo a Educação, o SUS, a vacina, o meio ambiente, o
emprego, a valorização do salário mínimo, das aposentadorias e pensões, do
processo civilizatório, da soberania nacional, do pensamento crítico, da
educação libertadora, da educação libertária. Nós defendemos também o pleno
funcionamento das instituições.
E do outro
lado, nós temos a barbárie, que é o atual governo. Que é o governo do
negacionismo, é o governo do obscurantismo, é o governo que defende ditadura
militar, que defende tortura.
Um governo que
tem simpatia, ou que tem proximidade, eu diria que é um governo que tem
políticas, muitas vezes, homofóbicas, machistas e racistas também, é o governo
da destruição nacional. É o governo que destrói o meio ambiente. Olha o que
está acontecendo na Amazônia. A Amazônia está sendo destruída.
É o governo que
atenta contra a Ciência, que está estrangulando as nossas universidades
públicas. As universidades federais não têm mais dinheiro nem para comprar
papel higiênico, nem para pagar a conta de luz e de água. Os nossos institutos
de pesquisa, os nossos Institutos Federais de ensino também estão na mesma
situação.
É corrupção no
MEC, corrupção da vacina, o ladrão da vacina, o ladrão da Educação. É sigilo de
100 anos para tudo no governo federal. É destruição é manipulação dos nossos
órgãos de controle.
Principalmente
na área ambiental: destruição do Ibama, destruição do Instituto Chico Mendes,
destruição de uma parte da Polícia Federal. Instrumentalização, na verdade, da
Polícia Federal.
São vários
escândalos. Não é possível que o povo brasileiro não tenha percebido. É fake
news de todos os lados, é mentira. Todos os governos têm uma política de
estado. Eu lembro: na ditadura militar, a política do governo militar era a
tortura.
A tortura virou
uma política do estado brasileiro. No governo Fernando Henrique, foram as
privatizações. Nos governos Lula e Dilma, a inclusão. Nesse governo, do
Bolsonaro, a política de estado é a mentira, é fake news, é o gabinete do ódio.
Mas eu tenho
certeza de que o povo brasileiro vai saber entender isso e vai votar
corretamente, tanto em nível nacional, quanto em São Paulo também, porque aqui
tem o preposto do protofascismo, do protofascismo no estado de São Paulo,
disputando também a eleição, que é um forasteiro, que é um fantoche dessa
extrema direita aqui em São Paulo.
Então o povo de
São Paulo também não vai aceitar isso, e vai eleger corretamente uma pessoa
para continuar defendendo o processo civilizatório e a democracia no estado de
São Paulo.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Eu até
aproveito para cumprimentar os funcionários públicos. Hoje é Dia do Funcionário
Público.
Houve uma troca no calendário da Casa.
No lugar da suspensão dos trabalhos na data da hoje, o que é a tradição, a
transferência - vamos dizer assim - do feriado do Dia do Funcionário Público
foi feita para a próxima segunda-feira. Mas fica aqui o registro dos nossos
parabéns a todos os funcionários públicos do estado de São Paulo, e também do
Brasil.
Seguindo com a lista dos oradores
inscritos, de forma suplementar, chamo à tribuna o Sr. Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) E novamente, o nobre deputado Conte Lopes, que terá o prazo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, parabéns também aos
funcionários públicos pelo seu dia.
Mas eu queria
contrariar um pouco as colocações do nobre deputado Carlos Giannazi. Os pobres
que vão gratuitamente às urnas, nem todos votam no PT. Não está escrito que
pobre vota no PT. Tem um monte de rico votando no Lula. Um monte de rico.
Banqueiros,
vejo um monte de carro bonito com as placas do Lula. Estudantes da USP, da PUC,
todos ricos, filho de rico, tudo Lula. Filho de milionário. Alguns, até amigos
nossos, por incrível que pareça. Vai fazer o quê? É da vida.
Um exemplo. Eu,
nobre deputada presidente, salvei Abilio Diniz do sequestro, quando ele estava
enterrado a 10 metros de profundidade. Eu estava lá. Eu era deputado, e
acompanhei a prisão dos bandidos. Ajudei a prender os bandidos. Eu estava lá.
O Lula soltou
os meninos. O Lula soltou os meninos. “Dez brasileiros”. Não, Lula. Não eram 10
brasileiros não. Brasileiro, era só um. Eram 11 mesmo. Mas os 10 eram chilenos,
canadenses e argentinos, todos terroristas, seu Lula.
Ah, estou
mentindo? Não, não estava. Estava lá comigo o Oscar Matsuo, investigador.
Faleceu o Oscar Matsuo. Estava o Ubiratan Guimarães, também já faleceu.
Estava o
Mascarenhas. Está vivo, graças a Deus. Dr. Silveira, que também deve estar
vivo. Fomos buscar Dom Paulo Evaristo Arns, uma exigência dos sequestradores,
que pediram Dom Paulo lá. E nós fomos buscar. Dom Paulo já morreu. Vivo, Sra.
Presidente, só estamos eu e o Lula, eu acho; e alguns outros.
O Lula está
ruim também, hein. E o Geraldo está torcendo. Olha, tomem cuidado, hein, para
vocês não votarem “a” e elegerem “b”, igual fizeram com o Bruno Covas. Desculpe
a colocação, mas foi.
O moço estava
totalmente ruim; fizeram, e coitado. Daí o Ricardo assumiu. Então, o Geraldo
está lá esperando, né. Mas eu estou falando um fato: um monte de gente já foi,
só estamos sobrando eu e o Lula aí.
Eu também não
estou muito bem, mas ele está pior que eu, ainda. Então, fica aí. Eu não sei
por que essa briga. “Ah, são os pobres...”. O pobre vota em quem quiser. É o
que eu estou dizendo: eu não venho aqui fazer politicagem em cima de ninguém.
Acho errado bandido estar atacando a favela e defendendo o Lula e o candidato a
governador Haddad. Aí eu sou contrário. Não falei isso, agora estou falando.
Bandido não
pode falar “meu candidato é Lula”, como está falando aí, pressionando a
população. Isso não pode, isso é errado. E a polícia tem que agir. Quanto a
isso, eu exijo, como deputado, que se faça alguma coisa. Cidadão vota em quem
quiser. É rico, quer votar no Lula, que vote; é da USP, intelectualizado, quer
votar, vote. É problema dele. Cada um vota em quem quiser, certo? É problema de
cada um.
Agora, não pode
é o bandido colocar a favela e falar “aqui não, aqui quem manda sou eu, não
entra nem Bolsonaro nem Tarcísio”. Nem candidatos deles, como nós, que sempre
combatemos o crime, em defesa da Rota.
E sempre defendemos
os pobres da periferia. Eu sempre, na Rota; sempre foi. É só pegar minha
história. Pega o livro do Caco Barcellos, que ele escreveu, o “Rota 66”, que
tem um capítulo especial para mim, o deputado matador, que eu respondi para ele
em todas as minhas ocorrências, que eu fiz.
Não tenho medo
de ninguém, não. Nunca tive. Nem de bandido. Nunca tive. É uma pena que os
governos que chegaram depois, todos eles afrouxaram, por isso está como está.
Eu espero que se mude, sim, a partir de domingo. Agora, se você quer votar em
cara que protege bandido, vote; o problema é seu. Só que depois não vem me
encher o saco aqui, pedir socorro.
Não vem pedir
socorro para a gente. Aceita, meu. Aceitem o que vem para vocês. Aceita. Cada
um escolhe o que quiser. Agora, não; é engraçado que vai para o lado de lá,
depois vem para o lado de cá. “Minha mulher, minha filha, estão querendo
estuprar, fizeram...”. Ah, que é isso? Que isso, nobre deputada?
Eu recebi
psicóloga aqui no meu gabinete, loirinha, bonitinha, com um capacete embaixo do
braço: “capitão, nem Deus pode me ajudar, só o senhor”. Falei: “o que foi?”. “É
que eu ia à cadeia, com a minha amiga, visitar o namorado dela, que era
bandido, aí lá eu conheci um bandido também, um cara envolvido”. “E aí?”. “Só
que ele saiu da cadeia, e eu moro com o meu filho em Guarulhos. O meu filho tem
oito anos, nove anos. E ele chegou lá na minha casa com fuzil, com granada”.
Quer dizer,
para namorar, o cara levou vantagem, para tomar um ferro, vem para cima de mim,
né? Estou mentindo? Procura o Dr. Edson Santi... se eu estou mentindo. Com o
Dr. Edson Santi, nós fomos buscar o bandido, e prendemos. Um tal de Timba, nós
prendemos. Então, eu não minto, não; falo a verdade. Prendemos. Fomos buscar o
cara.
Sabe o que o
cara fez, o seu Timba? Atacou o 45o DP, bateu no delegado, bateu na
escrivã, que era mulher do delegado, matou um sargento da Rota - cujo nome,
pelo tempo, esqueci agora -, arrancou a perna de um outro soldado.
Eu fui ao
“Ratinho” para arrumar uma perna para o soldado. Fui ao “Ratinho” lá para
arrumar, porque o governo não arrumou. Nós arrumamos no “Ratinho” uma perna
para o soldado, que tomou tiro de fuzil e perdeu a perna. Então, essa é a
grande verdade.
Então, não é
assim a coisa - “pobre vota no Lula e não vota no Bolsonaro”. Não é assim a
coisa. Pobre vota em quem ele quiser. Agora, ele tem o direito de votar. Não
pode é o bandido ir lá e forçá-lo a votar em quem ele quiser.
Eu não gosto de
entrar nessa discussão porque isso não leva a nada, só que eu estou colocando
aqui coisas concretas. Querem apoiar bandido? Apoiem, mas depois não venham
atrás de nós. Só isso.
Obrigado, Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois não,
deputado.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Havendo acordo entre
os deputados, para levantar a
sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Perfeito. É
regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças,
esta Presidência, ates de dar por levantados os nossos trabalhos, convoca V.
Exas. para a sessão ordinária da próxima quinta-feira, à hora regimental, sem
Ordem do Dia.
Reitero aqui os votos de que tenhamos
eleições tranquilas, harmoniosas, o pedido de que todos compareçam para fazer
suas escolhas e, se possível, retornem para suas casas, para que nós evitemos
qualquer tipo de conflito, mal-entendido.
Domingo é um dia muito importante. É o
dia de exercer a cidadania na sua plenitude, e queremos encerrar o dia com
muita tranquilidade e com orgulho da democracia brasileira.
Muito obrigada a todos. Uma boa tarde,
um bom final de semana, boas eleições.
Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 46 minutos.
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