28 DE FEVEREIRO DE 2023

17ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidência: CARLOS GIANNAZI, MAJOR MECCA, DIRCEU DALBEN e CARLÃO PIGNATARI

 

RESUMO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

2 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

3 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência.

 

4 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

5 - DR. RAUL

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

6 - DIRCEU DALBEN

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

7 - PAULO LULA FIORILO

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

8 - DIRCEU DALBEN

Assume a Presidência.

 

9 - MAJOR MECCA

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

10 - BARROS MUNHOZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

 

11 - MAJOR MECCA

Assume a Presidência. Endossa o pronunciamento do deputado Barros Munhoz. Presta condolências ao povo de Itapira em razão do falecimento do professor José de Oliveira Barretto Sobrinho.

 

12 - BARROS MUNHOZ

Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.

 

13 - PRESIDENTE MAJOR MECCA

Defere o pedido e suspende a sessão às 14h53min.

 

ORDEM DO DIA

14 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h35min. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados os requerimentos de urgência ao PL 571/22, ao PR 01/23, e ao PL 31/23. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento, da deputada Maria Lúcia Amary, de constituição de comissão de representação, com a finalidade de participar das comemorações do Dia Mundial de Doenças Raras, a realizar-se hoje, em Porto Alegre/RS. Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento, do deputado Gil Diniz, de constituição de comissão de representação, com a finalidade de participar da Conferência Anual de Ação Política Conservadora, a realizar-se de 1° a 8 de março, em Washington, Estados Unidos. Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos do Consumidor, e de Finanças, Orçamento, e Planejamento; as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e de Finanças, Orçamento e Planejamento; as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, e de Transportes e Comunicações; e as Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para reuniões conjuntas a serem realizadas hoje, às 16 horas e 45 minutos.

 

15 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário ao requerimento de urgência ao PL 571/22, em nome do PSOL.

 

16 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

17 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Tece considerações sobre a pauta da sessão.

 

18 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

 

19 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Endossa o pronunciamento do deputado Carlos Giannazi.

 

20 - CARLOS GIANNAZI

Solicita a suspensão da sessão por 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

21 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h41min, reabrindo-a às 17h20min. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão.

 

22 - DELEGADO OLIM

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

23 - PRESIDENTE CARLÃO PIGNATARI

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 01/03, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término desta sessão. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Dando início à lista de oradores no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra deputado Castello Branco. (Pausa.) Com a palavra deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Com a palavra o deputado Tenente Nascimento. (Pausa.)  Com a palavra o deputado Major Mecca, que fará o uso regimental da tribuna.  

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde a todos os deputados e deputadas, a todos os funcionários que nos dão suporte, a todos vocês que nos acompanham pela TV Alesp e pelas redes sociais.

Nós não podemos deixar de trazer à tribuna desta Casa Legislativa o trabalho que está sendo feito no Litoral Norte pelos nossos policiais militares, pelos nossos policiais civis, os policiais técnico-científicos. É de encher de orgulho, todos nós paulistas e paulistanos, o trabalho e o sacrifício desses homens e mulheres.

Eu, pelo menos, me orgulho muito em pertencer à Polícia Militar do Estado de São Paulo, e não posso deixar de trazer à tribuna desta Casa exemplos de dedicação, exemplos de amor ao próximo e de amor à causa pública.

Por gentileza, eu gostaria de que colocasse na grande tela aqui da nossa Assembleia Legislativa, os nossos homens do Corpo de Bombeiros, da Radiopatrulha, trabalhando, salvando vidas e acolhendo famílias.

Infelizmente, muitos perderam sua vida. Está aí o nosso helicóptero Águia – retorne esta foto, por favor – resgatando morador que se encontrava em pontos isolados da Barra do Sahy – pode continuar. E ficam aqui os nossos agradecimentos aos nossos policiais, o aplauso do povo do estado de São Paulo a esses guerreiros da Polícia Militar.

Não é à toa que há quatro anos eu venho a esta tribuna brigar pelos direitos e pelas garantias desses homens e mulheres. Quando eu cheguei lá em São Sebastião, Sras. Deputadas e Srs. Deputados desta nobre Casa, eu conversei com policiais que estavam há 72 horas trabalhando salvando vidas, se sacrificando, buscando se superar, física e psicologicamente, para servir ao próximo.

Aí eu pergunto aos senhores. Sabe quanto ganha de hora extra um policial, quando está em uma situação como essa? Zero reais, porque ele não tem hora extra. Sabe quanto eles ganham de adicional noturno? Zero reais, porque eles não têm adicional noturno.

Pasmem, se um policial, exercendo a sua atividade, se machucar, Dr. Raul, ele vai permanecer afastado e o salário dele vai diminuir. E é contra esses absurdos que nós estamos trabalhando aqui na Assembleia Legislativa. Nos últimos quatro anos conseguimos alguma coisa? Nada. Também zero, porque o governo deixou de lado os nossos policiais.

No entanto, neste momento, eu trago ao conhecimento de todos vocês, do povo do estado de São Paulo, que nos ouve, nos acompanha e depositou a sua confiança: 225 mil votos eu tive nessa última eleição.

Eu tenho que trazer a esta tribuna a expectativa desses homens e mulheres que eu acabei de mostrar na tela da Assembleia Legislativa, porque são anseios que eu recebo, manifestações no meu WhatsApp, nas minhas redes sociais, nas ligações que recebo e nas conversas que tenho pessoalmente nas ruas de São Paulo, como tive lá no litoral norte com nossos policiais.

O soldado olha para mim e pergunta: "Chefe, será que agora vamos ter uma valorização digna? Será que nós teremos melhores salários agora?" E eu respondo a todos eles, hoje eu respondo a eles: "Nós teremos sim, porque nós estamos aqui para lutar por isso". Continuaremos envidando todos os nossos esforços, os nossos trabalhos, para que esses homens e mulheres sejam valorizados à altura do trabalho que prestam ao nosso povo.

Eu não poderia deixar de alertar a todos os parlamentares desta Casa, como fiz, como faço, hoje a gente tem portas abertas no governo do estado de São Paulo, ao nosso governador Tarcísio, ao secretário de Segurança Guilherme Derrite. 

Parabéns, secretário. Parabéns comandante da Polícia Militar, coronel Cássio; coronel Freixo, subcomandante. Parabéns ao delegado-geral, Dr. Artur; Dr. Nico, secretário adjunto, pois eu os encontrei lá em São Sebastião. Estavam todos com o pé na lama ao lado dos nossos soldados. Trabalhando ombro a ombro.

E esse trabalho político também tem que ser ombro a ombro, como eu falei na Secretaria de Segurança Pública, a verdadeira mudança somente será concretizada no dia em que um soldado da Polícia Militar assumir o seu turno de serviço no pátio da companhia e um soldado falar para o outro: "A minha vida e a da minha família melhorou". Aí o nosso trabalho estará concluído.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de chamar V. Exa. para presidir esta sessão. Com a palavra o deputado Jorge Lula do Carmo. (Pausa.) Com a palavra a deputada Janaina Paschoal. (Pausa.) E agora passo a palavra para o deputado Major Mecca.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Assumindo a Presidência desta sessão, chamo para fazer uso da tribuna, pelo tempo regimental de cinco minutos, o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, público aqui presente, eu quero, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, repudiar veementemente esse ataque que o governador Tarcísio de Freitas fez hoje ao Ministério Público Estadual. Ministério Público que tem feito um trabalho importante de fiscalização em várias áreas, mas sobretudo nessa área da CPTM em relação à “privataria” tucana das linhas oito e nove.

Eu me refiro aqui às linhas Diamante, que é a oito, e a nove, que é a linha Esmeralda, que todos acompanham pela grande imprensa o desastre da privatização dessas duas linhas em São Paulo.

Ontem, completou um ano da privatização dessas duas linhas e só nesse período nós tivemos mais de 127 irregularidades, atrasos. O tempo todo a imprensa tem mostrado isso. A população fica basicamente abandonada e o Ministério Público está investigando.

Já que a Assembleia Legislativa não investiga, porque a Assembleia é o “puxadinho” do Palácio dos Bandeirantes, eu fiz várias denúncias. Acionei o Ministério Público estadual já lá atrás contra esses atrasos, contra essas irregularidades. Acionei o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e, no entanto, mesmo assim...

E o Ministério Público, corretamente, investigou com profundidade, com dados, e percebeu a gravidade da situação, porque a população está pagando caro por isso, sobretudo dessas duas regiões que são atendidas pelas linhas oito e nove, inclusive uma que eu conheço bastante, que é a linha Esmeralda, que é na minha região de Santo Amaro, Grajaú, Jurubatuba.

Toda aquela região eu conheço bastante e ouço todos os dias reclamações. Já fui lá, já fiz diligências. A situação é grave e o Ministério Público corretamente, além de investigar, defende o fim dessa privatização, porque essa privatização e tantas outras se colocam contra a população.

Aí o governador Tarcísio hoje fez a seguinte declaração contra o Ministério Público estadual, ele disse o seguinte: “O governador do Estado sou eu, o Executivo está aqui. No dia em que você permitir que o Ministério Público governe o estado para você, você está morto”, afirmou o governador. Está hoje aqui na imprensa, aqui no G1; falou hoje isso. Um absurdo!

O Ministério Público não quer governar; o Ministério Público fiscaliza. Ele foi construído, ele foi formado para fiscalizar o Poder Executivo – e o Poder Legislativo também. É a função dele. E o Ministério Público tem cumprido essa função e denunciado exaustivamente – investigado e denunciado – e tomou partido.

O partido é em defesa do povo, do erário público, da população, porque o Ministério Público é o partido do povo; está a serviço da população. Ele fiscaliza o Poder Executivo – repito – já que a Assembleia Legislativa não cumpre esse papel, que deveria fiscalizar.

Nós já pedimos a convocação do presidente da Secretaria de Transportes, mas nada. Nem isso é aprovado aqui na Assembleia Legislativa. Então eu queria fazer aqui esse protesto contra o governador, criticar a fala do governador, que ao invés de ficar do lado da população da periferia da nossa cidade, que sofre, ele prefere ficar do lado da Via Mobilidade.

O que é a Via Mobilidade, pessoal? A Via Mobilidade é um consórcio de empresas ligadas à CCR. A CCR é essa empresa que administra a farra dos pedágios no estado de São Paulo.

É ela que está por detrás da Via Mobilidade, que o governador está defendendo. E tem uma outra empresa também, que é essa RuasInvest Participação, que é a empresa que tem o monopólio aqui na cidade de São Paulo do transporte urbano, dos ônibus.

Então é disso que se trata. O governador saiu em defesa dessas empresas, da privataria tucana. Eu falo que agora não é mais a privataria tucana, Dr. Raul, porque os tucanos praticamente estão historicamente sepultados no estado de São Paulo.

Acabou o tucanistão no nosso Estado. Então agora eu falo que é a privataria bolsotucana, porque o bolsonarismo, que também é privatista, dá sequência à privataria tucana no estado de São Paulo.

Tanto é - para concluir, Sr. Presidente - que hoje o governador anunciou a maior privataria do estado de São Paulo. Vai privatizar através das PPPs – olhe só, eu falei aqui da farra dos pedágios da CCR – e ele anunciou hoje as concessões via PPPs de 1.800 quilômetros de estradas entregues à iniciativa privada.

Isso significa o quê? Pedágios, mais pedágios no estado de São Paulo. Então o PSDB é o tucanistão, ele continua vivo, mas de outra forma agora, dentro do bolsonarismo, que hoje governa o estado de São Paulo. Voltarei à tribuna para continuar falando sobre essa privataria bolso-tucana, que vai arrebentar o estado de São Paulo, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Dando sequência à relação dos oradores inscritos, deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)

Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputada Edna Macedo. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Dr. Raul.

Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos para o uso da palavra.

 

O SR. DR. RAUL - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, Major Mecca, eu queria dizer que quero comungar aqui com as suas palavras em relação aos policiais, aos funcionários também do Samu, da urgência e emergência.

Nós já discutimos aqui coisas absurdas que a gente fica sabendo. Acabei de saber mais uma aqui agora que se um policial desses for afastado ainda vai ter o salário diminuído e ainda não ganha nenhum plus.

Não existe profissão nenhuma que você vai executar e que você não vai ter um plus de aumento se estiver fazendo uma hora extra. Em qualquer lugar é assim, você tem que valorizar os profissionais.

Descobri aquela vez, por meio de conversar com um policial, que eles tinham que pagar inclusive o conserto da viatura. Colocamos aqui um projeto de lei junto com o Major Mecca exatamente nesse sentido, e agora ainda fico sabendo mais essa.

Então ficam aqui as minhas palavras também de apoio às suas, que o senhor acabou de dizer aqui no plenário.

Quero dizer que na última sexta-feira nós estivemos lá na nossa cidade, que é Bauru, nós fizemos uma audiência pública, deputado Dalben, que foi uma audiência pública em que nós conseguimos reunir 68 municípios dentro da Casa do Médico.

Eu queria que começassem a passar as fotos enquanto eu vou falando.

Então o vice-prefeito também é médico, que é o Dr. Orlando. Nós reunimos os hospitais da região que dão guarida a esses 68 municípios. Tem agora o recém-inaugurado Hospital das Clínicas, você tem o Hospital Estadual, você tem o Hospital Manoel de Abreu, você tem a Maternidade Santa Isabel, o Hospital de Base, que atende urgência e emergência, e também foi o Hospital Thereza Perlatti, de Jaú, que está com data marcada, deputado, no próximo dia 31, de querer fechar as portas, porque está em uma situação muito difícil.

Hoje, às 18 horas, nós temos uma reunião com o Sr. Edson Rogatti exatamente para discutir essa situação. Nós tiramos dessa reunião com 68 municípios - tinha secretários de Saúde, vereadores, deputados, o deputado Madalena também estava presente, além dos prefeitos e vice-prefeitos, nós tivemos pessoas da sociedade que foram dar as suas opiniões.

O que foi mais importante: a discussão, juntamente com os hospitais, do que é preciso para que esses hospitais possam exercer uma boa medicina.

Eu estive conversando exatamente agora há pouco com o deputado Dalben sobre tomógrafo. Poucas pessoas sabem que existe tomógrafo que precisa ter capacidade acima de 120 quilos. Lá em Bauru não tem um tomógrafo na rede pública que possa fazer um exame em pessoas com mais de 120 quilos.

Então a pessoa que estiver acima de 120 quilos e estiver passando mal, pronto: complicou tudo. Então é uma necessidade.

Nós fomos somando com as direções dos hospitais e nós estamos identificando a quantidade de leitos necessária, a hemodiálise que precisamos pelo menos colocar mais cadeiras de hemodiálise, endoscopia, e o hospital que está lá, que foi inaugurado, entre aspas, para que ele consiga funcionar na sua plenitude é necessário que os leitos de UTI possam ter equipamentos.

Você tem que ter respirador, não adianta você ter apenas o leito. Tem que ter o respirador para colocar um paciente com uma pancada na cabeça, um acidente vascular cerebral. Você tem que ter um tomógrafo, tem que ter uma ressonância nuclear magnética, e isso não tem nesse momento, nesses hospitais.

E nós fizemos um levantamento de todos esses investimentos, em todos esses hospitais e chegamos a um número próximo de 70 milhões de reais que nós vamos apresentar de forma pormenorizada ao secretário de Saúde no próximo dia sete.

Então eu vou pedir que os novos deputados pudessem dar um pouco de força para a gente, para que a gente possa mostrar que não adianta só você ter a capa do hospital. Eu, como médico, não posso me calar frente a isso porque nós precisamos ter condições de dar um atendimento.

O número de leitos que estão disponíveis lá, de UTI, é necessário que se aumente pelo menos mais 61 leitos de UTI. Esse hospital que foi recentemente inaugurado está funcionando com 10 leitos de UTI, mas não tem um tomógrafo lá dentro, não tem uma ressonância magnética lá dentro. Então você tem que escolher o paciente que vai para aquela UTI, só se o paciente estiver com uma broncopneumonia, for idoso para poder pegar um leito de UTI desse, entendeu?

Então é um negócio assim complicadíssimo e lá está pronto, prontinho, o espaço físico prontinho para colocar mais 20 leitos de UTI. Iria ajudar a 68 municípios de uma forma brutal.

Uma outra coisa que nós deixamos claro também são as filas de atendimento. Precisa ter mais atendimento clínico e cirúrgico. E como é que pode ser feito isso? No valor financeiro que está sendo repassado para os hospitais, vai ser atendido sempre aquela mesma quantia. Para que os hospitais possam atender mais, é necessário que o teto orçamentário desses hospitais aumente.

Só para fazer uma comparação que foi citada lá: o hospital da Unimed, lá na cidade de Bauru, que tem a mesma capacidade do hospital estadual, operou o dobro de cirurgias, o mesmo número de funcionários, mesma capacidade de leitos, operou o dobro de número de cirurgias que o hospital estadual.

Por quê? Porque o hospital lá não tem autorização para fazer mais procedimentos. Então é necessário que a gente enxergue isso com os olhos de lince e que a população possa ter mais acesso, mas as filas só tendem a aumentar.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Dr. Raul.

Dando sequência à lista de oradores inscritos, deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)

Deputado Dalben, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, equipe de servidores da Casa, a quem quero aqui cumprimentar e agradecer, porque sem a participação de vocês nós não teríamos condições de realizar o nosso trabalho nessa Casa de Leis.

Sempre agradecendo a Deus, em primeiro lugar, pela vida, pela saúde, poder mais uma vez estar aqui nesta tribuna podendo falar com os nossos colegas e também através das redes sociais, da TV Alesp falar com a população que nos acompanha, além das pessoas que estão no plenário.

Sr. Presidente, o que me traz aqui à tribuna é sobre um ofício que encaminhei ao nosso governador, Tarcísio de Freitas, e o tema é como o meu antecessor acabou de usar aqui na tribuna, a saúde.

Nós estamos vivendo, assim como vivemos e continuamos vivendo na região de Bauru, que atende mais de 67 municípios, porque é referência da saúde com vários equipamentos públicos, a região de Campinas não é diferente. Nós estamos vivendo lá na maternidade de Campinas, uma instituição de mais de 100 anos, 109 anos, para ser exato, onde muitos campineiros e pessoas que moram nas cidades circunvizinhas ali, tiveram a oportunidade de sua mãe dar à luz, de a criança vir ao mundo.

Hoje, em uma situação tão difícil e precária que nós vivemos na saúde, foi anunciado – recentemente, acompanhei pela imprensa – o fechamento de 50% de leitos neonatais na Maternidade de Campinas. Essa maternidade cuida de 40% das vagas de leitos de atendimento de gestante e leitos neonatais.

Imagina a situação, que já não é boa, a fila Cross, o atendimento, a falta de recursos na Saúde, como vai piorar daqui para frente. Dão conta as informações de que foram interditados esses leitos por falta de profissionais e também por um surto de gastroenterite que atingiu vários bebês e crianças que ali estavam internados.

Então, Sr. Presidente, nobre deputado Giannazi, Dr. Raul, Paulo Fiorilo, que aqui estava até agora há pouco, é o mesmo de você estar com um problema no anel e cortar o dedo. Não é lógico. Se você está com um problema no anel, você substitui o anel, mas não corta o dedo.

 O que está acontecendo na maternidade é que se cria um problema por falta de estrutura, por falta de servidores, por falta de médicos e, em vez de todos – DRS, Secretária de Estado da Saúde, Secretaria Municipal de Saúde, Poder Legislativo Municipal, Poder Legislativo Estadual, executivos, regionais – se unirem para resolver o problema, é mais fácil e mais simples falar: fecha-se a porta e encerra-se o atendimento.

E quem paga a conta, Sr. Presidente e nobres deputados? É o povo. É a população que paga a conta, pagando imposto para manter a estrutura, e paga a conta por não ter atendimento.

Então, eu faço um apelo ao nosso secretário de Saúde, Dr. Eudes, um político, médico experiente, capacitado, sensível, ao nosso atual governador, o Tarcísio, que já mostra competências, mostra sensibilidade pela coisa pública e pelas pessoas, para que no esforço nós possamos socorrer a Maternidade de Campinas através da DRS VII, que é a Regional de Saúde de Campinas, através da Secretaria de Estado.

E, em parceria com o Conselho da Região Metropolitana de Campinas, ajudar com recursos financeiros, se for necessário, a contratação de mais profissionais para que a maternidade continue atendendo as nossas gestantes, as nossas crianças, que toda aquela atribuição que ela teve nesses 109 anos não seja cessada por uma falta de sensibilidade, por uma falta de estruturação.

Deputado Dr. Raul, recentemente nós vivemos isso lá em Bauru com a Maternidade Santa Isabel. Chegou para mim, nesta Casa, que uma falta de recursos por parte do convênio do Governo do Estado ia fazer fechar o atendimento da Maternidade Santa Isabel, que como o senhor conhece muito bem – que é ali da cidade, da região – atende mais 37 munícipios, mais de 600 partos realizados deixariam de acontecer.

Nós, de imediato, fizemos a nossa atuação e, na época, o governo e o secretário de Saúde, Dr.  Henrique, foram sensíveis e conseguimos retomar o convênio. Foram ampliados os valores e o atendimento manteve lá na Santa Casa.

Mas, já para concluir, Sr. Presidente, a saúde é uma luta constante. Nós não podemos descuidar um segundo que o caldo entorna e, assim como lá em Bauru, aqui em Campinas e em várias regiões do Estado, com todo o esforço que o governo tem feito, ainda não é o suficiente. Esta Casa já aprovou uma legislação em que aumentou os valores dos repasses para hospitais filantrópicos e para a Santa Casa.

O Governo do Estado em parceira com este Legislativo estadual, nós conseguimos aprovar para que o estado de São Paulo pague o dobro da tabela SUS – para os procedimentos, para os atendimentos, para as cirurgias e para os exames – para poder desafogar a fila Cross. Mas, mesmo assim, como foi relatado por V. Exa., deputado, muitas vezes a iniciativa privada tem alguns privilégios na contratação desses serviços.

Não digo privilégios ilícitos, mas facilidade para ampliar. Mas hospitais públicos e filantrópicos, tipo a Santa Casa, tipo a Casa de Saúde de Campinas, e unidades de Bauru e de outras regiões, que não têm esse perfil privado, mas sim, filantrópico, precisam ter o mesmo tratamento. E fazermos mais esforços para que esses valores cheguem as essas unidades hospitalares.

Porque, na ponta, são elas que atendem, elas que socorrem os que mais precisam, aqueles que não têm convênio, aqueles que não têm recurso. E, quando ele necessita, ele vai bater na porta do hospital público, seja ele municipal ou estadual. Ou então, uma entidade, uma irmandade, como é a Santa casa.

Então, Sr. Presidente, nobres deputados e deputadas, amigos desta Casa, venho pedir para que todos nós centremos esforços para ajudar todos os atendimentos de Saúde nos municípios paulistas, no estado de São Paulo.

Em especial, essa questão da Casa de Saúde, da Maternidade de Campinas, que estão nessa situação difícil. Se não houver um apoio do Governo do Estado, a situação tende a piorar.

Sr. Presidente, solicito que essa minha manifestação seja comunicada ao secretário de Saúde do Estado. É isso por enquanto.

Obrigado pela atenção de todos.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado, deputado Dalben. Solicito à Secretaria que envie as notas taquigráficas da fala do deputado ao excelentíssimo Sr. Secretário de Saúde.

Dando sequência à relação dos oradores inscritos, deputado Paulo Fiorilo. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos para o uso da palavra.

 

O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, aqueles que nos acompanham pela TV Alesp, os que estão aqui presentes, das assessorias.

Vou aproveitar o Pequeno Expediente para trazer uma situação delicada no Litoral Sul do estado de São Paulo. Conversávamos há pouco. O senhor me relatou a situação do Litoral Norte, que o senhor esteve lá, e pôde constatar a tragédia que ocorreu, no Carnaval, com as fortes chuvas.

Nós sabemos que é necessário medidas emergenciais. Mas também, medidas de médio e longo prazo. Tanto do ponto de vista das alterações climáticas, como também da preservação ambiental e da questão da moradia. Esse é um debate que a gente está fazendo.

E que, com certeza, falando com o deputado André do Prado, com o deputado Luiz Fernando, o deputado Luiz Fernando falando com o deputado Carlão Pignatari, eu tenho a impressão que a Assembleia Legislativa devia apresentar e aprovar um projeto da Casa, para poder dialogar sobre essas situações. Infelizmente, essa foi mais uma das muitas que a gente tem acompanhado, que têm levado pessoas a óbito.

Nós precisamos dar uma resposta, uma resposta efetiva. Possivelmente, atualizando os decretos com o plano estadual de prevenção a acidentes como esses. Eu mesmo tenho um projeto de lei. A deputada Erica tem um projeto; a deputada Marina Helou tem outro. Outros deputados apresentaram projetos nesse sentido.

Mas eu acho que, da mesma forma como nós tivemos a capacidade de articular o projeto da Covid, que virou um projeto da Casa, nós podemos fazer a mesma coisa, nesse momento tão difícil e delicado. Tenho certeza que todos os deputados e deputadas têm concordância com um movimento como esse, que possa discutir mapeamento, que possa discutir médias emergenciais. Por exemplo: ficou claro que apenas disparar WhatsApp é insuficiente.

É preciso que se tenha outros mecanismos. Mas também não dá para pensar, às 3 da madrugada, tirar as pessoas, sem saber para onde elas vão. Então é preciso pensar cada passo.

É preciso construir um conselho gestor. É preciso ter um comitê diretivo. É preciso ter medidas concretas para que a gente não tenha mais essa situação. Faço esse paralelo para falar, agora, da parte sul do litoral de São Paulo.

Eu visitei, agora em fevereiro, a cidade de Cananéia. E tive a oportunidade de ir até a Ilha Comprida e a Ilha do Cardoso. São áreas de reserva ambiental, como o senhor sabe, áreas importantes para a nossa fauna, para a flora, para a questão da pesca. Existe lá, inclusive, um Instituto de Pesca que trabalha a pesquisa.

Mas eu me deparei com uma situação sui generis. Há uma ação, com decisão já tomada, de retirar os quiosques da praia. São vários quiosques, que estão lá há muito tempo, antes da legislação ambiental ser aprovada. Mas, que acabaram ficando.

E agora, infelizmente, amanhã, há uma decisão da Justiça para que a prefeitura retire todos os quiosques. Qual é o problema? Primeiro é que não há uma alternativa para aqueles que trabalham no comércio local de ter um outro quiosque ou de ter um outro espaço para comercializar e para poder tirar o seu sustento.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Dirceu Dalben.

 

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Nós estamos vendo uma situação trágica, a decisão da Justiça já tem seis meses. Acabei de falar com o prefeito de Ilha Comprida, que disse que ele conseguiu dar um prazo, um tempo até que se passasse a alta temporada, para que ele pudesse, então, cumprir a decisão da Justiça. Decisão da Justiça, Sr. Presidente, não se questiona: se cumpre.

Agora, é preciso tomar todas as medidas para que o cumprimento se faça da forma adequada. Nós temos lá quiosques com telhas de amianto. Eu não sei se a remoção se dará dentro das normas para a proteção das pessoas que vão manusear amianto, que já tem inclusive uma lei aqui no estado de São Paulo que proíbe o uso do amianto.

Segundo, falei com o prefeito e ele me colocou uma situação também muito ruim: ele entrou com um pedido na SPU, que é um órgão federal, para que se buscasse uma alternativa de regularização, porque os quiosques não têm as licenças ambientais. Agora, não é possível que não se busque uma saída para aquelas pessoas que, ao longo desses 10, 15, 20 anos, sobrevivem do comércio através dos seus quiosques lá na Ilha Comprida, no litoral sul de São Paulo.

Eu gostaria muito que houvesse essa sensibilidade para que a gente pudesse ter uma saída acordada tanto com os donos de quiosques como com a prefeitura, com a Justiça. Eu sei que tem advogados que estão trabalhando nisso e vão buscar o que for possível para evitar mais uma tragédia com pais de famílias, com pessoas que sobrevivem daquele comércio.

Sr. Presidente, para encerrar, queria só fazer um outro registro aqui e pedir um encaminhamento. Eu estive agora, mais recentemente, na região do Alto Vale do Ribeira e estive conversando com o pessoal da Segurança Pública da região, em especial a cidade de Barra do Chapéu, e uma coisa que eles apontaram que me chamou a atenção é o uso inadequado dos veículos para aquela região.

Nós temos aqui vários representantes da Segurança Pública, e a gente sabe que não é possível um veículo baixo numa região de estradas sem asfalto, com buracos, e agora nesse período de chuva pior ainda.

Não há lá nenhuma viatura alta, nenhuma SUV ou uma caminhonete ou coisa do tipo e a Polícia, em determinados lugares, não só a Ambiental, mas também a Polícia Militar tem esse tipo de veículo.

Então eu gostaria, Sr. Presidente, que essa solicitação fosse encaminhada ao secretário de Segurança Pública, o secretário Derrite, para que pudesse ser avaliada a possibilidade de disponibilizar para aquela região, que não é só Barra do Chapéu , mas Barra do Chapéu, a região de Apiaí, de Itaoca, de Itapirapuã, locais em que ainda existem várias estradas sem asfalto, estradas de terra, e que precisam ter equipamento adequado para que se faça o trabalho corretamente.

Recentemente teve o caso de um parto e a polícia precisou socorrer com um carro pessoal, porque o veículo da polícia naquele caso não teria condições de transitar pelas estradas esburacadas.

Aliás, esse é um problema gravíssimo que, ao longo desses 28 anos, o Estado não conseguiu resolver e a política de Vale do Futuro só terá um Vale do Futuro se a gente tiver estradas asfaltadas, conectividade, saúde e educação de qualidade.

Então, Sr. Presidente, solicito que essa parte que diz respeito à Barra do Chapéu, a Apiaí, a Itapirapuã, a Itaoca, a Bom Sucesso de Itararé possa ser encaminhada ao secretário, com cópia ao governador, para que ele se manifeste o mais rápido possível, até porque existem viaturas compradas e que podem ser encaminhadas para aquela região.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Agradeço ao orador, deputado Paulo Fiorilo, e encaminho aqui a solicitação à secretaria da Casa para que providencie o solicitado na última fala do orador. Dando sequência à lista de oradores, chamo à fala, pelo tempo regimental, o deputado Major Mecca, com a palavra.

 

 O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Retorno na data de hoje a esta tribuna para que fique bem claro a todos aqui: é uma obrigação moral nossa.

Eu, como deputado que está acompanhando pari passu as medidas que estão sendo adotadas pelo governador Tarcísio: quanto à questão que foi citada aqui pelo nobre deputado Carlos Giannazi, por quem eu tenho um enorme respeito, as palavras do governador Tarcísio se resumem na seguinte questão - o que é melhor para o usuário? O que é melhor para o cidadão que utiliza o transporte público?

Neste início de governo, o governador Tarcísio está convocando - e convocou - a concessionária para conversar, para propor em relação às questões que não estão de acordo com o contrato que foi feito.

E isso é indispensável para que, dentro de um contrato que está em andamento, a empresa possa apresentar as medidas para solucionar os inúmeros problemas que apresenta o transporte público, em específico os trens da Linha 8 e Linha 9.

Porque esses problemas precisam ser - e serão - solucionados o mais breve possível. O posicionamento do governador Tarcísio é o posicionamento de um estadista, para que fique bem claro que quem comanda o estado de São Paulo é o governador. E ele o faz com extrema responsabilidade, com extrema dignidade e com foco no cidadão. Neste momento, não adianta nós explorarmos o viés ideológico, porque nós comprovamos que no Brasil, aqui no estado de São Paulo, isso não dá certo.

Porque, como eu sempre trouxe a esta tribuna, discute-se, discute-se ideologia, e o povo do estado de São Paulo permanece abandonado; ou melhor, permanecia abandonado.

A proposta do governador Tarcísio, em relação a essa demanda, também, é enxergar o que é melhor para o usuário, para o trabalhador que acorda cedo e faz uso do transporte público. Essa é a questão que está sendo tratada.

E o povo de São Paulo pode ter certeza de que se a concessionária não apresentar as soluções práticas, soluções que o usuário sinta na ponta da linha, as providências serão adotadas. No entanto, neste momento, o governador precisa enxergar quais são as melhores alternativas; e é o que ele está fazendo. Como está fazendo na questão das chuvas no litoral.

Porque nós sabemos: a longo prazo, será matéria curricular, para as crianças que estudam em áreas de risco, elas conhecerem o que devem fazer quando soar um alarme, qual tem que ser o comportamento da família, o que é uma área de risco, qual o comportamento de uma família que está residindo numa área de risco. Para que a criança possa ser uma empolgadora, dentro do seu lar, do que se deve e do que não se deve fazer.

Será matéria curricular esse comportamento, em termos de cuidados, cautela, Defesa Civil, primeiros socorros, para que haja a participação da família em ações responsáveis.

Já houve, nesse final de semana, a publicação de um espaço de desapropriação, para que essas famílias tenham onde morar, para que essas famílias saibam que, no próximo verão, elas estarão morando em um ambiente seguro, em um lar digno. Então são medidas de curto, médio e longo prazo que estão sendo implementadas.

 Muito obrigado, Sr. Presidente, pela oportunidade.

 

O SR. PRESIDENTE - DIRCEU DALBEN - CIDADANIA - Eu agradeço ao orador, deputado Major Mecca. Dando sequência à lista de oradores, Carlos Giannazi. (Pausa.) Na sequência, deputado Barros Munhoz com a palavra.

Convido o deputado Major Mecca para que assuma a Presidência, para que eu possa participar do Colégio de Líderes, da reunião.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Sr. Presidente Dalben, Sr. Presidente Mecca, senhores colaboradores da Assembleia Legislativa de São Paulo, telespectadores da TV Assembleia, minhas amigas e meus amigos, é mais um dia triste.

A gente vai ficando velho e os dias tristes vão acontecendo com mais rapidez. É um dia muito triste para Itapira, para minha querida Itapira. Perdemos hoje um gigante do Magistério, o professor José de Oliveira Barreto Sobrinho.

O professor Barreto foi um modelo de professor, de idealista e sobretudo de lutador na formação dos jovens, no encaminhamento dos jovens para sua maioridade e para poderem se tornar efetivamente cidadãos, pessoas responsáveis, aptos à criação de uma família, à educação dos filhos, ao respeito aos pais, aptos a serem realmente aquilo com que se sonha em toda a sociedade moderna.

O professor Barreto foi meu professor de educação física. Eu estudava em São Paulo até 1960, no Colégio Arquidiocesano, e fui para Itapira fazer o curso superior ao ginasial.

Ele foi meu professor de educação física em 1961, caro colega Mecca, e em metade de 1962, porque daí eu já voltei para São Paulo novamente para fazer cursinho e me candidatar a uma vaga nas Arcadas, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas eu tive a felicidade de conhecer o professor Barreto e de aprender com ele.

Eu não conhecia a palavra “altruísmo”, Mecca. Foi com ele que eu aprendi altruísmo, servir aos outros, ser bom com os outros, ser amigo dos outros, ser altruísta. Naquela ocasião, começou a entrar firme não só em Itapira, mas em todas as cidades do mesmo porte, de pequeno porte, de grande porte, a onda dos entorpecentes, a onda da maconha, que depois se agravou e foi chegando, vem chegando sem parar, em borbotões, cada vez mais no nosso País e no mundo.

Ele foi uma barreira de proteção à juventude itapirense. Quantas pessoas teriam morrido se nós não tivéssemos tido em Itapira o professor José de Oliveira Barreto Sobrinho.

Então eu quero aqui registrar em meu nome e em nome de toda a população itapirense – eu tenho certeza absoluta – o mais profundo pesar pelo falecimento desse extraordinário cidadão.

Ele era um defensor dos esportes, ele era professor de educação física. Ele não cultuava muito o futebol, o basquete, o vôlei, porque isso naturalmente a população já se preocupava com isso. Ele era um inovador, ele introduziu o esporte olímpico na nossa cidade.

A primeira coisa que eu fiz como prefeito de Itapira, em 1977, foi concluir uma pista de atletismo, para a prática dos esportes olímpicos, e dei o nome dessa pista – encaminhei à Câmara e a Câmara aprovou – o nome de “Pista de Atletismo Professor José de Oliveira Barreto Sobrinho”.

Então, por todas as razões, eu hoje estou de luto. Eu sou um altruísta, porque eu tive um professor como o Barreto. Ele me ensinou a ser altruísta. Quanto ele fez de bem? Quanto ele fez de útil para nossa cidade? Era um sonhador. Levava o pessoal de Itapira andando até Mogi Mirim, depois voltava de Mogi Mirim até Itapira.

Me permita mais um minuto apenas, querido presidente Mecca. Fez uma caminhada de Itapira a São Paulo, e de São Paulo a Itapira, sempre buscando não aparecer, não se vangloriar de nada, mas servir de exemplo.

Então, por todas as razões, minha querida professora Zulma, viúva hoje do nosso querido professor Barreto, aos seus filhos e a toda sua família os sentimentos doloridos. Eu lamento hoje não ter podido estar em Itapira. Eu queria muito estar no velório, e dar o último abraço no professor Barreto, mas tive compromissos aqui absolutamente inadiáveis em São Paulo, e já estava aqui quando soube do seu falecimento.

Mas Deus é grande, e o exemplo do professor Barreto haverá de continuar na nossa Terra. Mas ele foi o grande altruísta, e foi o maior forjador de jovens, que honraram e dignificaram a sua condição de pais, de filhos, de avós, seguindo a caminhada trilhada por Barreto, da retidão, do caráter, da Justiça, da amizade, da simplicidade e do bem fazer.

Que Deus tenha hoje o professor José Barreto já nos Céus.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Major Mecca.

 

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O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Nossos sentimentos, deputado Barros. Que Deus acolha em seu lar celestial o professor Barreto. Conforte o coração dos familiares, dos amigos, e de todo o povo da querida Itapira.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Obrigado, Mecca.

Sr. Presidente, solicito a suspensão dos nossos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Havendo acordo de lideranças, estão suspensos os trabalhos.

 

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- Suspensa às 14 horas e 53 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 35 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Reaberta a sessão. Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Há sobre a mesa requerimento de Urgência do Projeto nº 571, de 2022. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa requerimento de Urgência do Projeto de resolução nº 1, de 2023, de autoria da Mesa. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa requerimento de Urgência do Projeto de lei nº 31, de 2023, de autoria do deputado Dr. Raul. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa requerimento da nobre deputada Maria Lúcia Amary com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar das comemorações do Dia Mundial de Doenças Raras, a realizar-se hoje, na cidade de Porto Alegre, com ônus para este poder via verba de gabinete parlamentar. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Há sobre a mesa requerimento do nobre deputado Gil Diniz, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de uma conferência anual de ação política conservadora, a realizar-se no período de a 8 de março do corrente ano em Washington, nos Estados Unidos, sem ônus para este poder. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Convocação. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Defesa dos Direitos do Consumidor, Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 197, de 2021, de autoria do deputado Rodrigo Moraes.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação e Finanças e Orçamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de resolução nº 1, de 2023, de autoria da Mesa.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação e Transporte e Comunicações, a realizar-se hoje, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 571, de 2021, de autoria do deputado Heni.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, Saúde e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 31, de 2023, de autoria do nobre deputado Dr. Raul.

Pois não, deputado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu queria só manifestar e registrar o voto contrário da bancada do PSOL à Urgência do PL nº 571.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Registrada a Urgência da bancada do PL, do Projeto nº 571, do deputado Heni.

Deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu também. Eu quero expressar, acho que, a minha contrariedade em não ter colocado em pauta a propositura nº 675, de 2022, que trata da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.

Nós temos um substitutivo, que é de autoria da deputada Márcia Lia, que fazia a correção de alguns pontos referentes a esse PL, e lamentar que o próprio governo tenha retirado da pauta – assim como retirou o do deputado Luiz Fernando – em um momento em que nós estamos enfrentando tantas chuvas.

Muito embora encaminhou para uma comissão para debater, deixar aí o registro da nossa bancada, a bancada do Partido dos Trabalhadores.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Deputada, só uma correção: quem retirou o projeto de Defensoria não foi o deputado Dr. Jorge Wilson, líder do Governo, e sim o deputado Caruso, que vai em cima daquele substitutivo de vocês apresentar uma nova proposta para incluir alguns outros itens no projeto, que eu espero que esta semana esteja pronto.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Obrigada pela correção, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, antes de pedir a suspensão dos nossos trabalhos por 30 minutos, eu gostaria de fazer uma rápida comunicação referente ao PLC nº 34, de 2018, que nós aprovamos aqui no plenário no final de 2018, mas que depois, infelizmente, ele foi vetado pelo governo Doria, inclusive, pelo Rodrigo Garcia que respondia naquele dia pelos vetos.

Nós tínhamos um compromisso de derrubar esse veto ainda nessa legislatura, que termina no dia catorze. O tema foi debatido novamente no Colégio de Líderes, o Xerife do Consumidor, que é o líder do Governo, ia fazer uma nova consulta ao governador.

Mas eu faço um apelo aqui ao governador Tarcísio de Freitas, ao líder do Governo, à V. Exa. para que, na próxima sessão, a gente possa pautar a derrubada desse veto para fazer justiça aos cirurgiões-dentistas do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Uma das poucas vezes depois de 12 anos, eu concordo com o nobre deputado Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Então vamos pautar o projeto. Vamos derrubar o veto.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre as lideranças, eu solicito a suspensão dessa sessão por 30 minutos, para a realização do congresso de comissões.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Obrigado. Havendo acordo de lideranças, está suspensa a sessão até as 17 horas e 11 minutos para a realização do congresso de comissões.

Está suspensa a presente sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 41 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 20 minutos, sob a Presidência do Sr. Carlão Pignatari.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Convocação: Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 2ª Sessão Extraordinária do Período Adicional foi publicada no D.O. de 01/03/2023.

 

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O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Pela ordem, deputado Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Havendo acordo de lideranças, solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLÃO PIGNATARI - PSDB - Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a realizar-se hoje 10 minutos após o término da presente sessão.

Está levantada a presente sessão.

 

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Levanta-se a sessão às 17 horas e 21 minutos.

 

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