16 DE MARÇO DE 2023
1ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão.
2 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CAIO FRANÇA
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Endossa o pronunciamento do deputado
Caio França.
7 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - EDIANE MARIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Dá boas-vindas à deputada Ediane Maria.
10 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - LUCAS BOVE
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - ALEX MADUREIRA
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Dá as boas-vindas ao deputado Eduardo
Suplicy.
15 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
16 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Dá boas-vindas ao deputado Luiz Claudio
Marcolino.
17 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - VALDOMIRO LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - TEONILIO BARBA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Tece comentários ao pronunciamento do
deputado Teonilio Barba.
21 - CARLOS CEZAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Deseja sucesso ao deputado Carlos Cezar
na liderança do PL.
23 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
24 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Tece considerações ao pronunciamento do
deputado Conte Lopes quanto à alteração de horário das sessões plenárias.
25 - DR. EDUARDO NÓBREGA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Dá boas-vindas ao deputado Dr. Eduardo
Nóbrega.
27 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
28 - REIS
Para comunicação, faz pronunciamento.
29 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Parabeniza a deputada Beth Sahão pelo
início do mandato de deputada estadual.
30 - BETH SAHÃO
Para comunicação, faz pronunciamento.
31 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - CARLOS CEZAR
Solicita o levantamento da sessão, por
acordo de lideranças.
33 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 17/03, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Abre
a sessão o Sr. André do Prado.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente número regimental
de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos
trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da Ata
da sessão anterior e recebe o Expediente.
Estamos com a lista de oradores
inscritos para o Pequeno Expediente. O primeiro deputado inscrito é o deputado
Agente Federal Danilo Balas. Ausente. Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado
Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)
Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.)
Deputada Marina Helou. (Pausa.) Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado
Léo Oliveira. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Simão Pedro.
(Pausa) Deputada Dani Alonso. (Pausa) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Com a palavra o
nobre deputado Conte Lopes, pelo tempo regimental.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, subimos nesta tribuna, é o
nosso primeiro dia no novo mandato. O nosso é praticamente o décimo mandato,
oito como deputado, dois como vereador em São Paulo.
A gente tem que
agradecer aos nossos eleitores, aqueles que acreditam no nosso trabalho na área
de Segurança Pública, sempre em defesa da população, sempre combatendo o crime,
os criminosos. Então a gente, mais uma vez, pela décima vez, estamos tomando
posse aqui e vamos continuar com o nosso trabalho em defesa, como eu disse, da
população.
Desejo uma boa
sorte aos novos deputados que estão chegando, aos amigos também, como o
Valdomiro Lopes, que aqui está, o Antonio Donato, que foi presidente da Câmara
quando fui vereador. Inclusive o Antonio Donato, em uma ação que ele praticou
lá na Câmara, chamou muito a atenção.
Nós tínhamos um
amigo nosso, o Wadih Mutran, vereador desde a época do Maluf, muito querido da
Casa, e o presidente da Câmara, presidente Antonio Donato, criou e trouxe a
família, os eleitores do Wadih Mutran e fez uma estátua de bronze para o
trabalho de Wadih Mutran.
Foi uma
demonstração de carinho do presidente da época a um opositor político, mas que
era amigo de todos nós. Quando a gente estava terminando a carreira política
praticamente.
Então parabéns,
meus cumprimentos ao Antonio Donato por essa solidariedade, porque eu acompanho
a família, acompanho os amigos, os eleitores do Wadih Mutran, que estava
praticamente encerrando a carreira.
E nós vamos,
mais uma vez, continuar aqui na nossa luta. Nós temos o nosso trabalho, até
aconselharia o pessoal do PT, para não dizer que nós somos bonzinhos com todo
mundo. Porque, veja bem, o agronegócio está conduzindo o Brasil. Queira ou não,
a economia do Brasil depende do agronegócio, está muito forte.
E a gente
percebe agora que os fazendeiros, os chacareiros, os sitiantes estão
aterrorizados com esse negócio de invasão de terra, mesmo aqui em São Paulo. O
José Rainha, que era um dos líderes do MST, o Luciano Lima, outro, acabaram
sendo presos com fuzis.
Mas por ordem
de Justiça, não foi a polícia que tomou a atitude, foi uma determinação
judicial. E o que estavam fazendo essas pessoas? Estavam extorquindo
fazendeiros.
Então não se
pode fazer isso aí. A gente aconselha a parar com isso, acabou a eleição. Vamos
esquecer o Bolsonaro, o Bolsonaro está lá nos Estados Unidos, deixe ele lá. Tem
que tocar o barco aqui.
Agora, não pode
atrapalhar a agricultura, o homem do campo, aquele que leva comida para São
Paulo, para o Brasil e para o mundo. A gente tem que verificar esse lado. Agora
está na hora de administrar o País.
Da mesma forma,
o nosso governador Tarcísio de Freitas aqui. Tem que trabalhar em cima disso. A
gente tem até elogiado o Tarcísio de Freitas por ele ter colocado à frente da
Secretaria de Segurança Pública homens da polícia, porque eu entrei na Polícia
Militar como soldado em 67, nunca o comando da Segurança Pública em São Paulo
foi da polícia, que é aquele que dá a segurança pública.
Nós tivemos
coronéis do Exército, generais do Exército, tivemos juristas, promotores
públicos, juízes de direito, e, agora, a Segurança Pública está na mão da
polícia – do Dr. Artur, que é o delegado geral, do coronel Cássio, no comando
da Polícia Militar, do Derrite, que é o secretário.
Então, é muito importante que o governador do
Estado tenha confiado em homens da polícia para dirigir a própria Polícia
Militar. Desses homens, evidente... Do soldado, investigador... Está na mão de
vocês darem segurança para o povo de São Paulo no combate à criminalidade, dando
condições para o cidadão de bem andar pelas ruas. Evitar o crime.
Então, essa é a
nossa colocação. Obrigado, Sr. Presidente. E um abraço mais uma vez ao pessoal
novo que está chegando. Uma boa sorte aqui na Assembleia Legislativa, onde
cheguei em 86 pela primeira vez.
Abraço a todos
- muitos nem eram nascidos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência a lista de oradores inscritos para o Pequeno Expediente, deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Com a
palavra a nobre deputada Paula. Seja bem-vinda.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde aos deputados e deputadas
presentes. Boa tarde a todos que nos acompanham presencialmente e virtualmente.
Essa é a minha primeira fala no
plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Então, antes de
tudo, eu queria me apresentar.
Meu nome é Paula Nunes, tenho 29 anos,
sou advogada criminalista e militante feminista negra. Comecei a minha
trajetória no movimento estudantil e chego, muito alegremente, a esta Casa, e
não chego sozinha.
Chego com um mandato coletivo, formado
por cinco mulheres negras, que é a bancada feminista do PSOL. Comigo estão
também a Simone Nascimento, que é jornalista e coordenadora do Movimento Negro
Unificado, a Carolina Iara, que é uma mulher trans, trabalhadora da saúde, a
Sirlene Maciel, que é professora da Etec, e a Mariana Souza, ativista
socioambiental.
Então, quero começar agradecendo os 259
mil 771 votos recebidos pela bancada feminista, que fizeram de nós a terceira
candidatura mais bem votada desta Casa Legislativa e as deputadas estaduais
mais bem votadas de todo o País.
Isso, para a gente, é uma imensa alegria,
porque a nossa campanha não foi uma campanha que focou só na nossa eleição como
deputadas estaduais, mas que teve um mote, que teve uma força, que rodou os
quatro cantos do estado de São Paulo para, especialmente, defender a democracia
brasileira, eleger Lula presidente da República e derrotar o Bolsonaro nas
urnas - o que felizmente nós conseguimos fazer no último ano, na última
eleição.
Então, nós chegamos aqui trazendo o
sonho que a coletividade tem de transformação do nosso Estado, de transformação
do nosso País. Por isso, as nossas primeiras iniciativas legislativas serão o
protocolo de uma agenda pelo feminismo popular. Uma agenda que consiste em
cinco projetos de lei.
Um projeto de lei que prevê a igualdade
racial e de gênero; um projeto de lei que prevê cotas para pessoas trans nas
universidades estaduais paulistas; um projeto de lei que defende a criação de
um fundo para desastres socioambientais; um projeto de lei que defende a
divulgação do SOS Racismo em todas as repartições públicas e no transporte
coletivo; e um projeto de lei que garante o pagamento de auxílio emergencial
para mulheres em situação de violência doméstica.
Digo, ainda, que o nosso mandato tem
sido apresentado na imprensa, nos últimos dias, como um mandato que fará forte
oposição ao governo do estado de São Paulo. E eu reforço, aqui, o nosso
compromisso de ser e fortalecer a oposição ao governo do estado de São Paulo
nesta Casa Legislativa. Nós seremos oposição a qualquer tentativa de
implementação do bolsonarismo no estado de São Paulo.
Desde a campanha eleitoral, o governador
do estado de São Paulo tem dito que pretende privatizar vários dos nossos
equipamentos públicos, seja a Sabesp, o que vai fazer garantir a precarização
do fornecimento de água e do saneamento básico...
Que ele pretende privatizar o porto de
Santos, o que, felizmente, o governo federal já se colocou contra, e que
pretende também, o que é defendido pelo secretário da Educação, privatizar a
gestão das escolas públicas.
Para além
disso, com o secretário de Segurança Pública, que já se manifestou dizendo que
um bom policial é aquele que mantém, pelo menos, três homicídios no seu
currículo.
Como não podia
deixar de ser, no mês de janeiro, primeiro mês do governo, o nosso Estado teve
um aumento de 20% no número de mortes provocadas por policiais no estado de São
Paulo.
Felizmente, a mortalidade policial
caiu. Algo que vem acontecendo desde que as câmeras foram implementadas nos
uniformes dos policiais. É política pública que deve seguir, e que nós
defenderemos que siga.
Então nós seremos oposição a um projeto
de Segurança Pública que extermina, especialmente, jovens como eu, jovens
negros. É isso que nós defenderemos dentro desta Casa legislativa.
Então, se depender da bancada
feminista, não é desta Casa e não é deste Estado que sairá o sucessor do
governo Bolsonaro. Assim como nós fizemos durante toda a campanha eleitoral,
nós seguiremos fazendo e fortalecendo o fim da extrema direita e do
neofascismo, no nosso País e no estado de São Paulo.
Obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando sequência
à lista dos oradores inscritos, nobre deputado Capitão Telhada. Seja bem-vindo,
capitão.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Uma excelente tarde, Sr. Presidente. Parabéns pela eleição na data de
ontem, histórica. A todos os deputados e deputadas que, assim como eu, tomaram
posse nesse 15 de março, na data de ontem, eu dou os parabéns. E desejo muito
sucesso, e que Deus proteja a caminhada de todos nós nesses próximos quatro
anos que hão de vir.
É meu primeiro discurso, a primeira oportunidade
em que utilizo essa tribuna, na condição de deputado estadual por São Paulo. Eu
gostaria, nesse primeiro discurso, externar os meus agradecimentos, externar a
minha gratidão. Porque eu acredito e sempre falo que, gratidão, nós temos sim
que dizer, nós temos que deixar muito claro quando a gente é agradecido a
alguém.
Então, nessa primeira oportunidade,
utilizando essa fala de cinco minutos, eu gostaria de agradecer, primeiramente,
a Deus, como cristão que sou, por ter me conservado, até o presente momento, de
pé, com saúde, com sanidade, nos trazer até esse momento, e nos conduzir, os
nossos atos, os nossos pensamentos.
A Ele pertence a nossa direção, o nosso
caminhar. Deus nos traz a esperança de dias melhores, e de uma vida eterna, lá
na frente, se conseguirmos ser fiéis à sua palavra, e com obras boas nessa
Terra.
Em seguida, eu gostaria de externar a
minha gratidão a toda a minha família, grande responsável, também, por nos
suportar, por nos servir de abrigo, de refúgio, de porto seguro nos momentos
mais difíceis da nossa vida.
Todos aqui sabem como é difícil a
caminhada quando você se predispõe a num cargo político, a entrar numa
campanha, a enfrentar a resistência que existe dentro de uma instituição,
dentro de uma sociedade.
Então a família é o nosso porto seguro.
E a eles eu tenho que externar a minha eterna gratidão. Ao meu pai, Coronel
Telhada, hoje deputado federal em Brasília, que me conduziu também por esse
caminho, não só da Polícia Militar, mas também esse caminho da política.
À minha mãe, Ivânia. À minha esposa,
Débora, à qual deixo o meu registro de amor por ela, um grande beijo, que me
suportou e teve muita paciência comigo nesses últimos tempos. Aos meus filhos,
a Laura e o Cássio, o meu abraço e a minha paixão eterna.
Não posso deixar de agradecer à Polícia
Militar, à minha instituição, que eu bem servi nesses 19 anos de vida.
Ingressei com 17 anos na Polícia Militar, saindo do terceiro colegial. E
trabalhei nos batalhões mais operacionais, e os batalhões de referência da polícia,
como o COE, a Força Tática, o Choque e a Rocam.
Me dediquei, nesse período, nesses 19
anos, a trabalhar com comprometimento, a trabalhar enfrentando o crime cara a
cara, conhecendo, de verdade, o branco dos olhos do inimigo. E, dessa mesma
maneira que eu trabalhei na Polícia Militar, com coragem, com comprometimento,
e enfrentando o que tinha que ser enfrentado cara a cara ali, de frente.
Assim, pretendo também dar continuidade
a esses meus valores, a esses meus princípios e trabalhar na política com
seriedade, com responsabilidade e também enfrentando os problemas com muita
parcimônia, mas cara a cara, e vendo como que a gente pode resolver da melhor
maneira.
Então, à minha
instituição, a cada soldado, cabo, sargento; a cada tenente, capitão, major,
coronel que trabalhou comigo eventualmente nos batalhões pelos quais eu passei,
o meu muito obrigado, que de alguma maneira fizeram parte da minha jornada
nessa conquista como deputado estadual e eu sempre aprendi. Com exemplos
positivos ou negativos, a gente sempre aprende.
Aos meus amigos
que confiaram no nosso trabalho, que me motivaram, que me incentivaram também
nessa jornada de candidatura, meu muito obrigado pela confiança. À minha
equipe, que hoje começa comigo o mandato, muito obrigado pela lealdade. Podem
ter certeza que a gente vai construir um trabalho muito bonito à frente, nesses
próximos quatro anos.
E a todos os
eleitores que confiaram seu voto em mim - os 83.438 votos no Capitão Telhada -
podem ter certeza que vocês terão uma pessoa que enxerga a política com
seriedade, com responsabilidade e com eficiência.
A cada dia que
eu tiver a oportunidade de estar aqui nessa Casa Legislativa defendendo nossos
valores, defendendo as instituições policiais, defendendo os agentes de Segurança,
a Saúde, a Educação, com todas as minhas forças e a minha energia, eu vou me
dedicar até não podermos mais ter voz.
Então, a Deus,
muito obrigado e rogo para que ele nos proteja e nos guie por esse mandato.
Deus abençoe a todos.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o nobre deputado Caio
França.
O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Presidente,
pela ordem, eu posso fazer o uso da palavra aqui embaixo mesmo, para não
precisar usar a tribuna?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pode
sim, deputado.
O SR. CAIO FRANÇA -
PSB - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Eu quero rapidamente
agradecer somente aos meus colegas aqui, do partido do PSB, o deputado
Valdomiro Lopes, a deputada Andréa Werner, que me concederam a honra de poder
assumir a liderança do partido nesse primeiro ano.
Eu
vou me esforçar muito para poder me dedicar ao único partido ao qual eu sou
filiado na minha vida, há mais de 15 anos. Eu estou muito feliz e empolgado
para esta legislatura, e quero muito poder compartilhar com eles aqui das
nossas vitórias, dos desafios que teremos pela frente.
Então
Valdomiro, Andréa, minha gratidão pela confiança. Nós vamos criar aqui um
rodízio de líderes, e eu estou iniciando esse processo. E estou muito contente
em poder assumir a liderança tendo V. Exa. como presidente, que é um amigo
querido, uma pessoa que merece estar onde está, que trabalha muito, é
incansável...
Eu
sei que V. Exa. está muito preparado para esse novo desafio. Conte conosco aqui
para essa nova jornada. E sejam muito bem-vindos de volta, Valdemiro, que já
foi deputado, e Andréa Werner, que é uma craque que vai abrilhantar esse
plenário também.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Caio França, pelas palavras. Tenho certeza que será um grande líder
pela bancada do PSB. Pela experiência que você já adquiriu durante todos esses
anos aqui na Casa, tenho certeza de que você vai engrandecer, como líder, não
só o seu mandato como sua bancada também. Obrigado.
Dando sequência
à lista de oradores inscritos, com a palavra o nobre deputado Dirceu Dalben.
Ausente. Com a palavra o nobre deputado Felipe Franco. Ausente.
Com a palavra o
nobre deputado Major Mecca.
O SR.
MAJOR MECCA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, novamente desejo que Deus
ilumine seus passos e suas decisões no cumprimento de mais essa missão.
Boa
tarde a todos os deputados e deputadas aqui presentes no plenário. É a minha
primeira manifestação no primeiro plenário da 20ª Legislatura dessa Casa
Legislativa no nosso Estado.
Eu
quero aqui deixar consignado a todos que nos acompanham pela TV Alesp, pela
rede social, que nós continuaremos a nossa batalha, o nosso trabalho pelos
policiais do estado de São Paulo: os policiais militares, os policiais civis,
os policiais técnico-científicos, policiais penais, os agentes socioeducativos
da Fundação Casa, que são homens e mulheres que vêm sofrendo nos últimos 30
anos de governo neste Estado. Pais e mães de família que atravessam imensa
dificuldade para colocar um prato de arroz e feijão na sua mesa e sustentar a
sua família.
Diante
disso, há uma enorme expectativa do governo Tarcísio de Freitas. Eu trabalhei
com todas as minhas forças para que o Tarcísio fosse o governador deste Estado.
E
eu acredito que nós, policiais no estado de São Paulo, os cidadãos de bem,
aqueles que acordam pela manhã e pegam ônibus lotado para ir trabalhar, também
acreditam e confiam no governador Tarcísio de Freitas.
Nós
sabemos que a Segurança Pública, diante de muitas pesquisas, é uma das
principais prioridades, muitas vezes até à frente da Saúde e da Educação.
Porque ninguém aguenta mais perder a vida na mão de um bandido, por conta de um
aparelho celular.
Mas
para que o nosso povo tenha segurança para transitar nas ruas, para que os
nossos filhos não sejam cooptados por traficantes, pelo crime organizado, nós
precisamos de uma polícia forte.
E
polícia forte significa homens e mulheres motivados, homens e mulheres
recebendo um salário digno. Antes de descer para esta tribuna, eu liguei para o
secretário de Segurança Pública, capitão Derrite, meu irmão.
Combatemos
o crime lado a lado nas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, arriscamos as
nossas vidas para salvar a vida de muitas pessoas que nós não conhecíamos. Mas
sempre o fizemos por espírito vocacionado.
E
digo aqui aos policiais: irmãos, a gente sabe da expectativa, da ansiedade de
todos. Não será hoje o anúncio do reajuste salarial. Digo isso, Sr. Presidente,
porque haverá um evento hoje às 16 horas no Memorial da América Latina.
Estão
todos os deputados e deputadas convidados. É o aniversário do Corpo de
Bombeiros do Estado de São Paulo, esses nobres irmãos que prestam um serviço
importantíssimo para o nosso povo.
E
saiu um áudio de que o governador anunciaria hoje, nesse evento, o reajuste dos
policiais. Irmãos, desde o momento quando se iniciou a transição, a prioridade
desse governo é o reajuste salarial dos policiais.
O
secretário capitão Derrite montou uma equipe e já apresentou ao governador um
plano de reajuste, que está nas etapas finais de conclusão, porque existe um
trâmite que tem que percorrer essa proposta que foi apresentada e entregue às
mãos do governador.
O
anúncio de reajuste salarial será feito pelo governador Tarcísio de Freitas. Se
nós soubermos de uma data antecipada, por intermédio do nosso governador, nós
divulgaremos em nossas redes oficiais.
Mas
é preciso, irmãos, família policial do estado de São Paulo, que nós tenhamos,
neste momento, um pouco mais de tranquilidade. A gente sabe do desespero de
todos, mas o trabalho está já em finalização.
E
os senhores serão, sim, valorizados e reconhecidos pelo governo do estado de
São Paulo, coisa que não foi nos últimos 30 anos.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência à lista dos oradores inscritos no Pequeno Expediente, convido a nobre
deputada Ediane Maria. Seja bem-vinda, deputada.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Srs. Deputados, Sras. Deputadas.
Boa tarde, Sr. Presidente, tudo bem? Aqui é a Ediane Maria, a primeira
empregada doméstica eleita no estado de São Paulo, migrante do sertão de Pernambuco,
que veio desafiar São Paulo e trabalhar como babá e empregada doméstica. E o
que esse Estado me ofereceu foi um quarto de empregada, foi o subemprego, a invisibilidade,
o esquecimento.
Quero saudar todas as
funcionárias desta Casa, os funcionários e funcionárias que ontem, ao me
receber, ao saber que eu sou trabalhadora doméstica, vieram ao gabinete, me
abraçaram, fizeram aquela grande festa.
Como é bom a gente se
sentir representado nesta Casa que detém o poder, nesta Casa que legisla as
leis. Quero saudar todas que trabalham aqui e estaremos juntas. O gabinete está
aberto para nossa organização, para tomar aquele cafezinho e para que a gente
possa conversar muito e dar muita risada. Vamos juntos.
Quero saudar o movimento
do qual faço parte, MTST, Movimento dos Trabalhadores sem Teto. Foi ali que eu
me encontrei na luta, que eu comecei a entender o que era direito à moradia.
E quero saudar esses mais
de 175 mil votos de pessoas que acreditaram que era possível eleger, no estado
de São Paulo, a primeira empregada doméstica para ocupar a Assembleia
Legislativa de São Paulo.
Nós entendemos que não
haverá mudança onde os nossos corpos não ocupem, não façam política também de
dentro, porque a gente sempre ficou, ao longo do processo, à margem da
sociedade, esquecida, sofrendo violência doméstica, onde muitas vezes nem
sequer o aparelhamento do Estado está lá.
Muitas de nós não
conseguimos chegar para procurar ajuda, porque a gente não sabe sequer onde tem
uma delegacia. Então são esses os olhares. Nós temos que, cada vez mais, lutar
para que a gente consiga avançar e de fato fazer com que a gente viva, que a
gente viva, nasça antes de morrer.
Quero saudar também os
companheiros, meus companheiros que estão hoje, desde terça-feira, acampados em
frente à Prefeitura de São Paulo, a prefeitura mais rica do Estado, do nosso País.
Eles estão acampados lutando para que seu Ricardo Nunes cumpra com sua promessa
e de fato faça com que esse projeto de moradia suja...
Não é possível que nós vivemos
em um país em que as pessoas fiquem nove anos debaixo de barraco de lona. Não é
possível que a gente viva em um Estado construído por migrantes - quero saudar todos
os migrantes - nordestinos que vêm para construir este grande Estado e que
muitas vezes estão localizados sabe onde? Na periferia, no subemprego, longe de
todo acesso e longe do direito à cidade.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Parabéns, deputada, pela
história. Tenho certeza de que a senhora vai contribuir muito aqui nesta Casa,
neste debate, com a sua representatividade, viu? Seja bem-vinda.
Dando sequência aos
oradores inscritos, com a palavra o deputado Paulo Mansur. Ausente. Dando
sequência, com a palavra o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente deputado André do
Prado; boa tarde aos novos deputados presentes aqui no Pequeno Expediente. Boa
tarde aos nossos assessores, aos policiais militares e civis, ao público presente
aqui na galeria e a quem nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
nós precisamos sempre reconhecer aquelas pessoas que nos estendem a mão, principalmente
nos momentos de dificuldade. Já foram ditos aqui desta tribuna vários relatos
pessoais de histórias fantásticas, deputado Conte Lopes. Para alguns que estão
chegando agora e talvez não me conheçam, eu me identifico muito com essas
histórias, deputado Teonilio Barba.
Eu
sou filho de diarista, de faxineira, Dona Nena, que estava ontem aqui presente.
Sou filho de imigrantes nordestinos que saíram, presidente, de Serra Talhada,
sertão pernambucano, terra de Virgulino Lampião, para muitos, herói, para mim
um facínora.
Vim aqui,
deputado Lucas Bove, para São Paulo, em 95, morar na periferia de São Paulo.
Dentre outras moradias, vivi, morei com a minha família em uma favela. Já tive
emprego, subemprego, fui e continuo sendo funcionário público, um servidor
público. Fui soldado temporário da nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de
São Paulo, fiquei lá por dois anos.
Fui carteiro na
zona leste de São Paulo, Cohab Teotônio Vilela, e quis o destino que eu
encontrasse, presidente, em uma das ruas da cidade de São Paulo, o então candidato
a deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Messias
Bolsonaro. Ele fazia campanha em 2014 para sua primeira eleição de deputado
federal.
Ali surgiu uma
amizade e, quando ele foi eleito, ele convidou este carteiro, morador de favela,
pernambucano, um migrante, alguém com o ensino médio completo para fazer parte
da sua equipe.
Eu aceitei.
Pedi exoneração nos Correios e fui trabalhar com o Eduardo no seu primeiro
mandato. Tudo o que nós vimos, a ascensão do bolsonarismo no Brasil, eu vi e
vivi de perto, deputado Guto, nós que discordamos em vários pontos, mas
concordamos em outros, nos unimos em outros.
Em 2018 o
presidente Bolsonaro me convidou para ser candidato a deputado estadual. Fui o
quinto mais votado naquele pleito. E agora retorno para a Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo com uma excelente votação, novamente graças
a Deus, primeiramente; obviamente à minha família, que sempre me deu suporte,
mas a pessoas como Eduardo Bolsonaro e Jair Messias Bolsonaro, que estendem a
mão não só a mim, deputado Caio França, mas a uma secretária da mulher como a
Sonaira: negra, nordestina, que, senhores, vendia lanche no intervalo da
faculdade para pagar a sua mensalidade. E olhe onde essa mulher, deputado André
do Prado, que muito nos honra com a sua presidência, olhe onde ela está.
Nós chegamos
aqui, a bancada do PL, partido do presidente Bolsonaro, com a maior bancada
desta Casa, foi praticamente um tsunami nas assembleias legislativas. Nós temos
a maior bancada de deputados federais, nós temos uma excelente bancada no
Senado Federal.
Tem gente que
se olha no espelho e enxerga um leão. É ótimo, mas precisa aprender muito,
muito na escola e na escala da humildade, presidente, porque muitas vezes o
discurso e a prática não são reais, não se conectam.
Por exemplo,
chegaram ao Parlamento e obviamente, dentro de uma articulação – presidente,
para finalizar – dentro de um acordo partidário, o primeiro voto dessas pessoas
foi em V. Exa., deputado André do Prado, que tem uma história política, que
estava no PL muito antes de o PL receber esse grupo bolsonarista, e nos recebeu
muito bem.
Aqui eu preciso
agradecer ao presidente Valdemar, ao presidente Tadeu, mas o primeiro voto
destes que chegam aqui foi em um deputado do PL, em um deputado do partido do
presidente Jair Messias Bolsonaro, para presidente do legislativo paulista,
presidente.
Então venho
aqui a esta tribuna dar as boas-vindas. Lealdade e gratidão não prescrevem.
Muito obrigado, presidente Jair Messias Bolsonaro. Nós vamos continuar daqui
desta tribuna representando esses valores tão caros ao senhor, que nos
trouxeram aqui.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Obrigado, deputado Gil Diniz. Dando sequência, nobre deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Boa tarde a todos. Boa tarde, Sr. Presidente. Primeiramente, quero
parabenizá-lo pela brilhante eleição na data de ontem. Contamos muito com a sua
liderança.
Eu gostaria de começar o meu primeiro
discurso dizendo que estou muito honrado e feliz de fazer parte da maior Casa
de Leis da América Latina. Agradeço a Deus, aos meus amigos, aos meus
familiares e ao deputado federal Ricardo Salles, que enxergou em mim um
político, que enxergou em mim a possibilidade de ser um servidor público.
Gostaria também de prestar um especial
agradecimento ao presidente Bolsonaro, nosso eterno presidente, por liderar o
renascimento da direita brasileira. E agradeço, principalmente, aos mais de 130
mil votos que recebi, aos mais de 130 mil eleitores que confiaram em mim. É
muito importante isso, mas agora eu peço licença aos meus eleitores para me
dirigir aos mais de 45 milhões de paulistas.
O nosso gabinete e o nosso mandato
estará – e já está – de portas abertas para todos. Trabalharemos
incessantemente pelas pautas abordadas em nossa campanha. Lutaremos por uma
Educação de qualidade, moderna e que prepare, de fato, os nossos jovens para o
mercado de trabalho atual.
Trabalharemos pelos nossos mestres,
professores, tão maltratados pelo estado nas últimas décadas. No que depender
de mim, eles terão toda dignidade e tranquilidade para lecionar com condições,
equipamentos e salários compatíveis com a importância de seu cargo e de sua
função, libertando-os do corporativismo e do sindicalismo que os mantém, de
forma vil e cruel, reféns de um sistema podre.
Além disso, defenderemos as polícias
paulistas, cidadãos de bem que arriscam suas vidas diuturnamente para ajudar e
salvar o nosso povo, independentemente de credo, da condição social de cada uma
das vítimas que, quando precisa, independentemente se faz manifestação para
acabar com a polícia, quando precisa disca 190 porque tem na polícia o seu
porto seguro.
Trabalharemos ainda incessantemente
para desburocratizar o sistema e apoiar o empresariado, que é quem
verdadeiramente gera emprego, gera renda e gera riquezas para o estado.
Apoiaremos ainda o Governo do Estado
não só na privatização da Sabesp, mas de todas aquelas estatais que forem
possíveis de serem privatizadas. Menos estado, mais eficiência, menos cabide de
emprego para a esquerda. É por isso que vamos lutar aqui.
Além disso, meu mandato será muito
voltado ao agronegócio, o agronegócio paulista, combustível da nossa economia,
que alimenta pessoas, que preserva o Meio Ambiente e que traz empregos e
divisas para o estado. O agro é nosso amigo e não podemos aceitar que a
propriedade privada seja invadida da forma que temos visto pelo Brasil.
Por isso, uma menção honrosa ao
secretário Derrite e às polícias paulistas, que estão brilhantemente combatendo
esse tipo de crime hediondo que ocorre em nosso estado e, infelizmente, no
Brasil, com a conivência - com a conivência! - do governo federal. O agro é
amigo do povo. Nós, do nosso mandato, somos amigos do agro, com muito orgulho.
Que Deus abençoe a todos e muito
obrigado pela oportunidade.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Alex
Madureira.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde a todos os colegas
deputados e deputadas, todo público que nos assiste pela Rede Alesp, hoje é um
dia de agradecer, como primeira sessão desta nova legislatura, agradecer a Deus
pela oportunidade de estarmos aqui.
Agradecer à
família, que é o nosso suporte e quem nos suporta também nos dias difíceis
quando nós levamos muitas vezes para casa, Barba, os problemas que trazem por
conta do mandato que nós exercemos.
Parabenizar
aqui a Mesa Diretora que foi eleita na data de ontem, em especial o deputado
André do Prado, presidente desta Casa. O André conquistou essa Presidência
juntamente com toda a articulação que foi feita, mas o mérito é muito seu, viu,
André? Por tudo que foi construído, você lutou desde o início. A gente usa uma
passagem até bíblica.
Quando
você via uma pequena nuvem aparecendo lá no céu pequenininha, alguém falava
assim: “Mas pode vir chuva daquela nuvem?”, mas veio. Você acreditou, você
trabalhou para isso, fez as articulações necessárias que são do nosso dia a dia
aqui - todos sabem disso - e chegou a ser o nosso presidente eleito na data de
ontem com uma votação expressiva. O deputado Giannazi tentou mais uma vez, mas
não tinha como porque nós já tínhamos acertado isso praticamente com todos os
partidos.
Então
parabéns a você por essa eleição na data de ontem. Parabenizar toda a Mesa Diretora,
não esquecendo aqui de citar o Carlão Pignatari, ex-presidente desta Casa, o
qual nesses últimos dois anos liderou esta Casa de uma forma esplêndida,
passando por problemas difíceis, saindo logo de uma pandemia.
Nós
funcionamos aqui de modo híbrido, funcionamos em casa, funcionamos dentro do
carro, trabalhando e andando no Estado mesmo com tudo que estávamos passando.
Então parabenizar aqui a gestão do Carlão Pignatari. E agora um novo desafio.
Quatro
anos que se iniciam na data de hoje. Acho que cada um aqui tem a sua pauta, a
sua defesa. O que eu gostaria de fazer, como fiz na primeira legislatura aqui,
iniciada em 2019, é pedir que nós a cada dia aqui cada vez menos falemos do pessoal
ou falemos de problemas que não se resolvem para a população.
Eu
digo que ideologia não se discute, como religião e futebol; cada um tem a sua.
Então as discussões muitas vezes não vão nos levar a um denominador comum. O
que a população espera de nós muitas vezes não são discussões ideológicas, mas
é aquilo que vai fazer de diferença na vida das pessoas.
É
isso o que as pessoas querem. Elas querem ver no nosso mandato o voto que nós
recebemos da população se transformar em ações que atinjam a população. Eu acho
que esse tem que ser o nosso desafio diário aqui.
Pensar
legislações que afetem a população de uma forma positiva; pensar nos municípios
que nós podemos atender através das nossas emendas parlamentares; no
relacionamento que nós podemos ter com o secretariado e com o Governo de São
Paulo, trazendo o desenvolvimento para as regiões do Estado, principalmente para
aquelas que mais precisam e esse tem que ser o nosso desafio.
Então
fazer até um apelo aqui para os colegas: que nós não iniciemos este mandato
como foi o mandato passado. Foi muito triste quando nós chegamos aqui e vimos -
eu fazia parte do Conselho de Ética desta Casa - que já no terceiro mês de mandato
tínhamos 40 representações no Conselho de Ética, coisa que não acontecia em mandatos
anteriores.
Então,
que nós possamos ir menos para o pessoal, mas mais para as pessoas. Vamos
trabalhar pela população de São Paulo, que é isso que eles esperam de nós e
esse é o meu pedido a Deus. Que nos abençoe e que nos dê sabedoria para
podermos conduzir este mandato e sermos aquilo que a população espera de nós:
agentes públicos.
Muito
obrigado. Que Deus abençoe a todos nós.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o nobre deputado
Reis. Seja bem-vindo, nobre deputado.
O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Saudar aqui os Srs. Deputados, Sras. Deputadas. Cumprimentar o
presidente André do Prado. Cumprimentar todos aqueles que estão em suas
residências e nos acompanham pela Rede Alesp, cumprimentar os integrantes da
Polícia Civil, da Polícia Militar e também da Guarda Civil Metropolitana.
Sr. Presidente,
Srs. Deputados, Sras. Deputadas, eu quero dizer da grata satisfação que tenho
de estar nesse primeiro dia, que está aqui aberto para o Pequeno e Grande
Expedientes desta Legislatura, fazer uso desta tribuna, inaugurando esta
tribuna.
Para mim, é de
suma importância, por conta da minha história, eu, que nasci no Capão Redondo,
fui cobrador de ônibus da CMTC, fui metalúrgico na Timken do Brasil, fui
policial militar, professor da rede estadual, policial civil, investigador de
polícia de carreira, da qual estou licenciado a partir da data de ontem.
Tive a oportunidade também de ser
vereador por dois mandatos na cidade de São Paulo e um pequeno mandato de 74
dias na condição de primeiro suplente. Tive a oportunidade de trabalhar na
gestão da prefeita Marta Suplicy, na Secretaria de Governo, e tive a
oportunidade de trabalhar nesta Casa, na condição de assessor, na época do
deputado Rui Falcão.
Tendo então passado por toda essa
trajetória, cheguei aqui na condição de deputado estadual eleito com 108.726
votos, os quais eu agradeço a todos os eleitores, a todas as eleitoras, que
dedicaram toda essa confiança à minha pessoa.
Quero, sim, aqui, neste período, Sr.
Presidente, trazer a discussão das questões importantíssimas para a nossa
população, as questões da educação, segurança pública, a saúde pública, o
funcionalismo público, abandonado, desvalorizado.
Hoje, o Major Mecca falou aqui da
questão da valorização dos policiais, valorização que a gente espera, que eu
espero desde quando eu entrei na Polícia Militar, em 1988, e que até hoje
governos de centro-direita passaram, e isso não aconteceu. Temos a Polícia, uma
das polícias mais mal pagas do Brasil, sendo São Paulo o estado mais rico da
Federação.
Até a semana passada, eu estava
cumprindo plantões na delegacia lá no Campo Limpo, no 37.º Distrito Policial,
onde eu trabalho, onde eu estou lotado. As condições são precárias, Sr.
Presidente.
Eu fico assim muito chateado, porque
quantas legislaturas passaram para deixar acontecer, e o que está acontecendo
com a Polícia Civil. Temos que defender a Segurança Pública, temos que defender
a Polícia Militar, defender os profissionais da Polícia Penal, a valorização
deles.
Mas o que fizeram nesse período com a
Polícia Civil foi a destruição. Muitos deputados que me antecederam, que
falaram por aqui, que passaram por aqui e que conhecem a história da nossa
instituição deixaram chegar aonde chegou: mais de 15 mil vagas.
É o déficit que tem hoje de
profissionais na Polícia Civil; delegacias fechadas, delegacias que só
funcionam no horário de expediente, Conte Lopes, como se o crime acontecesse só
em horário de expediente.
Nós vamos, sim, debater. Estou propondo
a Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Civil, porque na questão de Segurança
Pública, a instituição mais sucateada, mais vilipendiada, mais destruída por
esses governos, que desde 88 eu os conheço, desde quando eu entrei na
corporação, na época o governador Quércia, depois o governador Fleury, depois o
governador Covas, depois o governador Alckmin, governador João Doria,
governador Serra, e agora, é claro, chegou um novo governador, nós ainda não
estamos fazendo a cobrança, colocando essa defasagem, esse prejuízo que têm as
instituições nas costas dele.
Mas com certeza, se ele não cumprir o
que falou e o que está se colocando, muito breve nós também o colocaremos na
mesma condição desses governadores que passaram e que sucatearam a Segurança Pública, que
sucatearam os serviços públicos, que destruíram o Hospital do Servidor Público.
E as pessoas
sofrem muito, o servidor público sofre muito para ter acesso ao Hospital do
Servidor Público. A gente espera o apoio de V. Exa., presidente André do Prado,
para que a gente possa reverter todas essas questões, todos esses prejuízos que
nós passamos durante esse período.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando
sequência aos oradores inscritos, agora com a palavra o nobre deputado Eduardo
Suplicy. Com a palavra o nobre deputado Eduardo Suplicy. Seja bem-vindo
novamente a essa Casa, tenho certeza que sua história vai poder contribuir
muito para com esse Parlamento. Parabéns.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Querido presidente André do Prado, que bom ter a
oportunidade de aqui falar no Pequeno Expediente nesse primeiro dia útil após a
nossa posse no dia de ontem.
Cumprimento por
ter sido eleito com forte apoio de todos os deputados estaduais e inclusive
tendo tido como adversário tão altivo o nosso Carlos Giannazi, que tão bem tem
contribuído para que haja maior equilíbrio na nossa sociedade.
Eu quero hoje
transmitir ao presidente e a todos que estão nos ouvindo que eu terei amanhã
uma audiência muito especial com o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington
Dias. Está marcada para as 9h30 da manhã.
E eu estarei
acompanhado com alguns membros da Rede Brasileira da Renda Básica, como Leandro
Ferreira, Aldaiza Sposati, Paola Loureiro Carvalho e possivelmente outros, para
dialogarmos sobre como será o previsto na medida provisória que recriou o
programa Bolsa Família, cujo Art. 1º, § 1º, diz que o programa Bolsa Família
constitui uma etapa na direção de implantarmos a renda básica de cidadania até
se tornar universal e incondicional para todos nós brasileiros e brasileiras, e
diz a lei, inclusive para os estrangeiros aqui residentes há cinco anos ou
mais.
Sabem todos o
quanto que eu tenho batalhado por essa proposta e gostaria aqui, presidente
André do Prado, informar que na próxima semana estarei convidando a todos os
colegas, as deputadas e deputados estaduais, para assinarem a sua participação,
seja como membro ou apoiadores da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Renda
Básica de Cidadania Universal e Incondicional.
E por que tanto
acredito nessa proposta? Ora, hoje nós temos o programa Bolsa Família, tivemos
o Auxílio Brasil, que são formas de Imposto de Renda negativo com
condicionalidades relacionadas a Educação e a Saúde.
Agora, o Renda
Básica de Cidadania será incondicional para todos nós deputados estaduais,
federais, o presidente da República, para os jornalistas, para o mais
bem-sucedido empresário brasileiro, para o Eduardo Suplicy também.
Só que,
obviamente, nós que temos mais vamos colaborar para que nós próprios e todos os
demais venham a receber, e com isso eliminamos todo em qualquer burocracia
envolvida em se ter que saber quanto
cada um ganha no mercado formal, na carteira de trabalho assinada, em qualquer
atividade que façamos.
Se uma mãe toma
conta das crianças da vizinha e recebe um trocado no dia seguinte, não precisa
declarar. E do ponto de vista da dignidade, da liberdade do ser humano é que
teremos a maior vantagem para aquela mãe que, não tendo muitas vezes
alternativa para dar de comer em casa, resolve se prostituir ali no Parque da
Luz.
Para aquele
rapaz que, não tendo como ajudar no orçamento da família, resolve se tornar o
aviãozinho da quadrilha de narcotraficantes como personagem do Mano Brown, dos
Racionais MC’s, do homem na estrada que recomeça a sua vida, a sua dignidade, a
sua liberdade que foi perdida, subtraída, quer mostrar a si mesmo que realmente
mudou, que se recuperou, quer viver em paz e dizer ao crime “nunca mais”.
O dia que
houver para si e cada membro da sua família uma renda suficiente para atender
as suas necessidades vitais, essa pessoa vai ganhar o direito de dizer “não,
agora eu não preciso aceitar essa única alternativa que me surge pela frente,
mas que vai ferir a minha dignidade, colocar minha saúde em risco.
Agora posso
aguardar um tempo, quem sabe fazer um curso aqui numa instituição, na minha
cidade aqui perto, como o professor André do Prado, até que surja uma
oportunidade mais de acordo com a minha vocação, com a minha vontade nesse
sentido”, pois que a renda básica de cidadania vai elevar o grau de liberdade e
dignidade para todos, como inclusive agora o Papa Francisco, no seu livro
“Vamos sonhar juntos” tanto destaca as vantagens da renda básica universal.
Muito obrigado, presidente André do
Prado, por esta tão boa oportunidade de estrear aqui na tribuna da Assembleia
Legislativa novamente, depois do período 79 até oitenta e três.
Um grande abraço.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Parabéns pelas
belíssimas palavras, nosso deputado Eduardo Suplicy.
Encerramos o Pequeno Expediente no dia
de hoje e já abrimos o Grande Expediente.
* * *
-
Passa-se ao
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - E para iniciar
o Grande Expediente convido o deputado Agente Federal Danilo Balas para suas
considerações. Ausente. Deputado Itamar Borges. Ausente. Deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino.
Seja bem-vindo novamente a esta
Casa. Vai enriquecer muito o nosso debate aqui. Tive a honra de ter sido
deputado com Luiz Claudio Marcolino, sabemos da sua capacidade e competência.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Obrigado, presidente.
Sr. Presidente, Srs. e Sras. Deputadas,
funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, quem nos acompanha pela
TV Assembleia, pelas redes sociais; para mim, Sr. Presidente, é uma honra
voltar novamente para esta Casa, na qual fui deputado de 2011 a 2015 e agora, a
partir de todo um trabalho desenvolvido com os trabalhadores bancários,
servidores da Saúde municipais em diversos municípios do estado de São Paulo,
meus companheiros do Movimento de Moradia, principalmente os trabalhadores
vinculados à autogestão, trabalhadores vinculados ao meio ambiente, vários
segmentos dos movimentos sociais que garantiram o nosso retorno hoje aqui na
Assembleia Legislativa.
É importante mais um trabalhador
representando também o Parlamento Estadual. Hoje nós já temos a Professora
Bebel, da Educação, o Barba, do ramo metalúrgico, e agora também o deputado
Marcolino vindo dos bancários de São Paulo. É um sindicato no qual fui
presidente de 2004 a 2010, um sindicato que hoje representa 132 mil
trabalhadores na Grande São Paulo, São Paulo, Osasco e região.
Nesse período em que estive fora
do Parlamento, Sr. Presidente, fiquei um período na Agência de Desenvolvimento
da cidade de São Paulo, depois um período como superintendente do Ministério do
Trabalho no estado de São Paulo até o golpe na presidenta Dilma.
No dia seguinte, pedi exoneração
do cargo, em virtude de que o presidente que a substituiu não me representava.
Depois, estive por um período na vice-presidência da Central Única dos
Trabalhadores.
Hoje, os trabalhadores têm mais um
representante aqui, na Assembleia Legislativa. Para nós, é muito importante
este retorno à Assembleia Legislativa, porque muito ainda temos a fazer. Do
período que eu estive aqui como deputado estadual, implementamos algumas lutas
importantes, como a questão do Rodoanel.
É muito estranho, inclusive, pela
importância do trecho norte do Rodoanel, que estava muito bem adiantado, e,
simplesmente, durante oito anos, uma obra tão importante como essa ficou
paralisada. Quase 85% da obra contratada, concluída.
Quando estivemos aqui, de 2011 a 2015,
do total de seis bilhões da obra na época, quatro bilhões vinham do governo
federal, vinham dois do BNDES, dois bilhões do PAC Mobilidade, dois milhões do
Governo do Estado de São Paulo.
A gente percebe que um trecho tão
importante como esse trecho norte do Rodoanel não foi concluído. Depois de oito
anos que eu passei por esta Casa, agora parece que vai ser retomado o trecho
norte do Rodoanel. Foi um debate importante que nós travamos na Assembleia
Legislativa.
Outro debate importante que nós
travamos de 2011 a 2015, foi a retomada do Hospital Sorocabana, na região da
Lapa, um hospital que estava parado. Depois de muito tempo, ainda durante a
gestão do prefeito Haddad, conseguimos o repasse do hospital para a Prefeitura
de São Paulo, um hospital que, inicialmente, era dos trabalhadores ferroviários
do estado de São Paulo.
Hoje, parte do hospital volta a
funcionar, depois de uma ação do Partido dos Trabalhadores, quando o Haddad era
prefeito de São Paulo. Hoje, atende muito a população da nossa cidade,
principalmente, foi muito importante durante a pandemia do coronavírus.
Outro debate importante que nós
travamos aqui na Assembleia para mostrar um pouco da morosidade, às vezes, do
Governo do Estado, foi em relação à obra da CPTM, que era, inicialmente, para
terminar no Varginha, hoje está até a estação Mendes. Era uma obra que era para
ter terminado em 2014.
Inclusive, em 2012, o atual governador
na época era o Geraldo Alckmin, foi anunciado que até 2014, para a Copa de
2014, seria entregue a estação Mendes até Varginha, sendo estruturado também um
debate para levar a estação da CPTM até Parelheiros.
Pasmem, a gente olha hoje e apenas a
estação Mendes foi entregue. Varginha está simplesmente um esqueleto ainda. A
proposta de levar o trem da CPTM até Parelheiros sequer saiu do papel.
É importante trazer um pouco essas
reflexões, porque um dos nossos papéis aqui no Parlamento estadual é fazer a
reflexão da importância do desenvolvimento do estado de São Paulo, o papel que
o estado de São Paulo tem para o desenvolvimento não só do nosso Estado, mas
para todo o País, cobrar, fiscalizar, acompanhar, propor. Esse é o nosso papel
como deputado estadual. Nós queremos ver as regiões metropolitanas funcionando
de fato.
A gente acompanha, quando foram as
primeiras regiões metropolitanas que foram retomadas na Assembleia Legislativa,
na época o governo queria acabar, inclusive, com o Fumefi de muitas cidades. A
gente percebe que até hoje os fundos de desenvolvimento das regiões
metropolitanas não foram estruturados.
Nós sabemos que no estado de São Paulo
muitas regiões só vão se desenvolver se efetivamente tiver um desenvolvimento,
seja pelo aglomerado urbano ou pelas regiões administrativas ou,
principalmente, pelas regiões metropolitanas.
Tem muitas ações hoje que o município
não consegue desenvolver sozinho. Quando a gente pensa em Saneamento Básico, na
questão da Habitação, na própria questão da reciclagem, nós sabemos que, muitas
vezes, um município sozinho, na Habitação, ele não consegue se desenvolver.
Então a região metropolitana é
importante, mas não podemos tratar a região metropolitana apenas como uma
possibilidade de os deputados serem reeleitos para a Assembleia Legislativa,
não pode apenas virar uma grife a região metropolitana, tem que ter um papel
efetivo.
E nós vamos debater muito. Esperamos
acompanhar novamente a comissão que nós acompanhamos bastante na Assembleia, de
Finanças e Orçamento, para fazer o debate correto da importância do
desenvolvimento do estado de São Paulo. Quando a gente pensa em um estado como
o nosso Estado, a gente sabe o quanto vai ser importante também a relação com o
governo federal.
A gente percebe que, agora, no governo
federal, em pouco tempo já foram investidos, só na área da Pró-Infância, 18
milhões de reais, só no mês de fevereiro, que já foram aplicados, pelo governo
federal, no estado de São Paulo.
Dezoito milhões de reais, para o
Pró-Infância, para a construção de creches e escolas no nosso Estado, em apenas
um mês. Apenas no mês de fevereiro, demonstrando que o governo federal vai
fazer muito investimento no estado de São Paulo, como fez nos anos anteriores.
O governo Lula vai retomar agora o
mesmo diálogo que tinha quando ele foi presidente, de 2003 até 2010, onde todos
os prefeitos, tendo projetos, encaminhando projetos para os diversos
ministérios, terão os seus projetos reaplicados no estado de São Paulo. Nós
temos um levantamento de que foram mais de 14 mil empreendimentos e obras
paradas em todo o País.
O presidente Lula já determinou o
início das obras que estavam paradas. Os prefeitos e os governadores estão
reencaminhando os projetos das obras que estavam paradas, Brasil afora, e já
começa de novo o processo do desenvolvimento do nosso País. É assim que se faz um
debate no Parlamento.
Nós queremos fazer um debate com
qualidade, com formulações, com proposituras. Mas nós não deixaremos de fazer a
defesa do nosso partido. Sou filiado ao Partido dos Trabalhadores desde 1989,
até antes de eu ter entrado no movimento sindical.
Sou bancário desde, também, oitenta e
nove. Entrei no banco Itaú, também, ainda em 89, quando me filiei ao Partido
dos Trabalhadores. E depois que eu vim para a vida política, e fui eleito em
2010.
Então, para a gente, defender o Partido
dos Trabalhadores muito nos engrandece. É um partido que defende servidores
públicos, um partido que defende os direitos das minorias, um partido que
defende o desenvolvimento nacional. Principalmente, com a inclusão da população
que mais precisa.
Esse vai ser o nosso papel na
Assembleia Legislativa: discutir propostas, discutir ações. E queremos também
fazer a comparação. Porque nós vamos fiscalizar o governo estadual no estado de
São Paulo. Vamos acompanhar “pari passu” aquilo que foi proposto e aquilo que foi
executado.
Quando tiver mérito, nós também vamos
elogiar, porque é importante também. É papel do Executivo que a gente, como
deputado estadual, faça cobranças ao governo do estado de São Paulo. E, quando
tiver ações positivas, vamos parabeniza-las, mas nós vamos ficar no calcanhar.
Não concordamos com privatizações. A
defesa da Sabesp foi um lema importante para os deputados que aqui estavam. Nós
vamos continuar com a defesa, não só da Sabesp, mas de todas as empresas
públicas do estado de São Paulo. Porque nós sabemos como são importantes as
empresas públicas, seja no estado de São Paulo, seja no Brasil.
Porque é a partir das empresas
públicas, com o seu lucro, com o seu resultado, que o governo do Estado, ou o
governo federal, pode fazer políticas públicas, não só aqui no estado de São
Paulo, mas em todo o País.
Por isso nós vamos defender as empresas
públicas com o mesmo afinco que nós defendemos no governo federal. Não faremos
diferente também aqui no estado de São Paulo.
Então eu quero agradecer, presidente, a
minha primeira fala no retorno à Assembleia Legislativa. Tenho orgulho de
voltar a fazer parte desta Casa. Muito me engrandece poder contribuir com uma
reflexão, e discutir políticas públicas para o povo do estado de São Paulo.
Muito obrigado, estou à disposição de
fazer um bom debate com todos os trabalhadores do estado de São Paulo.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, é
possível falar pelo Art. 82 nesse momento? Acho que é só depois, no Grande.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vamos seguir a
lista, deputado Luiz Carlos Marcolino, porque nós temos ainda oradores
inscritos para o Grande Expediente. Ao final, a gente verifica essa
possibilidade de ter um tempo para o Art .82. Dando sequência, com a palavra, o
nobre deputado Valdomiro Lopes.
O
SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Cumprimentar o nosso presidente, André do Prado, pela sua eleição, e
pela condução dos trabalhos. Dizer que estou novamente de volta à Assembleia de
São Paulo, já tive três mandatos. Depois, duas vezes, prefeito de São José do
Rio Preto. E agora, no nosso quarto mandato.
Na verdade, o último mandato meu aqui
na Assembleia, tive que sair no meio, para assumir a Prefeitura de São José do
Rio Preto, a cidade onde eu nasci, onde eu tenho a minha família, onde o meu
avô chegou lá em 1898, para vocês terem ideia.
Rio Preto era uma cidade pequena. E lá
minha família criou raízes, e eu tive a minha vida pública e a minha vida
privada, começando como médico, como professor. E também como vereador, depois
deputado, depois prefeito.
Quero agradecer
às pessoas pela confiança do voto, mas dizer que a nossa missão aqui na
Assembleia de São Paulo... Porque muitas pessoas assumiram hoje a tribuna,
primeiro dia...
Aliás quero
justificar aqui, porque estava inscrito no Pequeno Expediente, eu era o quarto
inscrito. Estava na reunião na nossa liderança - que é pertinho daqui do
plenário - mas os primeiros oradores não falaram, e até eu chegar aqui já tinha
passado a minha vez.
Então, me
inscrevi aqui novamente no Grande Expediente. Mas a palavra é “agradecimento”.
Agradecimento a Deus, às pessoas que confiaram em mim de novo para me trazer
aqui de volta. E dizer da minha disposição de trabalho, trabalho pelas pessoas.
Eu vi aqui
muitos companheiros e companheiras deputados assumirem a tribuna e contarem as
suas histórias de vida, histórias bonitas. Uns defendendo o partido da direita,
o partido da esquerda, defendendo uma liderança de lá, uma liderança de cá.
Mas na verdade
eu acho que a nossa grande missão aqui é defender as pessoas. Esta Casa, o
estado de São Paulo, o segundo maior Orçamento do Brasil, só é menor do que o
Orçamento da União...
E nós, como
deputados de São Paulo, temos a obrigação de olhar pelas pessoas. Eu acho que é
isso que elas esperam da gente; fazer políticas públicas que melhorem a vida
das pessoas.
Aliás, quando
as pessoas votam na gente, tenho a impressão de que elas nos escolhem
exatamente para que a gente faça isso, para que a gente lute por aquilo que é
importante. E nesse novo mandato a minha disposição de luta, de trabalho é
muito grande. Reassumir aquilo que eu já fiz lá atrás, na defesa, como médico,
do Iamspe.
Quando eu fui
deputado da primeira vez, aprovei aqui aquela lei importante, a lei dos
agregados do Iamspe, que possibilitou que os servidores públicos do Estado
pudessem inscrever os seus pais e mães no plano do Iamspe para serem atendidos.
Mais de 150 mil pais e mães foram atendidos graças àquela lei que eu fiz quando
fui deputado aqui na Assembleia.
Preciso rever
isso. O Iamspe é muito importante para o funcionalismo público, e está sendo
relegado a um quarto, quinto plano, caindo o grau de excelência da sua
assistência médica. Nós não temos, praticamente, atendimento do Iamspe em todo
o interior do estado de São Paulo.
É preciso fazer
com que o governo do Estado coloque lá a contrapartida do Iamspe. Descontam do
funcionário público um percentual do seu salário, para que esse percentual vá
para a manutenção do Iamspe. E ninguém vai lá conferir se o governo do Estado
põe a sua contrapartida daquele mesmo tamanho.
Eu defendo até
que, quando alguém é funcionário público e usa o Iamspe, ele teria também o
direito de usar o SUS. E por que não fazer essa compensação? Já que ele não usa
o SUS, ele usa o Iamspe; por que não compensar isso, dando ao Instituto do
Iamspe esse novo recurso, essa nova possibilidade de melhorar o atendimento?
Fazer o primeiro hospital do servidor público no interior do estado de São
Paulo.
Eu vejo lá a
minha cidade de São José do Rio Preto: a Santa Casa de Rio Preto é credenciada
pelo Iamspe. E lá ela atende a mais de 100 cidades do entorno. Faltam vagas,
faltam exames laboratoriais, falta um credenciamento de médicos. E, com tudo
isso, eu vejo que ninguém levanta essa questão aqui no Parlamento Paulista.
Então, quero
dizer que essa vai ser uma das nossas lutas. Vamos retomar, na verdade, a
defesa do Iamspe, do funcionalismo público. Aliás, não é só essa luta que nós
temos que retomar.
A nossa grande
missão aqui vai ser devolver a esperança para o povo de São Paulo, esperança
que o povo está perdendo, está perdendo no Brasil. Então, a classe política
precisa se reabilitar diante das pessoas.
Alguém citou
aqui, antes de mim, o agronegócio de São Paulo. O agronegócio é o negócio do
Brasil, nós temos no Brasil um agronegócio muito forte. O negócio de São Paulo,
que também é o agronegócio, está relegado também a um segundo, terceiro plano.
Vou citar um
exemplo aqui, um exemplo: vocês sabiam que o estado de São Paulo é o maior
produtor de látex do Brasil? Tenho certeza de que muita gente não sabia disso
aqui. Nós produzimos mais látex... Todo mundo, acho, fala em látex e pensa em
quê? Lá na Amazônia, né?
A produção de
látex da Amazônia é desse tamanhozinho assim, não é? Eu ia fazer uma
brincadeira aqui pornográfica; não vou fazer, mas quero dizer que o grande
produtor de látex do Brasil é São Paulo. Que região? A nossa região, regiões
oeste e noroeste do estado de São Paulo.
A Hevea
brasiliensis, que é a seringueira, é uma árvore brasileira. A heveicultura dá
emprego às pampas porque, quando vai um agricultor sangrar a seringueira para
tirar o látex, esse sangramento é um sangramento manual e um trabalhador
consegue, no máximo, sangrar de 2.700 a 3.000 árvores.
O preço do
látex, no Brasil e em São Paulo, despencou para menos da metade nos últimos
seis meses, fazendo com que essas famílias comecem a passar graves
necessidades. Por causa do quê? Do látex importado. O coágulo de borracha
importado está inviabilizando a heveicultura no estado de São Paulo.
São milhares e
milhares de famílias que vivem nas propriedades, que são pequenas propriedades,
na sua maioria, propriedades de cinco alqueires, de dez alqueires, de 20
alqueires que plantaram seringueiras.
Muitas estão
pensando em extirpar a seringueira, que é uma árvore que demora para começar a
produzir, dizem os técnicos que são sete anos, mas eu digo para vocês que ela
só produz efetivamente depois dos dez anos.
Então, é um
investimento grande que as famílias fazem e que está relegado a um terceiro,
quarto plano, também, no estado de São Paulo, o que pode levar a um grande
desemprego e à fome no campo.
Não precisa
fazer reforma agrária no estado de São Paulo, porque ela já aconteceu
naturalmente: o bisavô passou a propriedade para o avô, o avô para os pais, os
pais para os filhos e a maioria esmagadora das propriedades rurais de São Paulo
não são latifúndios, são pequenas e médias propriedades.
A heveicultura
é uma cultura importante na economia do estado de São Paulo, só que nós não
competimos mais, hoje, com a Malásia, com a Indonésia porque vem de lá o
coágulo do látex para cá, sem pagar imposto, de uma forma predatória para com
os produtores nacionais.
Eu não vejo
aqui ninguém, neste Parlamento, levantar essa questão para se discutir nem com
o governador, nem com o Governo do Estado, nem com o governo federal, que
libera a importação de pneus da China, da Índia, em detrimento da produção dos
pneus daqui, brasileiros, que ficam mais caros e acabam sufocando o produtor e
o agronegócio do Brasil.
Isso sem falar
na questão da carne, sem falar na questão dos grãos. Não se agregam valores aos
produtos. Já passou, presidente? Então, mais uns 30 segundos aqui, para eu
terminar.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para
concluir o tempo, os 30 segundos, deputado.
O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - Mas
não se agregam valores aos commodities brasileiros. Só para vocês terem ideia,
vou falar aqui da soja. A gente exporta soja in natura; quando chega um período
do ano, às vezes tem que importar de volta farelo de soja, mais caro a tonelada
do que a tonelada de soja que foi exportada. Isso não é justo com o povo
brasileiro.
Nós temos que exportar as nossas carnes
em pedaços já para consumo, já industrializada, fazer a ração aqui para o nosso
frango, para o nosso porco e vamos discutir muito isso aqui neste ano e nos
próximos em que eu estiver aqui, defendendo o emprego, defendendo o
agronegócio, defendendo as pessoas e buscando defender e devolver a esperança
para o povo de São Paulo, que é a grande locomotiva do Brasil.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Gostaria de
passar a palavra ao nobre deputado Teonilio Barba, conforme o nobre deputado
vice-líder do PT, Marcolino, solicitou. Nós daremos cinco minutos ao deputado
Teonilio Barba pelo Art. 82.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente, gostaria de indicar o Teonilio Barba.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT -
PELO ART. 82 - Obrigado, Sr. Presidente, obrigado meu vice-líder, Luiz Claudio.
Cumprimento as deputadas aqui presentes, a companheira Beth Sahão, a deputada
Andréa Werner também estava aqui.
Presidente, eu
quero iniciar essa minha fala primeiro para fazer um elogio à V. Exa. em sua
entrevista coletiva. Você teve um comportamento que espero que seja assim do
início ao fim porque, quando você respondeu para a imprensa em relação ao
governo, que o líder do Governo é que tem que cuidar dos projetos do governo, é
que tem que trazer os projetos do governo para a Casa e que o senhor é o
presidente e tem que cuidar de 93 deputados.
É uma postura
extremamente importante, presidenciável muito importante, não é, deputado Conte
Lopes?
Outra questão é
quando a imprensa provocou o senhor na questão da legislatura que terminou. Foi
uma legislatura muito ruim, muita ofensa, muita falta de respeito e o senhor
disse que não permitirá, que vai coibir qualquer tipo de ofensa, seja de um
deputado contra as deputadas, seja a questão de que somos um País machista e às
vezes esquece de respeitar a questão das mulheres, ou seja, a questão de
deputados que desta tribuna ofenderam quem estava aqui nas galerias. O senhor
disse que não permitirá isso.
Quero
parabenizar; na entrevista como um todo o senhor foi muito bem. Quero
parabenizar e dizer que estou junto nessa com o senhor para a gente garantir
para os deputados as melhores condições que temos que fazer aqui nesta
Assembleia.
Mais uma vez
quero agradecer ao meu líder atual, o Luiz Claudio Marcolino, pela indicação,
mas quero agradecer toda a bancada da federação. Os 13 deputados e as 6
deputadas que apoiaram o meu nome para fazer parte da Mesa Diretora e os
deputados que eu não consegui cumprimentar antes, eu aproveito para cumprimentar
agora. Agradeço a todos vocês que não botaram o nome para disputar conosco.
Eu jamais
imaginei, senador Eduardo Suplicy, hoje deputado estadual - eu que votei no
senhor para deputado estadual no MDB em 1978, eu tinha apenas 20 anos de idade
- que eu ia ser deputado ao seu lado.
Como jamais
imaginei que eu ia ser deputado ao lado do coronel Conte Lopes, que eu conheci
desde as greves do final da década de 70 e da década de 80, viu, deputado Reis,
você que também é da área da Segurança Pública. Aqui o Conte Lopes a gente
respeita muito, a gente brinca, mas se respeita muito. É sempre uma honra estar
aqui.
Mas neste
momento quero aproveitar para agradecer a extraordinária votação que eu tive,
108.071 votos. E esses votos têm origem em uma luta operária porque eu
trabalhei 41 anos na indústria: 11 anos na indústria de móveis, 5 anos na
Volkswagen e 25 anos na Ford, deputado Luiz Claudio Marcolino.
Minha origem é
o movimento sindical e foram vários movimentos que me ajudaram a construir essa
candidatura: o pessoal do movimento negro, o pessoal da comunidade LGBTQI+ do
ABC, o pessoal do movimento de mulheres, o pessoal da economia solidária, do
cooperativismo e do associativismo, o pessoal da habitação, o pessoal da
juventude e o pessoal de vários movimentos sociais importantes.
Esse é o
conjunto de forças que me leva para o terceiro mandato. Quero agradecer, em
especial, à Central Única dos Trabalhadores, à qual meu sindicato é filiado,
mas também agradecer a todas as centrais pela luta que empenharam no ano
passado em defesa do Estado Democrático de Direito, em defesa da democracia.
Quero
agradecer, em especial, ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que, aliás, hoje
estava fazendo a apuração das suas eleições em primeiro turno. Somos um
sindicato que tem eleições em dois turnos. No primeiro turno, a gente elege os
comitês sindicais de empresa, que vão nos representar nos locais de trabalho.
O sindicato
elegeu, em 45 fábricas, 156 companheiros que vão compor a direção plena do
sindicato e mais seis companheiros que são dos metalúrgicos aposentados do ABC.
Então, a eleição foi no dia 14 e no dia quinze. Hoje é a apuração, que já deve
ter se encerrado. Saindo daqui, vou para lá cumprimentar os metalúrgicos.
Então, quero
agradecer muito a esse sindicato. Tudo o que debato nesta Casa aprendi naquela
escola, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que produziu nada mais, nada
menos que o presidente Lula, que está no seu terceiro mandato como presidente
da República.
Então, muito
obrigado ao movimento sindical, muito obrigado ao meu partido, à minha bancada
e a todo o acordo. Parabenizo o senhor pela construção do acordo. Com todo o
respeito que tivemos à candidatura do companheiro Giannazi, o senhor construiu
um grande acordo e eu respondi isso com muita tranquilidade para a imprensa.
A imprensa me
perguntou: “Como é esse negócio de vocês votarem no PL?”. Eu falei: “Gente, o
Regimento é muito claro. A proporcionalidade é garantida sempre que for
possível.
Então, para
manter a proporcionalidade, temos que construir acordos. O acordo é isso: nós
votamos no deputado do PL e os deputados votaram nas nossas candidaturas”.
Obrigado,
presidente, pela compreensão e pela tolerância.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Barba, pelas palavras e pela deferência. Tenho certeza de que, ao seu
lado, ao lado do nobre deputado Rogério Nogueira, nós da Mesa faremos um grande
trabalho em prol desta Assembleia.
Dando sequência aos oradores inscritos
no Grande Expediente, deputada Marina Helou. (Pausa.) Deputado Ricardo
Madalena. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. Com a palavra, o nobre deputado
Carlos Cezar para o uso de dez minutos do Grande Expediente.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, meu amigo,
inicialmente quero também parabenizá-lo pela importante conquista no dia de
ontem.
Assumir a
Presidência do maior parlamento estadual da América Latina é algo que nos enche
de alegria, sabendo que temos, na condução dos nossos trabalhos, uma pessoa
como V. Exa., que é extremamente capacitado, uma pessoa leal, um homem de
palavra, um homem que constrói, através de argumentos e relacionamentos,
alianças poderosas e que, com certeza, vai fazer com que esta Casa continue
nesse clima de paz, sobretudo apresentando resultados para toda nossa
população.
Parabéns a V.
Exa. e a cada um dos membros da Mesa que foram eleitos, tanto o deputado
Teonilio Barba, o deputado Rogério Nogueira e o nosso representante da bancada
do PL também, deputado Gil Diniz.
Em nome do
deputado Conte Lopes, cumprimento cada um dos parlamentares que se fazem
presentes aqui no plenário, o público que nos acompanha através da Rede Alesp e
todas as pessoas que se fazem presentes, os servidores desta Casa.
Hoje, marca-se
o início efetivo dessa nova legislatura, já com jornada, com Ordem do Dia, com
tudo aquilo que demanda, com Pequeno Expediente, Grande Expediente. Vamos
voltar a nossa rotina diária.
Quero,
inicialmente, em nome dos deputados da bancada do PL, agradecer a todos os
parlamentares, aos 19 deputados que assinaram e que me dão a responsabilidade
de liderar esta bancada que, hoje, é a maior bancada deste Parlamento. Então,
quero agradecer a cada um dos parlamentares.
Ainda hoje - o
deputado Conte Lopes esteve presente - fizemos a nossa primeira reunião da
bancada. Creio que teremos muito trabalho. Essa é a nossa disposição, que é de
trabalhar e de apresentar resultados.
Eu digo sempre
que a nossa vida é feita de semeadura e colheita. Então quando nós colhemos, quando
nós semeamos trabalho, quando nós semeamos boas ações com certeza nós teremos
colheita de bons resultados. Eu espero isso.
Quero
cumprimentar aqui os deputados recém-chegados, os novos. Está aqui o pastor Oseias,
seja bem-vindo; deputado Guto; deputado Carlos Eduardo; senador Suplicy, que
agora está aqui; o Reis, que foi vereador na capital e tem uma experiência no
Parlamento; o nosso querido Marcolino, que está voltando aqui; Beth Sahão, que
está voltando; Donato; Rômulo; Rafael Saraiva, enfim, todos.
Vários
deputados que estão inaugurando - e nós que há algum tempo - alguns mandatos,
estamos... Deus nos deu a Graça de voltarmos a esta Casa, de continuarmos
desempenhando o nosso papel.
A
nossa palavra aqui hoje é de gratidão. Gratidão a Deus e gratidão a cada um dos
mais de 180.000 eleitores que me dão o privilégio de ser representante, porta-voz
de cada um deles aqui nesta 20ª Legislatura que hoje está se iniciando.
Eu
tenho certeza que nós aqui teremos muitos, muitos embates, muitas divergências,
e o Parlamento é isso. Faz parte desta Casa a divergência, faz parte desta Casa
o contraponto.
E
nós estaremos à altura para com, alto nível, não debater pessoas, não discutir
pessoas, mas discutir sobretudo ideias, discutir sobretudo aquilo que vai levar
benefício para a população.
Tenho
certeza que ninguém aqui foi pedindo voto para fazer mal para alguém, mas todo
mundo que pediu voto... E aqui ninguém chegou sem o voto, ninguém chegou sem a
confiança de alguém e todos aqui chegaram com confiança de milhares de paulistas.
E agora nós governamos e vamos ajudar a governar um estado de mais de 40
milhões de habitantes.
Há
um versículo na Bíblia no Livro de Provérbios, Capítulo 29, Versículo 2; a
palavra diz que: “Quando os justos governam, o povo se alegra”. E a minha
oração - e peço isso todos os dias a Deus - é que a gente possa trabalhar com justiça
para que haja alegria, para que haja prosperidade.
Então
é lógico que, ainda que haja divergência, nós vamos sempre buscar a
convergência e buscar aprovar bons projetos para este Estado. Teremos aqui em
cada um desses projetos visões antagônicas, mas que a maioria sempre vai
prevalecer e eu penso que esse é o entendimento. Penso que essa é a vontade que
se cumpra aqui nesta Casa.
Eu
quero aqui exaltar cada um de vocês e mais uma vez parabenizar a Mesa, dizer
das próximas construções que nós teremos nos próximos dias. Temos cerca de 15
dias para se formar as comissões permanentes desta Casa.
Cada
partido vai apresentar o interesse de cada um dos seus parlamentares para que
nós possamos desempenhar e aprovar bons projetos para todo o povo paulista. Apenas,
Sr. Presidente, deputado André do Prado, mais uma vez parabéns a V. Exa. e que
Deus abençoe a todos e esta nossa jornada que se inicia hoje nesta legislatura.
É
isso.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Carlos Cezar, pelas palavras. Desejo também a V. Exa. muito sucesso na sua liderança no Partido
Liberal.
Dando sequência
à lista de oradores inscritos, com a palavra a nobre deputada Dani Alonso.
(Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Com a palavra
o nobre deputado Conte Lopes.
O SR. CONTE LOPES - PL
- Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, voltamos à tribuna no Grande
Expediente. Nós somos do tempo em que o deputado usa aqui o plenário para
falar; hoje muita gente se elege no TikTok.
O
cara tem TikTok, tal, faz a campanha dele, mas o mundo é assim mesmo. Mas
estamos aqui revendo grandes amigos. Nosso senador Suplicy, parabéns. Para quem
não sabe, fomos vizinhos de gabinete na Câmara Municipal.
A
vitalidade do senador, ele trabalha 24 horas por dia. O gabinete dele atende
todos os populares, as pessoas de rua, inclusive usando os computadores,
tomando um café, comendo um bolo. O senador atende todo mundo lá no seu
gabinete.
O Reis fez uma
colocação muito boa aqui, o negócio da Polícia Civil. Ora, com 15 mil homens,
estão faltando 15 mil homens para a Polícia Civil como tem faltado 15 ou 20 mil
para a Polícia Militar.
Como é que a
polícia pode trabalhar com um déficit desses? Então é a delegacia que não abre.
Realmente, a delegacia não abre. No interior, funciona uma delegacia em uma
cidade, as outras não têm delegacia.
Uma ocorrência
vai para aquela delegacia, acabaram os demais policiais, não tem como
trabalhar; não há investigação. E a polícia se resume em casos bonitos: os
grandes casos, todo mundo sai correndo atrás.
E agora também
é diferente, né? Antigamente, até para sequestrar, o cara tem que sair para a
rua para sequestrar, o bandido. Pegava uma arma, tal, presidente André do
Prado, e saía para sequestrar, achar as vítimas e levar para o cativeiro. Hoje,
não. Hoje, os caras namoram pelo celular. Eles arrumam namorada pelo celular.
O último foi um
coronel do Exército, arrumou uma namorada. Médicos, engenheiros, eles começam a
namorar pelo celular e marcam encontro pelo celular. E quando ele vai na
comunidade, tal, vão lá em uns lugares.
Ele vai lá com
o carro, e a moça ainda fala: “Olha, você pode deixar o seu carro aí. Entra,
que eu deixei o portão aberto, e eu estou tomando banho, eu estou de toalha,
então não dá para eu sair agora”.
E o cara vai,
entra lá, e é o cativeiro. Ele entra no cativeiro sozinho pelo celular, para
namorar. Como é que a Polícia faz depois para achar o cara? É ou não é? Você
não sabe para onde o cara foi, como é que ele sumiu, e aí toca a família,
mulher e os outros: “Cadê meu marido?”, “Cadê não sei quem?”, e o cara estava
namorando pelo celular. Achou que estava namorando uma mulher e achou uns caras
fortes, que é tudo bandido.
Infelizmente, a
dificuldade de hoje de se fazer segurança. Esperamos que mude, a gente está
lutando aí. Fizemos a campanha do Tarcísio desde o início, fizemos, batalhamos,
para que ele se elegesse, e ele prometeu que vai dar mais segurança para São
Paulo, valorizando os policiais civis e militares. Então agora tem uma
solenidade lá nos Bombeiros.
Mas a gente
está por aqui, não deu para ir, a gente quer falar com os amigos, está aí o
nosso presidente Antonio Donato, também assumindo. Como eu já falei, as pessoas
pensam que você está em um parque ou está em outro, você tem que pegar o cara
pelo pescoço.
Deu um exemplo
aqui do... Quando presidente da Casa, Antonio Donato pegou um amigo nosso, um
colega nosso, Wadih Mutran, e fez uma estátua do Wadih. Eu nunca vi isso na
política. Ele fez uma estátua do Wadih Mutran que está lá na parede, levou a
família, os amigos. Então é uma homenagem a um amigo.
Mesmo que fosse
um adversário, mas era um amigo. Então é por aí. Como nós batalhamos muito
aqui, Reis, quando eu pedia para pôr o Exército nas ruas na campanha. Fomos.
Fizemos uma campanha: “Vamos pôr o Exército nas ruas, mas o exército de
eleitores”.
Era o exército,
e a gente tinha que ir para a rua, mas nem para a periferia de São Paulo a
pessoa queria ir. Ninguém ia para a periferia, não tinha campanha na periferia.
“Ah, não, porque o PCC...”: se fosse assim, eu não fazia campanha um dia na
minha vida. Se eu tiver medo do crime organizado e do PCC, e eu estou desde 86 aqui.
Aliás, para o
pessoal do PT, Beth Sahão, para o pessoal do PT: eu conheço o Lula desde 78,
veja só, e passei na porrada com o Lula. O Barba saiu fora agora, porque ele
jogava pedra na gente lá, e os migueletes que eles faziam, jogavam contra as
viaturas, e bolinhas para derrubar os cavalos.
Mas na greve de
78, nós estávamos lá. Eu era tenente, foi a primeira vez que eu vi o Lula, ele
veio falar comigo, né? Foi em frente à Volkswagen, onde trabalhava o Barba.
“Oh, tenente, eu estava falando com o governador, falou que a polícia vai
entrar”.
Volta lá de
novo e fala de novo, porque manda nós para cá. Então a gente conhece há muito
tempo. A política é no voto que tem que se ganhar, não resta a menor dúvida.
Tinha que ir para a rua para ganhar, como qualquer um, como qualquer um tem que
trabalhar, não é fácil, não, e defender seus interesses.
A nossa área é
muito Segurança Pública. Como falou o Reis, como é que pode você ter um déficit
de 15 mil homens? Nós aprovamos aqui, Reis, um projeto para vocês,
investigadores, ganharem, terem, se chama: Curso Superior para Ser
Investigador.
Precisa de
curso superior para ser investigador, aí você vai lá e paga três mil reais para
o cara. Exige o curso superior para ser investigador de Polícia, só que o
salário dele é de três mil.
Ora, se ele fez
Direito, sei lá Medicina, Veterinária, obviamente que ele vai arrumar um
emprego. Você prepara um homem seis meses, um ano, dois anos e ele vai embora.
Ele vai embora porque nós aprovamos o curso superior para ser investigador de
Polícia, mas não demos um salário digno.
A mesma coisa
acontece com relação à Polícia Militar. Muita gente faz curso superior, estuda,
ou se “exige” até que o cara ... Ele vai ficar lá como soldado? Vai embora.
Essa é a
realidade. Só aqui temos dois: o Gil Diniz foi soldado temporário, é deputado,
como o próprio Reis passou pela Polícia Militar e hoje é deputado nesta Casa.
Então a importância de se valorizar o salário do policial.
Nós não podemos
ter o pior salário do Brasil e querer segurança. Que jeito? Sem efetivo, sem
delegacias abertas? Fica só no discurso: “não, porque a delegacia da mulher...”
Muito bonito delegacia da mulher, mas não existe só crime contra a mulher,
existe um monte de crime, não só contra a mulher, que tem que ser obviamente
combatido. Mas não é só essa a filosofia da Segurança Pública. Pelo contrário,
pelo contrário.
A gente vê hoje
cidades sendo atacadas. Olha o que está acontecendo no Rio Grande do Norte, o
que os bandidos estão fazendo no Rio Grande do Norte, como fazem aqui em São
Paulo quando se ataca uma cidade, 30, 40 bandidos dominando até quartéis da
Polícia, às vezes, atacando os quartéis, assalto a dois, três, quatro bancos,
tudo de uma vez. Então está na hora de se mudar isso aí.
De que forma?
Dando condição de segurança à população de São Paulo. Até elogiei Tarcísio de
Freitas nesse aspecto. Ele teve coragem. Falei para ele numa reunião que
tivemos lá no Palácio. de colocar a cúpula da Polícia na Secretaria de
Segurança Pública.
Por quê? Porque
são os homens que entendem de segurança pública. Não adianta pegar um general
do Exército, um coronel... O que ele entende de segurança pública? Não entende
nada. Ele entende do Exército, marchar, combate, mas de segurança não entende
nada.
O jurista: ele
pode ser o maior professor de Direito Penal do mundo, ele sabe o que é Rota,
sabe o que é DEIC, sabe o que é cavalaria, qual é a função da Polícia Feminina,
antissequestro. Ele sabe o que é isso aí? Ele não sabe. Promotor público, da
mesma forma.
Quantos
promotores públicos foram secretários? Outros, a mesma coisa, juízes. Eu vim
parar aqui nessa Casa em 86 graças ao Michel Temer. Virou secretário de
Segurança Pública e eu trabalhava na Rota.
E da Rota me
mandaram para a zona leste, da zona leste me mandaram para o Hospital Militar
porque eu combatia o crime. Eu, que nunca fiz um discurso político, nunca fiz
uma reunião, aí o pessoal do Maluf me chamou: “vai ser candidato.” “Você é
louco”, e eu acabei ganhando a eleição, que a gente era ouvido no Gil Gomes, no
Afanasio Jazadji, nesses programas e a gente ficou conhecido. Eu acabei parando
aqui em 86 com várias pessoas: José Dirceu, Luiza Erundina, Telma de Souza, um
time bom naquela época né? O Afanasio mesmo... o pessoal que está aí na luta.
Então, minha
gente, é necessário valorizar a Segurança. Eu espero que se valorize e dê
condição para que o homem, que é policial civil, policial militar realmente
possa dar segurança.
E volto a
desejar boa sorte aos deputados que estão chegando aí, aos novos deputados,
alguns que nós já conhecemos e outros que estão chegando. Boa sorte a todos.
E se for
possível, presidente, voltar àquele horário anterior. Até falei com Antônio
Donato. Ficarmos das duas horas, três horas, até sete horas esperando para
votar uma matéria, não tem mais quem aguente. Ajude-nos nisso aí.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente.
Peço a palavra, nos termos do Art. 82,
pela liderança...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Dr.
Eduardo Nóbrega, tem a palavra Vossa Excelência.
O
SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental,
pelo Art. 82, cinco minutos.
Antes, porém, deputado Conte Lopes,
essa vai ser a primeira pauta nossa na semana que vem no Colégio de Líderes.
Vai se propor, como o senhor falou agora, começar às cinco horas as extras.
Então a gente vai voltar como era porque é mais justo e mais produtivo para a
Casa também para que a gente possa votar o maior número de matérias possíveis.
O
SR. CONTE LOPES - PL - Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o
deputado Eduardo Nóbrega.
O
SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - PELO ART. 82 -
Obrigado, Sr. Presidente. Quero, nesta primeira oportunidade, falar desta
importante tribuna. Quero agradecer a Deus pela oportunidade de fazer parte da
maior Assembleia Legislativa da América Latina ao lado de deputados e deputadas
de gabarito, que vão contribuir muito com aqueles que estão chegando. É um
orgulho estar ao lado de Suplicy, Conte Lopes e tantos outros aqui que vão
contribuir com o nosso mandato, tenho certeza absoluta.
Quero iniciar saudando o presidente da
Assembleia, André, e pedir a Deus que o abençoe. Todas as sortes e bênçãos a
Vossa Excelência. Atributos e qualidades não lhe faltam, coragem, valentia,
lealdade e, principalmente, humildade.
Conheci-o ainda antes de ser deputado
estadual, eu um pouco mais novo que Vossa Excelência. Hoje estar aqui ao seu
lado, tive a honra de votar e tenho convicção de será uma Presidência que vai
elevar esta Assembleia a tudo aquilo que ela deve e merece conceder ao povo
paulista. Parabéns, André, que Deus lhe conceda todas as sortes e bênçãos.
Quero cumprimentar todos os Srs.
Deputados e as Sras. Deputadas, cumprimentar todos os servidores da Casa, na
pessoa do Caris e da minha amiga Rose, que vem de Taboão da Serra, como eu.
Quero cumprimentar a Polícia Militar, a
Polícia Civil, que ontem realizou um trabalho esplêndido, um dia de muita
festa, mas com muita gente na Assembleia, que exigiu de todos os servidores da
Casa muita sabedoria para tratar a população.
Peço vênia, licença a todos os
deputados que trazem temas de muita importância na tarde de hoje para, ainda,
ressaltar o que aconteceu no dia de ontem na Assembleia Legislativa. Para mim,
foi uma festa da democracia.
A posse dos deputados e a eleição da
Mesa Diretora se fez com prestígio, pelas informações que eu obtive até agora,
nunca tido na história desta Assembleia. Uma presença maciça do povo paulista
para acompanhar a posse dos novos deputados, mostrando quanto o povo paulista
acredita nesta Assembleia e espera de nós que possamos melhorar o dia a dia da
nossa população.
Nessa esteira, acompanhando o
presidente da Casa que, com toda sabedoria, saudou principalmente a família.
Nós todos sabemos quanto a família nos acompanha e passa por agruras durante
todo o exercício do nosso mandato.
Ontem tivemos aqui, em particular,
quero agradecer a presença da minha esposa Fernanda, dos meus filhos, que
acompanharam todo o processo, dos meus pais e, principalmente, de todas as
lideranças políticas que nos acompanharam.
Quero fazer isso em nome do prefeito
Aprígio, de Taboão da Serra, que foi companheiro de muitos aqui na legislatura
passada, fez questão de estar presente para abraçá-los, trazer e mostrar também
a confiança nesse novo parlamento que se formou na data de ontem.
Tenho convicção de que o povo paulista
espera de nós, Rafa, muito trabalho. Por isso o prestígio na tarde de ontem.
Quero, também, saudar o governador Tarcísio. Ainda não exercendo o mandato de
deputado pude presenciar com muita esperança e com o coração cheio de alegria
que o novo governador do estado de São Paulo tem atuado de maneira técnica e
com muita sabedoria até o presente momento, principalmente na tragédia que
ocorreu na região de São Sebastião.
Eu já o fiz pelas redes sociais, e como
disse o Conte Lopes aqui, antigamente se faziam os discursos desta tribuna, e
hoje se utiliza o TikTok. Ainda nós que estamos nessa mudança de tecnologia,
ainda prefiro esta tribuna, Conte.
Se V. Exa. não tivesse feito discursos,
todas essas décadas aqui mostram que V. Exa. hoje é um grande tribuno. No meu
primeiro dia de trabalho já começo a aprender com a liberdade que usou, e com a
desenvoltura, para que a gente possa também fazer da mesma forma.
Então, parabenizar o governador e dizer
a ele que venho aqui, em especial, o povo da região de Taboão da Serra, Embu as
Artes, Itapecerica, São Lourenço, Embu-Guaçu, Juquitiba, Cotia, que há muito
tempo espera pela conclusão da Linha 4 Amarela do Metrô.
Infelizmente, neste exato momento o
povo daquela região sofre, os trabalhadores sofrem tendo que pagar duas, até
três conduções para poder chegar ao destino final, que, pouco tempo atrás, era
feito com apenas uma condução.
Então, Reis, a população da minha
região espera muito, e eu contarei com o apoio de todos os nobres deputados
para que a gente possa levar e melhorar o dia a dia da nossa população.
Obrigado, Sr. Presidente, era essa a
comunicação. Agradeço e desejo toda a sorte do mundo a esta Assembleia
Legislativa para a próxima legislatura.
Obrigado a todos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Parabéns,
deputado Eduardo Nóbrega. Obrigado pelas palavras. Seja muito bem-vindo a esta
Casa. Tenho certeza que será um grande deputado para a sua região e para o
estado de São Paulo.
Dando sequência a lista de oradores
inscritos para o Grande Expediente, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Caio França. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputada Ediane Maria.
(Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Alex
Madureira. (Pausa.) Deputado Reis. Com a palavra o nobre deputado Reis, pelo
tempo regimental.
O
SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Presidente André do Prado, deputado Donato, deputada Beth, deputado Rômulo,
deputado Suplicy, deputado Nóbrega, deputado Conte Lopes, deputado Marcolino,
eu tenho que vir aqui falar porque eu preciso treinar, viu, Donato?
E, ainda, perder um pouco, Sr.
Presidente, o que é a Câmara Municipal, porque daqui a pouco estou
cumprimentando como se vocês fossem vereadores. Então, eu tenho que ir falando
para ir me adaptando a este novo ambiente.
É uma satisfação muito grande estar
aqui falando, e eu gostei, Sr. Presidente, que aqui a gente pode falar todos os
dias. Isso é muito importante. Lá na
Câmara Municipal nós temos o imperador Milton “Milk”, e ele não deixa a gente
falar todos os dias, não sei se vocês sabem disso, né? Só fala quando ele quer.
Mas aqui, não, Donato, aqui a gente
pode falar segunda, terça, quarta, quinta, sexta, e nós vamos fazer uso desta
tribuna, deputada Beth, todos os dias. Se eu estiver aqui, eu não vou me furtar
de vir aqui e falar, porque é importante falar.
É importante e a função nossa é falar,
é fiscalizar, é cobrar. A medida que a gente vai falando, presidente André do
Prado, a gente vai se sentindo ambientado, vai ganhando confiança.
Então, é muito importante vir aqui
falar. Eu gostei muito dos oradores que me antecederam, do que foi falado aqui,
do trabalho de cada um, da luta de cada um em seus territórios, em suas
regiões. O deputado Conte Lopes, ele fala muito bem essas questões de
segurança, ele só tá com medo de assinar a CPI, viu, Sr. Presidente?
Estou apresentando um requerimento de
CPI que é para investigar os fatos ocorridos na campanha eleitoral em
Paraisópolis, onde houve um homicídio. Acho muito importante que a gente apure
as circunstâncias em que aconteceu aquele fato e os deputados não podem ter
medo de assinar: “Ah, que eu tenho que falar com meu líder, se o líder
autorizar eu assino...”.
Deputado é deputado. Ele tem o poder dele. O
poder não é do líder: “Ah, mas o líder orientou que...”. Não. Se é para
investigar e é um fato que é importante que a população saiba, o deputado não
pode temer, Conte Lopes. Vossa Excelência foi da rota. Como é que V. Exa. vai
ter medo de assinar uma CPI? Não pode. Tem que assinar a CPI. Tem que tramitar
a CPI. Nós temos que investigar, apurar, descobrir a verdade real.
Investigar não é condenar. Investigar
não tá dizendo que: “Olha, vai ter sentença condenatória.”. Investigar é apurar
as circunstâncias em que os fatos aconteceram. Então, nossa função é, deputado
Conte Lopes, também investigativa.
Por isso, que se pode instalar aqui as
comissões parlamentares de inquéritos. Inquérito vem de inquisição, de ouvir as
pessoas, fazer as oitivas. É apurar realmente os fatos e apresentar para a
sociedade a verdade real.
Então eu
gostaria muito, deputado Conte Lopes, porque eu estou por uma assinatura. Eu
gostaria muito de que V. Exa. pudesse assinar. Porque V. Exa. é da Infantaria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Reis,
um minutinho só. O tempo regimental do nosso Grande Expediente já finalizou às
16 horas e 30 minutos. Vou preservar o tempo de V. Exa. para a sessão ordinária
do dia de amanhã, porém, V. Exa. tem uma comunicação para finalizar o que você
estava dizendo.
O
SR. REIS - PT - Mas aqui também é meio...
Corta, assim, no meio do caminho?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental,
16 horas e 30 minutos encerra o Grande Expediente.
O
SR. REIS - PT - O que estava falando, corta no
meio do caminho?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Corta, e como
o presidente é bondoso, o senhor tem uma comunicação para finalizar a sua fala.
O
SR. REIS - PT - Então está cortado, e estou
entrando na comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - São dois
minutos.
O
SR. REIS - PT - Dois minutos de comunicação.
Então, presidente André do Prado, quer dizer que, 16 horas e 30 minutos, o
facão corta, não tem jeito?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
O
SR. REIS - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Se é
regimental, nós temos que seguir. Então, de qualquer forma, Conte Lopes, acho
que o debate vai ser muito importante no que se refere à Segurança Pública.
O Conte Lopes tem um acúmulo muito
forte, como outros policiais que são deputados que estão aqui, que conhecem
muito bem o que é a Polícia Civil, a Polícia Militar, e a agora Polícia Penal.
Nós temos que usar bem essa tribuna
para cobrar, para exigir e para garantir que os direitos de nossa população
sejam realmente efetivados, os direitos dos nossos policiais civis, militares e
penais.
Que as delegacias voltem a funcionar
normalmente. Porque não dá para ter uma delegacia, no bairro, com as portas
fechadas. Que tenha gente para atender o povo. E que a população não fique lá
quatro ou cinco horas para registrar uma simples ocorrência.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
nobre deputada Beth Sahão.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Para uma
comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a senhora
também dois minutos de comunicação. Antes, porém, parabenizar V. Exa. pela
eleição. É uma honra muito grande ter a nobre deputada de volta a esta Casa.
Vai engrandecer muito o nosso debate, com todas as pautas que a senhora sempre
defendeu.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sra. Presidente. Também aproveito essa
oportunidade para cumprimentá-lo pela eleição de ontem, desejando muito sucesso
à frente da Presidência desta Casa. E que ela possa resultar no fortalecimento
da Assembleia Legislativa e dos respectivos mandatos de deputadas e deputados
que estão nessa atual Legislatura.
Cumprimentar
também o deputado Barba, que foi eleito 1º secretário, nosso companheiro de
bancada. A gente sabe da importância dessas funções para o bom andamento da
Assembleia Legislativa.
Queria
aproveitar também para agradecer a todos aqueles que confiaram, durante o
processo eleitoral, na minha candidatura, e me permitiram retornar à Assembleia
Legislativa.
Isso aumenta
ainda mais as nossas responsabilidades. É claro, cada legislatura aumenta a
nossa maturidade, melhora as nossas responsabilidades. A gente cria mais
experiências. E, com isso, pode apresentar proposituras mais adequadas e
eficientes para poder melhorar a vida da população paulista. Em especial, dos
setores mais vulneráveis desta população.
Eu queria fazer
uma observação muito importante. Ontem, eu fiquei com o coração partido. Ontem,
um dos deputados que foi eleito, fez um breve comentário a respeito. Mas foram
as filas de ontem. Foi uma organização infeliz, para não dizer lamentável.
Muita gente ficou debaixo de sol, foi embora, voltaram para os seus municípios.
Isso repercutiu
mal, porque as pessoas foram convidadas, se deslocaram por quilômetros, dezenas
de quilômetros. Por exemplo, da minha cidade para cá, são quase 400
quilômetros. Teve gente que não conseguiu entrar.
Eu não falo
pelo meu caso. Eu falo, certamente, a grande maioria de deputados tiveram
convidados do interior, ou mesmo da Capital, da Grande São Paulo, que,
infelizmente, não tiveram acesso a esta celebração tão festiva e tão
democrática. Então eu acho que foi muito ruim o que aconteceu.
Aqui, foi
importante. Lembrando a nossa votação, de 2019 para agora, foi uma votação em
paz, acordada, que buscamos o melhor para a Assembleia Legislativa e para o
povo paulista. Mas esse episódio de ontem acabou manchando um pouco este 15 de
março. Porque expôs as pessoas de uma forma que não era necessária.
A gente poderia
ter mais pessoas fazendo o cadastramento: 10, 15, 20 pessoas. A Assembleia tem
estrutura para isso, e facilitar a entrada. Então fica esse recado aqui para
que em uma próxima ocasião a gente... Essa aqui é a Casa do povo, então o povo
precisa ter acesso.
Tudo
bem que tem as fiscalizações necessárias nas quais se passa para verificar se
as pessoas podem entrar ou não, mas o processo foi muito demorado, e isso foi
muito ruim para a vinda daqueles que se sacrificaram tanto para estar aqui ao
nosso lado.
Obrigada,
Sr. Presidente.
O SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, deputado Conte Lopes, para
uma comunicação.
O SR. CONTE LOPES - PL
- PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nosso líder, Carlos Cezar, está presente. Na
reunião de hoje, houve uma decisão de que o nosso partido assinará qualquer CPI
com a autorização do nosso líder.
Então,
eu cumpro hierarquicamente a determinação do nosso líder. Não resta a menor
dúvida. Não tenho medo nenhum de assinar essa CPI do deputado Reis, de um
tiroteio ocorrido em um discurso político lá em Paraisópolis, onde estava o
nosso governador Tarcísio de Freitas, em que veio um bandido a falecer, a morrer.
Inclusive,
Sr. Presidente, o nosso deputado Reis é investigador de polícia, ele pode
ajudar nas investigações lá na delegacia do caso, ele pode ir lá apurar, ver o
que os investigadores estão analisando através da Polícia Civil.
O
Ministério Público tem o dever de apurar, de denunciar, e a Justiça de julgar,
não é só o deputado, que daí seria o órgão competente para julgar um crime, um
tiroteio em que o pessoal do Tarcísio de Freitas, que estaria fazendo um
comício em Paraisópolis, foi atacado por um bandido, e o bandido veio a
falecer. Então há uma investigação já disso feita pela Polícia Civil do nosso
companheiro, o nosso deputado Reis.
Ele
pode acompanhar - se ele for à delegacia vai ser muito bem quisto pelo
delegado, pelos outros investigadores - e dizer o que está acontecendo, até
trazer para nós o que aconteceu, quem morreu, quem baleou ele.
Pode
trazer tudo, trazer um boletim de ocorrência informando tudo o que ele sabe,
bem mais que nós. Cabe ao Ministério Público e à Justiça julgar o caso, mas
nós, se for o caso, assinamos, porque não entendo nada disso aí.
Obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela
ordem, o nobre deputado Carlos Cezar.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente,
havendo acordo de lideranças, requeiro à V. Exa. o levantamento da presente
sessão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Havendo acordo de
lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do
Dia.
Está levantada a presente sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 37
minutos.
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