23 DE MAIO DE 2023

13ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO e CARLOS CEZAR

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão. Coloca em votação o PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos.

        

2 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Encaminha a votação do PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos, em nome da Federação PSOL REDE.

        

3 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

4 - ANA PERUGINI

Encaminha a votação do PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos, em nome da Minoria.

        

5 - BETH SAHÃO

Encaminha a votação do PLC 75/23, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos, em nome da Minoria.

        

6 - BETH SAHÃO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovado o PLC 75/23, restando prejudicados os substitutivos 1 e 2.

        

8 - PAULO FIORILO

Solicita verificação de votação.

        

9 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação pelo sistema eletrônico.

        

10 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

        

11 - PAULO FIORILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Cumprimenta Paola Miguel, vereadora de Campinas, presente neste plenário.

        

13 - VINICIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

14 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior.

        

15 - ENIO TATTO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

16 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável aos substitutivos 1 e 2, em nome do PSOL.

        

17 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável aos substitutivos 1 e 2, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

18 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23.

        

19 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação da mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23, em nome do PSOL.

        

20 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

21 - DR. EDUARDO NÓBREGA

Encaminha a votação da mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23, em nome do Podemos.

        

22 - CAPITÃO TELHADA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Anuncia a presença de Claudinho Silva, ouvidor das polícias de São Paulo.

        

24 - ANALICE FERNANDES

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

25 - DR. JORGE DO CARMO

Encaminha a votação da mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23, em nome da Minoria.

        

26 - DONATO

Encaminha a votação da mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23, em nome da Minoria.

        

27 - CARLOS CEZAR

Assume a Presidência.

        

28 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência.

        

29 - DR. EDUARDO NÓBREGA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

30 - ALTAIR MORAES

Encaminha a votação da mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23, em nome do Republicanos.

        

31 - SIMÃO PEDRO

Encaminha a votação da mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

32 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Encaminha a votação da mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

33 - VINICIUS CAMARINHA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

34 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovada a mensagem aditiva, com parecer favorável do congresso de comissões, ao PLC 75/23.

        

35 - PAULO FIORILO

Solicita verificação de votação.

        

36 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação pelo sistema eletrônico.

        

37 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSOL.

        

38 - PAULO FIORILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

39 - VINICIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

40 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara rejeitadas, englobadamente, as emendas com pareceres contrários das comissões, ao PLC 75/23.

        

41 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV.

        

42 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável às emendas do PSOL.

        

43 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação a ser realizada hoje, cinco minutos após o término desta sessão.

        

44 - ALTAIR MORAES

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

45 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

46 - DELEGADA GRACIELA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

47 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

48 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

49 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

50 - GIL DINIZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

51 - MAJOR MECCA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

52 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

53 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

54 - RAFAEL SARAIVA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

55 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Tece considerações a respeito do trâmite do PLC 75/23. Encerra a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votação do Projeto de lei Complementar nº 75, de 2023, de autoria do Sr. Governador, conforme requerimento de método de votação aprovado, de autoria do líder do Governo. Em votação o projeto.

Para encaminhar pelo tempo remanescente de 3 minutos e 56, pela bancada do PSOL, a nobre deputada Dra. Paula. 

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, presidente.

Bom, como eu ia dizendo, nós entendemos que o governo deveria ter cumprido o papel de ouvir os servidores públicos, não só para fixar o índice de aumento, mas também para entender quem seria incorporado no aumento e de que forma seria incorporado no aumento.

E quero dizer, inclusive, para o governador, para a base do governo, entendendo a importância disso, que nós entendíamos também a necessidade de que os projetos que aumentam o salário das demais categorias do funcionalismo público também fossem encaminhados a esta Casa.

E nós entendíamos, inclusive, a importância de que isso tivesse sido feito agora, junto com o aumento de salário dos policiais, e mais do que isso, entendemos a importância de que isso seja feito o mais rápido possível. E de que forma?

Muitas categorias do funcionalismo público estadual estão fazendo as suas campanhas salariais neste momento. Então os servidores da Fundação Casa estão em greve, como nós já mencionamos, os servidores policiais penais estão reivindicando aumento, mas outras categorias também estão, neste momento, em campanha salarial.

Nós entendemos a importância e quero falar aqui os índices para que o governador, ao encaminhar os projetos, entenda também que esses trabalhadores têm seus índices, estão debatendo os seus índices e querem falar sobre isso com o Governo do Estado.

E que trabalhadores são esses? Trabalhadores da Saúde, amanhã nós votaremos um projeto de lei importantíssimo aqui, que diz respeito a prorrogação dos contratos da Saúde, contratos esses que vão ser prorrogados, porque o governador não autorizou o concurso público, então, fundamental que haja o aumento dos servidores públicos da Saúde que reivindicam esse aumento em 50 por cento.

Os trabalhadores do Centro Paula Souza que, para quem não sabe, são os funcionários que garantem a existência e a excelência das Etecs e Fatecs, que têm uma reivindicação de 53,26 por cento. Os professores e quadros de apoio nas escolas estaduais, 33,24 por cento.

A suplementação orçamentária para as universidades, para garantir o reajuste dos servidores das universidades estaduais paulistas, campanha salarial reivindica um aumento de 25 por cento. Os servidores do Judiciário estadual, 25 por cento.

E, por fim, quero dizer, inclusive, que nós temos conversado bastante com a categoria metroviária, que tem lutado muito para não chegar novamente num estado de greve, como eles chegaram já esse ano e que, inclusive, impactou bastante o governador, não é?

Não houve uma avaliação de 100 dias de governo Tarcísio que não dizia que ele teve que lidar com uma greve importantíssima na cidade de São Paulo, que foi a greve dos trabalhadores metroviários.

E nós fizemos uma indicação, concluo com isso, ouvindo a categoria dos metroviários. Nos apresentaram um relatório que aponta que as estações estão inseguras, que as estações estão com falta de funcionários. A estação Sé, por exemplo, tem momentos em que ela funciona só com dois ou três funcionários.

Então é fundamental que haja concurso público na categoria metroviária e em tantas outras.

Falei aqui da Saúde, por exemplo, que vai prorrogar contrato porque não houve autorização para concursos e nós entendemos o quanto é fundamental que esse debate seja feito aqui também.

Então, como eu disse, votaremos a favor desse projeto. Neste momento, a bancada do PSOL encaminha a votação a favor do aumento do salário dos policiais militares e dos policiais civis, entendendo que existe uma lacuna de inclusão também dos servidores da Fundação Casa e dos policiais penais, mas entendendo que é urgente que o governador encaminhe aqui para esta Casa o aumento salarial de todo o funcionalismo público, e que faça isso. Não cometa o mesmo erro que cometeu com os policiais, mas que faça isso ouvindo, de fato, as categorias e as suas reivindicações.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, nobre deputada Professora Bebel. 

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Só uma comunicação, uma pequena correção. Eu acho que a Paula falou e falta dizer que a gente luta pelos 32 para o piso.

Depois a gente quer a meta de 17 e ainda quer a volta da nossa carreira de forma aberta, né? Para não dizerem que a gente está pedindo pouco, senão a gente toma pau lá na base.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem. O deputado Enio já estava no microfone.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Presidente, é para indicar a deputada Ana Perugini e a deputada Beth. Elas vão dividir o tempo para encaminhar pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada Ana Perugini vai fazer o encaminhamento pela Minoria. Com a palavra o deputado Dr. Eduardo Nóbrega.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Logo após, Sr. Presidente, vou encaminhar pela bancada do Podemos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Então, com a palavra a deputada Ana Perugini, para encaminhar pela Minoria.

 

A SRA. ANA PERUGINI - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sras. Servidoras, Srs. Servidores, deputadas e deputados desta Casa, antes de dar o encaminhamento em relação ao projeto de lei de reajuste aos funcionários da Segurança Pública do estado de São Paulo, da Polícia Civil e da Polícia Militar, eu gostaria de falar a respeito do que foi falado novamente nesta Casa sobre o reajuste do salário mínimo, do piso mínimo nacional.

Novamente, se falou aqui, como uma forma de chacota, daquilo que foi uma improbidade, que é dar um reajuste para que outro chefe do Executivo o execute. Foi isso que o governo Jair Bolsonaro fez, quando saiu o reajuste, de 1.212 reais para 1.302, no final do seu mandato, com o presidente Lula já eleito.

O reajuste que o presidente Lula deu foi sobre os 1.212 reais, para 1.320, lembrando que nós pensamos em todo o nosso país e não com o Orçamento do estado de São Paulo, que, aliás, poderia ser bem maior do que foi dado aqui, tendo em vista ser o maior PIB do nosso Brasil, aliás, ganhando em larga escala.

Aqui, olha: dois trilhões, 348 bilhões, logo vindo o Rio de Janeiro, abaixo, com 779 bilhões. Então, é gritante a diferença. Então, nós temos que ser muito responsáveis quando usamos esta tribuna em relação àquilo que minimamente devemos ler antes de falar aqui.

A outra questão... Aqui quero fazer a defesa, porque fui deputada nesta Casa com o governador José Serra e com o governador Geraldo Alckmin, e ouvi críticas do PSDB em relação ao aumento dos funcionários públicos e uma crítica dura, porque foi, sim, um momento de recessão para nós. Eu sou funcionária pública e sei o quanto nós padecemos naquele período.

Agora, a união que fizemos para que pudéssemos voltar a governar este país foi para recuperar o nosso país e, data venia, não é à toa que só agora o Detran está sendo organizado aqui no estado de São Paulo. Não é que nós ainda não conseguimos colocar em todos os cargos do governo federal as pessoas, porque houve um desmantelamento daquilo que é público, de alto a baixo, e isso é sabido por todos.

A outra questão que precisa ser colocada é que o que está acontecendo hoje aqui no estado de São Paulo, que não é um planeta isolado neste universo, demanda toda uma política de desmantelamento que aconteceu nos últimos anos pelo governo de Jair Bolsonaro, que prefiro chamar de desgoverno, com todo o respeito.

Tivemos cortes importantíssimos na Saúde, inclusive no combate ao câncer, que chegou a ser 90% do orçamento. Então, precisamos ter muito cuidado com o que estamos tratando aqui. Estamos falando de um estado da federação muito rico.

Para este debate, quero trazer uma situação que, com certeza, alguns parlamentares conhecem, mas poucos conhecem tanto. Eu vi aqui no estado de São Paulo, buscando corrigir o sistema prisional, a criação de muros que transformaram uma ala em duas; do outro lado, transformou uma ala em duas, para diminuir a insegurança ali dentro e aumentar a possibilidade de se colocar mais seres humanos no sistema prisional.

Olha, o que a Polícia Penal passou a sofrer, ficando no meio desse corredor, olhando quatro alas, não foi desumano, não foi cruel, foi patológico, foi doentio. É por isso que houve toda essa busca durante esses anos para se transformar os agentes em policiais, para que se pudesse construir categorias, para que esses trabalhadores pudessem ser olhados com a devida responsabilidade.

Em relação aos menores e àquilo que foi mostrado pelos especialistas, não só do Brasil, mas especialmente do Brasil, que não era possível resolver o problema da criminalização, a diminuição da maioridade penal. Ficou mais do que provado e nós não podemos ser cegos em relação a quem ocupa hoje a Fundação Casa ou o sistema prisional.

Nós sabemos - e é só fazer a pesquisa para saber - a cor, a condição econômica, a forma como nasceu, como viveu. Por isso que a Professora Bebel defende tanto que não pode haver uma reforma do Ensino Médio como é proposto aqui ainda. Nós não podemos continuar nem governando sem ouvir o sindicato, sem ouvir os movimentos sociais, sem ouvir a organização dos trabalhadores e nem podemos continuar pensando que nós estamos no início ainda do século.

É preciso saber ouvir para acertar. E quando eu disse no congresso que o governador Tarcísio com certeza cometeu um erro porque foi mal assessorado, eu torno a repetir aqui da tribuna: foi mal assessorado. Porque eu pensei realmente que ele fosse muito inteligente porque eu ouvi no debate. Falei assim: foi mal assessorado. Por quê? Porque ele é policial.

Ele sabe como as nossas viaturas ficam. Ele sabe quanto uma viatura fica parada numa delegacia de polícia para lavrar um boletim de ocorrência no flagrante delito. Ele sabe que não pode simplesmente mandar um reajuste para 33% numa faixa e mandar para 20% ou 15 por cento.

E aí eu quero dar parabéns ao deputado que é major, que conhece e fez a emenda. E vou dizer mais só para encerrar, porque eu tenho que passar meu tempo para a deputada - peço à deputada que venha aqui - eu fui vereadora numa cidade, o meu marido era prefeito.

Houve uma greve do funcionalismo público que parou a frente da prefeitura. Eu era vereadora. Eu falei: “Está errado você não conversar com as pessoas”. “Não dá”. Como não dá? E penso que a situação, o melhor que tinha a fazer aqui é mostrar o Orçamento, é falar: “É possível”, porque o Giannazi foi brilhante. Nós temos recursos para dar aumento e não se dá aumento porque se coloca goela abaixo.

O presidente Jair Bolsonaro fazia também isso e falava de ser macho, destratava as mulheres e olhe no que deu. Agora isso nós não vamos deixar acontecer no estado de São Paulo. Nós vamos conseguir conversar com quem tem bons ouvidos para ouvir e vamos mudar essa história.

E os policiais militares vão parar de entrar na carreira de ingresso ganhando R$ 4.900,00, que é a proposta ora aqui, que vai chegar com os descontos a R$ 3.600,00. Isso é uma loucura num estado como o nosso.

Deputada Beth, eu peço que me perdoe. Venha aqui, minha companheira.

Por favor, ela já pede a comunicação; já estou sentando.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth Sahão, pelo tempo remanescente que será compartilhado com a deputada Ana Perugini, a pedido do líder da Minoria.

 

A SRA. ANA PERUGINI - PT - Eu quero só dizer: não desistam dos movimentos sociais, dos movimentos sindicais, porque isso vai transformar até mesmo aqueles que não entendem que nós todos somos seres humanos, homens e mulheres, e precisamos e devemos servir em abundância num estado rico, que devia ser um exemplo para o mundo todo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada Beth Sahão tem o tempo remanescente de dois minutos e seis segundos.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, eu tenho dois minutos para aqui fazer uma fala rápida, mas não poderia deixar de fazê-la, porque eu vi aqui vários deputados falando.

Primeiro, eu quero endossar um pouco as palavras do deputado Enio quando disse que a bancada do Partido dos Trabalhadores historicamente nesta Casa nunca, deputada Bebel, e em nenhum momento votou contra, deputado Olim, reajuste de servidores, sejam eles quais forem, nunca. É só pegar os Anais da Casa e vocês verão.

O que nós fazemos aqui - e fazemos com muito orgulho e fazemos com muito trabalho, com muita luta - é nos dedicarmos como foi feito, a bancada inteira, através do nosso líder da bancada, deputado Paulo Fiorilo, através do líder da Minoria, deputado Enio Tatto, foi melhorar esse projeto, foi buscar discutir para derrubar a intransigência do relator desse projeto, que não aceitou sequer uma emenda do projeto, nem de deputados da base do governo, o que é um absurdo.

Então é sempre bom a gente deixar essa linha diferenciando as nossas ações aqui, as nossas atitudes antes de que queiram nos carimbar como uma bancada que vota contra interesse de servidor. Nós nunca votamos contra interesse de servidor. O que nós lutamos aqui, deputada Bebel, é pela justiça. É diferente. Nós consideramos esse projeto injusto.

Esse projeto não contempla todas as categorias que deveria contemplar. Essa foi a nossa grande batalha ao longo dessas três ou quatro semanas em que o projeto tramitou por esta Casa. É sempre bom deixar isso claro, não só para deputados e deputadas.

Sr. Presidente, eu gostaria de falar para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental, nobre deputada Beth Sahão. Vou abrir exceção aqui para V. Exa. fazer essa comunicação.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Este presidente, eu tenho gostado dele, porque tem momentos em que ele tem sensibilidade para isso. Então eu agradeço V. Exa. pela sensibilidade.

Mas eu quero continuar, e quero também me dirigir um pouco aos servidores da Fundação Casa e a todos os policiais de um modo geral. Os salários são importantes, sim, sabe por quê? Porque os salários são motivadores. O salário é um grande motivador de quem exerce qualquer função.

Este estado está em pé, principalmente, em função dos servidores que dedicam sua força de trabalho para manter os serviços públicos, seja da polícia, sejam professores, sejam funcionários da Saúde, sejam aqueles que têm um salário quase miserável, porque nós temos, sim, e aqui em sessões anteriores, na última semana, foi dito por alguns deputados que não havia servidor público que ganhava menos de um salário mínimo.

Tem, sim. É só pegar o holerite original de determinadas categorias, que vocês vão ver lá. E quero me dirigir também aos servidores da Fundação Casa, importantes trabalhadores, que lidam em uma área que é extremamente tensa, como é a polícia.

É só levantar as estatísticas que apontam como os policiais sofrem problemas de ordem de transtornos de ansiedade e de depressão; como o número de suicídios entre policiais é elevado e vem crescendo. Em 2019 teve um número, em 2020 cresceu, em 2021 cresceu mais ainda.

Não é à toa que às vezes a gente vê tragédias ocorrerem entre policiais, como observamos agora há poucos dias, porque o ambiente é de tensão.

E se existe uma coisa que pode melhorar essa tensão é exatamente você poder atribuir um salário justo para toda a categoria. Esta foi a nossa luta ao longo desses dias aqui.

É uma pena que o governo não tenha a sensibilidade de poder aceitar as propostas e as emendas que foram apresentadas pela oposição nesta Casa.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o projeto, salvo mensagem aditiva, emendas e substitutivos. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto, prejudicados os substitutivos nºs 1 e 2.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Solicito uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de V. Exa., um pedido de verificação de votação, então eu convoco. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para colocar a bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para colocar a bancada do PT em obstrução, Federação, a Federação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A bancada da Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

Tendo transcorridos os quatro minutos, o sistema eletrônico agora ficará aberto para que as Sras. e os Srs. Deputados votem "sim", "não" ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o deputado, líder do governo, Jorge Wilson.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Quero pedir aos deputados da base aliada para votarem "sim".

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Gostaria de comunicar também que está entre nós aqui a vereadora da cidade de Campinas, Paola Miguel, que faz visita a nossa Casa, a convite do nosso deputado Guilherme Cortez. Uma salva de palmas para nossa vereadora. (Palmas.) Seja bem-vinda, Paola.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Vinicius Camarinha. 

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSB - A Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania colocada em obstrução pelo líder Vinicius Camarinha.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Jorge Wilson.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Nós precisamos de 48 votos “sim” para aprovar o projeto?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exatamente.

Não havendo mais deputados para votar pelo sistema eletrônico, passaremos agora à votação nos microfones de aparte para que os deputados que não conseguiram votar pelo sistema eletrônico façam pelos microfones de aparte o seu voto.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Neste momento nós estamos no processo de votação. Darei a comunicação logo que terminar o processo e proclamar o resultado, deputado líder do governo, Jorge Wilson.

Mais algum deputado gostaria de fazer o seu voto? Não havendo mais deputados querendo fazer o seu voto, consulto também os Srs. Deputados que gostariam de alterar o voto, fazer alteração do voto. Algum deputado gostaria de fazer alteração do seu voto?

Não havendo deputados querendo alterar o seu voto, passaremos agora à proclamação do resultado. Votaram “sim” 83 deputados, mais este presidente, totalizando 84 votos, o que dá o quórum para aprovar o projeto, prejudicados os substitutivos nºs 1 e 2.

Em votação a mensagem aditiva.

Pela ordem, deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Só para justificar uma ausência, porque não está aqui, está de licença médica, se recuperando. Falei com ela hoje. Mas que, com certeza, votaria “sim” nesse projeto tão importante, que é a deputada Leci Brandão. Ela está se recuperando, e logo ela estará presente conosco.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido da deputada Leci Brandão. Pela ordem, o deputado Jorge Wilson. Depois, o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Apenas, para uma comunicação, pedir aos deputados que permaneçam em plenário, porque nós vamos ter ainda a votação da mensagem aditiva.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi. 

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para manifestar o voto favorável da bancada do PSOL aos dois substitutivos apresentados, o 1 e o 2. E peço para encaminhar o novo item, em nome da liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então, fica registrado o pedido de V. Exa., que vota favorável aos substitutivos 1 e 2. Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para registrar o voto favorável da Federação nos substitutivos 1 e 2.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado também o pedido de Vossa Excelência.

Em votação a mensagem aditiva...

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Só um momento, deixa eu terminar, e já vou passar a palavra a V. Exa. para poder fazer o encaminhamento.

Em votação a mensagem aditiva nº 83, de 2023, com parecer favorável do congresso de comissões.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Carlos Giannazi encaminha pela liderança do PSOL. Logo em seguida, deputado Dr. Eduardo Nóbrega, pela liderança do Podemos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente.

Sr. Presidente, venho à tribuna novamente, no dia de hoje, na noite agora, para encaminhar favoravelmente a essa emenda. É uma emenda aditiva, que faz parte de uma mensagem aditiva que o governador Tarcísio de Freitas foi obrigado a encaminhar à Assembleia Legislativa. Porque ele tentou reeditar o confisco do Doria e do Rodrigo Garcia para a Polícia Militar, para os aposentados e pensionistas da Polícia Militar.

Eu quero recuperar um pouco da história, para que todos saibam realmente o que aconteceu. O governo Bolsonaro aprovou duas reformas previdenciárias no seu governo.

Uma, geral, para todos os servidores públicos. E uma outra, só para as Polícias Militares dos estados, impondo a eles, aí foi uma imposição, aos estados, o confisco das aposentadorias e pensões. Todos se lembram disso.

Ele aprovou a Emenda nº 103 que, no seu Art. 149, autoriza o confisco, a contribuição previdenciária para os municípios e estados. Não obriga isso para os servidores públicos, dizendo: “Olha, municípios e estados, se vocês quiserem, podem confiscar à vontade”.

Foi o que o Doria fez em São Paulo, aprovando uma nefasta reforma previdenciária e depois, um decreto confiscando as aposentadorias e pensões dos servidores. Depois de uma ampla mobilização, nós derrubamos o confisco na Assembleia Legislativa para os servidores públicos.

Porém, a outra reforma, dos militares, não. Naquela outra reforma, ele impôs o confisco, das aposentadorias e pensões, para todos os servidores da Segurança Pública, das Polícias Militares, de todos os estados brasileiros. Todos se lembram disso. Acontece que houve recurso ao Supremo, uma Adin, ao Supremo Tribunal Federal.

O Supremo foi provocado. E o Supremo Tribunal Federal disse: “não”. O Supremo falou “o Estado, o Governo Federal, a União não pode impor um confisco aos estados”. E aí o governador, o estado teve que voltar atrás.

Mas voltou atrás apenas agora em janeiro deste ano. O governo foi obrigado a recuar, por uma decisão do Supremo. Ou seja, o Supremo foi contra a reforma da Previdência, nesse item, pelo menos, do confisco para os policiais militares, para os aposentados e pensionistas.

Acontece que, de uma forma sorrateira, o governador Tarcísio de Freitas incluiu esse confisco no projeto, no PLC 75, achando que ninguém ia perceber. Acontece que os policiais militares perceberam porque o Supremo já tinha proibido, o confisco já tinha sido levantado aqui em São Paulo; não existia mais. E ele tentou reeditar o confisco. Então, é importante que todos saibam disso.

Porém, houve uma movimentação geral dos policiais militares, de vários segmentos, e da própria base, aqui, do Governo, que se mobilizou também. Nós denunciamos exaustivamente aqui na tribuna que ele estava reeditando o confisco do Doria para os policiais militares.

E ele foi obrigado a recuar, apresentando imediatamente, para não ter mais desgastes, a mensagem aditiva, que foi materializada exatamente nessa emenda aditiva, que nós vamos logicamente votar a favor, porque nós somos contra o confisco das aposentadorias e pensões.

Sempre fomos, desde o início, para todos os servidores do Brasil. Desde a Emenda no 41, de 2003, nós votamos contra - e o PSOL vem exatamente dessa luta, dessa contradição -, como nós também votamos contra todas as reformas previdenciárias que existiram no Brasil, sobretudo a Emenda no 20, de 98, do Fernando Henrique Cardoso; a Emenda no 41; a reforma do Bolsonaro, que foi tentada anteriormente pelo governo Temer. Foi derrotada a proposta do Temer, mas infelizmente foi aprovada no governo do Bolsonaro, contra os nossos servidores.

Então, queria fazer esse destaque aqui. Essa emenda que nós estamos aprovando hoje é fruto de mobilização dos próprios servidores da Polícia Militar. Faço aqui esse destaque importante.

E dizer que a votação de hoje não acabou ainda, porque após a votação dessa emenda aditiva, que será votada favoravelmente por todos os deputados e deputadas, nós teremos mais uma votação ainda, e essa talvez seja a mais importante.

Essa vai ser definitiva e vai mostrar quem realmente está do lado dos servidores da Polícia Penal, da Fundação Casa e dos próprios policiais militares e policiais civis, porque as emendas serão votadas agora, depois dessa votação.

Nós apresentamos 45 emendas ao projeto, corrigindo as injustiças, as contradições que existem no seio da própria corporação da Polícia Militar, por exemplo fazendo justiça com a patente do terceiro sargento, com a patente do segundo tenente. Essas patentes foram injustiçadas nesse projeto.

Fazendo justiça com a Polícia Civil, que também foi injustiçada, e sobretudo com os policiais penais, que foram totalmente golpeados e excluídos. E mais ainda, a própria Fundação Casa. São essas emendas que serão votadas; não agora, mas na última votação.

Então, não é o momento de desmobilização. E nós vamos votar “sim” agora nessa emenda aditiva, para banir a possibilidade de um confisco de aposentadorias e pensões para os militares; e na próxima votação, nós vamos votar “sim” também.

Então, quem votar “sim” nas duas estará se perfilando, se aliando, se associando à luta dos nossos servidores. Então, faço esse apelo. É a última chamada, deputados e deputadas da base do governo, é a última possibilidade que V. Exas. terão ainda de votar junto com os servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar, dos servidores da Fundação Casa, em greve desde o dia três, e também dos servidores da Polícia Penal.

Então, fica aqui mais uma vez o nosso apelo para que V. Exas. possam votar agora. Não com o governo, porque o governo passa, e V. Exas. continuam. Vamos votar com os servidores do estado de São Paulo.

Então é a última votação. É após essa que todo mundo vai votar a favor, logicamente, mas a próxima votação, em seguida, será definitiva para fazer justiça com todos os servidores do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. A gente disputou aqui um tempinho, mas eu queria fazer uma comunicação. Pode ser?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Uma comunicação, sim. Enquanto isso, o deputado Dr. Eduardo Nóbrega solicitou o encaminhamento pela bancada do Podemos. Enquanto isso, a professora Bebel tem dois minutos de comunicação.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - É sobre esse tema, Sr. Presidente, do projeto, que tratou exatamente da possibilidade do confisco. Eu quero chamar a atenção para todos e todas que a minha emenda prioritária era essa.

Porque esta Casa teve a grandeza de ter um PLC da Casa, que derrubou todo o confisco de aposentados e pensionistas, porque, enfim, era a maior injustiça que vinha acontecendo, e eu me lembro perfeitamente, até que com muita dificuldade a gente conseguiu articular esse PLC, que se transformou na Casa, o que quer dizer que quando esta Casa quer legislar, deputado Enio, ela se junta toda e ela dá respostas. Foi o caso do confisco de aposentados e pensionistas.

Então, quando o governador retira, ele não retira porque ele foi bonzinho. Ele retira porque ele percebeu que ele foi um dos que ficava fazendo promessa que ia acabar com o confisco de aposentados e pensionistas, e ia pôr para a própria Polícia impor 10,5 por cento.

Então, não foi nada gratuito, e isso se deve exatamente à percepção nossa, tanto dos policiais, como minha, pessoal, que tem uma categoria que sofreu muito com esse confisco, e que, quando acabou, todo mundo respirou, e respira aliviado.

Agora a luta é para reaver, deputado, o que nós já pagamos, porque foi uma forma injusta. Não é? Então, eu queria fazer esse destaque nesse ponto, porque é um ponto que nos tocou profundamente.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o Dr. Eduardo Nóbrega, para encaminhar pela bancada do Podemos.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, venho aqui pela bancada do Podemos, em nome do nosso querido líder, Gerson, Ricardo França, Clarice Ganem, também pela bancada do PSC, que foi incorporada, Dr. Elton, Dr. Hélio Zanatta.

Antes, presidente, quero cumprimentar aqui o secretário de desenvolvimento social de Taboão da Serra, que nos orgulha com a presença, Wanderley Bressan, a procuradora da Câmara Municipal de Taboão da Serra, Dra. Simone, que vejo daqui, e toda a comitiva de Taboão que está presente nas galerias.

Dizer, Sr. Presidente, que trata-se do Projeto nº 75/2023, que dispõe sobre a reclassificação dos vencimentos dos integrantes da carreira de delegado de polícia e de demais carreiras das Polícias Civil e Militar.

De pronto, Sr. Presidente, deixar claro que o projeto neste momento não fala dos policiais penais, não fala de outras categorias, e que o Podemos, quando essas demais categorias forem objeto de reclassificação e de recomposição salarial, estará ao lado das categorias, e tenho certeza que o governador Tarcísio fará justiça a todo o funcionalismo do estado de São Paulo.

Foram dias, semanas, presidente, de muita discussão. Nós, da bancada do Podemos acompanhamos, par e passo, cada bancada aqui da Assembleia na discussão desse projeto.

Percebemos desde o início que todas as bancadas aprovavam o mérito do projeto. E isso se confirmou na votação de hoje, quando do projeto encaminhado pelo governador Tarcísio e pelo secretário de Segurança Derrite.

A votação se deu de forma unânime. Todos que estavam neste plenário aprovaram o projeto, demonstrando a justiça que o governador Tarcísio está fazendo às carreiras de segurança. Evidentemente que, nas discussões, nós percebemos que algumas bancadas colocavam que poderia ter sido feita uma discussão no terceiro-sargento e em algumas categorias da Polícia Civil.

Quero aqui saudar a presidente do sindicato dos delegados de polícia, a Dra. Jacqueline Valadares. Acredito que ela estava aqui até agora, até este momento, me parece que deu uma saída, dizer da sua luta, como os demais sindicatos, todas as associações que buscaram dialogar com o governo Tarcísio.

E a maior prova de que o governador e esta Casa negociaram, Sr. Presidente, foi como disse o Major Mecca aqui, até o limite do possível é essa mensagem que o governador manda, retirando aquela modificação no texto que iria realmente, Reis, prejudicar os funcionários.

Isso é uma demonstração de que nós não ficamos aqui, como foi colocado e depois retirado pelo nobre deputado Barba, apenas como um curral ou como um carimbador oficial de projetos que vêm do Executivo.

Ao contrário, saúdo aqui o líder do governo, que teve um trabalho muito intenso ao lado do presidente da Casa, do Carlos Cezar, trabalhando o tempo inteiro na negociação com a oposição, que foi brilhante também na discussão do projeto. Isso demonstra que a Casa está pronta para discussões maduras e profundas.

Então, saúdo novamente todos os queridos colegas deputados e digo que o que nós fizemos aqui hoje, Gerson, foi justiça. Nós atendemos, colocamos 2,5 bilhões para a Segurança Pública do estado de São Paulo, 228.000 pessoas serão atendidas com esse projeto que está sendo aprovado na noite de hoje.

Por tudo isso, eu não poderia me calar e aceitar com passividade a fala que eu ouvi aqui da nobre deputada Monica Seixas, que, com razão, coloca que a Segurança Pública do estado de São Paulo está falida. Que os profissionais da Segurança precisam urgentemente ser tratados com respeito. Tem razão a deputada Monica.

O deputado Barba, dizer aqui que o governador Tarcísio se parece com o governador Dória? É verdade que a Segurança está largada e todo o funcionalismo público do estado de São Paulo foi abandonado há mais de 24 anos pelo PSDB.

E comparar o governador Tarcísio, que entra agora no sexto mês, presidente, encaminha um projeto audacioso, corajoso, que começa a fazer justiça ao funcionalismo, aos governos que abandonaram o povo do estado de São Paulo.

Faço a ressalva que fez o Barba aqui dos nobres deputados do PSDB. Também faço a ressalva e sei que tenho certeza da luta deles para que não acontecesse isso. E não acredito que os deputados do PSDB apoiaram, por exemplo, a política pública salarial do governador Doria do ano de 2020, do ano de 2021, que foi zero, zero por cento de recomposição salarial para os funcionários públicos do estado de São Paulo.

Tem alguma comparação com o governador Tarcísio, Tomé? Que no sexto mês do seu mandato manda o projeto que chega a mais de 30% de recomposição em algumas categorias? Que comparação é essa? Peço que a oposição, que foi brilhante na discussão desse projeto, faça essa ressalva justa ao governador Tarcísio, ao secretário Derrite.

Se o funcionalismo público do estado de São Paulo foi abandonado, foi pelos governadores do PSDB, que passaram mais de 24 anos no comando do estado de São Paulo. Essa é a fala que deve ser feita por todos da tribuna.

Por isso, Sr. Presidente, sabendo que... E parabenizando todos os sindicatos, todas as associações que trabalharam e lutaram muito para que o projeto pudesse ser melhorado. E todo texto normativo deve ser melhorado quando vem para o parlamento, é verdade.

E Gilmaci, aqui também com muita justiça, falo do seu trabalho durante essas duas semanas para que se melhorasse o texto.

Mas comparar o governador Tarcísio aos governadores do PSDB, isso me deixou indignado e eu não poderia, em nome do Podemos, deixar de subir a esta tribuna, porque é comparar o incomparável.

Não se pode comparar um governador que, em seis meses, manda um projeto que, na menor faixa, triplica a inflação do ano, com governos do PSDB, que colocaram aqui... Faço questão de citar os números: em 2007, zero; em 2015, zero; em 2016, zero; em 17, zero; em 20, zero; em 21, zero. Esse estudo, quero agradecer ao Capitão Telhada, que me forneceu no plenário da Casa hoje.

Então, Sr. Presidente, para concluir - nem vou usar o tempo todo que me resta -, não poderia fazer uma defesa melhor do que aquela que foi feita pelo nobre deputado Delegado Olim, pelo Major Mecca, pelo Conte Lopes, por todos da bancada de Segurança, que subiram a esta tribuna e demonstraram, item por item, a justiça que esse projeto está fazendo com os profissionais de Segurança.

É nessa linha, presidente, no projeto que está em pauta, que foi votado há pouco, e na mensagem encaminhada pelo governador Tarcísio, demonstrando toda a sua qualidade de homem público que não tem problema nenhum em recuar ou voltar atrás ou melhorar o texto encaminhado, como faz agora na mensagem que encaminha a esta Casa.

É que o Podemos votou favorável ao projeto e discute e fará a votação favorável também à mensagem.

Obrigado, Sr. Presidente.

Obrigado a todos.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Com anuência do deputado Altair, indico o deputado Jorge do Carmo e o deputado Donato para dividirem o tempo da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Dr. Jorge do Carmo faz o encaminhamento pela liderança da Minoria.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Capitão Telhada. Vossa Excelência tem dois minutos.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Aproveito este momento em que o deputado se dirige à tribuna para parabenizar esta Casa por essa vitória que alcançamos hoje, essa conquista onde todos se empenharam, comprometidos com a Segurança Pública, conscientes dessa justa valorização necessária, atual.

Como o deputado Eduardo falou agora, seis anos com inflação, recomposição inflacionária, perda total, zero, dos policiais de São Paulo, e agora alcançamos, através de um primeiro passo do governador Tarcísio de Freitas, essa justa recomposição.

Eu digo que é o primeiro passo porque temos muito a avançar. Ontem, por exemplo, foi anunciado pela Polícia Militar um convênio junto com o Hospital Sírio Libanês para que atuem diretamente no Hospital da Polícia Militar, utilizando seus residentes, utilizando como hospital escola, para que amplie o atendimento de saúde física, de saúde mental, aos policiais militares.

Tenho certeza de que veremos, nesses quatro anos de governo Tarcísio de Freitas, muitos avanços. Tenho certeza de que serão 40 anos em quatro, porque, de fato, temos muito a avançar.

Precisamos, além dessa recomposição, além dessa captura de dignidade salarial, precisamos muito voltar à dignidade dos policiais militares, dos policiais civis, nas ruas, diretamente, diante da sociedade, diante das pessoas, do nosso povo, para que a gente reconquiste o devido respeito no atendimento de uma ocorrência, no atendimento de um roubo, de um Charlie 04, de uma desinteligência, mas que as pessoas voltem a enxergar o policial como um amigo, como uma autoridade do Estado, que é um homem, uma mulher, um cidadão que merece o seu respeito e que merece ser tratado como tal, com dignidade acima de tudo.

Muito obrigado.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - Pela ordem, presidente. Só para uma comunicação muito rápida, com anuência do deputado que está na tribuna?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É a última comunicação, deputada Analice. Já estamos em processo de votação. Antes, porém, também, gostaria de anunciar que está entre nós o ouvidor da Polícia, Claudinho Silva. Seja bem-vindo, Claudinho, nosso ouvidor da Polícia Civil.

Para uma comunicação, agora, a deputada Analice Fernandes.

 

A SRA. ANALICE FERNANDES - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Eu gostaria de comunicar a todos que nos assistem nesta noite que ouvi atentamente cada um que ocupou essa tribuna e, nesta noite, eu vi o deputado da minha cidade de Taboão da Serra, que, aliás, foi do PSDB por um longo período da vida dele, falar o tempo todo muito mal do PSDB.

O PSDB, só para lembrar, teve suas falhas, mas construiu um estado importante, saneou as dívidas que o estado, que o governo Mário Covas pegou, mudou a história do nosso estado.

Teve muito sim para dar em contribuição, deu e fez a parte dele. Eu acho que nós temos que contribuir e nesta noite virmos realmente à tribuna para falarmos a verdade daquilo que foi feito por cada um que passou pelo governo de São Paulo. E quem passou tem nome e aqueles que fizeram merecem ser nominados.

Eu sou uma parlamentar do PSDB, sempre lutei dignamente e sou do PSDB como muitos deputados do PSDB aqui nesta Casa deram a sua contribuição. Então eu gostaria de pedir àqueles que se dirigem ao PSDB, se dirijam àqueles que são ou que foram e que têm nome, porque eu sou do PSDB, com muito orgulho defendo a social democracia e faço a política do bem acontecer. Nesta noite estou votando favorável ao PLC 75 porque acho justo.

O governo Tarcísio está, sim, construindo uma grandiosa história para o estado de São Paulo, dando ele, sim, a sua contribuição e nós, tucanos, PSDB, com nomes - e aqui eu falo de toda a nossa bancada - que recebeu ontem o secretário de Segurança Pública, esteve ao lado dele somando esforços para que São Paulo tenha, sim, segurança pública de qualidade.

Muito obrigada, presidente.

O PSDB está a favor desse governo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O Dr. Jorge do Carmo então para o encaminhamento pela Minoria.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Boa noite, deputadas. Boa noite, deputados. Registro também aqui além da presença do nosso querido ouvidor Claudinho Silva, também a presença do coronel Paulo, que vieram aqui acompanhar esse embate, essa votação expressiva, mas que nós fizemos de tudo aqui para melhorar o salário dos policiais civis e militares e votamos a favor porque acreditamos que os servidores precisam ser bem remunerados e bem elogiados aqui por esta Casa.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, agradecer o deputado Enio Tatto por me conceder o encaminhamento. Vou dividir o tempo com o nobre deputado Donato. Dizer que hoje nós fizemos aqui, a bancada do Partido dos Trabalhadores, aquilo que nós sabemos fazer.

Fizemos aquilo que nós gostamos de fazer, que é discutir, que é tentar melhorar o projeto de lei que vem para esta Casa com o espírito, nesse caso em tela, de melhorar o salário dos policiais civis e militares do estado de São Paulo. Nós tentamos por demais com todas as emendas que foram rejeitadas hoje aqui neste plenário.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Peço silêncio aos Srs. Deputados em respeito ao nosso orador na tribuna.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado, Sr. Presidente. Nós tentamos por diversas vezes fazer com que as emendas que foram apresentadas por nós, inclusive as que foram apresentadas pelos deputados e deputadas da base do governo, fossem aprovadas e, infelizmente, elas foram rejeitadas.

Mas nós saímos daqui com o dever e a consciência tranquila porque nós insistimos, persistimos, debatemos e votamos com a nossa consciência. Votamos “sim” para que os policiais pudessem ter esse aumento. Achamos injusto porque não houve isonomia, não houve coerência no sentido de que tanto aquele que está no nível médio ou nível superior merece o salário melhor.

E por isso, Sr. Presidente, nós temos a certeza de que temos garantias de que ainda vamos continuar lutando. Ficaram de fora, infelizmente, os policiais penais. Ficaram de fora, infelizmente, os servidores da Fundação Casa. Ficaram de fora outros servidores, mas nós vamos continuar na luta aqui, na defesa de que podemos com certeza defender o salário para os servidores em geral.

Amanhã nós vamos fazer outro embate aqui, que é a discussão da Saúde, porque nós queremos saúde para a população, mas nós não queremos simplesmente a prorrogação. Nós queremos concurso público, nós queremos que tenha mais servidores e melhor remunerados.

E foi por isso que exaustivamente nós apresentamos o nosso método. Fomos derrotados, mas caímos de pé e com a consciência tranquila de que o que estava ao alcance da nossa bancada, gloriosa bancada do Partido dos Trabalhadores, do PSOL, das bancadas de oposição aqui, nós votamos com a nossa consciência.

E não me venha dizer que nós não gostamos da Polícia Militar, ou não gostamos da Polícia Civil. Nós gostamos, sim, e queremos que os servidores sejam respeitados, bem-remunerados, para não ter que fazer bico, para não ter que ficar trabalhando nas suas folgas para sustentar as suas famílias. É com essa certeza que hoje vamos encerrar esse período de votação aqui.

Mas todos nós, que votamos com a nossa consciência, sabemos, e os policiais sabem, que nós estamos aqui para defender melhores condições e dignidade para os trabalhadores. Não tem um partido, pode ter um outro igual, mas que defenda melhores condições de trabalho e decência para que os trabalhadores tenham melhores condições: é o Partido dos Trabalhadores.

Por isso, deputadas e deputados, quero dizer que estou muito consciente, muito convicto do que nós fizemos aqui. E que bom que foi aprovado por uma maioria absoluta. Que bom.

Agora, a consciência é de cada um, porque poderíamos ter melhorado esse projeto, poderíamos ter aprovado as nossas emendas, para que a gente não tivesse aqui que depois, “Ah, o governador vai mandar”. Vai mandar quando? Perdeu a oportunidade.

Oportunidade não se perde, e foi o que foi feito aqui. Não dá para um deputado da base governista apresentar uma emenda e depois se calar, não ter coragem de defendê-la aqui. Por quê? Porque recebeu um comando, uma ordem, do governador, ou do líder do Governo, para dizer: “Não vai discutir, não vai encaminhar, não vai fazer nada, vai deixar como está”. Nós queremos melhorar. Ou não é melhorar? Quantos discursos vimos neste plenário, que “queremos melhorar”?

Então, se queremos melhorar, perdeu-se a oportunidade. Mas estamos com a consciência tranquila de que votamos para melhorar. Não foi possível porque a base governista não deixou. Mas a Bancada do Partido dos Trabalhadores fez, de forma coerente e com maestria, aquilo que podia ser feito.

Transmito, agora, o restante do meu tempo para o nobre deputado Donato.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pelo tempo remanescente, então, compartilhado com anuência do líder da Minoria, tem a palavra o nobre deputado Donato Mardormo, da Calábria.

 

O SR. DONATO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, muito obrigado, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, agradecer meu colega deputado Jorge do Carmo, que cedeu esses cinco minutos, eu só venho a esta tribuna por conta do discurso tanto do Delegado Olim, quanto o do Major Mecca. Eu preciso repor algumas coisas aqui desse discurso, porque a gente não vai fugir do debate.

Tanto o Major Mecca, quanto o Delegado Olim, na falta de argumentos para justificar a sua submissão ao Executivo, o abandono da luta para melhorar o projeto, com emendas próprias e boas, do Major Mecca e de outros deputados da base, eles vêm com o fantasma da esquerda, a esquerda que odeia a polícia. É a esquerda que não gosta da polícia.

Olha, esse discursinho não vai longe, porque o critério da verdade é a prática, e a gente está vendo a prática aqui. É evidente que a gente entende que os policiais militares são trabalhadores e trabalhadoras que merecem todo o respeito, como foi dito aqui, como o conjunto do funcionalismo público. A gente entende que é necessária uma polícia e a gente respeita os policiais militares.

É evidente que a instituição, e isso nós queremos discutir, sim, e o modelo em que ela existe é oriundo da ditadura militar, que criou a Polícia Militar como força auxiliar do Exército em uma época de combate e a repressão àqueles que lutavam pela democracia. Essa polícia teve práticas que foram transmitidas para a Polícia Militar.

Então a gente precisa ter outro modelo de Polícia Militar. Isso passa por ter policiais bem remunerados, por aumentar o efetivo da tropa, por, enfim, melhorar a sua distribuição no território, atender, principalmente, os extremos da cidade, e ser uma polícia parceira.

Mas eu queria responder ao Delegado Olim, porque em 2014, o governador Alckmin foi candidato a governador e ganhou, ganhou de um candidato do nosso partido, que foi o atual ministro Padilha.

O PT elegeu 15 deputados e veio para a oposição ao governador Alckmin. Em 2018, o governador Alckmin foi candidato a presidente da República e nós lançamos o candidato a presidente Fernando Haddad diante da violência que sofreu o presidente Lula.

E em 2022, diante do desastre do governo Bolsonaro, evidente que a gente procurou construir uma grande frente democrática para acabar com esse desastre que aconteceu no país.

E o governador Alckmin foi importante nessa construção, mas isso não tira nossas críticas. Mas em 2014 o Delegado Olim foi deputado aqui, eleito, Delegado Olim, muito bem eleito, com mérito. Eu respeito muito Vossa Excelência.

Mas o Delegado Olim foi da base do governo Alckmin. Eu queria que passasse um vídeo aqui do Delegado Olim de 2018, de 2018, quatro anos de governo do governador Alckmin.

Por favor, o vídeo.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Não pode, presidente, é só pela...

 

O SR. DONATO - PT - Como não pode passar um vídeo?

 

O SR. GIL DINIZ - PL - É só sobre o tema.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlos Cezar.

 

* * *

 

O SR. DONATO - PT - Como sobre o tema? Ele falou do Alckmin aqui, eu quero mostrar a política de Segurança Pública que o Delegado Olim defendia na época do governador Alckmin.

Não, não, não, não. Aqui pode atacar e não pode ter o contra-ataque? Não existe isso. O senhor está sendo antidemocrático, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Donato, só quero perguntar a V.Exa.: é sobre o tema?

 

O SR. DONATO - PT - É sobre o tema, Segurança Pública.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É sobre o tema?

 

O SR. DONATO - PT - É sobre o tema. Se não fosse...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Nós estamos encaminhando agora, deputado. É sobre o tema da Mensagem Aditiva? Nós estamos encaminhando a Mensagem Aditiva que retira...

 

O SR. DONATO - PT - Para mim vale o tema? Para os outros não vale. Ele falar que o governador Alckmin é farinha do mesmo saco do nosso governo, sendo que ele elegeu o Alckmin, ele apoiou o Alckmin quatro anos aqui, quem é culpado pela política do governo Alckmin é V. Exa., é Vossa Excelência.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, por favor. O vídeo trata do tema. Por que ele não pode passar?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - O tema que está em discussão agora é o encaminhamento da Mensagem Aditiva que retira...

 

O SR. DONATO - PT - O senhor tem medo da palavra do Delegado Olim. Não é a minha palavra, é do Delegado Olim.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É que isso não acrescenta no encaminhamento da Mensagem Aditiva.

 

O SR. DONATO - PT - Acrescenta ele agredir a nós e eu não posso retrucar?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Mas ele não passou nenhum vídeo. Vossa Excelência tem a liberdade para falar.

 

O SR. DONATO - PT - Só pode agredir sem vídeo, é isso?

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Deputado Donato, por gentileza.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Ele está com a palavra, está no encaminhamento. Não cabe aparte.

Para concluir seu encaminhamento, deputado Donato, não cabe aparte nesse momento.

Vossa Excelência tem a palavra, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Delegado Olim, posso passar o vídeo? Posso passar o vídeo, Delegado Olim? Não corre, Delegado Olim. Não corre. É feio, Delegado Olim. Não corre.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Donato, para concluir o encaminhamento de Vossa Excelência.

 

O SR. DONATO - PT - Está no Facebook do senhor.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Donato, para concluir o encaminhamento de Vossa Excelência. Está concluído?

 

O SR. DONATO - PT - Não posso passar o vídeo? Estou proibido de passar o vídeo?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Está encerrado o tempo, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Numa comunicação eu posso passar o vídeo?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Está encerrado o tempo de Vossa Excelência.

Então, tem V. Exa. dois minutos para uma comunicação.

 

O SR. DONATO - PT - Eu posso passar o vídeo?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Comunicação, deputado.

 

O SR. DONATO - PT - Infelizmente os senhores correram do debate mais uma vez.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Nós estamos num processo de votação.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - O senhor concedeu os dois minutos de comunicação, Sr. Presidente. Passa o vídeo.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Nós estamos num processo de votação.

Tem pela ordem deputado Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Para encaminhar pelo (Inaudível.)

 

O SR. DONATO - PT - O Delegado Olim está...

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem o tempo regimental V. Exa. de 10 minutos para fazer o encaminhamento.

 

O SR. DONATO - PT - Quatro anos, o vídeo é de 2018.

Posso passar um print, então?

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Deputado Donato...

 

O SR. DONATO - PT - Passa um print aí, põe na tela, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Eu quero passar a Presidência ao presidente André do Prado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. DONATO - PT - Se eu não passo o vídeo, eu passo o print então. Posso? Posso? É uma comunicação, dois minutos. Não posso passar nada? Não posso responder? Eu estou falando, mas é muito mais forte a palavra do Delegado Olim do que a minha, de como ele elogia o governador Alckmin em 2018. Não é em 2014, não. É em 2018.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Donato, finalizou o tempo do encaminhamento.

 

O SR. DONATO - PT - Ele me concedeu dois minutos.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Dois minutos, tem um minuto e 19.

 

O SR. DONATO - PT - Eu quero saber se eu posso projetar um vídeo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não, na comunicação não.

 

O SR. DONATO - PT - Um print eu posso projetar? Não posso fazer nada?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Na comunicação isso não é permitido.

No encaminhamento, na discussão V. Exa. poderia fazer muito bem, Pequeno Expediente, Grande Expediente. Vou permitir dois minutos para comunicação de V. Exa. para finalizar, porque nós temos mais partidos para fazer encaminhamento.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Não, tem dois minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Donato, peço a compreensão de Vossa Excelência. Nós fizemos um grande debate aqui hoje, não vai faltar oportunidade para esse debate de vocês prosseguir amanhã, quinta-feira, sexta-feira, semana que vem.

Então, para finalizar, porque eu tenho uma liderança para fazer um encaminhamento.

 

O SR. DONATO - PT - Eles correram do debate sobre o governo Alckmin, que a maioria aqui foi base, e vem jogar nas nossas costas? Não faça isso. 

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Sr. Presidente, só uma comunicação, eu fui citado. Para fazer uma réplica rápida, Sr. Presidente, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Enquanto encaminha o deputado Altair, do Republicanos, rapidamente uma comunicação.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu fui à tribuna e ficou muito claro a minha fala fazendo uma crítica à política salarial do PSDB para a Segurança Pública do estado de São Paulo. E deixei claro que é incomparável a política pública salarial do governador Tarcísio com os governos do PSDB que nos antecederam.

A não ser que a nobre deputada Analice Fernandes, que fez a crítica à minha fala, concorde com o aumento de 8% em 2004, concorde com aumento de zero em 2007, zero em 2015, zero em 2016, zero em 2017. Foram nos governos do PSDB. Se a nobre deputada concorda em não dar aumento para os policiais civil e militar do estado de São Paulo, eu não concordo.

Então, com muita tranquilidade, Sr. Presidente, eu acho - é minha opinião e creio que todas as opiniões devam ser respeitadas - que a opinião do Podemos tem que ser respeitada.

Não dá para comparar a política pública salarial do Governo Tarcísio para a Segurança Pública do estado de São Paulo com a política pública de Segurança dos governos anteriores, do PSDB.

São dados, são fatos, são números. Quem quiser fazer essa defesa, ok, é um direito, tem a livre manifestação da opinião. Nós, do Podemos, não concordamos.

Obrigado, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Altair Moraes para encaminhar pelo Republicanos. 

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Obrigado, presidente. Bom, primeira coisa, eu não sou rato para me esconder. Eu dou minha cara para falar aquilo que eu penso e faço isso com muita seriedade e com muita serenidade.

Eu quero, em primeiro lugar, agradecer ao nosso governador Tarcísio de Freitas por fazer o que nenhum governador fez nos últimos 30 anos, com esse aumento. Eu ouvi alguns deputados subirem aqui e dizerem “isso é uma falácia”. Falácia é a gente ver a esquerda defendendo o pessoal da polícia. É até cômico isso.

A gente pensa, senhores, que o Brasil chega no fundo de poço, mas quando a gente vê esse tipo de atitude aqui a gente entende que o fundo de poço tem um porão depois, fica pior.

É incrível, rapaz. Nós queremos votar aquilo que nós entendemos que é melhor, nós temos a palavra do nosso governador de que vai reajustar aquilo que precisa ser feito e eu confio no Tarcísio de Freitas.

Falácia? Dizer que nós fomos enquadrados? O governador não tem esse caráter de enquadrar ninguém. Não confundam o nosso líder com o líder de vocês. Não confundam. O nosso líder tem moral, tem caráter, ele sabe conversar, sabe dialogar e quer o melhor para o povo.

Eu quero que fique bem claro para as pessoas que estão em casa, para aprender o seguinte, existem, deputado Olim e meu líder aqui, Xerife do Consumidor, Tomé Abduch, que é engenheiro, existem engenheiros de prédio pronto.

É isso que a esquerda é, engenheiro de prédio pronto. O prédio está pronto, alguém cavou o poço, alguém colocou fundamento, alguém fez o prédio, aí chega o engenheiro de prédio pronto: “Não gostei, não está bom, vamos mudar. Vamos mudar essa lâmpada, vamos fazer um ajuste aqui.”. Engenheiro de prédio pronto, rapaz.

O governador fez o que fez, ele deu a palavra dele, eu confio no meu governador. Eu estou aqui dizendo o seguinte: eu confio no governador Tarcísio de Freitas. Aqueles que diziam que a base não estava firme, junta, aliada, alicerçada, é uma grande mentira, porque nós colocamos aqui 56 votos, e precisavam de 48 para passar.

E o PT e a esquerda só votaram depois que nós aprovamos esse projeto. Aí ficaria feio, não é? “Não, nós somos a favor”. Por que não votou antes? Nós precisávamos de 48 votos para votar, por que não vieram com a gente?

Nós, da base, é que votamos primeiro, os 48 primeiros e 56 votos. Depois, a esquerda, para não ficar feio, porque disseram que são a favor do voto, “a gente vai votar, a gente vai votar”, mas nós já tínhamos passado o projeto sem nenhum de vocês.

Ou seja, a base está muito sólida, a base está muito forte aqui nesta Casa. Eu quero dizer para o governador: o senhor teve a maioria de votos para passar sem a esquerda. E nós não precisamos deles para passar os projetos que achamos justos para o governo, não.

Mais uma coisa que quero pontuar, e que fique muito claro para todos vocês. Na base do governador, nós não temos cabo de guerra. Ninguém puxa para um lado, e o outro, para o outro. Todos nós remamos para o mesmo lado, do lado do Governo do Estado, e do governador Tarcísio de Freitas.

Muito obrigado, governador, Xerife do Consumidor, e todos da base aliada.

Estamos juntos, e juntos vamos estar aqui neste lugar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar, o deputado Simão Pedro e o deputado Luiz Claudio Marcolino, que vão dividir os 10 minutos da Federação PT/PCdoB/PV. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para encaminhar, deputado Simão Pedro, para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente André do Prado, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.

Primeira coisa, Sr. Presidente. Desde o início dos debates do PLC 75, nesta Casa, quando ele chegou, a bancada do PT, a bancada da oposição deixou muito claro que votaria favoravelmente ao projeto.

Não é nossa obrigação garantir quórum para a aprovação dos projetos do governo. Mas deixamos claro que votaríamos favorável. Mas nós apontamos os problemas desse projeto.

É desse jeito que funciona a democracia, é para isso que existe o parlamento. Parlamento existe para fiscalizar o governo, corrigir as falhas, e votar nos projetos do governo, fazendo as emendas. Esse é o nosso papel. O que fica claro, no comportamento do governo Tarcísio, é que ele se comportou, neste projeto, nesse processo, como aquele cara que não quer ser contrariado.

Ele mandou o projeto para cá e não aceitou nenhuma emenda. Não aceitou nem que os deputados da base pudessem fazer uma correção. Como foi, por exemplo, as emendas do Major Mecca, que visavam corrigir injustiças e problemas colocados nesse projeto, que tem muitas falhas.

Agora, quem alertou esta Casa que o projeto tinha uma injustiça? Agora o governador vem corrigir com essa mensagem aditiva, que nós vamos votar favoravelmente, foi o nosso deputado Reis que, na Comissão de Segurança Pública, alertou: há um jabuti nesse projeto, há um confisco dos policiais aposentados.

Deputado Reis, quero fazer uma homenagem a V. Exa., por ter alertado inclusive a base do governo, que tinha uma injustiça, que estavam surrupiando recursos dos aposentados, como outros governos já tentaram fazer aqui em outros momentos. Então esse é o papel da oposição: de alertar o governo.

Mas o governador nem permitiu que os deputados da base pudessem fazer uma emenda, para o Parlamento ter o mérito de corrigir esse problema. Ele quis dizer: “Eu mesmo vou corrigir o problema”, dando esse papel de submissão da Casa, principalmente da base aliada, que, de verdade, de verdade, não pôde contrariar o governo.

E os deputados da base, aqueles mesmos que foram contrariados, fazendo acrobacias, fazendo ginástica para tentar mostrar que “não, o governador amanhã vai mandar um novo projeto, amanhã o governador vai corrigir, amanhã o governador vai lembrar dos policiais penais”.

Então eu quero dizer que esse é o papel da oposição: de fiscalizar, de corrigir o governo, de dizer que tem injustiça, de dizer que tem ilegalidade, de dizer que tem problemas. Foi dessa forma que nos comportamos aqui, presentes, fazendo um debate democrático, para que o projeto pudesse ser corrigido.

Mas, infelizmente, nós votamos a favor, mas indo para casa com a cabeça tranquila, com a consciência tranquila, mas frustrados porque... Deputado Enio Tatto, deputado Barba, Paulo Fiorilo, meu líder, que deu oportunidade da gente falar aqui.

A gente vai embora frustrado porque queríamos melhorar o projeto, e não tivemos essa oportunidade, porque a base do governo se mostrou bastante submissa.

Eu queria também dar os parabéns para a deputada Analice Fernandes. Porque eu estranho, inclusive, os deputados do PSDB, que apanham aqui no microfone, da base, a noite inteira.

E ela teve a coragem, a hombridade, de vir no microfone e defender o PSDB. Minha pergunta, eu fico aqui pensando: por que o PSDB ainda compõe a base do Governo Tarcísio, se parece que a base não o quer aí?

Então, deputada Analice, parabéns. Eu quero passar agora a palavra ao deputado Marcolino, que vai complementar o nosso discurso, o nosso encaminhamento.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Luiz Claudio Marcolino tem o tempo remanescente de cinco minutos e 20 para finalizar o encaminhamento pela bancada do PT/PCdoB/PV.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, nobre líder Fiorilo, deputado Simão Pedro, pela cessão do tempo. Eu ouvi atentamente, nobre deputado Fiorilo, o Altair. E eu queria ver o nobre deputado Altair ter feito essa fala durante todo o debate do projeto, que não aconteceu. E nós, deputado Barba, por várias vezes clamamos aos deputados da situação: “vá lá e fale em relação ao projeto”.

Nas primeiras semanas, nobre deputado Enio, o que a gente ouvia dos parlamentares da base do Governo? Que o projeto apresentado tinha uma série de imperfeições, na Polícia Militar, na Polícia Civil.

Essa, nobre deputada Beth, era a fala dos deputados na primeira semana. A gente ouvia pelos corredores, no café aqui da Assembleia, todos os deputados da base, da situação, reclamando do projeto que foi apresentado.

Aí, na semana seguinte... Vou pegar aqui um e-mail do dia nove de maio, que é quando começou de fato o projeto de votação. Esse projeto podia ter entrado na Casa e ter sido aprovado já na semana do dia nove de maio.

Aí, no dia nove de maio, circulou no WhatsApp, nobre deputado Fiorilo, que o governo foi traído pela base na Alesp, o único lugar que ele tinha certeza de que o apoiaria até a morte. Olha o WhatsApp que circulou no dia nove de maio, nos WhatsApp dos deputados governistas na Assembleia Legislativa.

Aí agora vir falar que a base está coesa, que a base votaria de qualquer jeito, que conseguiu não sei quantos deputados para votar... Por que não votou na semana passada? Por que não votou na semana retrasada? Por que não votou no dia nove de maio, quando circulou esse e-mail, esse WhatsApp entre os deputados da base do Governo?

Quem quis melhorar o projeto da Polícia Civil, da Polícia Militar, incluir a Fundação Casa, incluir a Polícia Penal foi a oposição aqui nesta Casa. Foi o PT, o PSOL, a Rede Sustentabilidade, o PSB; foram esses partidos. O PSDB até apresentou uma proposta da bancada da Segurança Pública aqui na Assembleia.

E, salvo o deputado Mecca, que na última semana tentou defender a proposta, nenhum outro deputado da base parlamentar do Tarcísio veio aqui defender as emendas que eles apresentaram. Não tiveram coragem, não tiveram coragem.

Um governador que não conversou com a Segurança Pública, não conversou com a associação, não conversou com os sindicatos, não conversou com a sua base da Assembleia. Não conversou com os líderes de Governo, nobre deputado Fiorilo; nenhum. Não conversou com os líderes de bancada. E ele teve a oportunidade.

O projeto podia ter sido votado na semana passada; não foi votado. Em uma semana de prazo, qual foi o movimento que aconteceu nesta Casa, em uma semana para ter a votação? Nenhum.

A Fundação Casa está em greve desde o dia três de maio. Hoje é dia 23; poderia ter incluído a Fundação Casa, não incluiu. Podia ter incluído a Polícia Penal; não fez a inclusão. Podia ter aceitado a proposta de fazer a adequação para a Polícia Militar; não fez. Podia ter valorizado a Polícia Civil; não fez.

Agora vir aqui o deputado Altair falar que a base está coesa, que teria os votos suficientes para votar o projeto... E eu reforço: por que não votou na semana passada, na semana retrasada? Porque não teve, em nenhum momento, a vontade do governador de fazer a adequação.

E eu vou ler novamente o WhatsApp, para não pairarem dúvidas aqui sobre o que aconteceu no dia nove de maio de 2023: “senhores, acabei de sair da sala de Segurança Pública de São Paulo, e as notícias são péssimas. Não é bisu, mas o governador está retirando o projeto de reajuste para dar tão-somente a recomposição inflacionária para todos os servidores - em torno de 6% a 10%.

É o que merecemos? Parece que não conseguem ver um centímetro além do nariz. O governo foi traído pela base da Alesp, o único lugar que ele tinha certeza de que o apoiaria até a morte.

No primeiro ano de governo, o Tarcísio está pagando 20% do Doria - a conta ficou para ele - e dando mais 20,2 por cento. Nunca terei mais essa janela de oportunidade.

Estão todos aqui pelo apoio, mas acho que perdemos. Agradeço a nossa base parlamentar e nossas associações”, Rafael Ramos, coordenador da SAP, Secretaria de Segurança Pública.

Essa foi a mensagem circulada no e-mail do dia 9 de maio, nobre deputado Simão Pedro. Falar que tinha a base organizada para votar o projeto é muita cara de pau, nobre deputado Altair.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Vinicius Camarinha.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Para uma comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Tem V. Exa. dois minutos.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, pela Federação PSDB Cidadania, nós, deputados, acompanhamos muito atentos esse debate todo, as falas dos deputados do PT, da oposição, do governo, todos discutindo e, às vezes, presidente, entrando em searas que não correspondiam ao tema do projeto - que é a importância de a gente valorizar os policiais -, em debates ideológicos.

A nossa bancada aqui, deputado Dalben, acompanhou atentamente todo esse debate. Um fato que eu quero dizer, presidente, é o seguinte: a nossa Federação tem um compromisso com São Paulo. A nossa Federação tem compromisso em ver as coisas melhorarem.

Não importa se o Tarcísio vai fazer mais que o governo Doria ou Rodrigo. Se fizer, que faça, e nós vamos estar aqui para ajudar. Nós vamos estar aqui para ajudar, como fizemos na votação desse projeto, apesar das insinuações de alguns colegas aqui. Isso não vai contaminar a nossa bancada. 

Às vezes mostram os dados de que o governador Doria não deu aumento no ano tal, nos dois anos do governo, mas não disseram que a lei federal da pandemia proibiu o aumento no Brasil inteiro. Pularam uma parte da história. O governo anterior, Rodrigo/Doria, deu 20%, e o governador Tarcísio está dando mais 20; 40%, graças a Deus. Graças a Deus.

O governador Tarcísio está tendo a opção de tirar de investimento para ajudar o servidor público porque o governo passado organizou as finanças, e o governador Tarcísio vai colher os frutos de tudo aquilo que foi plantado.

Eu reitero aqui com a nossa bancada o compromisso que nós teremos com os bons projetos, o compromisso que nós teremos com a qualidade de vida do povo de São Paulo e de todos os seus servidores. Quero dizer aos colegas aqui: contem com a nossa Federação naquilo que for bom para São Paulo.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação a mensagem aditiva. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental a verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para declarar obstrução da bancada do PSOL.

 

 O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Bancada do PSOL em obstrução.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PT/PV/PCdoB em obstrução.

Tendo transcorridos quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto agora para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Vinicius Camarinha.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Xerife do Consumidor.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pedir a todos os deputados que votem “sim”.

Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Xerife do Consumidor.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Finalizando esse processo de votação, e já aclamando o resultado, o que mais nós teremos posteriormente a isso?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Teremos depois um item que fala para a votação das emendas englobadamente.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Quero pedir a todos os deputados que permaneçam em plenário, por favor, para que a gente possa deliberar também e votar as emendas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais deputados para votar no sistema eletrônico, abriremos agora os microfones de aparte para os deputados que não conseguirem votar pelo sistema eletrônico façam assim o seu voto.

Não havendo mais deputados para fazer o voto, pergunto agora se algum dos Srs. Deputados gostaria de alterar o seu voto.

Não havendo deputado interessado em alterar o voto, passamos agora à proclamação do resultado: 74 deputados votaram “sim”, mais este presidente, 75 votos, quórum esse que aprova a mensagem aditiva.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente, só fazendo uma comunicação, eu apertei “sim”, confirmei e não foi no painel. É só isso que eu quero dizer, eu votei “sim”, tá?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado.

Em votação as emendas englobadamente com pareceres contrários de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, registro voto favorável da Federação PT/PCdoB/PV às emendas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PT/PCdoB/PV registram voto favorável.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente, quero manifestar voto favorável às emendas apresentadas pela bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Carlos Giannazi registra o voto favorável às emendas apresentadas.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Peço aos deputados da base que votem “abstenção”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já votaram, encerrou o processo, deputado líder do Governo.

Sras. e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, §5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, cinco minutos após o encerramento da presente sessão, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer a redação final ao Projeto de lei Complementar nº 75, de 2023, de autoria do Sr. Governador.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente, para uma breve comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Altair Moraes, tem V. Exa. uma comunicação.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Como eu fui citado aqui pelo nobre deputado Marcolino, é impressionante o camarada do PT vir falar de cara de pau. Cara de pau é o PT dizer que está ajudando polícia, que quer ajudar polícia.

E me deixa colocar algo para o deputado Marcolino entender melhor, que eu acho que ele não entendeu o que eu falei, mas eu vou esclarecer suas ideias, que sou homem muito inteligente, deputado, tá?

Cara de pau são vocês do PT votarem a favor de polícia. Vocês queriam acabar com a Polícia Militar, destruir a Polícia Militar, mas vamos lá. Cara de pau é o senhor não entender o que a gente falou, mas se o senhor não entendeu eu não vou chamar o senhor de cara de pau não, vou chamar o senhor de uma pessoa que não prestou atenção no que eu falei e vou falar novamente: o que eu coloquei foi o seguinte, nós, da base, nesta votação, conseguimos colocar 54 votos sem vocês da esquerda, ou seja, nós aprovamos o projeto sem vocês.

Simples assim. Foi isso que eu quis dizer, entendeu, deputado Marcolino? Se o senhor não entendeu, o senhor me perdoe, porque acho que não me expliquei bem.

Estou explicando isso: nós conseguimos votar sem a esquerda. Ponto. A base aprovou sem a esquerda. Depois, vocês vieram votar. Precisávamos de 48 votos e tivemos 54 votos. A base votou e aprovou o projeto. Eu não sou cara de pau, estou falando a verdade.

Agora, se o senhor não entendeu, eu peço perdão. Não sei se o senhor conseguiu entender bem, então espero que esteja bem claro agora, tá? O que eu quis dizer foi isso, que nós conseguimos votar sem a esquerda. Vocês votaram a favor, votaram “sim”, todo mundo está vendo, mas depois que nós, da base, aprovamos. Ficou claro? Isso não é cara de pau, isso é verdade.

Obrigado.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Uma breve comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vossa Excelência tem o tempo regimental de dois minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu tinha registrado aqui o nosso voto favorável às Emendas 43 e 45, emenda do Major Mecca com a bancada da Segurança Pública, e deixo claro aqui que essa mensagem aditiva do governador Tarcísio, nós trabalhamos aqui, a bancada da Segurança Pública trabalhou noite e dia, naquela data, presidente, e, com vosso auxílio, com vossa ajuda, com o auxílio do nosso líder, deputado Carlos Cezar, com ajuda do líder do Governo, deputado Xerife, conseguimos falar com o governador, marcar uma reunião com ele e explicar a questão da alíquota previdenciária.

Então, dou parabéns à bancada da Segurança Pública, que explicou, nesse momento, ao governo, que não era oportuno esse desconto.

Parabenizo o Capitão Telhada também pelo trabalho que fez, o deputado Saraiva e vários deputados que estavam presentes nessa reunião. O governador mandou essa mensagem aditiva retirando esse desconto previdenciário.

Obviamente, em algum momento, esse tema voltará para esta Casa e nós vamos discutir, mas, hoje, presidente, é uma vitória desta Casa, é uma vitória desses deputados, que não mediram esforços para retirar a alíquota previdenciária.

Estamos sendo acusados aqui, obviamente, faz parte da discussão, faz parte da narrativa da bancada do PT, do PSOL, mas, se não fossem esses deputados se debruçarem sobre o projeto e irem até o Palácio explicar ao governador, explicar ao secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e os demover dessa questão da alíquota previdenciária, essa vitória não seria possível.

Então, agradeço a V. Exa., ao nosso líder Carlos Cezar, ao líder do Governo, à bancada de Segurança Pública e a todos os deputados que contribuíram para o aperfeiçoamento desse projeto.

O Delegado Olim também esteve presente conosco na reunião, o deputado Danilo Balas, que está aqui presente, o deputado Major Mecca, o Conte Lopes, nosso decano na Segurança Pública, a Delegada Graciela também, todos os deputados que contribuíram efetivamente para a melhoria desse projeto neste momento. É uma vitória da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Muito obrigado, presidente.

 

A SRA. DELEGADA GRACIELA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Dra. Graciela. Uma comunicação.

 

A SRA. DELEGADA GRACIELA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu gostaria de dizer que estou muito satisfeita com a aprovação desse Projeto nº 75. Conforme nossos colegas já disseram, também da Segurança, eu, como policial, nunca vi um aumento desse tipo. Em governos passados, nós nunca tivemos.

Então, eu queria parabenizar o governador Tarcísio de Freitas por esse passo importante, que, em quatro meses, apresentou esse reajuste importantíssimo para a polícia.

Ele disse também, com relação às diferenças que foram colocadas pela Comissão de Segurança, nós também mandamos um ofício, concordamos que teriam que ser reavaliadas e ele se comprometeu a reavaliar.

Então, acho que foi um passo importante, de muitos que ainda vão ter, conforme ele tem prometido. Quero dizer que eu confio no governador Tarcísio de Freitas e sei que a polícia de São Paulo, a Polícia Militar, a Polícia Civil do Estado de São Paulo, nesses tempos de governo Tarcísio de Freitas, será a melhor polícia paga do país. Eu confio no governador e sei que ele vai continuar valorizando as nossas polícias.

Então, parabéns a esta Casa, parabéns ao governador Tarcísio de Freitas.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Pela ordem, presidente. Para uma breve comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Agente Federal Danilo Balas.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, quero parabenizar o governador Tarcísio de Freitas pelo projeto, um projeto de coragem, reajustando o salário dos policiais de São Paulo como jamais vimos.

Também parabenizar a bancada da Segurança Pública, que quando observamos a alíquota previdenciária de 10,5%, nos organizamos, deputados da Segurança junto com V. Exa., o líder Carlos Cezar, fomos até o governador, que nos recebeu e entendeu que deveria dar um passo atrás.

Mandou a mensagem aditiva que nós aprovamos hoje retirando a alíquota previdenciária. Então um trabalho de bancada, um trabalho de base aqui dos deputados da Segurança Pública: Major Mecca, Conte Lopes, Capitão Telhada, Gil Diniz, o Lucas também lá presente, Delegado Olim, o Saraiva. Então este que vos fala, Danilo Balas, também.

Em 29 anos de Segurança Pública nunca vi o governador de coragem dar esse reajuste logo no início do mandato. Então, parabéns, governador. Parabéns, bancada da Segurança Pública. Parabéns à base do governo, que mostrou nos votos que temos votação necessária sim para aprovar os projetos importantes que vêm lá do governador, lá do governo Tarcísio de Freitas.

E também parabenizar o Xerife, líder do Governo, também por estar sempre conosco. Aproveitando, declarar meu voto favorável a duas emendas que a bancada da Segurança Pública apresentou: as Emendas nº 43 e nº 45, dos deputados aqui da bancada.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu quero discordar veementemente da afirmação feita pelo deputado Altair, que de uma forma prepotente, arrogante, tenta desclassificar o nosso trabalho quando ele diz que a esquerda, que é oposição, não foi necessária para a aprovação deste projeto.

Eu quero dizer, primeiramente, que nós fizemos um esforço imenso, primeiro, para corrigir as injustiças e as contradições do PLC 75, apresentando várias emendas, fazendo apelos aqui à base do governo e ao governador para corrigir as injustiças dentro do próprio seio da Polícia Militar.

Porque o projeto foi votado, mas a base do governo abandonou a patente dos terceiros-sargentos, dos segundos-tenentes. Houve injustiça em relação à Polícia Civil. A base do governo abandonou os servidores da Polícia Penal, que não apareceu no projeto, no PLC 75.

Os servidores da Fundação Casa, que estão em greve há mais de 20 dias, foram também abandonados no caminho pela base do governo. E tem mais, sobre essa questão da emenda aditiva do governador, ele foi obrigado não só por conta da pressão, porque é inconstitucional. Não pode ter para a Polícia Militar confisco.

O Supremo Tribunal Federal já pacificou, já julgou isso no ano passado. Foi por isso que caiu o confisco - isso para os militares, aposentados e pensionistas. Então o governador, não foi por mérito dele. Foi porque o Supremo proibia e isso iria inviabilizar o PLC 75.

Quando ele percebeu que isso ia acontecer, ele retirou logicamente e mandou a medida aditiva. Então a nossa contribuição foi grande sim aqui da oposição, apresentando as emendas e nós vamos continuar na luta. Nós perdemos do lado certo aqui da história.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma reclamação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Mas eu não vou falar em relação ao nobre deputado Altair, porque ele fala e vai embora. Então ele podia ter ficado aqui para ouvir inclusive a réplica, mas eu quero reafirmar o nosso papel da bancada do Partido dos Trabalhadores.

Apresentamos entre os diversos deputados 45 emendas para melhorar o projeto da Segurança Pública, propusemos incluir a Fundação Casa, propusemos incluir a Polícia Penal, fizemos adequação para melhorar tanto para os tenentes quanto para os sargentos no projeto da Polícia Militar e igualar também a questão da Polícia Civil no estado de São Paulo.

Foi essa apresentação que nós colocamos e nós gostaríamos, Sr. Presidente, inclusive que esse projeto tivesse sido votado na semana passada, na semana retrasada. Eu vou reafirmar aqui o que eu falei na minha primeira fala. Se não houve a votação é porque a base do governo não conseguiu a articulação necessária para que esse projeto fosse aprovado.

Se tem hoje a base, é porque não tinha na semana passada, porque não tinha na semana retrasada e hoje só votou porque a oposição acha que é importante que esse projeto seja aprovado e nós criamos condição desse projeto ser aprovado, senão estaríamos debatendo até agora, continuaríamos a obstrução.

Mesmo a bancada de oposição votando favorável, esse projeto não seria votado no dia de hoje. Então é importante que os deputados da base do governo entendam. A gente constrói acordos, mas se começar a tripudiar depois dos acordos firmados, depois de um acordo votado, vai ser difícil os próximos projetos que vão entrar nesta Casa nas próximas votações.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Para uma breve comunicação e última comunicação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Gil Diniz.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só para fazer um diálogo aqui com o deputado Marcolino. Ele colocou uma mensagem da tribuna atribuída a um assessor do secretário de Segurança Pública, e nós repudiamos aqui. Eu acho que o recado, deputado Alex, foi dado hoje no plenário.

A base não traiu ninguém, pelo contrário. A base esteve presente aqui e aprovou esse projeto com 60 ou mais votos. Então mostra essa consolidação de um trabalho que está sendo feito, um verdadeiro trabalho que está sendo feito referente, Mecca, à Segurança Pública.

Então agradecer, mais uma vez, à liderança do Governo, presidente, o nosso líder Carlos Cezar; agradecer aqui ao meu amigo deputado Lucas Bove também, que trabalhou brilhantemente, presidente, nesse projeto, Mecca, abraçou a nossa Bancada de Segurança Pública.

Esteve presente conosco quando esse projeto chegou aqui na Assembleia, ficou indignado também com as questões que nós levantamos, e foi até o Palácio falar com o governador e colocar ali as suas posições frente ao governador, frente ao secretário de Segurança Pública.

Então aí é uma grande adesão à nossa base da Segurança Pública neste plenário. Então agradecer mais uma vez aos deputados da base do governador Tarcísio, que fizeram a diferença hoje para esses profissionais da Segurança Pública, presidente.

Muito obrigado.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Tem V. Exa. dois minutos para uma comunicação, deputado Major Mecca.

 

O SR. MAJOR MECCA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, registrar aqui, neste momento, o nosso voto favorável à Emenda nº 43, à Emenda nº 45, que a bancada da Segurança trabalhou, apoiou, buscamos junto ao governador torná-la uma realidade, de forma respeitosa ao deputado Carlos Giannazi. Como ele falou aqui que a base do governo abandonou a Polícia Penal, os agentes socioeducativos, não é verdade. Nós não os abandonamos.

O senhor, como presidente da Assembleia Legislativa, nos acompanhou no Palácio dos Bandeirantes e testemunhou a nossa postura, o nosso trabalho, também em busca da valorização dos policiais penais, dos agentes socioeducativos e dos funcionários públicos em geral.

Então só quero registrar o nosso voto favorável a essas emendas, Emenda nº 43 e Emenda nº 45. Trabalhamos incansavelmente, mas não deu para aprovar, até mesmo porque o método de votação que foi trazido pelo PT não permitia fazê-lo.

Muito obrigado.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Rapidamente para uma reclamação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para uma última reclamação, depois o líder do Governo, Saraiva, e a gente finaliza.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Só aproveitando a fala do nobre deputado Gil Diniz, quando fala em relação ao WhatsApp aqui apresentado, que na verdade a base está coesa, então nós já fizemos a solicitação da presença do Rafael Ramos na Comissão de Segurança Pública. Seria importante depois dessa afirmação do deputado Gil Diniz... eu acho que é insustentável que o Rafael Ramos, que é coordenador da Secretaria de Segurança Pública, permaneça no cargo.

Então, colocar aqui a nossa reclamação: se de fato isso aqui não é o que efetivamente aconteceu nesta Casa. A base está unida, no mínimo o que a base do Governo tinha que pedir é a saída desse coordenador, Rafael Ramos, da Secretaria de Segurança Pública.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Jorge Wilson, líder do Governo.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu quero parabenizar V. Exa., parabenizar todos os deputados desta Casa, todos os líderes, todos os deputados da base aliada ao governo Tarcísio de Freitas, ao governador, por dar um passo tão importante na valorização dos agentes de segurança pública do estado de São Paulo, um aumento nunca, uma reposição nunca tida na história do estado de São Paulo, um aumento real para os agentes de segurança pública.

Hoje, Sr. Presidente, esta Casa mostra, por meio do voto, que a base aliada está coesa, que a base aliada está firme, com mais de 60 votos aprovando, da base aliada, mais de 60 votos da base aliada, mais os votos da oposição também, mostrando que hoje o estado de São Paulo avança, avança com um governo sério, avança com um governo comprometido com a coisa pública, com um governador que tem o sentimento de levar a presença do Governo do Estado na vida dos agentes públicos do Estado, na vida dos municípios, tornando-se cada vez mais um governo municipalista à disposição da população, à disposição daquele que está lá nos municípios e que precisa e merece serviços públicos de qualidade quando se aprova um projeto como esse, Sr. Presidente, valorizando os agentes públicos, o policial, que nós defendemos, a Polícia amiga do cidadão, a Polícia que está presente para gerar segurança pública e para fazer valer o direito daquele cidadão trabalhador.

O governador Tarcísio de Freitas está de parabéns, o Parlamento Paulista está de parabéns, V. Exa. presidindo esta Casa está de parabéns.

É isso, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado.

Com a palavra o deputado Rafael Saraiva para finalizar nossas comunicações, que nós temos um congresso para finalizar o projeto.

 

O SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente.

Presidente, hoje consignar uma reparação histórica, um passo que foi dado em prol da Segurança Pública do estado de São Paulo, algo que por décadas o salário ficou defasado, mas é importante consignar o meu voto favorável às Emendas 43 e 45, uma emenda que foi construída em conjunto com vários deputados, uma emenda técnica, uma emenda que não foi populista, uma emenda que foi construída com advogados, com economistas.

A gente levou para o governador Tarcísio a opinião de vários deputados, e a oposição se apropriou da nossa vontade e fez com que se construísse um discurso falso dizendo que a base estava rachada.

Não, a base levou o diálogo para o governador, o governador nos escutou. E eu quero consignar aqui que não é a bancada da bala, é a bancada da justiça. Sempre estive do lado dos policiais militares fazendo justiça por eles como advogado, e agora como deputado estadual continuei fazendo justiça por eles.

Então, quero consignar, como foi falado pela oposição, que a base abaixou a cabeça para o governador. Não, a base deu a mão para o governador e resolveu caminhar junto, porque é um gesto do governador Tarcísio de Freitas, um grande projeto, cinco bilhões de reais destinados para a Segurança Pública.

Então, a gente resolveu acreditar na palavra de um governador forte que resolveu caminhar também ao nosso lado pela segurança pública. Então, o primeiro gesto de muitos que virão em prol da segurança pública do estado de São Paulo.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Rafael Saraiva.

Antes de encerrar a sessão, eu, como presidente também desta Casa, estou muito lisonjeado fazendo parte dessa história. O nosso Parlamento fez um amplo debate em quase 20 horas de discussão relativas ao Projeto 75, que é a valorização das carreiras da Polícia Civil, da Polícia Militar.

A situação fez a sua parte, fez seu debate, fez seus encaminhamentos, sua discussão, e a oposição colocou também seus anseios, as necessidades. Acho que é um debate de alto nível em que pudemos sair vitoriosos.

Engrandeceu muito este Parlamento, mas principalmente a nossa sociedade, aprovando hoje um projeto tão importante que compõe parte dos salários da Polícia Civil, da Polícia Militar, que são os defensores da nossa sociedade, que nós temos que preservar.

E hoje foi recomposta parte do salário perdido durante anos. Acho que hoje começa uma nova história não só para a Polícia Civil, Militar, mas para todo o funcionalismo do estado de São Paulo.

Ademais, muito obrigado a todos, parabéns, Srs. Deputados.

Não havendo mais nada a tratar, esgotado o tempo regimental, está encerrada a presente sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 34 minutos.

 

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