10 DE DEZEMBRO DE 2024
174ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS CEZAR, DANILO CAMPETTI, DR. ELTON e ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS CEZAR
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h03min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o término da presente sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência
5 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
8 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Agradece a presença dos visitantes nas galerias, e anuncia a presença de seu filho, João Otávio.
11 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - PAULO FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - DR. ELTON
Assume a Presidência.
15 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - OSEIAS DE MADUREIRA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
19 - OSEIAS DE MADUREIRA
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
20 - PRESIDENTE DR. ELTON
Defere o pedido e suspende a sessão às 15h45min.
ORDEM DO DIA
21 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h30min. Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, os requerimentos de criação de comissão de representação dos deputados: Agente Federal Danilo Balas, com a finalidade de participar de reuniões com o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar, para discutir o Projeto de lei nº 870, de 2024, que institui o circuito turístico-religioso "Rota do Cristo" no estado de São Paulo, nos dias 19 a 22/12, no Rio de Janeiro-RJ; Guto Zacarias, com a finalidade de desempenhar missão diplomática oficial, nos dias 25/01 a 02/02/25, na cidade de Tel Aviv, em Israel; e Marina Helou, com a finalidade de participar da apresentação do Plano Estadual pela Primeira Infância, pela Secretaria da Assistência Social, Inclusão e Cidadania do Estado de Sergipe, no dia 11/12, em Aracaju-SE.
22 - PAULO FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Anota o pedido.
24 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido do deputado Paulo Fiorilo. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 11/12, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 44 minutos. Levanta a sessão às 16h34min.
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-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Cezar.
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-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, às
16 horas e 30 minutos, ou 10 minutos após o término da presente sessão, em
cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º, Art. 100, do Regimento
Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
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-
NR - A Ordem do Dia para a 68ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 11/12/2024.
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* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Iniciamos a
lista do Pequeno Expediente. Convido agora para fazer uso da tribuna o deputado
Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado
Danilo Campetti. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Luiz
Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Reis, tem V. Exa. Deputado Reis, o tempo é
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presidente, pela
ordem. Enquanto o deputado Reis se dirige à tribuna, eu poderia fazer uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem a
comunicação, V. Exa. Deputado Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Deputado Carlos Cezar. Eu queria registrar,
Sr. Presidente, a honrosa presença aqui hoje na Galeria, na Assembleia
Legislativa, dos representantes do Sindicato dos Radialistas e dos jornalistas
da Rádio e TV Cultura e da Jazz Sinfônica também. Eles estão aqui entregando
uma importante reivindicação, através de um ofício, para todos os 94 deputados
e deputadas sobre a questão do Orçamento para 2025.
Nós temos que
aumentar, já falei sobre isso aqui na tribuna, em alguns momentos... Mas é
muito importante que, nessa reta final, onde nós iremos aprovar a principal lei
da Assembleia Legislativa, que é o Orçamento. Porque sem o Orçamento, que
financia as políticas públicas e sociais, o estado não funciona. Então, essa
lei é muito importante.
Por isso que
eles estão aqui hoje, mais uma vez, fazendo um apelo, rogando aos 94 deputados
e deputadas para que nós possamos aumentar o orçamento da Rádio e TV Cultura,
Sr. Presidente.
Porque já foram
116 servidores demitidos por falta de recursos e a TV Cultura é um patrimônio,
por exemplo, do Brasil inteiro. É um patrimônio de São Paulo, é uma das
melhores TVs do mundo, ela é referência internacional. E ela está sendo
asfixiada, estrangulada no seu orçamento.
Então, faço
aqui um apelo em nome dos trabalhadores e trabalhadoras da Rádio Cultura, da TV
Cultura, da Jazz Sinfônica, enfim, da Fundação Padre Anchieta, para que nós
possamos recompor o orçamento e garantir que os trabalhadores tenham salários
dignos, tenham condições adequadas de trabalho e, sobretudo, que a TV mantenha
sempre a sua programação de excelência e de qualidade.
Era isso, Sr.
Presidente, muito obrigado, e espero que todos os deputados que tiveram acesso
a essa carta entregue nos gabinetes - eu levei no Colégio de Líderes -, que a
gente possa realmente aprovar um orçamento significativo para a Fundação Padre
Anchieta.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Para falar
pelo Pequeno Expediente, o deputado Reis; tem a fala, Vossa Excelência.
O
SR. REIS - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento, V. Exa. Deputado Carlos Cezar, cumprimento
o deputado Major Mecca, o deputado Simão Pedro, o deputado Carlos Giannazi,
também o público presente. Cumprimentar os integrantes da Polícia Penal, na
pessoa do Sr. Fábio Jabá, que está aqui acompanhando esta Sessão Plenária e sua
diretoria.
Cumprimentar
também os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia
Técnico-Científica e também os funcionários desta Casa e todos aqueles e
aquelas que estão nos acompanhando pelas redes sociais, através da Rede Alesp.
Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, público presente, uma grande reclamação que tem acontecido nos
últimos dias é com relação ao bônus de resultado. O governo Tarcísio parece que
tem dificuldades para fazer as coisas no seu devido tempo e para ter eficiência
nas suas ações e nos seus resultados.
E publicou, no
dia 9 de dezembro de 2024, a deliberação da Comissão Intersecretarial da
Bonificação por Resultados, BR nº 1, de 9 de dezembro de 2024. E, segundo as recomendações, eles estão
reavaliando as propostas apresentadas pelos órgãos, a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, a Secretaria de Governo e Relações Institucionais, a
Secretaria de Parceria e Investimento, a Secretaria da Administração
Penitenciária e a Secretaria da Saúde.
Então, na
realidade, os funcionários que têm direito, principalmente os policiais penais,
que têm cobrado bastante e que têm direito a esse bônus de resultado, na
realidade, eles estavam esperando para o começo de dezembro que eles pudessem
receber esses recursos, porque, final de ano, as pessoas querem fazer suas festas,
dar presente para suas famílias.
Mas,
lamentavelmente, por essa publicação, eles estão dizendo que vão reavaliar, que
vai haver uma reavaliação, ou seja esse bônus de resultados poderá não chegar
na mão desses servidores no tempo certo. Então, deixar registrada aqui, para
todos os servidores que estão no aguardo, a publicação dessa resolução aqui,
dessas secretarias, dessa comissão intersecretarial.
Também a
respeito da “Moradia Segura”, um projeto do deputado Major Mecca e com
coautoria de vários deputados desta Casa... E eu tenho recebido vários e-mails
cobrando quando que os policiais poderão ter acesso a essa carta de crédito.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Danilo Campetti.
* * *
Então o
governador fez a regulamentação. A Secretaria de Habitação fez o seu ato,
publicou o seu ato. Agora fizeram uma resolução em conjunto, a Secretaria de
Segurança Pública, a Secretaria de Assuntos Penitenciários e a Secretaria de
Habitação, mas ainda não está à disposição.
Então vocês têm
que esperar um pouco mais, aqueles que estão ansiosos para adquirir a sua
moradia segura, porque agora as secretarias, tanto a Secretaria de
Administração Penitenciária como a Secretaria de Segurança Pública, têm que
abrir as inscrições. Tem que ter um ato do secretário abrindo as inscrições. E
essas inscrições ainda não estão disponíveis.
Todo o
procedimento foi feito, a lei foi aprovada, foi regulamentada, os atos foram
publicados, mas agora depende da Secretaria de Segurança Pública e da
Secretaria de Administração Penitenciária abrir as inscrições para que os
interessados, aqueles que estão esperando esta oportunidade de poder ter acesso
a uma carta de crédito, de cerca de até 300 mil reais para adquirir a sua
casa...
Então temos que
aguardar que essas duas Secretarias abram o processo de inscrições, como vão se
dar essas inscrições... Quem está lá no batalhão, na companhia, na delegacia,
lá no presídio, como que esses policiais que estão nesses setores - na Polícia
Técnico-Científico, lá no Instituto de Criminalística, no IML -, como que essas
pessoas que estão aguardando essa oportunidade de poder adquirir a sua moradia
segura, quando elas realmente vão poder ter acesso a esse cronograma de
inscrições.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Reis. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. Vossa Excelência tem a palavra pelo
tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, público que nos acompanha aqui nas galerias, pela TV Assembleia e
pelas redes sociais.
Estamos dando
início, efetivamente, esta semana aqui, caminhando para o final do ano, e eu
tenho muitos assuntos. Mas queria comentar duas coisas muito rapidamente.
Primeiro saudar o presidente Lula que nesta manhã... Desde de ontem nos deu um
susto com um problema de saúde, por conta daquela queda que ele teve no
banheiro dias atrás. Mas felizmente as notícias do Hospital Sírio-Libanês, dos
médicos que o acompanham, dos assessores mais próximos, como o ministro
Padilha, dão conta de que o presidente está estável, fora de perigo, consciente
e vai ficar três dias sob cuidados.
Mas, daqui a
pouco, a gente tem certeza de que o nosso presidente Lula estará trabalhando,
cuidando dos interesses do nosso povo, do nosso País, da democracia, do
desenvolvimento, como ele tem feito nesses anos todos, principalmente nesses
dois anos desta nova Presidência. Então desejar muita saúde para o nosso
presidente, para que ele se recupere plenamente e possa estar conosco atendendo
o nosso povo muito em breve.
Também, Sr.
Presidente, hoje, dez de dezembro, nós celebramos o Dia Mundial dos Direitos
Humanos. É uma data muito importante para que a gente reflita sobre o quanto,
ainda, a sociedade moderna desrespeita os direitos humanos, não os promove como
defende a nossa constituição, os tratados internacionais como a Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Então hoje, em muitos lugares, nós teremos
reflexões, celebrações.
E os direitos
humanos não se tratam da violência física, da tortura, da violência por morte,
mas trata-se de direitos básicos como os cidadãos idosos, das crianças terem
direito a uma família, proteção, uma boa educação, as mulheres. Então é uma
data muito importante para a gente refletir.
Eu estarei hoje
à noite em um evento da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese em São Paulo
na Câmara dos Vereadores para poder falar, dirigir, me aprofundar um pouco mais
sobre esse importante tema, mas saudar a Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
Saudar todos os
lutadores, aquelas pessoas que defendem os direitos humanos de todos os
cidadãos, de todos os brasileiros, de todas as pessoas no mundo, defendem a
dignidade do ser humano para que ele não sofra nenhuma humilhação, nenhuma
violência. Então é muito importante essa data.
Última coisa,
Sr. Presidente, lamentar o que houve hoje na Comissão de Educação desta Casa,
eu sou membro suplente, tenho frequentemente participado das reuniões da
comissão.
Hoje seria uma
reunião para aprovarmos os premiados do prêmio Inezita Barroso que todo ano
esta Casa concede a pessoas, a personalidades, a entidades que se destacam em
defesa da tradição da música sertaneja, que é uma coisa riquíssima da nossa
cultura e aqui em São Paulo é o berço fundamental da cultura da música
sertaneja.
Nós também
iriamos decidir a substituição do deputado Tomé Abduch no conselho da TV
Cultura da fundação Padre Anchieta, nós temos direito a dois titulares naquele
conselho, dois representantes da comissão.
Hoje ouviríamos
a prestação de contas do secretário Renato Feder da Educação, mas o deputado
Gilmaci, os deputados da base do Governo fizeram de tudo para inviabilizar a
reunião, fizeram de tudo para não deixar ter quórum, fizeram de tudo para não
acontecer a reunião e ao final saíram com o secretário sem que a reunião
pudesse ter prosseguimento.
É uma coisa de
se lamentar como essa Assembleia é rebaixada, o tempo inteiro, por conta do
comportamento dos secretários. Eu fui, de outros tempos desta Assembleia,
presidente, tive a honra de ser presidente da Comissão de Educação e Cultura e
quantas vezes depois que nós mudamos o estatuto desta Casa determinando que os
secretários venham pelo menos uma vez por semestre prestar contas da sua pasta
- o que é feito regularmente, por exemplo, pelos ministros do governo federal
-, aqui a gente não pode ouvir os secretários.
O secretário de
Educação tem muito o que dizer sobre uma série de problemas na educação
pública, como é que ele vai lidar, por exemplo, com essa redução de 11 bilhões
que foi determinado pela mudança da Constituição, agora, recentemente?
Como é que ele
vai resolver o problema da contratação dos professores da categoria “O”?
Deputado Giannazi, que V. Exa. é um grande defensor desses trabalhadores, mais
de 50 mil. Como é que ele vai resolver esse problema da privatização das
escolas?
Muitos lugares,
por exemplo eu estou acompanhando no Paraná, meu estado de origem, os plebiscitos
ali que as escolas estão sendo submetidas no interior do Paraná, a maioria das
cidades estão rejeitando esse modelo de escola privatizada. Escola
Cívico-Militar que é essa polêmica toda e tantos outros problemas no dia a dia
das nossas escolas, falta de estrutura, os salários baixos.
Era uma
oportunidade para a gente ouvir, mas não, a base do Governo nos privou hoje de
fazer um bom debate na Comissão de Educação. É de se lamentar a atitude das
lideranças que compõem a base do Governo e os membros da comissão da base do
Governo que de forma, assim, triste, retiraram o secretário para não permitir
que a gente pudesse fazer uma sabatina.
Olha, deputado,
que colocaram tantas restrições, não é? Eu estava lembrando, fui presidente da
comissão, a gente ouvia os secretários com mais de 500 pessoas aqui. Às vezes,
neste plenário. Quando não podia ser aqui, nos plenários grandes. O secretário
ficava aqui três, quatro horas respondendo. E agora o secretário não pode dar
satisfação, não pode ser perguntado, não pode, inclusive, ser criticado. Uma
coisa, assim, absurda o que acontece neste Estado e neste Parlamento.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Simão Pedro. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Jorge
Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Convido o deputado Major Mecca para fazer
uso da palavra, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, todos os parlamentares desta Casa,
nossos amigos que estão na galeria e todos que nos acompanham pelas redes
sociais e pela TV Alesp.
Presidente, nós
testemunhamos hoje, no estado de São Paulo, uma cruzada contra os policiais
militares do nosso Estado. Ataques injustos feitos pela mídia enviesada e pelos
partidos de esquerda que nunca gostaram de policial, sempre trabalharam contra
a nossa atividade, contra a nossa categoria. Eu vou mostrar aos senhores aqui,
a todos que nos acompanham pela TV Alesp, quem são os policiais militares do
estado de São Paulo.
Presidente,
neste ano de 2024, de janeiro a outubro, foram 15 milhões de chamadas atendidas
no 190, 15 milhões! Cento e doze mil pessoas foram presas pelos nossos
policiais militares, 112 mil! Seis mil armas foram apreendidas por esses homens
e por essas mulheres. Cento e trinta e três toneladas de drogas foram
apreendidas pelos nossos bravos policiais militares, e 34 mil veículos foram
recuperados para que vocês tenham a noção do que é o serviço dos nossos
policiais militares.
Em 30 dias...
Eu vou passar para vocês um breve número do mês de novembro, do mês passado, em
que houve mais de 922 mil chamadas atendidas pelo Copom e mais de 293 mil
ocorrências cadastradas. Os senhores sabem o que significam 293 mil ocorrências
cadastradas? São ocorrências em que houve o despacho de uma patrulha para o
atendimento do solicitante.
Aí vem aqueles
que nunca gostaram da polícia, que defendem bandido, que trabalham intensamente
para que a legislação proteja o criminoso, para que a legislação não construa
segurança jurídica para os nossos policiais e querem colocar fatos isolados
para desconstruir a melhor polícia do Brasil, composta por heróis, por homens
que, nos últimos 30 anos, foram perseguidos pelo Governo do Estado e hoje estão
se recuperando diante da reconstrução que está sendo feita pelo governador
Tarcísio de Freitas e principalmente pelo secretário de Segurança Pública,
Guilherme Derrite e toda a sua equipe, pelo comandante-geral, coronel Cássio.
Esses homens
todos os dias arriscam as suas vidas para nos proteger, para proteger você,
cidadão de bem. E vocês acompanham isso nas ruas do nosso estado, o policial
militar que prende pela trigésima vez, que prende pela quinquagésima vez o
mesmo criminoso que estava com uma arma na mão, ameaçando a vida de uma mãe de
família para roubar um aparelho celular.
Nós estaremos
sempre presentes nessa tribuna e no nosso trabalho diário, mostrando quem são
os nossos policiais militares. O povo do estado de São Paulo sabe, porque
querem criar uma crise de imagem que não existe. O povo não enxerga dessa
forma. E o povo sabe que a Polícia Militar é extremamente rígida em suas
apurações e em suas punições. Por inúmeras vezes, adentram no campo da
injustiça, de tão rígida que é.
Então, fica
registrado aqui o apoio dos cidadãos de bem do nosso estado, dos trabalhadores
do estado de São Paulo aos bravos e heróis policiais militares do estado de São
Paulo.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Major Mecca.
Seguindo a lista de oradores, convido o
deputado Eduardo Suplicy. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental
de cinco minutos.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Quero fazer uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para
comunicação. Vossa Excelência tem a palavra.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente.
Eu quero, nessa
breve comunicação que vou fazer, lamentar a postura da base governista e também
do secretário Renato Feder, porque ele, por força do Art. 52-A da Constituição
do Estado de São Paulo, tem que prestar contas semestralmente dos feitos da
pasta da Educação.
E aí criou
formas, rolos na Mesa, para que qualquer coisa - acho que o deputado Giannazi
estava lá também, acho não, ele estava, Simão estava -, para, por qualquer
razão, sair. E assim o fez, saiu.
Nós estamos
verificando judicialmente e obrigá-lo a prestar conta, deputado Giannazi,
porque isso é uma vergonha. Você sabe por que ele não quer prestar conta? Por
causa da privatização das escolas, e ele não tem como explicar para onde vai
esse dinheiro, para onde vão os 11 bilhões da educação e um monte de questões.
E aqui parou,
chega daqui para frente. A vida é dura, cada um na sua, mas professores estarão
indo para a rua, porque é o nosso lugar. Não tem diálogo com esse governo. E
esse governo, na minha opinião, está conseguindo ser pior que o outro governo.
Então, deixo
esse registro. E quero dizer que, lamentavelmente, a minha categoria é atacada
sob todos os aspectos, salarialmente falando, atribuição de aulas, forma de
contratação. E nós vamos fazer a luta que deve ser feita.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Deputado
Suplicy, V.Exa. tem a palavra.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Danilo Campetti; eu gostaria de
primeiro transmitir uma mensagem ao querido presidente Lula. Eu estive hoje no
Hospital Sírio-Libanês para fazer uma tomografia e viajar amanhã para Brasília.
Justamente tenho marcado, em princípio, um encontro com o presidente Lula na
reunião que se realizará aqui depois de amanhã, dia 12, junto com o Conselhão,
e eu fui convidado para ali realizar algo muito importante.
Fiquei triste
em saber que o presidente Lula estava internando, mas feliz com as boas
notícias de restabelecimento. Quero contar que na próxima quinta-feira vai
acontecer o segundo fato político mais importante da minha vida pública, pois
irei apresentar ao Conselhão, Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e
Sustentável.
O que irei
apresentar ao Conselhão? As conclusões do grupo de trabalho que estuda a
transição do Programa Bolsa Família para a Renda Básica de Cidadania. O
primeiro fato foi há exatos vinte anos, quando, no dia 8 de janeiro de 2004, o
presidente Lula sancionou a Lei nº 10.835, de 2004.
O segundo fato
mais importante está programado para acontecer na sessão de quinta-feira, na
reunião do Conselhão, no primeiro evento público do qual participarei depois da
minha cura de um linfoma, quando iremos propor um caminho para se garantir a
todas as brasileiras e brasileiros o direito a uma renda básica digna,
universal e incondicional.
Eu tinha a
expectativa de, mais uma vez, estarmos juntos nesse momento tão importante da
minha vida política, mas me sinto muito honrado em apresentar a proposta ao
vice-presidente Geraldo Alckmin, por quem tenho o maior carinho e respeito.
Desejo a sua
rápida melhora, presidente Lula. Estou rezando para que isso aconteça. Como
todos, a maioria dos brasileiros quer ver você muito bem. Desejo a sua rápida
recuperação, para estar de novo à frente dos propósitos maiores, seus e do
Partido dos Trabalhadores.
O segundo
assunto que quero trazer é a indicação ao Globo de Ouro do filme brasileiro
Ainda Estou Aqui, da atriz Fernanda Torres. Os indicados, ontem, anunciados à
premiação, que ocorrerá dia 5 de janeiro, em Los Angeles.
Ainda Estou
Aqui concorre a melhor filme em língua não inglesa. Fernanda Torres, na
categoria de melhor atriz em drama. Até agora Ainda Estou Aqui já ganhou sete
prêmios em festivais nacionais e internacionais e foi assistido por mais de
dois milhões e meio de pessoas.
Parabenizo
Fernanda Torres e Walter Salles pelo excelente filme. Outro ponto que quero
lembrar a todos é que hoje, 10 de dezembro, é o dia de celebrar o Dia Internacional
dos Direitos Humanos, uma data que nos convida a refletir e a agir pela
garantia dos direitos fundamentais de todas as pessoas, independentemente de
origem, classe social, cor, gênero ou crença.
No Brasil, um
dos países mais desiguais do mundo, o compromisso com os direitos humanos só
será plenamente realizado quando enfrentarmos com seriedade e urgência as
profundas desigualdades que persistem em nossa sociedade.
A fome, o
desemprego, a violência, a falta de acesso a direitos básicos, como saúde,
educação e moradia, não podem ser naturalizados. Garantir esses direitos é uma
obrigação do Estado, um dever de todos que lutam por justiça social. A renda de
cidadania se apresenta como um instrumento fundamental para a promoção da
dignidade humana e a redução das desigualdades.
Mais do que uma
política pública, é a materialização de um ideal de solidariedade e justiça,
assegurando que cada cidadão tenha condições mínimas para viver com dignidade e
participar ativamente da vida em sociedade. É uma ferramenta que fortalece as
bases da democracia ao reconhecer que não há liberdade verdadeira sem igualdade
de oportunidades.
Neste dia,
reafirmamos nosso compromisso com a luta por um Brasil justo, solidário e
igualitário. Que o Dia Internacional dos Direitos Humanos inspire cada um de
nós a ser um agente transformador da construção de uma sociedade que respeite,
valorize e proteja todos os cidadãos, sem deixar ninguém para trás. Viva os
direitos humanos, a dignidade e a justiça social.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Seguindo a lista de oradores, convido o
deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado
Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
Vossa Excelência tem a palavra pelo
tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Danilo Campetti, deputados,
deputadas, público aqui presente, quero saudar novamente os trabalhadores e as
trabalhadoras da TV Cultura, Rádio e TV Cultura, que estão aqui fazendo um
apelo aos deputados e às deputadas para que nós possamos aumentar o orçamento
da TV Cultura. A TV Cultura, que é um patrimônio do estado de São Paulo, está sendo
ameaçada pelos cortes orçamentários.
Sr. Presidente,
hoje nós estivemos na Comissão de Educação, na reunião, na sessão da Comissão
de Educação, que não houve, na verdade, porque ela foi boicotada. Nós tivemos
um festival de sabotagens e chantagens da base do Governo, tentando blindar o
secretário da Educação, o empresário Renato Feder, dono da Multilaser, que
agora mudou de nome, é Multi.
Então, para
tentar blindar a desastrosa política educacional, que está destruindo, na
verdade, a rede estadual, está destruindo a maior rede de ensino da América
Latina. Eles usaram todos os métodos, Sr. Presidente, para inviabilizar os
nossos questionamentos.
Até porque, eu
quero aqui, Sr. Presidente, fazer uma comparação. Esse secretário, o Renato
Feder, está no mesmo nível do Guilherme Derrite, que está destruindo a
segurança pública do estado de São Paulo. Todos os dias nós temos cenas de
violência policial.
Ficaria aqui
horas mostrando os vídeos que estão sendo visibilizados pela população. Nós
temos o Derrite destruindo a segurança pública do estado de São Paulo e nós
temos um Derrite também na educação. Renato Feder é o Derrite da Secretaria da
Educação, está destruindo a educação, Sr. Presidente.
Ele ficou
nervosinho, e a base do Governo, porque eu notifiquei o secretário. Eu mostrei
a ele a nossa liminar. Nós ganhamos ontem, no Tribunal de Justiça, uma liminar
revogando artigos, os Arts. 25 e 26 da Resolução nº 77, que criou um
instrumento extremamente autoritário, em que os diretores podem demitir os
professores a qualquer momento, não importando o desempenho deles, a avaliação
desses professores.
Então é um
instrumento de controle, de autoritarismo, jamais visto na rede estadual de
ensino. Um instrumento, inclusive, violento contra o Magistério estadual. E nós
ganhamos a liminar.
Quando eu digo
nós, é o nosso coletivo Educação em Primeiro Lugar, a deputada federal Luciene
Cavalcanti, o vereador Celso Giannazi, meu irmão, da Câmara Municipal de São
Paulo, e o nosso mandato. Nós assinamos a ação popular e temos aqui a liminar,
que ele tem que cumprir.
Então
notifiquei, dei a ele, e aí a base do Governo achou que aquilo era uma
provocação ao secretário, quando dizem que eu não podia notificar. Eu estava
dando a ele conhecimento, já que a secretaria disse, na “Folha de S. Paulo” de
hoje, que não, que tinha sido notificada, que não estava sabendo de nada. Então
eu notifiquei, no sentido de mostrar a ele que ele tem que revogar os Arts. 25
e 26, porque tem a nossa liminar, tem uma outra do CPP e tem também um parecer do
Ministério Público Estadual respondendo à nossa ação, também favorável à
revogação.
Enfim, mas o
secretário estava com medo, certamente; mais ainda, a base do Governo. Por isso
que houve todo o movimento para que não ocorresse essa reunião. Porque nós iríamos
cobrar a revogação imediata, porque já tem liminar, ele tem que cumprir a
sentença da Resolução nº 77, dessas realocações autoritárias.
Nós iríamos
cobrar, Sr. Presidente, a questão das privatizações das escolas, os leilões das
escolas estaduais na bolsa de valores. A demissão em massa de professores, nós
também cobraríamos.
Nós iríamos
cobrar do secretário o fechamento de salas de aula em toda a rede de ensino,
sobretudo no período noturno, no ensino médio regular, em educação de jovens e
adultos, afrontando a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
Nós iríamos
cobrar do secretário, também, a máfia e a ditadura das plataformas digitais,
que são vendidas por valores milionários para a Secretaria da Saúde e estão destruindo
a autonomia pedagógica dos professores e a aprendizagem dos alunos.
Nós iríamos
cobrar o anúncio do fechamento da Escola Estadual de São Paulo, a escola mais
antiga de São Paulo, uma escola centenária que está sendo fechada no centro da
cidade, uma escola PEI. O governo anunciou o fechamento dessa escola, Sr.
Presidente.
Nós iríamos
cobrar também - para concluir - que o governo está demitindo as professoras de
educação especial, as professoras habilitadas na área de educação especial, que
estão atendendo os nossos alunos com deficiência.
O governo está
colocando para fora da rede estadual milhares de professoras com formação e
substituindo por pessoas sem formação, com apenas o ensino médio, através de
uma terceirização, da contratação de uma empresa terceirizada.
Então são
tantas as denúncias e tantos os ataques desse secretário contra a educação, que
ele não teve coragem de ficar. Por isso que ele se retirou, Sr. Presidente. E
com toda a blindagem da base governista.
Então queria
deixar aqui o nosso repúdio ao que aconteceu hoje na Comissão de Educação. E
ele tem que voltar aqui para prestar contas do mandato dele, da gestão
desastrosa que está destruindo, repito, a maior rede de ensino da América
Latina. Renato Feder é o Derrite da Educação, Sr. Presidente; não tem diferença
nenhuma. São os dois piores secretários do governo Tarcísio. De um lado, um
destruindo a Segurança Pública; do outro, o Feder destruindo a Educação no
nosso Estado.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Pela lista de oradores, convido o deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.)
Deputado Teonilio Barba. (Pausa.)
Seguimos agora a Lista Suplementar de
oradores. Convido o deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputada Marina Helou.
(Pausa.)
Deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada
Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. Vossa Excelência tem a
palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.
Quero agradecer a presença, aqui, de
todos os que nos acompanham na galeria. E agradecer também a presença, aqui, do
meu filho João Otávio, que está na tribuna de honra nos acompanhando.
Vossa Excelência tem a palavra,
deputado Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar você, presidente. Cumprimentar a todos,
parabenizar pelo seu filho, que está aqui com a gente na Assembleia
Legislativa. Bom, quando a gente escuta o PT vir falar do governo estadual -
que está indo bem, obrigado -, eles não olham para Brasília, que é a
administração do PT.
Hoje a gente
tem o Real, que é uma das moedas mais desvalorizadas do mundo, atrás de
diversas outras, como a da Argentina. A gente conseguiu se desvalorizar mais,
em percentuais, esse ano, a moeda do Real, do que a da Argentina. Então o
negócio está feio. Nosso Real, o dólar passando de seis reais, 6,08. O Lula
fala que o pobre não usa dólar.
“O pobre não
usa dólar”. Olha a declaração do Lula. É claro que o pobre usa dólar. A farinha
nossa, do pão, você importa em dólar. Eletrodomésticos, uma série de coisas que
a gente compra, no Brasil, estão ficando mais caras por causa do dólar. Então
ele fala de uma maneira popular para o pobre, para a pessoa mais humilde não
entender realmente o que está acontecendo no nosso Brasil. Até porque, o
salário continua o mesmo, o salário mínimo. Não se muda.
Então a gente
tem realmente um governo trágico, que não respeita os brasileiros. O Trump já
falou que, no primeiro dia que ele assumir, já vai dar uma canetada para as
pessoas que invadiram o Congresso dos Estados Unidos serem isentas da prisão,
diferente aqui do Brasil, o 8 de janeiro, que as pessoas na manifestação,
muitas pessoas que estavam empolgadas entraram, e estão recebendo 16 anos de
cadeia.
O Roberto
Jefferson recebeu nove anos de cadeia. Ele bateu em alguém? Essa condenação é
por corrupção? Não, não é. É uma condenação, no Roberto Jefferson, por ele ir
contra o sistema, em falar. Ele simplesmente falou o que acha sobre Alexandre
de Moraes. E é uma pessoa perseguida, tem idade. Então é isso que a gente tem
em Brasília hoje.
A gente tem o
secretário Derrite, que está fazendo uma boa gestão. O Feder, que é o nosso
secretário de Educação está colocando e vai colocar, como objetivo de meta, a
educação do Estado de São Paulo em primeiro lugar, assim como ele
fez em Curitiba. Então nós temos uma equipe técnica, trabalhando, dentro do
Estado de São Paulo. Diferente dos 550 ministérios
que tem o Lula, 550 ministérios lá.
É uma pouca
vergonha. Ele esbanja o dinheiro público. Lembra da cama que ele comprou, de 40
mil reais, que ele falou que o Bolsonaro, que a Michelle tirou todos os móveis
do Alvorada? Ele pagou 40 mil na cama, que ele precisava para dormir bem. Aí,
depois de uns sete ou oito meses, acharam os móveis que tinha.
“Achamos a cama
que tinha.” Ou seja, na realidade ele não queria comprar cama nenhuma, ele não
queria comprar sofá nenhum. Na verdade, ele não queria achar, porque ele queria
comprar tudo novo. Então ele queria uma cama nova, queria um sofá novo. E tudo
com dinheiro dos nossos impostos.
Tem o
“Janjômetro” também, que está circulando as redes sociais. Que a Janja é a
primeira dama que mais gastou, na história deste País, como primeira dama.
Então é uma outra administração. É uma administração que esbanja o dinheiro
público, que vai para fora do País e fica em hotéis caros.
Diferente de
Bolsonaro que, quando viajava pelo Brasil, ficava na Marinha, ficava no
Exército. Porque lá eu fui, quando ele esteve no Guarujá. A cama que ele
dormia, se vocês forem ver, o presidente do Brasil, é uma cama que é aquele
colchão fininho, que é cama de exército, onde o Lula não fica. A gente sabe que ele não fica nesse tipo de
cama.
Então, sim,
quem economizava dinheiro público era o Bolsonaro, quando era presidente deste
Brasil. Inclusive, deixou todas as estatais em positivo. A gente tem hoje todas
as estatais brasileiras dando prejuízo no nosso Brasil. Então é isso que a
gente tem.
Não dá para
comparar o governo Bolsonaro com o governo Lula. Não dá para comparar Tarcísio
que, nesta gestão, só o PIB que ele trouxe para o estado de São Paulo é maior
que o PIB do Brasil. Não dá para comparar o bolsonarismo, a direita
conservadora, com a esquerda do Brasil.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Paulo Mansur. Convido, para fazer uso da palavra, o deputado
Paulo Fiorilo. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados,
público que nos acompanha nas galerias, assessoria militar, assessoria das
bancadas. Sr. Presidente,
primeiro fazer uma referência aqui a quem nos visita, o seu filho João Otávio.
Bem-vindo aqui
a esta Casa. Sempre é importante aproveitar a vinda dos jovens, dos estudantes
para conhecer um pouco o Parlamento, mas também para usar filtros, porque às
vezes sem filtro a gente fica meio confuso aqui.
A gente está no
Parlamento estadual. Discutimos aqui, como deputado estaduais, o que acontece
no Estado. Podemos até discutir Brasília, o mundo, Trump, qualquer um. Agora, o
que nós não podemos é trazer desinformação, porque isso não ajuda, em especial
os estudantes.
Mas eu não vim
falar disso. Deixa isso para a próxima oportunidade. Até porque, assim,
comparar o governo do inelegível com o governo Lula é uma coisa impressionante.
Basta olhar os indicadores de desemprego, de crescimento econômico, fim da
miséria. Bom, só quem é cego não consegue comparar, mas eu vim falar de uma
outra situação que eu considero gravíssima, que é a crise na segurança pública.
Em primeiro
lugar, eu queria de novo aqui fazer duas observações. A primeira é que,
infelizmente, o Governo do Estado prometeu e não está entregando reajuste
salarial para os policiais. Impressionante. A previsão para o ano que vem é de
3%, e olhe lá, se tiver aumento. Então, aquele governador que veio a público e
prometeu o melhor salário para as forças policiais, parece que se esqueceu do
que prometeu, assim como esqueceu várias outras promessas, ou mudou inclusive
de posição.
A segunda
coisa. Nós precisamos defender sempre as instituições. Eu tenho feito isso aqui
nessa crise na segurança pública, e eu tenho dito duas coisas que eu considero
que são importantes para a gente entender a crise.
Primeiro, não é
que o governador ou secretário perderam as rédeas da segurança pública. Minha
leitura é que o secretário soltou as rédeas da segurança pública. Por isso que
a gente tem assistido situações gravíssimas no estado de São Paulo, e a cada
dia surge uma nova e diferente, e eu queria trazer uma outra aqui hoje.
Eu não tenho
vídeo para apresentar, mas eu tenho dados para dialogar e pedir informações,
inclusive para o governador, para o comandante-geral, para o secretário e para
a Corregedoria.
Nós temos no
estado de São Paulo vários batalhões. Nós temos um na região de Itapeva, que
compõe ali 17 municípios do Vale do Ribeira do Alto Vale e da região de
Itapeva. O Major que assumiu, ele fez mudanças interessantes.
Ele tirou os
sargentos e policiais das pequenas cidades para colocar nas cidades maiores e
criar uma Força Tática. O que aconteceu quando o major tomou essa decisão.
Vamos pegar o caso de Itaoca. Não sei se o presidente conhece Itaoca, mas muita
gente conhece, quem nos acompanha também.
Itaoca é uma
cidade importante. O presidente Lula está fazendo a ponte entre Itaoca e
Adrianópolis, que o inelegível prometeu e não entregou, mas vai sair a ponte.
Ele propôs a criação de uma Força Tática em Apiaí.
Em Itaoca, que
tinha sargento policial, não tem mais. Dois rapazes pularam o muro da escola,
de uma escola estadual, a diretora precisou chamar a Polícia e não tinha mais
Polícia em Itaoca. Não tinha mais.
Agora, é
impressionante. Eu já vi, presidente, rodízio de policiais. O deputado Simão
Pedro também já deve ter visto isso. Eu vou dar um exemplo. Cidade de Parisi,
lá no Noroeste Paulista, que o senhor conhece, é da região do senhor. Lá a
Polícia fica duas horas, depois ela vai para outra cidade, Pedranópolis, ali
naquele entorno.
Isso é rodízio,
porque devem faltar policiais. Agora, tirar a Polícia de onde ela existe é a
primeira vez. E aí eu tenho aqui, Sr.
Presidente, algumas dúvidas. Primeira delas. Tem Força Tática em Apiaí?
Essa pergunta, eu gostaria muito de ter a resposta, se tem Força Tática em
Apiaí, na estrutura do Batalhão.
Dois. Eu queria
saber, e quero saber, vou perguntar aqui, mas vou oficiar e vou pedir para
encaminhar o nome dos policiais e onde eles estão designados. Portanto, a
escala deles, porque existem normas.
Eu não sou da
Polícia, sou professor da Prefeitura, e defendo inclusive os concursados,
aqueles que prestam serviço, porque eu sei que funciona assim. Eu tenho também
a minha escala, eu sei onde eu vou dar aula. Então, eu quero saber onde está a
escala.
Terceira coisa.
Por que tirou o policiamento das pequenas cidades? Qual foi a ordem dada? É do
secretário? É do comandante-geral. Está com problema de falta de efetivo? Essa
decisão do major desorganizou a região. Então, é inadmissível.
Diante desses
casos, Sr. Presidente, nós temos um outro aqui e eu vou
concluir, porque eu quero aproveitar para pedir as informações de
todos. A revista “Piauí” trouxe uma situação inusitada. O uso, por parte
do secretário, de aeronaves de pessoas conhecidas - que eu acho que ele
faz as suas escolhas, mas ela traz duas informações que nós precisamos
esclarecer.
A primeira
delas, que é a possibilidade de uma aeronave particular, um Cessna
Citation, modelo CJ3, prefixo PR-RCF, de propriedade do então deputado
Mussi, que ficou estacionado no pátio da Polícia Militar sem pagar
aluguel, ou pagando aluguel, mas é preciso que ele esclareça.
E a segunda,
que eu acho que também é preciso que se esclareça, foi o uso de um
helicóptero Águia 33, prefixo PR-UBI, que pertence à Polícia
Militar, que foi utilizado para o transporte de uma senhora que
estava grávida, que pode ser importante. Mas a revista disse que esse
helicóptero foi pedido no resgate noturno, o que a Polícia Militar não
faz, só faz no nascer do sol até o pôr do sol, portanto, fora do
horário.
E o secretário
teria pedido o uso desse helicóptero para um pessoal que estava com
ele, passando o descanso de final de semana em Trancoso e que
precisou utilizar. Duas perguntas: teve autorização do comando ou o
secretário “carteirou”?
Então eu queria
deixar essas questões e pedir, Sr. Presidente, que o senhor pudesse
encaminhar ao governador, primeiro, para ele saber o que está
acontecendo na região de Itapeva, com 17 municípios. Segundo que
pudesse responder o comandante-geral, o corregedor e o secretário as
questões que eu trouxe aqui nesse Pequeno Expediente.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Esta Presidência recebe e, conforme
solicitado, encaminhará aos órgãos que foram solicitados a
solicitação.
Seguindo... Neste momento, esta
Presidência encerra o Pequeno Expediente, imediatamente abre o Grande
Expediente, convidando os Srs. Deputados.
* * *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -Seguindo
a lista de oradores, convido a deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Major
Mecca. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Marta Costa.
(Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo.
(Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Dr. Eduardo Nóbrega.
(Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Emídio, de Souza. (Pausa.)
Deputado André Bueno. (Pausa.) Deputado
Lucas Bove. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Tomé
Abduch. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Simão
Pedro. V. Exa., tem a palavra pelo tempo regimental de 10 minutos.
O SR. SIMÃO PEDRO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, hoje, se der tudo
certo, participarei de um ato público aqui na Avenida
Paulista, convocado pela Frente Brasil Popular, pela Frente Povo sem
Medo, que agregam vários movimentos sociais, entidades populares, num
grande protesto contra a possibilidade do Congresso Nacional votar alguma
medida de anistia àqueles que tramaram contra a democracia
brasileira, àqueles que tramaram um golpe contra o nosso país, e que
não aceitavam, porque não aceitavam, a eleição que ocorreu em 2022, que
elegeu o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Nós, até
naquela época, depois das eleições, estranhávamos o silêncio do então
presidente Bolsonaro. Todo mundo dizia que ele estava depressivo e
tal, mas, no fundo, o que o seu ajudante de ordens, com as delações
que ele fez, com os documentos que a Polícia Federal e outros órgãos
conseguiram apreender.
E as
informações que vieram à tona, que o presidente da República estava interessado
em tramando um golpe militar, instigando membros do Exército, da Marinha, da
Aeronáutica, os seus comandantes, a apoiarem esse golpe.
E, pasmem,
depois eles passaram a tramar, inclusive, o assassinato do presidente Lula, o
assassinato, por meios cruéis, envenenamento, do vice-presidente Geraldo
Alckmin e do então presidente do Supremo Tribunal Federal.
Só isso bastava
para esses meliantes, militares, generais, presidente da República de então, o
seu candidato a vice, já merecessem que eles estivessem presos nesse momento.
Mas, está certo,
a Justiça brasileira tem o seu ritmo, tem a sua liturgia, tem o seu método, e
está analisando os novos documentos que vieram à tona, novas delações,
confirmações das informações.
E, certamente,
no seu tempo, esses criminosos, meliantes, bandidos, serão processados,
julgados e condenados, e cumprirão a pena na cadeia pelo que eles tramaram. Um
crime contra a democracia, contra o nosso povo, com a vontade soberana do nosso
povo.
E, então, hoje,
nós vamos para as ruas, não só aqui em São Paulo, mas em mais de 22 cidades do
Brasil, nas principais capitais e outras grandes cidades, os movimentos sociais
da sociedade civil irão às ruas para dizer, “Anistia, não!”.
Que esses
meliantes, bandidos, facínoras, que tramaram contra a vida do presidente da
República eleito, que tramaram contra a vida do presidente da Suprema Corte, do
vice-presidente Geraldo Alckmin...
E vocês
imaginam se a gente tivesse um outro golpe militar como aquele que foi feito em
1964, que instituiu censura, que fez prisões arbitrárias, baniu tantos
brasileiros do nosso País, obrigando a eles a irem morar em outros países, se
exilarem, muitos presos, muitos com os corpos até hoje não encontrados.
Nós estamos,
hoje, torcendo, além da saúde do presidente Lula, que está internado aqui em
São Paulo, mas torcendo também para que a atriz Fernanda Torres ganhe o prêmio
maior do cinema mundial, que é o Nobel da Arte Cinematográfica.
A Fernanda
Torres, essa grande atriz, pelo filme, pela sua interpretação no filme, ela
interpreta a dona Eunice... Dra. Eunice Paiva, esposa do então deputado que foi
preso ilegalmente, torturado, assassinado aqui nas dependências do Dops, e o
seu corpo até hoje não apareceu.
Então vocês
imaginam se esse facínora, que estava na presidência da República, hoje é
inelegível, hoje está aí chorando nos cantos, pedindo, pelo amor de Deus, para
o Trump, presidente dos Estados Unidos o salvar aqui, porque ele sabe que ele
vai para a cadeia, vai ter que pagar por esses crimes.
Não só por
esses, mas por também surrupiar e vender bens da presidência no exterior, nos
Estados Unidos, quando ele se ausentou, fugiu para lá para esperar o golpe se
consumar.
Felizmente, nós
temos instituições fortes que não permitiram isso. Nós temos militares muito
dignos, como o então comandante do Exército e da Aeronáutica, que não deram
aval, inclusive ameaçaram de prender os golpistas se eles insistissem naquela
linha.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Dr. Elton.
* * *
Então vocês
imaginam se eles tivessem tido êxito, aquele problema que houve dia oito, de
ataque às nossas instituições, aquela quebradeira. Aquilo fazia parte de um
movimento que estava sendo orquestrado, incentivado para que se criasse um
clima e para que se incentivasse aqueles militares que ainda estavam vacilando
a efetivar o golpe militar, quantos de nós estaríamos aqui?
Provavelmente
muitos nem estaríamos aqui, provavelmente estaríamos presos também.
Provavelmente poderíamos estar pagando por esse golpe; quem sabe muitos aqui
estariam desaparecidos. Então, o que seria se esse golpe tivesse dado certo.
Felizmente não
deu, porque temos profissionais brasileiros dentro das instituições do
Exército, da Aeronáutica... Não vou falar da Marinha, porque aquele então
comandante compactuava com o crime do golpe. Mas temos instituições fortes,
como o Supremo, como o Tribunal Superior Eleitoral, como o Congresso Nacional,
que, junto com o presidente Lula, foram, em caminhada, até o Supremo, que foi a
instituição mais destruída naquele fatídico dia 8 de janeiro de 2023.
Então, o que
seria deste país se aquilo tivesse se consumado? Felizmente, não se consumou e
a gente hoje vive a plena democracia, mas, para que essas ameaças de novos
golpes e tentativas...
Olha o que o
filho do presidente Bolsonaro, um deles, teria dito: “Não é crime pensar, não é
crime planejar”. É crime, sim. A nossa Constituição, as nossas leis dizem que
planejar, tentar, organizar ou incentivar golpe é crime, sim, passível de
punição, passível de cadeia.
Então, é isso
que esperamos, é isso que a sociedade civil, hoje, nas ruas do Brasil, vai gritar.
Sem anistia. Punição aos golpistas de forma exemplar. Ditadura nunca mais. Viva
a democracia.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DR. ELTON - UNIÃO - Prosseguindo
no Grande Expediente, eu convido o deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado
Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Cumprimento o
Sr. Presidente, deputado Dr. Elton, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
assessorias, aqueles que nos acompanham aqui nas galerias, que nos acompanham
pelas mídias e pela Rede Alesp, policiais civis, policiais militares,
servidores da Casa, senhoras e senhores.
Sr. Presidente,
eu retorno à tribuna para fazer coro aos pronunciamentos dos deputados da base
que me antecederam, o Major Mecca, o Paulo Mansur, em apoio às nossas
instituições policiais, em apoio ao excelente trabalho que a Secretaria de
Segurança Pública, na pessoa do secretário Guilherme Derrite, e que nosso
governador Tarcísio de Freitas vêm realizando.
Na realidade,
Sr. Presidente, senhoras e senhores que nos acompanham, o estado de São Paulo
se omitiu por muitos anos no combate à criminalidade. É por isso que temos o
PCC como existe hoje, essa facção criminosa que já adquiriu a
transnacionalidade. Em virtude dessa omissão, tomou a grandeza, a proporção.
Grandeza em números absolutos, que isso fique bem claro aqui, na criminalidade.
Mas tomou a proporção que tomou.
O governador
Tarcísio e o secretário Guilherme Derrite se propuseram a entrar nessa guerra
contra o crime organizado. Então, é o primeiro governo, em mais de 20 anos, que
tomou essa atitude. É por isso que é tão atacado, porque combate a
criminalidade, como tem que ser.
Vimos, na semana
passada, por exemplo, a maior apreensão de cocaína da história, feita por
policiais militares rodoviários. Mais de três toneladas. São mais de 100
milhões, o cálculo dessa droga apreendida, desse desfalque que foi dado às
instituições. Estima-se que uma organização criminosa como essa, que atua aqui
no estado de São Paulo, lucre até um bilhão por ano.
E sim, o
governador, o governo de São Paulo optou por fazer esse enfrentamento. E São
Paulo hoje, São Paulo hoje é o segundo estado mais seguro para se viver.
Peço ao Machado
que coloque a primeira.
Nós temos ali
que hoje São Paulo é o segundo estado melhor para se viver.
No próximo
slide, pode segurar isso, Machado.
Aí nesse slide,
perdendo apenas para Santa Catarina. Então, a gente tem que basear políticas
públicas, senhores e senhoras que nos acompanham, por dados e evidências,
números. Têm que ser contestados os números, porque senão se faz apenas
proselitismo político, e a gente não consegue chegar a nenhuma conclusão.
Então está aí,
São Paulo, o número ali, o indicador ali é de homicídios por 100 mil
habitantes, 10,5, bem abaixo da média, que é 26, 26 mortes por 100 mil
habitantes. Então, isso reflete o excelente trabalho que está sendo realizado.
Podemos voltar,
Machado, àquela outra, para falar um pouco desse indicador.
Esse indicador
que cresce aos olhos da esquerda, fala sobre letalidade policial, que já é um
indicador que é tratado de uma maneira errada. Ele é concebido de uma maneira
errada aqui no Brasil, que não é concebido em outros países.
Você pega a
letalidade policial por números absolutos. Isso não tem como prevalecer. Nos
outros países, a letalidade policial é estabelecida em relação ao número de
prisões. Então, eu tenho dados aqui, por exemplo: foram presos, até agora, no
ano de 2024, 168 mil pessoas. Nós tivemos ali 676 mortes decorrentes de
intervenção policial. Olha o tanto de engajamento que houve. Isso é menos de 2%
daquilo de confrontos.
Então, a nossa
Polícia Militar é uma polícia preparada, é uma polícia treinada, é uma polícia
que tem um curso de formação que é um dos melhores do mundo. Eu falo porque sou
policial, porque sou professor da Academia Nacional de Polícia, da Polícia
Federal, e já passei por diversos cursos de formação. E nós temos, na Polícia
Militar, uma referência.
Então, outros
dados. Vamos trabalhar com dados e evidências. Dados e evidências, que é o que
se tem que refutar, se for criticar. Então, o telefone 190 da Polícia Militar
recebe, são dados do ano passado, recebe algo em torno de 35 milhões de
chamados. Desses 35 milhões de chamados, há 18 milhões de despachos, ou seja, a
viatura policial chega ao local para atender uma ocorrência. Por dia, são 50
mil atendimentos.
E o que nós
tivemos? Nós tivemos o quê? Nesse ano, 81 policiais demitidos e oito
reformados. Então, olha a estatística. Você tem 0,1%, 0,1% de má conduta.
Então, é um resultado que daria inveja a qualquer empresa, a qualquer
instituição no mundo.
Então, assim, a
gente falar do estado de São Paulo, que ainda assim todos falam da letalidade
policial, mas que apresenta a 15ª posição e é o segundo melhor estado para se
viver, o estado mais seguro dentre os 27 entes federativos, 26 estados e o
Distrito Federal. É, no mínimo, fechar os olhos para os números.
Casos isolados,
má conduta de policiais serão veementemente combatidos. Esses casos, essas
condutas não podem se estender e serem generalizados para uma instituição que
tem, sim, feito um excelente trabalho, tem um grau de eficiência enorme.
Machado, a
próxima, por gentileza. Mais uma.
E aí nós temos,
por exemplo, o estado da Bahia. Já que querem falar de letalidade policial em
números absolutos, o estado da Bahia, que hoje é governado pelo PT, assume a
pole position. Assume ali o estado com o maior número de intervenções policiais
que resultam morte, não é o 15º; é o primeiro ou o segundo dentro da
perspectiva. E quando se vai perguntar ao governador sobre segurança, é isso
que ocorre.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Difícil, né?
Complicado aí. O governador simplesmente foge. Nós aqui da base do governo e o
governo do estado de São Paulo estamos prontos para responder a todo e qualquer
questionamento, porque está baseada a atuação, a política pública implementada,
ela é baseada em números, ela é baseada em dados e evidências.
Por isso que
está dando resultado, por isso que é o menor, que apresenta o menor indicador
de homicídios da série histórica, por isso que tem uma redução enorme do número
de roubos, por isso que conseguem implementar e fazer operações, como foi feito
no centro de São Paulo, bloqueando quase oito bilhões do crime organizado,
fechando mais de 72 hospedarias e hotéis que eram utilizados para o tráfico,
eram utilizados para o comércio ilegal de toda e qualquer sorte de crime,
inclusive para o mercado sexual.
Essas
hospedarias foram fechadas e vão se transformar em habitações de interesse
social, em outras finalidades, para atender ali aquele centro e por fim, de uma
vez, àquela Cracolândia, àquela situação, àquele contexto, que já perdura muito
tempo. Então o governador Tarcísio e o secretário Guilherme Derrite realmente
colocaram o dedo na ferida e tenho certeza de que continuarão fazendo um
excelente trabalho em prol da nossa sociedade paulista.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. ELTON - UNIÃO - Prosseguindo
agora com a lista de oradores do Grande Expediente, eu convido o deputado
Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Delegada Graciela.
(Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.)
Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Deputado Dr. Elton. (Na Presidência.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado
Felipe Franco. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Letícia
Aguiar. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato.
(Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado
Luiz Claudio Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezado Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, funcionários da Assembleia Legislativa, acabamos de sair da Comissão
de Finanças e Orçamento, na qual estávamos debatendo as contas do Governador de
2023, e a nossa bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, nós
apresentamos um voto em separado, né, em um voto contrário à proposta
apresentada pela base do governo Tarcísio aqui na Assembleia Legislativa.
Então vou citar
aqui alguns dos pontos que nós levantamos, inclusive a partir de recomendações
do próprio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, colocando ressalvas em
relação às contas do governador e nós estamos apontando aqui o porquê de a
nossa bancada ser contrária à aprovação das contas do governador Tarcísio de
2023.
Primeiro, nós
tínhamos aqui uma previsão de investimento do estado com um orçamento de 317
bilhões, tinha um investimento previsto de quase 24 bilhões de reais, mas o
governador executou apenas 17 bilhões, nobre deputado Reis, tinha 24 bilhões
para investimento, e utilizou apenas 17 bilhões do previsto em 2023.
Outro item que
nós levantamos aqui para indicar a rejeição das contas do governador é que,
entre o ano de 2022 e 2023, a despesa com o funcionalismo caiu praticamente dez
bilhões de reais. Isso é o equivalente a 11% da receita corrente líquida.
Enquanto a receita cresceu, o governo reduziu o investimento para os servidores
públicos do estado de São Paulo.
E a gente olha
aqui que vários servidores do estado de São Paulo sequer tiveram a correção da
inflação no ano passado, uma previsão ou uma promessa que o governador tinha
apresentado para os servidores públicos do estado de São Paulo que, até
setembro de 2023, teríamos também aqui um projeto para valorizar, para ampliar
o valor do vale-refeição dos servidores do estado de São Paulo, o que não
ocorreu no ano de 2023. Então não é por falta de recurso.
Estamos
apresentando aqui que o governo poderia ter utilizado até dez bilhões de reais
para o investimento no servidor público no ano passado, e não o fez, dinheiro
que estava provisionado, dinheiro que estava designado para o servidor público
do estado de São Paulo, e não foi executado pelo governador Tarcísio.
Um outro ponto
que estou colocando é que há espaço para dar o reajuste, porque mesmo o limite
prudencial que o governo ainda estaria, não estou colocando o limite máximo,
estou colocando dentro do limite prudencial, o governo poderia se utilizar até
de 9,6 bilhões de reais, e ainda estaria dentro do limite prudencial para
valorizar o servidor público do estado de São Paulo.
Outro ponto
importante que a gente queria trazer aqui é em relação às desonerações
tributárias que o governador tem dado a diversos setores do estado de São
Paulo, inclusive com recomendações do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
de que falta transparência. Além da falta de transparência em relação à
desoneração tributária, ainda o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo
indica que todas as desonerações tributárias que o governo hoje concede aos
setores econômicos do estado de São Paulo deveriam passar pela Assembleia
Legislativa, e não serem feitas apenas por decreto, como têm sido feito hoje
pelo governador do estado de São Paulo.
Uma outra
recomendação que o próprio Tribunal de Contas do Estado aponta é que é
necessário que o governador reveja a gestão da verba Fundes e garanta a
formalização de instrumentos jurídicos entre a Secretaria do Estado de Saúde e
demais secretarias e entidades da administração indireta que executam recursos
do setor.
Essa verba
Fundes é um recurso que vem do governo federal, é repassado para o estado de
São Paulo para que seja feito o pagamento de bonificações aos servidores do
estado de São Paulo, e não tem tido uma transparência a utilização da verba
Fundes.
Outro item
também que o Tribunal de Contas aponta ao governador do estado de São Paulo é
que providencie um sistema informatizado que demonstre a composição detalhada
dos custos individualizados das atividades inerentes aos contratos de gestão,
de modo a viabilizar a aferição da economicidade das parcerias firmadas com o
terceiro setor e aprimore o acompanhamento e a fiscalização dos contratos de
gestão celebrados com as organizações sociais, inclusive por meio de
compatibilização do quantitativo de servidores destinados a essa finalidade.
Essa é uma
demanda que nós já temos apresentado. Hoje nós temos muitos servidores da Saúde
que são dos hospitais, direto, mas o governo tem ampliado a cada ano o número
de OSs, de organizações sociais no estado de São Paulo.
Então o
Tribunal de Contas também aponta que tem problema de transparência e está
solicitando que haja um processo de informatização, para que a gente possa
acompanhar se, efetivamente, o efetivo de médicos, enfermeiros, servidores que
atendem nas OSs, de fato, está sendo aplicado corretamente ou não.
Outro item que
o próprio Tribunal de Contas aponta aqui em relação às contas do governador é a
falta de transparência na renúncia de receitas tributárias, na ordem de 427
bilhões, entre 2008 e 2023. E a necessidade do fim do sigilo fiscal determina
que o governo estadual prestasse esclarecimento sobre a relação das empresas
que obtiveram benefícios fiscais nos últimos dez anos.
Na decisão, o
desembargador responsável assegura que a medida pleiteada não quebra o sigilo
fiscal previsto no Código Tributário Nacional. Então nós esperamos que o
governador Tarcísio possa, a partir dessa determinação do desembargador do
Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, apresentar a relação dos últimos dez
anos, quais são as empresas que estão sendo beneficiadas pela desoneração
tributária no estado de São Paulo.
Eu não vejo
dificuldade, nobre deputado Reis, porque isso acontece hoje no governo federal:
a Fazenda, ali, apresenta todo ano uma relação de todas as empresas no Brasil
que são beneficiadas com a desoneração tributária.
E aqui no
governo do estado de São Paulo, o governador Tarcísio coloca sigilo sobre essas
desonerações tributárias, e a população contribuinte não pode saber quais são
as empresas que estão sendo beneficiadas. Elas estão recebendo benesses do
estado, os municípios estão deixando de receber recurso de transferência de
recurso pelo ICMS e pelo IPVA. E o governo coloca sigilo em relação à
desoneração tributária.
O outro item,
apontado pelo próprio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, fala sobre a
falta de gestão e o péssimo planejamento, visto que o Executivo paulista,
infelizmente, não vem cumprindo os ciclos orçamentários do estado.
Basta
analisarmos as últimas leis orçamentárias e compararmos com as Leis de
Diretrizes Orçamentárias em relação à situação do PPA 20-23, e agora do 24-27:
temos a execução dos quatro anos, e não foram atingidos sequer 55% do PPA de
2020-23.
E agora, no
Plano Plurianual, que foi apresentado não em 23, mas no ano de 2024, valendo
até 2027, nós aprovamos a LDO no ano passado, e muitos dos programas, que
inclusive o governador Tarcísio aponta como prioridade para execução durante o
seu mandato, não contam como metas no plano plurianual.
Então nós
aprovamos na LDO uma série de diretrizes para que você possa fazer execução,
inclusive de investimento e de programas durante os próximos três anos, mas que
não constam no Plano Plurianual.
E o governo
deveria já ter aberto o PPA novamente, ter feito adequação na LDO, a partir da
abertura do PPA. Já podia agora, a partir da LOA, que nós vamos estar
discutindo na próxima semana, que vai ter inconsistência em relação à LDO e vai
ter inconsistência em relação à questão do Plano Plurianual.
E aponta também
o Tribunal de Contas em relação às contas do governador. É por isso que a nossa
bancada do Partido dos Trabalhadores já se posicionou contrária, no dia de
hoje, na Comissão de Finanças e Orçamento; apresentamos um voto em separado.
E, com certeza,
na hora em que esse debate vier ao plenário, a nossa bancada vai indicar
rejeição das contas do governador Tarcísio, pelas diversas inconsistências
apresentadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e pelos
levantamentos que a nossa bancada fez, pela não execução correta do Orçamento
do Estado de São Paulo no ano de 2023.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. ELTON - UNIÃO - Dando
prosseguimento à lista de oradores, eu convido o deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado
Reis.
O
SR. REIS - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, deputado Dr. Elton, eu tenho vários
assuntos para tratar nesse Grande Expediente. Pena que dez minutos é
praticamente insuficiente. Mas o primeiro assunto que eu quero deixar
registrado, e que está no “Flit Paralisante”...
Obviamente, eu
não vou ler todo o texto, mas alguns pontos que eu achei importante falar. Mas
quem tiver curiosidade, acesse o site do “Flit Paralisante, que vocês vão ver
toda essa matéria lá.
Aqui fala
“Barraco de egos na Acadepol”, na Academia de Polícia. “Salvo poucos Diretores,
trata-se do pior grupo de Conselheiros da Polícia Civil de todos os tempos …Sem
competência e sem postura!”
“Os ‘cardeais’
do Deic e do DHPP resolveram transformar a Acadepol em um ringue de luta livre
verbal. Deram um espetáculo gratuito aos pares e demais presentes. Imaginem só
a cena: dois diretores de departamentos cruciais da polícia trocando farpas e
xingamentos como se estivessem numa roda de boteco depois da décima rodada.”
E o que motivou
esse desgaste, esse ringue, na academia, desses dois diretores da Polícia Civil
de São Paulo?
Um pedido de apoio à Rota. Quando a Rota foi fazer esse apoio, acabou cometendo
várias irregularidades.
“Mas quem se
importa com justiça quando para se segurar na cadeira é melhor protagonizar uma
briga de egos digna de novela mexicana...”. Está no “Flit Paralisante”.
“E como se não
bastasse o show de horrores protagonizado pelos dois ‘cardeais’, temos a cereja
do bolo: a atuação desastrosa da Rota ‘ratificada’ pelo DHPP. Prender pessoas
erradas, supostamente plantar provas, fazer paradas misteriosas no caminho para
a delegacia… tudo isso foi contestado!”
Tem a matéria
no G1 que disse que a Rota plantou munições para executar a prisão de Allan e
Marcos Henrique, como se fizessem parte de pessoas que estão sendo investigadas
por conta da morte do delator do PCC.
“Felizmente, a
juíza Juliana Petelli da Guia, em um lampejo de lucidez e coragem em meio a
tanta insanidade, considerou a prisão ilegal.” E relaxou à prisão. Então houve
esse caso, e o “Flit Paralisante” está destacando.
Eu fiz questão
de trazer, como os meus colegas mandaram para mim várias matérias sobre isso,
para deixar registrado o repúdio a essa briga, essa guerra, esse ringue que
aconteceu entre os diretores do DEIC e do DHPP na Academia de Polícia. A outra
questão que eu quero falar, eu tenho seis minutos ainda.
Então eu vou
tentar lembrar dos ofícios do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional
do Estado de São Paulo, Sifuspesp, consultando a Secretaria de Administração
Penitenciária sobre o pagamento da bonificação por resultados.
Recebemos a
resposta, dizendo que o pagamento do bônus de 2024, referente ao exercício de
2023, está na posse da Secretaria da Casa Civil, aguardando publicação de
decreto do governador. Então eles tiveram hoje uma notícia ruim, uma notícia
péssima.
Os policiais
penais, muitos deles já até gastaram esse dinheiro sem ter, se comprometeram,
já fizeram dívidas, esperando que em dezembro eles receberiam esse bônus de
resultado. Mas, lamentavelmente, o governo vai se auto atropelando, e
prejudicando os policiais penais.
Aqui eu tenho
vários ofícios do sindicato, cobrando, e aquelas respostas “não, estamos
analisando, está tudo encaminhado”. Mas publicou ontem que eles vão reavaliar.
E essa
reavaliação, só Deus sabe quando vão aparecer esses bônus de resultado. Mas não
é só lá não. Na Polícia Civil também, na Secretaria de Segurança como um todo
também, os policiais, os funcionários da secretaria, estão aguardando o
governador deliberar sobre essa questão.
Com relação ao
que foi dito aqui hoje, inclusive o Major Mecca trouxe aqui números: 15 milhões
de atendimentos no Copom. Só diverge a informação dele com relação aos presos,
e com o deputado Campetti. Ele falou que foram 112 mil prisões. O deputado
Campetti falou de 68 mil prisões, 6 mil armas apreendidas, 133 toneladas de
drogas, 34 mil veículos recuperados.
Então nós temos
que dar os parabéns para a Polícia Militar por esses resultados, porque mesmo
desvalorizados... Porque eles falam que a direita valoriza os seus policiais, e
não é verdadeiro isso, porque não tem reajuste, não teve reajuste no ano de
2024 e não tem previsão de reajuste em 2025.
Então os
policiais estão muito desvalorizados, e têm trabalhado muito. É verdadeiro
isso. A verdade real é que a Polícia de São Paulo trabalha muito, tanto a
Polícia Civil como a Polícia Militar, a Polícia Penal, a Polícia
Técnico-Científica trabalham muito.
Os bons
policiais trabalham muito, mas cabe a nós, fiscalizadores do estado,
fiscalizadores das instituições. É o nosso papel, quando identificarmos alguma
coisa que está na contramão de direção, falar, vir aqui falar, expor. O povo
precisa saber.
Então, não é
porque apreenderam tantas armas, aprenderam tantas toneladas de droga,
aprenderam tantos bandidos, que pode se permitir as arbitrariedades, as
ilegalidades. Então, o trabalho tem que ser feito dentro da legalidade, dentro
da lei.
Então, isso daí
não autoriza jogar ninguém do rio, não autoriza dar soco em idosa, não autoriza
atirar pelas costas, não autoriza atirar em furtador desarmado, matar criança
de quatro anos, dar pauladas em balconista, e atirar em estudante desarmado,
dar cacetada em cabeça de idosa.
Então,
obviamente, se têm essas questões acontecendo, mostra o descontrole do governo
com relação às ações irregulares da polícia. E tanto mostrou descontrole que o
próprio governador assumiu a sua mea culpa. Assumiu a sua mea culpa quando
falou das câmeras policiais, quando disse que vai fazer intervenção velada. Ele
fala intervenção branca, mas eu prefiro usar essa palavra, “velada”, Sr. Presidente.
Quando diz que
vai fazer intervenção velada, ele está assumindo que realmente há problemas, e
cabe a quem tem o papel de fiscalizar mostrar esses problemas. Ninguém está
contra a polícia: “não, porque a esquerda é contra a polícia”.
A esquerda,
como a direita, como o centro, acho que nesta Casa todos defendem a polícia, e
todos os projetos que vêm em benefício da polícia aqui os deputados, como um
todo, votam a favor.
Então, não dá
para ter, não dá para aceitar essa argumentação, esse discurso, não. Nós somos
a favor e eles são contra. Não existe isso. O que se apura aqui é que as
irregularidades, as ilegalidades, elas têm que ser debatidas, sim, até para
corrigir. Porque, se ninguém falar nada, isso continua acontecendo.
Então, para
buscar que haja correção, tem que, sim, fazer uso desta Tribuna e mostrar para
a sociedade o que está acontecendo e cobrar do governo.
Tanto é que o
governo começou a tomar posições a partir desse debate, porque o governador
estava quietinho, não estava falando nada. Então, a partir desse debate é que
ele começou.
Ele viu que há
problemas e inclusive diz que vai fazer a intervenção velada, que vai melhorar
o treinamento. Isso ele que falou. Têm pessoas aí que dizem que não precisa de
treinamento; já vieram aqui e falaram que não precisa de treinamento.
Ele falou
melhorar o treinamento, de acompanhamento psicológico, de estruturação da Polícia
com compra de viaturas, compra de armas. Tudo isso ele falou. Não falou de
valorização, não falou de aumento de salarial. Não falou da questão do bônus,
não falou do vale coxinha que continua 12 reais. E a gente está, desde quando
eu cheguei aqui, falando desse vale coxinha.
Então, ele
falou tudo. Não falou de valorização, mas o debate que se travou nesta Casa -
inclusive, o pedido de impeachment do secretário da Segurança - mostra a
necessidade e a importância do que aconteceu e que ocorreu aqui na Assembleia
Legislativa.
E também para
deixar registrado que o Supremo Tribunal Federal determinou ao estado de São
Paulo o uso obrigatório de câmeras por policiais militares em operações
policiais, com a definição da ordem de alocação prioritária dos demais dispositivos
a partir de uma análise de risco de letalidade policial.
A divulgação no
portal da Secretaria de Segurança Pública das informações referentes ao
programa Muralha Paulista - esse pessoal sabe quais os batalhões e tropas são
equipadas com câmeras corporais.
Então, em um
primeiro momento houve um relutar do governador, a sua base, todas as vezes que
subiu à tribuna, defendeu contra as câmaras.
No segundo
momento, o governo faz o mea culpa, fala da importância das câmaras e agora
o Supremo está determinando que os policiais de São Paulo têm que usar
câmaras, câmaras que, inclusive, visam proteger e defender os próprios
policiais.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DR. ELTON - UNIÃO - Dando
prosseguimento ao Grande Expediente, eu convido...
O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela
ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DR. ELTON - UNIÃO - É regimental.
O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Eu
gostaria de pedir o uso da palavra pelo Art. 82.
O SR. PRESIDENTE - DR. ELTON - UNIÃO - Está
com a palavra, por cinco minutos.
O SR. OSEIAS DE
MADUREIRA - PSD - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados,
público que nos assiste, tanto aqui como na TV Alesp. Eu faço uso desta tribuna
no dia de hoje para fazer uma singela homenagem, tendo em vista que no
último domingo, o segundo domingo do mês, é comemorado em toda a
federação o Dia da Bíblia.
Uma data
especial que celebra, sem dúvida, a importância da palavra de Deus na vida
dos cristãos e no fortalecimento de valores morais e espirituais na
sociedade. Esse dia nos convida a refletir sobre o poder transformador da
Bíblia e a sua relevância como guia para as nossas decisões e
relacionamentos. A Bíblia é uma mensagem atemporal que atravessa culturas, gerações
e situações, trazendo esperança e direção.
Ela é um
instrumento de conexão com Deus, revelando sempre os seus planos e a sua
vontade para a humanidade. Todas as igrejas evangélicas usam a Bíblia
sagrada, a palavra de Deus.
E nós, em
especial fazendo uso da igreja a que pertenço, Assembleia de Deus do
Brás, AD Brás, o Ministério de Madureira, usamos a Bíblia do Culto,
lançado pela editora Betel, que tem se destacado com recursos fundamentais
para estudos e momentos de adoração.
Essa edição
sempre nos trouxe uma linguagem acessível e uma abordagem didática,
permitindo que todos os cristãos pudessem se aprofundar no conhecimento da
palavra de Deus de forma prática e edificante.
Eu gostaria de
destacar uma frase do nosso querido bispo, o bispo Samuel Ferreira,
uma referência importante para o cenário evangélico nacional, que diz que:
“a Bíblia é o alicerce que nos sustenta em meio às nossas batalhas da
vida, pois ela nos guia, nos fortalece e nos dá esperança para
prosseguirmos”.
Eu gostaria de
citar dois versículos, Sr. Presidente, importantes, que ilustram a
mensagem da Bíblia para todos nós. Uma está no Salmo 119, versículo
105, que diz: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu
caminho”. O outro está em Hebreus, capítulo 4, versículo 12, que diz:
“Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer
espada de dois gumes, ela penetra até dividir a alma e o espírito, juntas
e medulas, e julga os pensamentos e a intenção dos corações”.
O dia da Bíblia
nos convida a celebrar o maior presente de Deus para a humanidade, a sua
palavra. É um momento de gratidão, de estudo, de renovação, de celebrarmos
a Deus e compartilhar com todos aqueles que ainda precisam conhecer a
mensagem salvífica da cruz, de esperança que carregamos com muito orgulho,
com muita alegria. Que possamos, através da Bíblia e da meditação diária,
encontrar força, direção e paz para todos os dias da nossa vida.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Eu
gostaria, Sr. Presidente, de pedir a suspensão desta sessão, até as 16
horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - DR. ELTON - UNIÃO - Havendo acordo
de lideranças, a sessão está suspensa até as 16 horas e 30 minutos.
* * *
- Suspensa às 15 horas e 45 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a
sessão. Ordem do Dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a mesa
requerimento do nobre deputado Agente Federal Danilo Balas, com o número
regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a
constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de
reuniões com o setor do Santuário Cristo Redentor - padre Omar, para discutir o
Projeto de lei nº 870, de 2024, que institui o Circuito Turístico Religioso
Rota do Cristo no Estado de São Paulo, a realizar-se no período de 19 a 22 de
dezembro do corrente ano, na cidade do Rio de Janeiro, sem ônus para este
Poder.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa, também, requerimento
do nobre deputado Guto Zacarias, com o número regimental de assinaturas, nos
termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação com a finalidade de desempenhar missão diplomática oficial em
Israel, na cidade de Tel Aviv, a
realizar-se entre os dias 25 de janeiro e 02 de fevereiro de 2025, sem ônus
para este Poder.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa também requerimento da
nobre deputada Marina Helou, com o número regimental de assinaturas, nos termos
do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação com a finalidade de participar de apresentação do Plano Estadual
da Primeira Infância, pela Secretaria de Assistência Social, Inclusão e
Cidadania do Estado de Sergipe, a realizar-se no dia 11 de dezembro do corrente
ano, em Aracaju, Sergipe, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - O senhor tem ainda
outro requerimento, não?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não.
Finalizado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, antes
de solicitar o levantamento, havendo acordo de lideranças, queria fazer um
registro aqui, por favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Nós aprovamos, no Colégio de Líderes, a vinda do Dr. Paulo
Sérgio, PGJ, e a vinda do secretário Guilherme Derrite, os dois para tratar de
temas ligados à criminalidade no estado de São Paulo.
O senhor já
informou aqui, na semana passada, a possibilidade de na quarta-feira, amanhã,
às 10 horas da manhã, a gente receber aqui o Dr. Paulo Sérgio. Acho que é um
passo importante. Está faltando o secretário Derrite.
E, em que pese
toda a situação colocada, seria importante que a gente pudesse ter a presença
do secretário no Colégio de Líderes. Então eu já fiz esse pedido hoje na
reunião do Colégio de Líderes; vou reiterá-lo aqui.
E queria fazer
uma sugestão ao senhor, presidente. Eu sei da dificuldade da agenda do
secretário, mas nós temos aqui uma solicitação feita - se eu estiver enganado,
o senhor me corrija - pelo deputado Cortez, que propõe um requerimento
solicitando a vinda do secretário e que pode ser aprovado ou rejeitado por esse
plenário.
Então queria
que o senhor avaliasse as duas possibilidades. Número um: a vinda do secretário
no Colégio de Líderes. Número dois: tendo a dificuldade, que a gente pudesse
então fazer a discussão e votar o pedido do deputado Guilherme Cortez.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de Vossa Excelência, deputado Paulo Fiorilo.
Havendo acordo de todas as lideranças,
esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia
de hoje, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez
minutos após o término da presente sessão.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 34
minutos.
* * *