23 DE OUTUBRO DE 2024
146ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: REIS e DANILO CAMPETTI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - REIS
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h04min.
2 - THAINARA FARIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
4 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - GUILHERME CORTEZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - GUILHERME CORTEZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
7 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 24/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h27min.
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- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Reis.
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O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
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-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Dando entrada no
Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra, o deputado Agente Federal
Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do
Carmo. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada
Feminista. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputada Thainara
Faria, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR- Muito obrigada,
nobre deputado e presidente em exercício desta sessão, Reis. Muito boa tarde
aos senhores servidores, assessores, deputados, deputadas, policiais aqui
presentes, muito boa tarde para o estado de São Paulo.
Eu vim
conversar com vocês hoje sobre um tema que tem sido recorrente nas nossas
casas, nas nossas famílias, nas nossas cidades, mas que o governador, como
muito bem chama o nobre deputado Reis de vetador geral do estado, não considera
um tema tão importante assim.
Nós estamos aqui
na Casa discutindo no último período, e discutiremos pelos próximos dias que
virão, a Lei Orçamentária Anual. Nós esperávamos que essa lei estivesse de
acordo com os interesses do povo do estado de São Paulo.
Mas qual é o
tema que a deputada mencionou no início da fala? É o meio ambiente e são as
emergências climáticas que nós temos acompanhado. Para além da tragédia no Rio
Grande do Sul, que o Brasil inteiro se mobilizou pelos nossos irmãos, outros
eventos climáticos que nós estamos acompanhando, que mostram que nós precisamos
urgentemente caminhar ao lado daqueles e daquelas que defendem o meio ambiente.
Como, por
exemplo, na cidade onde eu nasci, Araraquara, no final do último ano, o volume
de água derrubou uma ponte e nessa ponte estava passando um carro com seis
pessoas, seis integrantes de uma mesma família que faleceram, lógico, naquela
tragédia.
Ao invés de
tomar atitudes e medidas e mandar um Orçamento para esta Casa de Leis que
dialogue com as necessidades do estado de São Paulo relativas às emergências
climáticas, o que o vetador geral do estado faz, deputado Reis? O que o
governador Tarcísio fez? Ele corta. Ele corta os investimentos todos no meio
ambiente.
Eu tenho
listados aqui alguns exemplos básicos para vocês entenderem o tamanho do buraco
que o nosso governador vai abrir no Orçamento, que deveria ser investido no
meio ambiente.
Você que está
na sua casa, você sofreu com as queimadas que aconteceram no último período? As
UPAs lotadas, os hospitais lotados, acabaram os umidificadores de ar nas
farmácias.
Todo mundo
correndo para tentar respirar, ninguém conseguia mais ver o sol de tanta
queimada que teve no estado. Mas está aqui: os cortes que o governador traz,
também, para a questão das queimadas. Vou ler para vocês alguns exemplos:
“O governo
reduz os recursos de ações ligadas à prevenção de desastre e à percepção de
riscos em 76%”. Volto a dizer: 76% de redução dos recursos de ações ligadas à
preparação para desastres climáticos aqui.
“A ação de
infraestrutura para a segurança hídrica e proteção de mananciais foi reduzida
em 64%”, que significa 55 milhões de redução somando aqui ao corte dos combates
às enchentes que foi 15%.
Você que mora
aqui na capital, em São Paulo, não tem problema nenhum, né, com chuva. Choveu,
não acaba a luz aqui... Está vivendo uma cidade maravilhosa, segundo o que o
governador e o candidato dele a prefeito mostram para a gente. E aqui estão os
ataques que eles fazem ao nosso meio ambiente.
“A ação
orçamentária para implementação da Política Estadual de Manejo Ético de Cães e
Gatos teve corte de 46%, quase cinco milhões. Para ação e implementação do
Plano Estadual de Resíduos Sólidos, houve uma redução de 13 milhões”, que
significa, deputado Reis, 88% de corte nessa ação.
Nós temos aqui
outros exemplos, que dizem o seguinte: Na LOA de 2025, este ano que nós vamos
entrar agora, a Operação São Paulo Sem Fogo... Você que não conseguiu respirar
direito, você que teve que procurar uma unidade de pronto atendimento, você que
teve que fazer inalação, você que teve que comprar umidificador de ar, você que
ficou dias sem enxergar o sol, dadas as queimadas que nós tivemos aqui no
estado de São Paulo, o que foi que sofreu Ribeirão Preto, Sertãozinho e tantas
cidades?
Olha o que o
governador diz para você, olha: “A Operação São Paulo Sem Fogo, responsável
pela prevenção de combates aos incêndios florestais, que em 2024 teve o
orçamento de 3,3 milhões...” - para o estado de São Paulo, isso não significa
nada - “será de 2,97 milhões”.
Pessoal, olha
lá, o governador reduziu aqui também as ações de combate e prevenção a
incêndios. Ninguém sofreu com incêndios no estado de São Paulo? Ninguém está
percebendo a emergência climática, que nós precisamos nos posicionar pelo Meio
Ambiente?
Faz-se urgente
que todos os deputados e deputadas desta Casa prestem atenção no que está
acontecendo no Orçamento anual para 2025, ajam de acordo com os interesses do
estado de São Paulo e deem uma olhada em qual foi o orçamento que aumentou,
porque, pelo que me consta, a Secretaria de Governo teve o orçamento ampliado
em 580 por cento.
O que é, de
fato, prioridade para o governador do Estado? Parece-me que o Meio Ambiente não
é.
Muito obrigada.
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* *
- Assume a Presidência o Sr. Reis
Danilo Campetti.
*
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O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputada Thainara Faria. Seguindo a lista de oradores inscritos, convido
deputado Donato. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Vinicius
Camarinha. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.)
Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado
Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Barros Munhoz. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Ediane Maria.
(Pausa.) Deputado Reis, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. REIS - PT -
Obrigado, presidente, deputado Danilo Campetti. Quero cumprimentar o público
presente, os funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, da
Policia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica, todos os
funcionários públicos e todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pela
Rede Alesp.
Presidente, eu,
há alguns dias, trouxe a esta tribuna a notícia de que o Governo estava
subtraindo as férias dos policiais civis, férias que não foram tiradas, que não
foram usufruídas em 2019, em 2020, em 2021 e em 2022.
Na instituição,
muitas vezes - e já aconteceu, inclusive comigo - a gente faz o requerimento de
férias. Na polícia, é bom fazer tudo por escrito, porque não fazendo, corre-se
o risco de os funcionários perderem os seus direitos, porque um delegado assume
a chefia de uma delegacia, fica por um determinado tempo e dali a pouco ele vai
embora e aí vem outro.
Então, há muita
rotatividade entre as chefias na Polícia Civil, nem sempre você tem uma
perpetuação da chefia por muito tempo nas delegacias. Então, volta e meia um
vai para um lado, outro vai para o outro. Se as coisas não são feitas por
escrito, depois fica o “disse me disse”.
Então, é sempre
importante que os policiais, quando vão fazer algum requerimento, quando forem
fazer algum pedido, que eles coloquem no papel, que eles escrevam, e a
autoridade defira ou indefira... E aquele pedido torna-se um documento. Mas..,
é fato que as férias indeferidas são imprescritíveis.
Suponhamos que
a pessoa ficou dez anos, durante dez anos a autoridade policial indeferiu as
férias, alegando que havia necessidade daquele funcionário no serviço, que não
poderia conceder férias para ele pela necessidade do serviço. Isso é comum,
ainda mais em uma instituição que tem mais de 15 mil vagas em aberto,
delegacias em que faltam investigadores, escrivães e delegados de polícia.
Então, nós
temos funcionários que estão trabalhando por dois, três, quatro servidores por
falta de efetivo. E o governo é muito lento para recompor o efetivo, inclusive,
desde quando nós chegamos aqui, eu venho falando sobre isso, e quando eu fui
vereador, sempre que eu podia, eu subia à tribuna e falava da defasagem que há
no efetivo da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Um dia falei
sobre o governo de plantão que não era o atual, mas, sim, o governo dos
tucanos, do Geraldo Alckmin. Na ocasião, falei que ele estava extinguindo a
Polícia Civil, porque não se fazia concurso para recompor o efetivo. E o
governo anterior do João Agripino Doria fez um concurso, deixou um concurso em
andamento que foi finalizado nesta gestão. Trata-se desse grande número de policiais
civis que foram contratados agora, cerca de quatro mil, em que pese que vários
já pediram demissão, vários já desistiram e foram para outros concursos, e
vários já pediram a aposentadoria.
Isso também
contribui para esse aumento de “clarões” na Polícia Civil, porque parte
desistiu, parte prestou outros concursos melhores e outros se aposentaram.
Então, nessa velocidade que o governo está, é muito difícil recompor esse
número.
Então, esse
concurso começou na gestão do João Agripino Doria e terminou, foi finalizado
agora na gestão do governador Tarcísio de Freitas. E ele fez um novo edital
para um novo concurso em andamento que, talvez, o próximo governador é que vá
finalizar, considerando a morosidade, não é? É muito moroso o processo
seletivo, as provas. Levam dois anos para fazer um concurso. É a falta de
cumprir aquele princípio constitucional, que é o princípio da eficiência. Falta
eficiência na gestão para poder agilizar os procedimentos.
Mas, eu quero
deixar registrado que o governador editou um decreto no dia 21 de outubro,
regulamentando essa questão das férias. Nós fizemos um pedido de informação,
pedimos audiência com o secretário da Fazenda, porque o problema está lá na
Secretaria da Fazenda, e o governador emitiu o Decreto nº 68.988, de 21 de
outubro de 2024.
“Prorroga o prazo para usufruir as férias que
foram indeferidas em decorrência dos decretos que especifica, para os
integrantes das carreiras policiais civis em exercício na Secretaria da
Segurança Pública. O governador do estado, no uso de suas
atribuições legais, decreta:
Art. 1° - Os
policiais civis que tiveram férias indeferidas em decorrência da aplicação dos
Decretos n° 64.362, de 5 de agosto de 2019, n° 65.310, de 27 de novembro de
2020, n° 66.265, de 26 de novembro de 2021, n° 67.131, 28 de setembro de 2022,
e n° 68.188, de 11 de dezembro de 2023, poderão usufruí-las até o final do
exercício de 2026”.
Com isso, ele agora estabeleceu que essas férias poderão ser usufruídas
até o final do exercício de 2026.
“Parágrafo único - Caberá ao superior hierárquico adotar as medidas
administrativas cabíveis, a fim de que, necessária e obrigatoriamente, o
policial civil usufrua as férias não gozadas referentes aos exercícios de 2019,
2020, 2021, 2022 e 2023, até o final do exercício de 2026.
Art. 2° - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Tarcísio de Freitas, Arthur Luís Pinho de Lima e Osvaldo Nico
Gonçalves”
Então, está aqui a resposta da nossa cobrança daquilo que estava sendo
feito indevidamente pela Fazenda e para o que o governador tomou as
providências. Eu deixo aqui registrado, Sr. Presidente, deputado Danilo
Campetti, que os policiais, mesmo com esse decreto, que eles façam os pedidos
por escrito, nunca de forma verbal, porque a forma verbal não produz documento,
ele não registra e depois acaba perdendo esse direito.
As férias imprescritíveis são aquelas que são indeferidas, a autoridade
tem que assinar, colocar o seu nome, a sua rubrica, “defiro ou indefiro”.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Reis.
Seguindo a lista de oradores inscritos, convido o deputado Valdomiro Lopes.
(Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão.
(Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.)
Deputado
Major Mecca. (Pausa.) Deputado Capitão
Telhada. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Solange Freitas.
(Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. Vossa
Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde, Sr. Presidente. Boa tarde aos
servidores desta Casa, a quem acompanha a gente através da galeria, ou através
da Rede Alesp.
Presidente,
quero usar esse tempo para falar de três datas importantes que a gente vai ter
ao longo dos próximos dias. Em primeiro lugar, nesta sexta-feira, dia 25 de
outubro, é o Dia do Sapateiro.
Eu sou autor,
nesta Casa, de um projeto de lei para instituir essa data simbólica, mas
importante para o reconhecimento desses trabalhadores da indústria calçadista
no calendário oficial do Estado de São Paulo.
Eu tenho muito
orgulho de ser um dos deputados que representa a cidade de Franca aqui na
Assembleia Legislativa. E mais orgulho de ter concluído, agora no mês de
outubro, uma campanha eleitoral para a prefeitura, da qual eu saí com muito
orgulho, com 22 mil 818 votos de francanos. Franca ganhou fama estadual e
nacional por conta da força da sua indústria calçadista.
Franca se
desenvolveu às custas do trabalho, do esforço dos nossos trabalhadores
sapateiros e sapateiras. Mas, ao longo dessa campanha, andando muito pela
cidade, visitando muitas fábricas, eu pude constatar a realidade de sofrimento
que a gente passa hoje nessas indústrias, com a desindustrialização, a fuga das
nossas empresas, condições de trabalho cada vez mais precárias.
Franca vai se
tornando, aos poucos, a cidade da informalidade, do trabalho precário, das
fábricas terceirizadas, o que é muito triste. A gente quer recuperar a indústria
de calçado. A gente quer que as pessoas voltem a ter orgulho de trabalhar com
carteira assinada, na indústria calçadista, de dar um futuro digno para os seus
filhos. Por isso, nessa sexta-feira, fazer todo o reconhecimento ao trabalho
dos nossos trabalhadores sapateiros e sapateiras.
E que nós
sigamos lutando, aqui na Assembleia Legislativa, pelas condições dignas de
trabalho e pelo reconhecimento desses trabalhadores.
No sábado, dia
26 de outubro, vai ser comemorado o Dia do Metroviário. No ano passado, nós
fizemos aqui nesta Casa uma sessão solene em homenagem ao Dia do Metroviário.
Neste ano, nós não poderemos fazer. Este ano, aliás, em que o Metrô completa 50
anos. É uma das maiores empresas públicas, ainda uma empresa pública.
Porque, se
depender do governador, daqui a pouco ele entrega para a iniciativa privada
também, que nem ele fez com a Sabesp. Mas o Metrô é uma empresa fundamental,
uma das maiores redes de transportes sobre trilhos, do mundo inteiro, aqui na
Região Metropolitana da cidade de São Paulo.
Neste Dia dos
Metroviários, é muito importante a gente reconhecer o trabalho dessa categoria
fundamental, que todos os dias transporta milhões de paulistas e paulistanos,
das suas casas para o trabalho, para viver a cidade de São Paulo. E reafirmar a
nossa luta, aqui nesta Assembleia, pela valorização e fortalecimento do Metrô.
Sobretudo nesse
momento, em que gente vive as consequências de uma crise ambiental, causada
pela emissão de gases poluentes na atmosfera, a gente precisa discutir como ter
mais transporte eletrificado, mais transporte sobre trilhos, mais transporte
coletivo. Para a gente reduzir a dependência do automóvel individual.
Então a agenda
desta Assembleia e do Governo do Estado deveria ser o fortalecimento do Metrô
e, consequentemente, do trabalho dos metroviários e metroviárias do Estado de
São Paulo. E não, a privatização de cada vez mais linhas, como é o projeto do
governador Tarcísio.
Aliás, a gente
já tem exemplos, na Linha Esmeralda e na Linha Diamante, da CPTM, do resultado
da privatização do transporte sobre trilhos, com a Via Mobilidade. É um
descalabro, toda semana a gente vem aqui denunciar um descarrilamento, um
acidente, uma explosão. A gente não quer ver isso acontecer também com o nosso
Metrô.
Então, mandar
uma saudação para todos os trabalhadores metroviários, uma categoria combativa,
que sempre protagoniza os enfrentamentos em defesa de um serviço público de
qualidade, do Transporte coletivo, da Educação, de todos os direitos sociais,
aqui no estado de São Paulo. E reafirmar o nosso compromisso com a luta por um
Metrô público, com investimento e com condições dignas de trabalho para os
nossos metroviários.
E finalmente,
na segunda-feira que vem, dia 28 de outubro, é o Dia do Servidor Público. Como
nós estamos falando dos nossos metroviários, é sempre bom a gente relembrar,
nesta Casa, que constantemente debate projetos para você passar por cima do
serviço público, que o serviço público é essencial.
Porque ele é a
única garantia, muitas vezes, do acesso a direitos para a população que mais
precisa, e que não tem dinheiro para pagar pelo particular. O acesso à Saúde, à
Assistência Social, à Educação, ao Transporte.
Cada um desses
serviços é feito por homens e mulheres que prestam concurso, que se dedicam
todos os dias para garantir que esse serviço seja executado em uma UBS, em um
Cras, em uma escola, dentro de um trem, no metrô, por exemplo.
E nada mais
justo do que esses trabalhadores serem remunerados, tenham as condições
adequadas de trabalho, para que eles possam prestar o melhor serviço possível.
Não tem segredo. A gente critica tanto quando o serviço público não vai bem,
quando as pessoas demoram para ser atendidas, quando não tem vaga o suficiente,
quando algum servidor foge da sua função.
Agora, o
serviço público de qualidade depende de uma única coisa, o servidor valorizado,
e para isso a gente precisa ter o Orçamento adequado, a gente precisa ter uma
política de valorização, precisa ter ajuste salarial.
Porque muitos
dos nossos servidores sofrem com a ausência da recomposição dos seus salários
ao longo de anos e ameaçados por cada vez mais projetos, como o projeto que a
gente tem nesta Casa para você reduzir o investimento mínimo obrigatório na
Educação estadual.
Só vai ter como
consequência piorar ainda mais as condições de ensino e de trabalho na rede
estadual de Ensino de São Paulo. Quanto a todos esses projetos,
nós sempre vamos nos manifestar. Vamos lutar contra, e a favor da valorização e
do reconhecimento adequado que os nossos servidores e servidoras públicos
merecem.
Então, fazer
esse “combo” aqui de três datas importantes para três categorias tão
significativas para o estado de São Paulo e para mim, em particular, e
reafirmar nossa luta por cada uma delas.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Havendo acordo de
lideranças, aproveito para pedir o levantamento desta sessão.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Guilherme Cortez. Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia.
Agradeço a presença das Sras. Deputadas
e Srs. Deputados, agradeço àqueles que nos acompanharam pela Rede Alesp, os
atos do maior parlamento estadual da América Latina.
Muito obrigado. Que Deus abençoe a
todos.
Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 27 minutos.
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