23 DE SETEMBRO DE 2025
42ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 18h14min. Coloca em votação as demais emendas ao PL 410/25, englobadamente.
2 - BETH SAHÃO
Encaminha a votação das demais emendas ao PL 410/25, englobadamente, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
3 - MÁRCIA LIA
Encaminha a votação das demais emendas ao PL 410/25, englobadamente, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
4 - CAPITÃO TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
5 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Encaminha a votação das demais emendas ao PL 410/25, englobadamente, em nome da Federação PSOL REDE.
6 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Encaminha a votação das demais emendas ao PL 410/25, englobadamente, em nome da Federação PSOL REDE.
7 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Encaminha a votação das demais emendas ao PL 410/25, englobadamente, em nome da Minoria.
8 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara rejeitadas, englobadamente, as demais emendas ao PL 410/25.
9 - DONATO
Solicita verificação de votação.
10 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
11 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
12 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
13 - DONATO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
14 - MARCELO AGUIAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
15 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
16 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome Federação PSOL REDE.
17 - DANILO CAMPETTI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
18 - CAPITÃO TELHADA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.
19 - OSEIAS DE MADUREIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
20 - PROFª CAMILA GODOI
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
21 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, cinco minutos após o término da presente sessão.
22 - GIL DINIZ
Declara voto favorável ao PDL 27/25.
23 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Agradece as felicitações do deputado Gil Diniz.
25 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a sessão às 19h02min.
*
* *
ÍNTEGRA
*
* *
- Abre a sessão o Sr. André do Prado.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL -
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior.
Ordem do Dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votação adiada
do Projeto de lei nº 410, de 2025, de autoria do Sr. Governador, com
requerimento de método de votação aprovado na 31ª Sessão Extraordinária, com os
itens 1 e 2 aprovados.
Item n° 3 - Em votação, as demais
emendas englobadamente.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela bancada do
PT/PCdoB/PV, deputadas Beth Sahão e Márcia Lia.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental.
Com a palavra a nobre deputada Beth Sahão, para encaminhar pela Federação
PT/PCdoB/PV.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, mais uma vez a gente sobe a essa
tribuna para falar desse projeto, um projeto que é uma excrescência, um projeto
que é extremamente prejudicial aos pequenos produtores, à agricultura familiar,
aos projetos de assentamentos que poderiam estar sendo colocados ao invés de
terras, de megaterras como essa, porque são áreas enormes.
Para quem não
sabe, para quem desconhece isso, é muita área. É equivalente a dezenas de
campos de futebol. E, no entanto, o Governo do Estado manda para cá um projeto
que burla a Constituição, mas claramente é um projeto que permite o
estabelecimento de condomínios exatamente para burlar a Constituição, no seu
art. 188.
E isso tem sido
uma prática desse governo, que dá um jeito daqui, um jeito dali, para poder
fazer aprovar projetos que vão beneficiar aqueles grupos que o Governo do
Estado e o governador, especialmente, favorecem, porque são esses grupos que
serão favorecidos com a aprovação desse projeto.
Esses grupos de
grandes fazendeiros e de grandes latifúndios... porque nessa região, onde se
lutou durante décadas para que não houvesse a aglutinação de áreas, a junção de
áreas, para que essas áreas devolutas, que são áreas do Estado, pudessem ser
divididas por tantas famílias. Milhares de famílias que esperam pela reforma
agrária, e, no entanto, não é isso que o governo faz.
E, mais do que
isso, para desvalorizar a área ainda mais, ele estabelece que o valor dessas
áreas deve seguir a tabela que foi criada pelo Itesp, ao invés de fazer com
outras tabelas que possam dar, de fato, um preço mais justo dessa área.
Mais um problema
desse projeto, mais uma aberração desse projeto, que é um projeto que nos
envergonha, e nós lutamos aqui. Mas quero dizer uma coisa para vocês, que
acompanham a Rede Alesp, nós não vamos parar aqui.
Ontem, deputada
Márcia Lia, o ministro Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário,
esteve no Supremo Tribunal Federal, em uma audiência com o ministro Gilmar
Mendes, exatamente para tratar dessa questão, chamando a atenção do Supremo no
sentido de que é preciso que haja uma observância daquilo que nós já
protocolamos no Supremo, no sentido de suspender a validade desse projeto.
Porque só assim
que nós conseguiremos fazer justiça nessa área que está sendo praticamente
doada. Porque é tão barata, é tão barata, que está sendo doada. Porque eu não
consigo entender.
Um hectare de
uma área no estado de São Paulo, qualquer, independentemente da região, é claro
que tem regiões um pouco mais valorizadas, tem regiões menos valorizadas, mas
ali é uma região valorizada, porque a terra é boa, porque a terra é frutífera,
porque é naquela terra que o que se planta, dá.
E, no entanto,
eles querem destinar essa terra, não só para essas terras, não só para cometer
um crime ambiental, porque ali é uma área que é protegida do ponto de vista
ambiental. Portanto, ele está cometendo um crime ambiental.
Mas mais do que
isso, permitindo que fazendeiros inescrupulosos, muitas vezes, coloquem ali
meia dúzia de cabeça de gado para poder ficar pastando numa terra que poderia
estar produzindo alimentos e está dando renda, gerando renda, gerando uma vida
digna para aquelas pessoas que, de fato, têm amor pela terra, que conhecem
disso, que querem plantar, que querem produzir alimentos. Alimentos que chegam
às nossas mesas, já que 70% da produção dos alimentos nesse País é feita pela agricultura
familiar, é feita por pequenos, muito pequenos produtores.
Portanto, eu
não sei se eu já estou quase chegando no meu tempo de passar para a deputada
Márcia Lia, mas eu queria dizer que, além da nossa bancada votar não a esse
projeto, nós ainda temos uma esperança grande de que o Supremo Tribunal Federal
possa revogar esse projeto que está sendo imposto goela abaixo pelo governador
Tarcísio de Freitas.
Obrigada, Sr.
Presidente.
Agora vou
passar a palavra para a deputada Márcia Lia.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputada Beth Sahão. Com a palavra, a deputada Márcia Lia, que vai compartilhar
o tempo da deputada Beth Sahão.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde a todos e a todas. Venho aqui para a
gente falar sobre a barbaridade que é o Projeto de lei nº 410. Esse projeto de
lei visa entregar terras do estado de São Paulo, terras que deveriam estar
sendo entregues para a reforma agrária, para assentar milhares de pessoas que
estão há mais de 20 anos aguardando um pedacinho de terra.
E o que nós
temos, na verdade, entregue pelo governador Tarcísio de Freitas, são terras que
vão ser entregues para grandes latifundiários, para grandes fazendeiros, para
aqueles que não são os destinatários finais da reforma agrária.
Porque o
Estatuto da Terra estabelece quem são os destinatários originários, para a
questão de receber as terras e produzir alimentos de qualidade, para diminuir a
fome do povo, para melhorar a condição de produção de alimentos no estado de
São Paulo.
Nós temos aqui
um projeto que, segundo um estudo feito há alguns dias, vai tirar dos cofres do
estado de São Paulo 18 bilhões de reais. Porque as terras que deveriam ser
vendidas pelo valor originário para grandes fazendeiros, estão sendo entregues
por tão somente 10% do valor da terra nua. E, como disse muito bem a deputada
Beth, essa tabela é feita a critério do Itesp, e não a critério daquilo que, de
fato, deveria nortear o valor dessa terra, que é o valor da terra no mercado.
Então nós
estamos diante de uma aberração. Queremos dizer para o nosso governador
Tarcísio de Freitas que nós vamos empreender todos os nossos esforços, que já
estão sendo empreendidos, vamos dizer assim, para que nós possamos fazer com
que o Supremo Tribunal Federal decida pela inconstitucionalidade da Lei nº
17.557. Porque nós não temos dúvida nenhuma de que essa lei é inconstitucional.
Eu já disse
aqui, vou repetir. Tanto na sua origem, porque ela é oriunda de um conjunto de
deputados que não têm competência constitucional para fazer entrega de terras.
Porque o então governador Rodrigo Garcia não teve coragem, era candidato ao
governo de São Paulo, e não teve coragem de mandar esse projeto de lei para a
Casa.
Também do ponto
de vista da materialidade, esse projeto de lei é inconstitucional, porque ele
fere a Constituição, porque ele fere todos os princípios que norteiam a reforma
agrária.
Portanto, eu
não tenho dúvida nenhuma que, quando o Supremo Tribunal Federal se debruçar
sobre esse projeto de lei, sobre a Lei nº 17.557, e por esse projeto de lei,
que com certeza a base do governo deve votar favorável, nós vamos empreender
todos os nossos esforços, Guilherme, para que seja declarada a inconstitucionalidade.
E que seja feita justiça para aqueles que efetivamente são os originários
destinatários dessa quantidade exorbitante de terras.
Eu tenho até a
informação, óbvio que eu não vou dizer a fonte, de que tem gente oferecendo
terra no Pontal do Paranapanema, para pessoas que poderiam comprar terras,
dizendo: “Olha, está muito baratinho, você não quer aproveitar para comprar?
Você não quer aproveitar para entrar na fila e pegar terra?” Essa semana eu
estive com uma pessoa que é rica, e ela me disse isso: “Deputada, me ofereceram
terras dessas terras que o governador está entregando”.
Então é diante
disso que nós estamos vivendo, da entrega do patrimônio do povo paulista para
os grandes latifundiários, para os grandes fazendeiros, para os grileiros, que,
a despeito de tudo aquilo em que a gente acredita, estão sendo os destinatários
da terra, que será entregue também pelo PL 410. Portanto, vamos votar contra.
É isso.
O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem,
presidente. Para encaminhar, as deputadas Monica e Paula pelas bancadas do PSOL
e da Rede.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Com a palavra a deputada Monica Seixas.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
presidente. Uma comunicação, enquanto a deputada se dirige...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos, V. Exa., deputado.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
PARA COMUNICAÇÃO - Perfeito. Quero aproveitar,
presidente, para parabenizar a Secretaria de Segurança Pública, em especial o
3º Batalhão de Choque da Polícia Militar, porque neste momento acabaram de,
através de denúncias provenientes da investigação e da inteligência policial,
interceptar, e, infelizmente, o indivíduo resistiu à prisão e foi morto. Um
indivíduo conhecido como Cleberson, que fazia parte do Primeiro Comando da
Capital, do Bonde dos 14, que é a alta cúpula dessa facção criminosa.
Esse indivíduo,
pela investigação, estava envolvido como um dos mandantes da morte, do
assassinato do Dr. Ruy Ferraz Fontes, na Praia Grande. Nesse momento, a
Secretaria, cumprindo o seu dever com a sociedade, cumprindo o seu dever de
levar a punição e a justiça aos criminosos envolvidos nessa ação covarde,
acabou por confrontar esse indivíduo de alta periculosidade, que estava
foragido desde o ano de 2022 da Penitenciária de Valparaíso e sustentava uma
extensa ficha criminal, presidente.
Dentre os
crimes por que esse indivíduo já havia sido condenado estava roubo, homicídio,
associação criminosa, associação ao tráfico de drogas, corrupção de menores,
falsificação de documentos públicos.
Enfim, parabéns
à Tropa de Choque, que enfrentou com coragem esse facínora, esse indivíduo
perigoso, que se utilizava de diversos documentos falsos, de diversos
endereços, mas enfim a Justiça bateu à sua porta. Foi abordado, resistiu à
prisão e teve o que merecia.
É isso que a
gente espera do Estado e de uma polícia forte, que proteja o cidadão de bem e
leve à penalização o criminoso, o agressor da sociedade. Parabéns, secretário
Derrite, parabéns a todos os meus irmãos policiais militares. Saibam que a
sociedade de bem confia nos senhores e nas senhoras.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra
a deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Quando a
gente olhar para trás, a gente vai olhar para esse movimento histórico junto à
privatização da Sabesp e, provavelmente, para alguns, vai ser tarde demais para
se desculpar e para se envergonhar. A gente está numa semana em que o estado de
São Paulo bateu uma seca pior que a do deserto, menos umidade do ar que o
deserto do Saara.
No domingo,
para além das grandes manifestações de rua, parte do estado estava sob um
vendaval de areia, parte do estado estava pegando fogo e parte do estado estava
com chuvas tão fortes que arrancaram janelas e portas.
A gente vive em
meio a uma crise climática gigantesca. E eu avisava isso quando eu disse que a
água não vai nascer na Bolsa de Valores, quando da privatização da Sabesp. Água
se planta.
E aí, neste
momento em que a gente deveria estar olhando para a cidade de Porto Feliz, que
decretou estado de emergência hoje, a gente deveria estar olhando para as
pessoas atingidas pela chuva, a gente deveria estar olhando para as pessoas sem
água na torneira.
Eu sei que
ontem parte da Assembleia Legislativa esteve em Hortolândia fazendo uma
diligência na Sabesp por conta da água podre que estão servindo na torneira,
isso quando estão entregando água no estado de São Paulo.
Sabe o que a
gente poderia estar fazendo neste momento para mitigar a extensa crise
climática? Que eu já aviso, a gente está na mesma linha do deserto, o estado de
São Paulo está em processo rápido de desertificação. Sabe o que a gente deveria
estar fazendo? Reflorestando.
Mas o estado de
São Paulo, negacionista que é, vai avançar na única marca do governador
Tarcísio: entregar tudo para os ricos. Enquanto o Brasil está lutando por
justiça fiscal, por justiça tributária, o governador Tarcísio está entregando
tudo para grileiros, latifundiários e os super-ricos: 2,5% do território de São
Paulo vai ser entregue a preço de banana para grileiros e desmatadores.
Eu também
estive no Pontal há duas semanas e a gente escuta à boca miúda: os poderosos, o
agronegócio e até o PCC, que, se ninguém assistiu aos noticiários, está
organizado para tomar fazenda de canavial no estado de São Paulo para
regularizar terras a preço de banana.
Desmatadores da
Amazônia, como o Jotinha, que já foi beneficiado com três, três latifúndios
pelo governador Tarcísio, que entrega terra pública para latifundiário. É um
crime com a população do estado de São Paulo, porque todos vão pagar
conjuntamente pela crise climática. A crise climática que avança, e que o Governo
do Estado de São Paulo não faz absolutamente nada para parar.
Quando a gente
falava que privatizar a Sabesp seria um erro, porque o estado de São Paulo,
secando, ia precisar de ações políticas para garantir água na torneira, o
cenário já estava dado: hoje, boa parte do estado de São Paulo está sem água.
E pior do que
isso: com a baixa da pressão, as pessoas estão recebendo barro na torneira. E o
barro na torneira em que as pessoas escovam os dentes, tomam banho, lavam sua
salada - lotam os hospitais. Hospitais esses que estão sem investimento.
O governo
Tarcísio fechou mais de sete mil leitos. E sabe de quanto o Governo do Estado
de São Paulo vai abrir mão com esse PL da Grilagem? Dezoito bi. Dezoito bi.
Soma os 80 bi que ele vai dar de benefício fiscal ano que vem. Quero ver os
senhores disputarem emendas para salvar a sua cidade. Não dá para financiar o
estado abrindo mão de tudo, como está fazendo o governador Tarcísio.
Esse projeto da
grilagem é um passo não só para a deterioração ambiental, mas também para a
organização do crime organizado. Eu não sei se os senhores ouviram os
noticiários: vir aqui e dizer que matou pessoas acusadas de envolvimento com o
PCC não significa nada se a gente está vendo que a organização criminosa no
estado de São Paulo tomou fazendas de cana na região de Ribeirão Preto.
Os senhores
leram o projeto? Os senhores leram o projeto? Uma parte do projeto é a
alteração da Lei de Regularização Fundiária de Ribeirão Preto. O que isso
significa? Que o governador pretende regularizar terras por lá. Quem está na
posse da terra por lá?
Policiais, por
favor, me respondam: quem vai se beneficiar com esse projeto de lei? Os
senhores não estão preocupados? Eu estou, porque, além do dinheiro nos cofres
públicos, há o desmatamento e a falta de cobertura vegetal, que vai fazer falta
no dia a dia de todo mundo, que vai passar cada vez mais a ser atingido por
fenômenos extremos.
Vou passar a
palavra à Paula.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, deputada Monica.
Bom, não posso deixar de subir aqui para dizer: que tiro no pé a PEC da
Bandidagem, né?
Miraram em uma
coisa e acertaram num nível de impopularidade que fez os atos do domingo serem
atos lindos, importantes e mobilizadores do povo que defende a democracia, que
defende a soberania nacional e que defende os direitos do povo brasileiro -
pessoas que hoje, agora, inclusive, sobem a esta tribuna para também questionar
esse projeto de lei que está sendo votado hoje nesta Casa Legislativa, já em
sua reta final, infelizmente.
Questionar a
capacidade que o Governo do Estado de São Paulo teve de deturpar completamente
o que é a lógica das terras devolutas. Terras devolutas devem ser utilizadas
para reforma agrária e popular. Essa é a nossa defesa.
Terras
devolutas devem ser utilizadas para se fazer cumprir um dispositivo previsto na
Constituição Federal que garante terras para quem precisa de terras, que
garante que terras improdutivas e ociosas sejam retiradas de pessoas que
deveriam estar fazendo cumprir a função social da propriedade, e não a fazem.
Essas terras devem ser destinadas para quem precisa de terras.
Neste momento,
quando a gente fala do Pontal do Paranapanema, é impossível não falar sobre a
importância que um dos maiores movimentos sociais da América Latina, o MST,
teve em garantir terra, em garantir produção, com seus assentamentos, para as
pessoas que vivem na região.
E agora o que o
governador quer fazer é deturpar completamente essa lógica, mais uma vez, em
mais uma região do estado de São Paulo, para dar terra para quem não precisa de
terra, para dar terra para quem especula terra, para dar terra, para quem quer
transformar mais um direito constitucionalmente previsto em mercadoria.
Ontem o nosso
mandato esteve em Brasília em uma audiência com o ministro Gilmar Mendes, a
convite do ministro Paulo Teixeira, justamente para debater a importância da
votação da ação que hoje tramita no Supremo Tribunal Federal, que diz respeito
a inconstitucionalidade das leis que estão sendo debatidas aqui no estado de
São Paulo, porque não pode ser que o Governo do Estado de São Paulo,
simplesmente, entenda por bem fatiar o nosso estado, entregar terra que deveria
ser do povo, que deveria ser de trabalhador que trabalha na terra, que põem a
mão na massa, e entregar essas terras para grileiro, para especulador.
A gente já sabe
a importância que tem o pequeno produtor no nosso país, a gente já sabe que a
comida que chega na nossa mesa não é a comida do agronegócio, que a comida que
chega na nossa mesa todos os dias é a comida produzida pelo pequeno produtor de
terra no Brasil, e é esse pequeno produtor que precisa ser valorizado.
Quando nós
batemos no peito e defendemos a importância do MST, a importância do Movimento
Sem Terra, nós o fazemos, em primeiro lugar, para tentar acabar com qualquer
tipo de ideia errada e tentativa de criminalização de um movimento que cumpre
um papel importantíssimo para o nosso país.
Agora,
inclusive, daqui algumas semanas, ele vai fazer a sua Feira Estadual da Reforma
Agrária e vai apresentar para o estado de São Paulo toda a sua produção. Mas
nós também fazemos isso, porque, para a gente, é muito importante debater
politicamente qual é a função social da propriedade e da terra no nosso país.
O governador do
estado de São Paulo, mais uma vez, quer transformar em mercadoria o que deveria
servir para gerar vida. Então nós, hoje, viemos aqui para nos colocar contra
esse projeto de lei e para mais uma vez dizer: Sr. Governador, pare de tentar
transformar em mercadoria os direitos das pessoas, pare de tentar transformar
em mercadoria algo que deveria gerar vida e que, infelizmente, com o apoio que
o senhor dá para o agronegócio de forma completamente descabida, acaba gerando
mais morte, mais destruição e mais retirada de direitos.
Então, hoje a
gente manifesta o nosso completo repúdio, o nosso voto contrário a este projeto
e favorável as emendas apresentadas pela oposição.
A SRA. THAINARA FARIA - PT -
Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Thainara Faria.
A SRA. THAINARA FARIA - PT -
Gostaria de indicar o nobre deputado Marcolino para fazer o uso da palavra e
encaminhar pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Com a palavra o deputado Luiz Claudio Marcolino
para encaminhar pela Minoria.
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Somos radicalmente contra a grilagem de terras no estado de
São Paulo. O que a gente vê neste projeto é que, na verdade, o governador
Tarcísio está legalizando a grilagem de terras no estado de São Paulo.
Quando a gente
olha para o projeto ora apresentado, que começou no Pontal e agora vai para o
Vale do Ribeira, e a gente olha para os processos que já foram encaminhados
pelo Pontal do Paranapanema, quem adquiriu essas terras foram grandes
latifundiários, grandes grileiros do estado de São Paulo. O projeto de lei do
governador Tarcísio simplesmente legaliza e regulariza as terras griladas no
estado de São Paulo.
Quando a gente
olha para a Constituição Federal, ela tem as suas diretrizes que dizem que
terras devolutas só podem ser, pelo estado de São Paulo, ou por uma prefeitura,
ou pelo governo federal, voltadas para a reforma agrária. Esse é o papel social
de uma terra devoluta garantido na Constituição Federal.
Então, além de
legalizar a grilagem no estado de São Paulo, o governador Tarcísio ainda
encaminha um projeto inconstitucional, que com certeza será derrubado na
Justiça caso seja aprovada hoje aqui na Assembleia Legislativa.
Então primeiro,
grila; segundo, manda um projeto inconstitucional; e terceiro, ainda gera
despesa para o estado de São Paulo, que vai dar um desconto de 99% do valor
venal da terra.
E tem algo mais
grave ainda em relação a esse projeto, quando comparado com o projeto do Pontal
do Paranapanema. No Pontal do Paranapanema, quem fazia a avaliação técnica da
área é o Itesp, e o Itesp é o Instituto de Terras do Estado de São Paulo, então
os funcionários são gestores públicos que estão hoje responsáveis pelo Itesp,
que o governador Tarcísio vem desmontando de forma sistemática desde seu
primeiro ano de governo.
Mas, mais do
que isso, o projeto agora autoriza que você pode ter empresas privadas fazendo
análises dessas terras que serão eventualmente vendidas pelo Governo do Estado
de São Paulo, 10% do valor venal da terra ora observada e terra que foi grilada
ao longo das últimas décadas.
Então trago
esses elementos, como são os pontos prioritários: por que é que o nosso
partido, por que serei contra esse projeto ora apresentado. Porque o governador
Tarcísio, depois de três anos de governo, poderia pensar uma outra forma de
fortalecer o estado de São Paulo.
Nós levantamos
aqui alguns dados, Márcia Lia, V. Exa. que também roda bastante o estado de São
Paulo e atua também nessa área da agricultura familiar: hoje a agricultura
familiar no estado de São Paulo representa 65% das propriedades rurais do
estado de São Paulo.
Só que mesmo
tendo 65% das áreas hoje do estado de São Paulo, 65%, apenas 13% dessas áreas
efetivamente estão sendo ocupadas pelo estado de São Paulo, apenas 13 por
cento.
Então essas
áreas poderiam ter hoje um potencial ainda maior do desenvolvimento do estado
de São Paulo, porque, em 65% das propriedades rurais, apenas 13% efetivamente
estão sendo utilizadas no estado de São Paulo para gerar 50,6% do leite, 31% do
tomate, 30% da carne e 23,5% para o café.
Se a gente
olhar que tem um potencial ainda da agricultura familiar, de 65% da área, e
usar apenas 13%, e metade do leite produzido é da agricultura familiar, um
terço do tomate e um terço da carne é produzido na agricultura familiar no
estado de São Paulo.
Então o
governador Tarcísio deveria estar olhando, neste momento, não é vender as
terras devolutas, é criar condição de potencializar a agricultura familiar no
estado de São Paulo, a agricultura no estado de São Paulo, para que eles
possam, no estado de São Paulo, ter um desenvolvimento ainda maior nessa área.
E aí busquei
mais algumas informações. A gente olha aqui para o estado de São Paulo... Outro
dia estivemos na cidade de Junqueirópolis e os prefeitos de Junqueirópolis e de
Guaraçaí pediram, na nossa audiência, que era necessário fazer uma ligação
entre Junqueirópolis e Guaraçaí, ligando a Rondon, que isso iria garantir, para
aquela região aumentar a produção e a distribuição do abacaxi, da acerola e da
uva, que é produzida nessas duas cidades, Junqueirópolis e Guaraçaí.
Como essa
estrada que liga Rondon a essas duas cidades, muitas outras cidades do estado
de São Paulo passam pela mesma dificuldade, não conseguem ter ali o
investimento nas suas vicinais, não conseguem ter uma melhoria nas suas
estradas rurais.
Hoje a gente
olha no estado de São Paulo, tem muitas cidades ainda em que nós temos pontes
de madeira, muitas cidades no estado de São Paulo que ainda tem ponte de
madeira. Temos muitas estradas hoje, estradas rurais, que, se fossem
interligadas entre municípios e ligadas às grandes rodovias, melhorariam a
distribuição e a produção de produtos agrícolas no estado de São Paulo.
Nós temos hoje
o Ppais, que poderia estar garantindo alimentos, não só para a estrutura
estadual, para creches, para escolas, para hospitais, mas o Ppais, hoje, não é
prioridade do Governo do Estado de São Paulo.
Lança um
programa, mas não prepara as prefeituras, não cria condição de ter compras
públicas, não cria mecanismo de comercialização, não gera um processo de
crédito. Era isso que o governador Tarcísio deveria estar discutindo no estado
de São Paulo.
O nobre
deputado Dalben tem rodado com a gente em várias audiências de Orçamento e tem
visto as reclamações em todas as audiências, dos prefeitos: que tem que fazer
as melhorias nas vicinais, que tem que fazer as melhorias nas rodovias. Todo
mundo reclama que não tem investimento na agricultura familiar.
Agora, o
governador Tarcísio manda um projeto para fazer grilagem das terras do estado
de São Paulo, legalizar a grilagem no estado de São Paulo. Isso nós não podemos
aceitar.
Nobre deputado
Barros Munhoz, que já foi secretário da Agricultura aqui no estado de São
Paulo, sabe o quanto foi importante as nobres ações que V. Exa. fez naquele
período, mas deixaram de ser feitas, deixaram de ser analisadas. E não pode
sobrar para este parlamento vender as terras que hoje nós temos no estado de
São Paulo e podiam melhorar a produção dos alimentos no nosso estado.
Coloquei aqui
algumas informações: 50,6% do leite é produzido pela agricultura familiar, 31%
do tomate, 30% da carne, 23,5% do café e apenas 13% dos 65% da área que pode
ser cultivável ou pode ter o investimento da agricultura no estado de São
Paulo.
É isso que nós
esperamos do governador Tarcísio. É isso que nós esperamos deste parlamento,
que nós possamos fazer um debate sobre o desenvolvimento da agricultura no
nosso estado. E nós não temos simplesmente que colocar terras que hoje estão
ocupadas por grileiros no nosso estado sendo vendidas a preço de banana por
apenas 10% do valor total. Isso nós não podemos aceitar.
Nós não podemos
aceitar que o governador continue desmontando o Itesp. E, além de desmontar o
Itesp, no estado de São Paulo, colocar uma empresa privada, agora, para poder
fazer a avaliação de eventuais terras que serão vendidas pelo governo no
próximo ano.
E é só no
próximo ano, porque, com certeza, com as ações que esse governador vem fazendo
no estado de São Paulo, não terá reeleição do Tarcísio para os próximos 4 anos.
Nós estamos
vendo isso nas audiências públicas do Orçamento: todos os prefeitos reclamando,
de ponta a ponta do estado de São Paulo, de contingenciamento que o Tarcísio
tem feito. Não tem chego recurso nos municípios do estado de São Paulo.
E o governador,
ao invés de buscar uma alternativa, buscar uma forma de valorização dos
pequenos municípios, que seria uma das ações que poderiam ser feitas, a partir
da agricultura familiar, a partir das estradas e sinais, a partir da melhoria,
da distribuição e comercialização do alimento do estado de São Paulo, mas o governador
não faz, prefere vir à Assembleia Legislativa e mandar um projeto que vai
grilar as terras do estado de São Paulo que, por lei, deveriam estar sendo
voltadas para a agricultura, para a reforma agrária do estado de São Paulo.
Por isso nós
não aceitaremos. E votaremos contrários a esse projeto. Bora apresentar para o
governador Tarcísio que grila, que legaliza a grilagem no estado de São Paulo.
E, por isso, nós votaremos contrários a esse projeto ora apresentado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação as
emendas englobadamente. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem
contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos
proceder então a uma verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir
desse momento, estaremos fazendo o sinal intermitente por quatro minutos, para
que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário
tomem conhecimento da votação que se realizará.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO
- Se o senhor permitir, presidente, uma comunicação, só para comunicar a base e
os demais deputados que estão neste momento nos seus gabinetes que essa votação
agora... A orientação da base é que o voto “não” nessas emendas, em todas as
emendas englobadamente.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
presidente. Colocar a bancada do PL em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Bancada
da Federação PT /PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Bancada da
Federação PT /PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. MARCELO AGUIAR - PODE - Pela ordem,
presidente. Bancada do Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem,
presidente. Colocar em obstrução a Federação PSDB Cidadania.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSDB
Cidadania, federação em obstrução.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem,
presidente. Colocar a bancada da Federação PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL
REDE também em obstrução.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Colocar o Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
presidente. Progressistas em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressistas
também em obstrução.
O
SR. OSEIAS DE MADUREITA - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente. Colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
A
SRA. PROFª CAMILA GODOI - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Gostaria de colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução. Tendo transcorridos os quatro minutos, então, o sistema eletrônico
agora ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem
“sim”, “não” ou registrem abstenção nos terminais dispostos em suas mesas.
Não havendo mais deputados interessados em fazer seu
voto pelo sistema eletrônico, passarei agora a liberar os microfones de aparte
para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não conseguiram assim fazer
possam fazer pelos microfones de aparte seus votos.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Recusar todas as
emendas do PT e PSOL. Votar “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Lucas
Bove vota “não”.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Para votar “sim” e
parabenizar o deputado Alex e o Paulo Mansur, que também se sensibilizaram
pelas nossas emendas ou que também não souberam o que estavam votando e votaram
“sim”. Em um caso é lamentável, no outro é muito positivo. Espera que seja o
positivo para o povo de São
Paulo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Como vota,
deputado Guilherme Cortez?
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Voto “sim”, assim como
Alex Madureira e Paulo Mansur.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Guilherme Cortez vota “sim”.
A
SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela primeira
vez votando como o Paulo Mansur, eu voto “sim”.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - “Sim”,
deputada Dra. Paula.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Saudar o mais novo
comunista aqui da Assembleia, o Paulo Mansur. Eu voto “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Teonilio Barba vota “sim”.
*
* *
- Verificação de votação pelo sistema
eletrônico.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mais algum dos
Srs. Deputados ou das Sras. Deputadas gostaria de consignar o seu voto? Não
havendo mais deputados
interessados em consignar o seu voto, pergunto se as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados gostariam de alterar os seus votos.
O
SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para frustrar aqui o
deputado Guilherme Cortez e dizer que a gente está tão acostumado a votar
“sim”, Sr. Presidente, que a
gente vota “sim” automaticamente. Então quero alterar meu voto para “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Alex
Madureira altera o voto de “sim” para “não”.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Ao Guilherme Cortez e
Teonilio Barba, alterar meu voto para “não”. Até porque, quando o PT vota
“sim”, a gente vota “não”. Sempre ao contrário da esquerda.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Paulo
Mansur altera o voto de “sim” para “não”.
O
SR. EDSON GIRIBONI - UNIÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. quero alterar meu voto, de “sim” para “não”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Edson
Giriboni altera o voto de “sim” para “não”.
Não havendo mais deputados interessados em alterar os
seus votos, passaremos à proclamação do resultado. Votaram “sim” 16 deputados,
votaram “não” 55 deputados, mais este presidente, total de 72 votos, quórum que
rejeita as emendas englobadamente.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes, porém,
de passar a palavra a V. Exas., se me permitirem, vou fazer uma convocação.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos
termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos
do Regimento Interno, convocamos uma reunião extraordinária da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação a realizar-se hoje, cinco minutos após o
encerramento da presente sessão, no Salão Nobre Campos Machado, com a
finalidade de oferecer a redação final ao Projeto de lei nº 410, de 2025, de
autoria do Sr. Governador.
Com a palavra, a deputada Thainara
Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Apenas para agradecer
ao nobre deputado líder do PSOL, Guilherme Cortez. Já que os deputados que
votaram erroneamente não o fizeram, ainda bem que tem alguém prestando atenção
no que está votando aqui.
Muito obrigada, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado. Com
a palavra, o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, queria
consignar o meu voto “sim” ao PDL 27, de 2025, que vai nomear o Wagner Rosário,
ex-controlador-geral da União, como conselheiro do Tribunal de Contas,
presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - E
lhe dar parabéns, também, pelo nascimento da sua filha, Maria Victoria.
(Palmas.) Parabéns à Clarissa, presidente. Desejo muita saúde à sua filha.
Realmente é um nome belíssimo, Maria, e vem com esse segundo nome, Victoria.
Então, dar parabéns a V. Exa., dar parabéns à Clarissa. Também tenho certeza de
que sua família está comemorando esse novo nascimento, presidente.
Então, meus parabéns, conte com este
deputado, que Deus abençoe a Maria Victoria e toda sua família, presidente.
Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Gil, pelo carinho e pelas palavras.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Sr. Presidente, uma
brevíssima comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Peço a nossa
secretaria que registre o pedido do deputado Gil Diniz, consignando o seu voto.
Deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Ontem eu não tive a oportunidade de estar aqui em plenário para parabenizar
todo o povo judeu pelo seu ano novo, povo judeu que vem sofrendo com diversas
pessoas que estão sequestradas ali na Faixa de Gaza por esses verdadeiros
terroristas que são do Hamas.
Porém, ontem, apesar de estarem
distantes de alguns de seus familiares, comemoraram mais um ano novo. Então,
desejar (Expressão em língua estrangeira.). Um feliz ano novo a todo povo
judeu. Muito obrigado, Sr. Presidente.
E agora pessoalmente, parabéns também
pelo nascimento da Maria Victoria.
Que Deus os abençoe grandemente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Lucas Bove, pelo carinho.
Esgotado o objeto da presente sessão,
está encerrada a sessão.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 02
minutos.
* * *
- É inserida Declaração de Voto, não lida em plenário.
* * *
São Paulo, 24 de setembro de 2025
Ao Excelentíssimo Senhor
Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo – Deputado Estadual
André do Prado
Declaração
de voto
Senhor
Presidente, venho, por meio desta, declarar meu voto contrário à aprovação do
Projeto de Lei 410/2025, de autoria do Governador do Estado de São Paulo, por
se tratar de proposta de relevante impacto no sistema fundiário paulista, e que
carece de justificativa suficiente para avaliação desta casa legislativa.
Trata-se, no presente caso, de projeto
de lei que visa expandir o Programa de Regularização Fundiária do Estado de São
Paulo criado em 2022 pela Lei 17.557/2022. Acontece que, sob o pretexto de
resolver questões fundiárias, o diploma legal acaba por criar um sistema que
autoriza o poder executivo a vender, por valores irrisórios, terras devolutas
adquiridas por meios nem sempre lícitos pelos proprietários. Não por outra
razão, a Lei 17.557/2022 é alvo de questionamento quanto à sua
constitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.
Ainda, não é menos relevante o fato de
que a presente legislação visa autorizar que sejam beneficiários do programa
grandes proprietários de terras - garantindo que possam participar do programa
que oferece um desconto de 90% no valor das terras latifundiárias paulistas.
Por essas razões, e pelo entendimento
de que, longe de resolver o problema de concentração fundiária, o projeto de
lei aprofunda a problemática da falta de cumprimento da função social da
propriedade no Estado de São Paulo, esta deputada declara seu voto contrário à
sua aprovação.
Solicito que a presente
declaração de voto conste em ata da 1ª Sessão Extraordinária do dia
de hoje para posterior publicação no Diário Oficial do Estado de
São Paulo. Aproveito o ensejo para renovar os votos de estima e consideração.
Gabinete, em 24 de setembro de 2025.
Ediane Maria
do Nascimento
Deputada Estadual – PSOL
Atenciosamente,
Ediane Maria
DEPUTADA
* * *