12 DE AGOSTO DE 2024

101ª SESSÃO ORDINÁRIA

         

Presidência: CARLOS GIANNAZI

         

RESUMO

         

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h11min. Discorre sobre o que considera um caos e desorganização na chamada dos concursados aprovados para a rede estadual de ensino. Lamenta que tenham sido chamados somente 18 mil aprovados, enquanto há cerca de 80 mil professores contratados como categoria "O". Exibe vídeo do secretário de Educação, quando esteve aqui nesta Casa, dizendo que poderia chamar até 45 mil aprovados. Pede a contratação de 80 mil novos servidores. Menciona a luta pela aprovação do PLC 37, que regulamenta a Polícia Penal. Diz que o projeto tem diversas contradições e que não atende os servidores da categoria. Cita emenda de sua autoria. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 13/08, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h21min.

         

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente. 

Gostaria aqui de, brevemente, dizer que nós estamos perplexos com a situação da Rede Estadual de Ensino, primeiro, com o caos que está sendo a chamada dos aprovados no concurso de professor para as nossas escolas. Um caos, uma desorganização, uma irresponsabilidade sem precedentes, uma chamada de aprovados em concurso público da Rede Estadual de Ensino.

E também dizer da nossa perplexidade em relação ao número de vagas que estão sendo ofertadas. Apenas 15 mil, agora me parece que aumentou para 18 mil vagas que foram ofertadas ao concurso quando nós sabemos que a Rede Estadual de Ensino tem, no mínimo, mais de 80 mil professores categoria “O” contratados pela Lei 1093, de 2009, uma contratação extremamente precarizada, que impõe a esses professores a retirada de direitos.

Então, a nossa luta é para que a Secretaria da Educação aumente, de uma forma considerável, o número de vagas ofertadas para, pelo menos, 80 mil, porque esses professores categoria “O” que estão hoje na rede, uma boa parte foi aprovada no concurso. E nós queremos que eles sejam efetivados, que eles sejam efetivos, concursados, com todos os direitos dos demais professores da rede estadual. 

Tanto é que, no ano passado, o secretário Renato Feder esteve aqui na Assembleia Legislativa, na Comissão de Educação, e anunciou que seria possível chamar, pelo menos, 45 mil, que é pouco, mas nem isso está sendo cumprido, porque ele só está chamando 15 mil, agora me parece que aumentou um pouquinho para 18, mas isso é insignificante diante da demanda que nós temos.

Tanto é que eu quero mostrar o vídeo do secretário aqui na Assembleia Legislativa, quando nós questionamos o secretário sobre a aprovação desse concurso, dos aprovados, e que ele teria que chamar todos os aprovados nesse concurso. Quero mostrar o vídeo onde ele ameaça, dizendo que: “Olha, eu posso chamar até 45 mil”. Vamos lá?

 

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- É exibido o vídeo.

 

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O fato é que... Nossa preocupação é que o que esse secretário fala, a gente não escreve. Todos acompanharam aqui que, na mesma audiência, ele disse que usaria para o pagamento do bônus, que o critério seria o do Ideb, daquela prova do Saeb, que seria o índice utilizado para avaliar os nossos alunos, que ele usaria esse índice para pagar o bônus de resultado.

No entanto, quando o decreto foi publicado no “Diário Oficial”, o índice não era esse, era do Idesp. Então, isso gerou também uma revolta. O secretário falou uma coisa em 2023 e fez outra completamente diferente em relação ao bônus, agora, no ano de 2024, prejudicando milhares e milhares de servidores em escolas, tanto é que o pagamento do bônus foi um verdadeiro caos e uma verdadeira farsa.

E agora nós estamos assistindo a essa questão do concurso público. Então, a nossa luta é no sentido de que a Secretaria da Educação chame todos os aprovados, porque tem cargos vagos para todos os aprovados. Essa lista tem que aumentar de uma forma significativa. No mínimo, secretário, 80 mil cargos. No mínimo, porque os cargos existem. Se nós temos mais de 80 mil professores contratados pela Lei nº 1.093, que são os professores categoria “O”, é sinal de que essas vagas existem. Então, a secretaria tem que necessariamente fazer a chamada de todos. Nós queremos professores efetivados, concursados, e os professores categoria “O”, muitos deles, a maioria passou no concurso. Então, essa é a nossa luta, para que o secretário faça a chamada de todos os aprovados.

Quero ainda, antes de concluir aqui a minha intervenção, dizer que nós estamos acompanhando a luta dos servidores e servidoras e das entidades do sistema prisional pela imediata aprovação do PLC 37, que regulamenta a Polícia Penal já com muito atraso, porque a Polícia Penal, a emenda constitucional federal foi aprovada em 2019 e a nossa aqui em 2022. Então já era para ter regulamentado a Polícia Penal.

As entidades representativas estão mobilizadas, estiveram mobilizadas e, graças a elas, nós aprovamos a PEC, a emenda constitucional, em 2022, e só agora que o projeto chegou e chegou com várias contradições, não atendendo uma boa parte das reivindicações dos servidores, das servidoras e das entidades.

Por isso, nós apresentamos várias emendas para corrigir, para aperfeiçoar, para melhorar o projeto. Entre elas, nós apresentamos emendas para incorporar à Polícia Penal vários segmentos que ficaram de fora. Um deles são os operacionais, os oficiais operacionais motoristas, porque eles sempre exerceram a função. Nós temos aqui, exatamente, até ação na Justiça ganha, equiparando a questão salarial. Eles sempre exerceram a mesma função do agente de escolta e vigilância penitenciária, o AEVP, só que eles não são reconhecidos e não são agora incorporados.

Inclusive, nós recebemos muitas denúncias de que eles, agora, por conta da regulamentação, estão proibidos de dirigir. Quer dizer, eles estão desde os anos 90, ou até antes, tendo essa função, e agora, de uma forma covarde, a secretaria proibiu que esses importantes servidores, que sempre exerceram essa função, possam dirigir as viaturas. Olha só o absurdo. Então, a Emenda nº 1, que eu apresentei, é uma emenda que resolve essa questão, incorporando-os.

Mas tem os outros servidores também, os oficiais administrativos, o pessoal ligado à área da saúde, os técnicos, todos eles devem ser incorporados, como aconteceu no estado do Maranhão. Estava falando agora com o Fábio Jabá, que está aqui presente, conversando com os deputados, o estado do Maranhão resolveu essa questão.

Por que São Paulo não resolve também reconhecendo esses servidores que eu citei, todos esses segmentos como integrantes da Polícia Penal? Não que esses outros que eu citei sejam policiais penais, como um psicólogo, mas que ele seja um psicólogo do sistema penal. É uma forma de valorização, de reconhecimento, sobretudo de valorização salarial desses importantes servidores. 

Outras questões que nós já apresentamos emendas também para resolver: eles querem instituir a lei da mordaça, a perseguição, o assédio aos servidores do sistema prisional através desse projeto de lei. Então, nós apresentamos emendas retirando esses artigos.

Então, termino aqui pedindo apoio a todos os deputados e deputadas, que verdadeiramente estão do lado dos servidores da Segurança Pública, para que aprovem as nossas emendas e as emendas que foram apresentadas pelos outros deputados, muitas delas com o mesmo teor. Eu nem faço questão que as minhas sejam aprovadas, desde que as emendas aprovadas contemplem essas reivindicações dos servidores, servidoras e das entidades representativas.

Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da última quarta-feira. Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 21 minutos.

 

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