
1 DE ABRIL DE 2025
38ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, DR. JORGE DO CARMO, REIS, BETH SAHÃO, DANILO CAMPETTI e ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min.
2 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - DR. JORGE DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - THAINARA FARIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
5 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - DR. JORGE DO CARMO
Assume a Presidência. Cumprimenta visitantes da Universidade Aberta da Terceira Idade, de São Caetano do Sul.
7 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - REIS
Assume a Presidência.
9 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - BETH SAHÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - PROFESSORA BEBEL
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - GUTO ZACARIAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - BETH SAHÃO
Assume a Presidência.
14 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - REIS
Assume a Presidência.
GRANDE EXPEDIENTE
16 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o término da presente sessão. Convoca uma segunda sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária.
18 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - TEONILIO BARBA
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - GUTO ZACARIAS
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
21 - TEONILIO BARBA
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - GUTO ZACARIAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - GUTO ZACARIAS
Solicita a suspensão da sessão até às 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
24 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Defere o pedido e suspende a sessão às 15h45min.
ORDEM DO DIA
25 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h39min. Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, requerimentos de criação de comissão de representação dos deputados: Beth Sahão, com a finalidade de participar de reuniões no Ministério da Educação, no Ministério do Trabalho e Emprego, entre outros, para tratar de investimentos para o estado de São Paulo, nos dias 02 e 03/04, em Brasília-DF; Thainara Faria, com a finalidade de participar do Painel Internacional de Mulheres Afropolíticas da América Latina e do Caribe, no senado mexicano, a realizar-se entre os dias 09 e 11/04, na Cidade do México; Letícia Aguiar, com a finalidade de apresentar demandas da população paulista às casas legislativas federais, a realizar-se entre os dias 31/03 e 02/04, em Brasília-DF; Luiz Fernando, com a finalidade de participar de reuniões com ministros e demais membros do governo federal para tratar de investimentos para o estado de São Paulo, nos dias 16 e 17/04, em Brasília-DF; e Márcia Lia, com a finalidade de participar de reuniões em ministérios do governo federal, buscando investimentos e recursos para o estado de São Paulo, nos dias 14 e 15/04, em Brasília-DF.
26 - ENIO TATTO
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Agradece ao deputado Enio Tatto por sua contribuição para a Casa como líder da Minoria. Dá boas-vindas à deputada Thainara Faria como líder da Minoria.
28 - THAINARA FARIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
29 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
30 - GILMACI SANTOS
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
31 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 02/04, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 55 minutos. Levanta a sessão às 16h45min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o Expediente.
Dando início à lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo, que está presente e fará uso regimental
da tribuna.
O SR. PAULO MANSUR - PL - Uma
breve comunicação, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Deputado
Mansur.
O SR. PAULO MANSUR -
PL - PARA COMUNICAÇÃO - Ontem o deputado Suplicy veio
defender o seu projeto, que foi um projeto ressuscitado - o Fernando Haddad,
quando prefeito, quis implementar em São Paulo -, que é uma legalização da
droga, permitir ao usuário poder usar um espaço público para usar crack, para
usar entorpecentes.
No Brasil,
muito tempo atrás, a gente já proibiu até o fumo de cigarro para as pessoas
pararem de fumar, e isso ajudou muito. Então, quando a gente está em um
restaurante ou está em algum lugar, é proibido fumar. E abaixou, com certeza, o
índice do fumo no Brasil.
É um projeto
que não vai ter o meu voto a favor, claro, mas a gente vê que, na realidade, é
importante as pessoas votarem realmente nos deputados em que elas confiem,
porque o parlamentar aqui, dentro do Parlamento, é aquele parlamentar que luta
pela sua ideologia.
Então, quando a
gente vê um parlamentar com a idade do Suplicy - já passou dos 80 anos -
lutando pela ideologia de liberar as drogas no estado de São Paulo, me sobe um
alerta. Realmente as pessoas não devem votar em parlamentares por questões de
emenda parlamentar.
A política é
muito mais que isso, a política é realmente o parlamentar estar aqui para olhar
as leis, para se colocar contra posicionamentos como esse, porque, meu Deus do
céu, as drogas matam. Nós estamos querendo pegar esses usuários de droga para
realmente colocá-los à força, para pararem de usar droga, e esse projeto vai
totalmente contra isso. E os comerciantes que lá estão não têm esse
livre-arbítrio, ali, naquele local, de falar, “olha, aqui não é para usar
droga”, ou “aqui na frente do meu comércio está tendo assalto”.
A gente sabe
que a droga leva o indivíduo a assaltar, a gente sabe que a droga leva a uma
série de consequências.
Então, o
comerciante não tem o direito de falar, agora, o usuário vai ter o direito de
usar a droga. É isso que vai acontecer, mas a gente vai lutar contra esse
projeto dentro do Parlamento.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a palavra
o deputado Jorge do Carmo.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT -
Obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, o público
da TV Alesp, os assessores, os policiais. Boa tarde a todas e a todos.
Quero falar,
Sr. Presidente, hoje, sobre a sanha do governador Tarcísio de Freitas em
privatizar, privatizar e privatizar.
Fizemos aqui,
todos nós somos testemunhas de que nós fizemos aqui uma batalha incansável,
imensa, contra a privatização da Sabesp. Uma empresa de economia salutar, uma
empresa que sempre deu lucro, uma empresa que sempre foi orgulho do povo
paulista, mas que, por essas razões exatamente, o governador, cumprindo aí
certamente seus compromissos de campanha, entregou para o capital. E não para
por aí.
A gente já teve
também em São Paulo antes, porém, a privatização da Eletropaulo, antiga, que
hoje é a Enel, que presta um péssimo serviço no estado de São Paulo,
especialmente naqueles municípios, incluindo a capital, naqueles municípios
onde ela diz que presta serviço. Mas penso que ela presta um desserviço, porque
basta começar a chuviscar, que é um transtorno para a população que depende
desse serviço da Enel.
Mas isso é o
compromisso dos governos, dos governadores anteriores e do atual governador,
que tem essa sanha em entregar o patrimônio do povo paulista para a iniciativa
privada, para aqueles que querem ganhar dinheiro.
Na capital não
foi diferente também, não foi o Tarcísio, mas foi o seu aliado, o prefeito
Ricardo Nunes, que privatizou o serviço funerário e piorou muito, encareceu e
piorou o serviço. Então esse é o compromisso desses governantes que, na
verdade, querem cumprir o compromisso, não com a população do povo paulistano e
paulista, mas o compromisso com o capital, com aqueles que certamente os apoiaram.
E,
infelizmente, o povo acabou acreditando no conto do vigário, que foi votar no
Tarcísio e também votar na reeleição do prefeito Ricardo Nunes.
Agora, Sr.
Presidente, tem mais duas para continuar. Eu imagino que não são as últimas,
nem as primeiras, evidentemente.
Nós temos aí as
privatizações das linhas 11 Coral; 12 Safira e 13 Jade, que recentemente foi
feito o leilão, essa semana, semana passada, sexta-feira, salvo melhor juízo,
foi feito o leilão e lá está sim, o governador faz questão de dizer: “o estado
vai colocar mais de 14 bilhões de reais para melhorar a privatização”, que é
para pegar, deputado Carlos Giannazi, nosso presidente nesse Pequeno
Expediente, que é para exatamente usar o recurso público para o particular
usufruir daquilo que são os nossos impostos.
Então, o que
vai acontecer? Vai pegar bilhões e bilhões e investir para que as linhas fiquem
chiques, bonitas, fiquem funcionando bem, para aí sim o capital explorar,
entregando aí para aqueles que vão explorar, por anos e anos, o nosso
transporte sobre trilho, que foi construído e que é dever do estado cuidar do
transporte, assim como de outras tantas questões.
Assim foi
também na linha 8 Diamante e 9 Esmeralda, que a gente sabe, acompanhamos e
estamos vendo os desmontes, os acontecimentos, o risco de acidentes, aquilo que
aconteceu em razão da privatização.
Ou seja,
privatizar só é bom para algumas pessoas, que são quem compra. Para o estado
não é bom, porque o estado tem que pôr mais dinheiro. O estado não, o
governador é quem diz que, representando o estado, acaba dizendo que isso é
correto. E nós discordamos. E também é para aqueles que realmente pegam o
serviço para explorar.
Então, nós aqui
vamos discutir esse assunto sempre, vamos debater, porque nós somos contra essa
ideia do estado mínimo. O Estado tem que ser o do bem-estar social, o Estado
tem que ser aquele para melhorar a vida do cidadão, daquele que paga os
impostos... daquele que paga todos os impostos de tudo o que é modalidade.
E agora, para
concluir, Sr. Presidente, o governador quer privatizar as balsas. As balsas que
tem no estado de São Paulo ele também vai entregar para a iniciativa privada;
vai investir 80% daquilo que precisa. Ou seja, é um capital sem risco, é uma
maravilha para as pessoas que vão pegar isso. Eu diria que é um “negócio da
China”, como antigamente a gente falava, e ainda hoje. Porque quem vai pegar
não tem risco nenhum, não tem que fazer investimento.
Na minha
opinião - e penso que na opinião de muitos deputados e deputadas -, o Estado,
se quer entregar para o particular, o particular tem que investir: ele tem que
colocar o recurso, se ele vai explorar anos e anos. Mas, aqui no estado de São
Paulo, Tarcísio de Freitas faz o contrário: pega o dinheiro dos paulistas,
investe, coloca bilhões e bilhões, e depois entrega para o capital explorar.
Por isso, não à privatização e não ao estado mínimo, que é o que o governador
Tarcísio está querendo fazer no estado de São Paulo.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - É regimental,
deputada.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Para uma comunicação, por gentileza. Eu queria pedir aqui para o
pessoal do som passar um vídeo, rapidamente, 50 segundos.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Muito obrigada.
Pode colocar a imagem, por gentileza. Bom, este é o prefeito da cidade de
Araraquara quando era candidato à prefeitura. Agora ele manda para a Câmara
Municipal da cidade para retirar o recurso do cursinho que ele falou que tinha
que ampliar - inclusive, Sr. Presidente, para as periferias da cidade.
E aí eu
pergunto: o clima e o ambiente de instabilidade, de insegurança que se gera na
cidade, meu presidente... O prefeito de Araraquara, Dr. Lapena, confunde gerir
crises - que é gestão da prefeitura -, com gerar crises.
A população se
revoltou, se mobilizou, e agora ele já mandou um substitutivo retirando isso.
Enquanto isso, meu povo, a insegurança de todos aqueles que precisam de um
cursinho popular e gratuito de qualidade para acessar a universidade, problemas
psicológicos - é uma instabilidade geral na cidade. Então eu precisava fazer
essa denúncia do candidato que promete aumentar e do prefeito que só retira, só
corta, só erra na gestão de Araraquara.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência
à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.)
Com a palavra, o deputado Reis, que fará uso regimental da tribuna.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Dr. Jorge
do Carmo.
*
* *
O
SR. REIS - PT -
Cumprimentar o presidente que está assumindo agora, o deputado professor,
doutor, diretor Jorge do Carmo. Cumprimentar o deputado Carlos Giannazi, o
deputado Donato, a deputada Professora Bebel, o deputado Suplicy, todos os
funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar,
da Polícia Penal, da polícia Técnico-Científica. Cumprimentar aqui o público
presente e também todos aqueles e todas aquelas que estão em seus afazeres,
deputado Donato, estão nos acompanhando pelas redes sociais, pela Rede Alesp.
Presidente
Jorge do Carmo, deputado Jorge do Carmo, eu fui descobrir sobre um pedágio que
está lá na Rodovia Rio-Santos, um pedágio que é passagem livre, ou “free flow”,
como queiram. O Tarcísio gosta muito de falar “free flow”. Ele está até sendo
chamado, além de “Tarciságio”, de “Tarcísio Free Flow”. E ele que começou tudo
isso quando ele era ministro da Infraestrutura. Ele foi o responsável pela
aprovação da Lei nº 14.157, de 1º de junho de 2021, que regulamentou esse
modelo de pedágio, esse tipo de pedágio.
Essa lei foi
aprovada em 1º de junho, foi sancionada pelo presidente Bolsonaro. Obviamente,
eles perderam as eleições, ele saiu do governo, e assim todo o sistema de
preparo e de implantação desse modelo de pedágio aconteceu nessa rodovia, que é
uma rodovia federal. E ela já gerou, deputada Professora Bebel, um milhão e 268
mil multas. Pasmem. Um milhão e 268 mil veículos foram multados por esse
pedágio que não tem cancela, por isso é passagem livre, não tem cabine de
cobrança.
É esse modelo
que o governador “Tarciságio” quer espalhar por todo o estado de São Paulo: na
Rota Mogiana, na Rota Paranapanema, Circuito das Águas, Raposo Tavares, na Rota
Sorocabana... E hoje, inclusive, deputado Carlos Giannazi, nós vamos ter uma
audiência às 17 horas.
O Governo com
certeza não mandará representante, porque ele é um governo covarde. Ele sempre
se acovarda. Para fazer o que está fazendo, para prejudicar as pessoas do jeito
que ele quer prejudicar, a gente já vê que é um ato de covardia.
Inclusive,
Machado, tem um vídeo, gostaria que você passasse. Tem 20 segundos, sobre um
debate que teve no interior, o povo cobrando ele por essa grande quantidade de
pedágio que ele quer espalhar por todo o território.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
O que ele está
dizendo aí, não é? Que ele não tem 16 bilhões, mas vai tirar de quem? Do
trabalhador; vai tirar do agricultor; do estudante; daquelas pessoas que moram
em uma cidade e trabalham em outra; daquelas pessoas que estudam em uma cidade
e moram em outra, residem em outra cidade. Então ele vai sacrificar os
pagadores de impostos. Ele vai sacrificar aquelas pessoas que já pagam
diuturnamente. Tudo o que se compra no mercado tem impostos.
Ora, eu não
tenho 16 bi. Eu não sei por que o governo anterior, o Rodrigo Garcia, recapeou
tantas ruas no interior, arrumou tantas ruas no interior. Esse aí é
incompetente, não consegue fazer isso. Ele quer arrancar o couro do povo.
Arrancar o couro do povo trabalhador, só isso que o “Tarciságio” pensa. Não dá
para tolerar isso, não dá para aceitar isso. Nós temos que, sim, vir aqui falar
para o povo.
Nós não podemos
ter um governo que se acha CEO de uma empresa. Ele é governador e governa para
todos. Ele não é o CEO de uma empresa, que está governando para uma empresa,
administrando para os ganhadores de dinheiro. Ele tem que pensar que ele
administra para toda a sociedade, e é nessa lógica que a sociedade não está
aceitando essa grande quantidade do que ele chama de “pórticos”, que ele quer
espalhar por todo o estado de São Paulo.
Além de que,
para as pessoas que não conhecem o sistema e passam por aquela rua, por aquela
rodovia, por aquela estrada, e não sabem que tem que entrar no canal de
autoatendimento para poder pagar aquele pedágio - porque passam por ali e pensam
que é um radar, mas não é, é um pedágio eletrônico - e, se não fizerem isso em
30 dias, gera uma multa, Sr. Presidente, de R$ 195,13. Além da multa, mais
cinco pontos na carteira do motorista.
Imaginem vocês,
uma pessoa que mora lá em Pilar do Sul e trabalha lá em Alumínio vai pagar dois
ou três pedágios para ir trabalhar e, para voltar para casa, mais dois ou três
pedágios. Então o governador está fora da casinha, gente. Não dá para aceitar
esse modelo que só favorece as empresas.
E agora ele
está aí, batendo o bumbo, porque disse que abaixou o preço do pedágio na
Castelo Branco, mas a gente precisa falar a verdade. Sim, é verdade que mudou a
operadora, era a CCR e agora é a Ecovias. É a Ecovias que ganhou o contrato. Obviamente,
se ela ganhou um contrato, ela teve que oferecer alguma vantagem, mas essa
pequena redução que está tendo no pedágio na Castello Branco, tem que se dizer
que aumentou o número de pedágios.
Ou seja, é
fictícia essa redução, porque você vai pagar mais pedágio. Além de que a CCR
entregou a Castello Branco de forma precarizada, cheia de buraco, mal
sinalizada. Então nós estamos pagando muito caro para um serviço de péssima
qualidade que está sendo entregue. Então, governador Tarcísio “free flow”, não
dá para aceitar esse modelo de V. Exa. de extorsão que V. Exa. propõe com o
povo paulista. Nós não aceitaremos.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado,
deputado Reis, pelas suas palavras, sábias palavras, aqui no Pequeno
Expediente. Antes de seguir a lista de oradores no Pequeno Expediente, quero
aproveitar e saudar a todos que estão aqui na galeria da Universidade Aberta da
Terceira - ou melhor - Idade, de São Caetano do Sul.
Então, sejam muitas bem-vindas, muito
bem-vindos a nossa Casa, a casa de vocês, que é a Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo. Obrigado pela visita.
Seguindo a lista de oradores inscritos,
agora com a palavra o deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra o deputado Fábio
Faria de Sá. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo.
(Pausa.)
Com a palavra o deputado, sempre
senador, Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Jorge do Carmo, saúdo os estudantes e
professores da escola de São Caetano. Então, quero saudá-los e dizer que
estamos sempre aqui à disposição de trocar ideias a respeito dos projetos e
problemas que temos que ajudar a resolver como representantes do povo.
Gostaria hoje
de dizer que foi publicada no Portal Metrópoles uma reportagem a respeito dos
trabalhadores ambulantes, membros das cooperativas Coopervap e Coopervap-SP do
Parque Ibirapuera e a relação desses com a concessionária Urbia. A reportagem
traz aos bastidores das condições de trabalho que os ambulantes estão sendo
obrigados a acatar após a assinatura dos contratos que regulamentam sua atuação
no parque.
Mas eu gostaria
de destacar que tenho uma relação próxima com as cooperativas por contribuir,
inclusive, para a fundação da Coopervap há 20 anos e desde então acompanho o
trabalho dos ambulantes que são grandes conhecedores do parque, amigos de seus
frequentadores, sendo reconhecidos como figuras fundamentais no parque, na
história do Parque Ibirapuera.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Reis.
* * *
Na época do
anúncio da privatização do parque, eu então dialoguei com o prefeito João Doria
para que incluísse os trabalhadores no contrato de concessão. Após uma longa
negociação, por fim, conseguimos uma cláusula que garantiu a permanência dos
ambulantes no parque.
Desde o início
da concessão, pude observar o esforço da Urbia contratando consultorias para o
levantamento socioeconômico dos trabalhadores, para que chegasse a uma
regulamentação que fizesse sentido para ambas as partes.
O que se
observou, no entanto, é que as propostas feitas pela concessionária prejudicam
e inviabilizam os serviços ambulantes no parque, que procuraram o meu mandato,
mais uma vez, e o da vereadora Luna Zarattini para que auxiliassem na mediação
com a Urbia - desde 2023 venho conversando diretamente com a Urbia e com os
cooperados para que melhorem os pontos da proposta de contrato.
Os
trabalhadores, entretanto, foram coagidos a assinar os contratos da Urbia e,
como era de se esperar, estão sendo muito prejudicados pelas taxas previstas,
que são incompatíveis com o trabalho que desempenham, pois, segundo relatos, o
único fornecedor do qual são obrigados a comprar, não fornece produtos de boa
qualidade e falta com os itens diversas vezes. Também por esse motivo muitas
vezes pagam preços acima do mercado, diminuindo significativamente o lucro
desses trabalhadores.
Outra questão,
que é motivo de preocupação, são as taxas exigidas pela concessionária: 500
reais mensais pela manutenção dos carrinhos e, conforme relatos, essa manutenção
não acontece; 10% sobre o faturamento bruto, sendo a taxa mensal mínima de mil
reais.
Não levam em
consideração os custos operacionais como: o transporte, deslocamento desses
produtos, insumo de preparo, de higiene para a venda, mão de obra intensa, dias
de horários de trabalho aos finais de semana e feriados, exposição às condições
climáticas como calor extremo, chuva, ventos, sazonalidade dos picos de vendas,
entre outros.
São muitas as
dificuldades e prejuízos que os ambulantes do parque estão passando com o atual
contrato com a Urbia. Nesse sentido, gostaria de manifestar meu apoio à luta
dos trabalhadores autônomos das cooperativas do Parque Ibirapuera.
E aqui faço um
apelo para que a Urbia acolha as demandas dos ambulantes, para que entre em
consenso, que beneficie a todos, e me coloco à disposição tanto da empresa
Urbia, quanto das cooperativas para ajudar no melhor entendimento possível.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de
oradores, chamo o deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia.
Sr. Presidente, eu queria, primeiramente, aqui manifestar o
nosso total apoio à greve dos professores e professoras do Sesi que estão
reivindicando melhores salários, melhores condições de trabalho, e não estão
sendo atendidos pela direção dessa instituição - que inclusive recebe dinheiro
público, Sr. Presidente - que é um verdadeiro absurdo a falta de valorização
desses importantes servidores da Educação.
Quero aqui apoiar a luta do Sinpro, que organiza a greve, que
defende os docentes do Sesi, repito, que estão com a campanha salarial, que
estão reivindicando melhores salários e não estão sendo atendidos.
Então todo o nosso apoio a essa luta, Sr. Presidente, porque
o Sesi tem que valorizar os seus docentes, as suas professoras e os seus
professores, para que seja mantida a qualidade de ensino que é oferecida por
essa importante instituição.
Quero ainda, Sr. Presidente, também aqui repudiar veementemente
o que disse pela imprensa o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, que
está ameaçando os servidores da Educação municipal. Veja, isso saiu hoje na
“Folha de S. Paulo”. Ricardo Nunes diz que punirá os professores que participarem
da paralisação nessa quarta-feira, em São Paulo.
Amanhã haverá
uma manifestação com paralisação da rede municipal de ensino, porque os
servidores da Educação também estão organizando a campanha salarial, sobretudo
porque tem uma pauta imensa. Uma delas é o fim do confisco das aposentadorias e
pensões. O prefeito da cidade de São Paulo está confiscando em 14% as
aposentadorias e pensões de todos os aposentados da cidade de São Paulo, dos
servidores aposentados da nossa cidade.
O prefeito está
retirando direitos históricos, inscritos, inclusive, no plano de carreira, no
Estatuto do Magistério, como a Jeif. Os professores, que, por exemplo, tirarem
licenças médicas, perderão o salário da Jeif. Inclusive os professores
readaptados também, que já são punidos por estarem adoecidos. Serão mais
punidos ainda por conta da Jeif que perderão.
Está lá. Ele
aprovou um projeto de lei na Câmara Municipal. Nós judicializamos, entramos no
Tribunal de Justiça com uma ação popular contra esse ataque aos servidores
municipais, Sr. Presidente. Então é grave a situação aqui. Agora, isso que ele
está fazendo é um absurdo. É um atentado ao direito de greve. É um atentado ao
direito de manifestação de opinião, porque todos os trabalhadores do Brasil têm
direito de fazer greve, de fazer paralisação, de fazer atos, assembleias.
O prefeito de
São Paulo está tentando intimidar, assediar. Está ameaçando os servidores da
Educação. Os nossos mandatos já tomaram providências em relação a isso,
acionando o Ministério Público contra essa ameaça do prefeito de São Paulo, que
imita o governador Tarcísio de Freitas, que também vem na mesma linha de
retirar direitos dos servidores da Educação do estado de São Paulo.
Então manifesto
aqui o nosso total repúdio a essa tentativa de impedir a livre manifestação dos
professores e dos servidores da Educação, que amanhã estarão fazendo uma
manifestação na frente do seu gabinete, lá no Viaduto do Chá. Os servidores
querem negociar e o governo: “Não, não negocio”. Governo autoritário, que não
abre processo de negociação com as entidades representativas dos servidores
municipais.
Então todo o
nosso apoio a essa luta e todo o nosso repúdio a esse comportamento
autoritário, fascista, de tentar impedir a livre organização dos servidores. Ou
seja, o prefeito está cometendo uma ilegalidade sem precedentes na cidade de
São Paulo, atacando, inclusive, a Constituição Federal, que garante, como eu
disse, o direito de greve e o direito de manifestação de qualquer categoria
profissional do nosso País.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Entrando na Lista
Suplementar, eu chamo para fazer uso da palavra a deputada Thainara Faria.
(Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputada Beth Sahão, tem V.
Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa,
servidores, público que nos assiste, o motivo desta ocupação hoje da tribuna é
exatamente para poder falar sobre os 61 anos que ontem celebrou a ditadura
neste País, que nunca deveria ter existido.
Há
controvérsias em relação a esta data, deputada Bebel, porque o presidente João
Goulart foi deposto no dia primeiro de abril, e não no dia 31 de março. Mas, na
época, como o primeiro de abril é o Dia da Mentira, os militares resolveram
trazer essa data para o dia 31 de março, mas, na verdade, a ditadura se iniciou
em primeiro de abril de 1964.
Foi um período
terrível para a população brasileira, para o povo brasileiro. Um período de
torturas, de falta de liberdade, de falta de livre expressão, de mortes, de
desaparecidos políticos, que, infelizmente, muitos quiseram poder flertar
novamente com esse período, quando do 08.01.2023.
Graças a Deus,
isso foi impedido por várias medidas, na época do presidente Lula, pela Justiça,
pelo Supremo Tribunal Federal, que até o momento faz as investigações
necessárias para poder punir os responsáveis por tal insensatez. E nunca é
demais, também, a gente fazer uma conexão, porque aqui em São Bernardo, a
deputada Bebel, que é professora em uma escola do estado, que recebeu o nome há
muitos anos de escola do Herzog, do Vladimir Herzog, agora, esta escola, que
tem um valor simbólico para a democracia do nosso estado e do nosso país, já
que o Vladimir Herzog foi preso em um dia e foi morto no outro dia,
infelizmente, nos porões da ditadura militar aqui em São Paulo...
E essa escola
foi uma homenagem a ele, a tudo aquilo que ele representou e que ainda continua
a representar. O próprio Instituto Vladimir Herzog procura preservar a memória,
a sua memória, através de ações importantes na defesa da democracia. E aí, essa
escola se cadastrou para receber a ação cívico-militar, que nós tanto lutamos
contra aqui, já que Educação não é para ter esse caráter, mas é para ter um
caráter de formação, de conhecimento, de preparação das nossas crianças e dos
nossos adolescentes para o futuro que está por vir.
Mas,
infelizmente, a escola recuou, e agora ela voltou novamente à tona para poder
propor esta... Colocando a escola, na verdade, para participar do conjunto de
escolas que querem aí ser transformadas em escolas cívico-militares. E eu
espero, mais uma vez, que haja um bom senso da direção da escola, da comunidade
escolar. Porque a gente não sabe, há partes, parcelas da comunidade escolar que
não querem isso, e a gente espera que isso não seja efetivado, porque é muito
ruim. E o governo não devia ter se preocupado com isso.
Pelo contrário,
o governador do estado deveria se preocupar, isto sim, com os dados que a
Unicef traz hoje, de aumento de 120% de mortes de crianças e adolescentes no
estado de São Paulo, entre 2023 e 2024, por intervenção, infelizmente, da
Polícia Militar.
Isso é que nós
precisamos parar, isso que nós precisamos interromper, essa lógica perversa que
mata as crianças e os adolescentes, sobretudo os mais pobres e aqueles que
moram nas periferias dos grandes centros urbanos. Isso, sim, deveria receber
por parte do governador Tarcísio uma política pública efetiva para poder
melhorar essa situação, para poder eliminar essa violência que se abate sobre
esse segmento da população.
Isso que é
insuportável de a gente ver, quando a gente vê um órgão de tanta credibilidade
quanto a Unicef trazer esses dados, trazer essas informações, publicando isso,
olha, Sr. Presidente, é de
repercutir de uma forma muito dolorida nos nossos corações.
Por isso mesmo
que a gente está aqui, não só para denunciar este fato, mas para cobrar que
haja imediatamente uma mudança de postura por parte do Governo do Estado e por
parte da sua Secretaria de Segurança Pública, que deveria proteger os cidadãos,
que deveria proteger as cidadãs, que deveria cuidar e proteger as nossas
crianças e os nossos adolescentes, garantindo para eles um futuro digno. É isso
que a gente quer e é isso que a gente precisa.
Portanto, não
temos nada a celebrar, já que há, faz alguns anos, já, infelizmente, uma
investida contra aquilo que é a democracia, aquilo que nós lutamos e uma
investida, inclusive, do ponto de vista do sossego, da tranquilidade da
população, que deveria, sim, ser tratada desta forma, mas, infelizmente, é
tratada de uma forma violenta, onde uma parcela dessa população acaba perdendo
sua vida. Então é isso, Sr. Presidente. Não poderia deixar de
registrar tais fatos aqui nesta tribuna.
Muito
obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Chamo para
fazer o uso da palavra a deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Cumprimento também a Mesa
Diretora dos trabalhos, assessores à minha esquerda, à minha direita, Srs.
Deputados, público presente e todos que nos acompanham através da Rede Alesp.
Eu subo nessa
tribuna mais uma vez, ou tantas vezes quantas forem necessárias, para falar de
uma política pública que é a Educação. E, novamente, a Educação tem sido alvo
de ataque no Estado, nos municípios e mesmo o SESI, em greve. Conta-se, de
professores, comigo pedindo apoio, solidariedade, mas também nós estamos
precisando de apoio e solidariedade. No estado de São Paulo, não se paga o piso
salarial profissional nacional.
Ontem,
discutindo, a gente queria ampliação para, no mínimo, o que o Ministério
Público, junto conosco, está querendo, deputada Beth, que sejam chamados 44 mil
professores admitidos em caráter temporários que passaram no concurso. E eu
levei um susto, porque eles disseram “não”. Por exemplo, depois dos 15 mil e
um, esse já não tem a mesma qualidade.
Eu falei: como
assim? Como que você faz um concurso, passam 174 mil, 15 mil você chama, e você
diz que os próximos da lista já estarão totalmente sem nenhuma condição de dar
aulas? Porque... Eu não entendi nada. Quer dizer, o concurso foi igual para
todos, foi aprovado, teve critério. Então é algo, assim, que eu saí meio
desiludida, de que no dia 25 não vai ter jeito, vai ter que ter greve, não tem
jeito. Entendeu?
No estado não
tem. Se apresenta uma perspectiva, não pode. Se apresenta outra, não dá.
Requisitos para manter... O que é o estágio probatório? Você faz o concurso,
você tem um período de até três anos para comprovar a sua eficiência. Então,
agora mete provinha de tudo. Eu falei: poxa, mas a pessoa já fez o concurso.
Ajunta os
títulos, as provas, os cursos de formação continuada. Isso comprova o
profissionalismo desses profissionais. Então, eu entendo que nós estamos sendo
meio que sufocados. E, um assédio, que ele é um assédio... Ele, sim, tem um
assédio moral, físico e tal, mas tem um assédio através da legislação
institucional, que está adoecendo professores, inclusive professoras que até
chegaram a falecer.
Triste dizer
isso. E no próprio local de trabalho. Nós não temos um refeitório, deputado
Guto Zacarias, para comer um prato de comida. Se quiser, na sala do professor.
É assim que a gente come. Entendeu? Então, como é que nós somos tratados? Nós
somos tratados, sabe, como alguém que está lá de qualquer forma.
Não. Nós
queremos ser tratados com dignidade. Nós queremos que o piso salarial
profissional nacional seja piso e não teto. Nós queremos garantir qualidade de
ensino, sim, para os filhos e filhas da classe trabalhadora. Mas, para isso,
nós precisamos também das condições de trabalho. Porque, se é verdade que os
professores amargam pelas condições de trabalho, verdadeiro é também que os
estudantes não estudam em escolas bem estruturadas.
E digo para
você, Beth, com sinceridade, deputada Beth, com sinceridade, deputada Beth,
que, se tivéssemos uma escola com... Ao invés de ter esse gradil, todo esse monte
de coisa que fazem para resolver um problema que, me parece, antecede a esse,
que é estrutural, eu tenho certeza de que a estudantada estaria toda lá. Mas
não, ficam criando leis e leis e leis e formas para que reduzam o número de
estudantes. No estado mínimo você enxuga e você paga, gasta menos com
profissionais da Educação.
Por último, mas
não menos importante, rapidamente quero falar do pedágio. Nós ali da SP-304
estamos na luta. Está aqui a deputada Beth, que assina a frente parlamentar.
Toda a bancada assinando a frente parlamentar. E dia 9 nós vamos ter uma
audiência pública lá na Câmara de Vereadores de Americana para que possamos
fazer o enfrentamento local também, para que a população entenda que o direito
de ir e vir não há de ter preço. O direito de ir e vir é constitucional.
Esse governador
daqui a pouco vai estar vendendo até a roupa do nosso corpo e há pessoas ainda
que acreditam: “Olha, nossa, 62%, aquela coisa”. Sessenta e dois por cento de
aprovação em quê? Aprovação do que ele faz para os ricos ou do que ele atende
os pobres? Acho que é do que ele faz pelos ricos, porque, por nós, a população
e também a Educação, as políticas públicas estão ao léu e nós vamos ter que
fazer um grande movimento no estado de São Paulo.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de
oradores, chamo para fazer uso da palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Sebastião
Santos. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Danilo
Campetti. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur.
(Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Guto Zacarias.
Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco
minutos.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde a todos os
parlamentares presentes, todos os assessores parlamentares presentes, policiais
militares, nossos heróis de farda que estão aqui nos acompanhando, e todo mundo
que nos assiste pela TV Assembleia.
Presidente,
hoje nós temos uma discussão muito importante do nosso querido estado de São
Paulo, que é a PPP das travessias, das nossas balsas, que vai trazer mais de um
bilhão de reais em investimentos, que vai melhorar o Meio Ambiente, diminuindo
a emissão de carbono - diminuição de cerca de 18 mil toneladas de emissão de
carbono por ano -, além de melhorar nosso Meio Ambiente, nossa infraestrutura,
enfim, há várias outras coisas nessa discussão, que vou deixar para mais tarde.
Se possível, nós iremos votar hoje, começar a discussão hoje; senão, no máximo,
amanhã.
* * *
- Assume a
Presidência a Sra. Beth Sahão.
* * *
Então, vou
deixar essa discussão do estado de São Paulo para mais tarde. Hoje eu quero
discutir uma pauta federal, já que nós estamos falando hoje sobre o 1º de
abril. Primeiro de abril, como todo mundo sabe, é o Dia da Mentira. Neste Dia
da Mentira, se faz obrigatório que nós façamos uma saudação ao maior mentiroso
da história deste país, o político mais mentiroso da história do Brasil, ele,
Luiz Inácio Lula da Silva, que depois de passar mais de 500 dias dentro de uma
cadeia, infelizmente voltou à Presidência da República, voltou para o que o
hoje vice-presidente Geraldo Alckmin chamava de “cena do crime”.
Mente, mente
descaradamente desde que assumiu a Presidência da República. Quem não se lembra
do Lula dizendo que, se votassem nele, a picanha estaria mais barata. Pois é,
mentira. Hoje temos a picanha mais cara
dos últimos 20 anos no Brasil. Não é que não tem picanha. Não tem picanha, não
tem acém, não tem fraldinha, não tem cupim, não tem costela, porque a inflação
em alimentos e bebidas do Brasil é a quarta maior da América Latina inteira.
Quem não se
lembra do Lula criticando os sigilos que Bolsonaro colocou. Eu critiquei
também. Lula dizia que iria acabar com os sigilos do Bolsonaro. Aí não é uma
mentira, é uma meia-verdade. Meia-verdade, para mim, também é mentira. Acabou,
sim, com os sigilos de Bolsonaro, mas colocou no lugar sigilos, sejam do Lula,
sejam da primeira-dama Janja.
Quem não se
lembra do Lula dizendo que iria acabar com o orçamento secreto. Não só não
acabou, ou seja, mais uma mentira, como está usufruindo do orçamento secreto.
Quem não se lembra de Lula, esse mentiroso, dizendo que os gastos de cartão corporativo
de Bolsonaro e de Temer eram muito altos. Aí eu até concordei com o Lula. Os
gastos de Bolsonaro e Temer eram altos mesmo, no cartão corporativo.
Lula ganhou a
Presidência e mais uma mentira: elevou esses gastos e, depois da matéria de que
tinha elevado os gastos no cartão corporativo, foi lá e colocou sigilo de cem
anos nos gastos de cartão corporativo. Ou seja, o brasileiro não merece saber
quanto o presidente do Brasil está gastando do dinheiro dos brasileiros. Mais
uma mentira do Lula.
Quem não se
lembra do Lula dizendo que, se votassem nele, haveria na Presidência da
República um defensor da democracia? Mais uma mentira, só se encontra com
ditador. Recebeu o Nicolás Maduro, gosta do Daniel Ortega, fica passando pano
para Cuba, fica passando pano para a Coreia do Norte. Não é um defensor da
democracia. Mais uma mentira.
Quem não se
lembra de Lula dizendo que, se votassem nele, teríamos na cadeira da
Presidência da República um defensor do pacifismo? Pois é. Recebeu recentemente
cartinha elogiosa do Hamas, do grupo terrorista Hamas, e recebe elogios do
Hezbollah. Não fala sobre Hamas, não fala sobre Hezbollah. Que pacifismo é esse
que só fica passando pano para grupo terrorista?
Quem não se
lembra do Lula, vejam só vocês, o mentiroso do Lula, dizendo que STF não era
lugar para ter amigo? Não só colocou um amigo, como colocou um amigo pessoal,
que também era o advogado dele, Cristiano Zanin, hoje ministro do Supremo
Tribunal Federal. Na mesma entrevista, no mesmo debate contra Bolsonaro, Lula
foi lá e disse que o Supremo Tribunal Federal não era lugar para a gente ter
companheiro. O Lula foi lá e colocou um dos companheiros de primeira hora, mais
uma mentira, indicando o companheiro dele, claro, Flávio Dino, então ministro
da Justiça do Brasil.
Meio Ambiente,
uma pauta tão cara ao PT supostamente, aos deputados do PT e do PSOL aqui desta
Casa supostamente. Lula dizia que Bolsonaro estava atrapalhando o meio
ambiente, e eu concordo, fez muito mal ao meio ambiente o Bolsonaro sim. Agora,
durante o governo do Lula, o Brasil bateu recorde de queimadas, bateu recorde
de desmatamento. Vejam só vocês, mais uma mentira. Criticavam as políticas
públicas de Bolsonaro e Temer para os ianomâmis, e eu critiquei também. No
governo Lula, morreu mais ianomâmi do que no governo Bolsonaro e no governo
Temer.
Quem não se
lembra do Lula dizendo que ia melhorar a Educação do Brasil? Dizia que era só
votar nele, “é só votar 13 que a Educação vai melhorar”. Lula cortou 332
milhões de reais do Ministério da Educação. Dizia que era defensor da pesquisa,
cortou 116 milhões de reais da Capes. Dizia que o Brasil estava no esgoto, que
tinha que votar no Lula para o Brasil voltar a ser um lugar atrativo. Fuga de
capital no ano passado: 20 bilhões de reais.
Para concluir,
presidente, eu quero dizer que votaram no Lula pela primeira vez dizendo que
ele ia mudar o Brasil. Depois votaram no Lula mais uma vez para ele mudar o
Brasil. Depois votaram na Dilma, para concluir, presidente, dizendo que a Dilma
ia mudar o Brasil. Depois votaram na Dilma de novo, dizendo que ela iria mudar
o Brasil.
Ficaram um
pouquinho... Teve um hiato aí, ficaram fora da Presidência da República. Uma
galera foi presa, uma galera perdeu a eleição, mas o PT voltou para a cena do
crime dizendo mais uma vez que ia mudar o Brasil, e o Brasil continua este
mesmo lugar, esta mesma desgraça. E um dos criadores dessa desgraça com certeza
é o Partido dos Trabalhadores.
Neste 1º de
abril, o grande mentiroso é Luiz Inácio Lula da Silva, e o governo que eles
diziam que ia ser do amor virou o governo das traições.
Muito obrigado,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Dando sequência
aos oradores inscritos, próximo orador, deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Tem V. Exa. o tempo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sra. Presidente, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, o presidente Lula está apresentando uma PEC da Segurança, se
reúne com os governadores. Na verdade, nada disso adianta aqui no Brasil. Aqui
não tem punição para bandido. É só observar isto aí. Faz favor, Machado.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Reis.
* * *
Então, minha
gente, o que o coronel Racorti fala é uma realidade, né? O cara foi preso dez
vezes: um latrocínio, matou para roubar, uma tentativa de latrocínio e ele
tentando matar aquela mulher, e ela sai com o carro tranquilamente. Mas como
Deus é bom - e aquilo que eu sempre falo aqui que bandido bom é bandido morto
-, ele foi morto. Talvez se ele fosse morto na primeira vez que ele fosse
preso, ele não tinha matado mais ninguém.
Então,
o meu modo de pensar continua o mesmo, o meu modo de pensar, eu não estou
fazendo filosofia e nem mandando a Polícia matar ninguém. Uma coisa eu tenho
certeza, é que todos os bandidos que morreram em tiroteio comigo e com meus
amigos nunca mais estupraram, nunca mais mataram, nunca mais roubaram. Se esse
desgraçado aí, como falou o coronel, tivesse morrido no primeiro dia,
obviamente ele não teria matado tantas pessoas, e veja a frieza como ele ataca
a dentista, atirando.
Então,
não adianta o presidente Lula apresentar uma PEC, se solta... a Polícia prende,
e solta os bandidos. Aí vem o Lewandowski e diz que: “não, a polícia prende
mal, não é a Justiça que solta. Esse ditado que a polícia prende e a Justiça
solta não existe, não existe, é que a polícia prende mal.” Como prende mal? Dez
vezes prendeu o mesmo cara, e o cara está matando a dentista lá. Deu quatro,
cinco tiros na dentista e levou o carro com a maior tranquilidade, com a maior
firmeza.
Agora,
em contrapartida, a Débora do batom, ele dá 14 anos para a mulher, mãe de duas
crianças. É uma inversão de valores da Justiça Brasileira ou não é?
Por
favor, coloque as imagens.
* * *
-
É exibida a imagem.
* * *
Então,
olha as inversões de valores - para terminar: essa moça pegou 14 anos de cadeia
porque usou um batom e usou as palavras do ministro Barroso: “perdeu, mané”. Eu
não estou falando aqui de Lula, de Bolsonaro, eu estou falando da incoerência,
como um bandido é preso dez vezes pela polícia, graças a Deus foi morto, ontem,
esta semana. A Rota foi lá e detonou o cara; graças ao bom Deus que está no
céu, alguém fez alguma coisa, porque senão ele já estava na rua de novo.
Como
é que se solta um cara que tem três latrocínios e tem sete roubos e está na rua
matando a dentista, e essa coitada dessa menina aí, por causa de um batom, toma
14 anos de cadeia, está presa, está condenada, e acha uma maravilha. Ela vai
detonar o Brasil com um batom, mas volto a falar, não estou falando de
política, estou falando da realidade.
Enquanto
nós tivermos a polícia prendendo e a Justiça soltando, não tem pé nem cabeça,
presidente Lula, não tem pé nem cabeça, Srs. Governadores, pode fazer o que bem entender, ser ladrão, ser
bandido no Brasil é bom. E como eu discuto, às vezes, com o nobre deputado
Suplicy, não é mais um problema social. Bandido tem helicóptero, tem avião, tem
lanchas, mora em mansões, estão nadando na grana.
Essa
é inversão de valores, uma coitada de uma mãe com dois filhos pequenos, dois
anos na cadeia e condenada a mais doze. A mulher do Sérgio Cabral lá, por
corrupção, roubou o Rio de Janeiro inteiro, tinha dois filhos, acho que um de
14 e um de 15, o juiz liberou para ela ficar com os filhos em casa. É inversão
de valores ou não é?
Obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo
destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.
* * *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Chamo para fazer uso
da palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado
Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputada Monica
Seixas do Movimento Pretas. (Pausa.) Deputada Paula
da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado
Eduardo Suplicy, em permuta com o deputado Emídio de Souza.
O SR. EDUARDO SUPLICY
- PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Reis, deputado
Campetti, agora na Presidência, eu gostaria hoje de registrar algo que
aconteceu, muito importante na vida do Brasil, na minha própria vida, quando
foi fundado o Partido dos Trabalhadores, em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio
Sion. Estava lá presente a madre tão especial, publicada no “Diário Oficial da
União”, de 21 de outubro de 1980.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Danilo Campetti.
* * *
Aqui está o
manifesto de fundação do Partido dos Trabalhadores. Achei isto, que a Fundação
Perseu Abramo acaba de publicar, e recomendo a todos a leitura deste manifesto,
que passo a ler.
“Aprovado pelo
Movimento Pró-PT, em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, São Paulo, e
publicado no ‘Diário Oficial da União’ de 21 de outubro de 1980.
O Partido dos
Trabalhadores surge da necessidade sentida por milhões de brasileiros de intervir
na vida social e política do País para transformá-la. A mais importante lição
que o trabalhador brasileiro aprendeu em suas lutas é a de que a democracia é
uma conquista que, finalmente, ou se constrói pelas suas mãos, ou não virá”.
Essa é uma reflexão muito importante para o momento em que vivemos hoje no
Brasil.
Prosseguindo:
“A grande maioria de nossa população trabalhadora, das cidades e dos campos,
tem sido sempre relegada à condição de brasileiros de segunda classe. Agora, as
vozes do povo começam a se fazer ouvir por meio de suas lutas.
As grandes
maiorias que constroem a riqueza da Nação querem falar por si próprias. Não
esperam mais que a conquista de seus interesses econômicos, sociais e políticos
venha das elites dominantes. Organizam-se elas mesmas, para que a situação
social e política seja a ferramenta da construção de uma sociedade que responda
aos interesses dos trabalhadores e dos demais setores explorados pelo
capitalismo.
Nascendo das
lutas sociais. Após prolongada e dura resistência democrática, a grande
novidade conhecida pela sociedade brasileira é a mobilização dos trabalhadores
para lutar por melhores condições de vida para a população das cidades e dos
campos.
O avanço das
lutas populares permitiu que os operários industriais, assalariados do comércio
e dos serviços, funcionários públicos, moradores da periferia, trabalhadores
autônomos, camponeses, trabalhadores rurais, mulheres, negros, estudantes,
índios e outros setores explorados pudessem se organizar para defender seus interesses,
para exigir melhores salários, melhores condições de trabalho, para reclamar o
atendimento dos serviços nos bairros e para comprovar a união de que são
capazes.
Essas lutas
levaram ao enfrentamento dos mecanismos de repressão impostos aos trabalhadores,
em particular o arrocho salarial e a proibição do direito à greve. Mas, tendo
de enfrentar um regime organizado para afastar o trabalhador do centro de
decisão política, começou a tornar-se cada vez mais claro para os movimentos
populares que as suas lutas imediatas e específicas não bastam para garantir a
conquista dos direitos e dos interesses do povo trabalhador.
Por isso,
surgiu a proposta do Partido dos Trabalhadores: o PT nasce da decisão dos
explorados de lutar contra um sistema econômico e político que não pode
resolver os seus problemas, pois existe para beneficiar uma minoria de
privilegiados.
Por um partido
de massas: o Partido dos Trabalhadores nasce da vontade de independência
política dos trabalhadores, já cansados de servir de massa de manobra para os
políticos e os partidos comprometidos com a manutenção da atual ordem
econômica, social e política.
Nasce,
portanto, da vontade de emancipação das massas populares. Os trabalhadores já
sabem que a liberdade nunca foi nem será dada de presente, mas será obra de seu
próprio esforço coletivo. Por isso, protestam quando, uma vez mais na história
brasileira, veem os partidos sendo formados de cima pra baixo, do Estado para a
sociedade, dos exploradores para os explorados.
Os
trabalhadores querem se organizar como força política autônoma. O PT pretende
ser uma real expressão política de todos os explorados pelo sistema
capitalista. Somos um partido dos trabalhadores, não um partido para iludir os
trabalhadores. Queremos a política como atividade própria das massas, que
desejam participar, legal e legitimamente, de todas as decisões da sociedade.
O PT quer atuar
não apenas nos momentos das eleições, mas principalmente no dia a dia de todos
os trabalhadores, pois só assim será possível construir uma nova forma de
democracia, cujas raízes estejam nas organizações de base da sociedade e cujas
decisões sejam tomadas pelas maiorias.
Queremos, por
isso mesmo, um partido amplo e aberto a todos aqueles comprometidos com a causa
dos trabalhadores e com o seu programa. Em consequência, queremos construir uma
estrutura interna democrática, apoiada em decisões coletivas e cuja direção e
programa sejam decididos em suas bases.
Pela
participação política dos trabalhadores: em oposição ao regime atual e ao seu modelo
de desenvolvimento” - lembramo-nos que esse manifesto é de 1980 - “que só
beneficia os privilegiados do sistema capitalista, o PT lutará pela extinção de
todos os mecanismos ditatoriais que reprimem e ameaçam a maioria da sociedade.
O PT lutará por todas as liberdades civis, pelas franquias que garantem
efetivamente os direitos dos cidadãos e pela democratização da sociedade, em
todos os níveis.
Não existe
liberdade onde o direito de greve é fraudado na hora de sua regulamentação;
onde os sindicatos urbanos e rurais e as associações profissionais permanecem
atrelados ao Ministério do Trabalho; onde as correntes de opinião e a criação
cultural são submetidas a um clima de suspeição e controle policial; onde os
movimentos populares são alvos permanentes da repressão policial e patronal;
onde os burocratas e tecnocratas do Estado não são responsáveis perante a
vontade popular.
O PT afirma seu
compromisso com a democracia plena e exercida diretamente pelas massas. Nesse
sentido, proclama que sua participação em eleições e suas atividades
parlamentares se subordinarão ao objetivo de organizar as massas exploradas e
suas lutas. Lutará por sindicatos independentes do Estado, como também dos
próprios partidos políticos.
O Partido dos
Trabalhadores pretende que o povo decida o que fazer da riqueza produzida e dos
recursos naturais do País. As riquezas naturais, que até hoje só têm servido
aos interesses do grande capital nacional e internacional, deverão ser postas a
serviço do bem-estar da coletividade.
Para isso, é
preciso que as decisões sobre a economia se submetam aos interesses populares.
Mas esses interesses não prevalecerão enquanto o poder político não expressar
uma real representação popular, fundada nas organizações de base, para que se
efetive o poder de decisão dos trabalhadores sobre a economia e os demais
níveis da sociedade.”
Em seu
parágrafo conclusivo, Sr. Presidente: “Os trabalhadores querem a independência
nacional. Entendem que a Nação é o povo e, por isso, sabem que o País só será
efetivamente independente quando o Estado for dirigido pelas massas
trabalhadoras. É preciso que o Estado se torne a expressão da sociedade, o que
só será possível quando se criarem condições de livre intervenção dos
trabalhadores nas decisões dos seus rumos.
Por isso, o PT
pretende chegar ao governo e à direção do Estado para realizar uma política
democrática, do ponto de vista dos trabalhadores, tanto no plano econômico
quanto no plano social. O PT buscará conquistar a liberdade para que o povo
possa construir uma sociedade igualitária, onde não haja explorados nem
exploradores. O PT manifesta sua solidariedade à luta de todas as massas
oprimidas do mundo”.
Esse é o
manifesto, então, aprovado por ocasião da fundação do PT. Acho importante aqui
registrar, respeitando a opinião daqueles que aqui têm um ponto de vista
diferente, mas isso é próprio da democracia que queremos continuar a defender e
com muita energia.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Esta Presidência agora vai fazer duas
convocações. Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V.
Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 16 horas e 30
minutos ou dez minutos após o término da presente sessão, em cumprimento ao
interstício mínimo previsto no §3º do Art. 100, do Regimento Interno, com a
finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 3a Sessão Extraordinária foi publicada no
D.O. de 02/04/2025.
* * *
Segunda
convocação. Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V.
Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos
após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 4a Sessão Extraordinária foi publicada no
D.O. de 02/04/2025.
* * *
Seguindo a lista de oradores do Grande
Expediente, convido o deputado Reis. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo
regimental de dez minutos.
O
SR. REIS - PT -
Presidente deputado Danilo Campetti, eu, o deputado Barba, eu vou dedicar esses
dez minutos do Grande Expediente para falar da minha categoria, a categoria
Polícia Civil, ou categoria de policiais civis, pela quantidade de reclamações
que eles têm me trazido.
Essa semana
mesmo eu visitei algumas delegacias e constatei, por exemplo, que até agora as
delegacias não receberam viaturas. Deputado Campetti, V. Exa. que frequenta a
casa do governador, é amigo do governador, peça para ele destinar pelo menos
duas viaturas para cada delegacia de polícia, duas pelo menos, duas, novas,
porque elas estão caindo aos pedaços, tem viaturas com 200 mil quilômetros rodados.
É humanamente
impossível fazer um trabalho, deputado Barba, de investigação com a viatura
quebrando no meio do caminho. Não tem como. Ou pedindo peças para os
comerciantes para arrumar a viatura, porque o Governo do Estado não tem
comprado viaturas para a Polícia Civil.
Ele tem
comprado, sim, viaturas para a Polícia Militar, é verdade. Tem viaturas novas a
Polícia Militar, mas a Polícia Judiciária está com as viaturas, principalmente
as delegacias de áreas, 35º DP, 47º DP, 37º DP, 11 DPº, 101º DP, 44º DP, 42º
DP, 46º DP, todos que eu tenho visitado, tenho constatado isso - 57º DP, 56º
DP... Falta de equipamentos de informática, não tem computadores. Eu fui em uma
delegacia de Defesa da Mulher, na zona leste, deputado Barba, e não há sequer
computador para todos os escrivães trabalharem.
Então o
governador, eu sei que ele gosta muito da PM, todo mundo sabe disso, do amor
que ele tem pela Polícia Militar, mas estenda um pouquinho para a Polícia
Civil. Pouquinha coisa, não precisa de muito. Pouquinha coisa. Compra pelo
menos duas viaturas para cada delegacia, mande equipamentos de informática,
eles estão trabalhando com computadores ainda da época do Lula 1.
Você chega lá e
o computador tem o símbolo do governo federal. Pessoal fala mal do Lula, mas
até os computadores da polícia, deputado Guto Zacarias, ainda foram da era
Lula, porque os governos que passaram até o atual não... Sequer renovou a
situação dos computadores da polícia.
A outra coisa
que a cobrança tem é com relação ao reajuste salarial. O governador não deu
reajuste ano passado para os policiais, não deu para nenhum funcionário
público. Nenhum funcionário público teve reajuste no ano passado. No ano
anterior, também não teve.
Então não teve
reajuste em 2023 e não teve reajuste em 2024, ou seja, o reajuste de 2024 e
agora o reajuste de 2025, teve um primeiro reajuste assim que o governo chegou
e depois não teve mais.
Então eu até
fiz um projeto de reajuste, vão dizer “ah, mas é vício de iniciativa”, “a
competência do governador...”, mas enquanto o governador não faz, a gente tem
que fazer alguma coisa. Eu estou fazendo um projeto e vou protocolar propondo,
pelo menos, 11,45% de reajuste salarial para os servidores públicos - 4,62%
referente à inflação de 2023, que a Assembleia pagou para os funcionários
públicos aqui, a Assembleia pagou mais 2% de reconhecimento de reajuste de anos
anteriores, de exercícios anteriores, e mais 4,83% referente a 2024 e 2%,
deputado, de correção de exercícios anteriores.
Então dá um
reajuste mínimo. Aliás, o governo pode dar mais, mas pelo menos 11,45% de
reajuste para os servidores para dar resposta para 2023 e para 2024, e
reajustar o vale-refeição. O vale-refeição, deputado Campetti, eu não sei como
o governo tem... Sabe? É vergonhoso para ele saber que um funcionário público
recebe um vale-refeição de 12 reais. De 12 reais.
Pelo menos uma
unidade fiscal, uma unidade fiscal está em torno de 36 reais, pelo menos. Olha,
eu acho que com 36 reais um policial militar consegue fazer uma refeição no seu
turno de serviço; com 36 reais, um professor consegue fazer uma refeição no seu
turno de serviço; um agente policial consegue fazer uma refeição com 36 reais
no seu turno de serviço.
Uma outra
questão que eu sou cobrado diuturnamente, e eu já falei aqui nesta tribuna,
deputado Barba, eu já falei, já cobrei, o secretário Derrite veio aqui na
Assembleia, fizemos a cobrança para ele; o secretário da Casa Civil, o Arthur
Lima, veio, nós fizemos a cobrança; os próprios oficiais administrativos, fiz a
cobrança.
Então o governo
tem conhecimento disso. O governo tem conhecimento do problema dos oficiais
administrativos, mas ele precisa tomar uma decisão, ele precisa resolver o
problema. Não adianta ele tomar conhecimento, ele saber do problema e não fazer
nada para resolver.
Então qual que
é o salário de um oficial administrativo que trabalha lá na delegacia de
polícia, que trabalha nos departamentos de polícia, que trabalha na Polícia
Militar, que trabalha na Polícia Penal? R$ 644,02 é o salário que o governador
paga. Aí ele dá um abono complementar de R$ 623,87, porque o servidor não pode
ganhar menos do que um salário mínimo.
O servidor não
pode ganhar menos do que um salário mínimo, então ele dá um reajuste
complementar de R$ 623,87 e uma gratificação de R$ 372,11, para chegar ao salário
mínimo regional de mil e 640 reais. Seria melhor que ele reajustasse logo o
salário para R$ 1.640,00, sem ter que dar gratificação e sem ter que dar abono
complementar, porque o servidor teria, nessa lógica, a incidência dos
quinquênios e da sexta-parte em cima desse valor de R$ 1.640,00, e não em cima
de 644 reais.
Então os
oficiais administrativos estiveram aqui, conversaram com o secretário da Casa
Civil, e dizem que tem uma reestruturação. Mas esse projeto de reestruturação
dos oficiais administrativos não chega nesta Casa para ser votado. Já falamos
com o presidente, já tivemos reunião com o presidente André do Prado. Já
fizemos reunião com Deus e o mundo, com o Sultani, com o Kinoshita, com todos
os secretários do Tarcísio e não tem solução.
Não, colocar o
pórtico para cobrar o pedágio lá é muito rápido, não é? Cobrar o pedágio lá,
pedagiar as estradas é muito rápido. Mas dar resposta para o servidor está
sendo... Não vou dizer nem que está sendo demorado, é que não está tendo
resposta mesmo. Não há resposta.
Não há
resposta, então nós precisamos cobrar do governo essa questão do reajuste
salarial dos servidores públicos. Não dá para ter reajuste no primeiro ano e
depois ficar o resto do mandato sem reajuste. Não dá para ser só no ano da
eleição, porque no ano da eleição, deputado Barba, a partir de março, não se
pode mais dar reajuste para ninguém, seis meses antes das eleições.
Então, se o
governo... Porque a base do governo é assim: quando você vê a base do governo
chegando aqui e falando que vai ter reajuste, é porque, como eles frequentam a
cozinha do governador, então, eles têm informação privilegiada.
Então eles
fazem fila aqui para falar que vai ter. Mas ultimamente eles nem aparecem,
poucos aparecem aqui. Isso quer dizer que a coisa está morna, está fria, que
nada vai acontecer. Porque senão estariam aqui, falando: “Não, porque o
Tarcísio vai dar reajuste! Vai dar reajuste! Vai dar reajuste!”.
Então não deu o
reajuste referente a 2023, não deu o reajuste ainda, até agora, referente a 2024.
O mês, a data-base do servidor é março, é primeiro de março. Hoje nós entramos
no dia primeiro de abril. Então já se passaram 30 dias sem nenhum projeto de
reajuste do servidor ter dado entrada nesta Casa.
Então nós vamos
produzir o nosso e vamos protocolar. Vamos tramitar ele. E o governo que o
vete. O governo que o vete, já que ele veta tudo. É conhecido como
“vetador-geral do estado”. Ele que o vete, mas nós vamos trabalhar para aprovar
esse projeto nesta Casa, porque é vergonhoso o que o governador Tarcísio faz
com os servidores públicos e, principalmente, com a Segurança Pública.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Reis. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Fábio
Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Valdomiro
Lopes. (Pausa.)
O senhor vai fazer uso da palavra,
deputado Valdomiro Lopes? Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputada Bruna
Furlan. (Pausa.) Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Deputado Teonilio Barba, em permuta com a deputada Leci Brandão.
Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental
de dez minutos.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Danilo Campetti, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados, público que nos acompanha aqui na Assembleia, venho a esta tribuna
hoje para responder ao nobre deputado Guto Zacarias, que fez uma fala aqui de
ataque ao presidente Lula, querendo defender o Bolsonaro sem falar na defesa do
Bolsonaro. Então, perca a vergonha e defenda o Bolsonaro. Não tem problema. Faz
parte da disputa política.
Primeira
mentira elaborada pelo senhor é quando fala que o presidente Lula diz que quer
resolver o orçamento secreto... e quer resolver realmente, mas o senhor sabe
que o Brasil é constituído por três Poderes, Poder Judiciário, Poder Executivo
e o Poder Legislativo, do qual nós fazemos parte.
Aqui no estado
de São Paulo o Tarcísio tem uma base aliada de 60 deputados, no mínimo, então
ele consegue emplacar tudo que ele quer. O presidente Lula tem como oposição a
bancada da bala, a bancada da Bíblia, a bancada do boi e mais alguns, que somam
em torno de 340, 350 deputados,
que não deixam acabar com o orçamento secreto. O senhor sabe disso.
Em um mundo onde
existe democracia, e eu sou defensor dela, fui eleito por ela três vezes, pela
legitimidade das urnas eletrônicas, o senhor também foi eleito por ela, acho
que acredita nela, nunca vi o senhor criticar as urnas eletrônicas, mas onde
existem três Poderes, cada Poder faz a sua parte, e lá em Brasília, dos 513
deputados, 345, 350 deputados
não deixam acabar com o orçamento secreto.
Está acabando,
negociando uma parte lá, por conta da ação do - exatamente aquilo que você
falou, que o presidente Lula nomeou como companheiro - Flávio Dino, que está
botando ordem, junto com STF, botando ordem no Parlamento. Quando o agente do
Parlamento não legisla, o Poder Judiciário acaba intervindo.
Nós aqui
legislamos. Podemos perder, podemos não ganhar de vocês, mas aqui a gente faz,
cumprimos a nossa tarefa. Então essa é a primeira mentira que o senhor disse
aqui no dia 1º de abril. O senhor não falou a verdade para os seus eleitores, e
eu aqui vou combater os bolsonaristas o tempo todo, como vou combater o MBL o
tempo todo, em uma disputa política, com muito respeito, com muita
tranquilidade.
Além das várias
falas que o senhor fez aqui, de que o presidente Lula não consegue governar o
País, deputado Guto Zacarias, o Brasil está em um momento... Primeiro que tem
um erro na meta da inflação.
Essa meta de 3%
é uma meta muito ajustada, a inflação no mundo está na ordem de quatro, quatro
e meio por cento. Aqui, o centro da meta é 3%, para cima é 4,5% e para baixo
pode ser 1,5%, menor que o centro da meta, que é um erro, e o Brasil está em um
momento em que a economia está indo bem, quando todos os indicadores
econômicos, quando os especialistas do mercado que o senhor acredita, e eu
respeito, porque também acompanho essa questão do mercado, dizia que o Brasil
ia crescer 1%, em 23, cresceu 3,1%; dizia que ia crescer 1,5%, no máximo, em
24, cresceu 3,5%; chegando a quase 7% em dois anos de governo Lula.
O senhor veio
aqui e disse que foi o governo que teve mais queimadas no País. O senhor não
falou das queimadas assassinas. Você tem três tipos de queimada que podem
acontecer. Uma que alguém pega, quebra um caco de vidro e joga lá na beira da
estrada, pode pegar um raio de sol, aquilo, se tiver uma alguma coisa seca,
ajuda ele a queimar.
A outra é
alguém que fuma. Eu que já fui fumante... se você pega e joga uma bituca na
beira da estrada, aquilo pode ocorrer, virar uma queimada. A outra é quando cai
um raio. Normalmente essa queimada não prospera, porque normalmente quando tem
um raio acaba sendo seguido de chuva.
Mas teve no ano
passado várias queimadas provocadas. Queimadas assassinas, que estão sendo
investigadas e que vão chegar, e já teve alguém preso, algumas pessoas presas
por conta disso. E o senhor não falou disso.
Então, no dia
da mentira, o senhor provoca dessa tribuna algumas mentiras.
Terceira coisa,
nós estamos no melhor momento da história do País de carteira registrada. São
48 milhões de pessoas com carteira registrada no País, no setor público e
privado, porque no setor público você tem os estatutários, concursados e
celetistas. E, no setor privado, você tem as carteiras registradas. São algo em
torno de 48 milhões de pessoas. Aliás, o último dado do Caged, o senhor deve
ter acompanhado ontem, foi positivo.
Quarta coisa,
no Plano Macro, o presidente Lula primeiro fez a PEC da transição. Segundo... O
presidente Lula, antes de assumir o governo, fez a PEC da transição. Depois que
assumiu o governo, nós criamos um arcabouço fiscal onde, no mínimo, se tiver
recessão no País, o governo investe, no mínimo, 0,6% do seu orçamento, sendo no
máximo de 0,6% até 2,5%.
Reajuste dos
trabalhadores, do salário mínimo, vai de 0,6% até 2,5%. Aprovamos a reforma
tributária. É debatida por mais de 40 anos, e o presidente Lula não criou nada
de novo, ele só pegou aquilo que já estava sendo debatido. Pegou o ministro da
Fazenda, o Fernando Haddad, implementou, articulou e foi aprovado.
Aprovou o Carf,
em que, no governo Bolsonaro, que o senhor é defensor, que o senhor é defensor.
O senhor se sentou aqui várias vezes, em meio, em cima do muro, meio tucano
você foi, mas sempre falando do Bolsonaro.
E o presidente
Lula pegou... E o governo Bolsonaro aprovou que, no Carf, quando empatasse a
votação no Carf, era a favor dos empresários. E nós criamos o voto de minerva,
que, quando empata, o governo decide se é a favor do empresário ou se é a favor
do governo.
Quinto, foi
regulamentada a reforma tributária, foi um decreto regulamentário que entra em
transição a partir de 2026 e vai até 31 de dezembro de 2031, em que a carga
tributária tem que cair dos atuais 33,6% para 26,5%. Criando o IVA, em que tem
a contribuição sobre bens e serviços, e o IBS, que é o imposto estadual, que
junta o imposto estadual mais o ICMS.
Isso dá
segurança jurídica para as pessoas, para os investidores, para os empresários,
para quem quiser vir de fora e investir no País. Em 31 de dezembro de 2031 será
revisado, porque, se a carga tributária passar de 26,5%, tem que rever aquelas
injeções que foram feitas para vários setores durante o debate da reforma
tributária.
Então, é esse o
país que vocês têm que morrer de inveja, porque é o presidente Lula que governa
pela terceira vez. Tudo bem, nós vamos discutir o preço do ovo, vamos discutir
o preço da carne, vamos discutir o preço da picanha, vamos discutir as
alterações climáticas, que parte dos bolsonaristas fala que a Terra é plana,
que parte não tem problema.
Assume igual ao
Trump, que pode escavar, que pode atacar o meio ambiente, que não tem problema
nenhum, porque vocês são isso. E nós vamos defender o meio ambiente e vamos
defender a transição para um país que tem que perseguir a descarbonização.
Porque nós temos o Brasil, quando o presidente Lula assumiu, o Brasil tinha
capacidade de produzir 86% de energia limpa.
Hoje o Brasil
já está na condição de produzir 94% de energia limpa. É o país que tem a melhor
condição do mundo de produção de energia limpa, através da eólica, da solar, da
hidrelétrica, das biomassas, do gás natural, do biometano, do hidrogênio verde.
Nós temos o melhor “case” do mundo em termos de energia limpa.
Então, Sr.
Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu volto à tribuna para começar a
debater, e eu entendo o desespero dos bolsonaristas a partir do julgamento que
teve na semana passada.
Nós passamos
580 dias presos e meu sobrenome aqui era Teonilio Barba Lula. Toda a nossa
bancada tinha o sobrenome do Lula. Os bolsonaristas, até agora, com exceção de
uma deputada desta Casa, a única que teve a coragem de botar o sobrenome
“Bolsonaro”, e vocês não têm.
Portanto, eu
desafio vocês, vocês bolsonaristas, a terem coragem de colocar no sobrenome de
vocês o “Bolsonaro”. Vocês não vão ter, porque vocês têm medo. O filho já
fugiu. Saiu de licença, uma licença fugitiva. E o pai, a qualquer momento, se
for comprovada a culpa dele, poderá ser preso. Já está inelegível e poderá ser
preso.
Muito obrigado,
presidente, pela tolerância.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Teonilio Barba.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente. Gostaria de usar o Art. 82 pela vice-liderança do Governo.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pelo
tempo de liderança, Art. 82, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental de
cinco minutos.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO -
PELO ART. 82 - Boa tarde a todos novamente. Deputado Teonilio Barba, eu já vi
defesa ruim, mas essa daí nem a da seleção brasileira contra a Argentina. O que
foi isso? Eu venho aqui, eu cito uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete,
oito, nove, dez, onze, doze, treze mentiras do Lula.
Até combinou
com o número do partido de Vossa Excelência. Treze mentiras do Lula. A única
que o senhor respondeu foi a do orçamento secreto e a resposta foi: “Não, Guto,
você está mentindo”? Não, não foi. A resposta foi: “Não dá para o Lula fazer”.
Se não dá para
o Lula fazer, ele não deveria ter prometido. Foi ele que disse: “Eu vou acabar
com o orçamento secreto”. Começou o governo Lula, o orçamento secreto acabou?
Não quero saber a motivação, não quero saber se ele poderia ou não. Não quero
saber. É óbvio que não vai ser com uma canetada que ele vai acabar com o
orçamento secreto, mas quem prometeu fazer isso não fui eu. Foi ele.
Quem foi que
disse que a picanha iria ficar mais barata? Fui eu? Não, foi ele. E a picanha é
a mais cara dos últimos 20 anos. Quem foi que disse que iria acabar com o
sigilo? Não fui eu. Foi ele. Não quero saber se ele consegue ou não. Ele foi
lá, acabou com os sigilos do Bolsonaro e colocou sigilo nas coisas dele, 100
anos de sigilo nos gastos de cartão corporativo.
O brasileiro
não pode saber como o presidente está gastando o dinheiro do próprio
brasileiro? Como ele está gastando o seu dinheiro, o meu dinheiro, o dinheiro
de todo mundo aqui? Não é possível. Cartão corporativo. Foi lá e criticou os
gastos de Bolsonaro e Temer.
O senhor citou
o caso do Bolsonaro. Eu acho que o senhor sabe, mas está usando os erros do
bolsonarismo para me atacar. Durante o governo Bolsonaro, eu fui oposição ao
governo Bolsonaro e solicitei duas vezes o impeachment do governo Bolsonaro.
Então, com os erros do Bolsonaro, eu não tenho nada a ver.
Agora, quero
ver se o senhor está pedindo impeachment do Lula pela pedalada que ele deu no
“Pé de Meia”, comprovada pelo Tribunal de Contas da União. Aí não, está
colocando o nome do Lula no nome e se orgulhando disso. Se orgulhando de
colocar no nome, aqui na Assembleia Legislativa, um cara que ficou 500 dias na cadeia.
Tudo bem. Você pode defender quem o senhor quiser. Eu teria vergonha de fazer
uma coisa dessas.
Dizia que iria
defender a democracia. Disse ou não disse? A Venezuela é uma democracia ou não?
Não é. E o Lula defende. Como está defendendo a democracia? A mesma coisa
quando ele disse que iria ser defensor do pacifismo. Dizia que iria defender o
pacifismo e está recebendo nota do Hamas. O Hamas é ou não é um grupo
internacionalmente conhecido como grupo terrorista? É. O Lula disse que iria
ser pacifista e o Lula está defendendo o Hamas. Então, isso para mim não é
defesa.
A mesma coisa
do STF. O senhor acabou de chamar o Flávio Dino de companheiro. O senhor falou:
“companheiro Flávio Dino”. Foi exatamente a frase que o Lula disse no debate,
na eleição de 2022: “O STF não é lugar de colocar companheiro.” Aí o Lula
coloca um companheiro, o senhor chama o Flávio Dino de companheiro. É ou não é
uma mentira do Lula?
Não adianta vir
aqui falar da denúncia da PGR, do Bolsonaro, falar de Movimento Brasil Livre. Não
adianta falar. A questão é: V. Exa. está sendo traído. Essa é a grande questão.
Eu estou alertando V. Exa. de uma traição. Vossa Excelência não pode ficar
bravo comigo. Tem que ficar bravo com quem está te traindo.
Imagina, vamos
lá: o amigo do João vai visitar o João e o João não está lá. Está a mulher do
João. Aí ele vê que a mulher do João está traindo o João. O amigo do João, já
que ele é amigo do João, vai lá e manda uma mensagem para o João: “João, sua
mulher está te traindo”. Aí o João fica bravo com a situação, mas não fica
bravo com a mulher, fica bravo com o amigo que o alertou da traição.
É o que está
acontecendo aqui. Eu estou dizendo: “Olha, o Lula foi lá e dizia - disse ou não
disse? - que iria resolver a questão dos ianomâmis”. Morreu mais ianomâmi no
governo Lula do que no governo Bolsonaro e do que no governo Temer. Quem foi
traído? Eu? Eu não digitei 13 na urna. Eu não coloquei o nomezinho do Lula
aqui.
Quem fez isso
foi Vossa Excelência. Quem fez isso foi o Partido dos Trabalhadores. Milhões de
pessoas. Confio nas urnas, sim. Milhões de pessoas votaram no Lula e essas
pessoas foram enganadas e estão sendo traídas. A nossa missão, como
representantes da população, é alertar dos erros dos governantes e esses erros
aconteceram. Ou o Partido dos Trabalhadores agora acha legal cortar verba da
Educação?
É
uma luta histórica do partido de vocês, o Lula cortou 332 milhões de reais do
Ministério da Educação. É mentira minha? Fala que é mentira minha. Não vai
falar porque não foi. Cortou 300 milhões de reais do combate. Aí é
contingenciamento, não é? Nos outros governos, não era. Quando é o PT fazendo,
é contingenciamento. Quando é outro governo fazendo, é corte. Eu já conheço
essa estratégia de vocês há bastante tempo.
Durante
a pandemia, foi lá e dizia que o Partido dos Trabalhadores era o defensor da
pesquisa. Tem que ter pesquisa, tem que ter ciência. Concordo 100 por cento. O
Lula sentou na cadeira e cortou 116 milhões de reais da Capes, 116 milhões de
reais da pesquisa. Quem foi que disse que ia ajudar a pesquisa? Foi o Lula. E o
Lula foi lá e está cortando verba da pesquisa.
Então,
vou repetir. Já vi defesa ruim, mas essa defesa de V.Exa. está pior do que a
defesa da Seleção Brasileira no Brasil 1, Argentina 4, porque eu estou citando
aqui as mentiras. É só falar: “Guto, o Lula nunca defendeu a Venezuela. Isso é
mentira sua.” É só falar. “O Lula nunca disse que a picanha ia ficar mais
barata”, deputado Campetti. “O Lula não disse que não era para ter amigo no
STF. O Lula não disse isso. Então, é mentira de Vossa Excelência.”
Mas
é isso. Digo e repito, diziam que era para ser o governo do amor, mas está
sendo apenas o governo das traições. E aí estou eu alertando os petistas que
estão sendo traídos e os petistas estão ficando bravos com quem está informando
a traição. Aí sabe o que vai acontecer, deputado Barba? Vai ser traído na
próxima eleição de novo.
Primeiro
de abril, Lula Day.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Guto Zacarias.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Para uma comunicação,
Sr. Presidente?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para
uma comunicação, deputado Teonilio Barba.
O SR. TEONILIO BARBA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente,
acho que esse debate vai tomar conta daqui até 2026, em outubro de 2026. Quem
está com a verdade é o povo brasileiro. Nós, deputados aqui, todos os deputados
aqui, independente da coloração partidária, fomos eleitos pelo voto popular.
E
eu que sou 66 anos mais, briguei, lutei contra a ditadura militar, briguei,
lutei pela redemocratização do país, para a gente poder ter direito a voto.
Então, cada um de nós aqui tem a nossa militância. Com todo o respeito, com que
eu sempre trato todos os deputados, faço um enfrentamento político, mas eu não
chamei o Flávio Dino de companheiro, eu falei que o senhor disse que o Lula
elegeu, indicou um companheiro. Essa foi minha fala. E eu não tenho vergonha
nenhuma de chamar o Flávio Dino de companheiro, porque eu sei do lado que eu
estou.
Agora,
alguns têm vergonha de chamar o Bolsonaro de companheiro. Alguns têm, alguns
têm. E eu vou sempre defender o governo Lula. Eu sou do Partido dos
Trabalhadores, que fez 45 anos em 10 de fevereiro de 2025. Fez 45 anos. Então,
eu ajudei a fundar esse partido, vou defender e defendemos o Lula livre durante
580 dias e não fugimos do país. E não fugiremos.
Nós
vamos fazer esse debate. E eu sou daqueles, ainda vou fazer aqui uma defesa, eu
sou daqueles que acham que o Bolsonaro deveria ser julgado pelo pleno do STF
para não caber recurso internacional nenhum, porque nós fomos vítima de um cara
chamado, que eu disse, da tribuna aqui, eu fui alertado pelo deputado Barros
Munhoz, pedindo para retirar a frase que usei, que eu chamei o juiz Sérgio Moro
de mau caráter.
Se
não fosse mau caráter, era, no mínimo, mal-intencionado, que a única tarefa
dele era tirar o presidente Lula da disputa de 2018 para priorizar a direita.
Ele e o Deltan Dallagnol.
Então,
eu nunca tive medo de fazer esse debate e jamais terei. Não me sinto traído
pelo presidente Lula. Alguém pode se sentir traído por alguns, mas eu não tenho
esse problema, não. Eu tenho tranquilidade nesse debate, deputado Guto
Zacarias.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Guto Zacarias.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - Uma comunicação e
pedir o levantamento?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Uma
comunicação.
O SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - PARA COMUNICAÇÃO - Suspensão,
aliás.
A
fala do deputado Barba teve a fuga do Eduardo Bolsonaro, a prisão do Lula,
chamou Flávio Dino de companheiro mais uma vez, Jair Bolsonaro, Sérgio Moro,
Deltan Dallagnol e mais um monte de coisa. Só não teve ele dizendo aonde que eu
menti no meu discurso. Não teve.
Eu
falei sobre picanha, sobre sigilo, orçamento secreto, cartão corporativo,
democracia, pacifismo, amigo na STF, companheiro na STF, meio ambiente,
Yanomami, educação, Capes, Brasil como um lugar mais atrativo. Falei o que o
Lula disse e o que o Lula não fez. O que o Lula prometeu e o Lula mentindo. O
deputado Barba dizia que ia defender o Lula.
Eu
não vi nenhuma defesa. Eu ouvi Deltan Dallagnol, eu ouvi Sérgio Moro, eu ouvi o
Jair Bolsonaro, eu ouvi o Flávio Dino, e dizer que eu me senti traído, sim,
pelo Jair Bolsonaro. Quando votei nele na eleição de 2018, achei que ele ia
fazer um monte de coisa que ele acabou não fazendo.
Sabe o que eu
fiz quando eu senti que eu estava sendo traído pelo Jair Bolsonaro? Critiquei
ele, fui para a oposição, pedi impeachment. Agora, V. Exa., quando é traído
pelo governo Lula, vem aqui dizer que tem orgulho disso, aí não adianta. É o
que eu estou dizendo, tem gente que, quando é traído, fica bravo com a
informação da traição, e não com a pessoa que o traiu.
Quem está te
traindo não sou eu, o senhor não deve ter votado em mim, o senhor não deve
acreditar no Movimento Brasil Livre, não deve acreditar na direita brasileira,
o senhor acredita no Lula, o senhor acredita no PT, e o PT e o Lula que estão
te traindo.
Então digo e
repito, com uma defesa dessa era melhor... O Lula precisa tomar cuidado, que,
no 1º de abril, dia da mentira, esse vai virar evidentemente o Lula Day.
Obrigado,
presidente.
O
SR. GUTO ZACARIAS - UNIÃO - Aproveito para pedir
a suspensão dos trabalhos até às quatro e meia.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Até dezesseis e trinta. Obrigado, deputado Guto Zacarias.
Havendo acordo entre as lideranças, os
trabalhos estão suspensos até às 16 horas e 30 minutos. Muito obrigado a todos que
nos acompanharam. Até o retorno da sessão.
*
* *
- Suspensa às 15 horas e 45 minutos, a
sessão é...
*
* *
... a sessão é reaberta às 16 horas e 39 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.
*
* *
O SR.
PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem
do Dia.
* * *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR.
PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a mesa requerimento da nobre
deputada Beth Sahão, com número regimental de assinaturas nos termos do Art. 35
do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com
a finalidade de participar de reuniões do Ministério da Educação, do Ministério
do Trabalho e Emprego, entre outros, para tratar de investimentos para o estado
de São Paulo, nos dias 2 e 3 de abril do corrente ano, em Brasília, a ser
custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há também sobre a mesa requerimento da
nobre deputada Thainara Faria, com número regimental de assinaturas, nos termos
do Art. 35, do Regimento Interno, para constituir uma comissão de representação
com a finalidade de participar do Painel Internacional de Mulheres
Afropolíticas da América Latina e do Caribe, que será feito no Senado mexicano,
a realizar-se nos dias 9 e 11 de abril do corrente ano, na Cidade do México,
sem ônus para este poder.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento da nobre
deputada Letícia Aguiar, com número regimental de assinaturas, nos termos do
Art. 35, do Regimento Interno, para constituir uma comissão de representação
com a finalidade de apresentar demandas da população paulista às casas
legislativas federais, a realizar-se no dia 31 de março a 2 de abril do
corrente ano, em Brasília, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa requerimento do nobre
deputado Luiz Fernando Ferreira Teixeira, com número regimental de assinaturas,
nos termos do Art. 25, do Regimento Interno, para constituir uma comissão de
representação com a finalidade de participar de reuniões com os ministros e
demais membros do governo federal para tratar de investimentos para o estado de
São Paulo, nos dias 16 e 17 de abril do corrente ano, em Brasília. Isso será
custeado via verba de gabinete do parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa também o último
requerimento da nobre deputada Márcia Lia, com número regimental de
assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição
de uma comissão de representação com a finalidade de participar de reuniões em
ministérios do governo federal, buscando investimentos e recursos para o estado
de São Paulo, nos dias 14 e 15 de abril do corrente ano, em Brasília. Isso será
custeado também via verba de gabinete da parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Enio Tatto.
O
SR. ENIO TATTO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, queria fazer uma
comunicação, a indicação da querida, nobre deputada Thainara para a liderança
da Minoria, uma indicação da bancada do Partido dos Trabalhadores e,
obviamente, do PSOL, da REDE, do PCdoB, do PDT.
Então, queria agradecer a todos os funcionários,
a V. Exa., a toda a minha bancada, a toda a bancada da oposição por esses dois
anos que eu estive à frente da Minoria. E desejar sucesso, e eu tenho certeza
de que fará uma gestão brilhante na oposição, na liderança da Minoria,
juntamente com o nosso líder, deputado Donato, e os demais líderes da oposição.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Enio Tatto. Esta Presidência só tem a agradecer também a V. Exa. na
liderança da Minoria. Com toda a experiência que V. Exa. tem por todos os
mandatos, contribuiu muito nesses dois anos.
A deputada Thainara está no seu
primeiro mandato, sei que a régua é alta, mas ela tem capacidade também, como
mulher guerreira que é, da bancada feminista aqui, junto do deputado Donato, de
continuar engrandecendo a luta da oposição aqui nesta Casa.
Então seja bem-vinda, Thainara, e
obrigado, Enio Tatto, por todos os trabalhos nos últimos dois anos como líder
da Minoria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente.
Apenas dizer que será uma tarefa muito difícil manter a qualidade do trabalho
do Enio Tatto, que tanto contribuiu e continuará contribuindo conosco dentro da
bancada. A minha tarefa, junto ao meu líder Donato, é fazer uma oposição
responsável, representar a Minoria dentro desta Casa, dialogando com todos os
pares.
Então, agradecer à minha bancada, à
Federação e a toda a Minoria pela oportunidade de representá-los e dizer a
vocês que teremos bons embates pela frente.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Parabéns,
deputada Thainara. Tenho certeza de que V. Exa. tem competência e capacidade
para estar substituindo o Enio, que continua no seu trabalho árduo na oposição
aqui, como sempre o fez, mas será muito bem apresentado por V. Exa. também como
líder da Minoria.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Gilmaci Santos.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, também queria cumprimentar, parabenizar o deputado Enio Tatto nessa
liderança da Minoria, que nós sempre tivemos aqui um bom relacionamento, bons
debates, embates, mas sempre em prol do melhor para a Assembleia, o melhor para
o estado de São Paulo.
Então eu tenho certeza de que a
Thainara, chegando agora, com essa escola que tem Enio Tatto, Donato, Rômulo e
os demais deputados; Suplicy. Eu falo sempre que a bancada do PT é uma bancada
muito preparada.
Tenho certeza de que você vai dar conta
do recado. E vai ser melhor. Se o voto ficar igual, deixa o Enio. Então eu
tenho certeza de que vai melhorar. Parabenizar também ao Donato, assumindo a
liderança aí do PT. E parabenizar também a outra mulher líder, que é a Andréa
Werner, líder do PSB. E todos os deputados.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr.
Presidente, havendo acordo de lideranças, eu peço o levantamento da presente
sessão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Havendo acordo entre as lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de
hoje, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez
minutos após o término da presente sessão.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 45
minutos.
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