29 DE AGOSTO DE 2025

41ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO GSU - GRUPO DA SAÚDE UNIVERSAL

        

Presidência: EDNA MACEDO

        

RESUMO

        

1 - EDNA MACEDO

Assume a Presidência e abre a sessão às 20h.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pelo Coro do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

        

3 - PRESIDENTE EDNA MACEDO

Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene para homenagear os voluntários do Grupo da Saúde Universal, por solicitação desta deputada, na direção dos trabalhos. Saúda todos os presentes. Enfatiza a importância de todos os profissionais e voluntários relacionados à área da Saúde. Comenta acerca das atividades sociais da entidade homenageada.

        

4 - RUI ALVES

Secretário municipal de Turismo de São Paulo, faz pronunciamento.

        

5 - JEFFERSON TORRES

Pastor e coordenador nacional do Grupo da Saúde Universal, faz pronunciamento.

        

6 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia exibição de vídeo institucional que apresenta o trabalho realizado pelos voluntários do Grupo da Saúde Universal.

        

7 - VANESSA MELO

Profissional da Saúde, faz pronunciamento.

        

8 - DANIELLE GUIMARÃES

Profissional alcançada pelo projeto "Cuidando de Quem Cuida", faz pronunciamento.

        

9 - ELIENE FRANÇA

Profissional alcançada pelo projeto "Cuidando de Quem Cuida", faz pronunciamento.

        

10 - THOMAS CARVALHO DE MELO

Responsável pelo projeto "Sorriso Saúde", faz pronunciamento.

        

11 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia exibição de mensagem, em vídeo, do bispo Jadson Santos.

        

12 - GERARDO ROCA PEREZ

Médico especialista em pediatria e medicina do trabalho, faz pronunciamento.

        

13 - SANDRO VASQUES

Pastor e coordenador do Grupo da Saúde Universal em São Paulo, faz pronunciamento. Anuncia a entrega de certificado ao capelão José Dantas, representando todos os capelães do Grupo da Saúde Universal, e aos membros da Mesa.

        

14 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a entrega de certificados aos homenageados listados. Informa a entrega de homenagens à deputada estadual Edna Macedo e ao pastor Jefferson Torres.

        

15 - PRESIDENTE EDNA MACEDO

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h26min.

 

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ÍNTEGRA

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Edna Macedo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos muito bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de homenagear o Grupo GSU, o Grupo da Saúde Universal, que presta apoio emocional e espiritual às pessoas que passam por tratamento de saúde em unidades hospitalares, por meio de seus valiosos voluntários. Também por meio do Grupo da Saúde Universal, são realizadas campanhas como doação de sangue, palestras de conscientização, vacinas, entre outras.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.

Convido para que componha a Mesa agora a deputada estadual Edna Macedo, proponente e presidente desta sessão. (Palmas.) Convido também o pastor Jefferson Torres, coordenador nacional do Grupo da Saúde Universal. (Palmas.) Convido também Rui Alves, secretário municipal de Turismo de São Paulo. (Palmas.) Convido também, para a extensão da Mesa, o pastor Jonatan Pereira, coordenador. (Palmas.) Pastor Sérgio Clemes, coordenador. (Palmas.)  Dr. Gerardo Roca e Georgina Alub, sua esposa. (Palmas.)

Convido a todos para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pelo Coro do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro primeiro-sargento Davi.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao Coro do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo pela execução do Hino Nacional Brasileiro. Obrigada.

Registramos e agradecemos as presenças das seguintes personalidades: coordenador nacional do projeto “Saúde”, Thomas Carvalho Melo; pastor Sandro Vasques, coordenador do GSU São Paulo; Gerardo Roca Perez, médico especializado em pediatria e medicina do trabalho; Dra. Eliene França, professora e podologista; Danielle Serra Guimarães, podologista clínica; Susana Torres, esposa do pastor Jefferson Torres. Obrigado pela presença a todos. Podem se sentar, por gentileza.

Passo a palavra agora para a proponente desta sessão solene, deputada estadual Edna Macedo, para a abertura da sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos, nos termos regimentais.

Senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de homenagear os voluntários do Grupo da Saúde Universal.

É com grande alegria e emoção que hoje me dirijo a cada um de vocês. Quero saudar com carinho e respeito o pastor Jefferson Torres, coordenador nacional do Grupo da Saúde Universal; o deputado Rui Alves, secretário municipal de Turismo; e, de forma muito especial, todos os profissionais da área da Saúde aqui presentes.

Quando falamos de saúde, falamos de algo muito maior que estruturas físicas e tecnologia. UBSs, UPAs, hospitais privados, clínicas, todos são importantes, mas a verdadeira força está nas pessoas que sustentam esse sistema. Médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, agentes comunitários de saúde, dentistas, palhaços, vocês são a rede viva que cuida de vidas todos os dias.

Mas sei que esse cuidado não é simples. Entre 2010 e 2023, o número de profissionais da Saúde cresceu 78% em todo o Brasil. Mesmo assim, os desafios continuam imensos. Durante a pandemia, por exemplo, uma pesquisa revelou que 86% dos profissionais da rede pública sofreram “burnout” e 81%, estresse. Além disso, sintomas depressivos e a falta de sono se tornaram realidade dolorosa para milhares que estavam na linha de frente.

É triste perceber que aqueles que tanto cuidam, muitas vezes, têm dificuldade de cuidar de si mesmos. Vergonha, medo, receio de mostrar fragilidade, tudo isso pesa no dia a dia. Por isso, é fundamental que as instituições de Saúde ofereçam apoio real: programas de acolhimento, flexibilização de jornadas, espaço de descanso e, sobretudo, reconhecimento pelo trabalho de cada profissional.

E é exatamente nesse ponto que entra o Grupo da Saúde Universal, criado para oferecer não apenas suporte físico, mas também emocional e espiritual. O Grupo da Saúde Universal tem levado o consolo onde muitos encontram dor. Suas ações e evangelizações em hospitais, visitas a pacientes e familiares, campanhas de doação de sangue, palestras de conscientização e mobilizações pela vacinação são expressão de um amor genuíno ao próximo.

Além disso, há o cuidado voltado aos próprios profissionais da Saúde, que tantas vezes sofrem em silêncio. O trabalho do grupo é a prova de que fé e solidariedade caminham lado a lado com a ciência e a medicina. É um gesto que vai além da cura física. É acolhimento, é esperança, é vida compartilhada.

Hoje, nesta Casa de Leis, quero deixar registrada a minha gratidão e o meu reconhecimento. Vocês são inspiração e exemplo de como é possível transformar realidades quando se une dedicação, conhecimento e fé.

Que Deus continue abençoando cada voluntário, cada profissional de Saúde e cada vida alcançada pelo Grupo da Saúde Universal. Sigamos juntos nessa missão de cuidar de pessoas com corpo, mente e alma.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos, deputada Edna Macedo, pelo seu discurso. E eu convido agora, para fazer uso da palavra, Rui Alves, secretário municipal de São Paulo.

 

O SR. RUI ALVES - Boa noite a todos. É um prazer enorme estar aqui com todos vocês. Quero dedicar estas primeiras palavras à nossa excelentíssima deputada estadual Edna Macedo. Muito obrigado por a senhora ter me convidado, que eu faço questão de vir prestigiar, principalmente quando a gente está prestigiando pessoas que, de fato, fazem algo de bom para a sociedade. Porque nós precisamos de pessoas assim como vocês, que dão um pouquinho do seu tempo para ajudar o próximo.

Quero cumprimentar o pastor Jefferson Torres. Seja bem-vindo a São Paulo, que eu acho que é a primeira vez que eu encontro o senhor dentro de uma solenidade. É um prazer receber o senhor. Conte com a gente aqui, na cidade de São Paulo. Conte com a Secretaria Municipal do Turismo. Conte com o nosso mandato de deputado estadual. Conte com a gente irrestritamente. Não só o senhor, como também todos que fazem parte do GSU, que é esse grupo tão amado, tão bem e muito bem valorizado pela nossa deputada estadual Edna Macedo.

Quero cumprimentar o pessoal que está na Mesa extensora, que é o Jonatan Pereira, meu parceiro de zona sul. Gerardo Roca Perez, prazer em conhecê-lo pessoalmente. Georgina Alub, prazer em conhecer você. Seja bem-vinda. E o meu amigo Sérgio Cremes, amigo de todas as quintas-feiras, todos os dias. Qual é o programa da rádio que o senhor faz? (Vozes fora do microfone.) “Especial Sertanejo”, na rádio. Quem o ouve na Rádio Record?

Eu preparei um discurso que eu tenho certeza que expressa, por completo, todo o pensamento que eu tenho a respeito de toda a atividade que é feita para as pessoas com o objetivo de ajudar o próximo. É uma honra participar desta sessão solene em homenagem ao Grupo da Saúde Universal, um projeto que, com dedicação e amor ao próximo, cumpre uma missão essencial: levar cuidado, acolhimento e esperança às pessoas em momentos de fragilidade.

Eu posso falar isso para você, que, no decorrer desse tempo todo que a gente serve a Deus, foram muitas as vezes que nós fomos fazer visita dentro dos hospitais, manicômios, leprosários. A gente já foi em tudo. E a gente sabe que, quando a gente olha para uma pessoa doente, que ninguém vai visitá-la, nós somos a luz no meio das trevas. É ou não é verdade? Porque o que tem de gente abandonada nessa situação, neste Brasil, não é brincadeira.

O Brasil possui um dos maiores sistemas públicos de Saúde do mundo, o SUS, que atende mais de 215 milhões de brasileiros. No entanto, sabemos dos desafios. A sobrecarga do sistema, a limitação de leitos hospitalares e a carência de profissionais tornam o ambiente ainda mais difícil para pacientes e familiares.

Eu falo isso porque, dona Edna, como o gabinete da senhora que todos os dias recebe demandas de Saúde, não é brincadeira. Eu sei que a senhora atende a todos, como também eu recebo demais demandas de Saúde, porque as pessoas ligam para a gente: “O meu familiar está aqui na fila”.

Aí você sente a dor da pessoa e você quer resolver aquilo de uma maneira rápida para que a pessoa seja atendida. Então a gente vê e a gente sabe como funciona todo o sistema, e a gente está atuando de maneira direta para que isso mude.

É nesse cenário que o Grupo da Saúde Universal exerce um papel fundamental. Mais do que presença, o projeto oferece humanidade. Onde você anda em uma cidade, em um país, no mundo, pelo que você vê pelas mídias sociais, parece que o ódio está à flor da pele.

Quem já percebeu isso? Tem pessoa que você tromba com ela na rua e parece que ela olha para você com a cara querendo lhe agredir, principalmente aqui na nossa cidade, neste trânsito caótico. Toda hora a gente passa por uma situação em que, se você não ficar calado, acaba até brigando, ou se defendendo.

Mais do que presença, o projeto oferece humanidade, visitas a hospitais, apoio emocional, palavras de fé e gestos simples que fazem toda a diferença no processo de recuperação. Porque todos nós sabemos que saúde não se resume a exames e medicamentos. É ou não é verdade? Eu posso falar de uma coisa importante, que resume uma visita dentro do hospital: amor ao próximo. Porque são pessoas que a gente nem conhece, mas uma palavra que você dá abençoa.

Eu lembro, dona Edna, que eu fazia um trabalho no Asilo dos Velhos. E nesse trabalho, no Asilo dos Velhos, teve um pastor que chegou para mim e falou assim: “Você já aproveita essa visita, já fala de Jesus e já batiza, porque na próxima semana você não sabe se ela vai estar lá de novo”. Para você ver como que Deus, quando chega em um lugar, o objetivo principal dele é o que? Salvar.

Então a gente fazia e era assim mesmo. A pessoa que a gente visitava no final de semana, quando a gente procurava vê-la na semana que vem, já tinha falecido. Então a gente tinha que se entregar totalmente àquele atendimento, àquela palavra que salva, porque o nosso objetivo é levar a cura, levar a palavra de fé, mas, principalmente, o objetivo é de salvar a alma daquela pessoa.

Por isso este reconhecimento é mais do que justo. O GSU demonstra na prática o verdadeiro sentido de servir e de estar ao lado de quem precisa, levanto alívio, conforto e fé. Que esse trabalho siga inspirando outros projetos e continue transformando vidas em cada hospital visitado. Agradeço a cada voluntário que dedica sua vida a estender a mão àqueles que mais precisam.

Eu estava meditando nesta palavra na hora em que eu vim para cá. Está escrito em Mateus 25:35. Eu acho que você já deve ter lido essa passagem na Bíblia: “Porque tive fome...” Fala mais alto aí, pessoal. (Manifestação nas galerias.) “Tive sede...” (Manifestação nas galerias.) “Era estrangeiro, e hospedastes-me. Estava nu, e vestistes-me”. Essa é a mais importante “Adoeci...” E o quê? (Manifestação nas galerias.) “E fostes me visitar.”

Nós estamos cumprindo a palavra de Deus. E eu fico feliz e me sinto lisonjeado de estar aqui nesta tribuna para prestar essa homenagem a cada uma de vocês, mulheres, que está aqui. Para a senhora ver, dona Edna, a maioria é mulher. Cadê os homens? Fiquem de pé os homens aí. Um pouquinho, meu Deus do céu. Quer ver? Sentem os homens aí. Agora fiquem de pé as mulheres. As mulheres arrebentam, rapaz. Olhe aí. Olhe, dona Edna. Meu Deus.

É uma honra - podem se sentar - estar aqui com vocês. Eu agradeço a Deus pela vida de vocês. Que Deus abençoe o trabalho que vocês fazem, e que, quando vocês forem para uma próxima visita, a sua próxima visita, essa pessoa encontre Jesus e seja salva. Se você tiver fé, põe a mão e fala: “Seja curado”. E deixa o negócio para Deus resolver. Deus abençoe vocês.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, secretário, pelas palavras. Convido agora, também para fazer uso da palavra, o pastor Jefferson.

 

O SR. JEFFERSON TORRES - Dos meus dez minutos, perdi 30 segundos até aqui, mas valeu. Boa noite a todos.

 

TODOS - Boa noite.

 

O SR. JEFFERSON TORRES - Eu saúdo a deputada Edna Macedo, o deputado e secretário Rui; em nome dos senhores, saúdo toda a Mesa, o pastor Sandro e o pastor Jonathan, que nos ajudam a capitanear esse grande batalhão junto com outros coordenadores aqui. Saúdo todos os presentes. Que Deus abençoe a todos.

O Senhor Jesus, na primeira missão que tem registro na Bíblia, enviou 70 discípulos para curar os doentes não só das doenças físicas, mas também das doenças da alma, libertando-os das forças espirituais do mal. Hoje nós temos só aqui em São Paulo mais de oito mil discípulos no GSU.

Como esta homenagem está sendo transmitida, alcançando todos os nossos membros no Brasil, aproveito para registrar esse número no Brasil, que está caminhando para 30 mil, estamos perto. Passamos já, e muito, do que se esperava, então esse exército hoje está cada vez mais forte e maior.

Mas, falando do trabalho e da missão que é realizada por esse grupo, se é que assim pode se chamar um batalhão, um exército dessa magnitude. É muito mais do que um grupo. Nós estamos prestando os serviços que o Senhor Jesus nos outorgou e nos comissionou, que é cuidar da vida das pessoas.

O Grupo da Saúde Universal nasceu com o objetivo primordial de dar assistência humanitária, emocional e espiritual, especialmente aos profissionais da Saúde. Hoje no Brasil já somos mais, muito mais de 64 mil profissionais alcançados pelo GSU. E nós estamos indo além disso, porque nós não alcançamos apenas os profissionais da Saúde, que necessitam tanto desse apoio.

Porque daqui a pouquinho vamos falar melhor, em outros momentos... A Vanessa deve falar também ainda hoje sobre o projeto “Cuidando de Quem Cuida”, que é o projeto que abarca com muita responsabilidade todo atendimento necessário para os profissionais de Saúde.

Mas nós estamos indo além disso. Estamos alcançando os pacientes desses profissionais, estamos alcançando as famílias desses pacientes. Só nesse primeiro semestre de 2025, nós já conseguimos atender a quase cinco mil instituições hospitalares em todo o Brasil, alcançando também mais de 120 mil pessoas, só pelo “Social Saúde”.

“Social Saúde”, para quem não sabe - bom, todos que estão aqui sabem, mas quem está acompanhando a transmissão pode não saber -, o “Social Saúde” atua diretamente com as comunidades, em eventos que alcançam pessoas que têm restrições e muita dificuldade de acesso à Saúde.

Quando falo de saúde, estou falando da saúde não só física, mas a saúde emocional e espiritual também. Então são mais de 120 mil pessoas alcançadas só no primeiro semestre de 2025. Mais de 300 mil pessoas assistidas pelos agentes do bem, que são vocês, e pelos capelães hoje em todo o Brasil.

Então nós estamos, eu acredito que nós estamos cumprindo a missão, porque é apenas o Grupo da Saúde Universal que está fazendo isso, com essa quantidade de pessoas. Mas nós temos obreiros, temos outros grupos na Universal que se esmeram. Então a Igreja Universal está fielmente cumprindo a missão dada, entregue pelo Senhor Jesus.

E quando se fala de Grupo da Saúde, a gente tem que trazer para o aspecto amplo, para o aspecto macro. Saúde não é apenas biológica, física e espiritual - já falamos isso. Mas ela não pode estar desassociada da fé. A dona Edna, na sua primeira fala, já deixou isso claro, porque essa é a mentalidade do Espírito Santo através do bispo Macedo. Há muitos anos, ele já falava isso, e falava em público.

Eu me lembro, inclusive, de um dos programas do Flávio Cavalcanti, em que ele falava, dando uma das suas primeiras entrevistas - poucas vezes ele fez aparição em público, naquela época principalmente -, quando ele foi indagado se a igreja era contra a medicina, ele deixou claro que ciência e fé andam de mãos dadas. O bispo Macedo disse que no dia em que a fé soltar a mão da inteligência, ela deixa de ser fé e vira fanatismo. E quando a ciência soltar a mão da fé, ela deixa de ser ciência, ela vira ceticismo.

Então ciência e fé obrigatoriamente têm que andar de mãos dadas para funcionar, para cumprir o seu papel. No dia em que houver essa desassociação - infelizmente acontece em alguns casos -, então se perde o rumo, se perde o norte. E acontecendo isso não se alcança o resultado.

Nós temos alcançado o resultado, porque nós temos usado a fé inteligente. Temos usado fé e ciência não como opostos, mas como aliados. Porque Deus é ciência. Aliás, as sagradas escrituras dizem que Deus foi quem ensinou a sabedoria. Então tudo o que a sabedoria sabe, ela aprendeu com Deus. Tudo o que hoje a ciência traz a lume foi entregue por Deus. Então nós estamos levando a fé, abraçando a ciência também.

Por isso esse trabalho tão importante do Grupo da Saúde. E eu quero agradecer publicamente a todos os senhores por se despojarem para essa luta, por se doarem. Porque vocês alcançam pessoas que vocês nem conheciam, pessoas que vocês nem conhecem, pessoas que estão abandonadas por muitos, já sem esperança, sem expectativa de vida, desiludidas, pessoas que se encontram perdidas em meio aos seus problemas, em meio aos seus desafios, sem saber o que fazer.

E quando os senhores se apresentam em uma unidade hospitalar ou em uma residência onde tem uma pessoa necessitando do apoio espiritual e do apoio da medicina, também os senhores chegam levando vida. E a vida é recobrada para aquela pessoa, que já não esperava mais nada a não ser cumprir os seus últimos momentos.

E levando vida, vocês estendem esse momento por muitos anos. Tem um propósito isso tudo: um propósito de multiplicação. Porque a vida que vocês levam para outras pessoas, essas outras pessoas estarão levando para muitas outras também. Foi o que aconteceu conosco. Hoje nós damos de graça o que de graça nós recebemos.

Então sigamos em frente, firmes nessa fé, nesse propósito. Não vamos desvanecer, não vamos retroceder, não vamos olhar para trás independentemente das circunstâncias, independentemente de elas serem favoráveis ou desfavoráveis - isso não interessa. Nós temos um foco, nós temos um alvo, que é multiplicar o reino de Deus aqui na Terra.

Nós vamos fazer isso com excelência, não visando à recompensa, que sabemos que teremos, seremos recompensados - mas mesmo que não tivéssemos essa promessa de Deus -, porque essa recompensa que iremos receber vai muito além da esfera terrena, essa recompensa é eterna.

Mas, independentemente dessa recompensa, ainda que nós não tivéssemos recompensa nenhuma a receber, nenhuma, eu tenho absoluta convicção - pelo espírito que está em mim e pelo espírito que está nos senhores - que nós iríamos cumprir da mesma forma, até o fim.

E não tem diabo, não tem demônio, não tem inferno, não tem ninguém usado por eles que possa nos deter, que possa nos fazer parar. Nós vamos avançar, nós vamos em frente e nós vamos fazer o que fomos chamados para fazer. E repito: com excelência. Não é de qualquer jeito, não é a toque de caixa, não é de qualquer jeito que nós vamos cumprir a missão que nos foi entregada. Nós vamos fazer de corpo, alma e espírito.

E aquilo que precisamos nos aperfeiçoar, nós buscamos o aperfeiçoamento dado por Deus. Independente de que forma que Deus vai nos aperfeiçoar, vai nos entregar esse aperfeiçoamento - se diretamente do seu espírito ou de outra forma. Deus vai nos aperfeiçoar no que precisarmos, desde que nós nos mantenhamos com esta visão, com este entendimento: nós estamos aqui a serviço do nosso Deus.

Não esqueça, foram 70 pessoas que iniciaram essa caminhada só do Grupo da Saúde Universal no Brasil, só o GSU. Hoje estamos chegando perto de 30 mil pessoas. Vamos em frente e Deus vai nos honrar. Amém?

Que Deus abençoe a todos.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, pastor Jefferson, pelas palavras. Assistiremos, neste momento, a um vídeo que conta um pouco do trabalho realizado pelos voluntários do grupo.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Parabéns aos voluntários do grupo por sua dedicação e empenho nesse trabalho incansável. Parabéns.

Convido agora para fazer uso da palavra... Perdão. Antes eu quero anunciar a presença do padre André Perez, cirurgião plástico. Convido agora para fazer uso da palavra a profissional de Saúde Vanessa Melo.

 

A SRA. VANESSA MELO - Boa noite a todos. Boa noite à Mesa Diretora: excelentíssima deputada Edna Macedo, deputado Rui Alves, pastores coordenadores, Dr. Gerardo, querida Georgina.

É um prazer estar aqui falando um pouquinho sobre o projeto “Cuidando de Quem Cuida”, que, na verdade, nasceu de uma lacuna que existia na nossa sociedade, porque a gente só valorizava o hospital, os pacientes.

Falava-se muito dos problemas de saúde da nossa sociedade, mas e dos problemas que os profissionais enfrentam? Quem fala, quem cuida, quem presta atenção neles? E foi dessa forma que nasceu o projeto “Cuidando de Quem Cuida”, para olhar, acolher e valorizar o profissional.

Eu vou falar para vocês que, como profissional de Saúde, é uma responsabilidade imensa trabalhar nessa área, porque nós lidamos com dois pesos. O primeiro é a expectativa do paciente. Muitas vezes, eles nos procuram como a última saída, a última porta, depois de tantas frustrações.

Também, por trás disso, tem as expectativas da família. Por outro lado, nós temos a ciência, nós temos os tratamentos de saúde. E aqui no meio estamos nós, tentando fazer com que esse casamento seja perfeito, o profissional encontre o melhor tratamento para o seu paciente.

Mas, muitas vezes, quando a gente não encontra o êxito entre esses dois pesos, esse equilíbrio, o profissional se sente culpado, triste, desvalorizado e, muitas vezes, desmotivado, porque o nosso maior desejo é devolver a qualidade de vida para os pacientes. Então, você, pense comigo...

E isso a gente está falando de um caso. Agora, quantos casos a gente recebe por dia, por mês, por ano? E esse looping emocional vai mexendo com o profissional, que, muitas vezes, não sabe administrar. É aí que entram os problemas emocionais, as doenças psicossomáticas, e o corpo começa a pedir socorro.

Dessa forma, eu consigo até trazer um recorte ainda maior para a minha área, que é a saúde da mulher. A mulher tem tantas responsabilidades, não só com a área da Saúde, né. A mulher... Hoje em dia, o censo demográfico médico mostrou que 50,9% dos médicos no Brasil são mulheres.

E isso é muito bom, é muito positivo. A mulher tem essa capacidade de cuidar, acolher o paciente com tanto cuidado e amor. Mas, por outro lado, lidar com as responsabilidades de casa, da família, da saúde... Torna-se praticamente impossível equilibrar esses pratinhos, vamos dizer assim.

Então, é dessa forma que veio o Grupo da Saúde, juntamente com o projeto “Cuidando de Quem Cuida”, como um respiro, um acolhimento e, principalmente, um fortalecimento espiritual para todos os profissionais de Saúde. É impossível falar que a ciência exclui a fé.

Hoje em dia, nós já temos publicações de revistas internacionais falando que pacientes e profissionais que aderem ao uso da fé nos seus tratamentos, no seu cotidiano, têm uma melhora imensa no seu tratamento e resultados muito positivos para chegar à cura.

Então, o profissional de Saúde que aprende a usar a fé e, principalmente, a fé inteligente, consegue desenvolver a sua profissão, a sua missão de cuidar do paciente com muita maestria. E é uma honra fazer parte desse projeto, estar dentro desse projeto e, principalmente, eu acredito que valorizar o profissional da Saúde é valorizar quem cuida, quem se esforça e quem ama cuidar do paciente.

Por isso, deixo aqui o meu reconhecimento por esse trabalho, por essa equipe que desenvolve esses trabalhos com os profissionais, e principalmente, também, a todos os voluntários que fazem esse projeto dar certo, que estão representados por cada um de vocês; aos pastores coordenadores, que sempre nos apoiam; e à deputada Edna Macedo, que sempre está engajada nos propósitos de Saúde, para ajudar e levar esse projeto adiante o máximo que nós conseguirmos.

Muito obrigada a todos.

Uma excelente noite. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Pessoal, quem faz ao vivo... Como é que é o ditado? Quem faz ao vivo... (Vozes fora do microfone.) Exatamente isso.

Eu quero aqui pedir perdão, foi um erro do cerimonial. O Dr. André Perez, cadê ele? Quero pedir desculpa, tá? Falei que o senhor é padre, mas não é padre, é doutor. Mas foi um erro do Cerimonial, tá? Estou aqui pedindo desculpas, tá bom? Por favor. Oi? (Vozes fora do microfone.) Faz, não é? A gente sabe. Seja bem-vindo, doutor.

Continuando com a nossa sessão.

Obrigada, Vanessa, pelas palavras.

E agora eu chamo, para fazer uso da palavra também, as Dras. Eliene e Danielle, profissionais alcançadas pelo projeto “Cuidando de Quem Cuida”.

Por favor.

 

A SRA. DANIELLE GUIMARÃES - Boa noite a todos. Quero agradecer pela oportunidade. Saúdo a deputada Edna Macedo e todos os presentes. Eu sou a Danielle. Esta aqui é a Eliene, ela foi minha professora na universidade.

E, durante o período em que eu estive cursando o curso de             podologia, em que ela foi minha professora, eu tive uma experiência incrível, porque foi através da vida dela que eu pude trazer aqui hoje esse exemplo de transformação através do projeto “Cuidando de Quem Cuida”.

Então, quando eu fui aluna dela, ela era uma excelente professora, mas ela tinha uma comunicação muito agressiva. Então, isso mostrava o que ela tinha, a necessidade de cuidado que ela tinha. Então, ela se comunicava agressivamente com os alunos.

E isso era mostrado porque os alunos das turmas anteriores, antes de chegar no estágio, tinham medo dela, já tinham um receio. Então ela tinha uma fama de uma pessoa muito rigorosa. Então, quando nós nos aproximamos no estágio, nós conversamos muito.

Quando eu terminei a faculdade, nós mantivemos contato. E por diversas vezes eu a convidei para conhecer esse projeto “Cuidando de Quem Cuida”, com as palestras e cuidado aos profissionais, mas ela foi muito resistente. E quando ela passou por uma situação muito difícil na vida dela, aceitou o convite, e aí foi quando a transformação aconteceu, porque esse é o objetivo do projeto.

Ele é um instrumento de transformação, não só da saúde física, como já foi falado aqui, mas da saúde espiritual. E isso... Quando uma pessoa é transformada, ela reverbera isso em tudo: na profissão, no atendimento ao paciente. Então ela vai contar um pouquinho como foi essa transformação.

 

A SRA. ELIENE FRANÇA - Boa noite a todos. Sou grata a Deus pela vida da Dani. Em outubro de 2022, eu aceitei o convite. Ela já tinha me convidado várias vezes, mas eu vou falar para vocês que eu não aceitava porque eu tinha preconceito com a Igreja Universal. E naquele dia eu aceitei, e o projeto me recebeu super bem.

Fui bem-recebida e eu fui curada, tanto da vida física como espiritual. Fui transformada. Então era a doença da alma. Então eu fui curada da alma e do espírito. A importância do projeto, de quem cuida... A Dani foi - é bem gratificante, não é, Dani? - uma peça principal para todos nós, porque através da Dani eu conheci o projeto.

Faço parte do projeto e falo para todos que venham no encontro. Como é bom participar do projeto, de quem cuida cuidando de nós todos, e não só da saúde física, mas da saúde espiritual. (Palmas.)

 

A SRA. DANIELLE GUIMARÃES - Muito obrigada a todos. Este espaço mostra tudo, como já foi falado. Então nós só temos a agradecer ao Grupo da Saúde, ao projeto, por esse cuidado com os profissionais da Saúde.

E este espaço nos incentiva a continuar nessa missão, a continuar nesse propósito, gerando transformação na vida de outras pessoas, de outros profissionais, que vão gerar outros, e assim a gente vai multiplicando.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, doutoras, pelas palavras. Convido a fazer uso da palavra o responsável pelo projeto “Sorriso Saúde”, Thomas Carvalho de Melo. Deixe a cadeira, por favor. Com cuidado, devagar.

 

O SR. THOMAS CARVALHO DE MELO - Boa noite. Funciona. Boa noite, deputada. Boa noite, pastor, pastores, todos os presentes. Serei breve nas palavras. Como eu não sou muito bom nesse negócio de improvisar, eu trouxe... Ai, está ao contrário, inclusive.

Porque no princípio... Não, essa aqui a deputada já falou. O pastor também comentou, o deputado. O senhor toca umas músicas bacaninhas, não é? Lá na rádio. A abertura já foi... Eu trago essas coisas, mas o pessoal fala antes da gente. É verdade, fala, fala, sim. Eu queria agradecer a presença de todos.

O projeto “Sorriso Saúde” tem um propósito simples, que é levar a alegria do Senhor, porque a alegria do Senhor é a nossa força. A gente chega em um hospital, que não é um ambiente apropriado para esta figura, e causa estranheza. E a nossa estranheza ali quebra, muitas vezes, aquele momento de dor, de tristeza, de amargura, que a pessoa está vivendo, de desalento, muitas vezes.

E com um simples gesto, que cada um de nós fazemos, muda aquele ambiente, que é o sorriso. É o único gesto que é universal. Em alguns países eu não posso fazer esse gesto do “joinha” porque é ofensivo. O único gesto universal é o sorriso.

Então a gente chega de uma forma simples, como Jesus chegou. Despercebido nem sempre, porque sempre causa algum tipo de alvoroço, mas aquele alvoroço tem um único propósito, de transformar aquele ambiente. Quando a presença de Deus chega ali, transforma.

E eu vou ler um texto, que é um depoimento, que é um hospital que a gente já visita há alguns anos. Um médico, em um determinado momento, a gente estava saindo, quando encontrou com a gente, ele fez o seguinte, ele falou: “Para. Preciso que vocês visitem uma paciente que acabou de sair de uma cirurgia muito complicada. Ela está voltando da anestesia, e eu faço questão que vocês vão até o quarto dela”.

E nós fomos ali, brincamos, tudo. Quando a gente sai ele fala: “Olha, essa pessoa não abria os olhos, essa pessoa não sorria há muito tempo. O simples fato de vocês entrarem aqui transformou esse ambiente”. E isso, para a medicina, é muito importante, porque isso faz com que a recuperação dela seja muito mais rápida.

E ele fala: “Vocês deveriam ler um poema de Mário Quintana”. Uma outra vez ele nos encontrou no hospital e falou: “Vocês já leram?”. E esse é o poema que eu quero ler, porque ele reflete um pouquinho daquilo que o trabalho do projeto “Sorriso Saúde” faz e representa dentro do Grupo da Saúde. O nome do poema é “O Sorriso”.

“O Sorriso nada custa, mas acrescenta muito.

Enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores.

Dura apenas um segundo, mas muitas vezes a memória o guarda para sempre.

Traz a felicidade ao lar.

Alimenta a boa vontade entre as pessoas.

É a senha entre os amigos.

Serve de incentivo para o desanimado, de alegria para o triste e de repouso para o fatigado.

Contra o mau humor, é o maior antídoto da natureza.

É o maior e o melhor cartão de visitas.

Acalma os nervos e estimula a circulação de todo o rosto.

Promove harmonia em todo o nosso organismo.

Enfim, dá brilho aos olhos e simpatia ao caráter.

Então, sorria.”

E é isso que a gente leva ali, em cada um dos hospitais onde o Grupo da Saúde tem a oportunidade de entrar. Tá bom?

Agradeço a todos.

Que Deus abençoe cada um. (Palmas.)

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, Spoleto, pelas palavras. Spoleto é o nome dele de palhacinho, tá, gente? Por favor.

Neste momento temos uma homenagem, uma mensagem, aliás, do bispo Jadson Santos enviada por vídeo. Vamos assistir?

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, bispo, pela mensagem. Convido para fazer uso da palavra, para falar sobre a importância deste grupo e também da capelania, o Dr. Gerardo Roca Perez, médico especialista em pediatria e medicina do trabalho. Doutor, por gentileza.

 

O SR. GERARDO ROCA PEREZ - Boa noite a todos. Boa noite, excelentíssima deputada Edna Macedo, pastores. Minha querida esposa, boa noite. Como vocês estão ouvindo o meu sotaque, eu sou boliviano. Sou médico boliviano, já estou aqui no Brasil há 20 anos.

Para ir ao ponto, a primeira coisa que eu queria falar para vocês é que, quando me convidaram para fazer parte do Grupo da Saúde, eu falei “não”. Um simples “não”. E aí eu pensei, pensei: “Eu estou todo dia no hospital. Quando eu saio das minhas funções de médico, vocês querem que eu retorne ao hospital?”. Então parece ter uma coisa meio engraçada, né?

Mas, Deus, na sua infinita misericórdia, foi me mostrando aos poucos a importância desse trabalho, que não era físico, porque aqui tem vários profissionais da Saúde presentes. Vocês sabem que a gente faz um tratamento paliativo. A gente dá suporte para a pessoa doente até o corpo dela criar os anticorpos e se recuperar por ela mesma. A gente não cura diretamente. São poucas as doenças que realmente a gente cura fisicamente.

Mas esse trabalho de capelania de chegar ao doente vai além. E a boa notícia disso é que todos nós temos esse poder de levar essa cura, cura total, não uma cura paliativa, nem uma cura de suporte, uma cura total. E isso eu não falo somente por ter visto testemunhos na igreja.

Vocês mesmos já devem ter presenciado vários testemunhos de pessoas com doenças incuráveis. Eu tenho essa certeza por ver isso. Eu vi com meus próprios olhos o poder que faz - não sei de quem que é esse copo de água, mas não é meu - a fé no Senhor Jesus. Então eu vi, ninguém precisou me contar.

Eu tive a oportunidade, 15 dias atrás, de estar literalmente no lixão da cidade, ou como a Bíblia fala, no monturo - não é, pastor? -, no lixão da cidade. A gente foi para a Bolívia. Aqui no Brasil, a maioria tem os hospitais com bastante estrutura, mas lá é realmente precário. A gente foi ao lixão, onde é depositado o lixo da cidade, e lá as pessoas moram ao redor desse lixão. E a gente foi fazer um trabalho com a minha esposa...

E as pessoas lá não têm algum remédio para elas colocarem a fé nesse remédio, porque não existe remédio, não existe médico, não existe nada. Então, para ela, ou a fé cura ou ela morre. Então a gente visitou uma senhora doente, com uma febre alta. Não tinha nem uma aspirina para dar para ela. Também falei que não... Não falei que era médico por vergonha, porque não tinha remédio para dar.

Mas aí lembrei da fé. Lembrei... Eu falei uma passagem do Senhor Jesus, quando visitou a sogra de Pedro, que estava com febre. Contei essa passagem para ela, a gente consagrou um copo com água, e falei que se ela cresse, ela ia ser curada, curada totalmente. E ela creu. E foi diante dos meus olhos que ela bebeu a água. E eu vi, ela começou a suar, se livrando da febre.

Então quando o pastor Sandro me pediu para falar sobre a importância da capelania, algumas pessoas pensam que: “Ah não, para ele é fácil, porque ele é médico. Ele pode entrar nos hospitais”. Quando eu entro no hospital, eu não falo que sou médico. Eu sou capelão. Para mim é mais importante ainda.

E capelão, qualquer um que crê no Senhor Jesus, e quer levar cura para as pessoas, pode ser. Tem que fazer um curso para ser orientado, porque todos nós temos que saber nos conduzir dentro do hospital. Mas, em si, a palavra que a gente vai dar naquela hora para o doente vai ser revelada na hora. Por mais que a gente esteja preparado, sempre a palavra vai mudar, porque Deus vai orientar.

É só ter um pouco de coragem e tempo, fazer tempo para Deus. Porque, voltando ao início, quando eu falei que não, que eu ficava todo dia no hospital, e sair de novo para levar a palavra para os doentes, eu pensei que ia ser uma carga muito forte para mim, que não ia aguentar.

Até que lembrei também da passagem do deputado Rui Costa, quando o Senhor Jesus falou: “Estive doente e foram me visitar”. E eu não quero correr o risco de Ele me falar que eu não fui visitá-lo, porque eu tranquilamente poderia dizer: “Mas, Senhor, eu estive o dia inteiro com os doentes”. Mas isso não tem nada a ver com o nosso tempo. A gente tem que fazer tempo para levar a palavra, independente da profissão que a gente pratique.

Então eu fico lisonjeado pela honra de estar aqui falando isso para vocês. Porque essa fé que eu tenho agora foi graças a alguém que pertencia ao Grupo da Saúde, que ele me ensinou e passou a fé, me ensinou a fé. Eu não estaria aqui falando se não tivesse sido cuidado também por esse projeto de que vocês agora falaram, “Cuidando de Quem Cuida”.

Alguém cuidou de mim. Um deles está aqui, o Dr. André, que não é padre. Ele é cirurgião. Isso foi alguns anos atrás, mas Deus me abençoou com a minha esposa, que é aquela que me passa fé quando eu tenho... Porque nós somos seres humanos. Médico não é de pedra não, gente, está bem? Ele também sente medo. Falam-me: “Quando chega um paciente grave, eu me assusto também, mas eu não demonstro”.

Então a mensagem que eu quero transmitir para vocês é: façam tempo para Deus. Porque se... “Ah, eu quero ser capelão. Eu gostaria de entrar nos hospitais”. Mas vocês nunca têm tempo. Do trabalho para casa, vocês vão ter que encaixar um tempo para levar a palavra, para não correr o risco de que o Senhor Jesus fale que não o visitamos. Isso eu vigio todos os dias.

Inclusive, agora, neste exato momento, eu estou acompanhando um senhor que, neste exato momento, está passando por uma cirurgia, com um tumor de laringe. E a todo o tempo eu estou recebendo ligações, não orientando como médico físico, orientando como capelão, passando a palavra, passando a fé, passando que tudo vai dar certo.

Então, obrigado pela oportunidade. Eu sei que todos que estão aqui são conscientes, e cada um tem a sua experiência nesse grupo. Eu queria parabenizá-los. Obrigado, pastor Sandro, pela oportunidade.

Muito obrigado. (Palmas.) 

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, doutor, pelas palavras. Neste momento, fará uso da palavra o coordenador do Grupo GSU de São Paulo, pastor Sandro Vasques. Por favor.

 

O SR. SANDRO VASQUES - Boa noite a todos. Boa noite, pessoal. Dona Edna, obrigado mais uma vez, pastor Jeferson, pastor Rui e todos que estão aqui. O que o Dr. Gerardo falou, às vezes, para algumas pessoas, parece ser contraditório. Falando um pouco aqui de capelania, nós homenageamos aqui o “Sorriso Saúde”, o “Cuidando de Quem Cuida”, mas a capelania, o trabalho de um capelão, é o estágio final da pessoa.

Eu pego muitas visitas, a gente recebe muitas visitas de pessoas em estado terminal. Você sabe o que é você chegar e, no quarto, no leito, está a pessoa que já vai falecer em questão de minutos, e o familiar, que já tem a consciência?

Como um caso que eu peguei esses dias. O marido ligou e falou assim: “A minha esposa vai falecer. O senhor pode fazer a última oração?”. E a mulher já sabia que ia falecer, os três filhos pequenos sabiam que ela ia falecer. E ela falou assim: “Pastor, por aquela porta eu não estava esperando o médico. Por aquela porta eu estava esperando o capelão, e o senhor entrou. Então eu vou em paz”.

E o capelão, nós temos essa responsabilidade de ser a última pessoa de quem a pessoa vai ouvir a oração, de quem ela vai ouvir a voz, de quem ela vai ouvir uma palavra. Às vezes a última palavra não é nem do familiar, não é nem do médico, é do capelão. Quantas visitas a gente recebe que quando a gente sai do quarto: “Pastor, faleceu”. Desce no estacionamento, estamos dirigindo: “Pastor, só para avisar que ela faleceu”.

E esse papel do capelão - muitas pessoas, às vezes, não sabiam desse trabalho do Grupo da Saúde - é essencial. O que é o capelão hoje da Igreja Universal, do Grupo da Saúde? O capelão é como se fosse um socorrista, um médico do resgate. Você vê que, quando recebe uma ligação, o resgate não fica: “Daqui a pouco eu vou. Vou esperar um pouquinho, esperar o rodízio”. Não, vai na hora.

Esse é o trabalho que os capelães fazem. Recebe uma visita, vai na hora. Por quê? Porque a gente não sabe se aquela alma vai ter tempo de esperar até amanhã, esperar passar o feriado. E é o que o Dr. Gerardo falou. Às vezes, eu repito, parece ser contraditório o médico falando de capelania, mas o Grupo da Saúde traz que a ciência trabalha aliada à fé.

E essa homenagem também se estende aos capelães, que são pessoas que saem como um socorrista de resgate, saem de onde estiverem, têm disposição, disponibilidade, vão até o hospital.

E, diferente do médico - o médico trata o corpo, não desvalorizando -, o capelão, às vezes, nessa situação, se torna mais importante que o médico. Porque o médico está lá cuidando do corpo, fazendo o que dá para fazer, só que o capelão chega para cuidar da alma e resolve a vida da pessoa. Amém?

Então a gente está aqui para também homenagear os capelães. Aproveitando essa homenagem, eu gostaria de chamar o Sr. José Dantas. Por gentileza, se aproxime aqui da frente, por favor. E o pastor Jefferson, que vai entregar o certificado de capelão para o Sr. José Dantas.

Por que o Sr. José Dantas? Pode ficar aí. Ele é melhor do que alguém? Não, não é melhor. Mas eu trouxe o Sr. José Dantas, capelão, pelo exemplo de trabalho. O Sr. José Dantas recebe visita da gente, da central de visitas, praticamente o dia todo. Não que ele seja um desocupado. Ele trabalha, tem emprego. Mas é o que o Dr. Gerardo falou: ele faz tempo para Deus.

Todos os dias ele está dentro do Hospital das Clínicas. Todos os dias ele está no InCor, lá no polo de hospitais, dos hospitais das clínicas, atendendo todos os dias visita. Ele é um daqueles que eu falei, que chega no último momento. Várias visitas que ele faz, eu recebo assim da família: “Pastor, obrigado. O capelão foi lá e meu familiar partiu com Jesus. O capelão o batizou”.

Então hoje o Sr. José Dantas está aqui representando todos os nossos capelães, simbolicamente, porque não dá para entregar o certificado para todo mundo aqui na frente. Então o pastor Jefferson, simbolicamente, vai entregar para o Sr. José Dantas este certificado.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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O SR. SANDRO VASQUES - Enquanto eles tiram a foto ali, eu convido também a dona Edna, que ela vai me ajudar, junto com o Dr. André, a entregar o certificado aos convidados aqui da frente e depois vai receber.

Pode tirar a foto aí. Fica à vontade. Dona Edna desce para entregar comigo, por gentileza. Quando a dona Edna se posicionar junto comigo e o Dr. André, os demais aqui da frente vêm receber da gente aqui.

Obrigado.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Os 20 homenageados, por gentileza, aqui na frente. Os 30 homenageados, por favor, aqui na frente. O pessoal que não está aqui na frente, recebam seu certificado também, está bom?

 

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- São entregues as homenagens.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Eu peço que todos permaneçam em seus lugares, inclusive aqui na frente, deputada, secretário, pastor Jefferson, por gentileza.

Vamos fazer uma outra foto agora, voltada a vocês. Peço, por gentileza, fiquem em pé e levantem seus certificados, por gentileza, para uma foto especial. O pessoal aqui da frente permaneça aqui na frente, por gentileza.

Então pode ir pessoal. Pode ir, pode ir. O pastor pediu para vocês sentarem. Pode ir. (Vozes fora do microfone.) De pé, em seus lugares, com os certificados para o alto. Pastor Jefferson, ali com a deputada, por gentileza. Os coordenadores também.

Isso. Segurem um pouquinho aí. “Quem sabe faz ao vivo”, lembrei. Lindo, lindo, lindo. Permaneçam. Sorriam. Muito bom. Muito bom. Parabéns, pessoal. (Palmas.)

Deputada, permaneça, pastor Jefferson, secretário, que agora a deputada estadual Edna Macedo vai receber uma singela homenagem. Pastor Sandro? Ela merece ou não merece, gente? Ela está emocionada. (Vozes fora do microfone.) Merece? Isso.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Abre! Abre!

 

TODOS - Abre! Abre! Abre!

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Que lindo! (Palmas.) Lindo. Vamos tirar a foto agora. “Chega de foto. Não aguento mais foto.” Ah, tem uma surpresa para o pastor Jefferson também.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Oh! Abre! Abre!

 

TODOS - Abre! Abre! Abre!

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Oh! Abre, pastor. A gente quer ver. Mostra para nós aqui. (Palmas.) Parabéns, pastor Jefferson. Ai, ai, são tantas emoções. Parabéns. (Palmas.) Convido as autoridades que voltem à mesa, por gentileza. Essa foto vale ouro. Também quero a minha depois, hein, deputada. Vocês gostaram, gente?

 

TODOS - Sim.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Estão cansados? Podem se sentar. Eu vou passar a palavra agora para a nossa deputada, Edna Macedo, para que ela faça o encerramento da sessão.

 

A SRA. PRESIDENTE - EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - São tantas as emoções. Ai, meu Pai. Em primeiro lugar, eu quero agradecer a Deus pela minha vida, por tudo que Deus tem me dado e me permitido exercer o meu mandato com dignidade, com fé e com amor ao próximo.

Agradecer a Deus pelos meus amigos, por todos vocês existirem. Obrigada de todo o meu coração aos pastores e a todos aqueles que têm orado por mim. Porque a luta é grande, mas a vitória é certa, porque nós confiamos em um Deus grande e poderoso.

Muito obrigada.

E quero dizer para vocês: o mandato é um sacerdócio, porque nós representamos o povo. Aqueles que nos outorgaram sentar em uma cadeira e ter esse status. A gente não é nada. A gente está deputado. Então eu tenho uma gratidão a Deus, que tem me dado direção e me ensinado, dia após dia, a ter compaixão das pessoas, a me colocar no lugar das pessoas.

“Se fosse comigo, como eu gostaria de ser tratada?” - esse é o meu mandato. O mandato não é meu, é do povo, para o povo e pelo povo. Muito obrigada por vocês estarem aqui, por tudo que vocês representam, pelo que vocês fazem. Que Deus os abençoe abundantemente, em nome do Senhor Jesus. Obrigada de coração. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço às autoridades presentes, ao pastor Rui, deputado, secretário, à minha equipe, aos funcionários do serviço de som, da taquigrafia, da fotografia, do serviço de atas, do Cerimonial, da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa, da TV Alesp, das assessorias policiais, Militar e Civil, bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para o pleno êxito desta sessão.

Obrigada aos pastores. Pastor Jefferson, na pessoa do senhor eu cumprimento e agradeço a todos os pastores, a todos os doutores, a todos vocês. Meu muito obrigada de todo o meu coração.

Beijo no coração.

Que Deus abençoe vocês. (Palmas.)

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 26 minutos.

 

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