4 DE FEVEREIRO DE 2025
1ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: SOLANGE FREITAS, CARLOS GIANNAZI, MAJOR MECCA, CAPITÃO TELHADA e PROFESSORA BEBEL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - SOLANGE FREITAS
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h03min.
2 - DR. JORGE DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
4 - BRUNO ZAMBELLI
Para comunicação, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Cumprimenta o vereador de Mogi Guaçu, Alex Tailândia, presente no Plenário.
6 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - DONATO
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PAULO MANSUR
Para comunicação, faz pronunciamento.
9 - MARCELO AGUIAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
13 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - RAFAEL SARAIVA
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
15 - DR. JORGE DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - SOLANGE FREITAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - MÁRCIA LIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - CAPITÃO TELHADA
Assume a Presidência.
21 - PROFESSORA BEBEL
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
23 - PROFESSORA BEBEL
Assume a Presidência.
24 - REIS
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - REIS
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
26 - PRESIDENTE PROFESSORA BEBEL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 05/02, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão às 16h04min.
*
* *
- Assume a Presidência e
abre a sessão a Sra. Solange Freitas.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO
- Boa tarde a todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Chamando a
lista de oradores do Pequeno Expediente, deputado Jorge do Carmo. (Pausa.)
O SR. DR. JORGE DO
CARMO - PT
- Sra. Presidenta, deputada Solange Freitas, cumprimentá-la, cumprimentar os
deputados e deputadas. Agradecer a Deus por mais esse ano legislativo, que
iniciou ontem, mas efetivamente hoje é o primeiro dia que os deputados estão
aqui neste plenário. Deseja boa sorte a todos nós, porque certamente teremos
muito trabalho.
Sra.
Presidenta, cumprimentar os policiais, cumprimentar os assessores, todas as
pessoas que, prestativamente, nos ajudam, nos assessoram nesta Casa. Mas quero
trazer, para não fugir à regra, infelizmente, um problema muito grave que está
acontecendo no nosso estado, em especial na Capital, São Paulo, que chega a ser
um descaso.
A
gente sabe que, todo ano, a gente enfrenta os problemas das enchentes. Quando a
gente diz que o Estado e a Prefeitura atacam o efeito, e não a causa, é fato.
Porque, ao invés de se prevenir, em vez de investir para evitar que aconteça
catástrofe, como outras que aconteceram, e a situação que está acontecendo
agora na Zona Leste, é porque a gente acha que é importante investir para
evitar situações como essa.
Estou
falando do Jardim Pantanal, lá na região de São Miguel Paulista, Itaim, na
divisa com Itaquaquecetuba, Guarulhos, ali na Várzea do Tietê. Essas são as
condições em que os moradores - cerca de 45 mil pessoas, em torno de talvez
mais de dez mil famílias - estão desde a semana passada, desde sexta-feira.
Com
as chuvas fortes que se passaram na última sexta-feira para sábado, desde lá
então estão as pessoas vivendo nessas condições, nas condições de precariedade,
porque faltou e falta planejamento e investimento.
Então,
os bairros lá, no Distrito do Helena, Jardim Noêmia, Vila Seabra, Vila Itaim,
Romano, Pantanal, que é o Jardim Pantanal propriamente dito, Chácara Três
Meninas, que ficam todos naquela bacia, ali na baixada do Tietê, na Várzea do
Tietê, estão vivendo nessas condições. Então, são cerca de 45 mil pessoas, como
eu disse, aproximadamente dez mil casas que estão nessas condições.
E
as obras que foram feitas são obras paliativas, porque já teve o pôlder do
Jardim Romano, aí empurrou o problema mais para baixo, aí depois fez o pôlder
da Vila Itaim, aí amenizou lá na Vila Itaim.
Agora
o problema está lá no Seabra, lá no Noêmia, lá na região da Biacica. E aí, as
pessoas estão clamando, evidentemente. A prefeitura está fazendo aquilo que é
emergencial, e essa é a proposta do prefeito, veja só.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Pois
bem, essa é a proposta do prefeito. Eu vou melhorar a proposta do prefeito,
explicar melhor, quer dizer. Melhorar não, porque ela não tem nada que se
melhore. O prefeito disse que tem um projeto para resolver aquele problema, que
custa um bilhão de reais, que é fazer um pôlder em toda aquela extensão para
proteger que a água transborde e invada as casas das famílias. Custa um bilhão
de reais. Ele disse que é muito caro, é muito dinheiro para proteger dez mil
casas.
Pois
bem, nós estamos em um estado, vivemos em um estado que tem 372,5 bilhões de
Orçamento para 2025. E em um município, São Paulo, que tem mais de 120 bilhões,
deputado Luiz Claudio Marcolino. E o prefeito disse que um bilhão é muito, é
melhor ele tirar as famílias de lá.
E
olha a proposta que o prefeito fez: indenizar as pessoas de 20 a 50 mil reais
para que as pessoas desocupem a área lá. Vejam bem, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, as pessoas moram lá há 30 anos.
Elas
vão desocupar suas casas, que custam lá 200 mil, 150, 300 mil, sei lá quanto
cada uma custa, para desocupar e receber 20 a 50 mil reais, que é a proposta do
prefeito. E gastar um bilhão de reais para fazer uma obra dessa natureza é
caro.
Agora,
fazer o túnel da Sena Madureira por meio bilhão de reais, 500 milhões de reais,
para uma obra questionável, uma obra, salvo o melhor juízo, desnecessária, isso
não é caro. Por quê? Porque está em outra região, está em uma região nobre, não
é periferia. Lá na periferia, as pessoas que se virem com 20 a 50 mil reais,
que essa é a proposta do prefeito. Então, essa proposta é indecente, é
desrespeitosa.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
O
governador e o prefeito precisam se debruçar, colocar os técnicos para resolver
esse problema, porque senão daqui a pouco vão parar as chuvas, mas no próximo
ano vão se repetir, como acontece todos os anos.
Então,
clamo aqui ao prefeito, ao governador, porque esse é um problema do Estado
também. Tem a Várzea do Tietê, tem aquela região de Itaquá, de Guarulhos, da
divisa com São Paulo na região Alto Tietê. Porque esse assunto é um assunto de
Estado, é um assunto de prefeitura e é também um assunto desta Casa, que não
pode se omitir ou achar que isso aí também não é com a gente.
Então
eu quero prestar a minha solidariedade à população daquela região e dizer que o
nosso mandato, que tem uma frente parlamentar, em defesa das famílias e contra
as enchentes da região leste, fundão da zona leste - e outras regiões da leste
também - e a região Alto Tietê. Nós queremos fazer de tudo o que estiver ao
alcance, e eu quero pedir apoio para todos os deputados e deputadas que aqui
certamente vão se sensibilizar e se sensibilizarão com esse problema.
Obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL -
Muito obrigado, deputado Jorge do Carmo. Dando continuidade à lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado Bruno Zambelli, que
fará o uso regimental, usará para uma comunicação.
O SR. BRUNO ZAMBELLI - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Só comunicar a presença do meu
amigo vereador, eleito em Mogi Guaçu, Alex Tailândia, junto com a assessoria
veio fazer uma visita para Casa e trazer pedidos e demandas da cidade de Mogi
Guaçu.
Obrigado pela
presença, meu amigo.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito
obrigado pela presença de vocês, sejam bem-vindo à Assembleia Legislativa.
Agora com a palavra o deputado Luiz Claudio Marcolino, que fará o uso
regimental da tribuna.
O SR. LUIZ CLAUDIO
MARCOLINO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa. Sr. Presidente, eu queria
fazer coro ao nobre deputado Jorge do Carmo, porque de fato é um descaso, não
só da Prefeitura de São Paulo, como também do estado de São Paulo.
Acho
que vários deputados lembram aqui, quando o governo passado tirou com
prioridade a questão das calhas do Rio Tietê e, na época, nós recebemos uma
denúncia. Acho que é importante, a gente tem visto de forma reiterada, não só
no Jardim Pantanal, como no Jardim Helena, alagamentos permanentes. E esses
alagamentos, Dr. Jorge, eles justamente começam a acontecer depois da limpeza
da calha do Rio Tietê.
E
um dos governadores, que por aqui passaram, falou que nunca mais nós veríamos,
na cidade de São Paulo, a Marginal alagada. Mas a que custo? A que custo que
hoje não alaga a Marginal, ali no Rio Tietê? Porque está alagando o Jardim
Helena, está alagando o Jardim Pantanal e está alagando os bairros que ficam
próximos ao Rio Tietê.
E,
na época, uma das denúncias que tinha era que, quando foi feito o processo da
calha, foi diminuído o processo das águas que chegam até o Rio Tietê, então
você represa para os bairros, você faz a reversão e joga parte dessa água para
o Jardim Helena e para o Jardim Pantanal.
Então,
acho que é importante essa reflexão que V. Exa. traz para esta Casa, é um
debate que a Assembleia Legislativa tem que fazer, porque isso passa a ser um
crime contra a população dessas cidades. Alagar parte da cidade de São Paulo,
porque a Marginal tem que ficar livre para que os carros possam circular.
Então
esse debate já veio lá atrás, quando foi feito o processo da limpeza do Rio
Tietê, quando foi feito ali o processo das calhas, no Rio Tietê, e esse debate
volta agora, vindo novamente esses alagamentos.
Bom,
eu queria aproveitar também, Sr. Presidente, nessa oportunidade, nós
apresentamos aqui um projeto de lei que foi aprovado, que era o projeto da Lei
Anticalote.
Esse
projeto da Lei Anticalote já aprovado em diversos outros estados do País, que
garante que, quando uma empresa participa de uma licitação para as secretarias
do estado de São Paulo e para as autarquias, se porventura aquela empresa que
ganhou a licitação venha a ter algum tipo de problema depois de seis, sete
meses executando a obra...
E
muitas empresas nós vemos que hoje param, deixam de prestar o serviço, quebram,
deixam de pagar ao servidor, ao trabalhador que trabalhou para aquela empresa.
Ela deixa de executar uma obra.
Muitas
das vezes foi uma licitação malfeita, uma licitação que não levou em
consideração se aquela empresa tinha capacidade ou não de gestão para gerir
aquela obra, e a empresa simplesmente desaparece e o trabalhador não recebe ali
os seus direitos trabalhistas.
Nós
apresentamos um projeto de lei que preserva o estado e preserva o direito do
trabalhador e da trabalhadora, e simplesmente o governador veta um projeto como
esse. Um projeto que vai resguardar o Governo do Estado, vai garantir um
direito ao trabalhador, e o governador simplesmente veta.
Então
eu quero deixar aqui registrado que vai precisar de responsabilidade agora, e
nós vamos cobrar responsabilidade de cada secretário do estado de São Paulo que
fizer uma licitação. Se a empresa, por ventura, vier a quebrar durante o
período da execução do contrato e não pagar os servidores, gerar prejuízo ao
erário público, nós vamos responsabilizar cada secretário, cada gestor de
autarquia estadual, porque estão compactuando com um crime, que poderia ter uma
lei que preservava, ali, o direito do trabalhador e da trabalhadora.
E
agora, simplesmente, por um veto como esse que o governador fez no final do ano
passado... Esse veto, praticamente, que tira o direito do trabalhador de ter o
seu direito e tira o direito também da população do estado de São Paulo de
poder acompanhar e cobrar de empresas sérias que participam do processo de
licitação e que podem depois executar o seu trabalho.
É
triste ver um governador como o governador Tarcísio, aqui no estado de São
Paulo, que vem, agora, na TV Assembleia falar da relação com o Parlamento
estadual e vetou, nobre deputada Paula, quase todos os projetos dos deputados
que foram aprovados no final do ano passado. Então demonstra que não tem
preocupação ou diálogo com o Parlamento estadual.
E
não são projetos que são inconstitucionais, que os nossos deputados têm uma
preocupação de fazer projetos que não firam a constitucionalidade. Essa
preocupação tem tido todos os deputados nossos.
Esse
projeto foi articulado, ele foi construído com técnicos, não é um projeto
inconstitucional, já são executados em vários estados do nosso País. E o
governador aqui, que podia se precaver de más empresas que ganham a licitação,
mas que não conseguem executar, estaria sendo resguardado. Agora o governo
passa a ser cúmplice dessas empresas más gestoras no estado de São Paulo.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
Sr.
Presidente, eu gostaria que esse meu pronunciamento fosse encaminhado ao
governador, a todos os secretários de estado do estado de São Paulo e a todas as
empresas públicas do estado de São Paulo em relação a esse veto que foi feito
pelo governador do estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL -
O requerimento de V. Exa. será atendido por esta Presidência. Dando sequência à
lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado
Carlos Cezar. (Pausa.)
Com a palavra o
deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra o deputado Tomé Abduch. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Altair Moraes.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Donato, que fará uso regimental da tribuna.
O SR. DONATO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, todos que nos acompanham pelas
redes sociais da Assembleia Legislativa neste primeiro pronunciamento deste
ano. É evidente que a gente tem muitos temas acumulados aí para debater, mas eu
não poderia deixar de falar da questão das águas. Eu queria falar de dois
aspectos.
Primeiro
reforçando a fala do deputado Jorge do Carmo, a fala do deputado Marcolino,
solidarizar-me com os familiares e amigos das 18 pessoas que faleceram neste
verão por consequência das chuvas e da falta de ação do poder público de
prevenção para que essas pessoas não fossem atingidas.
Solidarizar-me
com Franco da Rocha, que sexta-feira teve uma grande inundação. Curiosamente,
uma semana antes, o governador Tarcísio de Freitas esteve lá perto inaugurando
um piscinão e sua profecia infelizmente não se realizou. Ele disse que não
existiriam mais enchentes em Franco da Rocha. E Franco da Rocha passou por uma
nova grande enchente.
Solidarizar-me
com a população de Taboão da Serra, ali na região do Ribeirão Poá; o centro de
Taboão também; muito atingido o começo da BR-116 ali. E em particular com as
pessoas que moram na região do Pantanal.
Pantanal,
para quem não conhece, aqui na cidade de São Paulo, você tem o Rio Tietê
retificado até a Barragem da Penha. E da Barragem da Penha em direção à Zona Leste,
Itaquá, toda aquela região, Suzano, Poá, ele não é retificado e tem as várzeas.
E
grande parte dessas várzeas foram ocupadas há dezenas de anos. Existem bairros
inteiros lá. E a solução já existe. O Jardim Romano passou por essa mesma
situação em 2009.
Eu
era vereador, acompanhei de perto. Foi feito pôlder do Jardim Romano, foi feito
pôlder da Vila Itaim, sempre em parceria da Prefeitura com o Governo do Estado.
Porque o Rio Tietê é administrado pelo DAE, pelo estado. A responsabilidade é
do governador, que não dá um pio, sumiu.
E o prefeito só
faz lambança. Fala que as obras custam um bilhão de reais, para resolver o
problema das enchentes. Não é verdade, custam menos. Mas, só para ter uma
ideia, o prefeito Ricardo Nunes gastou seis bilhões em obras emergenciais de
drenagem que não resolveram nenhum problema, superfaturadas - não sou eu quem
digo, quem diz é o Tribunal de Contas do Município -, e em muitas áreas que não
deveriam nem ter sido feito as obras.
Enfim, dinheiro
se esbanjou, mas não se fez o que tinha que ser feito. Um bilhão de reais para
o Governo do Estado, para a Prefeitura de São Paulo, para atender dez mil
famílias, é possível. E a solução que o prefeito está dando é dar de 20 a 50
mil reais para cada família para sair de lá. Ele não conhece esses bairros.
Aliás, ele
sobrevoou, não teve coragem de ir lá, porque o vice-prefeito foi lá e saiu
corrido, teve que se refugiar dentro de uma escola diante da revolta da
população com a inação da Prefeitura e a incapacidade.
E o bairro está
alagado até hoje, desde sexta-feira. Desde sexta-feira. Então existem soluções.
Mas eu, então, queria falar desses três assuntos primeiro. E o segundo diz
respeito a água também. A Sabesp foi privatizada e, em outubro, a nova gestão,
Equatorial, assumiu.
Bom, eu
participei de uma reunião e tenho recebido inúmeras reclamações. Por exemplo,
lá na Vila Nova Jaguaré, mais de 200 pessoas, por contas de água altíssimas.
Retirou-se a tarifa social de dezenas de milhares de pessoas. Ou seja, a
promessa do governador de que não tinha aumento foi por terra.
As pessoas que
pagavam 50, 80 reais, pagando 300, 400 reais. E não é nem uma, nem duas. Eu
participei de uma reunião com 200, só em um bairro. Isso se espalha por toda a
cidade.
E, além disso,
a gestão de água. A região do Capão Redondo, do Valo Velho, de Itapecerica da
Serra, bairros sem água por dez dias. Jardim Idemori, Jardim Celina na divisa
com São Paulo, ali no Valo Velho, Cohab Adventista sem água por dois, três
dias. Capão Redondo, Jardim Macedônia, Jardim das Rosas.
Ou seja, o que
está acontecendo? É o processo da privatização. Você tem um PDV que já dois mil
funcionários sairão, a elite técnica da empresa vai sair, você tem uma economia
na manutenção e você começa a ter falta d´água.
Então a gente
lamenta as enchentes e, por outro lado, lamenta que esse processo de
privatização, mais cedo até do que eu imaginava, mostra a sua verdadeira face.
Conta de água mais alta e piora de serviço.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência
a lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra o deputado
Reis. (Pausa.) Deputado Marcelo Aguiar, com a palavra.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Uma breve comunicação,
presidente?
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pois não,
deputado Mansur?
O
SR. PAULO MANSUR - PL - PARA
COMUNICAÇÃO - Olha, hoje, dia 04 de fevereiro, é o Dia Mundial de Combate ao
Câncer. E existem 20 milhões de pessoas que, nos últimos dados, têm câncer no
mundo, por ano. Meu pai foi uma dessas vítimas. Hoje, por incrível que pareça,
é o sétimo dia, o dia que a gente vai fazer uma oração, que a gente vai fazer
uma missa por ele. Ele acabou falecendo pelo câncer.
Ele levou essa
doença com muita leveza na vida dele. Não tinha vergonha da doença. Colocou
essa doença para todos saberem que ele tinha, mas foi um combate. Ele foi um
grande guerreiro em cima dessa doença. Mas, no final, ela era muito forte, ele
acabou não conseguindo vencê-la. Mas fica esse alerta para a população.
Eu fiz um
projeto de lei, inclusive, para as pessoas que forem operar contra, quando
tiver alguma operação de câncer, sempre serem obrigadas a fazer o PET Scan. PET
Scan é como se a pessoa fizesse um raio-x no corpo dela e ela fica sabendo tudo
o que ela tem, se ela deve operar ou não em combate àquele câncer.
Então, é uma
doença que atinge milhões de pessoas no mundo. Fica aqui esse meu depoimento de
que vou lutar por essa causa, assim, pois o meu pai acabou falecendo por ela.
Então, deixo aqui esse recado no Parlamento, de que hoje é um dia muito
importante, quatro de fevereiro, Dia Mundial de Combate contra o Câncer.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito
obrigado, deputado Mansur. Agora sim, com a palavra o deputado Marcelo Aguiar,
que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. MARCELO AGUIAR - PODE -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Giannazi. Quero cumprimentá-lo,
cumprimentar também a todos os pares presentes nesta Casa, nesta sessão,
cumprimentar a todos que estão nos assistindo pela TV Alesp e também agradecer
pelo acolhimento de todos os pares.
Eu fui primeiro
suplente do Helinho Zanatta, que hoje é prefeito da cidade de Piracicaba. Como
primeiro suplente, acabei assumindo o meu primeiro mandato aqui na Assembleia
Legislativa. Fui vereador aqui em São Paulo e também fui deputado federal
durante oito anos, dois mandatos como deputado federal em Brasília.
Depois, acabei
assumindo o escritório do Governo do Estado em Brasília, na gestão do
governador Márcio França; depois voltei a São Paulo e fiquei na Casa Civil junto
com o governador - vice-governador na época ainda - Rodrigo Garcia, que depois
se tornou governador do estado de São Paulo. Enfim, essa é minha trajetória
política.
Foi um momento
muito importante durante esses anos e era um sonho estar nesta Casa. Eu só
assistia pela TV Alesp e hoje esse sonho foi realizado, podendo estar aqui com
pessoas que admiro muito. Estou vendo o Dr. Elton ali, que é uma pessoa que
também me inspira muito, porque, além de ser um grande parlamentar, é um grande
médico da cidade de São José.
Bom, quero
agradecer e, ao mesmo tempo, trazer aqui uma reflexão, um pouquinho de algumas
coisas que, durante esse período, estaremos debatendo nesta Casa. Quero trazer
minha cooperação, começando pela reforma na Segurança Pública.
A Segurança Pública
precisa de mudanças profundas. Precisamos nos aprofundar na Segurança Pública
estrutural. É uma das nossas prioridades. A revisão da Lei Orgânica da Polícia
Civil é uma das nossas prioridades nesta Casa.
Precisamos de
uma polícia valorizada, moderna, independente, para melhorar e servir a nossa
sociedade. Acho que já passou da hora de nós nos debruçarmos com mais afinco
durante esses próximos seis meses que estaremos aqui nesta Casa: a
reestruturação da carreira, a promoção e a progressão mais justas, baseadas em
critérios técnicos e garantindo valorização e reconhecimento para todas as
polícias.
A equiparação
salarial: a luta por uma remuneração digna alinhada às demais carreiras
jurídicas e policiais, fazendo justiça a quem arrisca a vida diariamente. O
aumento do efetivo, a realização de novos concursos para reduzir o déficit de
servidores e garantir um atendimento mais eficiente à população. Tem um
policial fazendo o serviço de três, hoje, no estado de São Paulo.
Melhores
condições de trabalho, investimento real em infraestrutura, modernização das
delegacias e fornecimento de equipamentos adequados para que a polícia tenha as
ferramentas necessárias para cumprir o seu papel, principalmente na zona leste
de São Paulo. O Decap, para falar sobre o atendimento ao público e melhorias às
delegacias polo.
Aposentadorias
especiais, regulamentação de uma aposentadoria diferenciada para os policiais,
reconhecendo os riscos e a dedicação da profissão. Fim da promoção por
merecimento político e promoções que devem ser técnicas e objetivas, e não fruto de apadrinhamento ou interferências
externas.
Autonomia da
Polícia Civil. Uma instituição forte e independente, com liberdade para
investigar e combater o crime, sem pressões políticas. Privatizações e concessões.
O Governo pretende avançar com as privatizações: a privatização da linha do
Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - CPTM.
Além disso, a
desestatização da Sabesp está em pauta - já estou finalizando, presidente -,
com a proposta de emissão de novas ações na Bolsa de Valores. Essas iniciativas
exigem não apenas articulações políticas para aprovação na Alesp, mas também um
diálogo transparente com a sociedade, para garantir que os progressos ocorram
com eficiência e sem prejuízos à população.
Dando
continuidade à reforma administrativa, o Governo busca enxugar a máquina
pública, reduzindo cargos e otimizando a gestão. A primeira fase já foi
aprovada, e a segunda está sendo preparada para o envio à Alesp. Essa nova
etapa prevê cortes adicionais e ajustes estruturais, sempre com o objetivo de
tornar a administração estadual mais eficiente e sustentável.
Relação com a
Alesp. Manter uma relação harmoniosa com a Alesp será fundamental para o avanço
das propostas do Executivo. A possível reeleição do presidente da Casa,
deputado André do Prado, aliado do governador, pode facilitar a tramitação de
projetos estratégicos. No entanto, será essencial equilibrar os interesses do
Governo com as demandas dos parlamentares e da população.
Esses desafios
exigirão do governador Tarcísio de Freitas uma gestão estratégica e uma
articulação política eficiente para garantir que as reformas e os projetos
contribuam para o desenvolvimento do estado de São Paulo.
Boa tarde a
todos.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Muito obrigado, deputado Marcelo
Aguiar. Com a palavra o deputado Major Mecca, que fará uso regimental da
tribuna.
O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente,
deputado Carlos Giannazi, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, todos que nos
acompanham pela Rede Alesp e pelas redes sociais.
O povo
brasileiro e o povo do estado de São Paulo hoje têm um clamor muito grande, que
é a questão da Segurança Pública, chamando mais atenção ainda do que a
economia, a dificuldade do cidadão de entrar em um supermercado e comprar
arroz, feijão, óleo, carne.
Como todos nós
sabemos, não tem picanha para ninguém, mal tem coxão duro para quem é rico.
Hoje comer carne no Brasil é só para os privilegiados, resultado da política
econômica do PT e da esquerda que assumiu o cenário nacional.
Está aí o
cidadão de bem com uma dificuldade enorme de adquirir uma cesta básica e com
temor de sair nas ruas e morrer nas mãos de um bandido porque a aliança não
saiu do dedo.
No estado de São
Paulo, hoje nós estamos vivendo momentos diferentes do que nós vemos em outros
estados, porque, no estado de São Paulo, a polícia está sendo reconstruída. E
essa diminuição dos
números de roubos, de homicídios, de furtos, se deve ao esforço dos homens e
mulheres que integram a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia
Técnico-Científica e a Polícia Penal.
E nós já
conversamos. Ontem mesmo eu, o Capitão Telhada, nós conversávamos com o
secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, sobre o reajuste salarial
dos policiais em 2025, em 2026, porque esses heróis que arriscam a sua vida
defendendo o povo de São Paulo, muitos derramam seu sangue e não retornam ao
seio da sua família, porque morre na mão de um bandido, que nessa sensação de
impunidade que tem, porque o governo federal defende o bandido e abandona o
trabalhador, cidadão de bem. Bandido tem que ficar na rua e o cidadão preso
dentro de casa.
Dentro de todo
esse cenário, os heróis são os homens e mulheres que integram a Polícia. E eles
merecem, sim, a continuidade da valorização através do reajuste salarial.
Tivemos uma grande conquista em 2024, que foi o programa “Moradia Segura”, vindo
do Projeto de lei 1637, de minha autoria e coautoria de vários deputados que
aqui estão, e nos ajudaram na aprovação, e nos ajudaram para que uma moradia
digna estivesse em condições de chegar à família dos nossos policiais no estado
de São Paulo.
Temos um
projeto de lei complementar que será nossa prioridade nesta Casa também, o
Projeto de lei Complementar 135, a quem eu já pedi, já conversei, do apoio
importante dos deputados desta Casa. Esse projeto de lei complementar trata de
uma injustiça, de nós refazermos uma injustiça que aconteceu em âmbito federal
quando da reforma previdenciária.
O policial, que
faltava nove meses para se aposentar, passou a ter mais nove anos para puxar.
Imaginem os senhores, um homem e uma mulher com nível de estresse físico e
psicológico causado pelas cargas horárias de patrulhamento extremamente
intensas, quando chega ao final de uma maratona de 42 quilômetros, quando está
no 41 e meio, tomar conhecimento de que a maratona só termina aos 100
quilômetros. Algo muito doloroso a uma grande parte da nossa tropa e que nós
procuramos refazer a justiça através do Projeto de lei 135.
Muito obrigado,
presidente.
Muito obrigado
a todos os deputados, e que o Senhor Jesus abençoe a todos nós no trabalho pelo
povo de São Paulo esse ano na Assembleia Legislativa.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência
à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Enio Tato. (Pausa.) Com
a palavra o deputado Capitão Telhada, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Senhoras e senhores, uma excelente tarde a todos os nobres
deputados que nos agraciam com vossas presenças nessa primeira sessão,
praticamente, de 2025; à galeria que nos acompanha, aos policiais militares,
policiais civis, funcionários da Assembleia Legislativa, ao presidente; quero
iniciar minhas palavras desejando que 2025 seja um ano repleto de boas
discussões, de construções importantes para a nossa sociedade paulista, para a
nossa sociedade brasileira; que a gente tenha a oportunidade de discutir em
alto nível aqui nesta Casa assuntos que de fato tragam, que tragam diferenças,
que façam história, que deixem legado para a nossa sociedade, porque nós
estamos como deputados estaduais aqui e temos essa oportunidade.
Quero desejar
que todos nós tenhamos muita saúde e muito trabalho, porque a sociedade espera
de nós algo com responsabilidade, seriedade, compromisso, entrega e resultado.
Quero iniciar
minhas palavras dizendo que esse recesso legislativo que tivemos em janeiro foi
uma excelente oportunidade para que a gente pudesse visitar as nossas bases,
ter o contato com vereadores, prefeitos, lideranças que têm nos auxiliado,
trazido demandas ao longo de 2023, 2024. E nessas oportunidades de recesso,
como não tínhamos as sessões, são belas as oportunidades de estar nos
municípios afora.
Vejo aqui
deputados que dividiram conosco momentos de dificuldade, por exemplo, lá na
Baixada, como a deputada Solange e o deputado Rafael. Estivemos lá em Peruíbe
diante das fortes chuvas e das enchentes que acabaram por tomar a cidade, uma
situação muito complicada.
Mas o governo
local, junto com o Governo do Estado, com o apoio dos deputados, tivemos a
oportunidade de estender o auxílio à população, cada um à sua maneira de
trabalhar.
Eu até
gostaria, Machado, de colocar uma fotografia aqui nossa, junto com o fundo
social. A gente teve essa oportunidade de, mesmo em janeiro, estar lá
estendendo o braço, arregaçando as mangas e trabalhando para auxiliar quem mais
precisa, que são aquelas pessoas desalojadas, desabrigadas e que agora, graças
à responsabilidade principalmente da Prefeitura, da Defesa Civil e do Fundo
Social conseguiram ser socorridas.
Inclusive
deixar registrado o reconhecimento ao excelente trabalho da Defesa Civil do estado
e da Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística, do coronel
Henguel e da secretária Natália Resende, respectivamente, porque em três dias
já tínhamos as embarcações lá no Rio Preto, lá em Peruíbe, fazendo um trabalho
de desassoreamento, para que as próximas chuvas que fatalmente virão no futuro
do município, como a gente tem acompanhado os eventos climáticos, não ocasionem
as mesmas cheias, as mesmas enchentes.
Então o governo
tem sido rápido, tem sido célere, em socorrer quem mais precisa. Tivemos
oportunidade de estar em São Vicente, de estar em Bertioga, de estar em Lorena,
visitando quartéis da Polícia Militar, Guardas Civis Metropolitanas. Tivemos
oportunidade de andar por São Paulo, nas subprefeituras, na Vila Prudente.
Hoje, inclusive,
também quero deixar registrado que estivemos lá na Brasilândia, meu bairro,
inclusive, onde eu nasci e cresci, Freguesia do Ó, zona norte aqui da Capital,
e junto com o governador Tarcísio, junto com o Rafael Benini, secretário,
inauguramos, presenciamos e testemunhamos a chegada do tatuzão, da tuneladora,
que vem abrindo a Linha 6, a Linha Laranja, e hoje alcançou a última estação,
por enquanto, que é a Brasilândia.
Eu gostaria de
colocar um vídeo aqui, que eu também enviei para o Machado, que é justamente a
chegada, o vídeo com o momento da chegada do tatuzão lá na Brasilândia hoje
pela manhã.
Por gentileza,
Machado.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Então é isso
aí, é o momento da chegada da tuneladora lá na Brasilândia, Estrada do Sabão,
acompanhando lá o feito diversos trabalhadores, da Acciona, da Prefeitura, do
Governo do Estado, pessoas que viabilizaram, que fizeram esse projeto sair do
papel. Para quem não acompanhou, há 34 anos iniciou-se esse projeto de levar o
metrô até a periferia da zona norte, até a Brasilândia.
E hoje, sob
batuta do nosso governador Tarcísio de Freitas, junto com a iniciativa privada,
graças a investimentos que nós, deputados aqui na Assembleia Legislativa,
viabilizamos e votamos, a gente consegue alcançar um feito como esse, que vai
fazer a diferença na vida de cada cidadão que reside lá no Jardim Guarani, lá
no Paulistano, na Vila Terezinha e na Brasilândia.
E para encerrar
as minhas palavras, Sr. Presidente, eu quero mais uma vez reafirmar o nosso
compromisso com a bancada da Segurança Pública, com os deputados que ostentaram
o seu fardamento, o seu distintivo, outrora nas polícias Civil e Militar, e
hoje estamos aqui, no Parlamento Paulista.
Reafirmar aos
nossos irmãos policiais que este será um ano, eu tenho certeza, de muito
trabalho e muitas conquistas. É o terceiro ano da gestão e é a oportunidade de
a gente colher os frutos plantados nos primeiros dois anos e de conquistarmos
novas demandas, junto com o secretário Derrite, junto com o governador
Tarcísio, mudanças profundas, não só na valorização e no reajuste salarial dos
nossos guerreiros policiais, mas com transformações na carreira,
aprofundando-se em questões de décadas, da promoção de praças e oficiais na
Polícia Militar, na promoção dos delegados e investigadores da Polícia Civil,
aperfeiçoando, reconhecendo as dificuldades e buscando solução.
Está aqui o
nosso compromisso, mais uma vez, com cada policial, com cada agente da lei, com
cada guarda civil, policial penal e agente da Fundação Casa e, também, o nosso
compromisso com o cidadão de bem, que é aquele que precisa de uma Segurança
Pública com a moral elevada, para que saia lá na rua e combata o bom combate,
prenda o ladrão e salve o cidadão de bem, porque só uma polícia preparada e
motivada consegue cumprir essa missão.
Nós estaremos
aqui para dar essa retaguarda jurídica e política a cada homem e mulher.
Deus abençoe a
todos.
Muito obrigado,
presidente.
*
* *
- Assume a
Presidência o Sr. Major Mecca.
*
* *
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito obrigado,
deputado Capitão Telhada. Dando sequência à lista de oradores neste Pequeno
Expediente, deputado Simão Pedro. Tem V. Exa. cinco minutos regimentais.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, nobre deputado Major Mecca,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados e público que nos acompanha aqui, nas
galerias, pelas redes sociais, pela TV Alesp, quero iniciar a minha fala
perguntando: governador Tarcísio, onde o senhor está diante da calamidade que o
povo da Grande São Paulo, especialmente da Capital, vem passando com as chuvas
dos últimos dias?
Há bairros em
Itaquaquecetuba, em São Paulo, em Guarulhos que há quatro dias estão inundados,
a população sofrendo para poder sobreviver diariamente, conseguir comida,
conseguir cuidar das suas coisas.
E eu não vi um
pronunciamento do governador, a não ser do coordenador lá da barragem do Tietê,
barragem da Penha, ligado ao antigo DAEE, agora a SP Águas, dizendo que a
barragem da Penha não tem nada a ver com as inundações que mantêm a população,
principalmente do distrito do Jardim Helena, inundados e embaixo d'água há
quatro dias.
Parece que ele
combinou com o prefeito Ricardo Nunes, de o Ricardo Nunes assumir essa bronca,
porque o Ricardo Nunes foi até lá, mandou o vice-prefeito, que foi escorraçado
pela população, que corretamente está revoltada, compreensivelmente está
revoltada com essa situação.
Então a
pergunta: o Rio Tietê é estadual, a drenagem do Rio Tietê, a administração da
barragem da Penha, os cuidados com as inundações do rio são de responsabilidade
do Estado. O Estado tem que desenvolver obras, ações, junto com as prefeituras,
e não jogar para as prefeituras e sumir, fingindo que não é com ele o problema.
Então eu quero
aqui prestar minha solidariedade à população de São Paulo, que vem sofrendo com
essas chuvas, perdendo seus bens, carros, seus pertences pessoais, quando a
família é mais pobre, e vidas. São 18 pessoas que morreram por conta das chuvas
nesses últimos dias.
Minha
solidariedade a essas famílias que perderam seus entes queridos. O último foi
um cidadão idoso da Vila Prudente, que morreu afogado, um trabalhador de Uber
que morreu afogado dentro do carro. Não é possível que não tenhamos sensibilidade
para essa situação.
Queria dizer o
seguinte, quero repudiar as falas do prefeito Ricardo Nunes. O deputado Jorge
do Carmo se pronunciou nessa linha aqui. O governo Ricardo Nunes primeiro disse
que a cidade está preparada. Parece piada pronta, diante da situação que nós
vemos diariamente nos noticiários, nas nossas andanças pela cidade.
A cidade está
embaixo d’água. E não é só o Pantanal: é a Lapa, a Vila Prudente. Parece que o
governo vai fazer alguma coisa quando chegar ao Morumbi, quando chegar ali nos
bairros onde a população é mais abastada.
E
agora, então, o governo vem e diz que não tem solução, que não dá para gastar
um bilhão de reais para resolver definitivamente o problema lá do distrito do
Jardim Helena, dizendo que é muito caro, que é mais fácil remover as famílias.
Primeiro
que não vai conseguir remover todas, porque ali são anos de ocupação, e nos
últimos anos, principalmente nesta gestão Doria, gestão Covas, Ricardo Nunes,
não se fez nada para coibir as ocupações irregulares que se proliferaram
naquela região. Não se fez nada; vista grossa, inação. E agora vêm com essa
solução fácil de dizer que é melhor retirar.
Primeiro,
há um preconceito contra isso. Já foi falado aqui que para fazer o túnel na
Sena Madureira, meio bilhão de reais; para uma obra inútil, tem dinheiro,
passa-se por cima da legislação do zoneamento. Para gastar seis bilhões em
obras de drenagem que não resolveram o problema da cidade nos últimos meses,
obras eleitoreiras, sem licitação, emergenciais, que não deram solução, tem
dinheiro.
Agora,
gastar... E nem é um bilhão, deputado Jorge. Falou bem aqui o deputado Donato,
quero reforçar o que ele disse: para fazer um pôlder, com piscina etc., 120
milhões. Ali não temos necessidade de fazer mais dez, temos necessidade de uns
três ou quatro. A Chácara 13 Meninas, ali na Fazenda Biacica, no Pantanal, além
dos dois que já foram feitos no Jardim Romano e na Vila Itaim, que deram
resultado.
Então nós
precisamos de soluções sérias: o desassoreamento do Rio Tietê, principalmente
na parte a montante da barragem da Penha, está completamente assoreado. A
construção de diques ou pôlders.
A construção de
mais parques, para evitar ocupação. E parques esponja, que são soluções para
esses problemas que a gente vive, das mudanças climáticas e do aumento das
chuvas, da intensidade delas, ano a ano, que é um problema com que nós vamos
ter que conviver.
Mas nós
precisamos nos preparar: de 15 em 15 anos, a cidade de São Paulo, a Grande São
Paulo sofre com grandes chuvas, grandes inundações. É o ciclo hidrológico que a
cidade vive, como dizem os pesquisadores da USP que já fizeram esse
levantamento.
Então
conhecimento, tínhamos, informações, tínhamos; faltou ação, faltou interesse
para ajudar a resolver a situação dessa população que, ano a ano, sofre com as
chuvas. Então toda a nossa solidariedade à população. E chamar a atenção da
Prefeitura de São Paulo, principalmente, e do governo do estado, para que
apresentem soluções em condições de resolver esse problema.
E precisa de
investimentos. Para outras situações, tem; por que para o povo pobre lá da
região da zona leste, Itaquá, São Paulo, Guarulhos, não tem solução, o governo
não quer gastar recursos ali?
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando continuidade com a lista de oradores,
deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. Tem V. Exa. cinco
minutos regimentais para uso da tribuna.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, boa tarde a todos os deputados.
Primeiramente, desejar um bom início, um bom ano a todos nós. Que consigamos
trazer para este Parlamento pautas positivas, que representem a grandeza do
maior Parlamento da América Latina.
Voltamos hoje
de um recesso. Como muitos de vocês, mais trabalhamos, mais trabalhei do que
consegui descansar. Porque é como o Capitão Telhada disse: é a oportunidade que
a gente tem de visitar as nossas bases e estar mais próximo das necessidades de
cada região.
Um
tema muito debatido aqui hoje foram as enchentes. Eu não posso deixar de falar
o trabalho que foi feito, em conjunto, na cidade de Peruíbe. Naquela situação,
eu estive com a minha equipe, onde consegui prestar um apoio. Já aproveito para
parabenizar o vice-prefeito Tamer, o prefeito Felipe, que atuaram lado a lado
da cidade e da população, para conseguir dirimir aqueles prejuízos que foram
causados.
Foram 120
animais resgatados, 250 animais que receberam protocolo sanitário. E, conforme
disse o Telhada, cada um na sua área. Parabenizo toda a equipe do deputado, que
esteve lá, ao meu lado, auxiliando.
E a equipe da
deputada Solange, bem como ela, fez inúmeras reuniões, esteve na cidade também,
para conseguir trazer apoio do Governo do Estado. E não poderia deixar de
parabenizar o governador Tarcísio de Freitas e a primeira dama. Em contato com
ela, consegui 500 cestas básicas e kit de higiene, demonstrando o apoio do
governador para as vítimas da tragédia.
Importante
falar ainda das enchentes. Estive ontem em Itaquá. Também é uma cidade que
sofreu com os alagamentos. Eu queria pontuar algo muito importante. O que
aconteceu em Peruíbe aconteceu em 2008.
De lá para cá,
aconteceu mais algumas vezes. O que aconteceu em Itaquá, acontece a cada dois
anos. A gente sabe das mudanças climáticas, dos eventos climáticos. Mas, mais
importante do que isso, a gente precisa de uma ação de infraestrutura, uma ação
de Moradia.
Eu queria
pontuar um conjunto de esforços de deputados, do governador, do prefeito, da
secretaria. E quatro dias após as enchentes, em Peruíbe, tinha o maquinário do
Governo do Estado, dentro do rio Preto.
O que aconteceu
em Itaquá, uma das soluções é a regularização fundiária. Hoje o estado de São
Paulo promove a maior regularização fundiária da história. A gente precisa,
cada vez mais, de ações. Ações que pensem, sim, nas mudanças climáticas, mas
ações de infraestrutura, ações de regularização fundiária.
E não importa,
de fato, de quem vem, de onde vem, mas que venha. E essas ações estão vindo, e
fica aqui o meu agradecimento aos esforços coletivos em prol dessas cidades que
foram vitimadas. Fica aqui um outro agradecimento, a um resgate que eu fiz, na
tragédia, nas enchentes em Peruíbe. A gente resgatou o cavalo Trovão. O cavalo
ficou conhecido como o Cavalo Caramelo de Peruíbe.
Ali eu tive o
apoio da Secretaria de Segurança Pública, do 6º Grupamento de Bombeiros do
litoral, do governador Tarcísio de Freitas, do coronel Porto. Todos me
auxiliaram para que a gente conseguisse resgatar aquele cavalo que, após as
enchentes, subiu em uma laje de quatro metros de altura, e depois não tinha
como sair.
Eu queria
salientar também algumas visitas que eu fiz nos últimos dias. Em 14 dias de
viagem pelo estado de São Paulo, 35 cidades visitadas, 33 ongs conhecidas. E
tive contato com mais de 4 mil animais. Isso só foi possível graças a uma ação
do mandato, o Edital Animal São Paulo, com mais de 3 milhões e meio de recursos
destinados a 62 ongs que prestam serviço na ponta, que resgatam animais, que
realizam castração, que distribuem ração, e cuidam de milhares de animais.
Serviço esse
que não consegue, nesse momento, ser prestado pelo Poder Público, e elas
realizam esse trabalho magnífico. Queria parabenizar todas essas ongs, todo o
amor que eu senti, todo o carinho que eu senti.
E o sofrimento,
que eu vi no olhar de alguns animais, mas, mais do que isso, a esperança que eu
vi no olhar dessas protetoras e desses protetores dessas ongs. Isso é muito
importante: o olhar de esperança de quem quer, de fato, mudar a realidade e
transformar vidas.
Por fim,
presidente, acabando a minha fala. Eu gostaria de ratificar o compromisso do
meu mandato com a causa animal. Ratificar o compromisso do meu mandato como
instrumento de transformação de vidas e criação de políticas públicas.
E
queria parabenizar e desejar muita boa sorte a todos os vereadores eleitos que
assumiram o seu mandato, alguns de primeiro mandato, alguns sendo reconduzidos,
a maioria com votações expressivas e desejar muita boa sorte.
Vocês
podem contar com o meu mandato, como eu sei que vocês podem contar com o
mandato de inúmeros deputados que têm um olhar sensível à causa animal. E
desejo essa boa sorte em nome da vereadora Tati, de Limeira, mulher mais votada
da cidade; Marina Dornelas, Itapevi, a mulher mais votada da história da
cidade, primeiro mandato; Delegada Júlia Nunes, de Itapetininga, a mulher mais
votada da cidade, por dois votos a vereadora mais votada da história da cidade;
o Ritim Batatais e muitos outros.
Vereadores
que levam a causa animal não só na palavra, mas também na ação, e contem comigo
para que a gente consiga, a partir desse ano, juntos, transformar cada vez mais
a realidade dos animais, das protetoras independentes e das ONGs que realizam
um trabalho muito sério.
Obrigado,
presidente.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL -
Muito obrigado, deputado. Encerramos o Pequeno Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL -
Abrimos o Grande Expediente dando início à lista de oradores. Deputado Dr.
Jorge do Carmo, tem V. Exa. o tempo regimental para o uso da tribuna.
O SR. DR. JORGE DO
CARMO - PT -
Boa tarde, Srs. Deputados, Sras. Deputadas. Cumprimentar o deputado Major Mecca
na Presidência deste Grande Expediente que se inicia agora. Estava exatamente
falando agora com o deputado Rafael Saraiva, e achei interessante - viu,
deputado? - e você me lembrou de um assunto que é bastante pertinente mesmo.
Além
daquela região da Zona Leste, do fundão da Zona Leste e outras que os deputados
que antecederam aqui já falaram, o município de Itaquaquecetuba realmente está
sofrendo muito. Muitas famílias de alguns bairros ali que estão na margem da
várzea do Tietê, realmente as pessoas estão sofrendo com esse problema da
enchente naquela região. Isso se resolve com políticas públicas mesmo, se
resolve com investimento, com um olhar social e com compromisso.
E
vereador Gustavo Macedo, que é do Partido dos Trabalhadores, do meu partido,
ele me procurou exatamente para falar: “Olha, fale lá na Assembleia, chame a
atenção do governador, dos prefeitos, das autoridades em geral e dos deputados
- nossa, também - para que a gente possa trabalhar essa questão e fortalecer e
ajudar o município de Itaquaquecetuba, em que os moradores realmente sofrem com
essa questão das enchentes, que é aquela região da calha do Tietê, margeando
Guarulhos, Itaquaquecetuba, Itaim Paulista, aquele fundão ali”.
Então,
muito pertinente vossa fala aqui, deputado Rafael Saraiva. Mas, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, quero aproveitar esse tempo agora no Grande Expediente para
falar rapidamente da minha trajetória aqui em São Paulo.
Eu
cheguei aqui em São Paulo, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, há quatro décadas.
Este mês agora, dia 9, exatamente, no meio de fevereiro, completará 40 anos que
eu estou nesta cidade.
E
queria dizer para vocês, eu vim de cegonha, não sei se vocês sabem o que é
cegonha. Cegonha é aquele carro que transporta outros veículos, né? Minha mãe e
meu pai não tinham dinheiro para eu vir de ônibus, quiçá de avião. Eu vim de
cegonha, de carona.
E
quando eu cheguei aqui, o pouco que minha mãe me deu, eu já não tinha quase
mais nada, porque também era muito pouco. Mas eu vim com pouca bagagem e com
muito sonho, muita vontade de vencer na vida.
E
durante esses 40 anos, eu sempre morei na Zona Leste, morei lá em Itaquera, na
casa da minha tia. Quero aproveitar para mandar um beijo no coração dela, tia
Gedalva e meu tio, que já não está mais conosco - Deus o levou - mas que me
acolheram e me recepcionaram na casa deles como se filho fosse.
Eu
sou sobrinho da minha tia, que é irmã da minha mãe, mas eles me acolheram lá
como se fosse filho. E eu fiquei lá apenas nove meses, nove meses, e eu disse
para minha tia: “Tia, eu não vim aqui para ficar na casa da senhora, em que
pese a senhora me trate aqui com muito carinho e sem nenhuma distinção, sem
nenhuma diferença com os seus filhos, eu não vim aqui para ficar na casa da
senhora”.
E
fui morar sozinho, fui morar sozinho. Não sei se também os deputados e as
deputadas sabem aqui o que é “queimar lata”. “Queimar lata” é quando você vai
morar sozinho e você tem que se virar para fazer a sua comida. Então, cheguei a
morar sozinho e a “queimar lata”, como diz o ditado popular. Então, de Alagoas
eu trouxe pouca bagagem, como eu disse, mas muitos sonhos, muita vontade de
vencer na vida.
Três anos
depois, eu queria também sair do aluguel, porque não vim para cá para ficar o
tempo todo morando de aluguel. Em 1987, eu comprei um lote na Cidade
Tiradentes. Eu não era formado ainda, quiçá deputado. Eu achava que estava de
fato resolvendo o problema da minha moradia, mas, na verdade, eu tinha comprado
um loteamento irregular e clandestino. A pessoa que vendeu não era o
proprietário.
Isso me
despertou para que eu organizasse a minha comunidade, o bairro onde eu moro,
onde fui presidente da associação do bairro, para a gente conseguir organizar e
lutar em defesa da moradia, em defesa de uma sociedade mais justa. Foi aí que
eu tomei a decisão e acreditei na possibilidade de ser advogado.
Fui fazer
direito e, após 16 anos fora da escola, eu consegui, deputado Major Mecca, me
formar e passar no exame da Ordem na primeira vez. Isso foi uma dádiva de Deus,
porque sair de onde eu saí e chegar onde eu cheguei, só com muita sorte e a
benção de Deus.
Mas o que eu
quero mesmo é dizer que, enquanto advogado que sou e deputado que estou, eu
sempre dediquei minha vida profissional e política a ajudar as famílias, a
ajudar as pessoas na luta contra os loteamentos clandestinos, na luta contra a
desigualdade social, na luta pela regularização fundiária, na luta pela
moradia.
Hoje, eu tenho,
graças a Deus, orgulho de dizer que, ao longo desses 40 anos, a gente
conseguiu, com muitas outras comunidades, ajudar a regularizar diversos
loteamentos, diversas áreas de pessoas que também, como eu, compraram um lote
achando que estavam resolvendo o problema da moradia.
Nós tivemos que
pagar duas vezes, porque é como diz aquele ditado: “quem paga mal paga duas vezes”.
Você compra de quem não é dono e depois descobre que o verdadeiro dono entrou
com ação. E nós tivemos que comprar de novo do verdadeiro proprietário.
Mas é para
agradecer a esta cidade, esta cidade de São Paulo que me acolheu, e às pessoas
que me ajudaram, a minha família, que foi fundamental para essa trajetória, aos
meus amigos, às pessoas que acreditaram em mim para ser advogado e para estar
deputado, e agradecer São Paulo, que completou agora, no dia 25 de janeiro, 471
anos.
Desses 471
anos, 431 eu não vivenciei, mas os últimos 40 eu vivenciei e aqui eu só tenho a
agradecer a esta cidade e às pessoas desta cidade que me acolheram como
migrante lá do estado de Alagoas para vir para São Paulo e tentar a vida.
Graças a Deus,
fui muito bem acolhido. Quero parabenizar a cidade de São Paulo e agradecer a
todas e a todos que puderam me ajudar nessa caminhada.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Muito
obrigado, deputado Jorge do Carmo. Dando sequência à lista de oradores,
deputada Solange Freitas. Tem V. Exa. o tempo regimental para uso da tribuna.
A SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde
a todos. Se eu usar todo o tempo que tenho hoje no Grande Expediente para
falar, que são dez minutos, quando eu terminar esta fala, cinco pessoas terão
morrido de câncer. Os números são assustadores: a cada dois minutos, uma pessoa
morre de câncer no Brasil. É isso mesmo: a cada dois minutos, uma pessoa morre
de câncer no Brasil.
Hoje, quatro de
fevereiro, é o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer. A Oncoguia, que é uma ong
que cuida dos pacientes, dos direitos dos pacientes com câncer, fez uma
manifestação nesta manhã, na Av. Paulista, aqui em São Paulo.
Eu estava lá.
Por isso, estou aqui com a camisa da Oncoguia, com esse apitaço, porque eles
fizeram a manifestação para chamar atenção das pessoas para a importância de a
gente ter mais políticas públicas voltadas ao câncer, mas nós também.
Por isso eu vim
direto da manifestação para a Alesp, para falar com vocês, porque nós também
temos que cuidar da nossa saúde.
Temos
que lutar, sim, por mais espaços, mais recursos, mais conscientização, mais
políticas do governo, mas nós também temos que nos cuidar, cuidar da nossa
saúde.
E lá, na
manifestação, eles deram uma plaquinha - a gente tem imagens aí da manifestação
para mostrar. Lá na manifestação a gente pode mostrar enquanto nós estamos
falando.
Foi muito
importante chamar a atenção das pessoas na Paulista, lá sobre a luta contra o
câncer, pela luta por mais políticas públicas voltadas ao câncer, e lá eles
deram uma plaquinha para a gente responder o seguinte: “Por quem ou por que
você está aqui?”
E eu respondi,
porque a cada dois minutos uma pessoa morre de câncer e eu quero ajudar você a
lutar contra isso. Eu quero que você também consiga, assim como eu, que tive
câncer de mama, consiga chegar à cura.
A luta não é
fácil, mas se nós nos unirmos por mais políticas públicas e para nos ajudar, a
gente consegue melhorar muito o serviço público voltado ao câncer.
Todos os dias,
656 pessoas morrem de câncer no Brasil, todos os dias 656 pessoas morrem de
câncer no Brasil. E por ano, são 700 mil casos de câncer no País. Por ano, 700
mil pessoas vão descobrir que têm câncer no Brasil.
Eu queria
lembrar aqui também o meu projeto de lei, que virou lei, foi sancionado pelo
governador Tarcísio, e que na segunda semana de abril vai ser colocada em
prática, que é a Semana de Conscientização e Combate ao Câncer nas comunidades.
Por isso, eu peço a ajuda de todos, do Estado, das prefeituras, da iniciativa
privada, para na segunda semana de abril a gente fazer uma grande ação dentro
das comunidades, onde tem mais pessoas que morrem de câncer, para a gente nos
unir nessa luta, levar conscientização, informação e serviços também.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Obrigado,
deputada.
Dando sequência à relação dos oradores,
deputado Eduardo Suplicy.
Tem V.Exa. o tempo regimental para o
uso da tribuna.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, Major Mecca, Sras. Deputadas, Srs.
Deputados; hoje eu gostaria de fazer um balanço de meu primeiro ano de mandato,
no ano de 2024. Ao longo dos meses, desde 15 de março de 2023, me dediquei
firmemente na defesa dos direitos humanos, da redução das desigualdades, na
luta por oferta de serviços públicos de qualidade, no combate à violência
policial, e na defesa da implementação da Renda Básica de Cidadania.
Meu mandato se
debruçou a atender e defender os direitos das pessoas em maior vulnerabilidade
social, como as pessoas em situação de rua, os imigrantes, a população
LGBTQIA+, catadores de materiais recicláveis, ambulantes, com uso problemático
de álcool e outras drogas, comunidades ameaçadas de despejos e pessoas com
questões de saúde ou com dificuldade de acessar as políticas públicas
existentes.
Lutei também na
defesa do meio ambiente, da educação, da saúde e da cultura. E vou detalhar um
pouco alguns desses pontos. Meu gabinete é porta aberta e minha equipe está
sempre pronta a atender quem nos procura. Meu gabinete é porta aberta e minha
equipe está sempre pronta a atender quem nos procura.
No período
compreendido entre janeiro e dezembro de 2024, foram realizados 889
atendimentos a cidadãos, entre atendimentos presenciais por e-mail ou telefone,
versando sobre os mais diversos assuntos.
Decorrentes
desses atendimentos foram gerados 490 ofícios. Ao classificar as demandas de
atendimento por temas, nota-se uma concentração maior em torno de alguns deles,
o que permite inferir que neles estejam concentrados alguns dos problemas mais
significativos do estado de São Paulo.
Sobre
a Saúde, pedidos de apoio para a realização de consultas, exames médicos,
internação e cirurgias envolvendo questões relativas a filas de espera
longuíssimas, além das dificuldades no fornecimento de medicação de alto custo
e apoio para o atendimento inicial de casos oncológicos.
Questões de
moradia. Muitas pessoas aguardam há anos na fila por uma moradia e não são
atendidas. Há ainda importante demanda acerca de processos de reintegrações de
posse de ocupações. Foram, ao menos, oito intervenções junto aos movimentos e
entidades, mandatos parceiros, pessoas que procuram meu gabinete para solicitar
o auxílio junto a processo de reintegração de posse de que são vítimas.
A moradia digna
e de qualidade é algo pelo qual sempre prezei nos meus mandatos e que
continuarei atuando para que todas as pessoas tenham sobre si um teto. Proteção
social, vagas de acolhimento, desde pernoite a vaga fixa ou mudança de centros
de acolhida 24 horas, como também questões relativas ao Cadastro Único e
cancelamento injustificado do benefício Programa “Bolsa Família”.
INSS.
Dificuldades em marcar perícias e obtenção do benefício da prestação continuada
e aposentadorias, além de dificuldades de acesso ao aplicativo Meu INSS, e a
orientação jurídica, principalmente sobre casos trabalhistas e previdenciários.
Na área
legislativa, em 2024, fui autor e coautor de 13 projetos importantes,
protocolei 13 requerimentos de informações e fui membro ativo das comissões de
Segurança Pública, Assuntos Penitenciários e de Defesa dos Direitos da Pessoa
Humana, esta última como presidente.
Sou coordenador
da Frente Parlamentar pela Implementação da Renda Básica de Cidadania, vice-coordenador
da Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial, membro da
Frente Parlamentar em Defesa da Economia Popular Solidária e Cooperativismo e
membro da CPI que investiga o tratamento dado às pessoas em situação de rua.
Em 2024, dois
importantes projetos de minha autoria foram aprovados nesta Casa: o PL 1.473,
de 2023, que institui o serviço Disque Denúncia, das comunidades terapêuticas,
e o PL 1.357, de 2023, que estabelece a linha oficial de pobreza do estado de
São Paulo.
Ambos os
projetos, infelizmente, foram vetados integralmente pelo governador Tarcísio de
Freitas. Acredito que seja necessário um diálogo entre o Tarcísio de Freitas e
esta Casa, para tentar evitar que tantos projetos de enorme qualidade sejam
vetados pelo Executivo.
Nas Peças
Orçamentárias, protocolei 64 emendas ao projeto de lei de diretrizes
orçamentárias e 57 emendas ao projeto de lei do Orçamento anual. Em relação às
emendas parlamentares que entrarão na LOA, recebi centenas de pedidos e deferi
70 deles para receber recursos e desenvolver atividades em diversas áreas, como
Saúde, cannabis medicinal, Cultura, assistência social, população em situação
de rua, população LGBTQIA+, Segurança Pública, sistema prisional, Justiça e
política de drogas.
Entrando em
alguns desses temas de importância do meu mandato, na questão de Segurança
Pública, trago o aumento assustador da violência policial. De acordo com dados
do grupo de atuação especial da Segurança Pública e controle externo da
atividade policial do Ministério Público de São Paulo, 673 pessoas foram mortas
por PMs até o dia 17 de novembro de 2024, em comparação com 460 ocorrências
registradas em todo o ano de 2023, registrando, portanto, um aumento de 46% no
ano de 2024 em São Paulo.
Acompanhei as
três idas da missão, composta por outros mandatos parlamentares, por várias
organizações sociais, à Baixada Santista, com a produção de 13 relatórios de
monitoramento de violação de direitos humanos cometidos pela Polícia Militar
durante as operações Verão e Escudo na Baixada. Nessas ocasiões pude ouvir
muitos relatos de familiares e testemunhas dessas violências.
Participei,
ainda, de audiência pública sobre esse tema na Faculdade de Direito do Largo
São Francisco, juntamente com colegas deputadas. Protocolei representação para
o Ministério Público, denunciando a prática de violência institucional por
parte da PM no caso de Ryan da Silva Andrade Santos, de apenas quatro anos,
morto por um disparo de policial militar no Morro São Bento, em Santos, no dia
5 de novembro.
Também, com
colegas da Casa, protocolei requerimentos de convocação e convite ao secretário
Guilherme Derrite, nas comissões de que faço parte, para prestar
esclarecimentos do aumento da violência policial. Espero que o secretário
Derrite, de fato, compareça mais uma vez aqui, na Assembleia Legislativa, para
conosco conversar.
Além disso,
coautor do pedido de impeachment do secretário Derrite por crimes de
responsabilidade feito frente à escalada da violência policial nos últimos
anos. Realizei duas importantes audiências públicas no tema de segurança
urbana.
Uma sobre a
criminalização das manifestações democráticas, em razão do processo crescente
de criminalização das pessoas que lutam, legitimamente, por direitos, e outro
para tratar da importância da memória, da justiça e da verdade, por ocasião do
Dia Internacional de Apoio às Vítimas da Tortura.
Sobre o sistema
socioeducativo, realizei, no início de 2024, audiência pública acerca do
processo iniciado pelo Governo do Estado de São Paulo para instituir parceria
público-privada no Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente, a
Fundação Casa.
Sr. Presidente,
li até agora cerca de dois terços deste relatório de atividades que empreendi
no ano passado, ou até recentemente, como deputado estadual. Então, como ainda
tem mais por dizer, vou continuar amanhã a minha fala, para não abusar do
tempo.
Muito obrigado,
presidente Major Mecca.
O SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Dando sequência
à lista dos oradores, deputado Gil Diniz. Tem V. Exa. o tempo regimental para
uso da tribuna.
O
SR. GIL DINIZ - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, nobre deputado Major Mecca.
Cumprimento os deputados presentes aqui no Grande Expediente, cumprimento os
nossos assessores, os policiais militares e civis, o público aqui na galeria,
quem nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
retornando aos trabalhos parlamentares, às comissões, ao plenário, muitos
acabam nos julgando, achando que, nessa época de recesso parlamentar, os
deputados não atuam. O deputado Capitão Telhada já disse aqui, divulgou o
trabalho que fez durante o recesso, V. Exa. também, outros deputados vieram
aqui, deputado Conte Lopes, relataram todo o seu empenho. E nosso mandato não
fez diferente.
Então parabéns
aos deputados que honram os seus votos, que trabalham dignamente pela nossa
população. E que este ano seja um ano repleto de bênçãos, um ano repleto de
vitórias e um ano em que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo possa
fazer a diferença, mais uma vez, na vida da população, presidente. Nós, todos
os dias, saímos de casa e estamos aqui, nos nossos gabinetes, e discutindo aqui
em plenário, justamente pensando no bem da nossa população.
Vou
dar um exemplo a V. Exa.: a nossa Polícia Militar é tão criticada, tão
criticada... Dizem aqui - quem é a da oposição, obviamente - que os números,
deputado Conte Lopes, de mortos pela PM aumentaram. E jogam esse dado ao vento.
Eles
não dizem, Major Mecca, que morreu em confronto com a Polícia Militar. Parece
que a polícia saiu de casa, senhoras e senhores, para matar alguém. Eles não
dizem, deputado Conte Lopes, que em confronto com bandidos, com marginais, o
marginal levou a pior.
Quando
há algum erro - deputado Telhada, deputado Major Mecca, deputado Conte Lopes,
que vieram aqui, deputado Ortiz, os nobres deputados que vieram das fileiras da
Polícia Militar -, a Polícia Militar corta na carne. A Corregedoria é
implacável. A opinião pública e os órgãos de fiscalização, os deputados aqui
são implacáveis.
Todos
aqui podem errar, menos o policial. Mas olha que interessante, Major Mecca: o
número de mortos pelos policiais militares cresceu no último ano, só que a taxa
de homicídio no estado de São Paulo é a menor em mais de duas décadas. Espera
aí: será que não tem uma relação, deputado Telhada? Será que talvez, por um
acaso...
Porque
o que a gente vê diariamente é assassino sendo preso e, dias depois, semanas
depois, quando não na audiência de custódia, indo para a rua. Aqui a gente não
quer o confronto, até pela segurança da população e a segurança do policial.
Mas, senhoras e senhores, os números estão aí.
É
verdade que nós precisamos melhorar. É claro que a Segurança no estado de São
Paulo e na cidade de São Paulo precisa melhorar, deputado Reis. A gente não
pode ver cidadão de bem em sua motocicleta na Faria Lima, por exemplo, sendo
assaltado à luz do dia, à mão armada.
A
gente não pode ver delegado da Polícia Civil sendo assassinado por bandido que
não voltou do “saidão”. Delegado antigão, Capitão Telhada, sendo morto aí
voltando, sei lá, do seu exercício matinal. A gente não pode ver isso; isso não
pode se repetir aqui em São Paulo.
Mas
notem aqueles que são as viúvas do crime, que vêm chorar aqui. Obviamente, eles
não vão dizer que a maioria desses que morreram, a grande maioria, são
criminosos. “Ah, a polícia está matando, a política está matando”.
Mas
não falam, Mecca, do delegado que morreu, do agente que morreu, do policial
militar que faleceu, assassinados por esse crime que eles combatem. São mais de
100 mil homens, e aí, se um deles deslizar...
Eu
diria para vocês que talvez, comparando aí erros e acertos, é a instituição que
mais acerta, capitão Conte Lopes, e que tem um número mínimo de erros. Mas que,
quando erra, aí as viúvas dos criminosos são implacáveis. A imprensa parece
abutres ali.
A
gente precisa melhorar. Precisa melhorar, Major Mecca. Eu sei que os policiais
têm o seu apoio, o apoio de todos os deputados aqui, na valorização dos
policiais militares, com aumento salarial, que nós esperamos.
Eu
espero e falo aqui, ao secretário, ao governador: os policiais, a força de
Segurança Pública do Estado de São Paulo, está esperando esse aumento. Não veio
ano passado. Nós esperamos esse ano, quem sabe, na data base. Cobramos aqui.
Muitos falam
“olha, vocês não falam nada”. É claro que falamos. Obviamente, hoje nós falamos
diretamente ao governador, que nos dá a liberdade de sentar com ele. Eu não
tenho vergonha de falar que eu pertenço à base do governador.
A oposição faz
o seu papel: a crítica, pela crítica. Veja a nossa Defesa Civil em São Paulo,
todo o trabalho que tem feito: não há o mínimo reconhecimento. Usam essa
tragédia das chuvas para desgastar o governo, estão pouco se lixando para as
vítimas.
Vou dar uma
olhada. Quando os deputados colocarem todas as suas emendas parlamentares, eu
vou dar uma olhada, Capitão Telhada. Vossa Excelência, que manda muita emenda
parlamentar para fortalecer a Defesa Civil. Vou verificar se esses deputados
que sobem aqui “olha, catástrofe”, se eles mandaram recurso para ajudar, lá na
ponta, o cidadão comum, o próprio eleitor desses deputados.
Então nós vamos
fazer aqui o nosso papel de representar, mais uma vez, o nosso eleitor, que nos
trouxe até aqui, fiscalizar o Executivo. E, obviamente, rebater as críticas da
oposição. Críticas que, como eu disse, são apenas com a vontade de desgastar um
governo que está indo muito bem. Que está fazendo o seu papel, que está
tentando melhorar, ao final do dia, a vida do cidadão de bem.
Aí preciso
dizer que aqui os deputados ontem me abordaram e prestaram a solidariedade
porque eu tive mais um projeto vetado. Já é o segundo ano de governo, e é o
segundo projeto que nós temos aqui, digamos, um acordo de cavalheiros, para
deliberar, demandar um projeto.
Aprovaram o
projeto, e, pela segunda vez, este deputado teve um projeto vetado. Pelo
governador. Vetou um projeto que criava a carteira digital dos policiais
militares, civis, Polícia Técnico-Científica, agentes penais. Como nós temos a
CNH, os policiais têm a carteira funcional em papel.
Nós queríamos
criar uma identidade digital. Até para a proteção dos policiais que, quando são
identificados pelo crime, são covardemente assassinados. Tive esse projeto
vetado. Então o veto, não importa a coloração partidária, não importa se é da
esquerda ou da direita, há o julgamento no local devido.
Obviamente, eu
discordo de quem vetou esse projeto, se foi o secretário, se foi o próprio
governador, que teve essa opção. Ainda assim, sigo aqui trabalhando,
obviamente, para derrubar esse veto. E para das as condições mínimas aos nossos
policiais.
Não só com essa
Carteira Digital, mas com a valorização de salário da nossa tropa. Com a
moradia, Mecca, com o projeto que V. Exa. pautou aqui o projeto, e aprovou. E,
com todas as outras demandas que nós queremos que sejam aprovadas no nosso
Estado de São Paulo.
Então, que Deus
abençoe os deputados.
Que Deus
abençoe o nosso estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - MAJOR MECCA - PL - Obrigado,
deputado Gil Diniz. Dando sequência à lista de oradores, deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputada Márcia Lia, tem V. Exa.
o tempo regimental para o uso da tribuna.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde a todos que nos acompanham no plenário,
ao pessoal que nos assiste, a todos os nossos assessores, assessores de todas
as bancadas, aos deputados e deputadas presentes.
Quero iniciar
minha fala cumprimentando todos os colegas e dizendo que eu desejo a todos nós
um feliz ano novo e que a gente possa caminhar junto, com muita construção de
projetos e de políticas públicas no estado de São Paulo.
O que me traz
aqui é uma situação muito preocupante que nós tivemos essa semana, quando nós
recebemos a informação de que o senhor Tarcísio de Freitas, nosso governador,
recebeu um prêmio - eu não estou brincando -, ele recebeu um prêmio pela
privatização da Sabesp.
Senhores e
senhoras, deputados, povo paulista, a todos que nos assistem, subo a esta
tribuna com um sentimento de indignação, mas também de compromisso inabalável
com o nosso estado e com os direitos do nosso povo. O governador Tarcísio de
Freitas acaba de receber um prêmio de uma revista norte-americana por ter
privatizado a Sabesp, um prêmio estrangeiro para um ato que lesa o povo
paulista.
E eu pergunto,
desde quando vender o patrimônio do povo abaixo do preço e em meio a tantas
contestações merece qualquer reconhecimento? A privatização da Sabesp é um
crime contra o estado de São Paulo.
O governador
entregou a empresa para o grande capital sem qualquer compromisso com o
interesse público. Um estudo da Associação dos Profissionais Universitários da
Sabesp apontou que o valor real da companhia estava acima de 100 bilhões de
reais, mas a companhia foi vendida por menos de 60 bilhões de reais.
Um verdadeiro
escândalo, um saque oficializado contra o patrimônio de São Paulo. Agora, vemos
o primeiro impacto desse absurdo, segundo denúncias divulgadas pelos veículos
de imprensa e pelos próprios moradores de São Paulo - e foram muitas pessoas
que denunciaram.
A conta de água
já apresenta aumentos expressivos, tanto para as pessoas físicas, quanto para
as empresas, para os restaurantes, enfim. Esses aumentos podem sofrer um
reajuste de até 200% nos próximos anos.
Ou
seja, o lucro das novas acionistas será garantido com a exploração do povo e do
povo que mais precisa da sobrevivência e da água para sobreviver. E esse povo
vai pagar muito mais caro por um serviço essencial. Esse é o modelo que
Tarcísio defende, um Estado mínimo para o povo e um Estado máximo para os
lucros privados.
Um governo que
age como corretor de ativos públicos e não como gestor do bem comum. Um governo
que entrega as nossas riquezas para fundos estrangeiros, fazendo do bem público
uma moeda de especulação no mercado financeiro. Eu aqui lembro a célebre frase
de Sidônio Palmeira: “O Brasil é dos brasileiros”.
Olha aqui,
gente, o Brasil é dos brasileiros. E aí eu parafraseio: “São Paulo é dos
paulistas”, mas o que vemos hoje é exatamente o oposto. São Paulo sendo
entregue de bandeja para os interesses que não são os nossos interesses, que
não são os interesses do povo paulista.
Água não é
mercadoria, água é direito humano. E o governador Tarcísio, em vez de trabalhar
para garantir esse direito, está retirando da população para garantir lucro a
investimentos privados.
Temos exemplos
concretos dos desastres das privatizações na área do saneamento. Por exemplo;
no Rio de Janeiro, após a entrega do Cedae, o que se viu foi o aumento
exorbitante nas tarifas e precarização dos serviços; em Tocantins, com a
privatização da Saneatins a tarifa de água disparou, atingindo níveis absurdos
para a população mais pobre. Isso não é futuro, é retrocesso.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Capitão Telhada.
* * *
E não adianta
dizer que a Sabesp continuará sendo regulada, sabemos muito bem como as
agências reguladoras acabam sendo capturadas pelos interesses das próprias
empresas que deveriam fiscalizar. Quem pode confiar em um governo que vendeu a
Sabesp por menos do que valia? E se esse governo terá compromisso em evitar
aumentos abusivos? Por obvio que não.
Na
semana seguinte da privatização o governador já disse que teria aumento, e está
tendo realmente esses aumentos. O povo de São Paulo não merece esse desmonte e
não podemos aceitar calados.
Essa
luta não terminou. O povo paulista já se levantou contra outras tentativas de
destruição do patrimônio público e não será diferente agora. Vamos seguir
denunciando, organizando e mobilizando para barrar os projetos entreguistas do
governador Tarcísio de Freitas.
Aqui
reafirmo o meu compromisso. No nosso campo político, não vamos descansar,
enquanto nós não resgatarmos a Sabesp para o controle público. São Paulo é dos
paulistas e não do grande capital. Assim como o Brasil é dos brasileiros e não
dos estrangeiros.
E
viva a nossa pátria, viva o Brasil, viva os brasileiros e fora a esse sistema
de privatização do bem público.
O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP -
Obrigado. Dando continuidade à lista de oradores do Grande Expediente, convido
o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Altair Moraes.
(Pausa.) Deputada Professora Bebel, em cessão de tempo do deputado Donato.
A SRA. PROFESSORA
BEBEL - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, cumprimento a Mesa Diretora
de trabalhos, assessores à minha esquerda, os assessores e assessoras à minha
direita, público presente, todos os que nos ouvem e assistem através da Rede
Alesp, as deputadas e deputados presentes neste plenário.
Ontem começamos
o primeiro dia legislativo do ano de 2025. Por óbvio, no ano de 2024 tivemos
muita luta e muitas perdas. A perda mais dolorosa para nós foi o 5 % a menos na
Educação, ou seja 11 bilhões a menos. Ainda que diga que serão 11 bilhões que
vai para a Saúde, eu acredito...
Eu acredito
não, eu tenho certeza que não é bem assim. A gente sabe perfeitamente que as
OSs, Organizações Sociais, crescem atabalhoadamente por todo o interior do
estado de São Paulo. E também está em curso um processo de privatização de todo
os serviços públicos.
Então
também para dizer que nós iniciamos o ano letivo sem muito o que comemorar, não
é? Nós tivemos uma atribuição de aulas difíceis. A do ano passado foi difícil,
mas este ano conseguiu ser pior.
Do
ponto de vista da garantia dos direitos dos professores, do ponto de vista, da
forma de classificação dos professores e mesmo... Eu diria que foi uma bagunça
deliberada, para que na bagunça se instaure o autoritarismo que ocorreu nas
atribuições de aulas.
Eu
fiquei assustada quando eu estava em uma diretoria de ensino, deputada Márcia
Lia, e um dos dirigentes falou “Não, porque o diretor ligou para a casa da
professora e convidou a professora para a escola PEI”. Como assim? Serviço
público tem que ser impessoal, não há que ter convite.
Nós
somos todos concursados. Se não somos concursados, passa por um processo de
avaliação e tem que ter uma classificação. Não pode ser a bel-prazer do
dirigente, do diretor de escola e, pior ainda, digo, os estudantes avaliando se
o professor fica ou não fica. Isso é o maior dos absurdos que eu pude ver.
Mas
você fala assim: “Ah, mas a senhora avalia os estudantes”. Nós avaliamos, por
óbvio, mas nós temos maturidade, nós temos formação. Avaliação pressupõe também
que quem avalia tem que ter uma maturidade.
Aliás,
primeiro tem que se autoavaliar, tem que ter uma capacidade, inclusive, para
entender que tem que separar a afetividade da avaliação. Senão fica: “Não, a
Professora Bebel é muito dura. Eu vou dar nota zero para a Professora Bebel.
Mas o outro que é mais bonzinho...”.
Às
vezes eu sou exigente e eu pago um preço, e a minha exigência tem a ver com
garantir a qualidade da educação para aquele aluno, inclui discipliná-lo,
inclusive, com as regras que tem na convivência nas salas de aulas. Isso foi um
erro crasso da Secretaria do Estado da Educação explícito em toda a comunidade
educacional.
Nós
não aceitaremos mais, como não aceitaremos mais atribuição de aulas em pleno
processo de férias. Atribuição de aulas. Não tivemos férias. Começa em dezembro
e vem até agora o início do ano letivo.
Isso
é um desrespeito com a mais importante categoria, que não tem o direito sequer
de ter garantidos, aí, os seus dias de férias, que não sabe se vai trabalhar,
se não vai trabalhar, se vai ter condições de pagar as suas contas. Enfim,
essas são as questões que a gente traz. E nós vamos fazer luta.
Eu
tenho certeza, mas certeza absoluta, deputada Márcia Lia... desse ano não passa
uma luta intensa aqui no estado de São Paulo. Eu não estou falando de qualquer
luta, estou falando de uma greve.
Aí
muitos vão dizer: “Espera aí, mas a senhora está falando em greve, falando em
qualidade de ensino. Olha, grande coisa”. Que qualidade de ensino nós estamos
tendo na rede pública estadual? Digam. Se um aluno tem que passar...
Eu
tenho a honra de dizer que eu coordenei o cursinho popular. Aliás, eu fui uma
das pessoas que levou o cursinho popular em Piracicaba. Colocamos um estudante,
um professor de coordenador, ele coordenou. Participaram do processo os
estudantes. E nós aprovamos 20 estudantes que foram para as universidades
federais, para as Unesps, Unicamp, enfim, para a USP. E é muito grande isso.
Isso nos deixa muito felizes.
Isso
demonstra que se o estado não faz, façamos nós. Vamos garantir o futuro dessa
juventude que tem muita vontade de vencer na vida. Não uma prosperidade
pensando só em empreendedorismo.
Quem
quiser ser que o seja, mas não por uma imposição do sistema, não por uma forma
de organização do capital. Não é dessa forma. Que seja por aptidão, que seja
porque quer ser. Mas se quiser também ser lixeiro, que seja o melhor dos
lixeiros.
Isso
pressupõe também uma grande formação e uma formação que, certamente, dê
garantia para esses estudantes. Então eu não começo o ano legislativo feliz,
como muitos dos professores não começam o ano letivo felizes. Eles não vão
começar, vão começar muito tristes.
Quem
é deputado desta Casa sabe como foi nas suas regiões, foram procurados para
intervir no processo de atribuição. E foi impossível intervir, porque essa
coisa do online acabou dificultando a fiscalização.
Ou volta a ser
presencial, com transparência, e todos terem a clareza de que aquelas aulas
devem ser atribuídas para eles e não passar um na frente do outro, ou a gente
vai viver esse caos.
Porque foi uma
atribuição de aulas caótica. Eu falo isso porque faço da educação, não uma
coisa para mostrar... Eu não sou presidente da Educação ou sou da Comissão de
Educação para mostrar, porque... Enfim, a Educação é mais... Eu sou por uma
causa.
Eu fiz da
Educação um causa na minha vida. Ela é uma causa. Se a Educação... Se nos
espaços que eu estiver, eu não puder atuar na Educação, para mim, não tem
sentido. Digo que se, aqui na Assembleia Legislativa, a Comissão de Educação
não tiver espaço para mim, pouco me faz importância de estar na Casa. Porque eu
sou oriunda desse espaço. Eu sou formada nesse espaço.
Eu não fui para
governo nenhum. Eu só fiz a luta em prol da Educação. “Ah, não, a senhora
brigou com os governos.” Se briguei foi por alguma razão. Continuo brigando, o
que dá coerência, o que demonstra coerência na minha luta e na história que
tenho construído no estado de São Paulo. E esse reconhecimento é meio que de
todos e todas, tanto que não foi pouca coisa eu estar oito anos no Conselho Nacional
de Educação, espaço de construção de política educacional nacional.
Fui do Fórum
Nacional de Educação. Ajudei a organizar as conferências nacionais de Educação,
ajudei a escrever. Quando Fernando Haddad colocou em discussão o Plano Nacional
de Educação, foi inspirado nas lutas gerais, em todas as lutas que fizemos,
fosse no parlamento aqui, fosse nos espaços de construção que foram as
conferências municipais, estaduais, distritais e nacionais de Educação.
Então é com
esse espírito que a gente começa o ano letivo. Dizer que vai ter luta. Vai ter
luta. Eu vou sim continuar na Comissão de Educação, vou fazer essa discussão na
minha bancada, porque acho importante a minha presença lá até por tudo que eu
doei pela Educação no estado de São Paulo.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Obrigado,
excelentíssima deputada Professora Bebel. Convido a fazer uso da tribuna o
deputado Reis. Pelo tempo remanescente do Grande Expediente, deputado.
O
SR. REIS - PT - Srs.
Deputados, Sras. Deputadas. Cumprimentar aqui também o público presente, os
funcionários desta Casa, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Penal, da
Polícia Militar, da Polícia Técnico-científica e também aqueles e aquelas que
estão acompanhando os trabalhos pela Rede Alesp.
* * *
- Assume a
Presidência a Sra. Professora Bebel.
* * *
Sra.
Presidenta, que acaba de assumir, deputada Professora Bebel. Sr. Presidente,
deputado Capitão Telhada, quero deixar aqui a minha saudação e as boas-vindas
neste dia que inicia os debates aqui nesta Casa. E quero falar um pouco sobre a
Lei Orgânica da Polícia Civil. Uma lei que foi mandada para o Congresso.
Um projeto de
lei foi mandado para o Congresso Nacional no governo Lula 1. Passou-se o
Governo Lula 1 não, governo Lula 2. Passou-se o governo da presidenta Dilma, do
presidente Michel Temer, do presidente Bolsonaro e foi aprovado agora no
governo Lula 3, em 2024. E a grande expectativa que tem hoje, na Polícia Civil,
é a regulamentação dessa lei, dessa tão importante lei que foi tão esperada
pelos policiais civis, a Lei Orgânica Nacional nº 14.735.
Ontem esteve
aqui nesta Casa, para dar início ao ano legislativo, o secretário da Casa Civil
e o seu secretário executivo, o secretário Fraide. Nós comentamos sobre o grupo
de trabalho que foi instituído através de uma resolução - primeiro a Resolução
nº 1, depois a Resolução nº 2 -, que é um grupo composto por integrantes da
Casa Civil e da Secretaria de Segurança Pública.
Obviamente, os
meus colegas estão bastante ansiosos por conta do que realmente vai acontecer
durante o ano de 2025 com esse debate dessa regulamentação, desse projeto de
lei complementar que o governador tem que mandar para esta Casa, regulamentando
a Lei Orgânica Nacional.
O Fórum
Resiste, que é formado por várias entidades representativas da Polícia Civil,
fez um documento encaminhado ao governador, dizendo o que se espera da
aprovação dessa regulamentação.
Inclusive, no
dia 17 teremos um ato, que está sendo organizado lá no Largo São Francisco, um
ato para discutir; debater e cobrar do governo essas políticas para Segurança
Pública, principalmente para a Polícia Civil do Estado de São Paulo.
O Fórum Resiste
traz aqui, no item 1: “estabelecer novos paradigmas legais para efeitos de
reclassificação dos vencimentos visando a efetiva valorização mediante reajuste
do salário-base; previsão de adicionais, gratificações, indenizações sem
discriminação de aposentados e pensionistas”.
No item 2:
“assegurar a revisão geral anual”. O que acontece é que o governador, por exemplo,
vem, dá um aumento e às vezes passam um; dois; três; quatro; cinco anos sem dar
reajuste para os servidores e, principalmente, para os policiais. Neste
governo, houve um reajuste escalonado no primeiro ano, mas já no segundo ano
não houve nada.
A gente espera
que agora, em 2025, o governador do estado de São Paulo possa mandar para cá um
projeto reajustando; corrigindo o salário; melhorando o salário dos
policiais. Então, aqui no item 2 é uma
cobrança do Fórum, dessa recomposição salarial.
Também a Lei
Orgânica Nacional prevê criar um Fundo Especial da Polícia Civil. Então, para
fazer frente às necessidades de investimento em valorização e modernização
institucional, implementar o disposto na Lei Orgânica Nacional das Polícias
Civis, a Lei nº 14.735, de 23 de novembro de 2023, que, em seu Art. 37,
determina: “o ente federativo pode criar o Fundo Especial da Polícia Civil,
destinado preferencialmente à valorização remuneratória dos policiais civis”.
No item 4:
“regulamentar a jornada de trabalho ordinária em até 40 horas semanais,
observando-se em todos os casos o descanso remunerado e a contrapartida
indenizatória”.
Então, hoje
existe o padrão e o RETP. Às vezes, o policial é obrigado a trabalhar 12; 13;
14; 15; 16 horas e ele não recebe hora extra. Não há pagamento de hora extra.
Mas, agora, com a nova lei nacional, os policiais deverão receber por excesso
de horas trabalhadas.
No item 5:
“reformular o plano de carreira”, que é outro grande problema. Os policiais
demoram para ser promovidos. Se for por antiguidade, para chegar à segunda
classe, a primeira promoção, são 15 anos. A segunda, 25 anos. Então, precisa
também ser reformulado esse plano de carreira.
No item 6:
“fixar o nível superior” - a lei federal já traz isso, não é? - “como critério
de ingresso para todas as carreiras da Polícia Civil”. No caso aqui, de nível
médio, fixar o nível superior.
“A paridade e a
integralidade na aposentadoria; o pagamento de adicional de insalubridade aos
policiais civis no grau máximo.” Hoje se recebe o adicional de insalubridade,
mas ele foi congelado pelo governo anterior. O governo João Agripino Doria
congelou, e até hoje não se deu uma decisão sobre essa questão do adicional de
insalubridade.
Então, se
espera que ele seja descongelado e seja determinado qual o critério de
valorização, se vai usar a unidade fiscal ou não. Então é outro item é que está
aqui no requerimento ao governador do Fórum Resiste.
Sra.
Presidente, eu peço uma comunicação para eu poder continuar. Sei que não vai
dar tempo de falar tudo, mas amanhã eu volto e continuo falando.
Requeiro
dois minutos de comunicação.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - É regimental o
pedido de Vossa Excelência.
O SR. REIS - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Instituição de parcelas
indenizatórias pelo trabalho noturno, sobreaviso, escalas extraordinárias e
adicional noturno, que também a lei federal está prevendo. Criação da parcela
indenizatória por qualificação profissional, para que as pessoas que têm curso
superior, mestrado ou doutorado possam também ser valorizadas por isso.
Correção do
coeficiente do ADPJ, que se encontra congelado. Criação da IAA, indenização por
acúmulo de atividade. Hoje você tem a GAT. O delegado que responde por duas ou
três delegacias recebe essa gratificação, mas os seus assessores, os seus
policiais, investigadores, os escrivães que o acompanham não recebem nenhum
centavo por isso. Então é outra cobrança que se faz aqui.
O Item 13 é
reconhecimento da natureza indenizatória da GAT. O Item 14, reconhecimento da
natureza indenizatória e reajuste do valor da Dejec. Item 15: criação do
auxílio saúde. Item 16: preservação da saúde materna das policiais civis
gestantes e do desenvolvimento fetal sadio, conforme Lei Orgânica Nacional.
Também isso teve previsão na Lei Orgânica Nacional.
Item 17:
recompor os quadros de policiais civis a fim de solucionar a enorme defasagem
existente. Então, nós temos um enorme déficit de policiais na Polícia Civil. O
governo chamou aqueles que foram concursados pelo governo anterior. Existe um
concurso em andamento do atual governo, que a gente precisa cobrar para
agilizar os procedimentos, porque daqui a pouco acaba o governo e ninguém foi
contratado.
E o Item 18,
além dos itens especificados acima, são reivindicações prioritárias. A previsão
expressa na Lei Orgânica da Polícia Civil do estado de São Paulo de todos os
direitos e prerrogativas previstos na Lei Orgânica Nacional, sobretudo os
dispostos no Art. 30, inclusive os dispositivos cujos vetos foram mantidos,
enfatizando-se expressamente que os direitos e prerrogativas previstos nessa
pauta de reivindicação são extensivos aos aposentados e pensionistas.
Então isso é um
pouco a pauta da Polícia Civil que foi encaminhada pelo Fórum Resiste por
várias entidades classistas. A partir do momento que se vai começar a
discussão, nós queremos levar e escrever todos esses pontos aqui na nova
regulamentação da Lei Orgânica Nacional, que deverá ser feita pelo Governo do
Estado de São Paulo.
Eu quero dizer
para todos os meus colegas que eu recebi o convite, sim, do
secretário-executivo da Casa Civil para fazer parte, para acompanhar. Na
realidade, o grupo que foi criado já foi instituído e foi publicado no “Diário
Oficial”, mas para acompanhar os trabalhos.
A ideia nossa é
fazer um trabalho conjunto com as entidades classistas e também, obviamente, à
medida que vai evoluindo o debate dentro do governo, propor aquilo que
realmente a Polícia Civil do Estado de São Paulo tanto quer e espera que seja
feito na regulamentação da Lei Orgânica Nacional.
Muito obrigado.
O SR. REIS - PT - Requeiro de V.
Exa., por acordo de lideranças, o levantamento da presente sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - PROFESSORA BEBEL - PT - Sras. Deputadas
e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar
por levantados trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, com a mesma Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
Muito obrigada.
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- Levanta-se a
sessão às 16 horas e 04 minutos.
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