13 DE MAIO DE 2025
12ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ALEX MADUREIRA e ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - ALEX MADUREIRA
Assume a Presidência e abre a sessão às 20h50min. Coloca em discussão o PLC 12/25.
2 - GIL DINIZ
Discute o PLC 12/25 (aparteado pelo deputado Lucas Bove).
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência.
4 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Discute o PLC 12/25 (aparteado pelo deputado Barros Munhoz).
5 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - DONATO
Discute o PLC 12/25 (aparteado pelo deputado Major Mecca).
7 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão do PLC 12/25. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de método de votação ao PLC 12/25. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 12/25, salvo substitutivos, mensagem aditava e emendas, restando prejudicados os substitutivos nºs 1 e 2 ao PLC 12/25.
8 - GIL DINIZ
Declara voto contrário ao PLC 12/25.
9 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra a manifestação. Coloca em votação e declara aprovada mensagem aditiva ao PLC 12/25. Coloca em votação e declara rejeitadas, englobadamente, as emendas ao PLC 12/25.
10 - DONATO
Declara voto favorável às emendas de autoria da Federação PT/PCdoB/PV e da Federação PSOL REDE, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
11 - GUILHERME CORTEZ
Declara voto favorável às emendas de autoria da Federação PSOL REDE e da Federação PT/PCdoB/PV, em nome da Federação PSOL REDE.
12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Encerra a discussão do PL 910/24. Coloca em votação e declara aprovado o substitutivo ao PL 910/24, restando prejudicados o projeto e o substitutivo nº 1.
13 - GUILHERME CORTEZ
Declara voto contrário ao PL 910/24, em nome da Federação PSOL REDE.
14 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra a manifestação. Coloca em discussão o PL 411/25.
15 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Discute o PL 411/25 (aparteado pelo deputado Carlos Cezar).
16 - GILMACI SANTOS
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
17 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Responde à questão de ordem do deputado Gilmaci Santos.
18 - DONATO
Discute o PL 411/25.
19 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Encerra a discussão do PL 411/25. Coloca em votação e declara aprovado o PL 411/25, salvo emendas. Coloca em votação e declara aprovada a emenda nº 7. Coloca em votação e declara rejeitadas, englobadamente, as demais emendas ao PL 411/25.
20 - DONATO
Declara voto favorável às emendas de autoria da Federação PT/PCdoB/PV e da Federação PSOL REDE, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
21 - GUILHERME CORTEZ
Declara voto favorável às emendas de autoria da Federação PSOL REDE e da Federação PT/PCdoB/PV, em nome da Federação PSOL REDE.
22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação a ser realizada hoje, cinco minutos após o término desta sessão.
23 - CAPITÃO TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - CARLOS CEZAR
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
26 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Agradece ao deputado Gilmaci Santos por
sua contribuição como líder do Governo. Manifesta seus cumprimentos aos demais
deputados pela aprovação dos projetos em pauta. Encerra a sessão às 22h09min.
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Alex Madureira.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior.
Ordem do Dia.
Discussão e votação do Projeto de lei
Complementar nº 12, de 2025 de autoria do Sr. Governador. Ainda em discussão.
Para discutir contra, deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente deputado Alex. Cumprimento os
pares presentes aqui na sessão extraordinária.
Presidente,
alguns parlamentares que subiram aqui essa tribuna anterior disseram que a
bancada que defende nossos policiais militares não estava em plenário ou não se
posicionou. Não é verdade. Estamos aqui e temos sim as nossas posições.
Obviamente,
cada deputado tem o seu mandato, é livre para defender ou não o governo. Eu
particularmente sou contrário aos 5% de reajuste. Eu acho que o funcionalismo
público de São Paulo merece mais, merece muito mais.
Principalmente
os nossos policiais militares e civis, as nossas forças de segurança. Cinco por
cento de reajuste para os nossos policiais é praticamente dizer a eles: “o que
nós prometemos em campanha, o que nós falamos que faríamos durante o mandato,
não será cumprido”. Essa é a verdade.
O governador
sabe da minha posição. Já subi essa tribuna anteriormente. Assim como subi essa
tribuna quando eu era oposição, hoje eu faço parte da base do Governo. Porém,
eu preciso manter, e eu espero que os deputados entendam a mínima coerência com
aquilo que eu sempre defendi.
No primeiro
mandato deste deputado, o governador então era João Doria. No primeiro reajuste
que ele ofereceu aos policiais, ele deu 5% também. Este deputado subiu a essa
tribuna e o criticou. E julgo que foi corretamente, a crítica foi feita de uma
maneira correta.
Nós, durante a
campanha eleitoral, nós falávamos aos nossos policiais de valorizar a carreira,
além de dar um soldo digno a esses profissionais de Segurança Pública.
Por exemplo,
dos nossos policiais militares, nós tiraríamos as câmeras corporais. Está aí um
acordo histórico, segundo a grande mídia, entre governo de São Paulo,
Defensoria Pública e STF. Como se o STF governasse o estado de São Paulo.
Não, o governo
de São Paulo foi eleito justamente para governar esses 44 milhões de habitantes
aqui. Nós fomos eleitos justamente para representar os nossos eleitores.
Então não tem
como ver um acordo como esse sendo celebrado entre STF, governo estadual e
Defensoria na questão da câmara corporal. Não foi isso, senhoras e senhores,
que eu prometi aos meus eleitores e principalmente à família policial militar.
Senhoras e
senhores, hoje, no estado de São Paulo, vocês devem ter acompanhado, nessa
semana, que passou duas ocorrências gravíssimas na zona leste de São Paulo.
Viatura da Polícia Militar, salvo engano, havia um major nessa viatura. Tomou
tiro de fuzil.
A bandidagem
está tão à vontade no estado de São Paulo. Obviamente, com os nossos heróis da
Polícia Militar e Civil, tentando dar esse combate. São heróis, merecem nosso
aplauso. Mas o crime organizado tem feito seus tentáculos na política, no
estado, e nós não conseguimos aqui cumprir aquilo que nós prometemos.
Então eu deixo
aqui registrado dessa tribuna, se houver a possibilidade de votar
contrariamente a esse reajuste, votarei dessa maneira. Senão registro o meu
voto contrário, porque, realmente, como disse da última vez que subi aqui, 5% é
inexplicável.
Entendo toda a
boa vontade do governo. Entendo sim que no primeiro ano ele deu um reajuste
histórico aos nossos policiais. Em média, mais de dois dígitos. Porém, a
valorização desses policiais tem que ser um processo. No último ano, nós não
tivemos o reajuste. Esse ano nós tivemos um anúncio desses cinco por cento. Não
foi respeitada por exemplo, a data-base que nós sempre falamos, que nós sempre
criticamos.
Nós não
mudamos, nós seguimos aqui, obviamente, sabendo da nossa responsabilidade de
ser governo. E é por ser governo que os projetos mais sensíveis enviados pelo Executivo
foram votados e aprovados nesse plenário. Foi votado e aprovado, com o voto
deste deputado.
Por exemplo, a
privatização da Sabesp, pauta que foi prometida em nossa campanha. Nós
prometemos na campanha que enxugaríamos o estado, e estamos fazendo. Nós
prometemos na campanha que haveria reforma administrativa, e estamos fazendo.
Que o salário mínimo paulista seria valorizado.
Está sendo
valorizado. Mas nós prometemos também que os profissionais de Segurança Pública
no estado de São Paulo seriam também valorizados da maneira que merecem, e nós
subiríamos aí nessa tabela para conseguir colocá-lo a pelo menos nas principais
posições com essa melhora de salário.
Eu sei que nós
temos ainda muito a fazer aqui no estado de São Paulo. Eu sei que no próximo
ano podemos, sim, ter esse reajuste, mas fica difícil de assinar embaixo, de
acreditar. Por quê? Porque não há essa segurança, não há esse compromisso que,
no próximo ano, nós teremos um aumento de dois dígitos, de cinco, de seis, de
sete, de dez, de quinze.
Nós não
sabemos. A economia pode oscilar e aquilo que nós podemos prometer nesse
momento pode não ser cumprido. Então tento, sim, dentro da minha possibilidade,
falar com os deputados, articular, falar dentro do governo, inclusive com o
governador Tarcísio, para que nós consigamos dar uma melhora em pecúnia aos
nossos policiais. A gente não pode apenas dizer que são heróis, juram, dão a
vida.
A gente não
pode, em uma campanha política, prometer isso, aquilo, aquilo outro e agora
simplesmente chegar e dizer: “olha, infelizmente o cofre está vazio e nós não
conseguimos chegar naquilo que nós prometemos”.
Sei que não é
fácil governar, sei que não é fácil ser Executivo. Ser oposição é muito mais
simples. Mas a gente precisa sim conseguir esses meios de valorizar os nossos
servidores públicos, principalmente os servidores da Segurança Pública.
Então é por
isso que este deputado se posiciona contrariamente aos cinco por cento.
Gostaria, sim, que fosse mais; gostaria, sim, de ter um compromisso para que no
ano que vem, no mínimo, no mínimo, o compromisso com a reposição inflacionária
acontecesse.
Se nós pegarmos
esses 5%, somando aí inflação do ano passado... os dois últimos anos, não, não
conseguimos cobrir, não conseguimos cobrir a recomposição inflacionária.
Então, senhoras
e senhores, mantenho sim essa coerência que me trouxe até este Parlamento,
defendo sim a valorização dos servidores públicos. Sou um servidor público, fui
carteiro, fui assessor parlamentar, hoje sou deputado.
Já trabalhei,
alguns de vocês não sabem, saía dos Correios, Ortiz, ia pegar aula como
categoria “O”. Então fica difícil de olhar para o servidor público,
principalmente, parar uma viatura nas ruas do estado de São Paulo, conversar
com o patrulheiro e tentar explicar para ele o porquê de apenas cinco por
cento.
Então faço aqui
este apelo ao Sr. Governador, ao secretário da Fazenda, aos nobres pares aqui:
que nós sentemos e consigamos um reajuste maior, para todos os servidores, mas
principalmente para os servidores da Segurança Pública, que foi um dos
compromissos de campanha. Então, senhoras e senhores, deixo registrado aqui
mais uma vez: o meu voto é “não” a esse projeto.
O SR. LUCAS BOVE - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Eu
entendo as colocações e eu entendo o quão difícil, de fato, é fazer a gestão de
um orçamento do Estado, principalmente quando nós temos um governo federal que
impõe, sem dúvida nenhuma, uma dificuldade muito grande, porque o estado de São
Paulo, apesar de ser a locomotiva do Brasil, é o primeiro a sentir a dificuldade
aqui, haja vista que a cada um real que nós mandamos para Brasília, voltam sete
centavos. Então o estado financia o restante do País.
Sem dúvida
nenhuma, quando o governo federal vai mal... Aliás, dizer que vai mal é um
elogio a esse governo, que é um desastre. Aliás, é um desgoverno, como nós
sempre dissemos, não há governo, é algo que realmente está desenfreado. Nós
vimos aí um rombo de 90 bilhões. Quanto de aumento a gente conseguiria dar para
os nossos policiais com 90 bilhões?
É a mesma coisa
em relação, por exemplo, às câmeras de segurança. As câmeras de segurança que
estão sendo colocadas, como o senhor disse aqui, na polícia, mas na Polícia
Federal, por exemplo, não são colocadas. Então, assim, é algo que realmente é
muito complexo, é muito complicado. Agora, eu faço coro com suas palavras.
Em se tratando
de polícia, pelo menos - eu fiz uma conta rápida aqui, e eu peço desculpa se os
dados não tiverem corretos -, o reajuste de 20% concedido em 2023 teve um
impacto de 2,5 bilhões anuais.
Ou seja,
segundo as minhas contas, se eu não tiver errado, cada 1% de aumento para
policial civil e militar representa mais ou menos 125 milhões de aumento no
orçamento. A Secretaria de Segurança Pública, em 2025, teve um aumento de dois
bilhões no seu orçamento.
Portanto, seria
plenamente factível dentro do orçamento da secretaria que nós fizéssemos, sem
dúvida nenhuma, esse gesto, porque os nossos policiais já não tiveram um
aumento ano passado e aí, com todo o respeito ao governador - eu entendo também
a dificuldade e acho que o governador, assim como o secretário de Segurança são
bem intencionados, aliás, tenho certeza do respeito e da admiração que eles têm
pelas polícias paulistas e acho que você também, não temos dúvida disso -, até
porque a maior bandeira deste governo é, sem dúvida nenhuma, os índices de
Segurança que estão melhorando, então quem é responsável por isso precisa ser
remunerado, sem sombra de dúvidas.
Eu concordo
plenamente com a sua colocação. Cinco por cento, de fato, é um valor que não
cobre nem a inflação para os policiais que não tiveram aumento no ano passado.
O senhor
apresentou um projeto, inclusive uma emenda, salvo engano, que, infelizmente,
não foi acatada, para que fosse o reajuste pelo menos de 10%, quase isso, que
daria uns dois anos de correção de inflação, dos dois anos, não é isso? Então,
pelo menos a inflação.
E a gente tem a
expectativa de que no ano que vem a gente consiga pelo menos corrigir, porque
no primeiro ano, a forma como foi feita, a gente se colocou da forma como a
gente entendia, que não deveria ter sido feito daquela forma. Segundo ano não
veio, nós pressionamos. Esse terceiro ano não veio.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. André do Prado.
* * *
Nós, como base
aqui, como parceiros, estamos entendendo, mas, de fato, não podemos deixar de
marcar nossa posição, assim como vários deputados da bancada de Segurança
apresentaram emendas, tentaram também. Infelizmente, não foi possível. Eu
creio, e quero muito crer, que realmente a Secretaria da Fazenda esteja talvez
apertando demais o sapato.
Tem espaço no
orçamento, e acho que o governador e o secretário de Segurança estão sendo
induzidos ao erro, não só no caso dos policiais, no caso também do
funcionalismo público como um todo. Os nossos professores, os nossos
pesquisadores. Aliás, tem um outro projeto aqui relativo a isso, em que a
Fazenda passou uma régua que, na minha opinião, é incorreta.
Então acho,
sim, que nós precisamos ter a nossa liberdade de fiscalizar o governo no
sentido de apoiar o governador, porque nós estamos aqui... Inclusive, ano que
vem, faremos campanha pela reeleição do governador Tarcísio e, para isso, sem
dúvida nenhuma, aqueles que são os verdadeiros responsáveis pela maior bandeira
desse governo, que não é Trem Intercidades, não é Túnel Santos-Guarujá, são os
índices de criminalidade caindo. Foram inclusive os objetos de debate na
eleição da prefeitura ano passado. É importante que esses profissionais que
colocam a popularidade do governo lá em cima sejam, de fato, exaltados.
Parabéns pela
sua fala, corroboro totalmente com ela, apesar de entender as dificuldades que
o desgoverno federal impõe do ponto de vista financeiro ao estado de São Paulo.
Obrigado pelo
aparte.
Desculpe por
utilizar muito do seu tempo.
O SR. GIL DINIZ - PL - Só para encerrar, presidente. Eu
agradeço aqui o aparte do deputado Lucas Bove. Do governo federal eu não espero
nada mesmo. Eu espero, na verdade, uma PEC da antissegurança. Do governo
federal é isso que nós podemos esperar, o combate aos nossos policiais e a
crítica sempre aos nossos policiais. Valorização: nenhuma.
Mas, nesse
caso, deputado Lucas Bove, é justamente porque foi um compromisso de campanha
nosso, então nós precisamos aqui mostrar a esses policiais, a esses
patrulheiros, que nós continuamos aqui tentando, da melhor maneira possível.
Muitas vezes o
que é discutido, o que é falado - para finalizar, presidente - acaba não sendo
público, até porque aqui ninguém quer virar herói, exceto a oposição, que faz o
que tem que ser feito, faz a fumaça que tem que fazer.
Mas nós temos
esse compromisso e, sim, lutamos, estamos lutando até o último momento para
tentar dar um pouco mais a esses que, sim, carregam o nosso estado nas costas.
Desabaram os índices criminais. Olhe a taxa de
homicídios no estado de São Paulo. Dê uma verificada com uma taxa de um estado
que é governado pelo Partido dos Trabalhadores. Por exemplo, a polícia de São
Paulo é exemplo, é a melhor polícia do Brasil. Nós precisamos valorizar esses
policiais em pecúnia, e é isso que nós sempre defendemos e sempre vamos
defender, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Gil Diniz. Dando sequência à lista de
oradores inscritos, com a palavra para discutir a favor, o deputado Luiz
Claudio Marcolino.
O SR. LUIZ CLAUDIO
MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputada
Srs. Deputados, ia deixar para falar só no projeto de salário mínimo, mas acho
que vale a pena fazer uma boa reflexão, de fato, em qual estado nós estamos
vivendo.
Eu parabenizo o
deputado Gil, porque ele veio aqui e falou que, de fato, o governador Tarcísio
não está cumprindo o que ele prometeu durante a campanha. E está correto, é um
deputado que tem coragem.
Lá atrás
criticava o governador, na época do PSDB, o Doria, e agora vem e faz a mesma
crítica ao governador Tarcísio. Está correto. O governador fez promessas de
campanha e não está cumprindo as promessas de campanha, isso se chama
estelionato eleitoral. Então, o que o Tarcísio está fazendo hoje aqui no estado
de São Paulo é estelionato eleitoral.
E, além de
fazer estelionato eleitoral, o deputado do Bove vem e quer jogar um problema do
governador Tarcísio, um governador que não respeita os servidores públicos, que
cometeu bobagem quando, no primeiro ano de governo, apresentou um projeto para
a Segurança Pública de cinco bilhões de reais. Cinco bilhões de reais.
A nobre
deputada Bebel, que é liderança do movimento sindical da Educação, eu sou
liderança do setor bancário, e nós somos acostumados a fazer processo de
negociação com as categorias, com setores importantes, né?
Eu negociava,
enquanto presidente do sindicato dos bancários, com os banqueiros, o dono do
banco Itaú, o dono do Bradesco, os vice-presidentes, pessoas que sentavam na
mesa de negociação, e discutíamos acordos muito importantes para as nossas
categorias.
Então o
governador Tarcísio, quando não conversa com os parlamentares da Segurança
Pública na Assembleia Legislativa e coloca um projeto que tem um investimento
de cinco bilhões de reais para os servidores da Segurança Pública...
E está correto,
né? Tem que ter esse projeto de valorização dos nossos servidores da Segurança
Pública no estado de São Paulo, mas não conversou com o Parlamento, não
conversou com a bancada da bala, não conversou com os 94 deputados, não fez um
diálogo com a Presidência da Casa.
Aí erra no
primeiro momento e está errando de novo agora, porque não vai cumprir os 5% em
que estava, pela correção, ou apresentar um projeto de valorização dos
servidores da Segurança Pública maior do que foi o governo passado.
Vão se passar
os quatro anos, e eu quero ver a bancada da bala defender o governador Tarcísio
ao final de quatro anos de governo em que ele não vai conseguir cumprir aquilo
que o Doria fez. Ao final de quatro anos, no estado de São Paulo, o Doria vai
ter apresentado um reajuste maior do que o Tarcísio, que falou que ia valorizar
a Segurança Pública.
Não vai
conseguir cumprir, não vai cumprir, porque 5% agora, que é irrisório para a
Segurança Pública, que já teve um percentual maior no primeiro ano, ele não vai
conseguir cumprir e dar um reajuste, nobre deputado Barros Munhoz, maior do que
o Doria fez durante quatro anos de governo passado, ainda com a pandemia. Ainda
com a pandemia.
Então é
importante colocar esse debate hoje aqui, já que é para fazer um bom debate,
uma boa discussão, vamos fazer. Agora eu quero fazer um debate também em
relação ao governo federal relacionado ao Governo do Estado de São Paulo. O
deputado Bove vem e fala: "Não, a gente aqui produz muito e volta pouco
para o Estado de São Paulo".
Eu vou falar
aqui sobre o guru do deputado Bove, que é o ex-presidente Bolsonaro. Eu faço um
desafio, me falem quanto, em quatro anos de governo Bolsonaro, foi investido no
estado de São Paulo, me falem qual é a obra que foi feita no estado de São
Paulo, durante quatro anos, quando o Bolsonaro foi presidente do Brasil.
Uma única obra,
uma única ação, um único gesto. Não tem. O governo Bolsonaro, durante quatro
anos, virou as costas para o estado de São Paulo. Quem está agora trazendo a
boia de salvação para o governador Tarcísio é justamente o presidente Lula.
Olha que
diferença, seis anos, dois do Temer e mais quatro do Bolsonaro, e não teve
sequer um investimento no estado de São Paulo. Eu não falo só de Infraestrutura
não: olha para a Saúde, olha para a assistência social, olha para a Educação,
veja qual foi o investimento que o Bolsonaro fez no estado de São Paulo. Não
tem investimento do governo Bolsonaro no estado de São Paulo durante quatro anos.
Começa o
governo Lula e ele já dialoga com o Tarcísio, tem lá o Trem Intercidades, tem
lá o Túnel Santos-Guarujá, tem investimento no monotrilho, tem investimento no
Rodoanel. Dá uma olhada, quem quiser vai aqui no Rodoanel Norte.
Voltou a ter,
novamente, as obras do Rodoanel Norte em funcionamento. Pega as linhas de Metrô
que estamos colocando agora no estado de São Paulo, todas com investimento do
governo federal. Isso não é contrapartida?
Isso é o
presidente Lula olhando para o estado de São Paulo como olha para o Rio de
Janeiro, como olha para Minas Gerais, como olha para o Nordeste, como olha para
a região sul.
Eu lembro que
durante a pandemia eu cheguei a ir lá no extremo do Paraná, tinha obra, pelo
governador Ratinho, sendo feita em todas as cidades do Paraná, todas as cidades
do Paraná, cidade por cidade em que eu passei no Paraná tinha obras. Eu olhava
para o estado de São Paulo, um desespero, não tinha sequer uma obra. E as obras
no Paraná eram todas em parcerias com o governo federal.
Então era o
Bolsonaro dialogando com o estado do Paraná e não dialogava com o estado de São
Paulo. Agora vem aqui o deputado Bove e fala que não, enchendo a boca para
falar do presidente Lula. Tem que lavar a boca para falar do presidente,
compare com o seu presidente, compare com o Bolsonaro, faça uma comparação.
Veja o
investimento em relação à Saúde. O presidente Lula, do mesmo jeito que trabalha
com os outros estados, tem colocado recursos na Saúde, seja para cirurgias
eletivas, seja para o investimento em hospitais no estado de São Paulo, boa
parte dele hoje em parceria com o governo federal.
Nós tivemos
agora, 15 dias atrás, a Ana Estela, e tivemos também a representante da Saúde
da saúde digital. Ali dá gosto de ver uma parceria da Secretaria de Saúde do
Estado de São Paulo dialogando com o governo federal na área digital e fazendo
investimento para o estado de São Paulo. Ali você vê uma parceria de fato.
Então nós
investimos na Saúde, nós investimos na Educação, nós investimos na Segurança
Pública, estamos discutindo, porque o governo federal está debatendo a PEC da
Segurança Pública, mas não deixou de conversar com o governador Tarcísio, não
deixou de conversar com o Secretário de Segurança Pública.
Agora eu
comparo a lógica ou a relação que o governador Tarcísio tem hoje com os nossos
prefeitos. Eu desafio o governador Tarcísio a fazer o que o presidente Lula tem
feito hoje com todos os prefeitos do estado de São Paulo, todos.
Hoje você olha
em cada ministério do governo federal e você tem lá edital para a área da
Saúde, tem o PAC da Saúde, tem o PAC da Educação, tem investimento para
infraestrutura em todos os municípios do estado de São Paulo, em todos eles.
O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - O senhor me permite um aparte?
Bem rápido.
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Já passo, só vou terminar meu
raciocínio. Eu gostaria que o governador Tarcísio abrisse também, em todas as
secretarias que nós temos hoje no estado de São Paulo, o mesmo processo de
editais para que os prefeitos do estado de São Paulo pudessem fazer o mesmo
movimento democrático que é feito hoje a partir do governo federal.
Eu vi na semana
passada o governador Tarcísio lançando o projeto 3D e eu vi vários deputados
acompanhando o governador Tarcísio indo pelo estado. Só que a indicação da obra
que vai ser feita é para prefeitos direcionados.
Eu faço um
desafio para cada deputado aqui da Assembleia Legislativa, para cada deputada
que tem a sua base eleitoral no estado de São Paulo, que tem o diálogo com os
prefeitos, como é que tem sido a relação dos prefeitos, com os quais vocês
dialogam na base de vocês, com o governo federal? Está tendo mais investimento
nas prefeituras agora que vocês têm diálogo com os prefeitos do que tinha no
governo anterior?
Pode olhar em
qualquer cidade, cidade pequena, cidade média e cidade grande, tem retorno
efetivo do governo federal agora em cada cidade do nosso estado, nos 645
municípios. E nós não vemos essa mesma relação com o governo estadual.
Eu quero ver o
estado de São Paulo crescendo, um estado pujante, um estado desenvolvido, mas
também tem que ser um estado mais republicano, o que não tem sido hoje com as
nossas relações.
Eu tenho visto
muitos prefeitos, e a gente vê prefeito vindo aqui falar: “olha, Marcolino, eu
tive uma reunião com o governador, ele falou que se a gente quiser investimento
na nossa cidade, converse com o seu deputado, peça uma emenda parlamentar”.
Porque não tem projeto, a gente não vê ações de fato ligando direto do prefeito
ao Governo do Estado de São Paulo.
Eu lembro
quando o nosso ex-governador, que hoje está como vice-presidente da república,
o Alckmin - e o deputado Barros Munhoz lembra da época -, a gente ia conversar
com a Secretaria de Saúde, deputado Barros Munhoz, e todo prefeito sabia: a
cada dois anos, você tinha uma renovação das ambulâncias.
No estado de
São Paulo, todos os prefeitos num ano recebiam uma ambulância, no outro ano
recebiam outra. Então você revezava. Tinha um projeto, na época, do Governo do
Estado, pelo governador Alckmin, que tinha essa perspectiva de garantir que
todo município ia ter pelo menos o mínimo de atendimento.
Hoje nós não
estamos vendo. Então, quando a gente faz aqui uma comparação... Quer fazer um
debate de qualidade, vamos fazer. Mas faça o debate na sua integralidade.
Agora, falar que o governo federal não tem investimento no estado de São Paulo,
que não tem retorno, é mentira, é leviano. Isso nós não podemos aceitar.
Um aparte,
nobre deputado Barros Munhoz.
O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Só
gostaria de deixar bem claro que na eleição entre os vários candidatos ao
governo de São Paulo, o resultado final foi de 56% em favor do Tarcísio e de
44% em favor do Haddad.
Então eu acho
que as coisas precisam ser sopesadas. Eu entendo que há críticas a se fazer a
todos os governantes. Mas é indiscutível que nós estamos falando aqui hoje do
governo Tarcísio, nós estamos falando aqui de projetos do governador Tarcísio.
Ele está se esforçando ao máximo.
E uma coisa
muito importante a ser ressaltada é que ele tem feito, sim, e muito por São
Paulo. E o exemplo maior foi a questão da Saúde, e é a questão da Saúde. É um
escândalo o SUS nacional.
O Lula está no
terceiro mandato de presidente. E conviveu com esse escárnio que é o SUS
nacional. Defendeu isso e defende até hoje. Compare o SUS federal com o SUS
paulista. Veja o que fez o governador Tarcísio: para governar, tem que ter
coragem, dignidade e tem que enfrentar o que precisa ser enfrentado. E agora o
que ele está fazendo com esses projetos.
Então viva o
governador Tarcísio. E vamos ajudá-lo. Ele precisa corrigir? Vamos corrigir.
Mas o governo federal não está também fazendo absolutamente nada a mais do que
o governador Tarcísio está fazendo na área dos servidores. Sem falar dos
escândalos jamais vistos na história do Brasil, praticados...
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Já então concluiu o aparte. Já
dei o aparte.
O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - O que começou não foi aquilo. O
que terminou agora é do governo Lula. O maior escândalo do Brasil.
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Já dei o aparte a Vossa
Excelência. E quem trouxe aqui o debate fora dos projetos foi o deputado da sua
base, deputado Barros Munhoz, da sua base. Quer discutir Saúde, vamos discutir
Saúde. Vamos fazer uma comparação: eu tenho dados do estado de São Paulo. E o
maior problema, hoje, que nós temos no estado de São Paulo é a Saúde.
Vamos ver aqui:
o hospital que nós temos aqui em São Paulo, agora nós estamos vendo o
escândalo. Vimos no Santa Marcelina, acabamos de ver agora no Ipiranga -
hospitais estaduais.
Nós tínhamos...
e deixado pela gestão de V. Exa., quando era líder do Governo aqui, ainda lá
atrás, na gestão do PSDB... Tinha um hospital de Assis que estava com mais de
200 leitos fechados.
Então boa parte
do problema da Saúde no estado de São Paulo é herança, não do PT, mas do
governo de V. Exa., que era líder do Governo; de V. Exa., que chegou a ser
presidente da Casa.
Então boa parte
da herança maldita da Saúde no estado de São Paulo é da gestão do PSDB, onde V.
Exa. era uma das principais lideranças que tinha - do PSDB no estado de São
Paulo.
Pega o SUS
paulista hoje, é um engodo o que o governo apresentou, porque ele faz o SUS
paulista, mas ele desconta do recurso do SUS nacional, porque o presidente
Lula, assim que assume, corrige.
E boa parte das
cirurgias que nós temos, hoje, em muitas áreas da Saúde, foi corrigida a tabela
do SUS. Não foi corrigida em sua totalidade. Mas tem muitas áreas, hoje, da
Saúde, em que foi corrigida a tabela SUS. Sabe o que o governador Tarcísio fez?
Ele foi lá e descontou aquilo que corrigiu na tabela SUS; não tem dinheiro
novo.
Não tem
dinheiro novo na Saúde, porque o governo federal corrigiu a tabela SUS nacional
em vários pontos; o governador Tarcísio foi lá e descontou. Fez um primeiro
movimento de dar recursos para a Santa Casa, no ano seguinte tirou.
Se não fosse a
gente corrigir, no ano passado, na LOA, agora no Orçamento, o debate das Santas
Casas, não teria recurso para as Santas Casas este ano. Não teria. Quem
corrigiu foi a bancada do Partido dos Trabalhadores - o debate da Saúde. Pega o
Sistema Cross no estado de São Paulo, que foi prometido corrigir, até agora não
foi.
Quer debater,
nós debatemos, ponto por ponto. Quer discutir Saúde do governo federal e do
estado, eu discuto com Vossa Excelência. Quer discutir Educação, eu discuto com
Vossa Excelência.
Quer discutir
Assistência Social, eu discuto com Vossa Excelência. Infraestrutura, eu discuto
com Vossa Excelência. Agora, não venha querer falar que o governador Tarcísio é
mil maravilhas.
Quem trouxe o
debate aqui em relação ao governo estadual e governo federal foi a bancada do
governador Tarcísio. Fizemos bons debates aqui em relação aos problemas que
estavam colocados. Colocamos que não era suficiente...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para concluir, deputado Luiz
Claudio Marcolino.
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Mas V. Exa., a bancada de V. Exa.
que trouxe essa discussão para cá. Então não faça essa discussão de forma
rasteira. Eu dei espaço para V. Exa. fazer um debate de qualidade, como V. Exa.
sempre fez. E nos últimos anos, eu estou desconhecendo o Barros Munhoz, que eu
conheci na legislatura passada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para discutir a
favor, com a palavra o deputado Donato.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Queria fazer uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos, Vossa Excelência.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu quero lamentar que, num debate
em que, dada a profundeza que é o funcionalismo público, a gente fique
apontando aqui um ou outro.
Eu quero
reafirmar a fala do companheiro e deputado Marcolino, e dizer o seguinte:
quando parou o dinheiro para tratamento do câncer aqui no estado de São Paulo,
veio lá de Brasília o aporte maior.
Então tem que
ter o reconhecimento. Podemos ter divergências? Sim. Então vamos pegar o túnel.
Se o presidente quisesse, ele não precisaria ter feito a parceria. Mas, como o
presidente Lula é um estadista - e ele é -, ele disse: “não, precisa da
parceria junto com o governador Tarcísio”. Por óbvio. É um conhecedor de obras.
Então eu acho
que respeito é bom, e a gente gosta. A gente pode ter divergências, mas a gente
não pode fazer das divergências uma briga umbilical que não cabe, que nem...
Eles se conversam,
e nós nos matamos aqui? Ou nós vamos também construir política pública
conjunta? Eu acho que é isso. Sabe, eu não aceito as... Por exemplo, os
senhores não são obrigados a concordar com o meu partido, com a política que o
meu partido desenvolve. Mas nós também não somos. E aí eu acho que é um
respeito mútuo que precisamos ter.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado. Com a
palavra, o deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
todos os que nos assistem pela rede Alesp. Bom, infelizmente chegamos a essa
situação de um debate que fugiu do tema aqui. A gente procurou fazer o debate
com o maior respeito. Nossa oposição é a proposta do governador Tarcísio. Em
nenhum momento atacamos os deputados. A gente entende, quando o deputado é da
base tem sua situação colocada, a gente entende isso, faz parte.
Já fui da base,
já fui de oposição, já fui... Então faz parte, mas a gente tem que escutar coisas
aqui que não dão para engolir, né? Quem estava aqui mais cedo viu um deputado
que inclusive falou em inteligência artificial.
Aí eu me
lembrei da ministra Carmen Lúcia, que num voto dela fez uma comparação
brilhante. Muita gente tem medo da inteligência artificial, e ela falou: “Mas
eu tenho mais medo da desinteligência natural”.
Como eu não sou
tão elegante quanto ela, é da burrice natural. Então, tem coisas que beiram a
burrice, a desinformação, mas vamos relevar. E aí tem deputados que vêm aqui
com esperteza - aí não é burrice, é esperteza - querendo desviar o debate.
Desviar o
debate, não sei com que objetivos, jogando o debate para um debate de
contrabando sobre o governo federal. A gente não tem problema nenhum de fazer o
debate, vamos fazer aqui com a maior tranquilidade. Com a maior tranquilidade.
O deputado
Marcolino já colocou várias questões aqui e posso repetir todas elas, dos
financiamentos que a gente está tendo no governo federal. O TIC para Campinas,
R$ 6 bilhões são BNDES. Vai falar: “BNDES é banco”, mas nenhum banco empresta
em 35 anos. Vá no Bradesco, são cinco anos; vá no Itaú, são cinco anos; vá no
BID, não tem financiamento.
O túnel
Santos-Guarujá, que o governo federal ia fazer R$ 6 bilhões, o governador
Tarcísio foi lá: “Essa obra eu concebi lá atrás, eu queria fazer, eu queria
privatizar o Porto de Santos, fazer com o dinheiro da privatização”.
Daí o
presidente Lula falou: “Não, vamos fazer juntos, R$ 3 bilhões para cada um”, só
que agora os R$ 3 bilhões do governo estadual estão indo atrás do BNDES. Vamos
ver o metrô Capão Redondo, a estação até o Jardim Ângela, R$ 2 bilhões são do
governo federal.
Então, vamos
sair desse debate pobre, porque não corresponde à realidade. Vamos voltar aqui
para o debate real. O debate real é que o governador Tarcísio não está dando
nem a inflação. A inflação é por volta de R$ 10,00 e ele está dando cinco
reais. Aí o deputado Gil Diniz falou que um dos méritos é o ajuste fiscal do
governador Tarcísio.
O ajuste fiscal
é isso, é arrochar o funcionalismo, isso é ajuste fiscal, é isso. Então, isso a
gente não concorda e a gente está aqui para expressar a nossa não concordância.
Mas nós queremos atrasar o pouco que o funcionalismo público vai ter? Também
não. Por isso nós estamos aqui debatendo com tranquilidade, não pedimos
verificação, podíamos ter derrubado essa sessão, fica para a semana que vem,
fica para a outra semana.
Não, a gente
está preocupado de fato com o funcionalismo, não de boca. Não basta chamar de
herói, porque eu gosto de ver a Polícia Militar como trabalhadores, que muitos
têm atos heroicos e merecem ser reconhecidos pelos seus atos heroicos, e outros
têm atos reprováveis e merecem ser condenados pelos seus atos reprováveis.
Mas são
trabalhadores que têm que ser valorizados e trabalhadores de uma categoria
especial porque tem o monopólio da força, que o Estado concede aos membros da
polícia para respeitar as leis.
Então a gente
tem que valorizar, mas de verdade, não só no discurso, não só na ideologia, não
só numa suposta valorização dessa guerra, desse confronto, mas como
trabalhadores. E é isso que a gente quer fazer aqui. Eles merecem mais, como o
conjunto do funcionalismo merece mais.
Então a gente
está colocando tranquilamente os nossos pontos de vista. Quem foi na
televisão... Foi mostrado aqui, foi mostrado aqui. Quem foi na televisão
prometer não fui eu, não foi o Marcolino, não foi nenhum deputado do PT, foi o
governador Tarcísio e não foi nenhum deputado da base.
Não sei se eles
prometeram na base, mas quem prometeu na televisão e recebeu o voto por isso
foi o governador Tarcísio, então nós estamos cobrando deles, não estou cobrando
do Conte, nem do Mecca, nem de nenhum de vocês, na autodenominada Bancada da
Bala.
Sei lá se vocês
gostam desse nome ou não, mas, enfim, conhecida assim. Porque a gente quer
fazer um debate de outro tipo e a gente quer esclarecer as responsabilidades. O
governador Tarcísio, quando não cumpre o que promete, é estelionato eleitoral.
É simples assim, é simples assim.
E deputado,
Barros Munhoz, se eu quiser discutir o INSS, nós vamos discutir. No momento
apropriado, eu discuto com o maior prazer com o senhor, porque essa história
vai longe e a gente vai até o fim, sim, vai até o fim, porque vai estar
aparecendo já.
Os mesmos que
desviaram o dinheiro da vacina, estão no esquema do INSS. Então, a gente vai
chegar em muita gente aí, que eu prefiro nem colocar aqui antes, porque a
Polícia Federal vai chegar e os órgãos de investigação vão chegar e aí a gente
vai poder discutir. Mas, enfim, eu já havia prometido para o deputado Mecca um
aparte e quero conceder-lhe.
O SR. MAJOR MECCA - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Muito obrigado, deputado Donato. Deputado, que é importante nós frisarmos aqui,
no plenário desta Casa que é o governador Tarcísio, ele está ciente hoje da
insatisfação dos policiais com esses cinco por cento.
E digo ao
senhor: nenhum dos parlamentares aqui trabalhou na intensidade que nós
trabalhamos pelos salários dos policiais do estado de São Paulo nos últimos
sete anos.
No governo
anterior, eu tive que adotar a alternativa tática de mostrar quem era o
governador, porque ele fechou as portas para dialogar conosco. Mesmo nós,
externando, buscando mostrar as dificuldades dos policiais do estado de São
Paulo, entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
E muitos aqui
testemunharam aqui na sala, no Colégio de Líderes, o governador se colocar de
forma agressiva contra a nossa fala, porque ele não tinha como argumentar. Ele
perdeu a argumentação e começou a querer ofender.
No entanto,
nesse governo do Tarcísio de Freitas, nós temos espaço de diálogo. Nós
conseguimos, no início do governo, fazer com que o governador retirasse aqui da
Assembleia Legislativa o projeto de aumento de alíquota previdenciária.
Hoje, era para
nós, policiais militares, estarmos pagando 11% em cima do valor bruto do nosso
salário, e nós pagamos 11% do que ultrapassa o teto do INSS. E isso nós temos
pelo respeito que o governador Tarcísio teve por nós. O Hospital da Polícia
Militar ia fechar, palavras do diretor, tenente-coronel Tim, tenente-coronel
médico.
Nós
conseguimos, aqui no plenário desta Casa, e com o apoio de todos os deputados
dessa Casa, aprovar uma emenda na Lei Orçamentária Anual. O governador Tarcísio
enviou R$ 18 milhões do Orçamento do Estado para que nós possamos reconstruir o
Hospital da Polícia Militar. Isso é respeito à nossa dignidade.
Nós
conseguimos, com o apoio de todos os senhores aqui, o ano passado, aprovar o
Projeto de lei nº 1.637, que criou o programa “Moradia Segura”, para que policiais
no estado de São Paulo adquirissem a sua primeira casa própria, através de uma
carta de crédito de 300 mil, o policial que ganha até cinco salários mínimos
paulistas, é zero por cento de taxa de juros, e o policial que ganha de seis
salários mínimos paulistas até dez, é 4% ao ano de taxa de juros.
Nós estamos
agora em articulação. Eu agradeço ao presidente André do Prado; ao nosso líder,
o deputado Carlos Cezar; ao líder do Governo, o deputado Gilmaci, estamos
trabalhando, e sei que posso contar com todos os senhores aqui para aprovar o
Projeto de lei Complementar nº 135, que vai levar o tempo de averbação de
serviço de cinco para dez anos.
Isso é
demonstração. São inúmeras demonstrações de respeito pelos policiais do estado
de São Paulo, homens e mulheres que são heróis, que derramam o seu sangue em
solo paulista. Só que há de convir que é preciso um trabalho contínuo. É
impossível reconstruir uma polícia que foi destruída por mais de 30 anos em
dois anos, e nós enxergamos no governador Tarcísio essa possibilidade, essa
pessoa que está permitindo e permitirá essa reconstrução.
Então eu quero
deixar só claro aqui, e agradeço ao senhor pela oportunidade de fazer essa
parte, esse debate com os senhores, para mostrar que o estado de São Paulo,
hoje, tem uma preocupação muito grande com o bem-estar e com a dignidade dos
nossos policiais, e nós continuaremos trabalhando de forma incessante nessa
reconstrução.
Muito obrigado,
deputado Donato.
O SR. DONATO - PT - Obrigado, deputado Mecca.
Infelizmente, esse respeito todo que o senhor listou aí não se manifesta nesse
projeto, e é isso que a gente está debatendo, e é isso que a gente está
demarcando aqui. Um reajuste abaixo da inflação é arrocho. Não é reajuste, é
arrocho.
Então é isso de
que se trata e é essa posição que eu quis externar aqui, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
Donato. Está encerrada a discussão.
Em votação. Há sobre a mesa o
requerimento de método de votação apresentado pelo deputado Gilmaci Santos. Em
votação o requerimento de método de votação. As Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que foram favoráveis ao requerimento, permaneçam como se encontram.
(Pausa.) Aprovado o método de votação.
Item nº 1 - Em votação o projeto, salvo
substitutivos, mensagem aditiva e emendas. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados
que foram favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o
projeto, prejudicados os substitutivos nºs 1 e 2, itens de 2 e 3 do método de
votação.
Item nº 4...
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para registrar o voto
contrário.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Gil Diniz. Está registrado o pedido de Vossa Excelência.
Item nº 4. Em votação a emenda aditiva,
a mensagem aditiva. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que foram favoráveis,
permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada a mensagem aditiva.
Em votação as emendas, englobadamente.
As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que foram favoráveis, permaneçam como se
encontram. (Pausa.)
O
SR. DONATO - PT - Favoráveis? Eu sou a favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Aprovada a
emenda aditiva. Agora eu vou dar o comando de rejeitadas.
O
SR. DONATO - PT - É que o senhor leu as emendas. Eu
estou prestando atenção, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Desculpa, foi
um erro aqui, deputado.
Em votação as emendas, englobadamente.
As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que foram contrários, queiram conservar
como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Para
registrar o voto favorável às emendas do PT e do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de V. Exa., deputado Donato.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente. Para registrar o voto
favorável do PSOL às emendas apresentadas pelo PSOL e pelo PT.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Guilherme Cortez. Também está registrado o pedido de Vossa Excelência.
Item nº 2. Desculpa, eu pulei aqui.
Item nº 3. Discussão e votação do
Projeto de lei nº 411...
Não, item nº 2. Um minutinho só.
Tentaram me confundir aqui, mas é item
nº 2 mesmo, que é discussão e votação do Projeto de lei nº 910, de 2024, de
autoria da Mesa. Em discussão. Não havendo oradores, está encerrada a
discussão.
Em votação o substitutivo apresentado
pelo congresso de comissões, com parecer favorável da Mesa. As Sras. Deputadas
e Srs. Deputados que foram favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o substitutivo apresentado pelo congresso de comissões. Prejudicados o
projeto e o substitutivo nº 1.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Guilherme Cortez.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Com todo o nosso
respeito aos servidores que estão mais próximos do teto, mas registrar o voto
da bancada do PSOL contrário a esse projeto, porque a gente tem uma
desigualdade muito grande no funcionalismo público.
Acabamos de votar agora um abono para
que alguns servidores da base de serviço público cheguem no piso, e estamos
dando um aumento desse para o Sr. Governador. Nós somos contrários.
Inclusive, já foi aprovada nesta Casa
uma PEC para desvincular dos servidores do governador. Portanto, como somos
contrários ao aumento de salário do governador, que não anda merecendo, na
nossa opinião, pela política que tem implementado, registrar o voto contrário
da bancada do PSOL ao projeto do subsídio.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de V. Exa., deputado Guilherme Cortez.
Agora sim. Item nº 3. Discussão e
votação do Projeto de lei nº 411, de 2025, de autoria do Sr. Governador. Em
discussão. Com a palavra, para discutir a favor, o deputado Luiz Claudio
Marcolino.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Sr. Presidente, Srs.
Deputados, só para tratar... Eu tratei rapidamente em relação ao salário mínimo
regional no primeiro projeto de lei, mas é importante trazer só algumas
informações em relação ao funcionamento.
Quando a gente
pensa no salário mínimo nacional e no salário mínimo regional, um pouco como é
que surgiu essa história, para a gente ter até uma dimensão do que nós estamos
aprovando agora.
Na década de
1980, todos os estados tinham o seu salário mínimo regional. Então, Minas
Gerais tinha o seu salário mínimo, Rio de Janeiro tinha o seu, São Paulo tinha
o seu. Então, nós não tínhamos, no Brasil, um salário mínimo nacional. Então
nós tínhamos salários mínimos regionais. Depois se transformou, no final da
década de 1980, em um único salário mínimo, que valia para o Brasil como um
todo.
A partir de
2007, passou a ter um debate em relação ao governo federal com os estados, que
além do salário mínimo nacional, que pudesse também ter salários mínimos
regionais novamente, como tinha até a década de 1980.
Nessa
construção, que ficou acertada entre o governo federal e os estados, qualquer
salário mínimo regional deveria ter uma adequação e um reajuste superior ao
apresentado como salário mínimo nacional. Então, essa construção, é por isso
que nós temos hoje os salários mínimos regionais estruturados hoje no Brasil,
dentro dessa referência.
Aí vamos chegar
aqui no estado de São Paulo. O que é importante também ficar frisado hoje aqui
em relação a esse projeto? Tem duas categorias, nobre deputado Reis, que, de
fato, serão beneficiadas com esse projeto, que são as trabalhadoras domésticas
e os cuidadores de idosos, e agora, uma emenda que teve a nobre deputada Andréa
Werner, que são os cuidadores de pessoas com deficiência.
Então, é
importante que tanto esse segmento, tanto a pessoa com deficiência, o idoso e a
empregada doméstica, são três categorias que nós temos hoje no estado de São
Paulo que não tem um sindicato, não tem uma organização. Então, precisa da
proteção do estado para garantir que tenha pelo menos uma referência de
pagamento. Então, ter um salário mínimo estadual para essas três categorias é
importante.
Quando a gente
pensa no salário mínimo nacional, nós estamos falando que é um salário mínimo
nacional que vale para todos os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.
Inclusive, ele adequa e corrige, seja no município, no estado ou no governo
federal, que ninguém pode ganhar menos do que um salário mínimo nacional.
Às vezes o
pessoal fala: “Ah, mas isso existe efetivamente?” Se você pegar na década de
80, você ia inclusive para os grotões de Minas Gerais, do Mato Grosso e outras
regiões, às vezes o salário mínimo era pela família. Juntavam às vezes duas,
três pessoas para ganhar um salário mínimo. Então, ter o salário mínimo
nacional é importante, ele garante que ninguém vai receber menos do que esse
valor.
No caso do
estado de São Paulo, o salário mínimo regional vai garantir para o trabalhador
doméstico, os cuidadores de idosos e agora os acompanhantes e cuidadores de
pessoa com deficiência, esse salário de 1.804 reais.
Mas a gente
olha para os outros segmentos que aqui estão. Quando a gente olha para um
pedreiro, para um cabelereiro, para um vendedor, quando a gente olha para um
trabalhador que é segurança pessoal e patrimonial, trabalhadores dos serviços
de turismo e hospedagens, cobradores de transporte coletivo, pintores,
encanadores, vidreiros, operadores de telemarketing, trabalhadores da rede de
energia e telecomunicações, operadores de instalações de processamento químico,
supervisores de produção e manutenção industrial...
Estamos
colocando aqui algumas categorias que, em tese, seriam beneficiadas com esse
salário mínimo estadual regional, mas, na prática, esses trabalhadores, por terem
um acordo coletivo, por terem uma convenção coletiva, não têm o direito a
receber esse valor de 1.800 reais do salário mínimo regional.
Então, é só
importante colocar essas duas questões, pois, primeiro, o salário mínimo
estadual, regional, serve para pouquíssimas categorias, para aqueles que não
têm uma organização sindical, aqueles que não têm uma convenção coletiva e
aqueles que não têm um acordo coletivo de trabalho. E quando você pensa em
salário mínimo nacional, vale para qualquer categoria profissional do nosso
país, inclusive para os aposentados do nosso Brasil.
Para finalizar,
é importante também fazer aqui uma comparação: quando a gente compara com
outros estados, hoje o estado do Paraná tem um salário mínimo de 2.275 e o
estado do Rio Grande do Sul... Santa Catarina tem um regional de 2.099.
Então, se você
pegar tanto o Rio Grande do Sul, de dois mil reais, Santa Catarina, que também
tem o valor de 1.978, e Paraná, um valor de 2.275, são três estados em nosso
país que têm um salário mínimo maior do que o salário mínimo paulista. Então, é
só para deixar isso registrado, quando a gente faz uma comparação.
É importante
ter esse salário mínimo de 1.808, é importante que as empregadas domésticas, os
cuidadores de idosos e as pessoas que cuidam de pessoas com deficiência vão ter
uma valorização agora.
Então, o
salário mínimo é importante para esses, mas nós gostaríamos que o salário
mínimo regional valesse para mais trabalhadores do estado de São Paulo e
valesse também para os servidores públicos do estado de São Paulo que hoje têm
um valor menor do que o salário mínimo hoje praticado.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, deputado Marcolino.
Vossa Excelência me concede um aparte?
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pode falar.
O SR. CARLOS CEZAR - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Deputado Marcolino, temos que reconhecer... Vossa Excelência colocou alguns
estados aí, mas deveríamos reconhecer o que o governador Tarcísio já assumiu do
salário mínimo paulista, que era na faixa de 1.280, pouco mais de 1.200 reais,
e o que está hoje, ou seja, no período, um crescimento de 40,5 por cento:
1.804.
Vossa
Excelência colocou bem. Estamos entre os maiores salários do país. Não somos o
primeiro, mas avançamos muitas posições. É um avanço significativo. É claro,
queríamos que fosse mais, mas é um avanço muito maior do que a inflação e é uma
promessa de campanha que hoje mostra o mínimo paulista bem acima do mínimo
nacional.
Vossa
Excelência, em fala anterior, falava por exemplo da Saúde em nosso estado. Nós
precisamos reconhecer e fazer justiça: o governador Tarcísio, um hospital
médio... Vamos colocar que um hospital pequeno ou médio tenha 150 leitos.
Correto?
Chegamos a esse
raciocínio. O governador Tarcísio reabriu seis mil leitos, ou seja, se nós
entendermos que cada hospital médio tem cerca de 150 leitos, então isso vale
dizer que equivale a 40 novos hospitais.
Tudo isso
graças a uma solução inovadora e criativa de criar aqui em nosso estado uma
saída que possibilitasse aos hospitais filantrópicos, por exemplo, reabrirem os
seus leitos. Como? Fazendo o SUS paulista, pagando mais do que aquilo que
deveria ser o SUS nacional a pagar. O SUS paulista paga mais.
O que os
hospitais faziam? Fechavam leitos, porque, por exemplo, para fazer um parto,
deputado Marcolino, um parto em um hospital, o SUS nacional paga cerca de 443
reais para fazer um parto. O SUS Paulista veio e colocou 1.773 reais a mais
para um parto normal, ou seja, agora o hospital consegue fazer com cerca de
2.217 reais, um parto. A conta fecha e isso pode ser realizado.
A mesma coisa
na UTI. As UTIs estavam fechadas. Por quê? O SUS paga 700 reais por dia por uma
UTI. Imagine todo o equipamento, anestesista, enfermeiro, técnica de
enfermagem.
Sustentar uma
UTI com cerca de 700 reais por dia? Não fecha a conta. Aí vem o governador
Tarcísio com o SUS Paulista e coloca mais 2.100 reais. Ou seja, agora, somando
o SUS nacional com o SUS Paulista, 2.800 reais. Isso possibilita.
Então, é
preciso só trazer justiça e que as pessoas possam entender que o que estamos
votando aqui hoje é algo extremamente significativo, principalmente para
aqueles que mais precisam.
É isso, Sr.
Presidente.
O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Então, acho que V. Exa. não
entendeu minha colocação. Eu coloquei que tem três categorias que terão direito
de 1.800 reais.
O problema é
que a maioria dos trabalhadores, hoje, do estado de São Paulo não terá esse
reajuste porque tem uma cláusula que fala em relação ao salário mínimo regional
do estado de São Paulo, que fala que quem tem convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho não está elegível a esse salário mínimo. Então, esse é o
questionamento.
Nós gostaríamos
que esse salário mínimo de 1.800, que qualquer servidor da Saúde ganhasse no
mínimo 1.800, qualquer servidor da Educação ganhasse no mínimo 1.800, operador
de telemarketing, trabalhador do comércio, trabalhador que trabalha como
cobrador de ônibus, trabalhador que hoje está como pedreiro, está como
eletricista, que está como encanador. Esse trabalhador, hoje, pelo projeto ora
apresentado pelo governador Tarcísio, não tem direito a esse salário de 1.800
reais.
Então, é
importante que hoje a empregada doméstica, o cuidador do idoso e agora o
cuidador da pessoa com deficiência vão ter esse dinheiro garantido, porque não
está organizado.
Então, quando a
gente olha para um estado como o estado de São Paulo, o maior estado do Brasil,
com 370 bilhões de orçamento, então você poderia ter garantido, aqui na
negociação do salário mínimo, essa qualificação. Então, esse é o questionamento
que colocamos e o colocamos em nossas emendas, com tranquilidade.
Já fiz esse
debate no ano passado, já mostrei a correção da tabela do salário mínimo,
demonstrando a comparação com anos anteriores, que não teve. Se a gente pegar o
governo federal, de 2016 até 2023, não teve correção do salário mínimo. Ficou
seis anos congelado.
Vossa
Excelência, que acompanha também os números, dê uma olhada. Durante os dois
anos de governo Temer e os quatro anos de governo Bolsonaro não teve correção
do salário mínimo em nosso país.
Então ele
acabou congelando o salário mínimo nacional; em compensação, também congelou o
do estado de São Paulo. No ano passado, quando teve a correção do salário
mínimo do estado de São Paulo, ele não corrigiu na mesma proporção que foi
corrigido o salário mínimo nacional.
Em relação à
tabela SUS, eu não sei se V. Exa. acompanhou meu raciocínio quando o
apresentei. Você criou de fato o SUS Paulista, mas quando você cria o SUS
Paulista e vem a correção do SUS nacional no estado de São Paulo, para
aplicação no estado de São Paulo, há um desconto do valor que o hospital
recebia quando você faz a cirurgia.
Então não é um
dinheiro novo, não entrou um dinheiro para fazer um complemento ao SUS
nacional. Quando há um recurso utilizado pelos hospitais, o que tem feito o
Governo do Estado? Tem descontado esse valor. O que nós queremos é que haja, de
fato, o recurso do governo federal para o SUS nacional e que haja o recurso
também do SUS paulista.
Um debate que
nós temos colocado é: de onde vem, inclusive, o recurso para o Sistema Único de
Saúde no nosso país? Vem da estruturação da Seguridade Social. Nós temos, desde
1988, uma estrutura que, no nosso país, garante o funcionamento do Sistema
Único de Saúde, que garante a assistência social, que garante a Previdência
Social, que se chama Seguridade Social.
Na lógica da
Seguridade Social que nós temos hoje, nós tivemos, no governo passado,
inclusive no governo Bolsonaro... Ele autorizou e aprovou uma desoneração
tributária no nosso país hoje que chega à casa de R$ 500 bilhões.
Hoje, o nosso
Ministro Haddad tentou fazer uma redução da desoneração tributária, mesma
prática que foi feita aqui no estado de São Paulo pelo Doria e continua pelo
governador Tarcísio, que é um dinheiro que deveria entrar hoje para o Sistema
Único de Saúde, e ele acaba não entrando.
A Seguridade
Social tem um tripé: Previdência social, Sistema Único de Saúde e assistência
social. Na hora que eu tiro do orçamento federal quase R$ 500 bilhões com a
desoneração tributária - porque hoje os empresários acabam tendo o benefício de
ser uma contrapartida para o país, e o empresário paga pela folha de pagamento,
não pelo seu lucro líquido -, isso tem tirado recursos do Sistema Único de
Saúde, tem tirado dinheiro da assistência social e tem tirado dinheiro também
da Previdência Social.
O mesmo vale
para o estado de São Paulo. No ano passado, V. Exa. me viu acompanhando. Eu
debati muito com o governador Tarcísio e com o secretário da Fazenda que tinha
que reduzir a questão da desoneração tributária do estado de São Paulo. No ano
passado, eram R$ 65 bilhões.
O secretário da
Fazenda se comprometeu em reduzir pelo menos R$ 20 bilhões para o ano de 2025.
Quando foi aprovado o orçamento, aumentou para R$ 70 bilhões. Em vez de você
reduzir, a desoneração tributária aumentou.
O que acabou
acontecendo com isso? O recurso que hoje era para chegar aos municípios,
porque, quando você tem o repasse do governo federal e para o estado... Hoje o
ICMS, que deveria ser um percentual maior para o estado de São Paulo, nós não
temos.
Esse dinheiro
que podia estar na Saúde, que podia estar na Educação, que podia estar na
mobilidade, que podia estar em mais investimento no estado, o estado de São
Paulo abre mão de R$ 70 bilhões de desoneração tributária que podia estar sendo
investido na Saúde.
Então o Governo
do Estado de São Paulo não precisava abrir mão ou fazer uma compensação do SUS
paulista no recurso do SUS nacional. Com certeza, ia ter recurso do governo
federal na Saúde do estado de São Paulo, ia ter recurso do governo do estado na
Saúde em São Paulo.
E, se acabar
com a desoneração tributária, seja no governo federal, seja no Governo do
Estado de São Paulo, tirar o recurso que está na mão hoje do setor privado e
colocar de novo no Tesouro estadual, com certeza todos os municípios terão mais
recurso, inclusive, para a atenção básica em cada município.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Luiz Claudio Marcolino. Em sequência, tem a palavra o deputado Donato.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, posso fazer
uma questão de ordem?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não,
deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE
ORDEM - Presidente, só uma dúvida
que eu tenho aqui, acredito que talvez também seja dúvida deste plenário.
Nós estamos votando agora, praticamente
vamos votar daqui a pouco, o quarto projeto de lei nesta noite. Acredito que,
terminando esse projeto, nós teremos, então, um congresso, uma reunião para
fazer a redação final?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exatamente,
deputado Gilmaci. Uma reunião da
CCJ para fazer a redação final.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Ok. Então,
terminando este projeto, votando, a CCJ teria que se concentrar, reunir-se para
fazer a redação final?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Isso.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Então eu
gostaria aqui, Sr. Presidente, se me permitir, de pedir aos deputados da CCJ
para que, assim que terminar, não fossem embora, segurassem mais dois minutos,
para que pudessem fazer, então, a redação final desses projetos. Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Gilmaci. Com a palavra o
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, prometo não ser muito extenso, mas, diante de algumas falas que a
gente teve anteriormente, eu preciso esclarecer algumas coisas.
O deputado
Marcolino já esclareceu bem a história do que é o salário mínimo regional. Não
tem nenhum sentido comparar o salário mínimo regional com o salário mínimo
federal.
O salário
mínimo regional existe para proteger categorias que não têm organização e ele,
vamos falar a verdade, é muito pouco usado no estado. Infelizmente, não é usado
no próprio estado, já que você tem milhares de trabalhadores abaixo do piso,
sem ganhar o salário mínimo, sendo complementado com abonos.
Então salário
mínimo é salário mínimo. Então, se vai para R$ 1.804,00 o mínimo que deveria
ter de salário um funcionário público era R$ 1.804,00, e não R$ 600,00, R$
800,00, R$ 1.000,00 complementados por um abono para chegar em 1.804,00 reais.
Mas eu gostaria de fazer um debate aqui também sobre o que é o salário mínimo
federal e o debate que tem hoje no Brasil.
Rapidamente,
são três slides, mas para mostrar que o governador Tarcísio está se aventurando
no debate nacional e, quando ele se reúne com banqueiros - acho que essa
conversa foi lá no Banco Safra - ele defende a desvinculação do salário mínimo.
Bom, o que é desvinculação do salário mínimo?
É justamente
que ele não seja a base para reajuste na Previdência do BPC, ou seja, os
milhões de brasileiros e brasileiras que vivem da Previdência e que ganham um
salário mínimo, ou do BPC que ganham um salário mínimo, não teriam mais o
reajuste vinculado ao salário mínimo.
É isso que se
defende, é isso que é o tal do ajuste fiscal, é isso que é o corte de gastos.
Não é essas fantasias “Ah, vamos diminuir ministério”, essas conversas moles
que não levam a lugar nenhum, que não tem economia nenhuma.
A economia que
eles querem, o ajuste que eles querem é em cima das costas do povo, e ele está
completamente afinado com o que o mercado tem falado. E quem é o guru do
mercado, do chamado mercado? Vamos para outro slide. É o Sr. Armínio Fraga, que
propõe congelar o salário mínimo por seis anos.
Aliás, coisa
que foi feita. Do Temer ao Bolsonaro, o salário mínimo foi congelado por seis
anos, e as consequências nós vimos no País: aumento da fome, da miséria, a fila
do osso. Essa é a consequência do congelamento do salário mínimo, e não do seu
aumento real. Então esse debate nós vamos fazer sobre o salário mínimo federal.
Hoje a política
é de valorização real do salário mínimo. Se retomou a política de corrigir pela
inflação e de aumentar pela média do crescimento do PIB.
Como o PIB do
País tem crescido bem acima das previsões do mercado, que previa 1%, 0,5%, e o
PIB cresceu mais de 3%, nestes três anos vai chegar a 8%, 9% de crescimento, é
evidente que o salário mínimo tem crescido.
Esse tem sido
um dos fatores da diminuição da desigualdade, que foi notícia esta semana. A
diminuição da desigualdade no País, um país tão desigual, dos mais desiguais do
mundo, que é o Brasil, com poucos muito ricos e milhões de muito pobres.
A gente está
diminuindo essas distâncias. Essa é a vocação do nosso partido, nós nascemos
para isso. Se vocês acham que é outro caminho, e se o povo achar que é outro
caminho, escolha outro, mas que saiba que caminho está escolhendo, não seja ludibriado.
Por isso não tentem comparar o salário mínimo estadual com o salário mínimo
federal, até porque o deputado Marcolino já esclareceu aqui.
Tem estados que
têm salário mínimo muito maior regional do que São Paulo. No Paraná é R$
2.200,00, no Rio Grande do Sul é R$ 2.099,00, em Santa Catarina é R$ 1.978,00,
e são estados economicamente muito mais frágeis do que o estado de São Paulo.
Então poderia dar mais, mas o debate não é de comparação de um salário com
outro.
Então, eu
queria só fazer esse registro, e fui provocado a fazê-lo, porque teve um
deputado aqui que falou... eu tento ser educado, mas está difícil, porque tem
tanta bobagem que se fala aqui que a gente é compelido a ter que explicar aqui,
a mostrar as diferenças, as diferenças de enfoque político também e do que a
gente considera o que é construir um país mais justo para o seu povo, um país
tão desigual quanto o Brasil.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
E obrigado a
todos os deputados e deputadas.
Eu acho que eu
sou o último inscrito.
Então, parabéns
aí por estarem junto com a gente. Você viu que a gente está aqui. Não pedimos
verificação, e vocês estão aqui também junto com a gente.
Muito obrigado
pela consideração.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais oradores inscritos, está encerrada a discussão.
Em votação o projeto salvo emendas. As
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado.
Em votação a Emenda nº 7, com o parecer
favorável do congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.
Em votação as demais emendas,
englobadamente, com parecer contrário do congresso de comissões. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Rejeitadas.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para registrar o voto favorável às
emendas do PT e do PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o pedido de V. Exa., deputado Donato.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Guilherme Cortez.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Para registrar o nosso
voto favorável às emendas apresentadas pelo PT e pelo PSOL.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Também está
registrado o pedido de Vossa Excelência.
Antes de encerrar, uma convocação às
Sras. e aos Srs. Deputados: nos termos do disposto no Art. 18, inciso III,
alínea “d", combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno,
convoco uma reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e
Redação, a realizar-se hoje, cinco minutos após o encerramento da presente
sessão, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de oferecer a Redação
Final aos seguintes projetos: Projeto de lei Complementar nº 12, de 2025, de
autoria do Sr. Governador; Projeto de lei nº 910, de 2024, de autoria da Mesa;
Projeto de lei nº 411, de 2025, de autoria do Sr. Governador.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Telhada, que estava primeiro no microfone de apartes. Depois o
deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - É patente.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - PARA
COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente; obrigado, deputado Carlos Cezar.
Presidente,
deixar registrada a aprovação hoje dos projetos colocados em pauta,
principalmente o de 5% de reajuste para cerca de 940 mil funcionários públicos
do estado de São Paulo. E deixar registrado, assim como os demais deputados da
base, que o 5%, principalmente para as nossas Forças Policiais, é, sim,
insatisfatório, não torna a nossa luta ainda encerrada.
Pelo contrário,
continuaremos em conversa, continuaremos no convencimento nas reuniões junto
com a Fazenda, com a Casa Civil, com a Secretaria de Segurança Pública e com o
governador Tarcísio de Freitas, levando as demandas das nossas polícias, assim
como brigamos, conseguimos emendar o projeto e levar até o secretário da
Administração Penitenciária a ausência da Polícia Penal.
Foi o nosso
mandato, do Capitão Telhada, que identificou essa ausência da Polícia Penal no
projeto. Fomos ouvidos pelo governador Tarcísio, que inseriu a Polícia Penal
também no reajuste de 5%, assim como emendamos em relação à dobra da diária
alimentação para os nossos policiais militares, assim como propusemos a triplicação
aí do VA para todos os funcionários do estado de São Paulo.
Continuaremos
lutando pelo reajuste da insalubridade, para que retorne o pagamento da
insalubridade nas licenças-prêmio, para que os nossos policiais militares
possam gozar da licença-prêmio em pecúnia, tanto do bloco inteiro aquisitivo,
quanto no final da carreira, quando vai para o ato da Reforma ou da Reserva,
para que consiga perceber a captação em pecúnia das licenças-prêmio.
Enfim, nós
conhecemos todas as demandas e as dores dos nossos policiais, e continuaremos
levando ao governador. Temos certeza, como foi colocado aqui hoje, de que a
valorização é um processo que envolve a dignidade humana, a habitação, a saúde,
o salário; envolve a questão da educação; envolve também a questão da condição
de trabalho dos nossos postos físicos, das nossas bases.
Enfim,
continuaremos atentos a tudo o que os nossos policiais nos trazem aqui, como
deputado estadual, e sabendo que temos eco, que somos ouvidos no Palácio do
Governo e alcançaremos a vitória todos juntos.
Obrigado,
presidente.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Presidente, apenas para uma breve comunicação, fazer um justo reconhecimento
aqui a esta Casa. Vossa Excelência, presidente deste Parlamento, deputado André
do Prado, cada um dos líderes aqui, ao líder do Governo e ao governador Tarcísio,
que enviou esse projeto para nós no dia 30 de abril, na véspera do Dia do
Trabalhador, e hoje, dia 13 de maio, esta Assembleia Legislativa dá uma
demonstração de eficiência, de respeito e de responsabilidade para fazer com
que os congressos de comissões acontecessem. E hoje votamos, então, quatro
projetos extremamente significativos.
Apenas fazer esse reconhecimento à V.
Exa., a cada um dos líderes aqui desta Casa e a cada parlamentar que vota
quatro projetos hoje que vão dar dignidade, seja um aumento significativo do
mínimo paulista; seja o 5% dos nossos servidores; seja a questão do abono
salarial; seja também aquele, o reconhecimento do subsídio do governador que
eleva aí as carreiras, seja de procurador, seja de auditor, enfim, pessoas que
estão no topo da carreira que precisam também desse reconhecimento.
Apenas isso, Sr. Presidente.
Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Carlos Cezar.
Tem a palavra o deputado Gilmaci
Santos, nosso líder de Governo.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - De
maneira bem rápida também, presidente, seguindo aqui na linha do nobre
deputado, líder Carlos Cezar, também parabenizar primeiro V. Exa. pela
condução, por pautar esses quatro projetos no dia de hoje e aprovar esses
quatro projetos.
E parabenizar
todos os deputados e deputadas desta Casa que mostraram aqui grandeza,
maturidade, entendendo o momento, entendendo a importância dos projetos, embora
também concordamos que talvez não seja o ideal daquilo que foi proposto pelo
governo, mas era o que era possível. E os deputados e deputadas entenderam esse
momento, aprovaram esses projetos, os quatro projetos superimportantes para o
estado de São Paulo.
Isso mostra que
realmente esta Assembleia é uma assembleia diferenciada, sejam os deputados da
situação, da oposição também, que fizeram aqui um grande debate, foram
compreensivos, participaram, fizeram o acordo, cumpriram o acordo.
Eu queria aqui
agradecê-los também, parabenizar e agradecer todos os deputados da base aqui
por estarem presentes nesta noite; não é dar o pé, continuar aqui firme,
ouvindo, debatendo e aprovando esses projetos.
Parabéns,
presidente; parabéns líderes, nosso deputado Milton Leite, nosso líder, Carlos
Cezar, enfim, todos os líderes desta Casa, de todas as bancadas que aqui
fizeram a diferença no dia de hoje.
Parabéns,
presidente e parabéns, governador Tarcísio e toda a sua equipe por mais esses
projetos, por mais essa vitória nesta Casa.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Gilmaci.
Também quero fazer um agradecimento
especial à V. Exa. como líder do Governo, que fez a articulação junto com as
demais lideranças de situação, de oposição, como ao deputado Carlos Cezar.
Em 14 dias, nós conseguimos fazer com que
os projetos tramitassem, votando as urgências deles, depois congresso de
comissões, e hoje um amplo debate, poder ter aprovado os quatro projetos, que
vão beneficiar aí as diversas categorias, principalmente o nosso funcionalismo
público.
Então, parabéns a todos os deputados
desta Casa, isso só engrandece o nosso Parlamento.
Boa noite a todos.
Está encerrada a sessão.
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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 09
minutos.
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