
25 DE SETEMBRO DE 2025
53ª SESSÃO SOLENE PARA ENTREGA DA MEDALHA RADIALISTA DURVAL DE SOUZA
Presidência: TENENTE COIMBRA
RESUMO
1 - TENENTE COIMBRA
Assume a Presidência e abre a sessão às 20h19min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
3 - PRESIDENTE TENENTE COIMBRA
Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene para realizar a "Entrega da Medalha Radialista Durval de Souza", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Faz agradecimentos às autoridades presentes. Tece comentários acerca da Medalha Radialista Durval de Souza, honraria da Assembleia Legislativa, instituída em 1994 e destinada a homenagear bandas e fanfarras. Destaca a disciplina e os valores proporcionados pelo estudo de música e seu papel na formação cidadã. Exalta a relevância de investimentos, por parte dos prefeitos, na área da Cultura.
4 - LUIZ CARLOS FERREIRA DE ARAÚJO
Presidente da Associação de Fanfarras e Bandas da Baixada Santista (Afaban), faz pronunciamento.
5 - ANDRÉ LUIZ BARBEZANI
Presidente da Federação de Fanfarras e Bandas do Estado de São Paulo (FFABESP), faz pronunciamento.
6 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia exibição de vídeo que contextualiza o histórico do radialista Durval de Souza, que dá nome à medalha, bem como sua relação com bandas e fanfarras. Anuncia entrega da Medalha Radialista Durval de Souza aos homenageados: Banda de Música do 2º Batalhão de Infantaria Aeromóvel de São Vicente; Orquestra Filarmônica Jovem de Sorocaba; Banda Musical Cedri, de Itariri; Banda Estudantil da UME Rui Barbosa, de Cubatão; Banda Estudantil da UME Padre José de Anchieta, de Cubatão; Banda Estudantil da UME João Ramalho, de Cubatão; Banda Municipal de Peruíbe; Banda Marcial Municipal de Itanhaém; Orquestra Municipal de Santa Isabel; e Banda Filarmônica Tieteense.
7 - DENIS VINICIUS VIEIRA
Maestro da Orquestra Filarmônica Jovem de Sorocaba, faz pronunciamento.
8 - ROGÉRIO WANDERLEY BRITO
Maestro, representando a Banda Musical Cedri, de Itariri, e a Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras (CNBF), faz pronunciamento.
9 - ALLAN MATIAS
Secretário municipal de Governo de Cubatão, representando a Banda Estudantil da UME Rui Barbosa, de Cubatão, faz pronunciamento.
10 - GUILHERME AMARAL BELO NOGUEIRA
Vereador de Cubatão, representando a Banda Estudantil da UME Padre José de Anchieta, de Cubatão, faz pronunciamento.
11 - CÉSAR DA SILVA NASCIMENTO
Prefeito de Cubatão, representando a Banda Estudantil da UME João Ramalho, de Cubatão, faz pronunciamento.
12 - FELIPE ANTONIO COLAÇO BERNARDO
Prefeito de Peruíbe, representando a Banda Municipal de Peruíbe, faz pronunciamento.
13 - TIAGO RODRIGUES CERVANTES
Prefeito de Itanhaém, representando a Banda Marcial Municipal de Itanhaém, faz pronunciamento.
14 - RUTINALDO DA SILVA BASTOS
Secretário municipal de Cultura e Economia Criativa de Itanhaém, representando a Banda Marcial Municipal de Itanhaém, faz pronunciamento.
15 - CARLOS AUGUSTO CHINCHILLA ALFONZO
Prefeito de Santa Isabel, representando a Orquestra Municipal de Santa Isabel, faz pronunciamento.
16 - JOSÉ CARLOS REGONHA JUNIOR
Prefeito de Tietê, representando a Banda Filarmônica Tieteense, faz pronunciamento.
17 - PRESIDENTE TENENTE COIMBRA
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 22h04min.
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INTEGRA
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- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Tenente Coimbra.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores,
muito boa noite. Sejam todas muito bem-vindas e todos muito bem-vindos à
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Esta sessão solene tem como finalidade
homenagear, valorizar e reconhecer o trabalho transformador das bandas e
fanfarras do nosso estado, por meio da “Entrega da Medalha Radialista Durval de
Souza”, uma honraria que celebra a música como instrumento de cidadania,
cultura e educação.
Essa honraria foi introduzida pela
Alesp através da Resolução nº 765, de 1994 e leva o nome do Radialista Durval
de Souza, pois ele dirigia os importantes concursos de bandas e fanfarras
promovidos pela TV Record. Em 1970, o projeto de resolução que sugeria a
criação da Medalha Cívica da Juventude, que antecedeu a criação da Medalha
Radialista Durval de Souza, já descrevia esta relação.
Comunicamos aos presentes que esta
sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da
Alesp no YouTube. Convidamos, então, para a composição da Mesa Diretora o
deputado estadual Tenente Coimbra, presidente e proponente desta sessão solene.
(Palmas.)
O presidente da Federação de Fanfarras
e Bandas do Estado de São Paulo, André Luiz Barbezani. (Palmas.) O presidente
da Associação de Fanfarras e Bandas da Baixada Santista, Luiz Carlos Ferreira
de Araújo. (Palmas.) E Rogério Wanderley Brito, representando a Banda Musical
Cedri, de Itariri. (Palmas.)
Convidamos todos os presentes para, em
posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela
Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a
regência do maestro primeiro-sargento PM Ivan Berg.
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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.
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Agradecemos à Camerata do Corpo Musical da
Polícia Militar do Estado de São Paulo pela execução do Hino Nacional
Brasileiro. Muito obrigado. Ouviremos, então, a palavra do proponente dessa
sessão solene, o deputado estadual Tenente Coimbra.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Iniciamos os
nossos trabalhos nos termos regimentais. Senhoras, senhores, esta sessão solene
foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado,
atendendo à minha solicitação, com a finalidade de entregar a Medalha
Radialista Durval de Souza. Gostaria de agradecer algumas presenças.
Embora já citadas pelo cerimonial, vou
citar novamente: o André Luiz Barbezani, presidente da FFabesp, Federação de
Fanfarras e Bandas do Estado de São Paulo; Luiz Carlos Ferreira Araújo,
presidente da Afaban, o famoso Luizinho, obrigado pela presença, Luizinho;
Rogério Wanderley Brito, representando a Banda Cedri, de Itariri.
Denis Vinicius Vieira, representando a
Orquestra Filarmônica Jovem de Sorocaba, obrigado pela presença; Alan Matias,
representando a Banda Estudantil da UME Rui Barbosa, vereador Alan Matias;
Guilherme Amaral Belo, vereador de Cubatão, representando a banda musical Padre
José de Anchieta; César da Silva Nascimento, nosso prefeito da cidade de
Cubatão, muito obrigado, representando a Banda Estudantil da UME João Ramalho.
Felipe Antonio Colaço, prefeito de
Peruíbe, muito obrigado pela presença, prefeito, representando também a Banda
Municipal de Peruíbe; Tiago Rodrigues Cervantes, nosso prefeito de Itanhaém -
obrigado pela presença, prefeito -, representando a Banda Marcial Municipal de
Itanhaém.
Carlos Augusto Chinchilla, prefeito de
Santa Isabel, grande amigo, representando a Orquestra Municipal de Santa
Isabel. José Carlos Regonha Junior, prefeito de Tietê, representando também a
Banda Filarmônica Tieteense.
Tenente-coronel Kumai, representando o
comandante-geral da Alesp, o coronel PM Roldan; Lucas Pereira, secretário do Governo
de Tietê; obrigado pela presença, Lucas. Dinamérico Peroni, presidente da Banda
Musical Cedri, de Itariri. Gabriel Felipe, secretário municipal adjunto de Turismo.
Primeiro Sargento Wesley Oliveira, representando Jeferson José dos Santos, da
Banda do 2º Batalhão de Infantaria Leve. Muito obrigado, sargento, obrigado
pela presença. Leve meus cumprimentos a todos do 2º BIL, em especial a nossa
banda.
Cumprimentar também o nosso sempre
deputado, meu grande parceiro, meu grande irmão, tenente Nascimento, que está
conosco aqui no dia de hoje.
Primeiro, queria agradecer a vinda de
todos, desejar a todos uma boa-noite, cumprimentar especialmente meu grande
parceiro Luizinho, porque se não fosse ele a cerimônia de hoje não seria
possível. A cerimônia não acontecia há quantos anos, Luizinho? (Fala fora do
microfone.) Há cinco anos. Não, a minha colinha: há sete anos. Há sete anos,
indo para o oitavo ano, não acontecia essa cerimônia.
Para ser sincero, na minha outra
legislatura a gente nem tinha conhecimento dessa medalha. E veio o Luizinho. A
gente tem, por ventura... Uma das características do mandato é ajudar as bandas,
as orquestras, as fanfarras ao longo de todo o Estado, sejam elas federadas ou
sejam elas independentes e, dentro dessa relação que a gente construiu com o
Luizinho, ele falou: “Tem uma medalha que tem que ser entregue em setembro”.
Então, a gente correu para fazer essa realidade.
Faço o compromisso perante a todos que
estão aqui que isso vai virar rotina nesta Casa. A gente vai resgatar os
valores da medalha. (Palmas.) A gente vai resgatar os valores das nossas
bandas, os preceitos, para que isso não se perca jamais.
Eu me coloco dentro desse corpo, em que
considero um absurdo ficar sete anos sem a gente poder realizar essa cerimônia.
Enquanto depender de mim aqui dentro desta Casa, vocês podem ter certeza de que
essa cerimônia vai virar anual.
A Medalha Radialista Durval foi criada
pela Resolução nº 765, de 94. É uma honraria da Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo destinada a valorizar as bandas e fanfarras. Ela tem raízes
na antiga Medalha Cívica da Juventude, instituída em 1971 pelo deputado Ruy
Oswaldo Codo, que já buscava valorizar as manifestações culturais da base e
incentivar a música e a disciplina.
Em 94, essa homenagem ganhou novo nome
para lembrar o grande artista e radialista Durval de Souza, que dedicou sua
vida a incentivar a juventude e a cultura popular. Foi graças ao seu trabalho
que o Concurso de Bandas e Fanfarras ganhou o destaque que tem hoje. Durval de
Souza nos deixou em 5 de março de 82, mas permanece vivo em seu legado, na
música e na inspiração que transmitiu a tantas gerações.
Aqui vocês representam não apenas a
arte, mas também os valores de disciplina, união e paixão. A gente estava
conversando há pouco com um dos responsáveis pela banda de Sorocaba, o Denis, e
a gente estava falando das qualidades de disciplina que traz um músico.
A questão profissional, se vai virar de
alto rendimento, se vai virar um profissional da música, isso faz parte. Mas
isso é exceção, principalmente a capacidade que vocês hoje, capitaneados
principalmente pelos prefeitos, a quem eu muito agradeço por estarem aqui, que
existe esse olhar, esse investimento da prefeitura, porque forma, dentro da
sociedade, uma sociedade mais disciplinada. Uma sociedade em que, se vai virar
um profissional da música ou não, não é o objetivo, mas tenham a certeza de que
eles vão sair cidadãos melhores.
Então, eu quero parabenizar, na figura
do Luizinho, que é o grande parceiro, mas principalmente dos prefeitos que
estão aqui presentes, que investem nas bandas, que acreditam nas bandas. A
gente sabe que o orçamento público não é fácil e é cada vez mais difícil, por
conta das amarras.
É cada vez mais difícil você fazer
esses investimentos, é cada vez mais difícil um prefeito ter um olhar para a
cultura e para o esporte, porque fica tudo amarrado na Educação, fica tudo
amarrado principalmente na Saúde.
Hoje a Segurança acaba passando muito
para a responsabilidade do município e falta aquele orçamento para áreas que
são dignas, que são justas, que precisam, mas, infelizmente, o cobertor é
curto. Então, faço questão de saudar. Queria pedir a todos vocês uma salva de
palmas a todos os prefeitos aqui presentes. (Palmas.)
Não vou me alongar, porque ainda tem
muita cerimônia para vir por aí. São dez homenagens. Vamos ter também as falas
dos representantes de cada cidade, de cada banda, mas, no mais, quero agradecer
a vinda de todos e que isso possa reacender uma chama que estava apagada aqui
na Assembleia.
Pode contar comigo, Luizinho, você sabe
disso, dos nossos recursos que a gente tende a mandar para as bandas, tende a
mandar para as fanfarras. Quero deixar também claro aos prefeitos que vão poder
contar comigo nas cidades, nas bandas, nas fanfarras, nas orquestras, para a
gente cada vez manter acessa essa chama aqui no estado de São Paulo.
Muito obrigado e uma boa noite a todos.
(Palmas)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do deputado Tenente Coimbra e, neste momento, convidamos a fazer uso
da palavra o presidente da Associação de Fanfarras e Bandas da Baixada
Santista, Luiz Carlos Ferreira de Araújo. (Palmas.)
O
SR. LUIZ CARLOS FERREIRA DE ARAÚJO - Quero aqui
parabenizar a todos os prefeitos. Uma boa-noite a todos. Antes de começar a
minha fala, eu gostaria de ficar de pé e saudar esse deputado que teve a
coragem, juntamente com as bandas... Uma salva de palmas para o deputado.
(Palmas.) De pé, gente. Eu acho que merece de pé.
Sete anos. Eu acho que merece de pé.
(Palmas.) São pessoas como o deputado, como os prefeitos que receberam ali em
Cubatão, o Prêmio Amigo das Bandas, como o nosso prefeito César, como o nosso
secretário Alan Matias, como o vereador Guilherme, como o prefeito de Peruíbe,
como o prefeito de Santa Isabel, como o próprio deputado Coimbra.
É a única cidade que premia os
verdadeiros Amigos das Bandas como Prêmio Amigo das Bandas. Fico feliz de estar
retomando aqui na Assembleia Legislativa. Como foi falado, já tinha um bom
tempo que nós não estávamos aqui.
E isso tudo não é para a gente, não são
para os prefeitos, são justamente para vocês, juventude, que realmente ocupa,
toca, aprendem, são cidadãos melhores. E é isso que nós estamos querendo fazer
com vocês. É isso que as maestrinas, os maestros colocam na vida de vocês. A
música, a música transforma, a música muda.
Eu já perdi quantos músicos, já formei
tanto para o exército, para orquestras, e acredito que os amigos também. Então,
isso fica marcado no coração de vocês. Quero também aqui lembrar que, quando
nós estivemos aqui, Cubatão, na pessoa do ex-prefeito Ademário e o saudoso
Wilson Pio, nós vimos aqui e Cubatão não tinha, nós não tínhamos nem banda para
poder tocar na época para o prefeito e para o nosso ex-vereador que nos deixou.
Hoje, Cubatão está vindo com três
bandas. Temos um projeto que é um dos melhores projetos do estado de São Paulo,
a prefeitura investindo forte. Cubatão, sim, merece ser capital das bandas,
porque tem uma tradição desde os anos 70, e é por isso que nós estamos aqui,
aprendendo com os demais.
Tivemos a oportunidade de sermos
campeão estadual, domingo passado, em Santa Rita, tanto a banda musical do
Anchieta, como a banda do Rui Barbosa, e como a banda de percussão sinfônica,
que foi formada há cinco ensaios, e nós fomos lá e ganhamos também esse outro
título.
É a vocação da cidade de Cubatão. Não é
desmerecendo as outras, mas está no DNA da cidade de Cubatão. Quero aqui
parabenizar mesmo o meu prefeito César, que deu continuísmo, porque as pessoas
falam que o continuísmo às vezes não é bom, mas, na época, o Ademário assinou a
ordem de compra e não pôde fazer a entrega.
E o César falou: “Luiz, você pode ficar
despreocupado que os instrumentos vão ser entregues”, e ontem foram entregues
os instrumentos, e eu pude ver esperança, choro nos olhos de muitos jovens e
crianças.
Parabéns, banda!
Parabéns, Cubatão!
Parabéns, Itanhaém!
Parabéns, Santa Isabel!
Parabéns, Peruíbe!
Parabéns, Tietê!
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento,
convidamos então para proferir suas palavras o presidente da Federação de
Fanfarras e Bandas do Estado de São Paulo, André Luiz Barbezani.
O
SR. ANDRÉ LUIZ BARBEZANI - Boa noite a todos. Boa
noite. Eu queria primeiro parabenizar ao deputado Tenente Coimbra por ter tido
essa sensibilidade, junto com o maestro Luiz Carlos, de retomar a tão
importante cerimônia de entrega da medalha.
Isso é a valorização que nós estávamos
precisando retomar aqui no estado de São Paulo. Então, serei breve, deputado, e
além do agradecimento ao senhor, também aos prefeitos que a gente acompanha,
essas bandas que nos emocionam.
Eu estava ali agora, antes da
cerimônia, e as bandas tocando belíssimas, principalmente os dobrados. E isso
nos leva muito à consciência de como é importante ter uma banda, ter uma
fanfarra, e principalmente, deputado, que a gente tenha a possibilidade de São
Paulo voltar a ter as bandas e fanfarras dentro das escolas estaduais, que
sempre foram, para o Brasil inteiro, uma referência.
As bandas do estado de São Paulo, ainda
hoje, com um menor número, vamos dizer assim, do que nós tínhamos antes, ainda
são referência a todo o Brasil. O Luiz comentou sobre o nosso campeonato
estadual.
Também parabenizo o Luiz aqui, diante
de todos. Uma belíssima apresentação de Cubatão. É de extrema importância que a
gente retome as atividades das bandas e fanfarras nas escolas.
A ferramenta que nós temos nas mãos de
uma banda e uma fanfarra dentro da escola vai além da questão cultural. Nós
temos que ver a banda e a fanfarra como uma ferramenta educacional, social, e
vou além, deputado. É também uma ferramenta de segurança pública.
Porque o aluno que é de banda e fanfarra
tem certeza que ele nunca vai desviar do seu caminho correto. Daqui a 10, 20
anos, essa garotada que nós estamos vendo aqui, com certeza, talvez alguns não
serão músicos profissionais, mas serão cidadãos de bem, cidadãos que vão
cumprir com seu dever e, principalmente, nos dar orgulho, não somente para o
nosso Estado, mas para o nosso País.
Então, parabéns prefeitos, parabéns
Luiz e Afaban, por retomada essa grande iniciativa da medalha, deputado, conte
com a gente também, a federação está com o senhor para o que der e vier para a
questão das bandas, e parabéns a todos vocês, porque essa medalha é de todos
vocês. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nesse momento,
assistiremos então a um vídeo contextualizando o histórico do radialista Durval
de Souza e a sua influência com bandas e fanfarras.
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- É exibido o vídeo.
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* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Daremos início,
então, a um momento muito especial da nossa solenidade e as homenagens.
Informamos que a nossa homenagem terá a seguinte dinâmica: os representantes
das bandas e orquestras homenageadas serão chamados para virem à frente e
receberão a medalha.
Logo após, será feita uma foto oficial.
Durante a homenagem, haverá uma breve apresentação das bandas e orquestras e,
em seguida, cada representante terá dois minutos para dizer suas palavras.
Convido, então, para vir à frente o
deputado Tenente Coimbra e os seguintes homenageados. (Palmas.)
Representando... Jeferson José dos Santos e a Banda do 2º Batalhão de
Infantaria Aeromóvel, o primeiro-sargento Wesley Silva. A Banda de Música do
Comando de Defesa Antiaérea do exército é composta por 27 militares e tem como
regente o primeiro-tenente Jeferson José dos Santos.
Em tempos de paz, sua missão é apoiar
as unidades militares da Baixada Santista, participando de cerimônias,
formaturas e eventos cívicos, atuando como um importante elo entre o exército e
a sociedade. Reconhecida como uma alma da tropa, a banda é símbolo de
entusiasmo, representando a ligação entre os militares e a população, além de
expressar o espírito vibrante do soldado brasileiro.
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- É entregue a homenagem.
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Chamamos, então, Denis Vinicius Vieira,
representando a Orquestra Filarmônica Jovem de Sorocaba. (Palmas.) A Orquestra
Filarmônica Jovem de Sorocaba é um projeto sociocultural que une formação
musical e transformação social com 50 músicos, sob a regência do maestro Denis
Vieira.
Realiza apresentações gratuitas em
espaços públicos, atingindo cerca de cinco mil pessoas por ano e mais de 150
mil, ao longo de 28 anos. Seu repertório vai do clássico ao contemporâneo, com
destaque para arranjos da música brasileira, além de popularizar a música de
concerto, oferece oportunidade para jovens de diferentes origens formando
músicos que atuam no Brasil e no exterior.
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* *
- É entregue a homenagem.
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O
SR. DENIS VINICIUS VIEIRA - Boa noite, deputado
Tenente Coimbra, em nome de quem saúdo aqui todas as autoridades presentes.
Gostaria de saudar a todas as bandas fanfarras aqui presentes e,
principalmente, quem são os principais agentes dessa noite, que são os músicos.
Os músicos, que estão aqui tão bem representados, a classe de músicos. Nós
temos aqui hoje uma noite de festa, uma noite de muita alegria.
O que mais me chamou a atenção é quando
a banda de branco ali, não sei o nome dela, me foge o nome, qual é o nome da
banda de branco? De Peruíbe. Começou a tocar e, graciosamente, todas começaram
a tocar junto. Isso mostra que a música é uma linguagem universal. Muitos
desses músicos não se conhecem, muitos desses músicos nunca se viram, mas falam
uma única língua, a língua da arte, a língua da música.
Tenha certeza, deputado, tenham certeza,
senhores prefeitos aqui presentes, de que, desses músicos que estão aqui,
jovens, alguns, sim, seguirão a vida de músico. Uma vida difícil, uma vida que
realmente é extremamente árdua, mas, com certeza, todos ali trilharão o caminho
do bem. Uma vida de muita, muita responsabilidade. Nós temos centenas ali de
jovens que serão excelentes cidadãos.
A gente não pode esquecer que, sim, é
importantíssimo, importantíssimo o investimento em saúde, em educação, em segurança
pública, mas o investimento feito nesses jovens certamente fará com que o
retorno seja muito maior. O retorno em educação, o retorno no âmbito social,
principalmente na segurança pública.
Nós temos certeza de que o jovem que
está ali, desde o mais jovem até o mestre mais antigo, mais sábio, que está ali
empunhando o seu instrumento - esse jovem que empunha uma flauta, um flautim,
que empunha um trompete, um trombone, que segura um par de baquetas, ou quem
sabe até uma só -, ele jamais, jamais vai empunhar uma arma para assaltar
alguém.
Jamais vai cometer um ato ilícito,
porque ele está aprendendo aqui, na fonte, o que é ser uma boa pessoa. Ele está
aprendendo na fonte o que é ser um cidadão de bem. Então, tenho certeza de que
essa medalha não é para nós que estamos aqui recebendo, mas, sim, para todos
aqueles jovens que, ano após ano, que eles se renovam, não é? Eles se renovam.
E quando vai ficar bom, vem outra safra e se renova de novo.
E a gente, que está fazendo aquele
trabalho árduo: “Poxa, está ficando do jeito que eu quero, começa tudo de
novo”. Mas aí a gente começa a perceber que o nosso trabalho foi bem feito,
porque, quando a gente encontra aquele jovem de novo, na rua, seja aqui na
Assembleia, seja trabalhando em qualquer local, ele fala: “Tio, eu toquei
contigo”. Muitas vezes a gente não se lembra, mas eles se lembram de nós. E a
gente marcou aquela vida. A gente marcou aquele jovem que certamente é um bom
cidadão.
Parabéns, deputado, pela iniciativa.
Nós precisamos de muitas e muitas iniciativas como essa. Que cada cidade não
tenha só uma banda, que cada bairro tenha uma banda, que cada escola tenha uma,
duas ou três bandas e fanfarras. Pode começar na fanfarra dos pequenininhos,
vai crescendo até a banda sinfônica. Seria um sonho, uma utopia? Não sei; talvez.
Mas um sonho que eu tenho certeza que todos nós sonhamos juntos.
Obrigado.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos para
homenagem o Rogério Wanderley Brito, representando a Banda Musical de Cedri, de
Itariri, e a Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras. A Banda Cedri é um
grupo musical que oferece oportunidades de aprendizado de instrumentos para
pessoas de todas as idades.
Mantida pela Cedri, que é a Cooperativa
de Eletrificação e Distribuição da Região de Itariri, conta com o apoio do
Rotary Club Itariri Pedro de Toledo, do Distrito 4.420. O projeto está sob a
responsabilidade técnica do Instituto Arte, uma organização social sem fins
lucrativos que, por meio de suas ações e projetos, amplia o acesso às políticas
públicas e promove mudanças positivas na sociedade. A Banda Cedri tem como
gestora a maestrina Elizete da Silva Pires.
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- É entregue a homenagem.
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- É feita a apresentação musical.
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O
SR. ROGÉRIO WANDERLEY BRITO - Boa noite.
TODOS
- Boa noite.
O
SR. ROGÉRIO WANDERLEY BRITO - Boa noite!
TODOS
- Boa noite!
O
SR. ROGÉRIO WANDERLEY BRITO - Gostoso! Que bom, não
é? Eu estou aqui também representando o presidente da Confederação Brasileira
de Bandas e Fanfarras, a CNBF, em nome do Sr. Presidente Armando Nobre, lá do
Maranhão. Ele, infelizmente, não pôde estar presente, por questão de agenda,
mas ele mandou um grande abraço, deputado, em nome do presidente da CNBF.
Eu quero dizer que eu estou revendo um
filme. Eu estive aqui na primeira Medalha Cívica da Juventude. A minha banda
recebeu a primeira Medalha Cívica da Juventude. Eu, sentado aí em cima, tocando
com a minha corneta, em Si bemol, representando o Colégio Nossa Senhora
Consolata, que recebeu a Medalha Cívica da Juventude na década de 70.
E rever isso, para mim, é de extrema
importância, porque eu vivi de bandas e fanfarras. Sou maestro de bandas e
fanfarras, me transformei em maestro de bandas e fanfarras sendo um aluno de
bandas e fanfarras, que naquela época tinha a Medalha Cívica, que era dada no
mês de setembro.
E a gente esperava para ganhar essa
medalha, ficava ansioso para ganhar essa medalha. E quando a minha fanfarra
ganhou a medalha - que eu tocava -, a gente veio receber a medalha aqui. Então,
é um momento muito especial para mim - pessoal.
Como maestro, eu só tenho que agradecer
ao deputado a sensibilidade que o senhor teve de rever essa medalha, porque
essa garotada que está aí não vai esquecer este momento nunca na vida, nunca.
Porque eu jamais esqueci o fato de estar nesta Casa, que nos representa, como
paulistanos e paulistas.
E ter pessoas que têm a sensibilidade
de olhar para nós, que somos banda e fanfarra, que, por muito tempo, a gente
foi renegado a nada. A gente foi sempre... Nós éramos o 7 de Setembro - o
famoso 7 de Setembro. Formávamos a banda para tocar, bater bumbo e fazer
barulho, mas não ter a respeitabilidade como um processo de arte e um processo
educativo, que nós fazemos a cada dia com os nossos alunos, com as nossas
crianças.
Então, jamais será esquecido este
momento, deputado. O senhor foi uma pessoa que teve a sensibilidade de
trazer-nos aqui de novo, de nos colocar como membros desse projeto maior, que é
o nosso País, que é a Educação, que é a Cultura do nosso País, de nos colocar
em um momento de respeito, em um lugar de respeito.
Agradeço aos prefeitos que estão aqui,
porque eu sei o quanto é difícil. Eu fui secretário de Cultura durante muito
tempo em Atibaia, e eu sei a dificuldade que é de você mexer com o orçamento
para mexer... E as nossas leis, infelizmente, nacionais, proíbem o investimento
em banda e fanfarra.
Sr. Deputado, é interessante eu falar
isso para o senhor. Mas banda e fanfarra não são consideradas como um projeto
educativo pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Cultura. Então,
ficam no meio. Nós não somos nem Cultura e não somos... A Funarte pensa nas
bandas de músicas e a Educação acha que nós não somos, não pertencemos ao
projeto cultural, ao projeto educacional.
Então é importante que se tenha essa
sensibilidade e que se pense futuramente em retomar o projeto que tinha de
fomentação das bandas e fanfarras nas escolas estaduais, como projeto de... E
retomar, quem sabe, o nosso estadual, que é feito pela Secretaria de Educação.
Então eu queria, assim... É um pedido que eu faço ao nosso deputado.
E parabenizo a todos vocês,
adolescentes, jovens que estão aí em cima, sentados. Eu estive aí durante um
bom tempo da minha vida. E, se eu sou o que eu sou hoje... Eu tinha três
caminhos, rapidinho. Eu jogava futebol, eu jogava bem bola na época. Na década
de 60, 70, eu era bom. Mas, para aqueles caras que jogavam bola naquela época,
eu era perna de pau.
Se eu jogasse bola hoje, talvez eu
seria profissional. Ou eu jogava bola, ou eu fazia aviãozinho, ou eu, não sei,
fazia uma outra coisa. Alguém me deu um instrumento na mão e me fez ser o que
eu sou hoje. Se eu sou o que eu sou hoje, eu devo às bandas e fanfarras.
Obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos, então,
Allan Matias, secretário municipal de Governo de Cubatão, representando a Banda
Estudantil da UME Rui Barbosa, que tocará assim que finalizarmos aqui a
biografia. (Palmas.)
A banda, fundada em março de 1996, a
corporação iniciou sua trajetória como uma simples fanfarra. Em 2005, deu um
passo importante em sua história ao transformar-se em banda de percussão. Em
novembro de 2024, dentro do projeto "Um Toque de Cidadania", viveu um
momento histórico ao tornar-se oficialmente uma banda marcial.
A regência da banda está sob a batuta
do Sr. Delgado Nunes Pio. O corpo coreográfico
é dirigido por Marcela Passos e se destaca pela excelência em suas evoluções.
Atualmente, o grupo é formado por 30 integrantes no corpo musical e 25 no corpo
coreográfico.
*
* *
- É entregue a homenagem.
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - A banda, por favor.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. ALLAN MATIAS - Boa noite a todos. Olha, é motivo
de muita alegria estar aqui nesta noite, poder celebrar este momento tão
importante da arte, da cultura, sobretudo da música. Eu não posso deixar de
cumprimentar o deputado Tenente Coimbra, o grande promotor deste momento aqui,
proporcionando, depois de longos anos, não é, Luiz? Sete anos. Proporcionando
este momento para todos nós.
Em nome do Tenente Coimbra e do nosso
prefeito César Nascimento, eu cumprimento a todos os demais amigos prefeitos, a
todas as autoridades aqui presentes. Em nome do Luiz Carlos, eu cumprimento a
todos os gestores, a todos os professores, sejam musicistas, corpos
coreográficos, todos aqueles que estão sempre imbuídos e dando o seu melhor
para que tudo saia da forma planejada e ensaiada.
E, em nome da Giovana, que toca
clarinete ali na banda do Anchieta, eu cumprimento a todos os componentes de
todas as bandas. E eu não posso deixar, antes de qualquer coisa que eu cite
aqui, de pedir para vocês darem uma salva de palmas para as duas bandas que foram
campeãs estaduais: a do Rui Barbosa e a do Anchieta. (Palmas.) Bandas essas que
estarão representando o estado de São Paulo no concurso nacional no Rio de
Janeiro. Meus parabéns.
E que simbólico. Se fosse combinado,
não dava certo. Campeãs estaduais presentes. E o Luiz citou que o prefeito
César Nascimento entregou, esta semana, praticamente quase um milhão de reais,
na casa de 800 mil reais, em instrumentos para as bandas e fanfarras da nossa
cidade.
Muito já se falou que a música aqui é
uma linguagem universal, já se falou do caráter social, do caráter cultural. E
o que me encanta, e posso falar sobre Cubatão, do trabalho da Afaban, é o
trabalho descentralizado. Eu aprendi que a gente não leva cultura nem música, a
gente não leva arte para a periferia.
Porque a arte, a cultura, ela já está
lá na periferia, caracterizada no rosto de cada jovem, de cada pai, de cada
mãe, que é o primeiro entusiasta do seu filho a levá-lo, às vezes, debaixo de
sol, de chuva, a costurar uma... Como é que chama, Luiz? Um quepe, uma bota,
uma farda. A mãezinha, o paizinho ali é o primeiro entusiasta dessa criança, e
isso é muito bacana.
Mas, de tantas as linguagens - caráter
social, artístico, cultural -, eu só queria encerrar dizendo que a música
também tem um caráter psicológico, da saúde. E tudo aquilo que já foi falado
aqui: de que um jovem que é musicista, ele não vai trilhar o caminho do mal. A
Bíblia Sagrada já falava para a gente, e eu não posso deixar de citar, em
Primeiro Samuel, capítulo 16, onde relata sobre o rei Saul, que tantos
problemas teve ao longo da sua jornada, principalmente problemas de saúde e
psicológicos.
E ali, os seus servos orientaram:
"Rei, chame um rapaz, valente, corajoso, de boa aparência, e Deus é com
ele. O nome dele é Davi, ele toca harpa, é filho de Jessé e vai fazer um
trabalho tremendo aqui dentro deste palácio". E, quando aquele jovem,
humilde, de boa aparência, valente, corajoso, chegou no palácio e tocou a
harpa, o espírito mau saiu de Saul.
Então, além do caráter cultural e
social, a música te aproxima de Deus, ela leva saúde, ela leva paz, não só
entretenimento. Ela cura a tua alma, o teu psicológico. E não há momento mais
importante para a gente falar sobre este setembro, que é o Setembro Amarelo. A
gente sabe a luta que é a da conscientização contra o suicídio, e a música
também tem esse caráter da saúde.
Tenho certeza que jovens e adolescentes
passam por crises de ansiedade. A gente sabe o mundo que a gente vive hoje, e a
música tem esse caráter. Então, eu profetizo e eu quero que vocês sejam iguais
a Davi: que, ao tocar os instrumentos de vocês dentro da tua casa, da tua
escola, do teu bairro, haja paz, haja amor e haja saúde. Viva a cultura, viva a
música e viva a todos vocês.
Deus abençoe. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E representando a
banda musical Anchieta, convidamos Guilherme Amaral Belo Nogueira. A
banda musical Anchieta oferece educação musical a alunos da rede municipal de
Cubatão, está sob a regência do maestro Luiz Carlos Ferreira de Araújo há 35
anos e reúne cerca de 48 músicos, e 30 jovens de 7 a 18 anos.
Fundada em 1984, como banda de
percussão, integra hoje o projeto “Um Toque de Cidadania” na categoria
Banda Musical Infanto-Juvenil Mista, participando de apresentações e
concursos em todo o Estado. Seu diferencial está no repertório
eclético, que vai do clássico ao popular, e na formação de novos talentos.
Ouçamos então, a banda musical Anchieta.
* * *
- É entregue a homenagem.
* * *
- É feita a apresentação musical.
* * *
O
SR. GUILHERME AMARAL BELO NOGUEIRA - Boa noite a
todos e a todas.
TODOS
- Boa noite.
O
SR. GUILHERME AMARAL BELO NOGUEIRA - Primeiro
lugar, eu gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade, agradecer mais
uma vez, e parabenizar o deputado estadual Tenente Coimbra, que tem exercido
o seu mandato com muito brilhantismo, muita transparência,
responsabilidade, muita seriedade no trato com a coisa pública.
Agradecer também ao nosso querido
maestro Luiz Carlos, em nome de quem eu agradeço a presença e parabenizo
todas as bandas aqui presentes, sobretudo, farinha pouca, meu pirão primeiro, às
escolas, às bandas das escolas Padre José de Anchieta, Rui Barbosa e João
Ramalho, que aqui estão abrilhantando, assim como todas as outras, esta
solenidade.
Agradecer também e saudar a presença do
nosso querido Rogério Wanderley, também de André Luiz, que aqui estão
contribuindo com este evento. Em nome de Joelma Molinari, de Tânia, equipe
gestora da Escola Rui Barbosa, agradeço todas as unidades de
ensino. Em nome de Laiza, a sociedade civil organizada, que aqui está na
Casa, que é do povo.
Bom, falas pragmáticas, como muitos me
conhecem, sabem que eu gosto bastante disso, de agradecimento, de honra.
Porque aqui, as pessoas que lá estão podem ter absoluta certeza que sou mais
um da Silva, assim como todos vocês, e assim como muitos que aqui estão,
que tiveram a sua vida pautada na mais estrita responsabilidade.
Nas responsabilidades provenientes de
uma escola pública, de um garoto que também foi aluno da banda musical da
Unidade Municipal de Ensino Bernardo José Maria de Lorena, escola na qual
fui aluno e da qual sou professor até hoje, apesar de exercer o mandato de
vereador.
Quero dizer para vocês que a política,
por mais que nós não gostemos, ela é, hoje, uma das, depois da educação,
maiores ferramentas de transformação social. Política é feita para pessoas
e por pessoas. Pessoas precisam do pulsar do coração para a sobrevivência,
assim como uma cidade precisa do pulsar da Cultura para que a cidade seja
uma cidade viva, uma cidade alegre e uma cidade que, sobretudo, leve
oportunidades para as pessoas.
Eu fico muito feliz de estar aqui
porque educação e cultura, apesar deste limbo sobre o qual foi mencionado
aqui hoje, por parte do nosso querido Rogério Wanderley, há uma
confusão tamanha, mas talvez as pessoas não tenham visto que banda não é
nem de Cultura e nem de Educação, ela é de ambos. De ambas as pastas que
devem, de forma compartilhada, fazer os investimentos.
Dizer para vocês também que toda
política pública não nasce da noite para o dia. A política é como uma
planta que se planta, uma semente que se planta, que se rega, que germina,
que efetivamente dá flores e lá na frente vai dar frutos.
Luiz, essa semente foi plantada por
você, pelo prefeito Ademário, pessoa por quem eu tenho muita gratidão por
todas as oportunidades que me foram dadas, e tenho muita felicidade de
sentar ao lado do prefeito César, que hoje protagoniza o primeiro prefeito a
representar um governo de continuidade, porque política pública... Elas não
podem ser findáveis. Políticas são de Estado e jamais política de governo.
Para finalizar, eu gostaria de insistir
em falar novamente, em deixar aqui mais uma vez registrado, falas de Luis
Fernando Verissimo, que dizia que tudo que vicia... tudo que começa com “c”
vicia. Então ele vai dizer que o crack vicia, a cocaína vicia, a Coca-Cola, o
celular, mas nem tudo que começa com “c” vicia, porque, fosse assim, nós
estaríamos salvos pelo vício da cultura.
Muito obrigado a todos.
Deus abençoe e um grande abraço, beijo
no coração.
Obrigado. (Palmas).
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E representando a Banda
Estudantil da UME João Ramalho, chamamos César da Silva Nascimento, prefeito de
Cubatão. (Palmas.)
A Banda Estudantil da UME João Ramalho
é formada por cerca de 30 músicos e 25 crianças e adolescentes que compõem a
linha de frente. O grupo é dirigido por Tiago França e tem como maestro José
Carlos. Ao longo de sua trajetória, a banda já conquistou títulos importantes,
incluindo o de campeã do Concurso de Bandas da cidade de Cubatão.
Após um período de inatividade, a banda
foi reativada em 2019 pelo então vereador Marcos Roberto Silva, o Tinho, que
desde então mantém o grupo ativo por meio de emendas impositivas.
*
* *
- É entregue a homenagem.
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* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ouçamos então a Banda
Estudantil da UME João Ramalho.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. CÉSAR DA SILVA NASCIMENTO - Boa noite a todos,
boa noite a todas. Gostaria de cumprimentar o Tenente Coimbra e parabenizá-lo
pelo evento. Cumprimentar o prefeito Felipe, de Peruíbe, o prefeito Tiago, no
qual cumprimento todos os prefeitos aqui presentes.
Cumprimentar aqui nosso querido Luiz,
no qual cumprimento toda a Mesa e todos os músicos presentes, todas as
fanfarras aqui presentes, em especial da nossa cidade de Cubatão, as três que
foram citadas aqui, do Anchieta, do Ruy Barbosa, que foram campeãs, mas acho
que todas, todos que estão aqui são campeões. Pode não ganhar prêmios, mas
tenho certeza de serão campeões na vida, porque esse é o intuito.
Luiz, obrigado de coração pela
homenagem. A você, ao Tenente Coimbra. Na realidade, como foi dito aqui, acho
que os grandes protagonistas são estes jovens. Nós fazemos o nosso papel, a
nossa obrigação como gestores, mas acho que eles são os grandes protagonistas.
E esse prêmio eu acho que a gente divide com todos os pais e mães que a gente
sabe que as dificuldades que têm do dia a dia para levar os nossos jovens.
E por que é que a gente gosta tanto das
fanfarras? Porque as fanfarras estão nas escolas; as escolas estão distribuídas
por toda a cidade. Então, o acesso mais fácil, o acesso mais rápido são as
escolas. Então, por isso que a gente insiste tanto.
E mesmo as pessoas sabendo, como aqui
colocado pelo vereador Guilherme, não é a discussão de que pertence à Educação,
se é à Cultura - e pertence aos dois -, mas acho que pertence a nós, à
sociedade, à comunidade.
E nós temos esse papel, como prefeito,
como gestores: nós temos a obrigação de incentivar toda ou qualquer ferramenta
de transformação social. E é dessa forma que nós vemos as nossas fanfarras:
como grande ferramenta de transformação social.
Que esse é o papel de qualquer gestor,
investir em segurança. E, como a gente fala muito nas campanhas, a segurança
começa na escola, numa boa educação, porque não adianta a gente só reprimir
depois que o mal está feito, se a gente não prevenir.
A prevenção começa nas escolas, com
ferramentas e projetos sociais que levem esperança e oportunidade para os
nossos jovens. Que não sejam elas oportunidades para serem grandes musicistas
ou grandes atletas, mas que levem oportunidade para ser cidadão melhor, um
cidadão que venha a respeitar sua família, que venha a levar valores. Então
esse é o papel de qualquer gestor e essa é a nossa missão à frente da
Prefeitura de Cubatão. Estamos iniciando, temos muito a fazer, Luiz.
E aí eu parabenizo não só você, mas
toda a Afaban, por essa parceria com a Prefeitura Municipal, para que a gente
possa implementar e, num futuro próximo, em todas as escolas públicas, a gente
retornar às nossas fanfarras.
Por mais que tenhamos alguns
obstáculos, de alguns gestores que não querem, de alguns que ainda acham que
está nesse meio que não é Cultura, que não é Educação, que atrapalha
pedagogicamente, por mais que nós tenhamos alguns que não acreditam, mas eu
acredito no nosso jovem, eu acredito na minha cidade, e é isso que a gente está
resgatando.
Mais do que tudo, é resgatar o orgulho
de ser cubatense, bater no peito e falar “eu tenho o orgulho da minha cidade”.
Parabéns Cubatão, parabéns a todos os musicistas.
Obrigado, Luiz, pela oportunidade, e
que Deus abençoe a todos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Representando a
Banda Municipal de Peruíbe, chamamos o prefeito de Peruíbe, Felipe Antonio
Colaço Bernardo. (Palmas.) A Banda Musical Municipal de Peruíbe, em atividade
contínua desde 1930, é o patrimônio cultural e imaterial mais antigo da cidade,
mantida pela prefeitura e apoiada por famílias e pelo InstituArte.
É formada por cerca de 40 bolsistas,
jovens de 12 a 26 anos, que integram um grupo instrumental de sopros,
percussão, bateria, baixo elétrico e piano. Com um repertório diversificado,
une canções atuais e clássicos que marcaram época. Atualmente, a gestão está a
cargo da maestrina Elizete da Silva Pires, com arranjos do maestro Sérgio Luiz
da Silva e regência da maestrina Fabiana Fonseca.
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* *
- É entregue a homenagem.
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* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ouviremos, então, a
Banda Municipal de Peruíbe.
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* *
- É feita a apresentação musical.
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* *
O
SR. FELIPE ANTONIO COLAÇO BERNARDO - Boa noite a
todos e todas. É uma alegria imensa estar aqui recebendo esse prêmio. Quero
parabenizar e cumprimentar, inicialmente, o nosso deputado estadual, o Tenente
Coimbra, pelo brilhante trabalho que vem fazendo na Assembleia. Mas, em
especial, por retomar essa sessão solene da Medalha Radialista Durval de Souza.
Parabéns, deputado, pela sua iniciativa.
Cumprimentar todos que acompanham a
Mesa, nosso presidente, amigo, querido, da Associação de Fanfarras e Bandas,
Luiz, querido Luizinho. O presidente da federação do estado de São Paulo, André
Luiz.
O maestro Rogério, os prefeitos aqui
presentes, meu amigo, meu vizinho, Tiago Cervantes, e o César, de Cubatão.
Parabenizar o César pelos prêmios que as bandas da sua cidade conquistaram.
Enfim, cumprimentar os demais prefeitos, maestros, maestrinas, músicos e
musicistas de todos os lugares do nosso Estado que estão aqui presentes.
E dizer que esse prêmio não é meu. Eu
preciso citar duas pessoas que mereceram demais essa conquista, que é a nossa
maestrina Elizete, e também a Fabiana, a quem eu peço uma salva de palmas.
(Palmas.)
São duas pessoas maravilhosas, que
fazem um trabalho imenso na área da Música da nossa cidade, que tem uma
história brilhante, a nossa música, a nossa banda é multicampeã graças a esse
trabalho de muitos anos que a maestrina Elizete vem fazendo em Peruíbe, com o
apoio da nossa Secretaria de Cultura, na pessoa aqui da diretora Cynthia Riggo.
Enfim, cumprimentar e parabenizar pelo empenho, pela dedicação.
Dizer que o nosso Governo acredita que
a banda seja um instrumento de transformação social, que vamos trabalhar muito
nos próximos anos para dar condições melhores. Sabemos da importância de termos
investimentos nessa área, como bem falou o nosso deputado estadual Tenente
Coimbra.
A dificuldade orçamentária que os
municípios atravessam é imensa. Mas, mesmo assim, nós estamos aqui - acredito que
todos os prefeitos -, com muito orgulho dos investimentos que nós fazemos nessa
área da Cultura, mesmo sabendo que a gente precisa investir cada vez mais por
ser um instrumento de transformação social, um instrumento importante também
para a geração de uma oportunidade futura para todas.
Quero, finalmente, reiterar e registrar
minha alegria por este prêmio, que é de vocês.
Boa noite a todos e muito obrigado.
(Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Representando a Banda
Marcial Municipal de Itanhaém, convidamos o prefeito de Itanhaém, Tiago
Rodrigues Cervantes. (Palmas.)
A Banda Marcial Municipal de Itanhaém
Narciso de Oliveira Filho atua junto ao departamento de Cultura, oferecendo
acesso gratuito ao aprendizado musical, preservando tradições e promovendo a
música como ferramenta de transformação social.
Sob a regência do maestro Sérgio da
Silva Almeida, reúne cerca de 120 integrantes, divididos em corpo musical,
linha de frente e alunos iniciantes. Entre suas conquistas estão títulos
estaduais, nacionais e regionais, como o Tricampeonato Nacional em Goiânia e
Tetracampeonato em Santos.
*
* *
- É entregue a homenagem.
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* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ouviremos, então, a
Banda Marcial Municipal de Itanhaém.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
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* *
O
SR. TIAGO RODRIGUES CERVANTES - Boa
noite, senhoras e senhores. Primeiramente, agradecer aqui, com muita felicidade
e gratidão, o trabalho do deputado estadual Tenente Coimbra, por ter lembrado
da cidade de Itanhaém.
O Luizinho nos visitou recentemente,
fazendo com que nós ficássemos muito felizes por termos sido reconhecidos e
lembrados, a nossa Banda Marcial de Itanhaém, que tem uma história belíssima na
cidade, premiada.
Também gostaria aqui de cumprimentar o
maestro Sérgio, na sua pessoa transferindo a todos os nossos componentes dessa
banda que encanta. (Palmas.)
Aproveitando... E aí eu queria pedir a
oportunidade de talvez quebrar um pouquinho o protocolo, de eu... Nas falas
todas das pessoas que me antecederão, Luizinho, Carlos, Rogério, vocês que
fazem parte também desta Mesa de honra. Cumprimentar também o meu
vice-prefeito, José Renato, entusiasta também da Cultura e da Música.
Mas eu queria transmitir aqui a
oportunidade de falar um pouquinho, porque eu talvez esteja um pouquinho na
contramão deste momento tão difícil que a gente enfrenta, os prefeitos e as
cidades de modo geral, no que diz respeito a investimentos a os prefeitos terem
que pensar cada vez mais em fazer com o seu Orçamento caiba em ações
essenciais, e talvez prioritárias, como a Saúde, a Educação, a Segurança Pública
e tantas outras que acabam nos consumindo no nosso dia a dia.
Eu tive a coragem neste meu segundo
mandato, no início, de transformar a Cultura e criar a Secretaria de Cultura e
Economia Criativa. Então neste momento eu gostaria de transmitir a oportunidade
de falar aqui ao meu primeiro secretário, Dr. Rutinaldo, ele está assumindo
esse desafio.
Eu queria que você passasse o seu
entusiasmo a todos que estão aqui nos assistindo dizendo que nós temos, sim,
que trabalhar pela cultura, porque de fato como todos aqui que me antecederão
falaram, a cultura transforma vidas, ela faz com que o cidadão esteja melhor,
com que a sociedade esteja cada vez mais organizada e estendendo as mãos uns
para os outros, que é o que a gente precisa neste momento.
A polarização tem nos afastado e a gente
tem que através da cultura, através do esporte, através da afetividade das
pessoas fazer com que elas voltem a trabalhar juntas, em conjunto para que a
gente possa transformar a vida das pessoas, que é o principal, aquelas pessoas
mais vulneráveis precisam da gente.
Então, Rutinaldo, dá o seu recado aqui
que você merece neste momento. (Palmas.)
O
SR. RUTINALDO DA SILVA BASTOS - Bom, primeiro eu
quero agradecer ao nosso querido prefeito Tiago pela oportunidade da fala, ao
mesmo tempo em que peço para, na pessoa do Tenente Coimbra, cumprimentar todos
que compõem a Mesa, cumprimentar todas as senhoras e senhores.
Também fazer um cumprimento especial ao
nosso querido vice-prefeito Zé Renato, que como já disse aqui o nosso prefeito,
de fato, é um entusiasta da arte e tem trabalhado junto com o nosso prefeito
incessantemente para que a gente tenha um trabalho estrutural de cultura. Mesmo
porque, como já disse o nosso prefeito Tiago, este ano foi criada, em função de
uma reforma administrativa, a Secretaria Municipal de Cultura e Economia
Criativa.
Esse passo foi um passo muito
significativo, porque para além do símbolo que isso representa em si, pelo fato
de se inserir ou dar a cultura o status de secretaria, já que se trata
efetivamente de uma política estrutural de governo e, ao mesmo tempo, de cidade
independente do governo.
Quer dizer, a ideia é justamente para
que a gente tenha a possibilidade de reafirmar esses valores e a cultura como
valor fundamental e estruturante na formação dos jovens da cidade de Itanhaém,
da sua população e do seu povo.
Nessa medida, eu também quero fazer
aqui, de forma muito particular, um registro que a Banda Marcial de Itanhaém é
uma banda que este ano completa 51 anos de existência - uma banda, como já foi
dito aqui, bastante premiada.
E nessa medida, eu gostaria também de
fazer uma homenagem à nossa banda, destacando aqui o nosso maestro Sérgio, que tem
feito um trabalho bastante grande em cima disso. E graças a esse trabalho a
gente conseguiu, ao longo do tempo, fazer com que a banda fosse não apenas uma
representação efetiva daquilo que é a identidade da cultura musical de
Itanhaém, mas que se convertesse, como de fato é, um orgulho para toda a nossa
cidade.
Nessa medida, já para finalizar e me
encaminhando aqui para a conclusão da minha fala, o que eu queria deixar claro
foi justamente aquilo que o nosso querido prefeito, quando ele me fez um honroso
convite para esse desafio tão importante, que é trabalhar na estruturação da
política cultural do nosso município, de entender que, como disse Ferreira Gullar
certa vez, a cultura existe porque a vida não basta, e para além da realidade
que a cultura transforma, ela viabiliza que nós transcendamos a realidade
material e aprimoremos a nossa alma.
Nessa medida, quero agradecer ao
prefeito, ao mesmo tempo em que assumo esse compromisso com a nossa banda aqui
presente e testemunhar que neste governo a cultura é um valor fundamental e
estruturante para que cada vez mais a gente possa ter, como certamente teremos,
mais cidadãos críticos e gente cuja alma tenha sensibilidade para ouvir,
enxergar e compreender o mundo a partir de uma perspectiva muito mais sensível
e humana.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O
SR. TIAGO RODRIGUES CERVANTES - Já estava esquecendo.
Parabenizar todos os prefeitos que estão aqui e que receberam também. Não
poderia deixar, vocês são corajosos e trabalham todo mundo... E também todas as
bandas e fanfarras que receberam a premiação aqui e essa Medalha Radialista
Davi de Souza...
Desculpa, Durval de Souza.
Tchau, tchau. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Representando a
Orquestra Municipal de Santa Isabel, convidamos o prefeito de Santa Isabel,
Carlos Augusto Chinchilla. (Palmas.) A Orquestra Municipal de Santa Isabel foi
criada em março de 2012 a partir de um projeto pedagógico na Emef João José de
Almeida Filho, com a missão de democratizar o acesso à música. Atualmente
atende cerca de 160 estudantes da zona urbana e rural, oferecendo aulas
gratuitas e ampliando o acesso à educação musical.
Desde 2014 acumula prêmios em
competições estaduais, nacionais e internacionais. Suas apresentações já
ocuparam importantes palcos, como a Sala São Paulo e eventos internacionais.
O projeto conta com diferentes
formações musicais e artísticas, abrangendo orquestras em vários níveis, banda
sinfônica, coral, corpo coreográfico e programas de musicalização infantil.
Ouviremos, então, a Orquestra Municipal
de Santa Isabel.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. CARLOS AUGUSTO CHINCHILLA ALFONZO - Boa noite a
todos.
TODOS
- Boa noite.
O
SR. CARLOS AUGUSTO CHINCHILLA ALFONZO - Hoje, queria
compartilhar esta alegria tão grande de receber esta premiação com a Mesa,
principalmente, com o meu amigo de tantos anos, Tenente Coimbra, conheço a
liderança que exerce aqui também na nossa juventude, a intenção é realmente
formar uma nova geração de paulistas e cidadãos comprometidos com um país
melhor.
Cumprimento todos os membros da Mesa,
principalmente, os membros da Confaban também, que tem sido um diferencial para
a nossa cidade e cumprimento todos vocês, os nossos prefeitos, os secretários
de Educação, os nossos integrantes aqui de alguns governos municipais que
investem nas nossas crianças.
Trouxe aqui hoje o que tem de melhor na
minha cidade, que é esse material humano riquíssimo, que está a Orquestra
Municipal de Santa Isabel. E tem um dito que fala assim: “Pelos frutos
conhecereis a árvore”, e nossa Orquestra Municipal, apesar das dificuldades de
uma cidade de porte médio, a gente consegue sempre aquela satisfação e aquela
alegria na alma de conseguir grandes coisas para o futuro desses jovens.
Cada esforço que eles têm para essa sua
formação, tem sido recompensado com muito dos nossos jovens já egressos da
nossa Orquestra Municipal e hoje, sendo partes de outras orquestras aqui no
estado de São Paulo e na cidade de São Paulo.
Isso nos enche muito de orgulho, porque
vocês podem imaginar uma criança da zona rural, que fica a 30 quilômetros do
centro da cidade e poder receber o ensinamento de música. A gente tem essa
dificuldade, mas acima de tudo, a persistência e o carinho com que a gente tem
visto as nossas crianças se dedicando.
Hoje nós vimos a Orquestra Ramalho aqui
apresentar uma música que é “Amigos para sempre”, e é exatamente esse clima que
se vive na nossa Orquestra Municipal de Santa Isabel, que se tornou uma grande
família. Então nós temos lá o maestro Edmar Valinhos. Queria que o maestro
ficasse de pé e a sua esposa, porque nós temos que aplaudir as esposas dos
musicistas. (Palmas.)
Em nome da Marcela. Fiz eles,
realmente, se levantarem em nome de todos os professores da nossa orquestra:
Eduardo, a Verônica, o Alexandre, o Felipe Sangali, que acabou de sair da nossa
orquestra, mas vale a honraria também. Porque a dedicação é tremenda e a
dedicação é, às vezes, em cima da família.
Então a gente reconhece esforço também
da sua esposa, às vezes abrir mão dos melhores momentos de família, para que
você possa se dedicar à nossa orquestra e dar esses frutos de hoje. Então
maestro Edmar e sua esposa, meu muito obrigado.
E a todos os membros da orquestra,
Verônica, nossa secretária de Educação que sempre está presente nesse projeto
maravilhoso que tem dado esses resultados. Nosso corpo de baile, corpo
coreográfico, também está se somando, agora, o nosso coral da orquestra
municipal.
E eu sempre brigo com o maestro Edmar:
toda a vez que ele vai participar de alguma coisa, tem que levar o ônibus meio
vazio também, porque sempre volta com troféus, Tenente.
Então isso é motivo de muita alegria, e
eu posso dizer para vocês que todo o dinheiro investido em cultura, investido
na formação desses jovens, investido na música, é pouco. E é nosso dever como
gestores públicos direcionar, se virar nos 30 para poder proporcionar futuro
para esses jovens.
Como eu disse em Santa Isabel: já vi o
resultado desse projeto. Hoje, mais de 600 crianças tendo aula de música por
meio da genialidade dos nossos professores de música aqui presentes. E foram se
reciclando. Alunos que eram da orquestra municipal hoje são professores de
instrumento.
Então isso me enche de muita alegria e
de muito orgulho e dou graças a Deus por ter me dado a oportunidade de ser
gestor e proporcionar para eles o mínimo que posso fazer, essa dedicação e esse
esforço para que vocês triunfem na vida. Muito obrigado.
Muito obrigado, Tenente.
Obrigado a todos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E representando a
Banda Filarmônica Tieteense, o prefeito de Tietê, José Carlos Regonha Junior. A
Banda Filarmônica Tieteense, hoje sobre regência do maestro Lucas Araújo, atua
com mais de 25 músicos profissionais e vasto repertório abrangendo sucessos
internacionais, clássicos brasileiros e repertório de personalidades
tieteenses, como Camargo Guarnieri, Marcelo Tupinambá, Fred Jorge e Itamar Assumpção.
Atuando desde 2019, a banda representa
Tietê em diversos eventos regionais. Já tendo sido contemplada pela Lei Aldir
Blanc no ano de 2020, e se apresentado ao lado de nomes consagrados da música
erudita, como o maestro português Paulo Clemente.
Ouviremos, então, a Banda Filarmônica
Tieteense.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
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* *
O
SR. JOSÉ CARLOS REGONHA JUNIOR - Boa noite a
todos, todas. Queria cumprimentar na pessoa do deputado Tenente Coimbra, todas
as autoridades presentes e as que compõem a Mesa desta sessão solene.
Queria cumprimentar os prefeitos que se
fazem presentes na data de hoje, dizendo que os desafios no nosso Brasil para
os prefeitos são enormes, diante do que a gente vem vivenciando, principalmente
nas questões orçamentárias, financeiras de cada município.
Mas hoje é uma noite de festa, uma
noite de homenagens, e que eu hoje estou aqui sendo apenas um condutor desta
medalha e deste prêmio, desta homenagem, que é toda ela merecida, a nossa Banda
Filarmônica da Cidade de Tietê, que, através do maestro Lucas e dos seus
músicos, tem levado em toda a nossa região o nome da nossa cidade.
Músicos, maestro, que fazem deste seu
dom e do seu mistério uma função praticamente solidária, porque não ganham, não
recebem praticamente nada para realizar sua música, sua arte, e isso sempre nos
orgulha muito, porque fazem com amor, com coração, levando para a população da
nossa região um pouco de cultura, um pouco de conhecimento desses grandes
nomes.
Muitos nasceram na cidade de Tietê,
Cornélio Pires, pai da música caipira; Itamar Assumpção; Sérgio Tupinambá e
tantas outras personalidades nascidas na cidade de Tietê. E eles conduzem esses
nomes, conduzem as músicas e os repertórios desses grandes músicos para toda a
nossa região da cidade de Tietê.
Eu não poderia deixar de destacar a
importância de a medalha ser trazida novamente para a Assembleia Legislativa. E
aí, dando os parabéns ao deputado Tenente Coimbra, porque nós sabemos que nos
últimos anos, muitos anos, e os maestros que compõem a Mesa podem falar até
melhor do que eu sobre isso, mas, infelizmente, as bandas e as fanfarras nos municípios
passaram a ser extintas, passaram a deixar de existir.
Eu sou ainda de uma época em que nós
participávamos nas escolas das fanfarras, participávamos dos ensaios do 7 de
setembro e nós chegamos, ao menos na nossa região, ao menos na minha cidade, no
ano passado, termos o desfile de uma única banda, uma única fanfarra, uma
cidade de 40 mil habitantes.
Fizemos esse ano com o amor, com a
paixão, com a dedicação e acreditando que é preciso, sim, resgatar a fanfarra,
resgatar a banda, resgatar esse segmento da cultura, da música, da educação, da
transformação social, que são os professores da rede municipal de Educação, os
diretores, e este ano conseguimos colocar oito fanfarras para desfilar em nossa
cidade no 7 de setembro. (Palmas.)
Mil e quinhentos integrantes, 1.500
alunos, adolescentes e crianças que puderam ter contato, participar, ser
protagonistas, porque isso a fanfarra faz, dá oportunidade de você ser o
protagonista de um evento como é o evento de 7 de setembro.
Então, uma ação como essa, nesta
Assembleia, vale muito mais que muitas emendas, porque ela volta a plantar uma
semente da coragem, do entusiasmo, da perseverança e valoriza aqueles que nunca
desistiram, porque os que estão aqui, nesse deserto da destruição, resistiram e
estão sendo hoje condecorados.
Cada músico que está aqui, cada
maestro, cada banda hoje é condecorada não só pelo que fizeram, pela música,
pelas bandas, mas pela resistência e de ainda permitir que não seja algo
extinto.
E de estarem aqui representando um
grupo enorme de pessoas que lutaram muito para que isso persistisse até hoje e
nós pudéssemos ainda poder ver apresentações como a que vimos hoje.
Finalizo dizendo aos meus conterrâneos
tieteenses da banda Filarmônica: vocês são orgulho da nossa cidade, vocês são
orgulho do nosso povo, vocês representam verdadeiramente o tieteense, vocês
representam a nossa cultura, vocês representam a nossa música.
Não só pela beleza do que elas são, mas
pela dedicação, pela solidariedade de fazerem com que todos tenham direito a
ouvir uma bela música, a ouvir uma bela apresentação, a ouvir um belo
instrumento bem tocado como vocês fazem. Muito obrigado. Este prêmio, esta
condecoração, esta medalha é de vocês. Estou aqui apenas sendo um porta-voz por
uma questão de vocês estarem aí fazendo a arte de vocês.
Parabéns a todos os artistas, parabéns
aos músicos, parabéns à Cultura, parabéns àqueles que resistiram até hoje a
essa missão de levar a cultura, arte, a banda e as fanfarras adiante em nosso
estado de São Paulo.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – Ouviremos, então,
neste momento, as palavras do deputado Tenente Coimbra, para que proceda o
encerramento desta solenidade.
O
SR. PRESIDENTE - TENENTE COIMBRA - PL - Prosseguindo
para o encerramento, até porque com o passar da hora todos têm que regressar
aos lares, mas não poderia me furtar de fazer os últimos agradecimentos.
Primeiro, a todas as bandas que
estiveram aqui presentes e é bacana, Luizinho, ver esse diferencial, não é?
Bandas estudantis, bandas filarmônicas, orquestras municipais e todos se
ajudando, todos... Nem que fosse ou na palma ou na percussão ali na própria
coxa, acompanhando, vibrando, incentivando, eu acho que esse é o espírito.
Quando eu vi a Banda de Itariri com a
Banda de Peruíbe - até falei com o prefeito Felipe - tocando junto, vibrando
junto, isso é muito bacana, essa integração é muito bacana. Então, eu quero
parabenizar todas as bandas, quero parabenizar a todos os maestros, a todos os
instrutores.
Eu acho que foi o Denis que falou que
às vezes ele entra em um estabelecimento, algum aluno dele que já passou o
reconhece, mas ele não o reconhece, faz parte. No meio militar, o sargento
sabe, um instrutor, acaba passando 100, 200, 300 militares por ele, mas vocês
podem ter certeza, todos os instrutores que estão aqui presentes, vocês fazem,
fizeram e farão diferença na vida de todos os seus instruendos, todos os
alunos, todos os músicos.
Vocês têm um tijolo na construção do
caráter e da moral da vida deles, então queria pedir uma salva de palmas a
todos os instrutores e a todos os músicos que ajudam nas bandas. (Palmas.)
Agradecer a todos que deixam o seu
legado também com as bandas municipais, com as entidades, com as suas emendas
parlamentares. Aqui os vereadores, o Allan Matias, que eu sei que sempre manda
as emendas parlamentares lá para a banda de Cubatão.
Guilherme, que vai mandar a emenda
parlamentar, tenho certeza disso. Se não mandar, agora já o deixei em uma pior,
viu, Luizinho? Mas tenho certeza, já está o compromisso, tenho certeza disso.
A gente, obviamente, via mandato, a
deputada Rosana Valle, que também sempre ajuda a Afaban e tantos outros
deputados. Pode citar aqui o deputado Gondim, que me antecedeu nessa Casa e
sempre levava as bandas, as fanfarras e esse espírito em um conjunto.
Gostaria de agradecer também o Cerimonial
da Casa, a todos que fazem presentes, ao nosso mestre de cerimônias. Não é
fácil uma cerimônia desse jeito, onde tem que sair banda, entra banda,
organizar tudo isso.
Quero agradecer a todos, todos que
fazem parte desse staff e dizer que a gente vai voltar a incentivar as bandas
aqui, o que depender de mim, a nossa luta com a Secretaria de Cultura, com a
Secretaria de Educação.
Reativamos agora, em um edital, as
fanfarras para as escolas cívico-militares e o Luizinho sabe disso. A gente vai
disponibilizar, com a Secretaria de Cultura, um edital para pelo menos 100
escolas.
Óbvio, seria muito bom, Rogério citou,
que a gente pudesse colocar as fanfarras nas mais de 5.700 escolas, 5.070
escolas temos no Estado de São Paulo, mas acho que é um passinho de cada vez.
Como vereador Guilherme disse, de
plantar a semente, então que a gente possa plantar essa semente. Da mesma forma
quando conheci o Luizinho, óbvio, em uma realidade diferente, em uma cidade que
é Cubatão, que já tem uma estrutura diferente, uma visão diferente para as
bandas, mas ele pôde plantar essa semente.
E a gente retomar esse trabalho e
acabar incentivando outras cidades, como bem disse o prefeito Junior, que
assumiu o Tietê e falou: “As bandas estavam acabadas dentro da cidade” e ele
está retomando isso e que ano que vem a gente possa retomar.
Infelizmente e regimentalmente, a gente
só pode homenagear dez bandas por vez, mas que se isso for contínuo, eu tenho
certeza de que a gente vai colocar essa semente em várias outras cidades do
estado de São Paulo, porque como disseram, a cultura transforma a vida, mas a
disciplina da banda também transforma o caráter.
Então, quero agradecer a presença de
todos, muito obrigado e contem comigo para a preservação da nossa cultura e,
principalmente, das nossas bandas.
Um grande abraço e uma boa noite a
todos. (Palmas.)
Esgotado o objeto da presente sessão,
agradeço a todos os envolvidos na realização dessa solenidade, assim como
agradeço a presença de todos.
Está encerrada a sessão solene.
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- Encerra-se
a sessão às 22 horas e quatro minutos.
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