5 DE NOVEMBRO DE 2024
152ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: DR. EDUARDO NÓBREGA e DANILO CAMPETTI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - DR. EDUARDO NÓBREGA
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h04min. Saúda os candidatos eleitos no município de Limeira, Murilo Félix, Fabiano D'Andréa e Costa Júnior, presentes no plenário.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE DR. EDUARDO NÓBREGA
Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas. Convoca uma segunda sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término da primeira.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE DR. EDUARDO NÓBREGA
Cumprimenta o assessor Evandro, presente no plenário.
6 - PROFESSORA BEBEL
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE DR. EDUARDO NÓBREGA
Deseja um profícuo mandato aos candidatos eleitos em Limeira.
9 - LUIZ FERNANDO
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
11 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
14 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 06/11, à hora regimental, com Ordem do
Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas. Levanta a
sessão às 14h56min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Dr. Eduardo
Nóbrega.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Presente
o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata
da sessão anterior e recebe o Expediente desta sessão.
Antes de começarmos o Pequeno
Expediente, quero saudar a presença dos deputados Reis, Luiz Fernando,
Giannazi. Quero também fazer uma saudação especial a dois membros do Podemos,
nosso partido, que participaram do pleito democrático deste ano e se sagraram
vencedores na cidade de Limeira, o prefeito Murilo Félix, colega deputado de V.
Exas., o vice-prefeito, Sr. Fabiano D’Andréa e o vereador eleito também, o Sr.
Costa Júnior, que se fazem presentes aqui na nossa sessão.
Eu consulto aqui a nossa assessoria
para que possamos, então, iniciar a sessão chamando os oradores inscritos para
o Pequeno Expediente. Chamo o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Luiz Claudio
Marcolino. (Pausa.) Deputado Reis.
O
SR. REIS - PT –
Quero desejar uma boa tarde para o deputado Nóbrega, que preside os trabalhos,
cumprimentar também os seus convidados que aqui estão, foram eleitos, estão
todos felizes, quando se elegem ficam todos felizes, então, parabéns pelo
resultado.
Quero cumprimentar
todos os funcionários desta Casa, os deputados Vitão do Cachorrão, Carlos
Giannazi, Luiz Fernando Teixeira Ferreira, os integrantes da Polícia Militar,
que já estão tomando conta da Assembleia. Tem mais policiamento na Assembleia
do que nos bairros. Esta Casa precisa muito de segurança, viu, deputado Luiz
Fernando?
Cumprimento
também os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica, da
Polícia Penal, todos aqueles que estão em suas residências e todos os dias nos
assistem. Eles ficam assistindo os deputados que vêm, os que não vêm, os que
falam, os que não falam, pela Rede Alesp.
Sou o primeiro
a falar neste Pequeno Expediente, para também registrar que hoje é o Dia do
Escrivão de Polícia, dia 5 de novembro. Quero fazer uma saudação especial a
todos os policiais civis e aos escrivães de polícia, e dar parabéns pelo seu
dia.
Escrivães que
não têm muito o que comemorar, porque os seus acervos, a gente vai visitar as
delegacias de Polícia, vê lá o escrivão com 500, 600, 700, 800 inquéritos para
tocar. Uma situação muito terrível, uma precarização do serviço público, uma
destruição do serviço público e com um salário muito ruim.
Inclusive, não
houve aumento para os servidores públicos neste ano, porque o “imperador” não
mandou nenhum projeto, o “imperador D. Tarcísio de Freitas I”, não mandou
nenhum projeto para esta Casa, para reajustar o salário dos servidores
públicos, e também deixou de cumprir a sua promessa, que era a valorização dos
profissionais da Segurança Pública.
Não só a
questão salarial, como a questão infraestrutural, e eu sempre falo para o
deputado Vitão do Cachorrão, pois ele tem uma empresa de cachorro-quente, por
isso que ele chama Vitão do Cachorrão. Ele tem uma empresa de cachorro-quente e
lá o cachorro-quente custa 13 reais. Com o vale-refeição, que é disponibilizado
pelo “imperador D. Tarcísio de Freitas I”, não dá para se comprar um
cachorro-quente lá no Vitão do Cachorrão.
Então, os
escrivães de polícia não têm muito o que comemorar por conta de tudo isso que
eu falei: excesso de trabalho, escalas extras, trabalho degradante, trabalho
praticamente escravo.
E desde quando
chegamos aqui, nós temos cobrado o governador. A gente tem feito a cobrança,
mas o governador vive em um pesado sono. Ele pensa muito em vender, em privatizar,
porque eu acho que isso deve dar dinheiro. Pensa em fazer negócios, pensa em
vender a Sabesp.
Agora ele
resolveu privatizar as escolas públicas, vender as escolas públicas, as
escolas, a Educação. Está vendendo a Educação. Inclusive hoje, por que que tem
tantos policiais militares aqui em volta e dentro da Assembleia e as portas já
estão até fechadas? Eu tive que dar uma volta enorme para poder entrar aqui.
Porque vai-se
votar a PEC 9. Eles querem votar, querem começar a discussão da PEC 9, que tira
praticamente 10 bilhões da Educação. Essa é a pauta do governador de plantão
que aí está: precarizar os serviços públicos, não valorizar os servidores, dar
salários indignos. Então, hoje é 5 de novembro, Dia do Escrivão de polícia, mas
é um dia muito triste para todos nós.
Para quem não
sabe, o escrivão é responsável por formalizar e documentar inquéritos
policiais. Eles ouvem e redigem as informações dadas pelas pessoas que
comparecem às delegacias para relatar problemas e crimes. Os escrivães são o
primeiro contato da vítima com a polícia de São Paulo.
Mas as
atribuições desses profissionais também incluem participar de diligências;
executar intimações e apurações; colaborar para o cumprimento de mandados
judiciais de prisão, de busca e apreensão, de sequestro de bens; e outros
trabalhos nas delegacias.
O escrivão de
polícia é verdadeiramente um servidor da população, sem o qual as delegacias
teriam grandes dificuldades de funcionamento. Eles agem no serviço operacional
e também no administrativo. Na parte administrativa, são eles que formalizam
todos os procedimentos.
Infelizmente,
nesta data, nós estamos homenageando, sim, todos os escrivães, mas temos que
lembrar que esse grupo de profissionais é mais um, dentre os demais que se
encontram desvalorizados e aguardando uma atitude positiva do governador, no
sentido de conceder reajuste, de recompor o efetivo, porque, como eles
trabalham por dois, três, quatro, cinco, há falta de efetivo.
Então, é
preciso recompor o efetivo. E também garantir o vale-refeição, porque hoje eles
não têm direito a esse vale-refeição por conta do teto, que o governador mandou
para cá, de R$ 5.400,00 para a Polícia Civil, para ter direito. Se o
funcionário ganhar R$ 5.401,00, não tem direito.
É o que
acontece com os escrivães de polícia. Como é o caso da Polícia Militar, em que
o teto foi para R$ 7.800,00, mas os policiais civis continuam lá com o teto de
5 mil e 400 reais.
Cobranças que
nós fizemos o tempo todo e cobranças que nós estamos fazendo na data de hoje ao
Sr. Governador de São Paulo: a valorização dos servidores da Segurança Pública,
a valorização dos escrivães de polícia, a recomposição do efetivo, a garantia
do vale-refeição, para que realmente possamos, no ano que vem, quem sabe,
comemorar, no dia 5 de novembro, o Dia dos Escrivães de Polícia.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Obrigado,
deputado Reis. Na sequência, passo a palavra ao deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.)
Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado
Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)
Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi.
Enquanto V. Exa. se dirige à tribuna,
faço a comunicação a todos de que, nos termos do Art. 100, inciso I, do
Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a
realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, ou às 19
horas, caso a sessão não atinja seu tempo limite, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 53a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 06/11/2024.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - E na
sequência, na mesma esteira, já faço a convocação da segunda sessão
extraordinária. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, também nos termos do Art.
100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão
extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira
sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do
Dia:
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 54a Sessão Extraordinária foi publicada
no D.O. de 06/11/2024.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Devolvo a
palavra a Vossa Excelência.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Eduardo Nóbrega, Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia.
O próprio
Governo está anunciando que vai, no dia de hoje, tentar violentar a
Constituição Estadual, retirando 5% do Orçamento da Educação. Isso é uma violência,
é uma afronta à nossa Constituição Estadual, aprovada aqui, neste plenário, em
1989. Vejam só os senhores e as senhoras.
A aprovação dos
30% foi decidida em uma Assembleia Estadual Constituinte, logo após a aprovação
da Constituinte Nacional em 1988, a famosa e conhecida Constituição de 1988.
E agora, sem
debate, do dia para a noite, o Governo pretende alterar a Constituição
Estadual, retirando mais de 11 bilhões de reais do Orçamento. Nós atualizamos
aqui o valor por conta da Peça Orçamentária que chegou aqui na Assembleia
Legislativa.
É um dos
maiores ataques, se não for o maior ataque à Educação do estado de São Paulo,
porque o Governo, não contente com as privatizações, com a militarização das
escolas, com o fechamento de salas, agora pretende reduzir o Orçamento da
Educação e inventou uma desculpa dizendo que é para transferir para a Saúde,
tentando ludibriar a população, a opinião pública e a imprensa, a grande
imprensa que cai nessa ladainha, e talvez até defenda, também, essa redução do
Orçamento da Educação.
Eu quero
destacar que ontem nós já tivemos mais um ataque, porque o governador Tarcísio
de Freitas inovou. Ele está privatizando escolas, vendendo escolas através do
leilão da Bolsa de Valores de São Paulo, da B3. Algo inédito na história do
Brasil. Nós estivemos lá ontem, teve muita repressão, estudantes e professores
apanhando da polícia.
E o deputado
Reis registrou agora a presença aqui da Tropa de Choque em volta da Assembleia
Legislativa, já preparando, também, a repressão contra uma possível
manifestação pacífica e democrática de estudantes, professores e da população
que é contra esse corte na Educação do estado de São Paulo.
E o governador
Tarcísio de Freitas tem acionado a Tropa de Choque, a Polícia Militar. Ele tem
instrumentalizado o aparelho repressivo do Estado contra as manifestações
populares, sobretudo nas manifestações que são feitas aqui na Assembleia
Legislativa.
Foi assim no
dia em que foi aprovado o famigerado projeto da escola cívico-militar. Foi
assim, aqui na Assembleia Legislativa, no dia em que foi aprovado o projeto da
privatização da Sabesp.
E hoje essa
história parece que vai se repetir novamente, mais repressão, porque o Governo
não tem legitimidade. Ele não consegue formar uma opinião para aprovar um
projeto como esse; um projeto nefasto que vai retirar mais de 11 bilhões da
Educação do estado de São Paulo, que tem uma rede sucateada, degradada, com
baixíssimos salários para todos os seus servidores da Educação; que não paga o
piso nacional do Magistério; que não deu reajuste para os servidores da
Educação e os servidores em geral; que está fechando salas; que está
municipalizando, entregando 50 escolas do Estado para a Prefeitura de São
Paulo.
Ou seja, se livrando de escolas da rede
estadual, fechando turnos, salas, impedindo que alunos trabalhadores possam
estudar no período noturno, porque o Governo não está mais aceitando...
orientou as diretorias de ensino e as escolas a não aceitarem mais matrículas
no período noturno, tanto do ensino médio como, também, de educação de jovens e
adultos, de EJA.
Então esses
alunos estão sendo expulsos. Nós estamos tendo uma evasão escolar, provocada
pela própria Secretaria da Educação. Esse é o cenário de terra arrasada da
Educação do estado de São Paulo.
E para
completar a tragédia, para dar o tiro de misericórdia na Educação do estado de
São Paulo, hoje o Governo pretende, junto com a sua base de sustentação, seus
deputados e deputadas, aprovar a PEC 9, que vai retirar mais de 11 bilhões de
reais por ano da Educação estadual.
Por isso que eu faço um apelo aos deputados da
base, para que não deixem as suas digitais na aprovação desse projeto. Faço um
apelo também para você que está acompanhando aqui a TV Alesp para que você
pressione, converse com os deputados do governo da situação, para que eles não
sejam cúmplices desse crime contra a Educação pública do estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Agradeço ao
deputado Carlos Giannazi e passo a palavra ao Deputado Simão Pedro. (Pausa.)
Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Professora Bebel.
Enquanto a deputada se dirige à
tribuna, eu quero também saudar a presença do assessor Evandro, policial
militar aposentado que engrandece a Casa com a sua presença, viu?
Professora Bebel, V. Exa. tem a palavra
pelo tempo regimental.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, presidente Dr. Eduardo Nóbrega. Cumprimento
todos os deputados aqui. O público, por enquanto, não está aqui, mas estará, porque
nós vamos garantir a entrada deles sim, porque esta Casa também é de todo o
povo paulista, tem que ser um espaço soberano.
Estou dizendo
desta forma porque estou indignada com esse governador. Esse governador, do
jeito que está indo... Do jeito que começou, digo que começou mal, porque
começou exatamente atacando, fazendo exatamente o que outros governadores
fizeram. Vou citar o nome de um deles: José Serra. Tacou bomba em nós, soltou a
gente aí para correr nas ruas, zero de reajuste, aquela questão toda.
Nós
simplesmente fizemos uma greve quando ele era, então, candidato à Presidência
da República versus a companheira Dilma Rousseff. Estava na frente, a nossa
greve tomou uma dimensão nacional.
E quero dizer
que aqui estou falando na condição de deputada, mas que posso falar também - e
tenho legitimidade para falar - como segunda presidenta da Apeoesp, membra da
Apeoesp e tudo o que eu já lutei como presidenta da Apeoesp.
Digo para vocês
o seguinte: calados nós não ficaremos, calados nós não vamos ficar. Nós vamos,
com certeza, vencer esse governador nas ruas e nas urnas. Já dizia o nosso
querido José Dirceu quando, na greve de 2000, quando eu era mocinha, quando
entrei no sindicato...
Tem vezes até
que eu olho para mim e falo: “Nossa, que coragem aguentar todo aquele montão de
gente e bomba de gás, aquela coisa toda”. Zé Dirceu subiu e disse: “Nós vamos
vencer esse governador nas ruas e nas urnas”. É isso que vai acontecer.
As eleições
municipais... Desculpe, daqui a dois anos tudo muda, a conjuntura e cada
desgraça que esse governo fizer na Educação pública paulista. Dizer para todos
que estão me ouvindo o seguinte: estivemos ontem na Bolsa de Valores, depois...
Eu não sei se chegaram. Chegaram?
Chegaram os
meus vídeos sob uma outra ótica, é importante que vocês vejam que as outras
pessoas estavam na rua. Ninguém estava dentro de assembleia, ninguém estava
dentro de nada, nós estávamos na rua e gratuitamente.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Olha aqui, eu
fui empurrada em determinado momento. Em outro momento, os estudantes gritam:
“Para! Nós já paramos!”, e eles continuaram batendo. Nós vamos, com certeza,
mas com muita certeza, enfrentar isso. Nós vamos para a Corregedoria, porque
não está dando mais. “Ah, não concorda comigo? Bomba!”. Ninguém estava atacando
ninguém lá, nós estávamos na rua.
Não tem um
outro vídeo que me tira um pouco não, filho? Porque falando eu já estou aqui.
Deve ter um que joga o... Sobre o... Então, quer dizer, eu acho, sinceramente,
que não dá para ficar calado. Hoje começa... Olha lá, que absurdo. Olha se
precisa de um negócio desse, olha.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Vocês estão
entendendo? Foram longe demais, Giannazi, estão indo longe demais. É
inaceitável isto. E depois dizem que nós somos agressivos, que nós somos... sei
lá, um monte de nome que dão para nós, mas isso não é pouca coisa, fora o
empurrão que eu levei, porque eu fui perguntar o que estava acontecendo.
O rapaz com um
monte de revólver me empurrando. Poxa vida, nós somos seres humanos, nós não
somos objetos, nós queremos ser respeitados. Nós estávamos na Bolsa de Valores.
Você sabe o que
é mais dolorido? É a Educação ser tratada de forma mercadológica e financeirizada,
é desta forma que a Educação está sendo tratada. E nós vamos enfrentar, sim,
porque nós não temos medo de governador autoritário, nunca tivemos. Nossa,
tomar bomba virou para nós, Deus me perdoe... Ele vai pagar o preço disso
daqui. Isso vai custar caro para ele.
Nós vamos dar
respostas para eles, eles não se preocupem. E não é com arma não: convencimento
popular. Isso nós sabemos fazer bem, por isso que eles têm ódio de professor,
que professor convence, e nós vamos convencer.
Nós vamos convencer
os pais, nós vamos convencer os alunos que, com um governador autoritário, não
dá para governar o estado de São Paulo, isso daqui também é nosso.
Ele é o
governador da sociedade paulista, ele não é só o governador da Bolsa de
Valores, o governador das empreiteiras, o governador de quem ele prioriza. Ele
é o governador que está aqui, também, para fazer a nossa vontade e para fazer a
nossa vontade é respeitar aquilo que é direito do povo.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Obrigado,
deputada Bebel. Dando sequência ao Pequeno Expediente, passo a palavra ao
deputado Barros Munhoz. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Luiz
Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada
Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputada Solange Freitas.
(Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti. Após a
fala, nobre deputado Danilo Campetti, solicito a V. Exa. que, por gentileza,
tome assento a esta Presidência.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Pois não, Sr. Presidente. Boa
tarde, cumprimentar o senhor, as Sras. Deputadas, os Srs. Deputados aqui
presentes, assessorias, servidores da Casa, policiais civis, policiais
militares, aqueles que nos acompanham pela galeria e aqueles que nos acompanham
pela Rede Alesp.
Quero iniciar
fazendo uma saudação aqui ao capitão Esteves, que está aqui com o 7º Baep
pronto, representando a Polícia Militar, para garantir que os trabalhos sejam
realizados dentro da maior paz possível - é isso que nós desejamos -, sejam
preservados os direitos constitucionais, mas a polícia está aí também para
garantir que os trabalhos aqui ocorram da melhor forma.
Não é, Capitão
Telhada? Que a polícia só atua quando há exacerbação de condutas, quando as
pessoas ultrapassam aqueles limites e passam a quebrar tudo; a polícia não pode
deixar que as pessoas avancem esse sinal. As discussões são democráticas,
respeitando todos os posicionamentos, mas os trabalhos têm que fluir.
Sr. Presidente,
eu venho aqui para demonstrar uma preocupação muito grande com o nosso País,
uma preocupação muito grande com o que a gestão federal está levando, está
encaminhando o nosso País.
Eu falo isso em
razão da segunda maior alta do dólar que nós tivemos dentro do período
histórico. Semana passada, o dólar chegou a 5,86 reais na sexta-feira.
Estabilizou a 5,789 reais. E aí nós temos, e eu trago manifestações de
ministros do atual governo, que repudiavam, que protestavam, no governo
Bolsonaro, quando o dólar não chegava a 5 reais. Que protestavam, e faziam tuítes.
Eu gostaria que
esses ministros do governo fizessem um “Ctrl C” e “Ctrl V” nos tuítes. Porque a
situação não chega nem próximo ao que era do governo Bolsonaro. Nós temos uma
incerteza no mercado porque o governo não corta gastos. Porque prometeu, criou
expectativa no mercado, e não veio o corte de gastos.
Não se tem uma
política de corte de gastos no governo federal, sob a Presidência do atual
presidente Lula. Eles querem gastar, gastar, a todo momento. E aí as
repercussões surgem.
Porque, se nós
não tivéssemos hoje um Roberto Campos Neto no Banco Central, o País já estava
descambando para quase um calote. Porque a relação dívida/PIB hoje, os senhores
vejam, chegou a 78,5 por cento.
E a previsão,
se continuar desse jeito, é que a relação dívida/PIB feche 2025 a 80,1 por
cento. É próximo ao calote. O estado quebra. O estado quebra como quebrou,
praticamente, em 2016, quando tínhamos a mãe do PAC, os fatores, as fórmulas de
sucesso, o PAC.
O PAC, com seus
surpreendentes 16,8% de conclusão das 29 mil obras até 2010, se superou. Foi
para 26% da conclusão de obras em 2016. Então temos fatores de conclusão que o
PAC é uma fórmula de sucesso. E agora foi reeditado. Não tem como dar certo. Se
não cortar gastos, não tem como dar certo. Mas temos indicadores, aqui no
estado de São Paulo. Peço que coloque o outro slide.
É do gabarito
de como fazer um estado dar certo, que é a gestão do governador Tarcísio. O
governador Tarcísio, o PIB de São Paulo cresceu 3,3 por cento. Porque é
impulsionado pela indústria, impulsionado pelos serviços. Mas não só por isso:
porque São Paulo agiu. Porque o governo Tarcísio, já no primeiro semestre deste
ano, estabeleceu São Paulo na direção certa.
Reduziu gastos,
cortou 20% de cargos e instituições, órgãos que eram desnecessários, sim. Fez
desestatizações que trouxeram economia para o nosso estado, que trouxeram
investimentos, que trouxeram credibilidade ao mercado.
Só para vocês
terem uma ideia, o Governo do Estado de São Paulo já tem previstos, para os
próximos quatro anos, 420 bilhões, para os próximos três anos. Aliás, 420
bilhões de investimentos da economia privada, do mercado privado, do mercado
privado investindo no nosso estado. São 420 bilhões já contratados pelo
Programa de Parcerias e Investimentos, já contratados, só na parte de
Infraestrutura.
Então uma
gestão propositiva, uma gestão que trabalha respeitando as finanças públicas,
uma gestão eficaz, que traz realmente resultados para a população, ela faz com
que o estado cresça. Por isso que o PIB de São Paulo cresceu 3,3% no comparado
do último ano.
Era isso que eu
queria dizer, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Eu que
agradeço Vossa Excelência. Enquanto se dirige à Presidência, passo a palavra ao
querido deputado Luiz Fernando.
E reitero os cumprimentos à cidade de
Limeira, desejando um profícuo trabalho a Vossa Excelência, tanto no Poder
Executivo quanto no Poder Legislativo. Obrigado, Campetti. Passo a palavra a
Vossa Excelência. E vou para a Comissão de Educação.
O
SR. LUIZ FERNANDO - PT
- Sr. Deputado Dr. Eduardo Nóbrega, deputados
presentes na sessão, senhores policiais militares, policiais civis,
funcionários da Câmara, assessores.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Danilo Campetti.
* * *
Eu volto a esta tribuna para relatar, trazer
ao conhecimento desta Casa e de vocês que nos acompanham de Casa, através da
Rede Alesp, um fato que acontece em São Bernardo, fato que é trazido hoje aqui
por nós, para que possamos pensar os rumos que este País está tomando.
Em 2018, surge
na política uma novidade, uma coisa que nós não conhecíamos: a ignorância, a
violência, o ódio, representado pelo bolsonarismo. Esta Casa foi palco. Nós
nunca tivemos empurra-empurra entre deputados, e foi uma coisa, deputado
atingindo outro deputado. Nunca o Conselho de Ética trabalhou tanto pela forma
dos deputados bolsonaristas aqui trabalharem, mas isso se deu em Brasília, isso
se deu onde eles chegaram.
Óbvio que
muitos deles já foram eliminados da urna. Nós chegamos a ver deputado bolsonarista
correndo com uma arma em punho atrás de um cidadão, enfim. Em São Bernardo do
Campo, cidade onde eu resido, minha base eleitoral, também não foi diferente.
Ali se elege, pela primeira vez em 2020, um deputado bolsonarista, de codinome
Paulo Chuchu.
É um
carcereiro, que adora andar armado - como o seu líder maior, Bolsonaro, os seus
filhos e seus seguidores. É importante você perceber, todos eles adoram arma, e
esse homem chega à Câmara Municipal armado também, e proferindo uma série de
acusações de forma deselegante, normalmente. Nem todo bolsonarista é
deselegante, mas todo deselegante é bolsonarista.
E, de forma
interessante, esse rapaz agora, em período eleitoral, comete, na minha opinião,
um crime, e a Câmara Municipal pede a cassação, entra com o pedido de cassação
do mandato desse senhor, desse elemento de codinome Paulo Chuchu.
Eu queria até
mostrar algumas imagens que vão reportar a imprensa noticiando esse fato e está
aqui. “Associação de jornalistas repudiam abordagem de vereadores a repórter na
Grande São Paulo.”
Foi um repórter
do “Diário do Grande ABC” que foi ameaçado. Ele perguntou: “Olha, o senhor vai
votar em quem?” O repórter não tem que dar satisfação do voto dele para
vereador, muito menos a um vereador bolsonarista. E ele falou: “olha, você não
vai votar no PT, não”. E bateu na arma, assim, ameaçando com testemunhas. Eu
queria ir mostrando outras fotos desse cidadão para que o povo de São Paulo
possa ir conhecendo. Dá uma olhada nessa foto, ele com uma arma.
E aí se dizem
cristãos. Eu sou cristão. Existe um mandamento na Bíblia: “não matarás”. Olha
essa foto que interessante. Eu não sei se dá para ver. Na cintura dele, em um
ato de campanha, ao lado do senador, o astronauta, ele com uma arma na cintura.
E aí vamos
seguindo as fotos, mas o que é importante estar trazendo aqui, Sr. Presidente... Olha lá, mais uma
arma, uma foto com ele armado. E se nós formos passando as fotos aqui, para o
povo de São Paulo conhecer... Outra foto. E ele diz: “o meu partido é o
Brasil”. É isso, são esses...
Aqui é um
boletim de ocorrência que foi feito por esse jornalista que foi ameaçado, e eu
trago aqui, hoje, para que todos possamos ter conhecimento, que os Anais dessa
Casa registrem isso que aconteceu em São Bernardo do Campo.
Vários
vereadores denunciaram esse vereador, por conta da postura pessoal, por conta
dessa ameaça feita ao jornalista. Isso está ainda hoje sendo analisado por uma
comissão que, ao final, se for fazer justiça, cassará esse vereador
bolsonarista e o mandará para o lugar de onde ele não deveria ter saído, que é,
ele é carcereiro. Então, que fosse ali exercer a sua função. Ali, sim, talvez
seja o lugar, nem lá ele pode andar armado, embora ele possa ter porte de arma.
Agora, a arma
tem que ser entregue para a polícia, para quem faz a segurança, e não para
vereadores. E eu quero questionar aqui o presidente da Câmara de São Bernardo
do Campo.
Como é que o
senhor autorizou, onde o senhor buscou legalidade para deixar a Câmara
Municipal de São Bernardo ser adentrada por um cidadão civil armado. Isso põe
em risco a vida de outros vereadores, põe em risco a vida de outros cidadãos.
Então, que
fique registrado nas atas desta Casa, Paulo Chuchu, codinome Paulo Chuchu,
será, se Deus quiser, cassado pela Câmara Municipal de São Bernardo do Campo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBICANOS
- Obrigado, deputado Luiz Fernando. Convido para fazer uso da palavra o
deputado Capitão Telhada. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental
de cinco minutos.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP
- Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV
Assembleia e do Youtube, público presente na galeria, funcionários desta Casa,
uma excelente tarde.
Eu estava em
meu gabinete, atendendo alguns prefeitos, alguns amigos, e não podia deixar de
estar presente neste momento, tendo em vista algumas colocações que me
antecederam no Pequeno Expediente, que disseram sobre o assunto a ser abordado
nesta data, Sr. Presidente.
Temos um
assunto importantíssimo hoje, que passou, tramitou, pelo Colégio de Líderes e
virá a plenário: um assunto importante para o nosso estado de São Paulo, para o
Brasil, que, a meu ver, como parlamentar, como democrata, que sou, como policial,
como cidadão, eu sempre acredito que a discussão é o melhor caminho.
Debater temas
importantes para o nosso Estado, para as carreiras institucionais, de maneira
ética, de maneira democrática, de maneira respeitosa, é o que a gente espera
quando a gente vota em um deputado estadual, federal, quando a gente vota em um
vereador, em um prefeito. A gente espera que os temas sejam debatidos.
Ou não? Ou a
gente espera que tudo venha goela abaixo, ou que nada se discuta, vamos ficar
no status quo, vamos ficar do jeito que está, que está ótimo o nosso Brasil. Eu
pergunto ao cidadão que nos assiste, a você, na sua casa: o Brasil está como, a
seu ver? Nós estamos nadando de braçada? Como é que está a nossa economia?
Como é que está
a nossa Saúde? Como é que está a nossa Educação? Como é que está a nossa
Segurança Pública? Será que devemos discutir novas formas? Será que nós devemos
discutir alternativas à nossa realidade atual? Ou não? Ou nós estamos aqui
todos só para ocupar um cargo, para ocupar uma cadeira, para ficar quatro anos?
Para que nós estamos aqui, se não for para discutir o futuro do nosso Estado?
Eu não entendo
por que os deputados vêm aqui à tribuna e não aceitam discutir
democraticamente. Toda decisão que a gente toma aqui em conjunto, como plenário,
que a gente vota, que a gente discute, que a gente ouve a direita, a esquerda,
a gente ouve todos.
São colocadas
horas e horas de discussão aqui e quando uma decisão é tomada pela maioria na
Assembleia Legislativa, que é o canal correto para se tomarem as decisões, os
partidos políticos, principalmente os partidos políticos de esquerda, vão à
Justiça, recorrem aos meios judiciais.
Sabe o que me
parece, Sr. Presidente? Que eles não amam a democracia, me parece que não
querem discutir. Hoje nós temos a PEC 9 para começar a discussão aqui, que fala
sobre a flexibilidade de 5% da Educação para a Saúde, tendo em vista uma série
de fatores que a gente vai discutir aqui: taxa de natalidade, taxa de
mortalidade, uma série de procedimentos que o estado de São Paulo está tomando
sobre Saúde, IGM, Tabela SUS Paulista, uma série de transferências aos
municípios, regionalização da Saúde, mas parece que a gente não quer discutir.
É vendida uma
narrativa ao cidadão de que está sendo tirado o dinheiro da Educação, o que é
uma mentira, e a gente vai discutir isso aqui. Outra mentira que tem sido
falada é que a tropa de choque da Polícia Militar está aqui na Assembleia para
repelir movimentos pacíficos. A Polícia Militar nunca, nunca se colocou contra
a democracia, nunca se colocou contra o movimento pacífico.
Eu vi imagens
aqui de ontem, da B3, da Bolsa de Valores, onde a Polícia Militar se viu
obrigada a agir, se viu obrigada a atuar, por quê? Porque quis? Não. A imagem
ficou bem clara aqui, que a deputada passou.
Simplesmente os
manifestantes, primeiro, não queriam deixar ninguém entrar na Bolsa de Valores,
inclusive deputados. Teve deputado que quase que não conseguiu acessar um
prédio público, um espaço em que estava acontecendo um episódio público por
ação da massa. Graças à Polícia Militar os direitos democráticos desse deputado
foram respeitados e ele conseguiu acessar o espaço.
Graças à
Polícia Militar, a nossa democracia é mantida, a ordem da sociedade é mantida.
Eu quero mostrar muito rapidamente, Machado, por gentileza, um vídeo de dois
policiais militares na última manifestação aqui no ano passado, em dezembro.
Por gentileza, só para a gente recapitular como esse movimento é pacífico.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Olhe os nossos
policiais militares, dedo quebrado, cabeça machucada, toda ensanguentada. Um
sargento e um soldado da Polícia Militar, ano passado, agredidos aqui nesta
galeria, quando a turba de desocupados tentou invadir o plenário onde fazíamos
uma discussão e uma votação democrática.
Cadê o
movimento pacífico? Cadê? Os policiais militares foram feridos por quem? Só
queria saber isso. Cadê o movimento pacífico? A Polícia Militar, meus amigos e
minhas amigas, só atua nos casos em que ela se vê obrigada para manter a ordem,
para manter a democracia, para manter a cidadania.
A Polícia
Militar é a instituição que mais defende os direitos humanos, que coloca a
própria vida, a própria integridade física na flor da pele, coloca a cara a
tapa para defender os meus e os seus direitos como cidadão.
E, mais uma
vez, obrigado à Polícia Militar, obrigado à Polícia Civil por estarem aqui na
Assembleia nesta tarde, colocando-se, mais uma vez, com o próprio peito para
defender a democracia.
Que a gente
possa ter um debate democrático, que a gente possa colocar as nossas ideias,
possamos levar a nossa palavra, as nossas convicções e os nossos
posicionamentos para conhecimento de todos e que o debate seja democrático,
respeitoso e que a gente consiga avançar e que vença quem mais convencer aos
demais deputados e à sociedade.
As ideias estão
aí para serem debatidas, e eu tenho certeza de que, mais uma vez, graças às
nossas polícias que defendem a nossa sociedade, nós teremos uma discussão de
alto nível.
Assim espero e
assim clamo a todos os amigos e amigas que vierem à Assembleia Legislativa
nesses próximos dias colocarem também a sua vontade.
Deus abençoe,
presidente.
Viva a Polícia
Militar!
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Capitão Telhada. Convido para fazer uso da palavra o
deputado Conte Lopes. (Pausa.) Convido o deputado Luiz Claudio Marcolino. Vossa
Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa.
Sr. Presidente,
eu, ouvindo V. Exa. se dirigindo aqui ao plenário, falando dos investimentos do
governo Tarcísio, no estado de São Paulo, do crescimento do PIB, mas acho que é
importante fazer uma retrospectiva, porque até 2023 a gente não via
investimentos do Governo do Estado de São Paulo no nosso Estado e nem
investimento do governo federal também no estado de São Paulo.
Ficamos quatro
anos do presidente Bolsonaro, dois anos do presidente Temer e não tinha
investimento do governo federal no estado de São Paulo. É diferente hoje do
atual governo do presidente Lula, que assim que assume o governo federal, já
tem feito diversos investimentos no estado de São Paulo em todas as áreas,
tanto de Infraestrutura como na área de Saúde, por exemplo.
Nós tivemos,
assim que o governo assume o estado de São Paulo, vários investimentos nos
hospitais do estado de São Paulo, fazendo cirurgias eletivas. Retomou o PAC
Saúde, hoje tem construído diversas UPAs no estado de São Paulo, diversas UBSs,
diversos CAPs no estado de São Paulo.
E, também, o
presidente Lula, além de ter agora encaminhado investimento para o Túnel
Santos-Guarujá, voltou a ter investimento para o Rodoanel, investimento para o
metrô até o Jardim Ângela, investimentos que terá no Trem Intercidades. Obras
essas que o governador canta pelos quatro cantos que são obras do Governo do
Estado.
Na verdade, são
parcerias do governo federal que vão garantir o desenvolvimento do estado de
São Paulo da mesma forma que fez com a melhoria do Imposto de Renda. Hoje tem
correção da tabela do Imposto de Renda. Fez o movimento de melhorar o salário
mínimo todo ano acima da inflação e com o crescimento do PIB brasileiro.
Então, esses
elementos que estão fazendo com que o estado de São Paulo possa voltar a ter o
processo de investimento. A indústria paulista não fez investimento nas suas
empresas durante o período de 2016 até 2023.
O setor
industrial paulista só voltou a fazer investimento no estado de São Paulo
quando começou a ter, não só uma economia mais equilibrada, uma segurança
jurídica para os empresários poderem voltar a investir no estado de São Paulo.
Então, hoje o
crescimento do estado de São Paulo tem tudo a ver com a política
desenvolvimentista do presidente Lula, com o reestabelecimento do pacto de
desenvolvimento no nosso Estado, no nosso País e, com isso, o estado está
pegando a carona no crescimento do desenvolvimento do país e o estado de São
Paulo desenvolve também na mesma proporção.
E acho que vale
lembrar que quando o Tarcísio assume aqui o Governo do Estado de São Paulo, e a
gente não vê outras obras que o Estado tem feito, que não são obras de parceria
do governo federal.
Mas o que é que o governo Tarcísio fez?
Colocou para vender uma empresa importante como a Sabesp, privatizou a Emae,
privatizou hoje a parte do transporte metroferroviário, no caso da CPTM e do
metrô aqui na Grande São Paulo, já privatizou a Emae e agora quer colocar
também as escolas estaduais no processo de privatização.
É esse o
governador Tarcísio. Entra para administrar o Governo do Estado de São Paulo,
começa a vender as principais obras que foram, ou as estruturas que nós
construímos ao longo das últimas décadas e ele coloca para vender.
Então não dá
para a gente estar ouvindo que deputados da base do governo querem avaliar ou
potencializar o crescimento do estado de São Paulo como se fosse uma ação do
Governo do Estado de São Paulo.
Na semana
passada a gente foi, inclusive, dialogar com um grupo de taxistas no Desenvolve
SP e a alegação que eles não têm capacidade administrativa para poderem fazer
financiamento para os taxistas no estado de São Paulo, uma forma de renovar a
frota.
A gente tem
conversado com outras secretarias no estado de São Paulo e a gente percebe que
uma secretaria não dialoga com a outra. Então a gente percebe que ainda o
governador Tarcísio não encontrou o rumo do desenvolvimento do estado de São
Paulo.
Não tem o propósito
de desenvolvimento do estado de São Paulo, a única coisa que nós vemos hoje no
governador Tarcísio é um processo de privatização e desmonte do estado de São
Paulo.
Foi a Sabesp,
foi a Emae, foi parte, hoje, do pessoal que é
vinculado à CPTM e ao metrô, a EMTU, agora numa unificação junto com a Artesp,
vai deixar de funcionar no estado de São Paulo.
Então o
governador Tarcísio tem um projeto de desenvolvimento do estado de São Paulo,
tem um projeto de vender o estado de São Paulo e o pouco que tem de
desenvolvimento no estado de São Paulo é fruto de parcerias que vêm do governo
federal, não só com o estado de São Paulo, mas com todo o Brasil, para
desenvolver a Nação Brasileira.
Então, o
governo Lula tem o olhar do desenvolvimento nacional e não enxergamos isso no
governo Tarcísio, no estado de São Paulo. O que vemos é apenas desmonte do
Estado, são apenas privatizações.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem,
Sr. Presidente. Havendo acordo entre os líderes, solicito o levantamento da
presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Luiz Claudio Marcolino. Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda da sessão
extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.
Agradeço a todos que nos acompanharam
pela Rede Alesp, a todos que nos acompanharam aqui nas galerias.
Está levantada a presente sessão.
Fiquem todos com Deus.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 56
minutos.
*
* *