11 DE NOVEMBRO DE 2024
76ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO DIA DO SÍNDICO
Presidência: ALTAIR MORAES
RESUMO
1 - ALTAIR MORAES
Assume a Presidência e reabre a sessão às 20h05min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
3 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente solenidade para "Comemoração do Dia do Síndico", por solicitação deste deputado. Ressalta a relevância da categoria para a sociedade.
4 - CHEN GILAD
CEO da Haganá, faz pronunciamento.
5 - RICARDO KARPAT
Especialista em formação de síndicos, faz pronunciamento.
6 - RODRIGO KARPAT
Presidente da Comissão Especial de Direito Condominial do Conselho Federal da OAB e de Advocacia Condominial da OAB/SP, faz pronunciamento.
7 - MARIANA GUIDONI
Advogada, faz pronunciamento.
8 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a exibição de vídeo em homenagem ao Dia do Síndico.
9 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES
Discorre a respeito da importância do síndico para a sociedade. Defende projeto referente à autovistoria nos condomínios.
10 - ÁLVARO GONZAGA
Professor de Direito na PUC, faz pronunciamento.
11 - ROBERTO MOURA
Síndico, faz pronunciamento.
12 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a entrega de homenagens a síndicos.
13 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h11min.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Altair Moraes.
* * *
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, boa
noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de comemorar o Dia do Síndico.
Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo
pela TV Alesp e pelo canal Alesp no YouTube.
Convido para
que componha a Mesa Diretora neste momento o deputado estadual Altair Moraes,
proponente e presidente desta sessão solene. (Palmas.) O Dr. Rodrigo Karpat,
presidente da Comissão Especial de Direito Condominial do Conselho Federal da
OAB e de Advocacia Condominial da OAB São Paulo. (Palmas.) Também o Sr.
Ricardo Karpat, que é especialista em formação de síndicos. (Palmas.) E o
senhor Chen Gilad, que é CEO da Haganá. (Palmas.)
Convido todos
os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro,
executado pela Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São
Paulo, sob a regência do maestro primeiro-sargento da PM, Ivan Berg.
* * *
- É executado o
Hino Nacional Brasileiro.
* * *
Agradecemos à Camerata
do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do
maestro primeiro sargento da PM, Ivan Berg, pela execução do Hino Nacional
Brasileiro. Muito bem.
Neste momento,
passo a palavra ao proponente desta sessão solene, o deputado estadual Altair
Moraes.
O SR.
PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Boa noite a
todos. Boa noite. Não vou dizer todas, porque é redundante, e não vou dizer todes,
porque é ridículo. Então, boa noite a todos, está bom? Boa noite a todos.
(Palmas.) Vamos, no mínimo, falar o português correto, não é, gente? Pelo
amor de Deus. Pessoal, muito prazer estar com vocês aqui.
A gente está
abrindo aqui esta sessão, e eu vou, logo mais, cumprimentar todos, mas tem um
rito que a gente tem que seguir. Iniciamos os nossos trabalhos nos termos
regimentais. Senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta
Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo a minha solicitação, com a
finalidade de comemorar o Dia do Síndico.
Bom, agora eu
posso falar. Eu quero aqui agradecer ao Dr. Fábio Hanada, ao
Ricardo Karpat, que está aqui conosco, ao professor Álvaro Gonzaga, ao
Chen Gilad, que está aqui, o senhor da Haganá. Só gente bonita. Doutora
Mariana. Guidoni, é isso? É isso mesmo? Rapaz, só nome importado, não é?
Bonita. O meu é Moraes Oliveira, só (Inaudível.).
Os membros da
OAB de São Paulo que vieram, síndicos e advogados, Dr. Rodrigo Karpat,
presidente da Comissão Especial de Direito Condominial do Conselho Federal da
OAB e Advocacia do Estado de São Paulo. Parabéns, Rodrigo, por estar com a
gente aqui mais uma vez. É um prazer estar com vocês aqui, de verdade, vocês
sabem disso.
Gente, em
poucas palavras, eu me sinto muito à vontade para realizar esta sessão,
Ricardo, até porque nós começamos há três anos, três anos, um bom
relacionamento com os senhores, porque nós entendemos da importância,
realmente, do síndico.
Uma pessoa me
perguntou agora, aqui na entrevista, disse assim: "deputado, o que o
senhor acha que é o síndico?". O síndico é um parlamentar, é um político.
Ele tem que passar por votação e tem que prestar conta do trabalho que ele faz.
Ele também é um
político, além de tudo, além de psicólogo, além de uma série de coisas. Então,
eu me sinto muito à vontade e agradeço a todos, eu tenho mais a agradecer a
todos por estarem aqui. Eu sei da importância que um síndico tem em um prédio,
eu sei da importância que vocês têm para os condomínios e fico muito à vontade
para falar isso aqui.
Nós tivemos
aqui um projeto de lei, eu acho que eu falei da outra vez, mas alguns não
estavam, que estava tramitando aqui na Casa, pronto para passar, e com a
sensibilidade que a gente teve ali no momento.
Por exemplo, o
projeto de lei fazia o seguinte: ele dizia que era obrigado em todos os
condomínios, todos os prédios que têm piscina, ter no mínimo quatro
salva-vidas, para revezar, oito por oito. Aí eu pensei no meu prédio, que não
vai ninguém na piscina, e fiquei pensando no gasto que eu ia ter também. Então,
eu pedi vista do projeto e falei: "Não, não é justo".
Imagine, todos
os condomínios terem que contratar quatro salva-vidas durante o dia, porque tem
que revezar de oito em oito horas, e o quanto vai ficar dispendioso para aquela
pessoa que mora ali. É lógico que isso é um custo, e um custo muito alto. Aí
você diz assim: "ah, mas você não está preocupado com a segurança no
condomínio?".
Estou
preocupado, mas a segurança do meu filho quem tem que fazer sou eu, eu que sou responsável
por ele. Eu que sou responsável pelo meu netinho - apesar de 20 anos de idade,
eu tenho neto. Então quem é responsável sou eu. Se eu descer com os meus
netinhos para a piscina, eu que tenho que ficar de olho ali.
Eu até entendo
que tem alguns condomínios que têm alguém aos domingos, aos sábados, que tem
mais crianças ali brincando e tal. Agora, a gente criar um projeto de lei que
vai onerar, que vai ficar muito pesado, muito difícil isso ser obrigado,
imposto, não acho isso justo. Isso aí cabe a cada condomínio querer fazer essa
decisão e cada pessoa que vai morar entender se precisa de salva-vidas ali ou
não, isso aí fica a critério de cada condomínio.
Então, não
achei justo a gente ter que fazer um projeto de lei para isso, até porque onera
demais, e a gente conseguiu, graças a Deus, o Rodrigo sabe muito bem, o Ricardo
também acompanhou aqui com a gente, a gente conseguiu pedir vistas e barrar o
projeto aqui. Não passou.
Então a
importância de a gente ter pessoas com olhar atento aos mínimos detalhes,
porque uma coisa tão simples estava para ser aprovado. Todas as pessoas:
"Ah não, acho legal, isso justo, é verdade, vamos cuidar das crianças,
vamos cuidar de todo mundo, não sei o que, ninguém pode morrer". É, filho,
agora quem vai pagar o pato?
Veja bem, tem
quem venda o pato, ok? Tem quem venda o pato sem ter o pato, sabia? E tem o que
paga o pato. Não é justo. A gente conseguiu tirar isso e graças a Deus a
gente matou aqui, como a gente fala, matar no ninho, não é?
Nós conseguimos
matar no ninho aqui esse projeto e não passou. Então, muitas vezes não é
um projeto que foi feito, mas é um projeto que deixou de ser feito para
prejudicar. Isso é importante vocês saberem, está bom?
Agradeço à
minha amiga que está filmando ali pelo voto que ela deu a mim, Deus te abençoe,
muito obrigado. Conversando aqui com eles, eu acho que é importante a gente
ajustar muitas coisas que precisam ser feitas, inclusive com a mão desses
homens que conhecem melhor, que têm mais ideias, que podem trazer projetos de leis
que a gente pode ficar muito à vontade para tocar aqui a nível de estado e a
nível de Brasil, tá certo, gente? Então muito bem-vindos vocês, muito obrigado,
que seja uma sessão solene de festa, porque é dia de aniversário, não é? Então
de festa, de alegria, está certo?
Muito obrigado
a todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Nosso agradecimento ao deputado Altair
Moraes pelas suas palavras de abertura, pelo seu discurso. Agora, neste
momento, eu quero passar a palavra para o Chen Gilad, que é CEO da Haganá.
O SR. CHEN
GILAD - Boa noite a todos, muito obrigado por
estarem aqui, por existirem essa figura tão especial para todos nós que estamos
aqui. Boa noite aos membros da Mesa, é uma honra estar aqui de novo, deputado
Altair. Cada ano estamos realmente dando um upgrade.
Eu acho que
isso, sem dúvida nenhuma, faz jus também ao síndico profissional que a cada ano
que passa dá um upgrade também, está se profissionalizando, está se
capacitando, e eu fico feliz de fazer parte dessa realidade, me capacitando
junto, porque, sem dúvida nenhuma, os condomínios de São Paulo merecem que a
gente se capacite. Eles merecem a gente e, sem dúvida nenhuma, a gente os merece
também.
O que mais me
deixa feliz desse reconhecimento do setor público é perceber que a cada ano que
passa realmente tem uma sinergia maior entre o público e o privado, uma
sinergia que é capaz de realmente trazer um novo patamar, no meu caso - vou
falar desse assunto - para a segurança dos nossos condomínios, mas eu não tenho
dúvida de que em outras áreas também.
Essa união de
forças, sem dúvida nenhuma, é capaz de multiplicar os investimentos que cada um
faz, e que não são feitos à toa, eles realmente vão ser aproveitados e
multiplicados para aumentar a nossa segurança.
Isso é verdade
não só aqui no Brasil. A gente pensa que não, mas em todos os países - seja nos
Estados Unidos, seja na Europa - o investimento privado é fundamental também
para que o setor público possa se especializar naquilo que ele tem que ser
especializado, e é muito claro essa linha do que é privado e o que é público e,
sem dúvida nenhuma, se cada um fizer a sua parte, vamos atingir os nossos
objetivos.
Hoje é um belo
exemplo disso, como cada vez mais ganhamos uma relevância, e eu vejo que isso
também é verdade para os investimentos em segurança. Falando em crescimento e
do crescimento do síndico, como a gente tem que tomar cuidado com esse
crescimento, porque à medida que a gente vai crescendo, a gente também corre o
risco de perder a nossa essência e sem dúvida nenhuma que, quando vocês estão
hoje, é porque vocês e nós aqui estamos buscando a nossa essência.
Continuamos
buscando valorizar aqueles que estão junto com a gente, aprender junto e não
esquecer de onde viemos e tudo o que a gente quer oferecer. Eu quero trazer
aqui um caso que talvez vocês viram alguns dias atrás, um caso que ficou
público, porque ele talvez nos choca, de invasão a um condomínio.
Era dia 2/11,
sábado para o domingo, 03 horas 47 minutos da manhã, da madrugada. Chega um
carro e duas pessoas, dois meninos, descem desse carro, se vestindo de uma
forma que eles se confundem com os moradores daquele condomínio.
Três e quarenta
e oito da madrugada eles entram no condomínio; 03 horas e 52 minutos, um dos
moradores relata que alguém está batendo na porta e ele não abriu; 4 horas e 02
minutos, eles saem do condomínio.
Ou melhor,
tentam sair do condomínio, porque nesse momento já se sabia que tinha algo de
estranho e houve até uma luta corporal entre o porteiro do prédio e essa pessoa
que entrou indevidamente. Eles acabaram saindo, porque nessa briga eles tiveram
sucesso de sair.
Antes de fazer
algumas perguntas, eu vou realçar esse compromisso do público e do privado que
eu acho tão importante. As câmaras do prédio flagraram tudo isso que eu relatei
aqui, mas de onde eles vieram? Para onde eles foram depois dessa invasão?
Será que, por mais que as câmaras do prédio não conseguiram captar placas ou
pessoas, será que outros dispositivos conseguiram?
Temos muito a
percorrer ainda, é verdade, mas conhecendo já alguns projetos, e eu falo para
vocês que vale a pena conhecer um dos projetos do setor público, que é o “Smart
Sampa”, a gente entende para onde a gente está indo e como que essa junção de
informações que hoje estão perdidas vai se transformar em uma verdadeira
inteligência entre o privado e o público e vai fazer a gente alcançar os
objetivos que a gente quer.
Voltando para
esse caso específico, a pergunta principal que fica: por que o porteiro deixou
entrar? E a resposta, apesar de ser complexa, eu vou simplificar: porque ele
nunca achou que ia acontecer, e quando você acha que uma coisa nunca vai
acontecer, você relaxa. Quando você relaxa, você esquece de tudo aquilo que te
ensinaram, tudo aquilo que falaram, tudo aquilo que exemplificaram, e você
baixa a guarda.
É exatamente
isso que estamos fazendo aqui, é não baixando a guarda, é não achando que a
gente já sabe tudo, é buscando informações. Está todo mundo aqui não só para
ser homenageado como merecem, mas para reafirmar o compromisso em trazer novidades,
em trazer conhecimento, nunca baixar a guarda e mostrar para os nossos
condomínios que estamos olhando por eles.
Nesse caso
específico, ainda cabe a nós, como síndicos, nunca realmente deixar eles
esquecerem o que pode acontecer, e a gente, como síndico, também sempre tem que
estar preparado para aquilo que pode acontecer. Esse investimento que o setor
público está fazendo é entendendo que temos que crescer e que vamos chegar lá.
Então, neste
Dia do Síndico, quero dar os parabéns e homenagear vocês por serem
indispensáveis, por serem especiais, por, com certeza, pensar que sempre pode
acontecer, sempre pensar nisso e pensar em soluções, fazer merecer cada dia
estarmos em um lugar melhor, nós e toda a cidade.
Muito obrigado
e parabéns para vocês. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Nosso agradecimento também pelas
palavras ao Sr. Chen Gilad, que é CEO do Haganá. Vamos para o próximo discurso.
Quero convidar, neste momento, o Ricardo Karpat, que é especialista em formação
de síndico, para falar, então, fazer suas considerações.
O SR. RICARDO
KARPAT - Boa noite, boa noite a todos.
Agradecer ao deputado, agradecer ao meu irmão Rodrigo, que vem fortemente
brigando por um espaço nosso, e é nosso, dos síndicos, aqui na Casa que é do
povo, ou assim deveria ser; ao Chen, aos síndicos aqui presentes e todos aqui,
hoje, neste momento.
Gostaria de
parabenizá-los, dizer que a briga de vocês, a luta de vocês é a nossa luta, e
estar aqui hoje, com essa ligação com o Poder Público, é algo que é essencial
para o nosso objetivo final, que deveria ser de todos os políticos, sejam eles
públicos ou privados, que é a melhora da sociedade.
Muitas vezes,
nós, sentados, criticamos os políticos - e muitas vezes com razão, muitos deles
com razão -, mas também nós, como políticos eleitos nos nossos condomínios,
também não entregamos o que deveria ser entregue.
Então, eu
gostaria que fosse feita uma reflexão, neste momento, em que, cada vez mais, o
síndico tem ganhado uma importância gigantesca, em um caminho que não tem volta,
onde ainda temos algumas cabeças, algumas lideranças do segmento que são
contrárias ao poder que o síndico profissional, principalmente, tem, o que eu
considero uma vergonha por parte dessas lideranças.
Vocês já
tomaram o lugar de vocês e, graças a Deus, o poder do condomínio está na mão de
pessoas capacitadas. A liderança do condomínio está na mão de pessoas
capacitadas. O poder é de todos os condôminos, mas vocês estão à frente, assim,
representando.
A reflexão que
eu peço para fazer é aquela da qual o Chen falou, alguma coisa sobre quando nós
adquirimos alguma relevância, talvez possamos perder o caminho. Esse caminho
pode ser perdido por ganância, por poder, por prepotência, ou por qualquer
outro pecado, capital ou não.
Mas a reflexão
que vale é que a gente não perca o grande objetivo, que é da função do síndico,
assim como dos deputados e governantes do Brasil, que é melhorar a sociedade a
qual a gente representa. E muitos de vocês representam milhares de
pessoas. Então, a reflexão é essa. Eu estou entregando o máximo possível para
essa sociedade.
Vocês mudam a
vida das pessoas que estão ali inseridas, porque vocês estão lidando com a
saúde deles, e o Covid mostrou isso, a pandemia. Vocês estão lidando com a
segurança deles, o Chen acabou de citar um caso, e nós temos invasões a
condomínios praticamente semanalmente na nossa cidade. Vocês estão lidando com
patrimônio, que a maioria deles é o único patrimônio daquela família.
A gestão de
vocês pode prejudicar, manter igual ou melhorar, sem contar com a vida dos
funcionários condominiais, o quanto vocês podem realmente interferir na vida
dessas pessoas que não tiveram muitas oportunidades, e que vocês podem
conduzi-los a oportunidades cada vez melhores.
Então, a
reflexão é essa. Não é só sobre propina. Não é só sobre ganhar dinheiro de
forma lícita ou ilícita. É sobre entregar o máximo ao qual a gente foi
designado a fazer. A hora que vocês são eleitos em um condomínio, as
pessoas têm esperanças em vocês. Eu tenho certeza de que muitos aqui já se decepcionaram
com alguns governantes. Gostaria que os condôminos não se decepcionassem com
vocês.
O Rogério me
falou agora há pouco de um condomínio que ele assumiu, que um amigo em comum
está muito satisfeito, e elogiou ele em uma reunião hoje ou ontem, não me
lembro exatamente. É isso o que nós temos. Esse é o maior pagamento que nós
temos.
Ganhar dinheiro
é muito importante, ter uma qualidade de vida é importante, mas, no fim das
contas, é a gente conseguir atingir os nossos propósitos. O propósito principal
não pode ser só a parte financeira - que é ótima, eu também gosto, todo mundo
gosta -, mas, sim, a gente entregar uma sociedade melhor, a gente garantir
segurança, a gente garantir crescimento, a gente garantir segurança também na
parte de saúde e melhorar, valorizar o patrimônio dessas pessoas que confiaram
na gente.
Eu falo no
escritório, quando tem um funcionário que está fazendo corpo mole, eu falo que,
de certa forma, ele está me roubando, porque eu estou pagando para ele o
salário para ele trabalhar ali pelo menos as 44 horas semanais. Se ele não está
trabalhando e ele está me enganando durante duas horas, não deixa de ser uma
forma de... Roubo talvez não seja a palavra certa, mas um furto do tempo ao
qual ele está designado. A reflexão é essa.
Eu gostaria
muito que - assim como o Rogério fez hoje, e assim como muitos de vocês, eu
olho aqui síndicos profissionais, muitos síndicos cinco estrelas aqui
presentes, que estão sempre se qualificando, buscando - cada vez mais me
parassem e, com um brilho no olho, falassem: eles estão muito satisfeitos com o
meu trabalho.
Eles realmente
estão felizes e eu fui reeleito no condomínio, porque eles estão gostando.
Eu sou um político privado que entrega. E aí a gente pode dormir tranquilo,
feliz, com dinheiro no bolso, porque vocês merecem ser valorizados
financeiramente.
Em São Paulo
tem-se essa valorização, e vocês devem cobrar por isso, e muito bem cobrado,
mas a entrega é uma obrigação, porque as pessoas depositam na gente uma
esperança muito forte.
Muito obrigado
e parabéns a todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Falou o Sr. Ricardo Karpat, que é
especialista em formação de síndicos. Quero convidar neste momento para o seu
pronunciamento o Dr. Rodrigo Karpat, que é presidente da Comissão Especial de
Direito Condominial do Conselho Federal da OAB e de Advocacia Condominial da
OAB São Paulo.
Fique à
vontade.
O SR. RODRIGO
KARPAT - Obrigado. Boa noite a todos, deputado,
Chen, Ricardo, Guidoni, professor Álvaro e todos presentes aqui. Gostaria
de nominar, um a um, Andreza, Edilene, Carol, Fábio, Sônia, da direcional,
Rami, Nílvia, Elaine, Helena, o Karim também aí presente, Vanessa, o Savieto,
Quitéria, Marcos, Isa, Augusta, Cláudio, Kevin. É uma honra estar aqui hoje. É
sempre uma emoção.
Nós, que
fazemos de coração o que fazemos, logicamente temos o nosso propósito
comercial, e todos têm, mas é uma emoção ver esse transcorrer do tempo e nós
estamos fazendo história.
Nós estamos
construindo algo que me lembro... quando comecei em 1995 e como alguns de vocês
que brincam, que me conheceram há muito tempo, que eu ia lá com uma camisa
surrada, ia brincar na administradora do meu pai, mas é assim que a gente
começa, é assim que as coisas nascem.
Agradecer a
Deus por este momento. O deputado abraçou essa causa, uma pessoa muito séria,
muito comprometida, que tem nos ajudado e vai nos ajudar, porque nós somos a
mudança que queremos ver no mundo. E chegamos aonde acreditamos que
podemos chegar.
Aquele menino
de 17 anos sonhava em chegar lá quando muitos não acreditavam, mas, na hora que
eu acreditei em mim, eu pude fazer a diferença, assim como vocês também podem e
muitos de vocês estão fazendo. Uns começam hoje, outros já estão mais
adiantados, mas é essa a batalha, é esse esforço que faz a diferença.
Eu anotei
algumas coisas importantes que eu não queria deixar de esquecer, que traz...
Primeiro, esqueci, já tinha esquecido de agradecer ao meu grande amigo Fábio
Hanada, que não mede esforços para estar comigo. Ele está aí, não é? Já foi
embora. Cadê ele? Levante a mão. Agradecer à minha sócia, Débora Batista,
e agradecer a todos vocês que têm feito do condomínio uma bandeira.
Esta é uma Casa
do Poder Legislativo, aqui as leis são elaboradas e direcionadas para serem
cumpridas conforme o processo legislativo. Leis como a do combate da violência
doméstica, a obrigatoriedade do uso de capacetes em estabelecimentos comerciais
e tantas outras surgiram aqui.
Não posso
deixar de homenagear meu pai, que sempre está comigo aqui presente. Hoje ele
não está, mas está acompanhando a gente através do canal da Alesp, e é ele que
inicia essa saga da nossa família em prol dos condomínios. Inspirou-me, inspirou
meus irmãos, nós acreditamos e aceitamos continuar essa missão desde cedo, de
tornar os condomínios locais melhores, bem administrados, mais seguros e com
eficiência.
Ao longo de
três décadas, eu venho me dedicando a essa missão que meu pai inicia na década
de 70, há quase 50 anos. Temos hoje no estado de São Paulo mais de 60 mil
condomínios, que movimentam mais de 13 bilhões de reais, o que é maior do que o
orçamento de cidades como Porto Alegre e Curitiba. Transformar a vida nesses
empreendimentos é a nossa missão. A minha, a do meu pai, a dos meus irmãos e a
de vocês.
Não escolhemos
ser síndicos. Espere aí. Não escolhemos ser síndicos, mesmo que tenhamos
essa vontade. Nós apenas nos candidatamos. Nós somos escolhidos por uma
massa que confia no discurso de fazer a diferença.
E, se fazer a
diferença muitas vezes é difícil no âmbito federal, estadual, municipal, no
nosso condomínio não é menos difícil, porém mais factível e possível de ver a
diferença em um ecossistema menor.
Se bem que nem
sempre é menor. Os nossos desafios têm aumentado, temos condomínios com
mais de quatro mil unidades, com parques dentro, hotéis, cinemas, praias com
surf e muito mais. Ao síndico do século passado, nós estamos em transformação.
Essa é a única
coisa que nunca muda, a transformação. O resto todo muda e a uma
velocidade em que a gente dizia que foguete não dava ré, mas até isso
precisamos rever. Na década de 60, os livros diziam que, se não houvesse
síndicos, o porteiro poderia acumular a função, aonde o pagamento das despesas
condominiais era trimestral. Essas são grandes transformações.
Gostaria de
parabenizar você, síndico, pelo esforço, dedicação, e essa não é apenas uma
relação comercial. Ser síndico é uma missão. E se, Roberto, a expressão
pejorativa, ser ruim... Cadê o Roberto? "Ser ruim que não ganha nem
para síndico do prédio" ainda é usada, é porque muitos não reconhecem que
ser síndico deve encher o peito de orgulho, e é para poucos.
De síndico para
síndico, eu prefiro expressões como: “Você é louco de assumir esse prédio,
cara?” “Você está mandando muito bem, vai com tudo, você tem o nosso apoio”,
e aí sim começam as mudanças. Sejamos a mudança que gostaríamos de ver no
mundo. E, quem sabe, se todos pensarmos assim, não mudamos o mundo. Ou
quem sabe uma rua, um bairro, uma cidade, quiçá um país.
Somos aquilo
que acreditamos e fazemos repetidamente, e chegamos até onde acreditamos que
podemos chegar. Quem não pode sonhar, não pode realizar. E, sim, somos
mais do que lobos solitários, mesmo que a nossa missão seja solitária, mas nós
temos uns aos outros.
Somos um bando,
um time, uma forma de pensar que se conecta. Esses eventos, essas sessões, são
importantes para lembrarmos disso, para fazermos o “network”, dividir angústias
e méritos em uma profissão desafiadora e muitas vezes frustrante, tamanho os
desafios encontrados.
Mas ressalto: é
uma missão e Deus não dá fardos maiores do que aqueles que podemos suportar.
Mas dividir faz bem, vai com tudo. Não deixe ninguém desvalorizar essa
profissão essencial para a organização social, para a paz. Somos políticos em
nossas comunidades, sem demérito, de proporção menor, mas, como formigas,
juntos fazemos a diferença. A mudança do nosso País começa pela força dos
síndicos.
Lena, Roberto,
Edmilson, Fábio... Edmilson está aí hoje? Não estou vendo Edmilson. Todos
temos os nossos desafios internos, as nossas dificuldades, os nossos monstros,
mas, ao final, somos nós com nós mesmos. Treinar os que chegam, levantar o
padrão. Não fazemos concorrentes, fazemos amigos, parceiros de luta,
e nivelar o mercado é nossa missão também.
Que sejamos
esse exército de síndicos carregando o bem, focados na conciliação, na
valorização do patrimônio. O resto será consequência, mais uma reflexão para
concluirmos. Observem os que estão bem e os que não têm condomínios. Conversem
com os dois e procurem notar as diferenças.
Cansados ou
não, nós temos uma missão. Eu, quando vou à luta, peço proteção a Deus, a força
para executar o que deve ser feito, e isso me molda na forma necessária para
atender o meu chamado. Cada um encontra a sua fórmula. Uma nunca é igual à
outra. Eu me inspiro, mas crio o meu modelo, meu jeito de ser, e isso me faz
especial no mundo. Que possamos servir de inspiração uns aos outros, que
possamos dividir para multiplicar. Fiquem com Deus.
Mais uma vez,
obrigado e feliz Dia do Síndico. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Falou o Dr. Rodrigo Karpat, que é
presidente da Comissão Especial do Direito Condominial do Conselho Federal da
OAB e de Advocacia Condominial da OAB São Paulo. Agradecemos também as palavras
de todos os membros da Mesa Diretora e convidamos, neste momento, para fazer o
uso da palavra, a advogada Mariana Guidoni.
A SRA. MARIANA
GUIDONI - Olá, boa noite a todos. Quero aqui
parabenizar e falar um oi para todos da Mesa em nome do deputado, do
Karpat. Eu venho aqui passar uma mensagem para vocês sobre acessibilidade e
inclusão. Trazer aqui um lembrete de que temos muito o que melhorar nesse
assunto aqui. Eu, como advogada de condomínio, como pessoa com deficiência,
preciso deixar aqui com vocês a mensagem de que temos muito o que fazer aqui em
São Paulo, no Brasil e no mundo. Nossos condomínios precisam de mais
assistência.
A gente precisa
pensar - vocês, como síndicos, cada um dentro da sua comunidade condominial -,
precisa refletir, fazer enquete e pesquisar ali “quais deficiências eu tenho
aqui? O que eu posso fazer?” e perguntar para a pessoa que está ali com a
deficiência: "O que eu posso fazer para trazer melhoria para o seu dia a
dia? Trazer aí um bem-estar e te acolher de verdade no meio do
condomínio?".
A gente tem que
pensar, se você não tem uma deficiência ou não tem alguém na sua família com
uma deficiência, a gente tem que pensar que podemos vir a ter uma deficiência
um dia, ninguém está livre disso. Assim como não falo só sobre a deficiência,
falo sobre a inclusão dos idosos, que todos aqui, espero eu que a gente um dia
vire um idoso e tenha ali o acolhimento em nosso lar.
Nós temos a
missão de conversar cada um com seus condôminos. Converse, acolha, acolha os
autistas, procure integrar todo mundo, vire, veja. Tem questões aí de
aplicativos para tradução em libras, tem um monte de coisas, várias, várias,
várias coisas que vocês podem fazer.
Parabéns pelo
dia de vocês, parabéns por serem tão importantes para a nossa sociedade, por
serem tão importantes para cada um que hoje mora em condomínio, ou, se não
mora, tem algum relacionamento, porque hoje em dia é impossível a gente não
ter, nenhum de nós, uma relação com algum condomínio, com algum condômino,
enfim.
Parabéns a
todos, muito obrigada pela palavra. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Nosso agradecimento pelas palavras e
reflexão da advogada Mariana Guidoni. Antes de passarmos adiante, eu gostaria
de saber se o nosso Dr. Rodrigo Karpat gostaria de fazer as suas considerações.
Mais alguma consideração?
O SR. RODRIGO
KARPAT - Acho que podemos seguir, obrigado.
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Muito bem. Quero agradecer mais uma
vez as palavras, e nós, neste momento, assistiremos a um vídeo em homenagem ao
Dia do Síndico.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Assistimos
então ao vídeo em homenagem ao Dia do Síndico. Eu sei que vocês já bateram
palma, mas eu quero aqui quebrar o protocolo e pedir para que vocês se
aplaudam, hoje é o dia em que é comemorado. Parabéns a todos vocês pelo
trabalho, pela dedicação. (Palmas.)
Antes de
seguirmos, eu quero também passar a palavra ao nosso deputado Altair Moraes,
para que faça também as suas considerações. Deputado, fique à vontade.
O SR.
PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Gente, hoje é
festa. É festa, pô! Não é? É festa, é o teu dia. Vamos alegrar o negócio
aqui. Gente, vejam bem como é legal uma coisa que eu estava pensando ali.
Tem aqui, Van? Me dá aqui. Não tem? Folha de sulfite, não tem? Alguém tem
uma folha de sulfite? Essa aí está clara. Obrigado, Van. Vanessa foi
síndica também, não foi? Ficou dez anos. Trabalha comigo. (Palmas.) Olhe
aí.
A Vanessa é
minha assessora de imprensa. Por isso que eu abracei também a causa, porque a
gente conversa muito. Eu converso muito com a Vanessa. Trabalha comigo há um
bom tempo, não é, Vanessa? Trabalha muito com a nossa parte de mídia e
tal, e a Vanessa foi síndica por dez anos.
Aí a gente
trocando ideia: “Vem cá, Vanessa, como é ser síndico?” E ela: “É uma
guerra, deputado, porque tem o chato do condomínio, que você tem que estar
assim. É o chato, tem o chato. Tem o simpático demais. Você tem que
entender todo mundo. Tem o fantasma. Fantasma tem. Aquele que nunca
aparece, não paga também. E aí é uma guerra para você equilibrar tudo
isso, não é?”
Eu, conversando
com a Vanessa sobre isso: "É, deputado". Eu falei: "Tem um
fantasma?". Ela: "Fantasma é aquele cara que não aparece, nem
paga". Falou: "Ah, tem muito". Falei: "Pois é, e vocês
têm que fazer um malabarismo ali grande e conversar com todo mundo e tentar
fazer o que realmente precisa".
Mas vocês, os
síndicos, cuidam da célula mater da sociedade, que é a família. Uma vez,
uma senhora, uma síndica... Eu morava em um prédio. Não era aqui, era no nordeste.
Apesar do meu sotaque europeu, sou nordestino, sou pernambucano. Muita
gente confunde meu sotaque. Eu estava lá e eu tinha um cachorro, Jake. Jake
latia para caramba. Um golden, só Deus.
E aí uma
senhora, que era síndica do prédio, veio falar comigo. Falou: "Tudo bem,
senhor?". Eu disse: "Tudo bem, boa noite". Mas ela foi tão
grossa naquele dia. "Você devia tomar cuidado do seu
cachorro." Falei: "É, senhora?" "É. Seu cachorro está
latindo". "A senhora paga um professor para ensinar ele a
falar. Aí, quando ele falar, está tudo certo, não tem problema. Eu
não tenho condições ainda".
Depois de um
tempo, essa senhora saiu, a gente conseguiu dar um jeito no cachorro, deixar no
lugar, e veio outra pessoa que foi eleita síndica. Uma bênção, uma
maravilha de pessoa. E falou: "Eu já sei que o senhor tem um cachorro que
late demais, não é?". Com ela, eu não tive coragem de responder que ela
tinha que contratar um professor para ensinar ele a falar, porque ela foi muito
simpática.
Eu falei:
"É, querida, eu já estou dando um jeitinho. Quando eu sair agora, eu vou
deixá-lo em um lugar. Já vi uma pessoa para passear mais, que eu não tenho
esse tempo todo. Ele fica estressado". O golden é grande, aquele bichão
grandão, e fica em casa e tal. E aí a gente conseguiu dar um jeito.
Mas você vê,
olhe a diferença de um para o outro. Um com muito jeito, uma senhora com
muito jeito, com muito carinho. Porque nós somos seres humanos, a gente...
bateu, levou.
Então, vem com
muita coisa e não dá, e sendo nordestino não dá para ficar calado. Mas
essa importância, que eu aprendi muito com a Vanessa, eu falei também com o
Rodrigo, quero falar sobre isso, e mostrar algo para vocês que eu acho que é
muito interessante.
A vida de todo
mundo é isso aqui, uma página em branco. A minha vida, a sua, de todo mundo
nasceu assim. E aí você começa a trabalhar com a empresa do pai, seu
Gabriel, é isso? Seu Gabriel, por favor, da próxima vez eu quero o senhor aqui.
Nada de ficar em casa, tomando um cafezinho, e a gente aqui. Não, o senhor
vem para cá. Convida o homem. Ele está aqui, o patriarca.
Então,
seu Gabriel, o senhor está nos assistindo agora, vem para cá, está cheio de
gente bonita aqui. Dá para mostrar a câmera aí? Mostre a galera aí. Olhe
como está bonito isso aqui, seu Gabriel. Olhe aí, levantem a mão aí,
gente. Dá um tchau para ele. Está vendo? Olhe o que o senhor está
perdendo. Fora o cafezinho, a coxinha que eu comi ali em cima. Está por
fora. Aí você vê.
Eu fiz questão
de ficar e falar com vocês, porque o governador do estado ligou para a gente na
sexta-feira, e vai ter jantar hoje no Palácio. E eu sou o líder do partido do
governador, eu sou o líder do Republicanos.
O governador:
"Não, vamos fazer um jantar hoje com a base do Governo e com os líderes e
tal". Eu fui convidado na sexta-feira. Falou: "Altair, é
segunda-feira às sete da noite". Falei: "Pelo amor de Deus, o
senhor está de brincadeira". "Não, é porque só tem segunda, porque
não sei o quê, não sei o quê."
Falei:
"Não vai dar para ir." "Não dá para ir?" "Não,
porque eu tenho uma sessão solene com os síndicos e eu não vou abrir mão disso,
porque é um compromisso feito, firmado." Ele: "Poxa, Altair, mas tem
como colocar alguém, outro deputado?" Eu falei: "Não vou dar para
outro. Sou eu, fui eu que fiz. Eu quero ter o prazer de estar com eles e
dizer para vocês, muito bem-vindos a esta Casa de Leis".
É muito
importante a gente fazer um trabalho público-privado, a gente entender melhor
sobre tudo o que precisa ser refeito. Eu entendo que muitos ajustes
precisam ser feitos, especialmente no Código Civil, porque a gente está falando
da década de 1970, e muita coisa evoluiu de 1970 para cá, não é? E a gente
precisa fazer muito ajuste.
Eu quero que
vocês tenham aqui, com o deputado Altair Moraes, um parceiro, uma pessoa que
está aqui no térreo 53, que é o nosso gabinete, aberto e com prazer para
atender a todos.
Se tiver
ideias, o que precisar trazer para a gente absorver isso, está aqui, térreo 53,
é só ir lá. Tem um cappuccino, não vou te cobrar nada, você vai tomar com a
gente. Então, vai, traz, conversa.
Estava
conversando com o Gabriel, ele falou uma coisa muito interessante sobre um
projeto de lei que já existe aqui na Casa, não é isso? Há muito tempo, há
muito tempo, e que a gente vai resgatar esse projeto. Fala sobre?
O SR. GABRIEL -
Autovistoria nos condomínios, para a gente trabalhar a segurança deles
novamente.
O SR.
PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Exatamente. É
muito importante isso, a autovistoria no condomínio. Entrou um projeto que está
empancado aqui na Casa há mais de oito anos. Eu não sabia, está vendo? Por
isso que é bom a gente conversar, trocar ideias. Eu não sabia, ele falou, é
mesmo, já mandei um pessoal da assessoria, já estão levantando de quem é tudo,
e eu vou pegar esse projeto para mim, porque parece que o deputado que foi
proponente nem está mais na Casa. Então, já que ele não está e eu
estou, a gente troca, não é? Então, é importante a gente trocar essa ideia, a
gente saber disso.
Mas vamos falar
de casa e de condomínio. A gente não tinha nada, ok? E a gente trabalhou,
lutou, se esforçou, se esmerou para ter uma casinha. Com muita luta, com muita
guerra, a gente conseguiu ter uma casinha para morar, graças a Deus, que nos
fortaleceu e nos deu força.
Agora, você já
mora em uma casinha. E a gente não tinha nada. Depois de um grande tempo, a
gente trabalha mais, luta mais, se esforça mais, para ter algo melhor, porque é
natural do ser humano querer crescer, desenvolver, e tem que fazer isso com
muita luta, com muita batalha. A gente faz isso, Deus ajuda, e a gente vai lá,
consegue morar em uma casa melhor e maior.
Essa casa
cresceu. Melhorou, não melhorou? Cresceu, e a gente não tinha nada. E,
dentro dessa casa, nós temos uma família. A sua família, a minha família, a
gente tem dentro dessa casa uma família feliz, abençoada, que Deus fez através
da nossa força, do nosso esforço. E daqui a um tempo, você diz assim: "Mas
eu queria um carro para passear, eu queria algo legal". E você se
esforça, trabalha, se esmera.
Estou falando
aqui de trabalho, de luta e de confiança em Deus. Bom, aí você luta, você
trabalha, se esforça, e você compra um belíssimo de um carro. Agora, meu
filho, vamos passear com a família, que é justo. O trabalhador é digno do seu
salário. Trabalhou, se esforçou, se esmerou, está lá, andando de carro, tudo
bacana, tudo legal.
E aí você diz
assim: "Mas eu queria agora conhecer o mundo, queria ir lá para
Israel", para aquela terra maravilhosa, que eu já fui umas cinco vezes e
quero ir de novo. Então, eu quero conhecer o mundo, eu quero sair,
passear, e é bom, não é? O que é que eu vou fazer? Trabalhar, pedir forças a
Deus, porque é Ele que nos fortalece, Ele que nos sustenta.
E aí, daqui a
um tempo, meu irmão, aquela vidinha que não era nada, conquistou tanta coisa, e
já está aqui: "Atenção, senhores passageiros, um voo marcado aqui para um
dos lugares mais bonitos do mundo, chamado Porto de Galinhas, lá em Recife,
Pernambuco". Minha terra. Aí você vai lá, conhece o mundo todo, leva
a sua família. E a gente começou sem nada.
Eu fico
pensando na sua família, seu pai. Como vocês começaram? Sem nada. E tudo isso
que eu falei da casa, da família, das viagens, de tudo, é digno de ter isso,
porque vocês trabalharam para isso, e Deus deu força para vocês.
Mas a gente tem
que vigiar, gente, tomar muito cuidado, porque, com o passar do tempo, a gente
vai esquecendo de tudo isso. A gente se sente orgulhoso, prepotente, se acha
melhor que os outros, e a gente começa a desprezar o começo, o início.
Não despreze o
início. Não despreze o começo. Eu sou casado há 32 anos com a mesma
mulher, graças a Deus, e ela começou comigo em uma guerra bandida. É injusto eu
ter outra mulher porque eu deixei de valorizar o meu início. Ela começou
comigo, cavando o poço, ela tem direito de beber da água. Então, a gente tem
que valorizar cada passo, cada história, cada conquista.
Só que, com o
passar do tempo, a gente vai se afastando dos nossos princípios. Alguns
vão se perdendo. Alguns vão entendendo que já é alguma coisa a mais, que está
muito forte, que não precisa de mais nada.
E, com o tempo,
ele perde a família, perde a força, perde o lar, perde a dignidade e, depois,
tudo aquilo que você tem não faz mais sentido nenhum. Tudo se acaba,
porque nós não podemos esquecer que tudo o que nós temos, todas as nossas
conquistas, tudo vem de um único lugar, do nosso Deus.
Que Deus abençoe
todos vocês, e é daqui que sai a nossa força. (Palmas.) É isso
aqui. É o nosso Deus, o nosso trabalho, a nossa força que nos dá tudo. Não
vamos esquecer o início das coisas. Então, parabéns para toda a
família. Parabéns para esse senhor simpático que está do outro lado, que
abandonou a gente. Mas, ó, vem aí, hein? A gente está te esperando.
Muito obrigado,
mais uma vez, por vocês estarem aqui nesta Casa de Leis. Meu nome é
deputado Altair Moraes. Caso queira seguir a gente nas redes sociais, eu estou
aí. Você pode seguir, conhecer melhor o nosso trabalho. Eu faço o
jornalismo também na Rede Record de Televisão, no "Cidade Alerta".
Não sei se alguém aqui assiste. Ah, tem pessoas lá em cima que assistem, não
é?
Então, eu faço
o Altair, que é uma entrada que nós fazemos como repórter policial, e fazemos
um trabalho de combate ao crime e à criminalidade aqui no estado de São Paulo.
A gente leva isso muito a sério, porque bandido aqui não pode se criar. Que
Deus abençoe.
Obrigado a
todos. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Que aula. Muito obrigado ao nosso
deputado Altair Moraes, pelas palavras e reflexão. Temos mais uma
palavra. Eu quero convidar agora, neste momento, o professor da PUC,
Álvaro Gonzaga, para um pronunciamento.
Por favor,
professor, fique à vontade.
O SR. ÁLVARO
GONZAGA - Boa noite a todos. Primeiro, uma
alegria estar aqui com vocês. Eu gostaria de iniciar essa fala rapidamente,
elogiando o deputado Altair Moraes, não só pela brilhante fala, mas pela
abertura da fala com relação à preocupação legislativa. Eu sou professor
de direito, então me preocupo muito com isso.
Eu gostaria de
dizer que a fala do deputado me lembra muito o que o Confúcio, que é um
filósofo chinês, diz: "tolo é aquele que aponta uma estrela e olha para o
seu dedo". Então, veja só, por si só, este evento já faria todo
sentido, deputado.
Mas não, já há
preocupação em pensar o Código Civil, escrito há mais de 50 anos, com normas
que merecem revisão, em especial por essa sociedade complexa. Se nós formos
analisar, o Google praticamente não existia quando o Código Civil de 2002
apareceu. Então, a gente precisa pensar um pouco a respeito disso. O dia de
hoje é um dia de festa, um dia de reflexão e um dia de pensar como serão os
próximos aniversários.
Eu gostaria de
fazer algumas intersecções aqui relacionadas ao Dia do Síndico. A primeira
é no campo filosófico. De onde surge o termo síndico? Essa palavra tem
origem no grego de "syndikós", que significa "o que ajuda em um
tribunal".
Então, lá na
Grécia, aquele que ajudava em um tribunal chamava-se síndico. Ao longo da
história, o tempo vai trazer diferentes significados, mas, geralmente,
designava uma função pública ou privada de caráter administrativo e
representativo.
No campo
jurídico, a necessidade de o síndico perceber todas essas mudanças e a
necessidade do profissionalismo. No campo sociológico, essa vida complexa que
nós somos postos nos dias de hoje. Toda a tecnologia, os modelos de
condomínios, a complexidade de pessoas que nos levam ao profissionalismo.
O
profissionalismo é algo que merece destaque a cada um de vocês nesse
aprimoramento. Não há mais espaço para uma candidatura de síndico que não tenha
profissionalismo. No campo político, os conflitos, porque você nunca faz
amizade. Você, quando entra em uma reunião de condomínio, diz sim para
metade e agrada essa metade, e não para outra metade. O próximo assunto da
pauta: aqueles que lhe amavam vão lhe odiar, porque você vai dizer não a
eles.
É saber lidar
com todos esses conflitos. Por quê? Porque aqui não é uma questão de
política. Em um condomínio vão ter pessoas de uma matriz política e de outra
matriz política.
Aí tem gente
querendo colocar bandeira na sacada, gente querendo tirar a bandeira da sacada.
Qual é a cor da bandeira? Que bandeira é? É irrelevante, você é o síndico.
E vai ter que dizer pode ou não pode. E as pessoas, muitas vezes, vão querer
politizar aquilo que não pode ser político.
Mas você tem
que ser político. Ou seja, você foi eleito no âmbito privado para poder tomar
decisões. No campo esotérico, vocês são escorpianos. Não sei se vocês já
repararam, o signo de vocês é escorpião como síndico, mas claro, com ascendente
no seu signo como pessoa, sensitivo, hábil e inteligente.
No campo
publicitário, eu, como sou advogado, o querido Rodrigo também é advogado, não
sei se vocês se lembram que existia um adesivo que dizia: "sem advogado
não se faz justiça".
Vocês podiam
pensar um adesivo que "sem síndico não há convivência, sem síndico não há
harmonia". Portanto, vocês, não só síndicos, são maestros de espaços que
merecem pessoas profissionais, como todos vocês.
Meus parabéns a
cada um de vocês.
Muito obrigado
e uma boa noite. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Essas foram as palavras do professor
da PUC, Álvaro Gonzaga. Vamos dar segmento à nossa sessão solene. Queremos
ouvir neste momento uma saudação do síndico Roberto Moura, que, após a sua
fala, entregará uma placa para os síndicos presentes que representarão a
categoria. (Palmas.)
O SR. ROBERTO
MOURA - Bem, pessoal, boa noite a todos. É uma
honra estar aqui. Primeiramente, agradecer ao Dr. Rodrigo pelas belas palavras
que a gente tem ouvido aqui. Na realidade, eu gostaria mesmo de
parabenizar muitos amigos e pessoas que eu conheço aqui, que sabem da
trajetória da luta diária de um síndico.
Ouvir essas
palavras, ouvir a eficiência, o deputado, vendo como ele se pronuncia, o quanto
ele defende a classe, ver a necessidade da mudança daquilo que a gente vê, ver
empresas envolvidas e com vontade de fazer a diferença, mesmo não pensando só
no financeiro e pensando em melhorar a vida de todos. Isso é muito
importante.
Mas, mais do
que isso, parabenizar cada um de vocês e saber da dificuldade que é ser
síndico, estar como síndico e, cada dia, a gente poder ouvir o que a gente ouve
aqui e ouviu à noite.
E saber que
tudo isso que a gente acaba ouvindo acaba nos incentivando a continuar na luta
e fazer com que a gente cresça a cada dia. E pensando, sim, Dr. Rodrigo, a
sempre pensar no melhor, fazer o melhor, pensar em evoluir e criar algo que faça
sentido para todos nós, a todos os condomínios. A ideia é essa.
Muito obrigado
a todos. E, agora, a gente vai aqui homenagear alguns síndicos. O ideal seria
homenagear todos eles, todos vocês, mas não dá, porque senão a gente ia ficar a
noite inteira aqui. Mas eu gostaria de chamar a Ana Pacheco.
(Palmas.) André Rocha. (Palmas.) Bruna Martins. (Palmas.) Emerson
Santana. (Palmas.) Lena Mota. (Palmas.) E Roger Próspero. (Palmas.)
* * *
- São entregues
as homenagens.
* * *
Bem, pessoal, e
como que não faltava o mestre de tudo isso? Porque eu acho que, com a
representação e tudo aquilo que ele representa para cada um de nós, na parte de
direito condominial, em administração das próprias empresas e daquilo que ele
tem agregado na nossa vida na parte de direito condominial, ao Dr. Rodrigo
Karpat, a gente não poderia deixar de representá-lo.
* * *
- É entregue a
homenagem.
* * *
Obrigado,
pessoal. Obrigado a todos.
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Todos os nossos cumprimentos aos
homenageados da noite, que são representados por vocês que estão aí nos
assistindo. Bem, quero dar um recado importante a vocês.
Nós informamos
que todos os síndicos que estão aqui presentes serão homenageados por meio de
certificado, após o término desta sessão, no Salão dos Espelhos, e ainda
teremos um sorteio de brindes. Dado o recado, eu quero passar a palavra, neste
momento, ao nosso deputado Altair Moraes.
O SR.
PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Bom, já falei
demais, e agora a gente vai ter que encerrar a sessão. Mas, mais uma vez, muito
obrigado por vocês estarem aqui nesta Casa de Leis. Aqui é a Casa do povo, é a
Casa que acolhe a todos, independentemente de ideologia, de pensamentos.
Nós podemos ter
divergências, podemos ter pensamentos contrários e podemos ter adversários
políticos, mas nunca inimigos, porque todos somos humanos e precisamos estar
juntos. Então, muito obrigado pela presença de todos vocês.
Esgotado o
objeto da presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização
desta solenidade, assim como agradeço a presença de todos, em especial vocês,
os síndicos. (Palmas.) E muito, muito, muito feliz de vocês estarem aqui.
Parabéns, curtam, é um dia de festa, vocês merecem.
Está encerrada a
nossa sessão.
Muito obrigado,
gente.
O SR. MESTRE DE
CERIMÔNIAS - Não esqueçam, nós temos ainda o
sorteio, tem também o certificado que será entregue ali no Salão. Muito
obrigado a todos pela presença.
* * *
- Encerra-se a
sessão às 21 horas e 11 minutos.
* * *