11 DE NOVEMBRO DE 2024

76ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO DIA DO SÍNDICO

        

Presidência: ALTAIR MORAES

        

RESUMO

        

1 - ALTAIR MORAES

Assume a Presidência e reabre a sessão às 20h05min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

3 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente solenidade para "Comemoração do Dia do Síndico", por solicitação deste deputado. Ressalta a relevância da categoria para a sociedade.

        

4 - CHEN GILAD

CEO da Haganá, faz pronunciamento.

        

5 - RICARDO KARPAT

Especialista em formação de síndicos, faz pronunciamento.

        

6 - RODRIGO KARPAT

Presidente da Comissão Especial de Direito Condominial do Conselho Federal da OAB e de Advocacia Condominial da OAB/SP, faz pronunciamento.

        

7 - MARIANA GUIDONI

Advogada, faz pronunciamento.

        

8 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo em homenagem ao Dia do Síndico.

        

9 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES

Discorre a respeito da importância do síndico para a sociedade. Defende projeto referente à autovistoria nos condomínios.

        

10 - ÁLVARO GONZAGA

Professor de Direito na PUC, faz pronunciamento.

        

11 - ROBERTO MOURA

Síndico, faz pronunciamento.

        

12 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a entrega de homenagens a síndicos.

        

13 - PRESIDENTE ALTAIR MORAES

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h11min.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Altair Moraes.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de comemorar o Dia do Síndico. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal Alesp no YouTube.

Convido para que componha a Mesa Diretora neste momento o deputado estadual Altair Moraes, proponente e presidente desta sessão solene. (Palmas.) O Dr. Rodrigo Karpat, presidente da Comissão Especial de Direito Condominial do Conselho Federal da OAB e de Advocacia Condominial da OAB São Paulo. (Palmas.) Também o Sr. Ricardo Karpat, que é especialista em formação de síndicos. (Palmas.) E o senhor Chen Gilad, que é CEO da Haganá. (Palmas.)

Convido todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro primeiro-sargento da PM, Ivan Berg.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

Agradecemos à Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro primeiro sargento da PM, Ivan Berg, pela execução do Hino Nacional Brasileiro. Muito bem.

Neste momento, passo a palavra ao proponente desta sessão solene, o deputado estadual Altair Moraes.

 

O SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Boa noite a todos. Boa noite. Não vou dizer todas, porque é redundante, e não vou dizer todes, porque é ridículo. Então, boa noite a todos, está bom? Boa noite a todos. (Palmas.) Vamos, no mínimo, falar o português correto, não é, gente? Pelo amor de Deus. Pessoal, muito prazer estar com vocês aqui.

A gente está abrindo aqui esta sessão, e eu vou, logo mais, cumprimentar todos, mas tem um rito que a gente tem que seguir. Iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo a minha solicitação, com a finalidade de comemorar o Dia do Síndico.

Bom, agora eu posso falar. Eu quero aqui agradecer ao Dr. Fábio Hanada, ao Ricardo Karpat, que está aqui conosco, ao professor Álvaro Gonzaga, ao Chen Gilad, que está aqui, o senhor da Haganá. Só gente bonita. Doutora Mariana. Guidoni, é isso? É isso mesmo? Rapaz, só nome importado, não é? Bonita. O meu é Moraes Oliveira, só (Inaudível.).

Os membros da OAB de São Paulo que vieram, síndicos e advogados, Dr. Rodrigo Karpat, presidente da Comissão Especial de Direito Condominial do Conselho Federal da OAB e Advocacia do Estado de São Paulo. Parabéns, Rodrigo, por estar com a gente aqui mais uma vez. É um prazer estar com vocês aqui, de verdade, vocês sabem disso.

Gente, em poucas palavras, eu me sinto muito à vontade para realizar esta sessão, Ricardo, até porque nós começamos há três anos, três anos, um bom relacionamento com os senhores, porque nós entendemos da importância, realmente, do síndico.

Uma pessoa me perguntou agora, aqui na entrevista, disse assim: "deputado, o que o senhor acha que é o síndico?". O síndico é um parlamentar, é um político. Ele tem que passar por votação e tem que prestar conta do trabalho que ele faz.

Ele também é um político, além de tudo, além de psicólogo, além de uma série de coisas. Então, eu me sinto muito à vontade e agradeço a todos, eu tenho mais a agradecer a todos por estarem aqui. Eu sei da importância que um síndico tem em um prédio, eu sei da importância que vocês têm para os condomínios e fico muito à vontade para falar isso aqui. 

Nós tivemos aqui um projeto de lei, eu acho que eu falei da outra vez, mas alguns não estavam, que estava tramitando aqui na Casa, pronto para passar, e com a sensibilidade que a gente teve ali no momento.

Por exemplo, o projeto de lei fazia o seguinte: ele dizia que era obrigado em todos os condomínios, todos os prédios que têm piscina, ter no mínimo quatro salva-vidas, para revezar, oito por oito. Aí eu pensei no meu prédio, que não vai ninguém na piscina, e fiquei pensando no gasto que eu ia ter também. Então, eu pedi vista do projeto e falei: "Não, não é justo".

Imagine, todos os condomínios terem que contratar quatro salva-vidas durante o dia, porque tem que revezar de oito em oito horas, e o quanto vai ficar dispendioso para aquela pessoa que mora ali. É lógico que isso é um custo, e um custo muito alto. Aí você diz assim: "ah, mas você não está preocupado com a segurança no condomínio?". 

Estou preocupado, mas a segurança do meu filho quem tem que fazer sou eu, eu que sou responsável por ele. Eu que sou responsável pelo meu netinho - apesar de 20 anos de idade, eu tenho neto. Então quem é responsável sou eu. Se eu descer com os meus netinhos para a piscina, eu que tenho que ficar de olho ali.

Eu até entendo que tem alguns condomínios que têm alguém aos domingos, aos sábados, que tem mais crianças ali brincando e tal. Agora, a gente criar um projeto de lei que vai onerar, que vai ficar muito pesado, muito difícil isso ser obrigado, imposto, não acho isso justo. Isso aí cabe a cada condomínio querer fazer essa decisão e cada pessoa que vai morar entender se precisa de salva-vidas ali ou não, isso aí fica a critério de cada condomínio. 

Então, não achei justo a gente ter que fazer um projeto de lei para isso, até porque onera demais, e a gente conseguiu, graças a Deus, o Rodrigo sabe muito bem, o Ricardo também acompanhou aqui com a gente, a gente conseguiu pedir vistas e barrar o projeto aqui. Não passou. 

Então a importância de a gente ter pessoas com olhar atento aos mínimos detalhes, porque uma coisa tão simples estava para ser aprovado. Todas as pessoas: "Ah não, acho legal, isso justo, é verdade, vamos cuidar das crianças, vamos cuidar de todo mundo, não sei o que, ninguém pode morrer". É, filho, agora quem vai pagar o pato?

Veja bem, tem quem venda o pato, ok? Tem quem venda o pato sem ter o pato, sabia? E tem o que paga o pato. Não é justo. A gente conseguiu tirar isso e graças a Deus a gente matou aqui, como a gente fala, matar no ninho, não é?

Nós conseguimos matar no ninho aqui esse projeto e não passou. Então, muitas vezes não é um projeto que foi feito, mas é um projeto que deixou de ser feito para prejudicar. Isso é importante vocês saberem, está bom? 

Agradeço à minha amiga que está filmando ali pelo voto que ela deu a mim, Deus te abençoe, muito obrigado. Conversando aqui com eles, eu acho que é importante a gente ajustar muitas coisas que precisam ser feitas, inclusive com a mão desses homens que conhecem melhor, que têm mais ideias, que podem trazer projetos de leis que a gente pode ficar muito à vontade para tocar aqui a nível de estado e a nível de Brasil, tá certo, gente? Então muito bem-vindos vocês, muito obrigado, que seja uma sessão solene de festa, porque é dia de aniversário, não é? Então de festa, de alegria, está certo?

Muito obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nosso agradecimento ao deputado Altair Moraes pelas suas palavras de abertura, pelo seu discurso. Agora, neste momento, eu quero passar a palavra para o Chen Gilad, que é CEO da Haganá.

 

O SR. CHEN GILAD - Boa noite a todos, muito obrigado por estarem aqui, por existirem essa figura tão especial para todos nós que estamos aqui. Boa noite aos membros da Mesa, é uma honra estar aqui de novo, deputado Altair. Cada ano estamos realmente dando um upgrade.

Eu acho que isso, sem dúvida nenhuma, faz jus também ao síndico profissional que a cada ano que passa dá um upgrade também, está se profissionalizando, está se capacitando, e eu fico feliz de fazer parte dessa realidade, me capacitando junto, porque, sem dúvida nenhuma, os condomínios de São Paulo merecem que a gente se capacite. Eles merecem a gente e, sem dúvida nenhuma, a gente os merece também. 

O que mais me deixa feliz desse reconhecimento do setor público é perceber que a cada ano que passa realmente tem uma sinergia maior entre o público e o privado, uma sinergia que é capaz de realmente trazer um novo patamar, no meu caso - vou falar desse assunto - para a segurança dos nossos condomínios, mas eu não tenho dúvida de que em outras áreas também.

Essa união de forças, sem dúvida nenhuma, é capaz de multiplicar os investimentos que cada um faz, e que não são feitos à toa, eles realmente vão ser aproveitados e multiplicados para aumentar a nossa segurança.

Isso é verdade não só aqui no Brasil. A gente pensa que não, mas em todos os países - seja nos Estados Unidos, seja na Europa - o investimento privado é fundamental também para que o setor público possa se especializar naquilo que ele tem que ser especializado, e é muito claro essa linha do que é privado e o que é público e, sem dúvida nenhuma, se cada um fizer a sua parte, vamos atingir os nossos objetivos. 

Hoje é um belo exemplo disso, como cada vez mais ganhamos uma relevância, e eu vejo que isso também é verdade para os investimentos em segurança. Falando em crescimento e do crescimento do síndico, como a gente tem que tomar cuidado com esse crescimento, porque à medida que a gente vai crescendo, a gente também corre o risco de perder a nossa essência e sem dúvida nenhuma que, quando vocês estão hoje, é porque vocês e nós aqui estamos buscando a nossa essência.

Continuamos buscando valorizar aqueles que estão junto com a gente, aprender junto e não esquecer de onde viemos e tudo o que a gente quer oferecer. Eu quero trazer aqui um caso que talvez vocês viram alguns dias atrás, um caso que ficou público, porque ele talvez nos choca, de invasão a um condomínio.

Era dia 2/11, sábado para o domingo, 03 horas 47 minutos da manhã, da madrugada. Chega um carro e duas pessoas, dois meninos, descem desse carro, se vestindo de uma forma que eles se confundem com os moradores daquele condomínio.

Três e quarenta e oito da madrugada eles entram no condomínio; 03 horas e 52 minutos, um dos moradores relata que alguém está batendo na porta e ele não abriu; 4 horas e 02 minutos, eles saem do condomínio.

Ou melhor, tentam sair do condomínio, porque nesse momento já se sabia que tinha algo de estranho e houve até uma luta corporal entre o porteiro do prédio e essa pessoa que entrou indevidamente. Eles acabaram saindo, porque nessa briga eles tiveram sucesso de sair. 

Antes de fazer algumas perguntas, eu vou realçar esse compromisso do público e do privado que eu acho tão importante. As câmaras do prédio flagraram tudo isso que eu relatei aqui, mas de onde eles vieram? Para onde eles foram depois dessa invasão? Será que, por mais que as câmaras do prédio não conseguiram captar placas ou pessoas, será que outros dispositivos conseguiram? 

Temos muito a percorrer ainda, é verdade, mas conhecendo já alguns projetos, e eu falo para vocês que vale a pena conhecer um dos projetos do setor público, que é o “Smart Sampa”, a gente entende para onde a gente está indo e como que essa junção de informações que hoje estão perdidas vai se transformar em uma verdadeira inteligência entre o privado e o público e vai fazer a gente alcançar os objetivos que a gente quer. 

Voltando para esse caso específico, a pergunta principal que fica: por que o porteiro deixou entrar? E a resposta, apesar de ser complexa, eu vou simplificar: porque ele nunca achou que ia acontecer, e quando você acha que uma coisa nunca vai acontecer, você relaxa. Quando você relaxa, você esquece de tudo aquilo que te ensinaram, tudo aquilo que falaram, tudo aquilo que exemplificaram, e você baixa a guarda. 

É exatamente isso que estamos fazendo aqui, é não baixando a guarda, é não achando que a gente já sabe tudo, é buscando informações. Está todo mundo aqui não só para ser homenageado como merecem, mas para reafirmar o compromisso em trazer novidades, em trazer conhecimento, nunca baixar a guarda e mostrar para os nossos condomínios que estamos olhando por eles. 

Nesse caso específico, ainda cabe a nós, como síndicos, nunca realmente deixar eles esquecerem o que pode acontecer, e a gente, como síndico, também sempre tem que estar preparado para aquilo que pode acontecer. Esse investimento que o setor público está fazendo é entendendo que temos que crescer e que vamos chegar lá.

Então, neste Dia do Síndico, quero dar os parabéns e homenagear vocês por serem indispensáveis, por serem especiais, por, com certeza, pensar que sempre pode acontecer, sempre pensar nisso e pensar em soluções, fazer merecer cada dia estarmos em um lugar melhor, nós e toda a cidade.

Muito obrigado e parabéns para vocês. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nosso agradecimento também pelas palavras ao Sr. Chen Gilad, que é CEO do Haganá. Vamos para o próximo discurso. Quero convidar, neste momento, o Ricardo Karpat, que é especialista em formação de síndico, para falar, então, fazer suas considerações.

 

O SR. RICARDO KARPAT - Boa noite, boa noite a todos. Agradecer ao deputado, agradecer ao meu irmão Rodrigo, que vem fortemente brigando por um espaço nosso, e é nosso, dos síndicos, aqui na Casa que é do povo, ou assim deveria ser; ao Chen, aos síndicos aqui presentes e todos aqui, hoje, neste momento.

Gostaria de parabenizá-los, dizer que a briga de vocês, a luta de vocês é a nossa luta, e estar aqui hoje, com essa ligação com o Poder Público, é algo que é essencial para o nosso objetivo final, que deveria ser de todos os políticos, sejam eles públicos ou privados, que é a melhora da sociedade. 

Muitas vezes, nós, sentados, criticamos os políticos - e muitas vezes com razão, muitos deles com razão -, mas também nós, como políticos eleitos nos nossos condomínios, também não entregamos o que deveria ser entregue.

Então, eu gostaria que fosse feita uma reflexão, neste momento, em que, cada vez mais, o síndico tem ganhado uma importância gigantesca, em um caminho que não tem volta, onde ainda temos algumas cabeças, algumas lideranças do segmento que são contrárias ao poder que o síndico profissional, principalmente, tem, o que eu considero uma vergonha por parte dessas lideranças. 

Vocês já tomaram o lugar de vocês e, graças a Deus, o poder do condomínio está na mão de pessoas capacitadas. A liderança do condomínio está na mão de pessoas capacitadas. O poder é de todos os condôminos, mas vocês estão à frente, assim, representando. 

A reflexão que eu peço para fazer é aquela da qual o Chen falou, alguma coisa sobre quando nós adquirimos alguma relevância, talvez possamos perder o caminho. Esse caminho pode ser perdido por ganância, por poder, por prepotência, ou por qualquer outro pecado, capital ou não. 

Mas a reflexão que vale é que a gente não perca o grande objetivo, que é da função do síndico, assim como dos deputados e governantes do Brasil, que é melhorar a sociedade a qual a gente representa. E muitos de vocês representam milhares de pessoas. Então, a reflexão é essa. Eu estou entregando o máximo possível para essa sociedade.

Vocês mudam a vida das pessoas que estão ali inseridas, porque vocês estão lidando com a saúde deles, e o Covid mostrou isso, a pandemia. Vocês estão lidando com a segurança deles, o Chen acabou de citar um caso, e nós temos invasões a condomínios praticamente semanalmente na nossa cidade. Vocês estão lidando com patrimônio, que a maioria deles é o único patrimônio daquela família. 

A gestão de vocês pode prejudicar, manter igual ou melhorar, sem contar com a vida dos funcionários condominiais, o quanto vocês podem realmente interferir na vida dessas pessoas que não tiveram muitas oportunidades, e que vocês podem conduzi-los a oportunidades cada vez melhores. 

Então, a reflexão é essa. Não é só sobre propina. Não é só sobre ganhar dinheiro de forma lícita ou ilícita. É sobre entregar o máximo ao qual a gente foi designado a fazer. A hora que vocês são eleitos em um condomínio, as pessoas têm esperanças em vocês. Eu tenho certeza de que muitos aqui já se decepcionaram com alguns governantes. Gostaria que os condôminos não se decepcionassem com vocês.

O Rogério me falou agora há pouco de um condomínio que ele assumiu, que um amigo em comum está muito satisfeito, e elogiou ele em uma reunião hoje ou ontem, não me lembro exatamente. É isso o que nós temos. Esse é o maior pagamento que nós temos.

Ganhar dinheiro é muito importante, ter uma qualidade de vida é importante, mas, no fim das contas, é a gente conseguir atingir os nossos propósitos. O propósito principal não pode ser só a parte financeira - que é ótima, eu também gosto, todo mundo gosta -, mas, sim, a gente entregar uma sociedade melhor, a gente garantir segurança, a gente garantir crescimento, a gente garantir segurança também na parte de saúde e melhorar, valorizar o patrimônio dessas pessoas que confiaram na gente.

Eu falo no escritório, quando tem um funcionário que está fazendo corpo mole, eu falo que, de certa forma, ele está me roubando, porque eu estou pagando para ele o salário para ele trabalhar ali pelo menos as 44 horas semanais. Se ele não está trabalhando e ele está me enganando durante duas horas, não deixa de ser uma forma de... Roubo talvez não seja a palavra certa, mas um furto do tempo ao qual ele está designado. A reflexão é essa.

Eu gostaria muito que - assim como o Rogério fez hoje, e assim como muitos de vocês, eu olho aqui síndicos profissionais, muitos síndicos cinco estrelas aqui presentes, que estão sempre se qualificando, buscando - cada vez mais me parassem e, com um brilho no olho, falassem: eles estão muito satisfeitos com o meu trabalho.

Eles realmente estão felizes e eu fui reeleito no condomínio, porque eles estão gostando. Eu sou um político privado que entrega. E aí a gente pode dormir tranquilo, feliz, com dinheiro no bolso, porque vocês merecem ser valorizados financeiramente.

Em São Paulo tem-se essa valorização, e vocês devem cobrar por isso, e muito bem cobrado, mas a entrega é uma obrigação, porque as pessoas depositam na gente uma esperança muito forte.

Muito obrigado e parabéns a todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Falou o Sr. Ricardo Karpat, que é especialista em formação de síndicos. Quero convidar neste momento para o seu pronunciamento o Dr. Rodrigo Karpat, que é presidente da Comissão Especial de Direito Condominial do Conselho Federal da OAB e de Advocacia Condominial da OAB São Paulo.

Fique à vontade.

 

O SR. RODRIGO KARPAT - Obrigado. Boa noite a todos, deputado, Chen, Ricardo, Guidoni, professor Álvaro e todos presentes aqui. Gostaria de nominar, um a um, Andreza, Edilene, Carol, Fábio, Sônia, da direcional, Rami, Nílvia, Elaine, Helena, o Karim também aí presente, Vanessa, o Savieto, Quitéria, Marcos, Isa, Augusta, Cláudio, Kevin. É uma honra estar aqui hoje. É sempre uma emoção.

Nós, que fazemos de coração o que fazemos, logicamente temos o nosso propósito comercial, e todos têm, mas é uma emoção ver esse transcorrer do tempo e nós estamos fazendo história.

Nós estamos construindo algo que me lembro... quando comecei em 1995 e como alguns de vocês que brincam, que me conheceram há muito tempo, que eu ia lá com uma camisa surrada, ia brincar na administradora do meu pai, mas é assim que a gente começa, é assim que as coisas nascem. 

Agradecer a Deus por este momento. O deputado abraçou essa causa, uma pessoa muito séria, muito comprometida, que tem nos ajudado e vai nos ajudar, porque nós somos a mudança que queremos ver no mundo. E chegamos aonde acreditamos que podemos chegar. 

Aquele menino de 17 anos sonhava em chegar lá quando muitos não acreditavam, mas, na hora que eu acreditei em mim, eu pude fazer a diferença, assim como vocês também podem e muitos de vocês estão fazendo. Uns começam hoje, outros já estão mais adiantados, mas é essa a batalha, é esse esforço que faz a diferença.

Eu anotei algumas coisas importantes que eu não queria deixar de esquecer, que traz... Primeiro, esqueci, já tinha esquecido de agradecer ao meu grande amigo Fábio Hanada, que não mede esforços para estar comigo. Ele está aí, não é? Já foi embora. Cadê ele? Levante a mão. Agradecer à minha sócia, Débora Batista, e agradecer a todos vocês que têm feito do condomínio uma bandeira.

Esta é uma Casa do Poder Legislativo, aqui as leis são elaboradas e direcionadas para serem cumpridas conforme o processo legislativo. Leis como a do combate da violência doméstica, a obrigatoriedade do uso de capacetes em estabelecimentos comerciais e tantas outras surgiram aqui. 

Não posso deixar de homenagear meu pai, que sempre está comigo aqui presente. Hoje ele não está, mas está acompanhando a gente através do canal da Alesp, e é ele que inicia essa saga da nossa família em prol dos condomínios. Inspirou-me, inspirou meus irmãos, nós acreditamos e aceitamos continuar essa missão desde cedo, de tornar os condomínios locais melhores, bem administrados, mais seguros e com eficiência. 

Ao longo de três décadas, eu venho me dedicando a essa missão que meu pai inicia na década de 70, há quase 50 anos. Temos hoje no estado de São Paulo mais de 60 mil condomínios, que movimentam mais de 13 bilhões de reais, o que é maior do que o orçamento de cidades como Porto Alegre e Curitiba. Transformar a vida nesses empreendimentos é a nossa missão. A minha, a do meu pai, a dos meus irmãos e a de vocês. 

Não escolhemos ser síndicos. Espere aí. Não escolhemos ser síndicos, mesmo que tenhamos essa vontade. Nós apenas nos candidatamos. Nós somos escolhidos por uma massa que confia no discurso de fazer a diferença.

E, se fazer a diferença muitas vezes é difícil no âmbito federal, estadual, municipal, no nosso condomínio não é menos difícil, porém mais factível e possível de ver a diferença em um ecossistema menor. 

Se bem que nem sempre é menor. Os nossos desafios têm aumentado, temos condomínios com mais de quatro mil unidades, com parques dentro, hotéis, cinemas, praias com surf e muito mais. Ao síndico do século passado, nós estamos em transformação.

Essa é a única coisa que nunca muda, a transformação. O resto todo muda e a uma velocidade em que a gente dizia que foguete não dava ré, mas até isso precisamos rever. Na década de 60, os livros diziam que, se não houvesse síndicos, o porteiro poderia acumular a função, aonde o pagamento das despesas condominiais era trimestral. Essas são grandes transformações. 

Gostaria de parabenizar você, síndico, pelo esforço, dedicação, e essa não é apenas uma relação comercial. Ser síndico é uma missão. E se, Roberto, a expressão pejorativa, ser ruim... Cadê o Roberto? "Ser ruim que não ganha nem para síndico do prédio" ainda é usada, é porque muitos não reconhecem que ser síndico deve encher o peito de orgulho, e é para poucos. 

De síndico para síndico, eu prefiro expressões como: “Você é louco de assumir esse prédio, cara?” “Você está mandando muito bem, vai com tudo, você tem o nosso apoio”, e aí sim começam as mudanças. Sejamos a mudança que gostaríamos de ver no mundo. E, quem sabe, se todos pensarmos assim, não mudamos o mundo. Ou quem sabe uma rua, um bairro, uma cidade, quiçá um país. 

Somos aquilo que acreditamos e fazemos repetidamente, e chegamos até onde acreditamos que podemos chegar. Quem não pode sonhar, não pode realizar. E, sim, somos mais do que lobos solitários, mesmo que a nossa missão seja solitária, mas nós temos uns aos outros.

Somos um bando, um time, uma forma de pensar que se conecta. Esses eventos, essas sessões, são importantes para lembrarmos disso, para fazermos o “network”, dividir angústias e méritos em uma profissão desafiadora e muitas vezes frustrante, tamanho os desafios encontrados. 

Mas ressalto: é uma missão e Deus não dá fardos maiores do que aqueles que podemos suportar. Mas dividir faz bem, vai com tudo. Não deixe ninguém desvalorizar essa profissão essencial para a organização social, para a paz. Somos políticos em nossas comunidades, sem demérito, de proporção menor, mas, como formigas, juntos fazemos a diferença. A mudança do nosso País começa pela força dos síndicos.

Lena, Roberto, Edmilson, Fábio... Edmilson está aí hoje? Não estou vendo Edmilson. Todos temos os nossos desafios internos, as nossas dificuldades, os nossos monstros, mas, ao final, somos nós com nós mesmos. Treinar os que chegam, levantar o padrão. Não fazemos concorrentes, fazemos amigos, parceiros de luta, e nivelar o mercado é nossa missão também. 

Que sejamos esse exército de síndicos carregando o bem, focados na conciliação, na valorização do patrimônio. O resto será consequência, mais uma reflexão para concluirmos. Observem os que estão bem e os que não têm condomínios. Conversem com os dois e procurem notar as diferenças.

Cansados ou não, nós temos uma missão. Eu, quando vou à luta, peço proteção a Deus, a força para executar o que deve ser feito, e isso me molda na forma necessária para atender o meu chamado. Cada um encontra a sua fórmula. Uma nunca é igual à outra. Eu me inspiro, mas crio o meu modelo, meu jeito de ser, e isso me faz especial no mundo. Que possamos servir de inspiração uns aos outros, que possamos dividir para multiplicar. Fiquem com Deus.

Mais uma vez, obrigado e feliz Dia do Síndico. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Falou o Dr. Rodrigo Karpat, que é presidente da Comissão Especial do Direito Condominial do Conselho Federal da OAB e de Advocacia Condominial da OAB São Paulo. Agradecemos também as palavras de todos os membros da Mesa Diretora e convidamos, neste momento, para fazer o uso da palavra, a advogada Mariana Guidoni.

 

A SRA. MARIANA GUIDONI - Olá, boa noite a todos. Quero aqui parabenizar e falar um oi para todos da Mesa em nome do deputado, do Karpat. Eu venho aqui passar uma mensagem para vocês sobre acessibilidade e inclusão. Trazer aqui um lembrete de que temos muito o que melhorar nesse assunto aqui. Eu, como advogada de condomínio, como pessoa com deficiência, preciso deixar aqui com vocês a mensagem de que temos muito o que fazer aqui em São Paulo, no Brasil e no mundo. Nossos condomínios precisam de mais assistência. 

A gente precisa pensar - vocês, como síndicos, cada um dentro da sua comunidade condominial -, precisa refletir, fazer enquete e pesquisar ali “quais deficiências eu tenho aqui? O que eu posso fazer?” e perguntar para a pessoa que está ali com a deficiência: "O que eu posso fazer para trazer melhoria para o seu dia a dia? Trazer aí um bem-estar e te acolher de verdade no meio do condomínio?".

A gente tem que pensar, se você não tem uma deficiência ou não tem alguém na sua família com uma deficiência, a gente tem que pensar que podemos vir a ter uma deficiência um dia, ninguém está livre disso. Assim como não falo só sobre a deficiência, falo sobre a inclusão dos idosos, que todos aqui, espero eu que a gente um dia vire um idoso e tenha ali o acolhimento em nosso lar.

Nós temos a missão de conversar cada um com seus condôminos. Converse, acolha, acolha os autistas, procure integrar todo mundo, vire, veja. Tem questões aí de aplicativos para tradução em libras, tem um monte de coisas, várias, várias, várias coisas que vocês podem fazer. 

Parabéns pelo dia de vocês, parabéns por serem tão importantes para a nossa sociedade, por serem tão importantes para cada um que hoje mora em condomínio, ou, se não mora, tem algum relacionamento, porque hoje em dia é impossível a gente não ter, nenhum de nós, uma relação com algum condomínio, com algum condômino, enfim.

Parabéns a todos, muito obrigada pela palavra. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nosso agradecimento pelas palavras e reflexão da advogada Mariana Guidoni. Antes de passarmos adiante, eu gostaria de saber se o nosso Dr. Rodrigo Karpat gostaria de fazer as suas considerações. Mais alguma consideração?

 

O SR. RODRIGO KARPAT - Acho que podemos seguir, obrigado.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Muito bem. Quero agradecer mais uma vez as palavras, e nós, neste momento, assistiremos a um vídeo em homenagem ao Dia do Síndico.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Assistimos então ao vídeo em homenagem ao Dia do Síndico. Eu sei que vocês já bateram palma, mas eu quero aqui quebrar o protocolo e pedir para que vocês se aplaudam, hoje é o dia em que é comemorado. Parabéns a todos vocês pelo trabalho, pela dedicação. (Palmas.)

Antes de seguirmos, eu quero também passar a palavra ao nosso deputado Altair Moraes, para que faça também as suas considerações. Deputado, fique à vontade.

 

O SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Gente, hoje é festa. É festa, pô! Não é? É festa, é o teu dia. Vamos alegrar o negócio aqui. Gente, vejam bem como é legal uma coisa que eu estava pensando ali. Tem aqui, Van? Me dá aqui. Não tem? Folha de sulfite, não tem? Alguém tem uma folha de sulfite? Essa aí está clara. Obrigado, Van. Vanessa foi síndica também, não foi? Ficou dez anos. Trabalha comigo. (Palmas.) Olhe aí. 

A Vanessa é minha assessora de imprensa. Por isso que eu abracei também a causa, porque a gente conversa muito. Eu converso muito com a Vanessa. Trabalha comigo há um bom tempo, não é, Vanessa? Trabalha muito com a nossa parte de mídia e tal, e a Vanessa foi síndica por dez anos. 

Aí a gente trocando ideia: “Vem cá, Vanessa, como é ser síndico?” E ela: “É uma guerra, deputado, porque tem o chato do condomínio, que você tem que estar assim. É o chato, tem o chato. Tem o simpático demais. Você tem que entender todo mundo. Tem o fantasma. Fantasma tem. Aquele que nunca aparece, não paga também. E aí é uma guerra para você equilibrar tudo isso, não é?” 

Eu, conversando com a Vanessa sobre isso: "É, deputado". Eu falei: "Tem um fantasma?". Ela: "Fantasma é aquele cara que não aparece, nem paga". Falou: "Ah, tem muito". Falei: "Pois é, e vocês têm que fazer um malabarismo ali grande e conversar com todo mundo e tentar fazer o que realmente precisa". 

Mas vocês, os síndicos, cuidam da célula mater da sociedade, que é a família. Uma vez, uma senhora, uma síndica... Eu morava em um prédio. Não era aqui, era no nordeste. Apesar do meu sotaque europeu, sou nordestino, sou pernambucano. Muita gente confunde meu sotaque. Eu estava lá e eu tinha um cachorro, Jake. Jake latia para caramba. Um golden, só Deus. 

E aí uma senhora, que era síndica do prédio, veio falar comigo. Falou: "Tudo bem, senhor?". Eu disse: "Tudo bem, boa noite". Mas ela foi tão grossa naquele dia. "Você devia tomar cuidado do seu cachorro." Falei: "É, senhora?" "É. Seu cachorro está latindo". "A senhora paga um professor para ensinar ele a falar. Aí, quando ele falar, está tudo certo, não tem problema. Eu não tenho condições ainda". 

Depois de um tempo, essa senhora saiu, a gente conseguiu dar um jeito no cachorro, deixar no lugar, e veio outra pessoa que foi eleita síndica. Uma bênção, uma maravilha de pessoa. E falou: "Eu já sei que o senhor tem um cachorro que late demais, não é?". Com ela, eu não tive coragem de responder que ela tinha que contratar um professor para ensinar ele a falar, porque ela foi muito simpática. 

Eu falei: "É, querida, eu já estou dando um jeitinho. Quando eu sair agora, eu vou deixá-lo em um lugar. Já vi uma pessoa para passear mais, que eu não tenho esse tempo todo. Ele fica estressado". O golden é grande, aquele bichão grandão, e fica em casa e tal. E aí a gente conseguiu dar um jeito. 

Mas você vê, olhe a diferença de um para o outro. Um com muito jeito, uma senhora com muito jeito, com muito carinho. Porque nós somos seres humanos, a gente... bateu, levou.

Então, vem com muita coisa e não dá, e sendo nordestino não dá para ficar calado. Mas essa importância, que eu aprendi muito com a Vanessa, eu falei também com o Rodrigo, quero falar sobre isso, e mostrar algo para vocês que eu acho que é muito interessante. 

A vida de todo mundo é isso aqui, uma página em branco. A minha vida, a sua, de todo mundo nasceu assim. E aí você começa a trabalhar com a empresa do pai, seu Gabriel, é isso? Seu Gabriel, por favor, da próxima vez eu quero o senhor aqui. Nada de ficar em casa, tomando um cafezinho, e a gente aqui. Não, o senhor vem para cá. Convida o homem. Ele está aqui, o patriarca.

 Então, seu Gabriel, o senhor está nos assistindo agora, vem para cá, está cheio de gente bonita aqui. Dá para mostrar a câmera aí? Mostre a galera aí. Olhe como está bonito isso aqui, seu Gabriel. Olhe aí, levantem a mão aí, gente. Dá um tchau para ele. Está vendo? Olhe o que o senhor está perdendo. Fora o cafezinho, a coxinha que eu comi ali em cima. Está por fora. Aí você vê. 

Eu fiz questão de ficar e falar com vocês, porque o governador do estado ligou para a gente na sexta-feira, e vai ter jantar hoje no Palácio. E eu sou o líder do partido do governador, eu sou o líder do Republicanos.

O governador: "Não, vamos fazer um jantar hoje com a base do Governo e com os líderes e tal". Eu fui convidado na sexta-feira. Falou: "Altair, é segunda-feira às sete da noite". Falei: "Pelo amor de Deus, o senhor está de brincadeira". "Não, é porque só tem segunda, porque não sei o quê, não sei o quê." 

Falei: "Não vai dar para ir." "Não dá para ir?" "Não, porque eu tenho uma sessão solene com os síndicos e eu não vou abrir mão disso, porque é um compromisso feito, firmado." Ele: "Poxa, Altair, mas tem como colocar alguém, outro deputado?" Eu falei: "Não vou dar para outro. Sou eu, fui eu que fiz. Eu quero ter o prazer de estar com eles e dizer para vocês, muito bem-vindos a esta Casa de Leis". 

É muito importante a gente fazer um trabalho público-privado, a gente entender melhor sobre tudo o que precisa ser refeito. Eu entendo que muitos ajustes precisam ser feitos, especialmente no Código Civil, porque a gente está falando da década de 1970, e muita coisa evoluiu de 1970 para cá, não é? E a gente precisa fazer muito ajuste. 

Eu quero que vocês tenham aqui, com o deputado Altair Moraes, um parceiro, uma pessoa que está aqui no térreo 53, que é o nosso gabinete, aberto e com prazer para atender a todos. 

Se tiver ideias, o que precisar trazer para a gente absorver isso, está aqui, térreo 53, é só ir lá. Tem um cappuccino, não vou te cobrar nada, você vai tomar com a gente. Então, vai, traz, conversa. 

Estava conversando com o Gabriel, ele falou uma coisa muito interessante sobre um projeto de lei que já existe aqui na Casa, não é isso? Há muito tempo, há muito tempo, e que a gente vai resgatar esse projeto. Fala sobre?

 

O SR. GABRIEL - Autovistoria nos condomínios, para a gente trabalhar a segurança deles novamente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Exatamente. É muito importante isso, a autovistoria no condomínio. Entrou um projeto que está empancado aqui na Casa há mais de oito anos. Eu não sabia, está vendo? Por isso que é bom a gente conversar, trocar ideias. Eu não sabia, ele falou, é mesmo, já mandei um pessoal da assessoria, já estão levantando de quem é tudo, e eu vou pegar esse projeto para mim, porque parece que o deputado que foi proponente nem está mais na Casa.  Então, já que ele não está e eu estou, a gente troca, não é? Então, é importante a gente trocar essa ideia, a gente saber disso. 

Mas vamos falar de casa e de condomínio. A gente não tinha nada, ok? E a gente trabalhou, lutou, se esforçou, se esmerou para ter uma casinha. Com muita luta, com muita guerra, a gente conseguiu ter uma casinha para morar, graças a Deus, que nos fortaleceu e nos deu força.

Agora, você já mora em uma casinha. E a gente não tinha nada. Depois de um grande tempo, a gente trabalha mais, luta mais, se esforça mais, para ter algo melhor, porque é natural do ser humano querer crescer, desenvolver, e tem que fazer isso com muita luta, com muita batalha. A gente faz isso, Deus ajuda, e a gente vai lá, consegue morar em uma casa melhor e maior. 

Essa casa cresceu. Melhorou, não melhorou? Cresceu, e a gente não tinha nada. E, dentro dessa casa, nós temos uma família. A sua família, a minha família, a gente tem dentro dessa casa uma família feliz, abençoada, que Deus fez através da nossa força, do nosso esforço. E daqui a um tempo, você diz assim: "Mas eu queria um carro para passear, eu queria algo legal". E você se esforça, trabalha, se esmera. 

Estou falando aqui de trabalho, de luta e de confiança em Deus. Bom, aí você luta, você trabalha, se esforça, e você compra um belíssimo de um carro. Agora, meu filho, vamos passear com a família, que é justo. O trabalhador é digno do seu salário. Trabalhou, se esforçou, se esmerou, está lá, andando de carro, tudo bacana, tudo legal. 

E aí você diz assim: "Mas eu queria agora conhecer o mundo, queria ir lá para Israel", para aquela terra maravilhosa, que eu já fui umas cinco vezes e quero ir de novo. Então, eu quero conhecer o mundo, eu quero sair, passear, e é bom, não é? O que é que eu vou fazer? Trabalhar, pedir forças a Deus, porque é Ele que nos fortalece, Ele que nos sustenta. 

E aí, daqui a um tempo, meu irmão, aquela vidinha que não era nada, conquistou tanta coisa, e já está aqui: "Atenção, senhores passageiros, um voo marcado aqui para um dos lugares mais bonitos do mundo, chamado Porto de Galinhas, lá em Recife, Pernambuco". Minha terra. Aí você vai lá, conhece o mundo todo, leva a sua família. E a gente começou sem nada.

Eu fico pensando na sua família, seu pai. Como vocês começaram? Sem nada. E tudo isso que eu falei da casa, da família, das viagens, de tudo, é digno de ter isso, porque vocês trabalharam para isso, e Deus deu força para vocês. 

Mas a gente tem que vigiar, gente, tomar muito cuidado, porque, com o passar do tempo, a gente vai esquecendo de tudo isso. A gente se sente orgulhoso, prepotente, se acha melhor que os outros, e a gente começa a desprezar o começo, o início. 

Não despreze o início. Não despreze o começo. Eu sou casado há 32 anos com a mesma mulher, graças a Deus, e ela começou comigo em uma guerra bandida. É injusto eu ter outra mulher porque eu deixei de valorizar o meu início. Ela começou comigo, cavando o poço, ela tem direito de beber da água. Então, a gente tem que valorizar cada passo, cada história, cada conquista. 

Só que, com o passar do tempo, a gente vai se afastando dos nossos princípios. Alguns vão se perdendo. Alguns vão entendendo que já é alguma coisa a mais, que está muito forte, que não precisa de mais nada.

E, com o tempo, ele perde a família, perde a força, perde o lar, perde a dignidade e, depois, tudo aquilo que você tem não faz mais sentido nenhum. Tudo se acaba, porque nós não podemos esquecer que tudo o que nós temos, todas as nossas conquistas, tudo vem de um único lugar, do nosso Deus. 

Que Deus abençoe todos vocês, e é daqui que sai a nossa força. (Palmas.) É isso aqui. É o nosso Deus, o nosso trabalho, a nossa força que nos dá tudo. Não vamos esquecer o início das coisas. Então, parabéns para toda a família. Parabéns para esse senhor simpático que está do outro lado, que abandonou a gente. Mas, ó, vem aí, hein? A gente está te esperando. 

Muito obrigado, mais uma vez, por vocês estarem aqui nesta Casa de Leis. Meu nome é deputado Altair Moraes. Caso queira seguir a gente nas redes sociais, eu estou aí. Você pode seguir, conhecer melhor o nosso trabalho. Eu faço o jornalismo também na Rede Record de Televisão, no "Cidade Alerta". Não sei se alguém aqui assiste. Ah, tem pessoas lá em cima que assistem, não é? 

Então, eu faço o Altair, que é uma entrada que nós fazemos como repórter policial, e fazemos um trabalho de combate ao crime e à criminalidade aqui no estado de São Paulo. A gente leva isso muito a sério, porque bandido aqui não pode se criar. Que Deus abençoe.

Obrigado a todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Que aula. Muito obrigado ao nosso deputado Altair Moraes, pelas palavras e reflexão. Temos mais uma palavra. Eu quero convidar agora, neste momento, o professor da PUC, Álvaro Gonzaga, para um pronunciamento.

Por favor, professor, fique à vontade.

 

O SR. ÁLVARO GONZAGA - Boa noite a todos. Primeiro, uma alegria estar aqui com vocês. Eu gostaria de iniciar essa fala rapidamente, elogiando o deputado Altair Moraes, não só pela brilhante fala, mas pela abertura da fala com relação à preocupação legislativa. Eu sou professor de direito, então me preocupo muito com isso. 

Eu gostaria de dizer que a fala do deputado me lembra muito o que o Confúcio, que é um filósofo chinês, diz: "tolo é aquele que aponta uma estrela e olha para o seu dedo". Então, veja só, por si só, este evento já faria todo sentido, deputado.

Mas não, já há preocupação em pensar o Código Civil, escrito há mais de 50 anos, com normas que merecem revisão, em especial por essa sociedade complexa. Se nós formos analisar, o Google praticamente não existia quando o Código Civil de 2002 apareceu. Então, a gente precisa pensar um pouco a respeito disso. O dia de hoje é um dia de festa, um dia de reflexão e um dia de pensar como serão os próximos aniversários.

Eu gostaria de fazer algumas intersecções aqui relacionadas ao Dia do Síndico. A primeira é no campo filosófico. De onde surge o termo síndico? Essa palavra tem origem no grego de "syndikós", que significa "o que ajuda em um tribunal".

Então, lá na Grécia, aquele que ajudava em um tribunal chamava-se síndico. Ao longo da história, o tempo vai trazer diferentes significados, mas, geralmente, designava uma função pública ou privada de caráter administrativo e representativo.

No campo jurídico, a necessidade de o síndico perceber todas essas mudanças e a necessidade do profissionalismo. No campo sociológico, essa vida complexa que nós somos postos nos dias de hoje. Toda a tecnologia, os modelos de condomínios, a complexidade de pessoas que nos levam ao profissionalismo.

 O profissionalismo é algo que merece destaque a cada um de vocês nesse aprimoramento. Não há mais espaço para uma candidatura de síndico que não tenha profissionalismo. No campo político, os conflitos, porque você nunca faz amizade. Você, quando entra em uma reunião de condomínio, diz sim para metade e agrada essa metade, e não para outra metade. O próximo assunto da pauta: aqueles que lhe amavam vão lhe odiar, porque você vai dizer não a eles. 

É saber lidar com todos esses conflitos. Por quê? Porque aqui não é uma questão de política. Em um condomínio vão ter pessoas de uma matriz política e de outra matriz política. 

Aí tem gente querendo colocar bandeira na sacada, gente querendo tirar a bandeira da sacada. Qual é a cor da bandeira? Que bandeira é? É irrelevante, você é o síndico. E vai ter que dizer pode ou não pode. E as pessoas, muitas vezes, vão querer politizar aquilo que não pode ser político.

Mas você tem que ser político. Ou seja, você foi eleito no âmbito privado para poder tomar decisões. No campo esotérico, vocês são escorpianos. Não sei se vocês já repararam, o signo de vocês é escorpião como síndico, mas claro, com ascendente no seu signo como pessoa, sensitivo, hábil e inteligente.

No campo publicitário, eu, como sou advogado, o querido Rodrigo também é advogado, não sei se vocês se lembram que existia um adesivo que dizia: "sem advogado não se faz justiça".

Vocês podiam pensar um adesivo que "sem síndico não há convivência, sem síndico não há harmonia". Portanto, vocês, não só síndicos, são maestros de espaços que merecem pessoas profissionais, como todos vocês.

Meus parabéns a cada um de vocês.

Muito obrigado e uma boa noite. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Essas foram as palavras do professor da PUC, Álvaro Gonzaga. Vamos dar segmento à nossa sessão solene. Queremos ouvir neste momento uma saudação do síndico Roberto Moura, que, após a sua fala, entregará uma placa para os síndicos presentes que representarão a categoria. (Palmas.)

 

O SR. ROBERTO MOURA - Bem, pessoal, boa noite a todos. É uma honra estar aqui. Primeiramente, agradecer ao Dr. Rodrigo pelas belas palavras que a gente tem ouvido aqui. Na realidade, eu gostaria mesmo de parabenizar muitos amigos e pessoas que eu conheço aqui, que sabem da trajetória da luta diária de um síndico. 

Ouvir essas palavras, ouvir a eficiência, o deputado, vendo como ele se pronuncia, o quanto ele defende a classe, ver a necessidade da mudança daquilo que a gente vê, ver empresas envolvidas e com vontade de fazer a diferença, mesmo não pensando só no financeiro e pensando em melhorar a vida de todos. Isso é muito importante. 

Mas, mais do que isso, parabenizar cada um de vocês e saber da dificuldade que é ser síndico, estar como síndico e, cada dia, a gente poder ouvir o que a gente ouve aqui e ouviu à noite. 

E saber que tudo isso que a gente acaba ouvindo acaba nos incentivando a continuar na luta e fazer com que a gente cresça a cada dia. E pensando, sim, Dr. Rodrigo, a sempre pensar no melhor, fazer o melhor, pensar em evoluir e criar algo que faça sentido para todos nós, a todos os condomínios. A ideia é essa.

Muito obrigado a todos. E, agora, a gente vai aqui homenagear alguns síndicos. O ideal seria homenagear todos eles, todos vocês, mas não dá, porque senão a gente ia ficar a noite inteira aqui. Mas eu gostaria de chamar a Ana Pacheco. (Palmas.) André Rocha. (Palmas.) Bruna Martins. (Palmas.) Emerson Santana. (Palmas.) Lena Mota. (Palmas.) E Roger Próspero. (Palmas.)

 

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- São entregues as homenagens.

 

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Bem, pessoal, e como que não faltava o mestre de tudo isso? Porque eu acho que, com a representação e tudo aquilo que ele representa para cada um de nós, na parte de direito condominial, em administração das próprias empresas e daquilo que ele tem agregado na nossa vida na parte de direito condominial, ao Dr. Rodrigo Karpat, a gente não poderia deixar de representá-lo.

 

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- É entregue a homenagem.

 

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Obrigado, pessoal. Obrigado a todos.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Todos os nossos cumprimentos aos homenageados da noite, que são representados por vocês que estão aí nos assistindo. Bem, quero dar um recado importante a vocês.

Nós informamos que todos os síndicos que estão aqui presentes serão homenageados por meio de certificado, após o término desta sessão, no Salão dos Espelhos, e ainda teremos um sorteio de brindes. Dado o recado, eu quero passar a palavra, neste momento, ao nosso deputado Altair Moraes.

 

O SR. PRESIDENTE - ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Bom, já falei demais, e agora a gente vai ter que encerrar a sessão. Mas, mais uma vez, muito obrigado por vocês estarem aqui nesta Casa de Leis. Aqui é a Casa do povo, é a Casa que acolhe a todos, independentemente de ideologia, de pensamentos. 

Nós podemos ter divergências, podemos ter pensamentos contrários e podemos ter adversários políticos, mas nunca inimigos, porque todos somos humanos e precisamos estar juntos. Então, muito obrigado pela presença de todos vocês. 

Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade, assim como agradeço a presença de todos, em especial vocês, os síndicos. (Palmas.) E muito, muito, muito feliz de vocês estarem aqui. Parabéns, curtam, é um dia de festa, vocês merecem.

Está encerrada a nossa sessão.

Muito obrigado, gente.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Não esqueçam, nós temos ainda o sorteio, tem também o certificado que será entregue ali no Salão. Muito obrigado a todos pela presença.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 11 minutos.

 

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