23 DE SETEMBRO DE 2025

41ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO

Secretaria: CARLOS CEZAR e PAULO CORREA JR

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão às 16h48min. Dá conhecimento de resposta à questão de ordem formulada pela deputada Monica Seixas do Movimento Pretas na 37ª sessão extraordinária, em 03/09. Solicita que a íntegra da réplica seja encaminhada à parlamentar e publicada no Diário Oficial. Coloca em votação o PDL 27/25.

        

2 - DONATO

Solicita verificação de presença.

        

3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum.

        

4 - DR. JORGE DO CARMO

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome da Minoria.

        

5 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome da Minoria.

        

6 - PROFESSORA BEBEL

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

7 - PAULO FIORILO

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

8 - DR. JORGE DO CARMO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

9 - LETÍCIA AGUIAR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

10 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Cumprimenta Alexandre Japa, vereador de Valinhos, presente em plenário.  Informa como se dará o processo de votação para a Presidência da Comissão de Educação e Cultura.

        

11 - BARROS MUNHOZ

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

12 - TENENTE COIMBRA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

13 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

14 - TENENTE COIMBRA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

15 - GUILHERME CORTEZ

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome da Federação PSOL REDE.

        

16 - EDIANE MARIA

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome da Federação PSOL REDE.

        

17 - ALTAIR MORAES

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

18 - EDIANE MARIA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

19 - DANILO CAMPETTI

Encaminha a votação do PDL 27/25, em nome do Republicanos.

        

20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovado o PDL 27/25.

        

21 - DONATO

Solicita verificação de votação

        

22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

23 - ANDRÉA WERNER

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

24 - DONATO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

25 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

26 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

27 - GUILHERME CORTEZ

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

28 - MARCELO AGUIAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

29 - ROGÉRIO SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

30 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

31 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior.

        

32 - GILMACI SANTOS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

33 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Responde a questão de ordem do deputado Gilmaci Santos.

        

34 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

35 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Convoca os Srs. Deputados para uma segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 18 horas e 13 minutos. Encerra a sessão às 18h03min.

        

* * *

 

ÍNTEGRA

 

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- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

                                                             * * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Senhoras e Senhores Deputados, comunico a este plenário que, nesta sessão, estou respondendo à questão de ordem formulada pela nobre deputada Monica Seixas do Movimento Pretas, na 37ª Sessão Extraordinária, realizada no último dia 3 de setembro, acerca da tramitação do Projeto de decreto legislativo nº 27, de 2025.

Em prol do dinamismo dos trabalhos do plenário, não farei a leitura da resposta. Para dar a ela a devida publicidade, determino que seja prontamente encaminhada à nobre deputada e que seja transcrita nas notas taquigráficas desta sessão.

 

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- A resposta da Presidência à questão de ordem, não lida em plenário, será inserida integralmente ao final desta sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votação do Projeto de decreto legislativo nº 27, de 2025, de autoria da Mesa.

Em votação o projeto.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu queria requisitar uma verificação de presença.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Faremos uma verificação de presença. Solicito ao deputado Carlos Cezar, junto com o deputado Paulo Correa Jr, que façam a verificação de presença.

 

* * *

 

- Verificação de presença.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado o quórum regimental, agradeço ao deputado Carlos Cezar, junto com o deputado Paulo Correa Jr, pela verificação de presença. Em votação.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Vice-líder da Minoria, quero encaminhar pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Boa tarde, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Hoje retomando aqui este assunto bastante indigesto, que é a indicação do Sr. Wagner de Campos Rosário para o TCE. Vou aqui também dividir o meu tempo com o deputado professor Carlos Giannazi. Queria pedir para o Machado...

Bom, sobre... Um resumo aqui sobre a indicação do Sr. Wagner Rosário para o TCE. Vamos lá, Sr. Presidente. Investigado pela CPI da Covid. Acusado de prevaricação, de não agir diante das irregularidades do Ministério Público... É uma antes dessa aí, viu?

Indiciado pela CPI da pandemia sobre o crime de prevaricação. Condutas questionáveis em reuniões ministeriais, como críticas depreciativas dos relatórios técnicos da CGU e incentivos dos questionamentos sobre o nosso sistema eleitoral. Omissão nos casos relevantes à corrupção, de irregularidade como o acompanhamento do auxílio emergencial e das irregularidades envolvendo a Sabesp e a Sefaz. Atuação considerada omissa ou conivente com temas de interesse público, ferindo os princípios da moralidade, da eficiência e da administração.

Vamos lá. O que diz a nossa legislação? Requisitos para nomeação de acordo com a nossa Constituição Federal: mais de 35 anos e menos de 65 de idade; idoneidade moral e reputação ilibada; notório conhecimento jurídico, contábil, econômico, financeiro ou de administração pública; mais de dez anos no exercício da função ou efetiva atividade profissional que exige esses conhecimentos.

Vamos lá, Sr. Presidente. Sobre esses itens, requisitos necessários, o candidato não preenche ao princípio da especialidade. Vamos ver por quê. Próxima tela. Próxima tela aí. O histórico acadêmico do Sr. Wagner Rosário: Ciências Militares e Educação Física; mestrado em Educação Física e apenas um mestrado em corrupção do Estado obtido pela instituição estrangeira. Não preenche. Não possui formação em Direito, em Economia, nem em Contabilidade. Logo, não consegue preencher os requisitos.

A nossa jurisprudência já assentou sobre esse assunto, já consolidou que a exigência de notório conhecimento não pode ser interpretada de forma meramente formal, mas sim substancial. A ausência da formação e experiência profissional especializada nas áreas constitucionais torna o indicado incompatível para o cargo.

Vamos lá. Ter sido funcionário público não dá ao sujeito notório saber de especialidade. Ter sido da CGU, a partir de 2017, não lhe dá mais de dez anos de experiência. Ter formação militar, em Educação Física e mestrado na Espanha por dois anos não lhe dá conhecimento técnico. Seu histórico pregresso apresenta insuficiência na gestão pública, no controle fiscal para a corrupção.

Por essas razões é que nós, desde sempre, temos falado aqui, tanto eu como os nossos colegas, que o Sr. Wagner Rosário não preenche os requisitos para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. E por essas razões é que nossa bancada do PT e a esquerda aqui têm questionado, porque é preciso que ele preencha todos os requisitos, o que não consta aqui na formação dele e nem no conhecimento.

Então, por essas razões, Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, é que o PDL 27 deve ser rejeitado. E o Sr. Governador, se quer indicar alguém, que indique alguém compatível, competente, com reputação ilibada, para que seja um conselheiro do Tribunal de Contas, como já foram escolhidos outros aqui - e que nós votamos favoravelmente quando a gente entende que é importante que tenha uma pessoa competente lá e que preencha os requisitos.

Por essas razões, nós vamos votar contrário ao PDL 27, de 2025.

E quero passar aqui o restante do tempo para o nosso deputado, professor Carlos Giannazi.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Dá para fazer uma comunicação agora ou eu preciso...?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Finalizar, deputada, finalizar, porque está em encaminhamento. Não cabe aparte nem comunicação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado André do Prado, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectadores da TV Assembleia.

Quero me associar, me filiar ao que disse o deputado Jorge do Carmo, que apresentou aqui vários argumentos para que a Assembleia Legislativa não aprove, em hipótese alguma, a nomeação dessa indicação do governador Tarcísio de Freitas para ocupar um cargo importante como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Porque é surreal que a base do governo, que os deputados e deputadas da base do governo não tenham aprendido nada com o que aconteceu na última semana com a PEC da Blindagem, com a PEC da Anistia e com as manifestações que ocorreram, não só ontem em todo o Brasil, nas 27 capitais, mas durante toda a semana, com a indignação do povo brasileiro contra a aprovação das duas PECs.

Onde muitos deputados e deputadas federais se arrependeram profundamente de terem votado nas duas PECs, pediram perdão, foram às redes sociais, pediram desculpas, tentaram justificar porque votaram a favor das duas PECs. E o povo brasileiro já percebeu que não dá mais, nós já chegamos a uma situação limite.

Agora, é inconcebível que, diante de todo esse cenário, a Assembleia Legislativa vá aprovar a indicação de um ex-integrante do governo do Bolsonaro - governo corrupto, fascista, miliciano, com vários casos de corrupção, e casos todos eles engavetados pelo "engavetador", que é o indicado do governador Tarcísio de Freitas -, que é colocar aqui um bolsonarista em São Paulo que engavetou todas as denúncias quando ele era o controlador-geral da União.

Todas as denúncias na área do Meio Ambiente, de tráfico de madeira ilegal, que envolveu o Ministério do Meio Ambiente, o ministro do Meio Ambiente, que, inclusive, é réu no Supremo Tribunal Federal por tráfico de madeira na Floresta Amazônica. Na Educação, nós tivemos vários escândalos que foram todos engavetados: as barras de ouro dos falsos pastores, o superfaturamento da compra de ônibus.

Em todas as áreas, nós tivemos muitas denúncias do governo Bolsonaro, e o controlador-geral da União, que tinha a obrigação de investigar, engavetou tudo. E o mesmo aconteceu aqui no estado de São Paulo, porque ele virou o controlador-geral do Estado e nada fez contra os gravíssimos casos e denúncias de corrupção na Secretaria da Fazenda, onde um único auditor fiscal ganhou mais de um bilhão de reais.

Fico imaginando as empresas e os outros membros dessa suposta quadrilha, que envolve muita gente. A questão agora do crime organizado no estado de São Paulo, infiltrado em várias instituições, sobretudo no mercado financeiro, aqui na Faria Lima, no agronegócio, em postos de gasolina.

Onde estava o controlador-geral do Estado? E é essa pessoa que o governador Tarcísio está indicando para ser conselheiro do Tribunal de Contas. Cargo vitalício, minha gente. É grave. Então, faço um apelo aqui à base do governo: deputados e deputadas, não deixem as suas digitais na aprovação dessa indicação.

São Paulo não merece passar por isso, porque nós vamos pagar um preço muito caro. Como V. Exas. votaram na privatização da Sabesp. Olha só o preço que o povo está pagando agora: aumento da tarifa, piora na prestação de serviços, descaso com a população. Vossas Excelências que votaram também a favor da redução do orçamento da Educação.

Olha só a situação: fechamento de salas, arrocho salarial em cima dos profissionais da Educação. Então, peço a V. Exas. que não cometam mais esse crime contra o povo de São Paulo, agora nomeando um bolsonarista, extrema-direita, que engavetou todas as denúncias contra o governo Bolsonaro, sobretudo as denúncias de superfaturamento na compra de vacinas.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela bancada da Federação PT/PCdoB/PV, Professora Bebel e deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Para dar início, então, ao encaminhamento pela bancada do PT/PCdoB/PV, deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente. Cumprimento a Mesa Diretora de trabalho, os assessores à minha esquerda, à minha direita, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público presente, todos que nos ouvem e assistem através da Rede Alesp.

É lamentável que, veja, nós estamos há uma semana - há mais de um mês, aliás - tratando desse tema, que é a contratação do Sr. Wagner para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que deveria ser tratado com a seriedade que tem que ser. Muitos falam assim: “Mas é direito do governador.

O governador foi eleito, ele indica”. Não, neste caso, esta Casa é que vota. Por quê? Porque, enfim, é uma relação com a Casa e o Tribunal de Contas do Estado que, juntos, fiscalizam o governo do estado, as contas do governador do estado de São Paulo. Esse é o papel.

Agora, com a ficha quilométrica que foi passada aqui, por ter trabalhado em governos diversos, eu nem coloco na conta isso. Trabalhou e tal, mas... Espera aí, mas e para cá? O difícil, deputado Donato, é ter trabalhado, está certo? E ter corroborado com a minuta do golpe. É isso que pega, é isso que está pegando.

Se domingo o que aconteceu nas ruas deste país não serviu para dar um recado, por óbvio, nós vamos ter mais atos, tantos outros, que vão cada vez mais ser numerosos. Por isso, por negligência, por desrespeito ao Estado Democrático de Direito e às instituições democráticas. Então nossa bancada será contra o nome indicado pelo governador Tarcísio, que é o Sr. Wagner.

Mas eu tenho um minutinho e 33 para passar para o deputado Paulo Fiorilo, eu gostaria de falar de um desgosto meu que está acontecendo nesta Casa. Eu acho inadmissível que nós, da oposição, cumpramos com os nossos acordos, mas, quando chega para cumprir o nosso acordo, ficam tentando deixar a gente de joelhos para assumir, por exemplo, a Comissão de Educação e Cultura.

Eu estou, deputada, há três semanas lutando para assumir aquilo lá e não tem uma voz que diga “É direito da bancada do Partido dos Trabalhadores”. Querem tudo? Passem o rolo compressor. Mas não me faça de tonta, porque eu já perdi a minha paciência. Eu já não tenho paciência para aguentar isso.

Querem humilhar? Humilhem-se, mas não me humilhem, por favor. Respeitem-me, pela minha história. Eu nunca, nunca diminuí ninguém em nenhuma das comissões. Aliás, trabalhei muito bem hoje à tarde com a deputada Solange - eu, Barba e os demais que fomos lá dar quórum. E cadê o compromisso? Eu votei no deputado André do Prado, agora não vale mais o meu voto.

Ah, no outro eu votei, me disseram ali. Agora, então... Agora é o que, deputado Donato? Eu não vou aceitar. Então diga, não vai, e eu tiro e a gente fica com vocês. Nós vamos fazer a discussão na bancada, mas eu não suporto isso mais. Sejamos homens e mulheres para assumir acordo ou, então, não faça acordo.

Muito obrigada, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dando sequência, para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV, deputado Paulo Fiorilo. Pela ordem deputado Rogério Nogueira.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Gostaria de encaminhar o Barros Munhoz, pela nossa Federação Cidadania PSDB.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Só finalizar o encaminhamento da federação, aí eu passo a palavra para V. Exa. fazer o encaminhamento.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp, nós estamos chegando ao final de um processo. Um processo oloroso e demorado. E não por culpa da oposição, mas por culpa do governador, porque ele fez uma opção. Aliás, ele tinha outras opções que descartou. Aliás, eu já disse, nesta tribuna, assim, como ele descartou vários deputados ou alguns deputados que foram indicados, ou que foram sondados para que ocupasse uma vaga no secretariado.

Quando eu falo isso, eu citei aqui... Infelizmente o deputado Altair Moraes não estava, mas eu vou aproveitar agora. Por exemplo, o deputado Altair Moraes foi sondado para ser secretário e não foi. O deputado Gilmaci já me disse aqui no microfone que não foi sondado. Bom, não foi isso que a imprensa disse, e eu respondi a ele. Mas eu podia falar do Madalena, que também foi sondado. Possivelmente, outros aqui foram sondados ou sugeridos como secretário.

Em seguida, o governador tirou a bala da boca do deputado ou da deputada. Eu não sei se o deputado Conte Lopes foi. Eu não sei se o deputado Enio Tatto foi. Eu não sei se o deputado Olim foi. Mas o governador tem uma prática, que é essa de sugerir e puxar o tapete.

Bom, ele fez uma opção. Na minha opinião, ele fez uma opção equivocada de indicar uma pessoa que tem um currículo questionável. E pior: é uma indicação de 25 anos.

Eu ouvi pelos corredores desta Casa, nesta Casa, gente falando assim: “Olha, 25 anos”. “Imagine, se você precisar procurar o cara”, falei para quem me disse isso. Mas qual é o problema? Aliás, eu agora estou mais preocupado ainda. Porque, se esta fala for verdadeira, estamos indicando um conselheiro, porque esta Casa possivelmente vai referendar. Porque o governador tem os 48 votos, porque tem pago as emendas, porque tem feito média com as prefeituras do interior.

Hoje foi entregar máquinas lá em Campinas. Então ele deve ter os 48 votos, porque os deputados estão todos alinhados, assumiram compromisso. E, possivelmente, ele vai aprovar.

Agora, eu queria dizer que, se esta Casa vai aprovar um conselheiro que tem como responsabilidade servir a esta Casa - porque o Tribunal de Contas é um órgão auxiliar -, nós podemos ter problemas daqui a pouco. Porque, se tiver conselheiro, independentemente de ter o voto ou não da oposição, separando quem votou e quem não votou, é um equívoco grave.

Aliás, isso não é possível que se admita. Eu queria sugerir, inclusive, ao líder do Governo, deputado Gilmaci, que estava aqui, que possa fazer uma conversa com o conselheiro que vai ser indicado. Até porque todo mundo sabe qual é a posição nossa, assumida aqui publicamente ao longo desses quase 30 dias, ou 30 dias. Então nós precisamos ter claro, o Tribunal de Contas é um órgão auxiliar desta Casa.

E quem está lá, indicado ou não por todo mundo ou por alguns, tem que respeitar esta Casa e respeitar todos os 94 deputados. Isso, tem que deixar claro. Porque, se for diferente, esta tribuna será usada para denunciar qualquer tipo de discriminação, de rejeição a atendimento, “et cetera, et cetera”.

Eu queria terminar com uma situação trazida pela deputada Bebel. É inadmissível que não se cumpra um acordo nesta Casa, um acordo na Comissão de Educação. Eu acho que nós não podemos permitir isso.

Aliás, eu quero fazer um apelo ao presidente desta Casa, que possa ajudar a resolver o mais rápido possível. Porque nós não podemos ficar com uma comissão tão importante sem que a gente tenha a Presidência da Comissão indicada.

Aqui havia um acordo, construído com todos os deputados e deputadas. Depois nós não poderemos reclamar de acordo não cumprido, porque isso é muito ruim para o Parlamento. Aliás, nós temos feito isso ao longo dos anos.

Queria terminar fazendo esse apelo ao presidente André do Prado, que é um homem sensato, pai agora, fresco, acabou de ser pai, tenho certeza de que a sensibilidade do deputado será enorme para poder resolver.

E terminar dizendo que nós continuamos com a nossa posição contrária a essa indicação. O governador podia procurar na sua lista, eu já dei alguns nomes aqui, mas, por exemplo, tem outros.

O secretário Arthur Lima, por exemplo, foi outro nome ventilado, assim como foi o Madalena, assim como foram outros. Com certeza, esta Casa já teria avançado muito. Infelizmente, não avança, mas a gente precisa cobrar permanentemente.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, presidente. Gostaria de indicar o Barros Munhoz para encaminhar pela nossa Federação PSDB Cidadania.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Barros Munhoz, para encaminhar pela Federação PSDB Cidadania.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Enquanto o deputado Barros Munhoz se dirige à tribuna, o senhor permite a comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim, tem dois minutos, Vossa Excelência.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. Sr. Presidente, eu primeiro quero prestar minha solidariedade à nossa companheira, professora, deputada Professora Bebel.

A Professora Bebel é uma entusiasta da causa da Educação, e isso que está acontecendo realmente é um desrespeito nesta Casa. A gente espera que V. Exa. resolva de uma vez por todas essa questão, porque nós cumprimos o acordo aqui, então esperamos que a recíproca seja verdadeira.

Mas, Sr. Presidente, quero também falar que na cidade de São Paulo já começaram os desmandos em relação à falta de energia e à queda de árvores. Nossa cidade, - infelizmente, todo ano se repete - não está preparada para suportar os grandes problemas que nós temos em relação à queda de árvores e aos acidentes.

Por quê? Porque, certamente, a administração municipal deixa de fazer a lição de casa, deixa de fazer o preventivo, depois só faz quando acontece, só coloca a equipe na rua... Ontem eu ouvi o prefeito falando que tem cento e tantas equipes. Tudo bem, mas depois que acontece? Tem que ser adotadas as providências de cuidar das árvores da nossa cidade antes.

Mais do que isso, outra crítica que também quero fazer é à Enel, essa empresa que presta um péssimo serviço para diversos municípios do estado de São Paulo, dentre eles a nossa Capital, que todo ano a gente vê esse problema de falta de energia elétrica. Por quê? Porque a concessionária não presta um serviço decente, como deveria prestar para a nossa cidade e para toda a região da Grande São Paulo.

Por isso, a CPI que esteve aqui certamente já encaminhou a adotar as providências, mas nada aconteceu ainda. A empresa Enel é péssima na prestação de serviços e, por essas razões, é preciso que a gente também adote providências do governador, desta Casa, do prefeito da cidade, para que essa concessionária perca essa concessão, para a gente não ter mais esse serviço péssimo na nossa cidade.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos, Vossa Excelência. Depois passo a palavra ao deputado Barros Munhoz. Quando a próxima oradora vier encaminhar, eu passo a palavra para você, deputado Tenente Coimbra. Deputada Letícia Aguiar, com a palavra.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada, Sr. Presidente. Quero cumprimentar aqui o meu parceiro de trabalho, o vereador de Valinhos, Alexandre Japa, certamente um dos vereadores mais atuantes que vejo trabalhar, ele que fez parte da minha equipe aqui a trabalho, hoje é um vereador reconhecido pela população pelo seu trabalho com seriedade, atuante, inteligente e próximo das pessoas e, de forma especial, o trabalho que fazemos em conjunto pelas famílias atípicas, as famílias que precisam de mais inclusão, as famílias autistas, que têm o nosso apreço, o nosso cuidado, o nosso trabalho em conjunto.

Portanto, vereador Alexandre Japa, nosso vereador de Valinhos, grata pela sua presença aqui conosco na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, buscando cada vez mais melhorias e investimentos para a sua cidade de Valinhos, do qual tenho muita honra de ser sua parceira no município.

Que Deus te abençoe e obrigada pela presença.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Seja bem-vindo, vereador Alexandre Japa, da cidade de Valinhos, convidado aqui da nossa deputada Letícia Aguiar. Seja bem-vindo a esta Casa.

Antes de passar a palavra ao deputado Barros Munhoz, quero comunicar que, diante de não quórum na Comissão de Educação, eu liguei para a Professora Bebel imediatamente e me comprometi com a Professora Bebel, já às 14 horas, 15 horas, aliás, na terça-feira que vem.

Solicitar ao vice-presidente que convoque a reunião da Comissão de Educação para, assim (Inaudível.) para todos os deputados que fazem parte dessa comissão: que deem quórum para nós elegermos a Professora Bebel como presidente da comissão, diante do acordo que há nesta Casa.

Então, todas as tratativas já foram feitas, já comuniquei à Professora Bebel há questão de uma hora atrás, e deixo isso se tornar público, agora, também, para todas as Sras. Deputadas, os Srs. Deputados, para todos os líderes desta Casa.

Com a palavra, o deputado Barros Munhoz.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, senhores que nos assistem aqui da plateia, eu queria, antes de mais nada, fazer um breve comentário. Eu tenho certeza de que hoje, Professora Bebel, havia até uma razão para não haver quórum, porque realmente o governador reuniu, num movimento muito importante para o agronegócio, o nosso Piai Day, a nossa homenagem, fez um evento muito bonito para distribuir máquinas, o que se faz ao longo de muitos e muitos anos.

Não tem nada de novo nisso. Pelo contrário, o pessoal está reclamando que é pouca máquina, que no tempo do Barros Munhoz se distribuíam mais máquinas. Eu fico muito feliz de ouvir isso, mas no tempo dele as limitações são maiores.

Mas sabe o que eu queria dizer, minha gente? A Bebel é uma pessoa que realmente merece todo o nosso respeito. Todo o nosso respeito. Somos de partidos diferentes, divergimos. Ela vota contra, eu voto a favor; ela vota a favor, eu voto contra. Mas eu tenho um respeito profundo por ela.

E toda esta Casa merece. Ou, melhor, ela merece o respeito de toda esta Casa, independentemente de coloração partidária. Então, eu quero me associar ao que ela falou e quero pedir a todos os colegas: hoje eu sei que tinha 24 deputados lá, talvez fosse realmente impossível ter quórum. Se Deus quiser, semana que vem vai ter. Se Deus quiser, até porque isso é melhor para o Parlamento.

Mas eu também queria dizer, minha gente, o seguinte: eu fico chateado, sinceramente, quando eu ouço as pessoas fazerem as acusações que fazem contra o nosso indicado para o Tribunal de Contas, o Wagner de Campos Rosário. Muito bem. O que ele tem de maléfico? Ele foi conselheiro do Tribunal de Contas do País, certo? Na verdade, é Controladoria Geral da União - é mais do que Tribunal de Contas, minha gente.

Nós já aprovamos, gente, aqui nesta Casa, que não tinha o cabedal que ele tem, que não tinha o currículo que ele tem. Por quê? Isso é vindita? Isso é mera oposição? Ou ele não tinha realmente um passado pecaminoso, que precisaria ser enfrentado? Não! É uma pessoa que só tem o currículo positivo, nunca foi processado. Repito, já falei aqui e tenho a obrigação de repetir: nunca foi processado. Nós temos aí presidentes da República, nós temos aí secretários, ministros que já foram processados... E presos! E agora é o Rosário que vai pagar o pato? Não, de maneira alguma.

Ele é um homem honesto, é um nome íntegro. Foi apoiado em todos os cargos por que passou. Eu até ousaria dizer que tem gente que passou por aqui que não tem as credenciais e a capacidade dele. Eu venho aqui para falar o que eu sinto e o que eu penso. Foi uma ótima escolha do governador Tarcísio. Como não? Por que desmerecer? Não tem cabimento algo assim. Não tem cabimento.

Assim como aprovamos outras, assim como no Supremo Tribunal Federal também se acolhem indicações do presidente da República. Uai, então porque é do presidente é ruim? Porque é o presidente que indicou é que deva ser rejeitado? Não, absolutamente não.

Então eu quero, em meu nome pessoal, respeitando todas as opiniões contrárias, dizer que esse homem merece ir para o Tribunal de Contas. Ele tem uma história de vida, ele tem um currículo, ele é capacitado, ele não vai nos envergonhar não, muito pelo contrário, vai corresponder àquilo que a Assembleia espera dele e aquilo que o povo espera dele também.

Uma coisa, minha gente, que me faz um pouco de mal é quando o PT e o PSOL falam como se fosse crime a gente votar a favor. Oh, meu Deus do céu, nós temos o direito de votar a favor como eles têm o direito de votar contra. Nós nunca que pisoteamos ninguém porque votou contra. Será que nós somos obrigados a votar a favor quando pensamos contra, ou vice e versa?

Nós estamos aqui exercendo o nosso mandato, e eu não vim aqui sem saber de quem se trata, como um cordeirinho que vai cumprir uma obrigação, eu vim aqui como deputado, eu vim aqui como alguém que foi três vezes prefeito na sua terra, eu vim aqui como cidadão que quer fazer da política aquilo que ela deve ser.

Não é só xingar e só, não é só acusação, não é só desentendimento, nós precisamos mais do que nunca do contrário disso. Olha aí como está o Brasil, minha gente, olha aí como está o mundo, nós precisamos nos unir. Divergir sempre.

Não há quem respeite mais do que o PT e o PSOL do que eu, eu respeito essas duas entidades, com muito carinho e com muito amor até, mas nós temos que ter peso e contrapeso, o homem é sério. Será que é só porque é amigo do Tarcísio? Será que é só porque o Tarcísio que o indicou? Então vamos derrotar o Tarcísio? Não, eu tenho que dar os parabéns para o governador Tarcísio.

Eu conheço o homem, fui analisar a vida do homem e o homem só tem fatos positivos, alguém que também veio de baixo, lutou, trabalhou, batalhou e chegou onde chegou. Conselheiro, não é verdade? Coordenador Geral da União.

Então eu falei demais, viva a Bebel e viva o Dr. Rosário.

Um grande abraço a todos.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Para encaminhar pela bancada do PSOL Rede, junto com a deputada Ediane Maria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de V. Exa., tem o tempo regimental, deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Tenente Coimbra.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PL - Uma rápida comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois minutos, Vossa Excelência.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, uma mentira dita mil vezes não se torna uma verdade, é importante a gente esclarecer alguns fatos aí sobre a Comissão de Educação.

Primeiro é o romper do acordo aqui dentro desta Casa em um projeto de um deputado, que passou aqui pela urgência, tinha unanimidade da oposição, e de eles passarem um projeto de minha autoria, que deixava isenta a carteira de estudante no estado de São Paulo - os estudantes que têm que pagar hoje no estado de São Paulo. Passou na urgência e foi descumprido quando talvez leram o projeto, talvez acordaram e tiveram outra opinião.

Então esse foi o primeiro descumprimento de acordo, e na Comissão de Educação não tinha qualquer obste. A gente passou hoje, inclusive, dentro do horário em que teria uma reunião com o governador, que teria, aliás, um evento com o governador na entrega de máquinas, e, obviamente, por questão de tempo não nos conseguiríamos fazer presentes.

Mas ao invés de conversar com os deputados, ao invés de dialogar, a deputada Bebel prefere subir nesse púlpito e se vitimizar, e eu acho que o caminho vai ser bater voto.

Eu acho que ela vai ter que começar a pedir para os membros da comissão para correr atrás dos votos, porque ao invés de ligar, procurar, conversar e entender o que aconteceu, é mais fácil subir neste palanque e se vitimizar perante esta Casa. Eu acho que ela vai ter que começar a bater voto para a semana que vem.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos.

 

A SRA MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para reestabelecer a verdade, Coimbra, e a justiça, eu não sei que tipo de acordo você fez com quem quer que seja, mas o PSOL não participou de nenhum acordo sobre as comissões, a eleição da Mesa Diretora e das comissões, presidente sabe bem que a gente ficou de fora disso, assim com fomos nós que nos opomos ao teu projeto.

E digo aqui no microfone mais uma vez, que a oposição não é um bloco unânime, existe o Partido Socialismo e Liberdade e, corrigindo o senhor, fomos nós que ficamos contrário ao teu projeto, somos contra o teu projeto e vamos persistir colocando a nossa posição.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PL - Presidente, só para finalizar aqui em segundos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não, dois minutos.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, só reestabelecer. Quem ficou contra foi a Professora Bebel e a gente realmente não liga para o PSOL, porque de tão pequeno, a gente até esquece que ele existe. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente, boa noite meus colegas deputados, o deputado Tenente Coimbra veio aqui e disse que o PSOL de tão pequeno nem lembra que existe. O PSOL, junto com todos os partidos da oposição, nesse fim de semana, levou centenas de milhares de pessoas para as ruas de todo o Brasil, para enterrar o projeto patético que os bolsonaristas tentaram aprovar neste País, que era a PEC da impunidade.

Eles que dizem combater o crime, que dizem combater a imoralidade pública, queriam aprovar uma proposta de emenda à Constituição para que deputados que cometem crimes, inclusive, deputados estaduais, porque também valeria para as Assembleias Legislativas, eles só pudessem ser processados com o aval dos seus colegas.

Nesta Casa, que têm deputados respondendo a inquérito criminal, que já foi absolvido pelos colegas no Conselho de Ética, ou seja, era legalizar a impunidade, é isso o que o bolsonarismo defende para o nosso País. Se o bolsonarismo está triste, o Brasil está feliz.

E hoje é um dia que estou muito feliz, Sr. Presidente, porque hoje a Câmara dos Deputados abriu o processo de cassação contra o traidor Eduardo Bolsonaro, que eles quiseram legalizar o funcionário fantasma. Tentaram fazer uma manobra para que o Eduardo Bolsonaro, que não pisa no trabalho dele faz um semestre, porque está lá nos Estados Unidos conspirando contra o Brasil, continuasse no seu mandato com a gente pagando o salário dele.

Não conseguiu e hoje a Câmara dos Deputados iniciou o seu processo de cassação e vai perder o seu mandato, porque o povo do estado de São Paulo não deve pagar o salário de um deputado que, além de não trabalhar, utiliza do dinheiro público que ele recebe para ir para o exterior combater o seu País, taxar o seu País.

Que bom que nós temos um governo que está muito acima disso. E hoje o presidente Lula orgulhou o Brasil na Assembleia Geral das Nações Unidas. Até o Trump saiu balançado pelo discurso do Lula, falou que ficou encantado com o presidente do Brasil e que quer marcar uma reunião na semana que vem.

É isso que é um patriota de verdade. De um lado têm os falsos patriotas, que só se enrolam na bandeira nacional, na camisa da seleção, quando lhes convêm, mas só querem defender os próprios interesses, estão dispostos a taxar o País inteiro para salvar a própria pele da Justiça.

Do outro, tem os verdadeiros patriotas, que foram para a rua nesse fim de semana, contra a impunidade dos que virão a cometer crimes e contra a anistia dos que já cometeram crimes. O bolsonarismo, que durante anos disse defender a bandeira da ética, do combate ao crime, agora está mostrando a sua verdadeira face.

Eles não defendem o nosso País, a bandeira que batem continência é a bandeira dos Estados Unidos e o que eles querem é salvo-conduto e impunidade para os crimes que eles cometem contra o nosso País.

E depois de tudo isso, Sr. Presidente, o governador Tarcísio que estava muito amostradinho, ensaiando a sua candidatura para presidente da República, disse que está desanimado e que agora prefere ser candidato a governador.

Já estava até me acostumando com a ideia de o Tarcísio ser candidato a presidente, estava achando bom, porque aí o estado de São Paulo se livrava de dois problemas de uma vez só: Ele deixava de ser governador e perdia a eleição para o Lula no ano que vem. A gente resolvia dois coelhos numa cajadada só.

Mas infelizmente o governador Tarcísio agora está desanimado. Talvez porque ele apanhou muito da população ao longo dos últimos meses, porque ficou claro que, em vez de governar o estado do País dele, a prioridade dele é passar pano para golpista, é patrocinar anistia, é gastar o dinheiro público do contribuinte do estado de São Paulo para defender criminoso lá em Brasília. E por conta de tudo isso, Sr. Presidente, a gente não pode ver a naturalização da impunidade, do absurdo, do compadrio aqui no estado de São Paulo.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo não pode ser um clube de amigos do governador, não pode ser um cabidário de empregos. Sr. Wagner Rosário, que tinha a responsabilidade de combater a corrupção quando foi controlador da União e do Estado, e que debaixo dos seus olhos permitiu que a gente tivesse o escândalo de corrupção no Ministério da Educação com propina com barras de ouro, superfaturamento da vacina durante a pandemia do Covid-19, o propinão do governador Tarcísio aqui em São Paulo, onde se pagou um bilhão de reais de propina para grandes empresários pagaram menos do que devem dos seus impostos.

A gente não pode presentear uma pessoa com esse currículo dando para ele um cargo vitalício, com tanta responsabilidade com o quanto fiscalizar as contas públicas do estado de São Paulo e um salário de 46 mil reais. Em qualquer outro emprego, ele já teria sido demitido com isso.

Agora, os deputados que dizem combater o serviço público, que serviço público é gasto de dinheiro à toa, é privilégio, é mamata, é tudo o que vocês falam: vocês querem a mamata, os penduricalhos de verdade para os amigos de vocês, e querem indicar o Sr. Wagner sem qualquer qualificação para o Tribunal de Contas.

Por isso, o pessoal vai votar contra.

E quero chamar a minha colega Ediane Maria para continuar este tempo aqui na tribuna.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, deputado Cortez. Bom, a gente escuta tanta insanidade aqui neste plenário, dá até medo.

Mas que bom, gente. Se não enxergam o PSOL, enxergaram o povo na rua, não é? Enxergaram o povo na rua e enxergaram muito bem. As 27 capitais do nosso país colocaram gente, e colocaram gente com força. Porque é a Cultura que vai libertar de fato o povo brasileiro.

Bom, o Tarcísio de Freitas, que fez toda a manipulação, foi para Brasília. Largou o estado de São Paulo por três dias, mas que não fez nenhuma diferença. Até porque a PEC da Blindagem, que protege aqueles que tentaram dar um golpe e no final do dia com certeza iria também alcançar o Sr. Bolsonaro. No pano de fundo, era isso que estava ali.

Agora, coloca o Wagner Rosário? De novo isso? É cansativo. É maçante. Mas que bom. Eu quero saudar aqui a esquerda, porque nós sim fizemos uma obstrução importantíssima e desmascaramos aqui não na primeira semana, mas durante um mês.

Bom, o Flávio Dino, Cortez, para a nossa bela surpresa... Para quem não lembra, o Sr. Wagner Rosário foi investigado, inclusive, e teve que depor na CPI do Covid, não é? Inclusive acusado por crime de prevaricação.

Ou seja, é aquele que não viu nada de errado na época da pandemia, do auxílio emergencial, muito menos com a compra, a superfaturação das compras das vacinas, que demoraram muito para chegar. Aqui todo mundo se lembra de que demorou muito para quem estava ali esperando.

Bom, o Tarcísio ficou três dias fora, mas nós vimos que o Brasil deu respostas nas ruas, e o Senado vai dar resposta também na CCJ. É importante que a gente fale desse lugar. O Wagner Rosário está mais envolvido nisso aqui do que as pessoas podem imaginar.

Sabe qual deveria ser a urgência desta Casa? A urgência deveria, inclusive, combater a fome. Ontem, gente, ontem mais de 900 mil pessoas ficaram sem energia. Quem se lembra aqui das entregas e tudo? Tem gente que está trabalhando nesta Casa aqui, hoje, na limpeza, que está sem água na sua casa. Por quê? A Sabesp que o Tarcísio entregou.

A gente está vendo muita coisa acontecer. Inclusive, ontem. A prioridade, a pressa, tem que ser para aqueles trabalhadores que pegam o trem, pegam o metrô, o transporte público, e que não conseguem chegar em casa porque ontem o telhado lá da estação no Brás voou. Essa tem que ser a prioridade desta Casa aqui. Infelizmente, não é essa a prioridade. Então por isso somos contrários.

Inclusive, se passar mesmo esse projeto insano aqui, esse PDL que coloca o Wagner Rosário no Tribunal de Contas do Estado, com cargo vitalício... Imagina você está agora, fez lá um péssimo trabalho.

A sua função seria investigar as contas do Governo e você não conseguiu fazer isso, cumprir com esse mínimo detalhe que seria manter você no cargo. E você vê que o estado de São Paulo quer garantir que ele tenha um cargo vitalício com mais de 46 mil reais, fora todos os penduricalhos... Isso envergonha, inclusive, aqui, o estado de São Paulo. É muito triste.

Mas, bom, o Flávio Dino vai voltar de novo. Pegou alguns aí, alguns que estavam envolvidos naquela CPI do Covid, e vai começar um processo de investigação novamente. E aí tem um probleminha.

Segundo a resolução do TCU - Tribunal de Contas da União -, não pode ser conselheiro quem esteja respondendo ação penal por crime contra a administração pública e nem que seja réu em ação por improbidade administrativa.

Ou seja, os Srs. Deputados não colocarem a digital dos senhores incorre o risco, sério risco, do Sr. Wagner do Rosário não poder assumir o seu cargo, porque não pode estar investigado...

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Envolvido em alguma investigação.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada Ediane Maria. Pela ordem o deputado Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, gostaria de indicar o Danilo Campetti, deputado Danilo Campetti pelo Republicanos e fazer uma breve comunicação.

A gente está ouvindo aqui o pessoal da esquerda comentando das manifestações, que, realmente, deu pessoas e a gente tem que falar a verdade. Foi vazia não, deu pessoas e foi uma grande micareta, vários cantores, a verdade foi essa, as pessoas foram ali para dançar, para se divertir com vários cantores. E eu achei bacana isso aí, o povo ficou feliz, o povo do Brasil que gosta de cantar, tomar um negocinho. E aí foi uma grande micareta, parabéns.

Imagina se a gente leva Gusttavo Lima e alguém para as ruas, não é? Aí já era, filho. Não tem cantor nenhum e dá o que dá com a manifestação que a gente faz. Agora, para quem gosta de festa e canção, está tudo certo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra Danilo Campetti.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente, para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Danilo Campetti com a palavra.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Rapidinho, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Estamos entrando em um assunto agora, que é fora da pauta.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Não, é dentro da pauta.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nós vamos começar um debate.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Ah, Sr. Presidente!

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos a V. Exa. e acabou este assunto, não abro a palavra para mais ninguém.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Bom, eu vejo que tem uma dor de cotovelo muito grande, não é? Alguns tentam falar que é apenas porque o Caetano, estava o Gil, mas, no final do dia, gente, na verdade, é uma dorzinha de cotovelo. Vai passar, viu, deputados? Vai passar.

Vocês viram que, na verdade, as ruas deram uma resposta clara: não à PEC da blindagem. E o Brasil tem pautas urgentes, por exemplo, a isenção de impostos para quem ganha até cinco mil reais. Sabe quando vai passar lá no Congresso Nacional, Sr. Presidente? Dia 1º de outubro, ou seja, as pautas que são urgentes e que mexem na vida da população, aí não tem interesse nenhum.

Agora, vota a PEC da blindagem, que eu não sei que medo que estão, até porque se não deve nadas, não temes. Está com medo do que, se não está devendo nada? Ou seja, o povo foi para rua, ocupou, cantou, dançou, até porque isso chama-se democracia.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Danilo Campetti.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Sr. Presidente, nós temos hoje uma oportunidade única. Eu encaminho pelo Republicanos aqui de aprovar um quadro qualificadíssimo para o nosso Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. O ministro Wagner Rosário coleciona muitos, muitos adjetivos, muitos predicados.

E aqui eu posso dizer, ele é bacharel em Ciências Militares, ele tem mestrado em Combate à Corrupção e Estado de Direito, da Universidad de Salamanca, ele foi ministro chefe da Controladoria Geral da União e na Controladoria Geral da União.

Ele tem várias realizações, principalmente de antes da Lava Jato. Lava Jato ele estabeleceu ali 24 acordos de leniência. Ele tem muitas, mas muitas, muito legado deixado nessa seara de combate à corrupção.

Talvez isso incomode um pouco a esquerda, não é? Porque tem uma trajetória meio complicada, desde o primeiro governo Lula, com mensalão, depois com a Lava Jato. Então, às vezes, o combate à corrupção é meio contra, assim, o padrão que a esquerda traz na sua história. É um histórico combinado entre corrupção e entre incompetência.

Aqui no estado de São Paulo, nós temos o governador Tarcísio, que apresenta resultados, resultados e deixa legado. Resultados como o SUS Paulista, resultados como mais de seis mil leitos abertos, com mais de cinco bilhões para filantrópicas, seis mil leitos abertos, senhoras e senhores - são praticamente 30 hospitais. Então, é um governo que cresce, é um governo que trabalha em prol da nossa população e é um governo que é reconhecido pela esmagadora, pela enorme maioria dos paulistas.

Eu gostaria... Agora falando especificamente sobre Tribunal de Contas dos estados, a gente precisa fazer um comparativo, Sr. Presidente, a gente precisa fazer um comparativo, como os tribunais de contas dos estados, onde os estados da esquerda governam e onde os estados da direita governam.

Então, queria que o Machado colocasse na tela. Por favor, Machado. O deputado que me antecedeu falou em “cabidário” de emprego, “cabidário” de emprego. Então a gente tem um rol aí de mulheres. E aí “mulheres”, senhoras e senhores, é só uma coincidência, porque o fato da crítica é o fato de ser cônjuge. Não é ser mulher. Porque se tivesse uma governadora que tivesse indicado o marido, nós estaríamos criticando do mesmo jeito.

Então, temos ali as indicações por parte da esquerda, a Sra. Marília Góes, o Sr. Waldez Góes, que foi ministro e que é ministro hoje do Lula, Renata Calheiros, que é esposa do Renan Filho, Rejane Dias, Wellington Dias, Lilian Martins, do Wilson Martins, Aline Peixoto, do Sr. Rui Costa, Daniela Barbalho, do Helder Barbalho, Onélia Santana, do Camilo Santana, e assim sucessivamente. Vale salientar, veja bem, são casados com ministros do governo Lula.

Vale salientar, por exemplo, que a senhora Renata Calheiros, a Sra. Rejane Dias e a senhora Marília Góes, por exemplo, não podem votar as contas do governador. Por quê? Porque são casadas com o governador.

Então querem criticar aqui o Wagner Rosário, que traz um currículo exemplar, que traz um currículo de trabalho contra a corrupção, que guarda todos os requisitos para que ele possa assumir um cargo de conselheiro de Tribunal de Contas do Estado. E aí nós temos o comparativo dos governos da esquerda. Qual seria o requisito?

Então, eu pergunto para as senhoras e senhores. Por exemplo, a senhora, vamos lá, esposa do Rui Costa, ela é formada em Enfermagem. Não estou aqui desqualificando, mas qual a coincidência em julgar as contas, em julgar as contas do estado sendo formada em Enfermagem?

Então, assim, repito, não é o fato de serem mulheres. O fato da questão é serem cônjuges. É serem cônjuges de governadores, ex-governadores, que hoje são ministros do atual presidente, que hoje fez um papelão lá na ONU, como é recorrente dele. O Brasil passou a uma questão de insignificância, insignificância internacional.

Então, o que acontece? O que acontece? Nós temos aí o exemplo do que é um cabidário de emprego. O exemplo está aí. Cabidário de emprego é isso. São cônjuges. Cônjuges de ministros do governo Lula e que hoje têm cargos vitalícios.

Três delas não podem julgar, porque estão suspensas de julgar as contas dos maridos. É esse o modelo. Esse é o modelo de indicação que a esquerda quer assegurar aqui para nós. Não, aqui nós indicamos pessoas, nós indicamos quadros qualificados. O ministro Wagner Rosário tem um legado, um legado todo ao nosso país no combate à corrupção.

O ministro Wagner Rosário deixou um serviço para a nossa população, inclusive diante da Lava Jato, que foi a maior operação de combate à corrupção do nosso país, que eu tenho orgulho de ter participado. Então, nós encaminhamos, nós encaminhamos para o “sim”, o Republicanos encaminha para o voto “sim”.

E, só para terminar, Sr. Presidente, eu não vou usar os outros três minutos e meio que me restam, quero dizer que eu sinto, desde 2013, essa euforia que a esquerda está sentindo agora. Porque eu venho de manifestações desde 2013, manifestações onde tinha muita gente. Manifestações onde sempre teve muita gente, onde sempre encheu a Paulista e não precisava de micareta, não precisava de showmício.

Então, a direita coloca a gente na rua. A direita coloca a gente na rua por propósito, não para ver show de artistas que estão há 30 anos sem lançar um único sucesso. Então, o Republicanos encaminha para o “sim”, para aprovação do ministro Wagner Rosário como conselheiro do Tribunal de Contas.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o projeto. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o PDL.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem. Verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Faremos então a verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

A SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. PSB em obstrução.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o Partido Liberal em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PL em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o Republicanos em obstrução, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar nossa Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. MARCELO AGUIAR - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a bancada do Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em obstrução.

 

O SR. ROGÉRIO SANTOS - MDB - Questão de ordem, presidente. Para colocar o MDB obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em obstrução.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico então ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não”, ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já está. O deputado Oseias já o colocou. Não havendo mais deputados interessados em fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, passaremos então abrindo os microfones de aparte para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não o fizeram pelo sistema eletrônico possam assim fazer nos microfones de aparte. Mais alguém das Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados gostaria de consignar o seu voto?

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado...

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Questão de ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Qual a questão de ordem, deputado Lucas Bove?

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Nós estamos votando agora o PDL para a indicação do Sr. Wagner Rosário, é isso mesmo?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - São necessários quantos votos, presidente, para a aprovação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Maioria. Quarenta e oito votos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, cabe questão de ordem agora?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É sobre o processo de votação?

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sim, mas para a próxima... Para a próxima...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deixe-me finalizar o processo de votação, então, deputado Gilmaci. Por favor.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Combinado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Passaremos, então, a perguntar às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados se mais alguém das senhoras e dos senhores gostaria de consignar o seu voto.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo deputados interessados mais em consignar o seu voto, pergunto às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados se alguns dos senhores gostaria de alterar o seu voto. (Pausa.)

Não havendo deputados interessados em alterar os seus votos, passaremos à proclamação do resultado: Votaram “sim” 59 deputados, “não” 16 deputados, mais este presidente, total de 76 votos, quórum que aprova a indicação do Sr. Wagner de Campos Rosário para a nomeação no cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Gilmaci Santos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Sr. Presidente, eu indago a V. Exa. se teremos uma próxima extraordinária.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Teremos uma segunda extraordinária, já está convocada para a regularização, o último item da regularização fundiária...

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O último item da regularização fundiária?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Que eu vou convocar neste momento.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Qual que é o último item, presidente, por gentileza?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É o Projeto de lei nº 410, o último item da regularização fundiária, que ficou adiado.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - E votação.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Só para avisar e comunicar, então, à base que nós temos essa votação, esse último item, que é rejeitar todas as emendas, englobadamente. Então, eu pediria à base que permanecesse aqui para que a gente possa encerrar esse projeto no dia de hoje. E agradecer a todos os senhores e às senhoras.

Então, senhores, a próxima extraordinária é para a gente votar o último item do projeto da regularização fundiária e eu peço a presença de todos os senhores e senhoras aqui em plenário.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o termo da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 42ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 24/09/2025.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Esgotado o objeto da presença de sessão, está encerrada.

 

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- Encerra-se a sessão às 18 horas e 03 minutos.

 

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- É inserida resposta da Presidência, não lida em plenário, a Questão de Ordem

 

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RESPOSTA À QUESTÃO DE ORDEM APRESENTADA PELA NOBRE DEPUTADA MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS NA TRIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA, REALIZADA EM 3 DE SETEMBRO DE 2025

 

I. No curso da 37ª Sessão Extraordinária, realizada em 3 de setembro de 2025, a nobre Deputada MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS submeteu à Presidência, por meio de questão de ordem, indagações acerca da interpretação do artigo 195 do Regimento Interno, que preceitua que “a discussão não será encerrada quando houver pedido de adiamento e este não puder ser votado por falta de número”.

A questão de ordem enfoca, especificamente, a possibilidade (inexistente, no sentir da ilustre Parlamentar) de, não tendo sido deliberado, por falta de quórum, requerimento de adiamento da discussão de determinado projeto, passar-se à discussão deste.

São as seguintes as perguntas com que a nobre Parlamentar conclui a questão de ordem:

“1. Considerando que o artigo 195 do Regimento Interno estabelece que ‘a discussão não será encerrada quando houver pedido de adiamento e este não puder ser votado por falta de número’, como justificar que a Presidência determine o início da discussão da matéria principal, se o requerimento de adiamento ainda não foi apreciado por ausência de quórum?

2. A literalidade do dispositivo indica que a discussão deve permanecer suspensa até a apreciação do requerimento de adiamento. Nesse sentido, não estaria a interpretação da Presidência esvaziando o alcance da norma regimental, ao tratar a falta de quórum como se fosse autorização tácita para iniciar a discussão?

3. Qual seria a utilidade prática de um requerimento de adiamento, se a ausência de quórum para sua votação implicasse automaticamente a abertura da discussão da matéria principal, sem que o pedido fosse analisado pelo Plenário?

4. Não seria mais compatível com o espírito do artigo 195 entender que, diante da impossibilidade de votar o requerimento de adiamento por falta de número, a discussão deve permanecer suspensa, aguardando deliberação posterior, ao invés de prosseguir como se o requerimento fosse inexistente?

5. A Presidência não estaria, com essa interpretação, restringindo indevidamente o direito parlamentar de ver apreciados tempestivamente os requerimentos incidentais apresentados em Plenário, em afronta ao devido processo legislativo e ao próprio Regimento Interno?

6. Caso a discussão seja iniciada e, posteriormente, o requerimento de adiamento venha a ser aprovado, qual será o destino do tempo já utilizado na discussão da matéria? Esse tempo será considerado válido ou deverá ser desconsiderado, à luz do artigo 195?”

Eis a matéria trazida ao exame da Presidência, que passa a decidir.

 

II. Cabe, desde logo, para maior clareza, explicitar o contexto em que a questão de ordem foi apresentada.

Na 34ª Sessão Extraordinária, realizada em 02/09/2025, constava da Ordem do Dia o Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2025. Antes mesmo que algum Parlamentar tivesse discutido a matéria, o nobre Deputado DONATO, Líder da Federação PT/PCdoB/PV, protocolizou cinco requerimentos, propondo o adiamento da discussão do projeto por 5 dias, por 4 dias, por 3 dias, por 2 dias e por 1 dia.

Passou-se, então, à apreciação desses requerimentos. Observada a ordem estabelecida no § 2º do artigo 191 do Regimento Interno, o Plenário deliberou, naquela mesma sessão, por rejeitar os requerimentos de adiamento da discussão do PDL por cinco dias e por quatro dias; e, na sessão imediatamente subsequente (35ª Sessão Extraordinária), também realizada em 02/09/2025, deliberou por rejeitar os requerimentos de adiamento da discussão do projeto por três dias e por dois dias.

Em 03/09/2025, tão logo aberta a 36ª Sessão Extraordinária, de cuja Ordem do Dia constava o citado PDL, foi colocado em apreciação o único requerimento restante, isto é, o de adiamento da discussão do projeto por um dia. Submetida a matéria à votação, proclamou-se, ao final do processo de verificação, a insuficiência do quórum para deliberação (apenas 43 Parlamentares haviam votado, todos pela rejeição do requerimento).

À vista desse cenário, em que o requerimento de adiamento da discussão do projeto por um dia não foi nem aprovado, nem rejeitado, a Presidência dirigiu-se ao Plenário, para comunicar o seguinte:

“Tendo em vista que, por falta de quórum, não foi deliberado, nesta sessão, o Requerimento de Adiamento da Discussão do PDL 27/2025 por um dia, daremos início, agora, à discussão do projeto.

Lerei o que determina o Regimento Interno no artigo 195: ‘A discussão não será encerrada quando houver pedido de adiamento e este não puder ser votado por falta de número’.

O dispositivo não poderia ser mais claro. A pendência de requerimento de adiamento da discussão não impede que o projeto seja discutido.  O que é vedado, nessa hipótese, é o encerramento da discussão.

Feitos estes esclarecimentos, passo a chamar os oradores inscritos para discutir o PDL 27/2025.”

Respondendo, na sequência dos trabalhos da sessão, a indagações que lhe foram verbalmente formuladas — inclusive pela nobre suscitante da questão de ordem —, a Presidência esclareceu que o requerimento de adiamento da discussão ficara com sua votação adiada, e, diante disso, seria novamente colocado em apreciação no início da sessão extraordinária subsequente. E, ato contínuo, passou-se à discussão do PDL nº 27/2025.

Exatamente assim se procedeu na 37ª Sessão Extraordinária (03/09/2025) e na 38ª Sessão Extraordinária (09/09/2025): no início de cada uma delas, foi posto em apreciação o aludido requerimento, sendo certo que, em ambas, restou não deliberado, por falta de quórum. E assim, em cada uma delas, deu-se continuidade à discussão do PDL nº 27/2025.

Também assim se procedeu na 39ª Sessão Extraordinária (09/09/2025); seguindo-se o mesmo roteiro, colocou-se em votação, tão logo aberta a sessão, o requerimento de adiamento da discussão do PDL nº 27/2025 por um dia. Dessa vez, o requerimento restou aprovado, deliberação à qual se seguiu, como não poderia deixar de ser, o término dos trabalhos da sessão.

 

III. Fizemos questão de, no tópico precedente, narrar de forma pormenorizada o que sucedeu ao longo de seis sessões, porque esse relato, por si só, evidencia não apenas o acerto da orientação adotada pela Presidência na 36ª Sessão Extraordinária, como também, com a devida vênia, o equívoco da linha argumentativa desenvolvida pela nobre Deputada MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS na questão de ordem.

A assertiva de Sua Excelência, segundo a qual “se não há quórum para apreciar o requerimento [de adiamento], o que decorre do texto regimental é a necessidade de suspensão ou sobrestamento [da discussão]” encerra flagrante equívoco, na medida em se pretende que a não deliberação, por falta de quórum, de uma determinada proposição, provoque, tanto no plano fático, quanto no jurídico, o resultado que somente a aprovação da proposição poderia produzir.

Em outras palavras: a aventada “suspensão” — ou “sobrestamento” — da discussão é exatamente a decorrência processual da aprovação do requerimento de adiamento. Afinal, na concisa e precisa definição constante do Curso de Regimento Interno da Câmara dos Deputados, “o adiamento de discussão é recurso regimental que tem por finalidade postergar o debate de uma proposição”[1] (grifou-se).

Assim, a prevalência da tese advogada pela nobre Deputada MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS faria exsurgir como fenômenos equivalentes a deliberação e a não deliberação, o que configuraria, com todas as vênias, grave subversão lógica e principiológica do devido processo legislativo, invocado por Sua Excelência na questão de ordem.

 

IV. Não se sustenta, tampouco, o entendimento defendido pela nobre Parlamentar, no sentido de que “a literalidade do dispositivo [artigo 195 do Regimento Interno] indica que a discussão deve permanecer suspensa até a apreciação do requerimento de adiamento”.

Não é isso, em absoluto, o que prescreve o artigo 195 do Regimento Interno, que uma vez mais transcrevemos: “A discussão não será encerrada quando houver pedido de adiamento e este não puder ser votado por falta de número”. Consoante a Presidência teve oportunidade de acentuar na 36ª Sessão Extraordinária, o preceito é claro: se se veda que a discussão seja encerrada, é porque ela pode ser desenvolvida.

Ora, se a pendência de requerimento de adiamento (não votado por falta de número) constituísse óbice à realização da discussão da matéria principal, o comando contido no artigo 195 seria não apenas desnecessário e ilógico, mas contraditório em seus próprios termos.

 

V. Também labora em equívoco a eminente autora da questão de ordem quando afirma que, diante da ausência de deliberação, por falta de quórum, do requerimento de adiamento de discussão, passar-se à discussão do projeto corresponderia a desconsiderar a existência do requerimento. Assim não é, absolutamente, e nem poderia ser. Aliás, verificou-se o exato oposto: a pendência de apreciação do requerimento foi devidamente considerada na 37ª, na 38ª e na 39ª Sessões Extraordinárias, cujos trabalhos se iniciaram, precisamente, com a votação do aludido requerimento.

Aliás, a “utilidade prática” (para empregar a expressão usada pela ilustre autora da questão de ordem) do requerimento reside, exatamente, em tornar impositiva sua submissão ao Plenário, até que seja efetivamente deliberado — sob pena de não se poder dar por encerrada a discussão, conforme determina o artigo 195 (sendo esta, por óbvio, outra “utilidade prática” do requerimento).

 

VI. Por fim, impende consignar que não há nenhuma razão para que se desconsidere o tempo da discussão efetivamente havida anteriormente à aprovação de requerimento que proponha o adiamento da discussão, já que este constitui mera postergação do debate, conforme anteriormente assinalado.

Por essa razão, e também pela ausência de determinação regimental em sentido contrário, o “tempo já utilizado na discussão da matéria” deve ser considerado plenamente válido.

 

Conclusão

VII. Fica respondida, nestes termos, a questão de ordem formulada pela nobre Deputada MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS na 37ª Sessão Extraordinária, realizada no último dia 3 de setembro.

É pertinente registrar que nas considerações tecidas nos tópicos II a VI encontram-se respondidos todos os seis quesitos apresentados no fecho da questão de ordem — dos quais, por sinal, os cinco primeiros constituem variações em torno de um mesmo tema. E, por isso mesmo, mostra-se desnecessário, nesta conclusão, respondê-los um a um. 

 

Assembleia Legislativa, em 23 de setembro de 2025.

ANDRÉ DO PRADO

Presidente

 

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- São inseridas declarações de voto, não lidas em plenário

 

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Declaração de voto favorável ao Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2025, da Mesa Diretora.

 

São Paulo, 24 de setembro de 2025

 

Ao Exmo. Sr. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

 

Excelentíssimo Senhor Presidente, venho por meio deste manifestar meu voto favorável ao Projeto de Decreto Legislativo nº 27/2025, da Mesa Diretora.

O projeto tem por finalidade aprovar a indicação do Senhor Wagner de Campos Rosário para nomeação no cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Sua reputação ilibada, idoneidade moral inquestionável e sua experiência como auditor fiscal, somados aos notórios conhecimentos profissionais adquiridos ao longo da carreira, foram determinantes para que ocupasse o cargo de Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU) entre os anos de 2017 e 2022 e desde 2023 á frente da Controladoria-Geral do Estado (CGE-SP).

Não por menos, teve seu nome indicado para cargo de extrema importância e relevância, onde, com certeza, exercerá com a maior competência, transparência e justiça.

Por essas razões, manifesto meu voto favorável à sua indicação ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado por meio do PDL nº 27/2025.

Aproveito o ensejo para renovar meus votos de estima e consideração.

 

Atenciosamente,

 

Gil Diniz

Deputado

 

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São Paulo, 25 de setembro de 2025

 

Ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de

São Paulo – Deputado Estadual André do Prado

 

Declaração de voto

 

Senhor Presidente, venho, por meio desta, declarar meu voto contrário à aprovação por esta casa do Projeto de Decreto Legislativo 27/2025, que aprovou a indicação do Sr. Wagner Rosário para Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Considerando a importância e a natureza das funções do TCE, e da importância da confiança pública e institucional que se espera de seus Conselheiros, declaro minha contrariedade à nomeação do Sr. Wagner Rosário, por considerar que seu currículo não está a altura de tão digna função.

Entre 2017 e 2022, Wagner Rosário foi Ministro do Governo Bolsonaro, à frente da Corregedoria-Geral da União, justamente no período mais crítico da pandemia da Covid-19. Durante esse tempo, vieram à tona inúmeros escândalos de corrupção envolvendo contratos de vacinas, compra de respiradores e desvio de recursos emergenciais. Apesar de ser a autoridade encarregada de apurar essas irregularidades, o então ministro não instaurou processos internos de investigação. Sua omissão foi tamanha que acabou indiciado pela CPI da Covid pelo crime de prevaricação.

Corregedor-Geral do Estado desde fevereiro de 2023, sua gestão foi marcada por mais um episódio de negligência, tendo deixado de investigar um dos maiores escândalos de corrupção da história recente de nosso Estado: o chamado “Propinaço da Fazenda”, esquema que desviou mais de 1 bilhão de reais dos cofres públicos.

Não bastasse, o indicado também esteve presente na famigerada reunião de 5 de julho de 2022, convocada por Jair Bolsonaro para atacar o sistema eleitoral brasileiro. Ao invés de defender as instituições democráticas, Rosário engrossou o discurso golpista, colocando em dúvida a confiabilidade das urnas eletrônicas e colaborando com a narrativa autoritária de deslegitimação do processo eleitoral.

Por essas razões, esta deputada declara seu voto contrário à sua aprovação.

Solicito que a presente declaração de voto conste em ata da 1ª Sessão Extraordinária do dia de hoje para posterior publicação no Diário Oficial do Estado de São Paulo.

Aproveito o ensejo para renovar os votos de estima e consideração.

 

Atenciosamente,

 

Ediane Maria

Deputada

 

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[1] CARNEIRO, André Corrêa de Sá; SANTOS, Luiz Claudio Alves dos; NÓBREGA NETTO, Miguel Gerônimo da. Curso de Regimento Interno da Câmara dos Deputados. 7ª ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2024, p. 342. Disponível em https://livraria.camara.leg.br/produto/curso-de-regimento-interno-da-camara-dos-deputados/ Acesso em 09.set.2025.

 

Registre-se que há diferenças entre a disciplina regimental da matéria no âmbito da Câmara dos Deputados e no desta Assembleia Legislativa. Todavia, a definição constante da obra citada é perfeitamente aplicável a ambas.