9 DE OUTUBRO DE 2025

140ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: CAPITÃO TELHADA e CARLOS GIANNAZI

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - CAPITÃO TELHADA

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h01min.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

4 - CAPITÃO TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - LEONARDO SIQUEIRA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - CAPITÃO TELHADA

Assume a Presidência.

        

7 - PRESIDENTE CAPITÃO TELHADA

Parabeniza o deputado Leonardo Siqueira por seu pronunciamento.

        

8 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

10 - CAPITÃO TELHADA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - CAPITÃO TELHADA

Assume a Presidência.

        

13 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

14 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

15 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

16 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - EDIANE MARIA

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

18 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

19 - EDUARDO SUPLICY

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

20 - EDUARDO SUPLICY

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

21 - PRESIDENTE CAPITÃO TELHADA

Anota o pedido. Defende a celebração de acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas.

        

22 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

23 - PRESIDENTE CAPITÃO TELHADA

Defere o pedido do deputado Eduardo Suplicy. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 10/10, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 15h31min.

        

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ÍNTEGRA

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Capitão Telhada.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o Expediente. Sendo assim, damos início à lista de oradores deste Pequeno Expediente.

Para iniciarmos a lista de deputados e deputadas inscritos, convidamos para fazer uso da palavra a deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado André Bueno. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.)

Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.)

Deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Excelentíssimo deputado Carlos Giannazi, para fazer uso da palavra no Pequeno Expediente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Telhada, telespectador da TV Assembleia, Sr. Presidente, ontem conseguimos mais uma vitória importante em defesa do Magistério estadual. Eu me refiro a uma ação popular com que o nosso coletivo “Educação em Primeiro Lugar” entrou no Tribunal de Justiça de São Paulo contra uma portaria, a Portaria Conjunta da Secretaria da Educação nº 14, de 2025, e também a Resolução nº 83, a mesma de 2025.

O nosso coletivo “Educação em Primeiro Lugar”, que é composto pela deputada federal Professora Luciene Cavalcante, pelo vereador Celso Giannazi e pelo nosso mandato aqui da Assembleia Legislativa.

Nós ganhamos uma liminar, Sr. Presidente, suspendendo essa portaria, os efeitos dessa portaria, no que se refere à tentativa da Secretaria da Educação em punir os professores por meio do critério da assiduidade, da falsa avaliação de desempenho, que é colocada nessa Resolução nº 83, regulamentada então pela Portaria Conjunta, Coped CGRH nº 14, 2025, que na prática, Sr. Presidente, não leva em conta, não considera falta médica, licença médica, e pune a professora ou o professor que for ao médico, que adoecer.

Ou seja, na prática, professores que ficam adoentados, professor que vai ao médico, professor que precisa tirar uma licença, que precisa fazer uma consulta médica, ele é punido pela Secretaria da Educação.

Ou seja, o direito à saúde, o direito a uma consulta médica, a uma licença médica é negada ao professor e à professora da rede estadual, como determina aqui essa legislação.

Logicamente que o Tribunal de Justiça não tinha outra saída a não ser suspender, atender a nossa ação popular, e nos deu uma liminar, suspendendo exatamente aqui o §1º do Art. 7º dessa Portaria conjunta nº 14, de 2025.

O Estado recorreu, Sr. Presidente. Recorreu aqui através de um agravo de instrumento. Está aqui e saiu o resultado: o Estado perdeu. Então o Tribunal de Justiça garante, mantém a nossa liminar, dizendo, na prática, que a professora pode sim ir ao médico, pode tirar a licença, que ela não será punida por isso, Sr. Presidente.

Então, uma vitória importante do Magistério estadual aqui. Está aqui o agravo de instrumento que foi negado ontem pelo Tribunal de Justiça. Uma derrota para a Secretaria da Educação, para o governo Tarcísio e uma vitória do Magistério. Então a nossa ação popular garante o direito de uma professora ir ao médico, Sr. Presidente, para tratar da sua saúde, sem ser punida por isso.

E nós estamos entendendo, Sr. Presidente, também que essa decisão, que essa nossa liminar, ela se estende também às professoras e professores das salas de leitura da rede estadual, que estão sendo punidas porque tiveram falta médica. Nós entramos já com uma outra ação popular, que está para ser julgada, o CCP entrou também com um instrumento jurídico.

A Apeoesp entrou também com uma ação civil e ganhou, mas me parece que até agora a secretaria não está cumprindo, e mesmo assim já tem a nossa, Sr. Presidente, que a nossa ação popular é de maio de 2025, lá atrás, logo que foi editada tanto a resolução como depois a portaria, que foi editada em seguida.

Tem aqui a data: a portaria é do dia 22 de maio; a resolução é do dia 19 - é um pouco antes. Então, logo em seguida, nós entramos com a ação popular. Então, a nossa ação popular, que teve liminar - e liminar agora confirmada pelo Tribunal de Justiça -, no nosso entendimento, ela já vale também para defender, Sr. Presidente, exatamente as professoras das salas de leitura, até porque a liminar é muito clara.

Ela suspende aqui a aplicação do §1º do Art. 7º da Portaria 14, vedando que sejam computadas como ausências as hipóteses de afastamento legalmente previstas, como de efetivo exercício no Art. 78 da Lei estadual nº 10.261, de 1968, bem como as ausências por motivo de saúde próprias ou de familiares, e outras faltas justificadas na forma da legislação aplicável - aí é que está -, bem como suspender todos os atos administrativos de realocação, cessação de contrato, movimentação funcional ou quaisquer outros que tenham como fundamento o indicador de assiduidade calculado com base no dispositivo ora suspenso.

Então, aqui essa liminar, Sr. Presidente, é muito clara. Na nossa opinião, ela também serve para defender as professoras e professores das salas de leitura.

Era isso, Sr. Presidente, muito obrigado.

E quero aqui, já que a Secretaria da Educação diz que nunca foi citada, que ainda não tem as informações, eu quero aqui, Sr. Presidente, pedir para que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas à Secretaria Estadual de Educação para que a liminar seja cumprida imediatamente.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Está tomado nota, é regimental o encaminhamento do ofício, das palavras do deputado Carlos Giannazi, à Seduc, Secretaria de Educação do Estado.

Dando continuidade à lista de oradores do Pequeno Expediente, convido para fazer uso da palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Teixeira Ferreira. (Pausa.)

Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputada Profª Camila Godoi. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) E deputado Gil Diniz. (Pausa.) Encerrada a presente lista de oradores, entramos na Lista Suplementar.

Eu passo a palavra, nesse momento, ao deputado Carlos Giannazi para dar prosseguimento nessa Lista Suplementar.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando início à Lista Suplementar, com a palavra a deputada Marina Helou. (Pausa.) Com a palavra o deputado Enio Tatto. (Pausa.) Com a palavra a Professora Bebel. (Pausa.)

E com a palavra, agora, o deputado Capitão Telhada, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Senhoras e senhores, uma excelente tarde de quinta-feira, quem nos acompanha na galeria, ao presidente da presente sessão, o deputado Carlos Giannazi, a quem nos acompanha pela TV Alesp, pelos canais de comunicação do YouTube, às assessorias de Polícia Civil e Polícia Militar, todos funcionários da Alesp. Uma excelente tarde.

Senhoras e senhores, me dirijo nesta tarde de quinta-feira, na tribuna da Assembleia Legislativa, para trazer um assunto que, infelizmente, ele é recorrente no nosso dia a dia, no Brasil, no estado de São Paulo, inclusive, que é, sim, a violência, é, sim, o assunto, a pauta de Segurança Pública, que, inclusive, é a pauta mais cara ao nosso mandato, aquela pela qual fomos eleitos para representar as forças de Segurança e o cidadão de bem.

E quero trazer uma ocorrência no último dia 5 de outubro, final de semana, agora. Último final de semana, na cidade de Bertioga, tivemos um crime bárbaro, uma ocorrência covarde, onde quatro criminosos, quatro facínoras, quatro assassinos, ao efetuarem um roubo, uma tentativa de roubo contra um casal e dois amigos que estavam na praia, que estavam na faixa de areia, ali no bairro do Indaiá, em Bertioga, anunciaram o assalto para subtrair corrente e aliança da mão daquele casal.

E, em algum momento, nesse assalto, esses bandidos resolveram atirar contra o cidadão, um trabalhador, um turista, que estava com a sua esposa, com mais dois amigos, sem chance alguma de defesa, sem esboçar qualquer tipo de reação, e foi baleado no rosto. Levou um disparo de arma de fogo na cara por bandidos covardes.

E essa ocorrência chegou ao nosso conhecimento na segunda-feira, dia 6, através da parceria que nós temos com a Prefeitura de Bertioga, do prefeito Marcelo Vilares, da secretária de Segurança Municipal, Thalita Walperes, que nos ligou, nos informou todos os dados, todos os detalhes dessa ocorrência.

A cobrança muito grande por parte da população, e com razão, sobre a prefeitura, sobre as forças de Segurança, porque todo mundo fica chocado com um crime desse. Quando uma vida é ceifada por algo tão pequeno, que é um patrimônio, uma corrente de ouro, uma aliança de ouro, tem um significado sentimental.

Mas quanto a vida vale para esses criminosos? Não é nada, não vale nada, porque eles tiram nossa vida em troco de nada, em troco de uma aliança, e cometem esse latrocínio. De pronto, eu me senti sensibilizado por essa ocorrência, lógico, já atendemos outras desse tipo.

Comprometi-me em conversar com as polícias, com a Secretaria de Segurança Pública, e assim o fiz, no dia 6, logo na segunda-feira. Conversei com o nosso secretário de Segurança, Guilherme Derrite, tive contato tanto com o nosso delegado-geral Artur, quanto com o comandante-geral da PM, Coronel Coutinho.

Está aqui a fotografia do cidadão que foi vitimado, do Márcio, ao lado da sua esposa, que perdeu a sua vida na mão desses criminosos. E, de pronto, as nossas polícias começaram a trabalhar... Já estavam trabalhando, lógico, desde a elaboração do boletim de ocorrência.

Mas dois dias depois da ocorrência. A ocorrência foi dia 5, no dia 7 de outubro, na terça-feira, através de um trabalho de inteligência da Polícia Militar, começou com uma abordagem da PM a um casal em atitude suspeita, conduziu para o Distrito Policial, esse casal revelou para a Polícia Civil que estava lá em Bertioga pegando roupa, pegando equipamentos para os criminosos que tinham fugido para a Grande São Paulo, um grande trabalho de inteligência, unido, contribuindo com informações.

A Guarda Civil Municipal de Bertioga, com a Polícia Militar, com a Polícia Civil, conseguiram rastrear o caminho desses criminosos, e na terça-feira, dia 7 de outubro, o Serviço de Inteligência da PM, ao se aproximar do bairro onde esses criminosos estavam homiziados, aqui já em Cajamar, na Grande São Paulo, foram surpreendidos com disparos de arma de fogo.

Os quatro bandidos que tinham matado uma pessoa inocente, desarmada, por causa de uma aliança, atiraram contra os policiais do Serviço de Inteligência do P2, o BAEP, 5º BAEP, foi acionado, estava nas proximidades, chegou para apoiar, e aí ficou pequeno para os bandidos.

E aí, a troca de tiro se alastrou, restaram lá dois criminosos alvejados e mortos, pelo BAEP, Equipe de Comando e Equipe 90; um indivíduo preso pela Guarda Civil Municipal de Cajamar e um quarto indivíduo que fugiu, mas já está identificado, tenho certeza que em breve pagará pelo seu crime, pagará pelos seus atos.

Detalhe que nos deixa mais revoltados, algo que a gente fala toda semana aqui na Assembleia, isso já é um discurso quase que repetitivo pelos deputados da Bancada da Bala, da Bancada da Segurança Pública, mas que não podemos nunca deixar de falar.

Esse indivíduo que foi morto, o indivíduo que atirou no Márcio, nesse cidadão aqui de bem. Vocês arriscariam dizer, presidente, se ele já foi preso antes? Sim. Ele já foi preso uma vez? Não. Mais. Duas vezes? Não. Mais. Três vezes? Não.

Ele foi preso quatro vezes, com quatro condenações por roubo. Detalhe, a quarta vez que ele foi preso, foi este ano, 2025, preso em flagrante por roubo, reincidente criminal e estava nas ruas.

E por causa de uma lei fraca, uma lei que não protege o policial, uma lei que não protege o cidadão de bem, esse indivíduo, mesmo com várias condenações por crimes graves, como é o crime de roubo, estava na rua e ele tirou a vida de um cidadão de bem por causa da nossa lei frouxa brasileira, que não protege o trabalhador.

Então, fica aqui todo o nosso repúdio e a necessidade de que, no Brasil, todos nós, que hoje estamos eleitos representando o cidadão de bem, possamos ter a consciência de que o endurecimento das nossas leis é algo necessário, é algo acima da ideologia, é algo acima da discussão política. É para proteger o nosso cidadão de bem, as nossas forças de Segurança contra agressores criminosos que não têm respeito nenhum por você, cidadão de bem, nem pelo seu patrimônio, nem pela sua vida, que matam por bel prazer.

 Matam para subtrair pequenos patrimônios e eles não estão nem aí, sabe por quê? Porque eles sabem que eles estão impunes. A impunidade reina no Brasil. Passou da hora da gente acabar com isso.

Para finalizar, presidente, eu parabenizo - não trará a vida de volta do Márcio, não trará a vida do Márcio para o seio da família, o pai, o esposo, o filho, o irmão, não trará -, mas esse trabalho lá da nossa Prefeitura de Bertioga, com a Secretária Municipal, com a Thalita, com o Prefeito Marcelo, com a Guarda Civil, o trabalho dos nossos policiais civis que elaboraram o Boletim de Ocorrência com informações robustas.

O trabalho da nossa Polícia Militar que levantou o trampo, o pessoal da Inteligência junto com o BAEP que chegou lá, enfrentou o criminoso com coragem, o trabalho do nosso delegado-geral Arthur, do nosso comandante-geral Coutinho, do nosso Secretário de Segurança, Guilherme de Derrite, vão levar, no mínimo, um pouco de conforto à família, que vão saber que a justiça foi feita, que os indivíduos pagaram pelo que fizeram.

Poderiam estar atrás das grades, escolheram enfrentar a polícia: dois foram para a “vala”. Um está preso e um, procurado. Logo, logo estará preso também.

Então, parabéns a todos que se empenharam em levar resposta a esse crime bárbaro. E conte sempre, você, cidadão de bem, conte sempre com a bancada da Segurança aqui na Assembleia, porque nós estaremos atentos e prontos para ajudar a todo cidadão de bem e para apoiar nossas forças de segurança, nossas forças policiais.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Seguindo a sequência da lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, já na Lista Suplementar, com a palavra o deputado Leonardo Siqueira, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Eu costumo subir nesta tribuna para fazer, obviamente, como todos os parlamentares, discursos políticos, mas hoje eu queria fazer um daqueles meus discursos que não são políticos, mas que eu acredito que talvez seja o principal da vida.

O plenário aqui hoje está vazio, e a nossa arquibancada também está bastante vazia. Talvez isso para vocês, porque para mim a arquibancada está bastante cheia, pois está ali o meu tio, que é como se fosse um pai para mim depois que meu pai faleceu, quando eu tinha 18 anos. E o irmão do meu avô está ali, tio Jorge, e do lado dele o tio Zé, que também é irmão do meu avô, e a neta ali do tio Jorge.

E eu sou acostumado a subir nesta tribuna e ser chamado, toda vez que tem uma discussão sobre política pública, de: "Ah, Leonardo, tira esse teu terno e vai conhecer a realidade, porque você não conhece a realidade. Você estudou nas melhores escolas aí do Brasil e do mundo, e você não conhece a realidade".

E eu falo: "Sim, eu estudei nas melhores escolas do Brasil e do mundo, graças a Deus, mas eu conheço bastante a realidade". Porque as pessoas confundem, graças a Deus, depois de ter estudado muito, trabalhado muito, os ternos que eu utilizo com a minha história de vida, e que não tem nada a ver. O tio Jorge, ele é irmão do meu avô. Machado, por favor, pode pôr a foto?

E eles vieram lá de São João do Cariri, do Nordeste. Essa é a história da minha família. Então, eles vieram de São João do Cariri, da Paraíba. O meu pai veio de Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, e vieram para São Paulo tentar ganhar a vida, como muitos nordestinos. E o meu avô era motorista de ônibus, faleceu no ano passado, e eu fiz um discurso aqui, exatamente na semana em que ele faleceu.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Capitão Telhada.

 

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O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Então, quando as pessoas falam "você não conhece a realidade", eu falo: "eu conheço bastante a realidade". E não porque me contaram, mas porque eu vivi a realidade. Eu cresci em Itaquera, Artur Alvim, e a gente faz parte de uma família que é o fruto que a gente quer para o Brasil de verdade: que as pessoas se dediquem e que as próximas gerações possam ter cada vez futuros melhores. E é isso que aconteceu com a gente.

Então, o meu avô, que chegou aqui em São Paulo como motorista de ônibus, que foi da Polícia Militar, que na época nem era Polícia Militar, era guarda civil... Qual que era, Capitão?

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Tinha a Força Pública e tinha a Guarda Civil, ambas eram estaduais.

 

O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Exato. Ele era da Força Pública e motorista de ônibus. E, duas gerações depois, com muito estudo e muito esforço dele, o neto dele está aqui, ajudando a escrever a história da cidade e do estado de São Paulo. Então, sim, eu estudei nas melhores escolas com muita dedicação deles.

Mas essa é a história da nossa família. E não que houvesse algum problema em ser rico, porque a gente não pode ser hipócrita. Para que a gente acorda e trabalha todos os dias? Para que nossos filhos possam ter uma condição melhor do que a gente teve. E daí, quando alguém chega lá, a gente vai criminalizar esse cara?

Não, a gente tem que parabenizar essas pessoas. Então, eu não tive essa infância, mas, se eu tivesse, não teria tido problema nenhum. E, se Deus quiser, meu filho vai ter mais facilidades do que eu tive, porque é para isso que a gente trabalha e se dedica todos os dias.

E aí o tio Jorge me falou um negócio ontem que eu entendi muito bem. Ele falou: "Obrigado pelo seu sucesso". E eu entendi exatamente isso, porque, dessa história toda, eu tive noventa mil votos, e o que mais me orgulha de todas as coisas é que não é uma vitória minha, é uma vitória daquele Brasil que dá certo.

Porque, sim, é natural que a gente tenha um Brasil entre esquerda e direita, um Brasil um pouco mais liberal e mais conservador, mas a verdadeira divisão para mim, eu acho que é o Brasil que dá certo e o Brasil que não dá certo.

Então, quando ele fala “obrigado pelo seu sucesso”, é porque no fundo eu sei que eles estão dizendo para eles mesmos que valeu a pena: que valeu a pena para o meu avô; que valeu a pena para o meu pai, que faleceu quando eu tinha 18 anos e era mecânico de avião; que valeu a pena para minha mãe, que é professora lá em Itaquera, nesse exato momento, lá na Emei Goiti. Então, quando ele fala “obrigado pelo seu sucesso”, eu entendi exatamente isso que ele estava dizendo.

Agora, eu... Muitas vezes eu falo aqui que eu vim de uma condição muito difícil e eu vim do nada. E aí, por isso, eu conquistei muitas coisas. Mas - e eu andei pensando - isso não é 100% verdade.

Aliás, isso não é verdade e eu estou errado em falar isso, porque, quando eu digo que eu vim do nada, então significa que eu estou dizendo que minha mãe, meu pai, o tio Jorge, o Zé, o meu avô, eles não fizeram nada por mim. E se eles ouvem isso, eles falam: “Pô, então, foi isso que eu fiz para ele? Eu fiz ele sair do nada?” E isso não é verdade.

A verdade é que, sim, eu vim de uma condição financeira desfavorável. Então, como eu falei, meu pai era mecânico, minha mãe é professora, eu nasci em Itaquera, mas, na verdade, eu tive tudo, porque, se você tem uma família, se você tem exemplos, se você tem valores na sua família, você não precisa de dinheiro.

Porque, se você tem tudo isso, você consegue conquistar essas coisas. Então, não é verdade quando eu digo que eu vim do nada. Eu me expresso mal, na verdade. A verdade é que eu vim de uma condição financeira desfavorável, mas eu tive tudo o que as melhores famílias poderiam ter em casa, que era o exemplo, que eram os valores de acordar cedo, de trabalhar, de ser honesto e de cuidar das próximas gerações.

Então, por isso que eu decidi fazer esse discurso hoje. Não é para mim, porque, apesar de para mim também ser importante, óbvio, de eu ver isso, é principalmente para eles. Que o meu pai, aonde quer que ele esteja, se ele estiver ouvindo, ou o meu avô, ou a minha avó que já faleceu, para que eles saibam que valeu a pena. Só um minuto. Para que eles saibam que valeu a pena.

Então, é essa a história que eu queria deixar. Para que, antes que a gente fale só de um Brasil de esquerda e de direita, se tem uma coisa que une os 200 milhões de brasileiros, é que a gente vive no mesmo País, no mesmo espaço de tempo, e que a gente quer deixar um futuro melhor para os nossos filhos.

E que, antes de a gente estragar as nossas famílias por causa da política, por causa de qualquer outra coisa, saiba que o grande objetivo é isso: que a gente possa deixar um futuro melhor e que a gente possa deixar condições melhores para os nossos filhos, para os nossos netos, e que a gente deixe um legado. Com certeza eles deixaram para mim. E agora eu quero deixar para as próximas gerações.

Obrigado presidente. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Muito obrigado, excelentíssimo deputado Léo Siqueira, ou Leonardo, no caso, aqui, com a família que acompanha, na galeria. Sejam bem-vindos, tio Jorge, eu não me lembro, Zé, tio Zé.

Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa. Parabéns pelo familiar, pelo grande deputado Leonardo Siqueira, um guerreiro aqui, lutando pelo nosso povo paulista todos os dias. Parabéns pela formação e pela família. E parabéns por terem sangue aí de polícia também na família, né, de força pública. Muito bacana.

Dando continuidade na Lista Suplementar, convidamos para fazer o uso da palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Telhada, deputado Leonardo Siqueira, telespectador da TV Assembleia, público aqui presente.

Sr. Presidente, eu quero aqui dizer que o governo estadual, a gestão Tarcísio/Feder, continua a sua sanha em destruir a Educação pública do estado de São Paulo. A maior rede de ensino da América Latina está sendo destruída, arruinada, sucateada pela política educacional desse governo, que de política educacional não tem nada, Sr. Presidente.

Eu quero me referir a um dos aspectos dessa destruição, que são vários aspectos. Um deles é o fechamento de salas e turnos do ensino médio, do curso regular noturno, que eu já venho denunciando há um bom tempo aqui na tribuna, na Comissão de Educação. Acionei o Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas do Estado, até mesmo o Tribunal de Justiça, através de várias medidas. Mas isso não tem mais limite, o governo não para de fechar salas e turnos em todo o estado de São Paulo.

Isso impede que alunos trabalhadores, alunos que só podem estudar no noturno, tenham acesso ao ensino médio, tanto no ensino regular como também na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. Eu quero aqui mostrar que há muita mobilização e descontentamento em todo o Estado. Mas eu quero ilustrar com o caso de uma escola aqui da Leste 1, na região da Penha.

Eu me refiro aqui à Escola Estadual Nossa Senhora da Penha, que está mobilizada, que está sendo ameaçada de ter o seu curso noturno fechado pelo governo Tarcísio, pela Secretaria da Educação, pelo empresário, que se diz secretário da Educação, que não tem nada de secretário da Educação, o Renato Feder. Quero mostrar só um pequeno trecho da fala dos alunos no evento, fazendo um protesto, fazendo um apelo à Secretaria da Educação, para que não feche o curso noturno. Vamos colocar aqui.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Então, aqui, é o que está acontecendo em várias regiões do Estado: fechamento em massa de salas e turnos, não só do ensino médio regular, mas também de Educação de Jovens e Adultos.

Não é à toa que o governo, para sacramentar o fechamento de EJA, ele lançou o programa “EJA Flexível”, que é aquele EJA a distância, que o aluno só vai uma vez por mês na escola, e as turmas são formadas com até 550 alunos.

Mas nós entramos com a ação popular e conseguimos suspender, através de uma liminar, esse programa, que é uma afronta ao direito à Educação de Jovens e Adultos que não tiveram acesso ao ensino médio na idade própria.

Então, nós conseguimos, através de uma liminar, suspender o “EJA Flexível”, mas o governo continua fechando, em várias, nas 91 diretorias de ensino do estado de São Paulo.

Quero até sugerir que todas as comunidades que estiverem ameaçadas façam vídeos. Mandem para a imprensa, mandem os vídeos para o governador do Estado, para os deputados estaduais, para os deputados federais.

Denunciem através das redes sociais. Façam manifestações na frente da Secretaria da Educação, façam manifestações na frente das Diretorias de Ensino de cada região, protestando, denunciando e exigindo que os cursos noturnos sejam mantidos.

Porque nós, aqui, estamos cumprindo o nosso papel denunciando, acionando o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Contas, contra o fechamento do curso noturno. Até porque, a nossa legislação de ensino é muito clara em relação à manutenção desses cursos: que o aluno, o trabalhador, tem direito a estudar no curso noturno, adaptado à sua realidade.

Está na lei, na Constituição Federal, na LDB, em toda a legislação de ensino. Então o governo fecha salas para talvez economizar custo, porque para ele Educação é custo - para nós é investimento -, como ele fez agora, aprovando a PEC, retirando, Sr. Presidente, mais de 11 bilhões de reais da Educação por ano com a famosa PEC 9, que foi aprovada pela base do Governo, que reduziu o orçamento da Educação de 30 para 25 por cento.

Então, Sr. Presidente, nós vamos continuar a nossa luta contra o fechamento de salas e turnos na rede estadual e vamos continuar cobrando também para que o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado tomem providências imediatas contra esse crime, contra esse ato terrorista que está prejudicando a Educação, sobretudo os nossos alunos trabalhadores.

Quero, ainda, Sr. Presidente, para concluir o meu pronunciamento, não posso deixar de registrar um manifesto aqui, um documento da Aspal, que é a Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Assembleia Legislativa, um documento sobre a famigerada reforma administrativa que está sendo debatida agora no Congresso Nacional.

Hoje, por coincidência, nós vamos realizar uma audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo contra a reforma administrativa, que está sendo promovida pela deputada federal Luciene Cavalcante, pelo vereador Celso Giannazi e pelo nosso mandato, na Câmara Municipal de São Paulo, com todas as entidades representativas do estado de São Paulo, Sr. Presidente.

Só quero ler rapidamente aqui um trecho desse importante documento da Aspal, que diz o seguinte. “Tramita no Congresso Nacional a famigerada reforma administrativa, que nada mais é que a PEC 32, de 2020, camuflada e piorada, trazendo em seu bojo maldades que visam esvaziar e sucatear o serviço público e acabar com os direitos dos servidores públicos, que já foram esvaziados com diversas reformas anteriores, principalmente no campo da Previdência.

Por incrível que pareça, essas medidas, embora alguns deputados façam campanha no sentido contrário para agradar a opinião pública, virão a prejudicar os serviços públicos, as pessoas carentes, beneficiando grupos empresariais que estão de olho na terceirização e privatização dos serviços públicos.

E, embora muitas pessoas não acreditem, as medidas preconizadas pela reforma administrativa, inclusive o fim da paridade disfarçada, o fim das carreiras, uma tabela única para os três poderes, virão trazer a destruição do serviço público e atingirão também os aposentados, por incrível que pareça, pois sem carreiras não haverá paridade entre servidores da ativa e inativos, aposentados e pensionistas.”

É muito importante que a Aspal tenha chamado atenção para essa questão, que essa reforma administrativa vai prejudicar os aposentados e pensionistas também, Sr. Presidente.

“Outro ponto que prejudicará os aposentados é que, com a aprovação da reforma, haverá um número muito maior de servidores em caráter temporário, que não contribuirão para o regime próprio da Previdência, o que fragilizará ainda mais a Previdência dos servidores. Em breve poderá haver muita dificuldade até para o pagamento dos vencimentos.”

Então é muito importante, Sr. Presidente, que também os pensionistas, que os aposentados entrem nessa luta contra a reforma administrativa, porque todos serão prejudicados, os servidores da ativa e também os aposentados e pensionistas.

Parabéns, Aspal. Recebi este documento do Gaspar e fiz questão de ler e divulgar este importante documento aqui, na tribuna da Assembleia Legislativa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Obrigado, excelentíssimo deputado Carlos Giannazi. Convido V. Exa. para assumir a Presidência novamente, da sessão, para que eu consiga fazer uso da palavra.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente, já na Lista Suplementar, agora com a palavra o deputado Capitão Telhada, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi.

Senhores e senhoras, nesta semana tive oportunidade de realizar, durante dois dias, na última terça-feira agora, dia sete, e na quarta-feira, dia oito, agendas ligadas às nossas polícias, ligadas à Secretaria de Segurança Pública, no interior de São Paulo. Tive a oportunidade de visitar as cidades de Bauru, Ourinhos e São José do Rio Preto, junto com nosso secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite; junto com os dois chefes de polícia, da Polícia Civil, da Polícia Militar; junto, inclusive, com outros parlamentares, como o nosso deputado federal Maurício Neves, que nos acompanhou em Bauru e em Ourinhos, nosso deputado Delegado Olim, que nos acompanhou também lá em São José do Rio Preto.

Agendas extremamente válidas, porque nós conseguimos estabelecer, ouvir, coletar as demandas das nossas polícias. Estivemos no CPI 4, que é o grande Comando do Interior, lá de Bauru; estivemos no 31º Batalhão, que é o batalhão de Ourinhos; estivemos no Deinter 5, que é a grande Diretoria de Interior da Polícia Civil, em São José do Rio Preto; e no CPI 5, lá em Rio Preto também.

Não só coletando demandas, não só conversando com os nossos comandantes de batalhão, com os nossos policiais militares, sargentos que estão no dia a dia comandando a tropa diretamente no terreno, nossos cabos e os soldados, nossos investigadores, mas também conversando com aqueles em formação.

Tivemos contato com 71 escrivães de polícia que estão em formação e em breve serão direcionados, serão distribuídos em toda a região lá de Rio Preto. E principalmente, pessoal, entregando.

Tem aqui uma fotografia, uma imagem que eu mandei para o Machado, está aqui ao nosso lado: uma imagem minha lá em Rio Preto. Só nesse dia, em São José do Rio Preto, 62 viaturas para a Polícia Militar e para a Polícia Civil; viaturas zero quilômetro, viaturas grandes. Tinha Trailblazer, tinha Renault Duster - se não me engano, esse modelo.

Mas viaturas que levam condição de trabalho para o nosso policial executar com excelência, com segurança e com dignidade a sua missão constitucional, que é proteger o cidadão. Mas também leva ao cidadão justamente a presença policial.

A gente conhece as dificuldades das polícias hoje: efetivo, equipamento, viatura bem condicionada para trabalhar. Então, são entregas, pessoal, entregas de viaturas em Rio Preto, entregas de viaturas em Bauru, entregas de viaturas em Ourinhos.

E, lógico, dentro desse assunto, um tema que a gente também discutiu muito, inclusive, nessas cidades do interior de São Paulo, foram os últimos fatos ligados à falsificação de bebidas. Todos nós aqui acompanhamos, infelizmente, essas fatídicas mortes, esses óbitos a que falsificadores bandidos levaram cidadãos desavisados, que infelizmente consumiram uma bebida alcoólica adulterada, com metanol, e acabaram tendo a sua vida prejudicada, sua saúde prejudicada; alguns, inclusive, chegando a óbito.

Nós acompanhamos essas últimas discussões, e eu quero dizer que conversei com o secretário de Segurança, falei acerca de um projeto de lei que nós apresentamos aqui na Assembleia, eu quero deixar registrado: um projeto da minha autoria, da minha equipe, Projeto de lei nº 1.045, de dois de outubro de 2025. Eu crio, através desse projeto, justamente um programa estadual de prevenção e combate à adulteração de bebidas.

Eu me debrucei por alguns dias, com a minha equipe, sobre esse tema, logo nas primeiras notícias, quando entrou o mês de outubro. E a gente criou aqui um programa, a meu ver, muito interessante, já mandei para o nosso secretário de Segurança, já mandei para o nosso secretário da Fazenda, porque a SEFAZ está envolvida também na fiscalização de notas fiscais, de comércios.

Mandei também para a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que também deve estar atenta a esse tema. É um projeto que eu acredito que possa contribuir demais com as futuras iniciativas do nosso governo. Sei que o governador está extremamente preocupado com essa situação.

Todos temos conhecimento da criação de um gabinete, que foi chamado de gabinete de crise, mas montado, onde o governador montou esse gabinete e trouxe para si a responsabilidade, em que pese que a grande responsabilidade de fiscalização desses produtos é municipal, é uma fiscalização municipal, e o governador trouxe para si essa responsabilidade.

Eu acredito que aporte aqui na Assembleia Legislativa, em breve, alguma iniciativa, alguma proposta de lei do próprio executivo, do próprio governo. Sei que outros parlamentares também apresentaram diversas propostas legislativas, sugestões ao nosso governo, e a nossa casa civil que reúne as propostas dos parlamentares. Tenho certeza absoluta que podemos contribuir muito para essa proposta que eventualmente irá portar aqui na Alesp.

Eu gostaria, presidente, rapidamente de destacar alguns pontos aqui do meu projeto de lei: o objetivo principal é prevenir e reprimir a circulação de bebidas alcoólicas que sejam adulteradas, ou falsificadas; assegurar ao consumidor, que é o nosso principal objetivo; a proteção da saúde pública; a proteção do consumidor através de identificação da procedência e da autenticidade das bebidas; proteger a saúde coletiva contra esse risco de intoxicação e morte.

Fortalecer, isso é muito importante, os mecanismos de fiscalização e rastreabilidade mediante uso de tecnologia que está aí para a gente usar; integração entre as instituições.

Infelizmente municípios, estado e federação puxam para um lado, puxam para o outro, um órgão faz uma parte, o outro órgão faz outra parte de controlar isso, de rastrear, de saber da origem, de saber de onde vem. Então muito importante as agências de vigilância, Procon, Polícia Civil, todas as agências se conversarem.

Outro ponto como objetivo: garantir que a comercialização de bebidas observe padrões de legalidade, de higiene e de regularidade tributária, promover a responsabilização administrativa de produtores, importadores, distribuidores e comerciantes que descumprem a legislação e, que eu gostaria de destacar aqui que é muito importante, presidente, a viabilidade.

Quando a gente cria uma lei, a gente tem que se preocupar se ela é viável, se ela é aplicável ou não. Então, dentro desse Projeto de lei nº 1.045, a gente coloca uma forma escalonada para a lei ser cumprida entre grandes fabricantes, médios e pequenos fabricantes.

Os objetivos de controle dos sumos, sobre o pós uso, após a utilização da bebida o que fazer com as garrafas, a reciclagem, a destruição... Existem algumas propostas aqui e penalidades. Nessa lei nós criamos penalidades administrativas, corresponsabilidade do comércio que distribui ou vendem bebidas com riscos de serem adulteradas, ou, sabidamente, adulteradas e falsas.

Enfim, o nosso objetivo é proteger o cidadão, dar meios para que as nossas policias, as nossas agências possam fiscalizar e cumprir o seu dever e principalmente - acredito que falo por todos aqui, nossos pares, nossos deputados estaduais - a Casa está disponível e extremamente interessada em discutir esse tema.

Seja com os nossos projetos de lei, seja com projeto de lei que, eventualmente, vier do governo, mas nós temos que criar uma resposta não politiqueira, mas prática no dia a dia para que o cidadão tenha segurança, que o comerciante tenha credibilidade e ofereça um serviço de qualidade ao cidadão, e que nós não tenhamos novos casos de intoxicações e mortes.

Para encerrar definitivamente, parabéns as nossas polícias que tem trabalhado sobre esse tema. A Polícia Civil já apreendeu praticamente 320 mil rótulos falsificados, vasilhames que seriam utilizados para bebidas falsas e estariam aí no mercado paulista já foram apreendidos.

Quarenta e uma pessoas presas, 41 bandidos que faziam essas falsificações em Sumaré, em Americana, em Caraguatatuba e em Osasco. No estado todo operações estão sendo realizadas para levar segurança para o nosso cidadão de bem.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado, deputado Telhada. Agora com a palavra o nobre deputado Eduardo Suplicy, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Carlos Giannazi, queria informar que estive há pouco no Auditório José Bonifácio, onde tivemos um diálogo com os representantes do governo municipal, estadual e federal sobre a questão dos vendedores ambulantes em São Paulo.

Tivemos um diálogo muito proveitoso, onde foram apresentadas diversas solicitações para que haja o devido respeito aos vendedores ambulantes em São Paulo.

Mas eu gostaria aqui de comentar da solenidade de entrega de atestados de óbitos retificados às vítimas da ditadura militar e sobre a sessão solene de outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao jornalista Vladimir Herzog.

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- Assume a Presidência o Sr. Capitão Telhada.

 

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Na tarde de ontem, tive a honra de participar, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, de uma cerimônia histórica profundamente emocionante: a entrega de mais de 100 certidões de óbitos retificadas de mortos ou desaparecidos políticos durante a ditadura militar.

Quero dizer que cada certidão de óbito retificada entregue aos familiares das vítimas da ditadura militar reafirma a necessidade de compromisso que o Brasil tem que ter com a sua própria história: o compromisso de reconhecer a verdade da história daqueles e daquelas que lutaram por liberdade, pela democracia, pelos direitos humanos e o compromisso com a memória, com a justiça e com a reparação.

Parabenizo todos os membros da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos que têm dado efetividade à Resolução nº 601, de 2024, do Conselho Nacional de Justiça.

Essa resolução determina aos cartórios de todo o País a retificação do registro de óbito das vítimas da ditadura militar reconhecidas como mortas ou desaparecidas pela Comissão Nacional da Verdade ou pela própria Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos.

Em tempos em que setores da sociedade ainda tentam negar ou relativizar os crimes da ditadura, é fundamental reafirmar que sem memória, verdade, justiça e reparação não há democracia possível.

O ato de ontem foi um chamado à responsabilidade do Estado e de todos nós. A democracia não se defende apenas nas urnas, se defende e se constrói todos os dias, quando enfrentamos o negacionismo, o autoritarismo, as tentativas de se apagar a história.

Quero prestar a minha mais profunda homenagem a cada família que nunca desistiu de fazer justiça pela reparação histórica de seus entes queridos, por todas as vítimas e seus familiares, pela sociedade mais humana, justa, e substancialmente democrática, pela qual continuamos lutando.

Precisamos continuar lembrando e garantindo que se efetive justiça e reparação em todos os casos de violência do Estado, de forma a não deixar que o perigo de projetos políticos autoritários e de morte ganhe campo em nosso País.

Também gostaria de destacar que um dos atestados de óbito retificados entregues na data de ontem foi o do jornalista, intelectual e professor Vladimir Herzog, que foi brutalmente assassinado nos porões de repressão em 25 de outubro de 1975.

Sua morte, agora, finalmente reconhecida pelo Estado brasileiro como resultado da tortura e da violência política, tornou-se símbolo da luta pela liberdade de expressão e pela dignidade humana.

Neste ano em que se completam 50 anos do seu assassinato, eu propus que esta Casa Legislativa entregue a sua mais alta honraria à Vladimir Herzog, “in memoriam”. Quero convidar a todas e todos para comparecerem à sessão solene de outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo à Herzog, que será realizada no próximo dia 23 de outubro, às 19 horas, neste plenário.

Mais do que uma homenagem, a entrega do colar será um posicionamento político e ético. Ao lembrarmos Vladimir Herzog, reafirmamos que o Brasil não pode e não deve esquecer, reafirmamos que a memória é parte essencial da democracia e que sem enfrentar o passado, o País não poderá construir plenamente o seu futuro. Assim, conto com a presença de todos.

Gostaria ainda de registrar que o presidente Lula criticou, na noite de ontem, a decisão do Plenário da Câmara dos Deputados de retirar da pauta a votação da Medida Provisória nº 1303, de 2025, que taxaria rendimentos de aplicações financeiras e as apostas esportivas e compensaria a revogação do decreto que previa aumento do imposto sob operações financeiras. A medida provisória precisaria ser aprovada até esta quarta-feira para não perder a eficácia com a retirada da pauta. O texto caducou.

“A decisão da Câmara de derrubar a medida provisória que corrigia injustiças do sistema tributário não é uma derrota imposta ao governo, mas ao povo brasileiro. Essa medida reduzia distorções ao cobrar a parte justa de quem ganha e lucra mais. Dos mais ricos. Impedir essa correção é votar contra o equilíbrio das contas públicas e contra a justiça tributária”, escreveu o presidente em uma postagem nas redes sociais.

Disse ele que “O que está por trás dessa decisão é a aposta de que o país vai arrecadar menos para limitar as políticas públicas e os programas sociais que beneficiam milhões de brasileiros. É jogar contra o Brasil”.

Eu espero que em futuro breve, possa o Congresso Nacional e o governo do presidente Lula colocar em prática aquilo que já é lei, aprovada por todos os partidos, sancionada pelo presidente Lula em 8 de janeiro de 2004, há 21 anos.

E que conforme diz a Lei, promulgada pelo presidente Lula de 2023, nº 14.601, que este incluiu o “Auxílio Brasil”, recriou o “Bolsa Família”, afirmando que se trata da gradual implementação da universalização da “Renda Básica de Cidadania”, que um dia será o direito de todos os brasileiros e brasileiras e, inclusive, estrangeiros aqui residentes há cinco anos ou mais.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Dando continuidade na lista de oradores na Lista Suplementar, convido o deputado Carlos Giannazi a fazer o uso da palavra pelo tempo remanescente do Pequeno Expediente.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Agradeço sua atenção para com a minha presença aqui.

Muito obrigado, Coronel Telhada.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Obrigado, deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Capitão Telhada, telespectador da TV Assembleia. Sr. Presidente, ontem, a Câmara Federal traiu novamente o povo brasileiro quando tirou da pauta, quando negou a votação da Medida Provisória nº 1303, a medida provisória do governo federal que iria taxar justamente, Sr. Presidente, os bancos, as fintechs e as bets e os bilionários, não é? A famosa medida provisória que taxa os “BBBs”, bilionários, Bets e bancos, que taxa o andar de cima da sociedade, os bilionários.

E o Congresso Nacional, através da extrema direita, dos deputados bolsonaristas, da extrema direita mais o Centrão fisiológico, então, esses setores se uniram e sabotaram, boicotaram a aprovação da Medida Provisória nº 1303, Sr. Presidente, que iria trazer ao orçamento público mais de 30 bilhões de reais, para investimento no SUS, no Sistema Único de Saúde, na Educação, na Segurança Pública, na Assistência Social, na geração de empregos.

Era isso que estava em jogo ontem, na Câmara dos Deputados, mas, como sempre, os sabotadores do Brasil, que defendem a taxação do Trump aqui no Brasil, que defendem golpe de Estado, que defendem a transferência de dinheiro público para os grandes grupos econômicos, que defendem as bets, os banqueiros nacionais e internacionais, os grandes proprietários, o “agronegócio”, eles sabotaram mais uma vez o Brasil.

Até aí, nós sabíamos que isso poderia acontecer. Agora, o que aconteceu de mais grave é que o governador do estado de São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas, estava junto, articulando essa sabotagem, esse golpe, não contra o governo, não foi contra o governo Lula, foi contra o povo brasileiro, contra o Orçamento Público.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Deputado Carlos Giannazi, peço um segundinho só para encerrar o Pequeno Expediente e dar início ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Vossa Excelência está aqui na lista.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu queria falar pelo Art. 82, Sr. Presidente. Nem vou usar o Grande Expediente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Perfeito. É regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Obrigado, Sr. Presidente. Então, só voltando, o governador Tarcísio de Freitas participou da grande sabotagem ao Orçamento federal. Parece-me que ele é candidato, pretende ser candidato à Presidência da República, então ele já começa a fazer campanha contra o governo, contra o presidente Lula, mas sabotando o orçamento do povo brasileiro.

Está aqui, olha. Isso foi confirmado, que ele ligou, que ele articulou com os líderes partidários. Está aqui, olha: “Líder do PL desmente Tarcísio e diz que ele ajudou a derrubar a medida provisória”, que iria, repito, taxar os grandes bancos, as fintechs, aquelas fintechs que estão, muitas delas, articuladas com o crime organizado aqui em São Paulo. Teve a investigação da Polícia Federal, do Ministério Público. Essas fintechs articuladas com o crime organizado aqui em São Paulo, Sr. Presidente.

Está aqui, olha: o próprio líder do PL, que é o partido do Bolsonaro, da extrema-direita, aliado do Tarcísio, foi fazer um agradecimento ao Tarcísio, agradecer ao Tarcísio porque ele conspirou, ele ajudou, ele conversou com os líderes partidários, com o PP, com o Republicanos, com o próprio PL, com o partido União Brasil, para dar o golpe nos brasileiros e brasileiras, no orçamento da Educação, da Saúde, da Assistência Social, dos pobres, de quem mais precisa do Orçamento público.

Então, quero fazer essa denúncia. O governador, ao invés de cuidar do estado de São Paulo, de resolver a questão da contaminação das bebidas alcoólicas com metanol... Que ele não resolveu ainda e ainda fez gracinha, piada sem graça, dizendo que ele só iria se preocupar se a Coca-Cola estivesse contaminada, porque ele gosta de Coca-Cola. Só que a piada não teve graça e ele teve que, depois, se desculpar por isso.

Mas quero colocar aqui um vídeo do líder do PL agradecendo, ontem, após a votação, agradecendo ao Tarcísio, para provar que o governador está faltando com a verdade quando diz que “não, não participei de nada, estou preocupado com São Paulo”. Então, ele falta com a verdade, porque o líder do PL desmente o Tarcísio.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL, agradecendo a intervenção do governador Tarcísio de Freitas para sabotar o orçamento do Brasil, para sabotar o povo brasileiro.

Repito, Sr. Presidente, o governador deveria estar preocupado com os casos de corrupção do governo lá na Secretaria da Fazenda, onde um único auditor fiscal ganhou mais de um bilhão de reais envolvendo a Ultrafarma e tantas outras empresas. Tem uma máfia aqui no estado de São Paulo.

Cadê o governador? Não falou nada sobre o que aconteceu na Secretaria da Fazenda, deputada Ediane. O caso do crime organizado tomando conta. O Sóstenes fala que ele está combatendo o crime organizado; está nada, é mentira. Ele está defendendo. Quando saiu o caso da bebida contaminada, ele se apressou já, a primeira coisa, nem tinha investigação, ele falou: “Não, o crime organizado não tem nada a ver com isso”.

Ele saiu já defendendo o crime organizado. O crime organizado está na Faria Lima, está no agronegócio, aí as investigações mostram isso, nos postos de gasolina, em vários setores aqui da economia do estado de São Paulo, na cara do governador.

Inclusive tinha até uma pessoa na sua comitiva envolvida, um policial que acompanhava a comitiva, que era articulado com o crime organizado, a principal doadora da campanha dele, uma mulher muito rica do interior de São Paulo, uma latifundiária ligada ao crime organizado doou mais de quinhentos mil reais para a campanha dele.

Então, não tem nada de combate ao crime organizado aqui no estado de São Paulo, não. Então, o governador Tarcísio traiu o povo brasileiro, mais uma vez, usando o cargo dele de governador do Estado para pressionar os deputados a sabotar a Medida Provisória n.º 1.303.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Obrigado, Excelentíssimo Deputado Carlos Giannazi.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem, deputada Ediane Maria.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Gostaria de usar o Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Perfeito. Só vou concluir a chamada dos oradores inscritos já no Grande Expediente, que o deputado Eduardo está entre inscritos, está bom? Em seguida, a gente concede a fala à senhora. Então, dando continuidade à lista de oradores do Grande Expediente, convido o deputado André Bueno. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Thiago Auricchio. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, no Grande Expediente, em permuta com o deputado Reis.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro Presidente Capitão Telhada, gostaria de comentar aqui a notícia que saiu na “Folha de S. Paulo” hoje sobre os 13 brasileiros participantes da flotilha que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza: pousaram no Aeroporto de Guarulhos pouco depois das dez horas desta quinta-feira, dia 9, após serem presos e deportados por Israel ao longo da última semana.

Diz Daniela Arcanjo, jornalista, que entre os integrantes da iniciativa organizada pelo Movimento Global Sumud, estavam Thiago Ávila, também detido por Israel na empreitada anterior da organização, a deputada federal Luizianne Lins, do PT do Ceará, a vereadora Mariana Conti, do PSOL de Campinas e a presidente do partido no Rio Grande do Sul, Gabrielle Tolotti.

Os ativistas foram recebidos por gritos dos militantes e abraços e choro dos familiares que os aguardavam formando uma aglomeração sob cartazes de protestos e bandeiras da Palestina. Um dos cânticos entoados foi “Do Rio ao Mar - Palestina Livre Já”, considerado antissemita por entidades judaicas por implicitamente não reconhecer a existência do Estado de Israel entre o Rio Jordão e o mar palestino.

Os ativistas foram recebidos por gritos. Em seguida, jornalistas, Ávila, também preso em outra missão, celebrou a trégua firmada nesta quarta. A mobilização popular levou à condição de que, dois anos após a escalada do genocídio, não tenha a bomba caído sobre o povo de Gaza. “Essa é uma vitória do povo palestino”, afirmou. “O essencial, no entanto, não muda”, continua o ativista pedindo novamente o fim do bloqueio de Tel Aviv.

O grupo de deportados pediu ainda que o governo brasileiro rompa relações com Israel, ecoando gritos dos militantes. Cerca de 80 militantes esperavam os brasileiros no aeroporto, incluindo a deputada federal Sâmia Bonfim, do PSOL de São Paulo.

A parlamentar disse ter decidido receber os ativistas, dentre os quais três de seus correligionários, devido às denúncias de maus-tratos que eles dizem ter sofrido em Israel pelas ameaças ao mandato de Mariana Conti, após sessão conturbada nesta quarta, na Câmara Municipal de Campinas, que decidiu adiar a votação para abrir uma comissão e apurar a ação da política. “A Mariana é uma militante, milita no PSOL até antes de mim”, afirmou Sâmia sobre as críticas.

Eles cumpriram com uma missão humanitária, que é um dos símbolos das lutas de nossa geração. Jihad Kadri, filho de Mohamad El Kadri, médico e coordenador do Fórum Latino Palestino, também esperava o pai envolto em um “keffiyeh”, lenço que é símbolo da causa palestina. "Ele já tentou entregar ajuda humanitária em Gaza duas vezes, e foi barrado em ambas", diz Jihad, ao contar ter tentado dissuadir o pai da última empreitada, mas "Ele foi irredutível, é a causa da vida dele."

Os ativistas foram mantidos na prisão de Ktzi'ot, no deserto do Negev, perto da fronteira com o Egito. Após serem deportados, eles foram transferidos por via terrestre até a Jordânia, onde receberam assistência de autoridades consulares brasileiras. O grupo embarcou na última quarta-feira (8) de um voo comercial que saiu da capital jordaniana, Amã, e que fez escala em Doha, no Qatar.

A organização lançou uma vaquinha na terça para arcar com o custo das passagens. O Itamaraty, que atuou para que os brasileiros fossem libertados, não cobrirá os custos do retorno.

O PSOL está arcando com os gastos de passagens de Conti e de Tolotti, e a assessoria de Luizianne afirma que a própria parlamentar está pagando o translado. A flotilha partiu de Barcelona no dia 31 de agosto com destino à Faixa de Gaza, que enfrenta uma guerra há dois anos. Ao longo do trajeto, a iniciativa passou por portos como o de Túnis, na Tunísia, onde outras embarcações se juntaram à flotilha.

Ao todo, 44 barcos navegavam pelo mar Mediterrâneo com mais de 460 integrantes de mais de 40 países, além de ajuda como água, medicamentos e fórmula infantil - o território palestino passa por uma crise humanitária devido ao bloqueio de Israel.

Na quarta-feira passada, dia 1º, a tripulação de alguns dos cerca de 40 barcos que compõem a flotilha foi interceptada por Israel, que prendeu os ativistas, incluindo a sueca Greta Thunberg, um dos principais nomes da iniciativa. Todas as tentativas de abrir um corredor humanitário simbólico por mar durante a guerra foram frustradas pelas forças militares israelenses. Renderam, porém, repercussão midiática ao bloqueio humanitário e maior visibilidade para o movimento.

Em maio, a embarcação Conscience, que também tentava chegar à Gaza, foi atingida por dois drones em águas internacionais perto da ilha de Malta, às vésperas de levar 80 integrantes e insumos ao território. Na época, funcionários do governo israelense afirmaram que o barco transportava armamentos ao Hamas, o que foi contestado por uma inspeção maltesa.

Em junho, o veleiro Madleen foi interceptado a 180 km da costa de Gaza com 12 tripulantes, incluindo Greta e Ávila. O brasileiro ficou preso por cinco dias, isolado em solitária e sob maus-tratos, segundo sua família. Após intervenção do Itamaraty, foi expulso do país.

Eu, na verdade, conto muito o desenvolvimento daquilo que se iniciou com o encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inclusive por comunicação telefônica e depois de eles terem tido um encontro em que ambos comentaram a química positiva que estava acontecendo há cerca de duas semanas atrás.

Daí retomaram o diálogo - acho que foi no último domingo cedo - e eu espero que as tratativas decorrentes desse diálogo entre os presidentes Lula e Trump sejam adequadas e necessárias para que, então, haja a definitiva celebração da paz em Gaza e no encontro Israel e Palestina.

Então, agradeço ao presidente, Capitão Telhada.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Dando continuidade à lista de oradores, convido... A senhora vai estar no Grande também.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Pois não, pela ordem.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - A senhora vai estar no Grande, tem dez minutos. Está na lista aqui.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Não, podem ser só cinco mesmo, está ótimo.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - É? Está bom. É regimental, então, a palavra à deputada Ediane Maria. Pelo Art. 82, cinco minutos regimentais.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - PELO ART. 82 - Muito obrigada, Sr. Presidente. Quero saudar todos os funcionários desta Casa, os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas aqui presentes, que estão assistindo agora à TV Alesp. Bom, ontem foi o dia de finalmente ser taxado o BBB. Mas não é o BBB, o Big Brother Brasil, não. É o BBB dos bilionários, das bets e das big techs.

Bom, ontem, para nossa surpresa, o Tarcísio de Freitas, que já abandonou o estado de São Paulo faz um bom tempo, não é? Na real, a gente nem sabe mais quem é o governador. A gente sabe quem é o privatista aqui do estado de São Paulo, que é o Tarcísio de Freitas.

E ele... O presidente do PL, ontem, entregou o Tarcísio de Freitas, porque o sonho dele... Parece que o estado de São Paulo, parece que aqui virou um trampolim para que ele chegasse à Presidência da República. Bom, Tarcísio de Freitas, estou aqui para dizer que a gente não tem medo. Inclusive, queremos muito que você saia candidato a presidente.

Porque se livramos de duas coisas. Primeiro, não é? Nós temos a chance histórica, o Brasil tem, agora, de eliminar aqui do estado de São Paulo um governador que não representa a maioria.

Inclusive, aquele que entregou a Sabesp, que entregou as escolas públicas para ser escolas cívico-militares. Aquele que luta todos os dias contra o direito dos trabalhadores de resistir neste Estado. Inclusive, quer entregar também os trens e metrôs, o transporte público.

E aquele que deu risada na segunda-feira, pautando a morte, sorrindo das mortes de quem está morrendo pelas bebidas consumidas, que tem hoje o metanol. Colocando que, quando for a Coca-Cola, que é o que ele toma, aí sim, ele iria se preocupar.

Mas, logo em seguida, ele teve que reverter o seu sorriso e mostrar uma cara triste. Uma cara que estava preocupado de que, naquele momento da entrevista, ele só estava ali querendo descontrair. Descontrair o quê?

A comitiva foi chamada para, exatamente, ver o posicionamento do governador Tarcísio de Freitas e qual seria o enfrentamento, a investigação aqui do estado de São Paulo. Só que ele zombou, deu risada, teve que voltar atrás e mostrou que está com medo, está tremendo e que, de fato, a gente está conseguindo falar, dialogar com o povo, que está atento, que está de olho.

Então, se ele sai candidato para concorrer contra o nosso presidente Lula, que será, sim, reeleito, porque está fazendo um mandato lindo, está, de fato, trazendo políticas importantíssimas para o Congresso Nacional, para o Senado do nosso País.

Intervindo, inclusive, o próprio Donald Trump, que olhou e falou assim: “Olha, pintou um clima, ele é maravilhoso, ele é uma pessoa gentil, é uma pessoa que dá para conversar, é uma pessoa agradável. Eu quero conversar com ele”. Inclusive, ligou para ele e conversaram essa semana.

Ou seja, a gente está falando desse avanço de desmascarar os fascistas, de dizer que Tarcísio de Freitas, se sair candidato, teremos a grande honra de ver você perder para a presidência e de ver o nosso presidente reeleito, nosso presidente Lula.

E aqui, o estado de São Paulo também tira esse fardo, tira esse peso, tira esse retrocesso representado na figura do governador Tarcísio de Freitas. Ou seja, não temos medo. Vá mesmo para a disputa, até porque você não governa o estado de São Paulo, você não está nem aí para a política de fato estadual, você não está cuidando do estado de São Paulo.

E, olha, a economia, o investimento, o dinheiro do governo estadual só perde para o governo federal, e ele está querendo esse trampolim. Ele está querendo pegar o voto bolsonarista. Ele está de fato preocupado com Bolsonaro, gente? Acho que todo mundo já entendeu o que ele está querendo no final do dia.

O que ele quer no final do dia é ser presidente, mas as urnas darão uma resposta muito clara. E, até o ano que vem, até as eleições, o período das eleições, tem muito mais coisa para acontecer.

Nós aqui, Suplicy, tivemos uma reunião maravilhosa, uma comitiva que o nosso presidente Lula enviou, do Ministério dos Direitos Humanos. A nossa ministra Macaé enviou uma comitiva para ouvir, inclusive, os trabalhadores do Brás.

Todo mundo acompanhou este ano, dia 11 de abril, o assassinato, o extermínio de um trabalhador ambulante senegalês, o Ngange, que foi morto ao defender a sua mercadoria, ao defender o seu trabalho, ao defender a sua renda. Trabalhadores hoje, aqui na cidade de São Paulo, têm que correr, eles correm com sua mercadoria para garantir o sustento do dia a dia de suas famílias. É uma vergonha a atuação da Operação Delegada.

Então, ter tido hoje essa atividade aqui, uma reunião muito importante onde o Ministério dos Direitos Humanos se colocou à disposição para estar acompanhando, para abrir uma comissão de ouvidoria permanente aqui nesta Casa e para que a gente construa juntos esses debates.

Então, muito importante, muito esclarecedor. Vamos juntos. Política se faz assim, com o presidente ouvindo todos os estados, não somente o seu próprio umbigo, e pensando na sua reeleição.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem, deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Para uma brevíssima... Pelo Art. 82, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - O senhor quer falar pelo Art. 82? É regimental. Pode se dirigir à tribuna, deputado. O senhor tem cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente, enquanto o deputado Suplicy se dirige à tribuna, posso fazer uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Pois não, é regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, nós recebemos uma denúncia gravíssima das professoras e professores e da comunidade escolar da Escola Estadual Batista Renzi. Sr. Presidente, é um absurdo que a escola recebeu uma informação de que ela será fechada.

Veja bem, uma escola tradicional da região de Suzano, que existe há mais de 50 anos, que atende toda a comunidade escolar da região, pode ser fechada para ser transformada numa Diretoria de Ensino, num órgão burocrático da Secretaria da Educação.

A que ponto chega essa Secretaria da Educação, essa Seduc, Sr. Presidente? Eu, hoje, já fiz um pronunciamento falando do fechamento de cursos noturnos, de turnos, de salas do ensino médio regular noturno, que está acontecendo em todo o estado de São Paulo - inclusive, nós já acionamos o Ministério Público, o Tribunal de Contas - e também de EJA, de Educação de Jovens e Adultos.

Eu fiz essa denúncia inúmeras vezes: fechamento de turnos, de salas do ensino médio noturno, de EJA. E agora, Sr. Presidente, o governo quer fechar a Escola Estadual Batista Renzi. Está aqui um comunicado da Apeoesp local, falando que haverá um ato no dia 14, agora, às dez horas, na frente da Diretoria de Ensino, contra o fechamento da escola.

Imagina, a escola numa área central da cidade será fechada para ser transformada num órgão burocrático. A burocracia da Seduc vale mais do que uma escola, Sr. Presidente, do que o acesso, do que a permanência e do que a qualidade de ensino, do direito à educação. Para onde vão esses alunos? Isso é um crime, Sr. Presidente, nós não vamos permitir.

O Ministério Público tem que atuar, o Tribunal de Contas, a nossa Comissão de Educação. Nós não vamos nos calar e quero aqui manifestar o nosso total apoio à comunidade escolar da Escola Batista Renzi, que já está mobilizada, revoltada e com razão contra essa informação, Sr. Presidente.

Então, nós vamos lutar contra o fechamento da escola e contra a transformação dessa escola no órgão burocrático da Secretaria da Educação. Espero que o Ministério Público tome as providências, Sr. Presidente, porque isso é um crime, é um atentado contra a Educação, contra o direito à Educação.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Com a palavra, o deputado Eduardo Suplicy, pelo Art. 82.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PELO ART. 82 - Caro presidente, deputado Telhada, quero manifestar meu apoio à manifestação do deputado Carlos Giannazi.

Mas queria aqui transmitir o resultado do Prêmio Brasil de Economia de 2025, que acaba de chegar às minhas mãos, pois o prêmio... O primeiro lugar do Prêmio Brasil de Economia, conferido pelo Conselho Federal de Economia, revelou os vencedores das diferentes categorias da premiação.

Esse evento tem como objetivo incentivar a pesquisa e a produção de conhecimento na área econômica, reconhecendo os melhores trabalhos realizados por economistas e estudantes de todo o Brasil. As categorias contempladas foram: “livro de economia”, “artigo técnico-científico”, “artigo temático” e “monografia de graduação”.

O Conselho Regional de Economia, Corecon, parabeniza os profissionais e estudantes do estado que se destacaram na premiação, representando com excelência a qualidade da pesquisa econômica paulista.

Eis os resultados das categorias com a participação dos premiados de São Paulo. Categoria “livro de economia”: primeiro lugar, um prêmio de oito mil reais ao excelente economista, professor Ladislau Dowbor, o seu livro, “Os Desafios da Revolução Digital”, é o que mereceu esse primeiro lugar; em segundo lugar, com menção honrosa, o livro do economista excelente, Alexandre de Freitas Barbosa, sobre “Celso Furtado: Trajetória, Pensamento e Método”, daquele que foi, por muitos considerados, o maior economista brasileiro, inclusive por mim próprio, e também a categoria “artigo temático”, “COP 30: trigésima conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima”, que, portanto, recebeu o prêmio, também este prêmio.

Parabéns, Ladislau Dowbor, por essa tão merecida, por este prêmio tão merecido. E eu tenho, assim, a alegria e a felicidade de tê-lo como um grande companheiro defensor também da renda básica universal, como um direito à cidadania.

Meus parabéns, um grande abraço, Ladislau Dowbor.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Sr. Presidente, havendo acordo das lideranças, solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Perfeitamente, Excelentíssimo Deputado Eduardo Suplicy. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

E, aproveitando, antes de encerrar, todos os parlamentares de São Paulo aguardam, nesse momento... Acontece, no Egito, uma reunião para ratificar o Conselho, através do Conselho de Israel, para ratificar a primeira fase do acordo de paz no conflito Israel e Hamas.

Todos nós, parlamentares, independente da ideologia, esperamos que esse acordo seja alcançado e que a paz, enfim, reine, pelo menos nessa primeira fase, lá no Oriente Médio, lá na Faixa de Gaza. E, principalmente, com a libertação dos reféns, com a ajuda humanitária àqueles cidadãos que necessitam de alimentação e de outros insumos.

Sendo assim, esperamos que, em breve, a reunião começou às 14 horas, lá no Egito, que em breve nós tenhamos notícias positivas, quem sabe adequadas, na imprensa, sobre a ratificação desse acordo de paz e desse cessar-fogo entre as tropas de Israel e o grupo terrorista Hamas.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Permita, presidente, eu gostaria de enaltecer o registro que V. Exa. faz, e de contentamento por esse acordo de paz que parece que está finalmente acontecendo.

Possivelmente, então, lá no Egito, no Oriente Médio, as forças todas, israelenses, palestinas, e de todos nós seres humanos, que queremos que haja paz no mundo, paz entre os homens, maior respeito mútuo entre todos, e pessoas de todas as nações. Meus cumprimentos, espero que dê certo. Acho que a humanidade está torcendo para que haja o fim da violência.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CAPITÃO TELHADA - PP - Amém, muito obrigado pela comunicação do deputado Eduardo Suplicy.

Dessa maneira, está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 31 minutos.

 

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