2 DE SETEMBRO DE 2025

34ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO e GILMACI SANTOS

Secretaria: CARLOS CEZAR e DANILO CAMPETTI

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão às 16h42min. Encerra a discussão e coloca em votação requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por cinco dias.

        

2 - DONATO

Encaminha a votação do requerimento, de sua autoria, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por cinco dias, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

3 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

4 - LUCAS BOVE

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Solicita comportamento regimental aos deputados. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 16h55min, por cinco minutos, reabrindo-a às 16h59min.

        

6 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Encaminha a votação do requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por cinco dias, em nome da Minoria.

        

7 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

8 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Comunica que a Presidência recebeu ofício, do governador, de indicação do deputado Capitão Telhada como vice-líder do Governo nesta Casa. Informa que a Presidência seguirá os trâmites necessários à nomeação.

        

9 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

10 - LUCAS BOVE

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

11 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Cumprimenta representantes da China Hub Brasil, do Instituto Beneficente Qingtian do Brasil, da Global Times e membros de delegação da China, presentes no plenário.

        

13 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Encaminha a votação do requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por cinco dias, em nome da Federação PSOL REDE.

        

14 - LUCAS BOVE

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

15 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Solicita aos deputados que se atenham à temática do projeto em discussão. Coloca em votação e declara rejeitado requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por cinco dias.

        

16 - DONATO

Solicita verificação de votação.

        

17 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

18 - GILMACI SANTOS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

19 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Ressalta o não cabimento de comunicações durante o processo de votação.

        

20 - THAINARA FARIA

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

21 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.

        

22 - DANILO CAMPETTI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

23 - DONATO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

24 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

25 - ANDRÉA WERNER

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

26 - ROGÉRIO SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

27 - DR. EDUARDO NÓBREGA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

28 - CARLOS CEZAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

29 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

30 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

31 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a rejeição do requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por cinco dias.

        

32 - EMÍDIO DE SOUZA

Declara voto favorável ao requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por cinco dias.

        

33 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra a manifestação. Coloca em discussão requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias.

        

34 - GILMACI SANTOS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

35 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Responde à questão de ordem do deputado Gilmaci Santos.

        

36 - GUILHERME CORTEZ

Discute requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias, em nome da Federação PSOL REDE.

        

37 - GILMACI SANTOS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

38 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Reitera solicitação aos deputados de que se atenham ao tema do projeto em discussão.

        

39 - THAINARA FARIA

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

40 - BETH SAHÃO

Discute requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

41 - PROFESSORA BEBEL

Discute requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias, em nome da Minoria.

        

42 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Encerra a discussão e coloca em votação requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias.

        

43 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Encaminha a votação do requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

44 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência.

        

45 - MARINA HELOU

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

46 - GUILHERME CORTEZ

Solicita verificação de presença.

        

47 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando constatado quórum.

        

48 - EDIANE MARIA

Encaminha a votação do requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias, em nome da Federação PSOL REDE.

        

49 - DONATO

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

50 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Responde à questão de ordem do deputado Donato.

        

51 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

52 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS

Responde à questão de ordem da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas. Convoca uma segunda sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término da presente sessão.

        

53 - THAINARA FARIA

Encaminha a votação do requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias, em nome da Minoria.

        

54 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência. Coloca em votação e declara rejeitado requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias.

        

55 - DONATO

Solicita verificação de votação.

        

56 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

57 - DONATO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

58 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

59 - DELEGADO OLIM

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

        

60 - DANILO CAMPETTI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

61 - CARLOS CEZAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

62 - MILTON LEITE FILHO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.

        

63 - ANDRÉA WERNER

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

64 - MARCELO AGUIAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

65 - ROGÉRIO NOGUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

66 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

67 - ROGÉRIO SANTOS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

68 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a rejeição do requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por quatro dias.

        

69 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

70 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Responde à questão de ordem da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas.

        

71 - DONATO

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

72 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Responde à questão de ordem do deputado Donato. Coloca em discussão requerimento, do deputado Donato, de adiamento da discussão do PDL 27/25, por três dias.

        

73 - LUCAS BOVE

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

74 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

75 - THAINARA FARIA

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

76 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Lembra segunda sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas e 10 minutos. Encerra a sessão às 19h.      

 

* * *

 

ÍNTEGRA

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Discussão e votação do Projeto de decreto legislativo nº 27 de 2025, de autoria da Mesa. Em discussão. Há sobre a mesa um requerimento de adiamento da discussão do PDL nº 27, de 2025, nos termos do Art. 170, inciso III, do Regimento Interno, requerendo o adiamento da discussão do PDL 27, de 2025, que aprova a indicação do Sr. Wagner de Campos Rosário para a nomeação do cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas pelo prazo de cinco dias, que foi assinado pelo líder da Federação PT/PCdoB/PV, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. Para encaminhar a favor do requerimento.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato. É regimental o pedido de Vossa Excelência. Tem o prazo, deputado Donato. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Para encaminhar, o deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,  todos que nos acompanham aqui pela rede Alesp, hoje nós tivemos a sabatina, a oitiva, do candidato à vaga do TCE, vaga originária da aposentadoria do conselheiro Antônio Roque Citadini, se não me engano, que foi um conselheiro longevo no tribunal, que chega aos seus 75 anos, e por isso tem que se afastar. Parece que ele vai se dedicar agora ao Corinthians, parece que não com muito sucesso, foi candidato a presidente no Corinthians, mas acho que não deu certo.

Mas, enfim. Foi apresentado pelo governador, já que a vaga de origem é de indicação do Executivo, o nome do atual do controlador geral do Estado, o Sr. Wagner Rosário. Nós tivemos hoje pela manhã a oitiva, a sabatina do Sr. Wagner Rosário e, na nossa opinião, muitas questões não foram respondidas.

E por que é importante a gente aprofundar esse debate? Em outros momentos, nós já aprovamos aqui, membros do TCE, mas que tinham uma origem e uma história pregressa diversa do Sr. Wagner Rosário.

O Sr. Wagner Rosário já exerceu atividade de controle, o chamado controle interno, tanto na AGU, quanto na CGU, quanto na Controladoria Geral do Estado, e agora o TCE é o controle externo. Mas a atividade de controle já foi exercida por ele e com muitas questões que precisam ser esclarecidas, tanto da passagem dele como o controlador geral da União no governo Temer e no governo Bolsonaro, como aqui no governo Tarcísio de Freitas.

E é essa a razão principal que a gente acredita que é necessário ter mais tempo para esse debate. A gente está num momento singular da história do País. Curiosamente, naquela reunião de julho do ano passado - do ano passado não, de 2022 -, aquela reunião ministerial, tinha dois ex-capitães.

Um ex-capitão está sendo julgado lá no Supremo hoje e um outro ex-capitão está sendo premiado aqui na Assembleia. Mas eles estavam na mesma reunião que se discutiu o ataque às urnas eletrônicas, a deslegitimação do processo democrático no País.

Curiosos esses destinos, um condenado e o outro premiado - ou à beira de uma premiação. Então a gente precisa aprofundar, precisa debater mais, precisa, enfim, ter o espaço que... O formato da oitiva, da nossa sabatina aqui não me parece o mais adequado. Cada deputado faz suas perguntas por cinco minutos.

Hoje pela manhã, sei lá, uns dez deputados, deputadas se inscreveram. E ao final o sabatinado responde o que ele quer, da forma que ele quer, não existe a possibilidade de réplica. Portanto, não é um aprofundamento das questões, é só um rito formal.

E não dá para ter um rito formal num cargo de tamanha importância e de um personagem que já tem uma história de atividade de controle interno. É uma história minimamente polêmica, que a gente vai poder fazer o debate aqui quando ele estiver em curso, o debate propriamente dito sobre a ação do Sr. Wagner Rosário.

Então a gente está aqui solicitando essa possibilidade de adiamento do debate e da deliberação, que a gente possa, na semana que vem, com mais uma oitiva, poder aprofundar os pontos que não foram respondidos pelo Sr. Wagner Rosário.

A gente sabe que tem vários temas nacionais e temas estaduais. A questão do crescimento do patrimônio dos secretários não me pareceu respondida hoje, porque é a Controladoria Geral do Estado que tem essa função primeira de cuidar dos funcionários públicos estaduais, em particular daqueles de alto escalão, e não teve nenhum procedimento aberto em relação à apuração da evolução patrimonial desses secretários.

Ao contrário, se publicou um decreto ou se anunciou um decreto - não foi publicado ainda - dizendo que agora não vai ter mais essa transparência. Agora é só na entrada e na saída do governo, não vai ser mais obrigação anual de apresentar esses dados.

Então é por isso que a gente está aqui hoje para reivindicar mais tempo de debate para que a gente possa escrutinar melhor esse assunto, possa sabatinar melhor o Sr. Wagner Rosário e possa, enfim, ter convicção para que seja feita a votação. Então, o nosso apelo aos colegas é para que a gente possa fazer esse adiamento.

Isso não vai prejudicar em nada o funcionamento do Tribunal. Muito pelo contrário. O Tribunal já ficou sem conselheiros indicados por meses, até. Não é isso que faz atrapalhar o funcionamento do Tribunal.

E também em um momento em que a gente tenha mais luz para esse debate aqui. Hoje, todas as luzes estão concentradas em outro fórum, no Supremo Tribunal Federal. Então, as pessoas estão sem a atenção necessária para um cargo tão importante e que me parece que ele tem por volta de 50 anos, não me lembro agora, mas ele terá 25 anos de ação no Tribunal de Contas do Estado.

Então, não é qualquer coisa que a gente está discutindo aqui. Estamos discutindo um mandato de alguém que vai decidir muitos dos assuntos do Estado e de cada município do estado por 25 anos, e alguém que já foi controlador-geral da União, já foi controlador-geral do estado, e que a gente precisa se aprofundar e ter respostas mais claras da parte dele sobre essas atribuições.

Aqui se citou pela manhã o problema da atuação no caso da vacina, da Covaxin. A gente tem outras questões: no caso do auxílio emergencial, que não teve atuação da Controladoria-Geral da União; tem vários casos em que ele atuou para blindar quem é do Executivo, tanto nacional quanto estadual, e, portanto, esse perfil não nos parece adequado.

Mas a gente quer dar a chance a ele para que ele possa nos provar o contrário, e, para isso, a gente precisa de mais tempo de debate, precisa de mais uma arguição; que essa possibilidade de arguição também tenha a possibilidade de réplica, porque a gente faz a pergunta, tem uma resposta evasiva e não temos mais nada a falar. Então, a última palavra, que deveria ser do parlamento, acaba ficando com quem é sabatinado. Aí é muito confortável.

Então, a gente tem que mudar a fórmula de debate, a forma de arguição, tem que ter mais tempo para isso, tem que ter uma nova oitiva, e, portanto, a gente vai precisar desse adiamento. Esse apelo que a gente faz, são cinco dias que estão pedidos aqui, isso vai dar na semana que vem.

O julgamento lá em Brasília talvez não esteja concluído, mas já estará bem encaminhado, já será outro núcleo que estará sendo julgado, provavelmente. Enfim, e aí todo mundo poderá se concentrar no debate aqui, do capitão Wagner do Rosário e deixar o capitão Bolsonaro lá com o Supremo. E a gente pode, enfim, aprofundar e, de fato, ter esse espaço para o debate.

Então, faço esse apelo aos colegas, aos deputados, às deputadas, para que a gente possa adiar esse momento e ter a decisão melhor possível. E para ter a decisão melhor possível, é com o debate mais amplo possível.

Deputada Thainara, que me ouve atentamente, a gente está aqui para, enfim, fazer esse apelo e esperar que os colegas possam se sensibilizar e a gente possa deliberar num outro momento, com mais tranquilidade, com mais informações e com um debate melhor encaminhado.

Então, dessa forma, eu queria agradecer essa possibilidade de utilizar a tribuna. Utilizaremos mais tarde, por mais tempo. Preparem-se, que hoje o dia será longo. Hoje o dia será longo. Então, preparem-se, porque o kit obstrução, pasta de dente, maçãzinha, o que for necessário, vai ter que ser utilizado.

Então, a gente está aqui para isso.

Sr. Presidente, muito obrigado pela oportunidade de fazer essa manifestação aqui da tribuna.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Donato. Pela ordem, deputada Thainara Faria.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Gostaria de indicar a deputada Monica para encaminhar pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra a deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, olhe o que está acontecendo aqui. Eu interpelei o deputado Lucas antes de ir, uma pequena questão de ordem, porque ele estava insistentemente falando com a Professora Bebel em riste, com o dedo em riste. Eu pedi para ele se afastar e ele começou a gritar comigo.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Presidente, questão de ordem, presidente. Questão de ordem, presidente. Eu estou tendo uma conversa com a Professora Bebel, que é adulta, que é dona do seu mandato, que tem voto, que tem voz.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Abaixe a mão para falar com a gente. Eu não quero falar com o senhor. Eu não quero falar com o senhor.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Eu estava conversando com ela.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Abaixa a mão para falar com a gente. Eu não quero falar com o senhor.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Eu falo com a mão do jeito que eu quiser.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu não quero falar com o senhor.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Você não tem o direito de falar o que eu vou ou não vou fazer aqui.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, deputado Lucas Bove, deputada Monica.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu não quero falar com o senhor.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Não venha encher o meu saco.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Monica. Monica.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Vai trabalhar. Vai trabalhar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Minutinho, deputado.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu encho o seu saco na hora que eu quiser. O senhor está do nosso lado gritando com a gente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra deputada Monica Seixas... (Vozes fora dos microfones.) Estão suspensos os trabalhos por cinco minutos.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 16 horas e 55 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 59 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão, passo a palavra a nobre deputada Monica Seixas, para seu encaminhamento pela Minoria.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sinto muito por você que acompanha o debate na TV Alesp por mais essa cena vexatória. Antes de entrar na matéria, vou contar o que aconteceu. Estava posicionada com a Thainara ao microfone, que ia me indicar. E comecei a escutar uma insistência da Bebel, dizendo: “Eu não quero. Eu não quero. Eu não quero”. Olhei para trás e vi um dedo em riste, próximo ao rosto dela.

E aí eu falei para a colega, que dizia “eu não quero”. Eu nem sei qual era o assunto. Mas a Bebel repetia “eu não quero, eu não quero, eu não quero”. Aí eu perguntei para a colega: “A senhora está bem, deputada? Está tudo bem com a senhora? Me parece desconfortável com esse debate.” E aí o deputado, completamente descontrolado, começou a gritar comigo, comprovando que estava tentando impor, na minha leitura, uma situação vexatória e violenta à senhora.

Eu não queria contato com ele, eu fui perguntar para a senhora se a senhora estava bem, e ele começou a gritar comigo, querendo impor a presença e justificar. Eu acho que essa situação foi constrangedora, e é sinônimo de impunidade. A gente não pode discutir violência contra a mulher aqui, a gente está sujeita a esse tipo de coisa.

Eu não posso perguntar, para a minha colega, se ela está se sentindo bem em uma situação que, para mim, na minha leitura, era constrangedora, devido ao dedo em riste e proximidade com o rosto dela na fala.

Acho que é muito constrangedor. Acho constrangedor também o risinho, senhor Paulo. Acho constrangedor também toda essa pressão, como se nós estivéssemos erradas. Só impedir a gente, não quer conversar com o colega, e pronto. Não quer. A gente não vai colocar o dedo no rosto de ninguém, insistindo em um tema que vocês não queiram falar. E ponto. É sinônimo da impunidade.

Não é a primeira, não é a última, não é a terceira vez que a Assembleia Legislativa me proporciona e proporciona às deputadas esses momentos memoráveis e desgostosos. Mas eu vou repetir o que disse para o deputado Lucas. Se ele está acostumado a gritar com mulher, e vencer no grito, para cima de mim, não. Tranquilona aqui, ó! Para mim, não.

E toda vez que eu encontrar com uma colega, que eu achar que está constrangida, eu vou perguntar para ela assim: “Você está bem? Está constrangida? Precisa de ajuda? Quer continuar nesse diálogo? Quer sair daí?”

Porque ela não é obrigada a aguentar dedo de marmanjo no nariz, e a gente vai interpelar, sim. E essas imagens serão analisadas, com muita calma, e com certeza vão parar de novo no Conselho de Ética. Não teremos medo.

Bom, indo à matéria do dia.

Parece que o governador Tarcísio quer ganhar o diploma de “trabalhador a serviço do golpe” do mês. Não só se mobilizou, desde ontem, para pedir para o presidente da Câmara dos Deputados pautar o PL da anistia, acelerar aqui a maior doação de terras para grileiros e latifundiários,  e manda para a gente, para o Tribunal de Contas, um órgão que é muito importante, a indicação do ex-controlador-geral da União, o senhor Wagner de Campos Rosário.

O senhor Wagner esteve aqui hoje de manhã, e eu tive a oportunidade de lembrar alguns episódios dele, que agora é o controlador-geral do estado de São Paulo, e que tem uma carreira como auditor fiscal. Então sabe muito bem do que a gente está falando.

Eu perguntei, para o senhor Wagner, a primeira coisa, caso a gente esqueça. Eles têm passagens memoráveis no governo Bolsonaro.

A primeira foi a participação dele em uma reunião que ficou famosa, no dia 5 de julho de 2022, do Bolsonaro com os seus ex-ministros, em que ele debatia o enfim relatório do Tribunal de Contas da União sobre as urnas eletrônicas e a possibilidade de fraude.

O senhor Rosário disse à época: “Eu não entendi nada do relatório”. Ele também chamou o relatório de “uma merda”. Ele, que é um auditor fiscal de carreira, chamou o relatório do Tribunal de Contas de “uma merda”. E disse que tem dúvidas se é verdade, ou não, que as urnas são seguras. Eu perguntei para ele, agora, qual era a opinião dele agora, sobre as urnas. Ele não me respondeu hoje de manhã. Memorável essa passagem dele.

Outra passagem memorável foi quando vazaram trocas de mensagens entre o senhor Wagner do Rosário e o senhor Mauro Cid. À época, o senhor Mauro Cid o buscou para pedir - hum... - conselhos sobre como se reportar ao Conselho de Ética diante da tentativa de buscar as joias no Aeroporto de Guarulhos.

Nas mensagens vazadas, o senhor Rosário diz: “Estou lendo agora, vou te ligar”. Eu perguntei para o senhor Rosário, o que ele aconselhou ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro a fazer, diante do vazamento da história das vendas das joias sauditas. E ele disse aqui, hoje de manhã, que ele achava complicado tratar presentes diplomáticos como propina. Ele é advogado do Sr. Mauro Cid? Ele se comportou como tal.

E a CPI da Covid, que acabou com a indicação de indiciamento do chefe de Estado à época, do Bolsonaro, de alguns ministros, de seus filhos, por crimes como infração de medidas sanitárias, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento, emprego irregular de verbas públicas e prevaricação?

Ele falou que analisava, que era tarefa dele todos os contratos, só não analisou os contratos da Covaxin, que depois a gente viu que estava com tentativa de superfaturamento. Como assim? O que todo mundo viu que tinha tentativa de fraude, ele deixou escapar? Não viu? Acho complicado, ou é maldade, ou é incompetência. Também não respondeu sobre isso.

Não me respondeu também quando foi convidado para a CPI da Covid na Câmara e no Congresso. Agora a ministra Simone Tebet, em arguição, questionou-o sobre o contrato da Covaxin. Naquele momento, ele respondeu chamando-a de descontrolada.

Eu entendi que tem gente que gosta desse tipo de comportamento com parlamentares aqui na Casa, mas eu espero que esse não seja o atributo que está fazendo os senhores votarem nesse senhor, que, no mínimo, foi desrespeitoso com a parlamentar, machista em sua colocação.

Tem outro episódio que eu gostaria de lembrar sobre o Sr. Rosário. O senhor se lembra do vazamento de que havia pastores evangélicos indicando onde seria aplicado o dinheiro do Ministério da Educação?

Tinha um negócio de Bíblia, ouro etc. e tal. Chegou antes no senhor, do Rosário, antes do vazamento, antes da imprensa etc. Adivinha se ele encaminhou a investigação? Encaminhou três, quatro meses depois que todo mundo tinha visto pelos jornais, não no tempo em que chegou na mão dele.

Então a ficha corrida e a participação pública do Sr. Rosário me fazem restar dúvidas da sua intenção ou da sua competência. E eu falo respeitosamente, porque nós estamos num momento em que o Tribunal de Contas aponta problemas graves nas contas do governador Tarcísio.

Os benefícios fiscais chegam a um montante tão grande que colocam em risco as operações do próximo ano. Dinheiro para a Saúde, para a Educação, para a Segurança Pública, para as operações mais básicas pode faltar, devido ao tamanho do benefício fiscal. Por óbvio, a gente vai fazer pressão e precisa do Tribunal de Contas atuante.

O escândalo do propinão do ICMS. A gente precisava do controlador do Estado atuante, assim como vai precisar do Tribunal de Contas. E a doação de terras, latifúndios pelo Interior de São Paulo, pelo saldão do Tarcísio, do pague quem quer, o valor que quiser, no momento que quiser, que envolve doadores de campanha do secretário Guilherme Piai, que envolve desmatadores da Amazônia, que envolve políticos do partido Republicanos, que vão se beneficiar na lista daqueles que vão comprar terras a preço de banana.

E nós vamos precisar do Tribunal de Contas, porque parece que há disposição desta Casa para aprovar a lei. Por isso, a gente precisa analisar com mais cuidado, receber o Sr. Rosário aqui e outros candidatos e questioná-los se há a intenção de, de fato, atuar como aquele que tutela os interesses coletivos do estado de São Paulo, ou se vai continuar atuando como advogado da extrema-direita bolsonarista aqui em São Paulo.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente. Sr. Presidente, posso fazer uma comunicação rápida?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois minutos Vossa Excelência.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO -Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, saiu aqui o Ofício nº 65, 2025. Diz assim: Sr. Presidente, tendo a honra de comunicar a V. Exa., para os devidos fins, que indico, nos termos do Art. 79, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o deputado Capitão Telhada como vice-líder do Governo, em decorrência de pedido de renúncia apresentado pelo deputado Guto Zacarias.

Ao ensejo, reitero a V. Exa. protestos de minha estimada consideração com o governador Tarcísio de Freitas e com V. Exa., que eu sei que já recebeu, e será publicado.

Então, nosso Telhadinha é o nosso novo vice-líder de Governo aqui, para nos auxiliar nesta Assembleia.

Obrigado, Telhadinha. (Vozes sobrepostas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Gilmaci. Já recebemos o ofício, que será publicado de hoje para amanhã, nomeando vice-líder do Governo o deputado Capitão Telhada.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Paula.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Gostaria de encaminhar pela bancada do PSOL. Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dra. Paula, sempre professora. Tem o tempo regimental.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, presidente. Só uma comunicação. Não é encrenca...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos, Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Bem, primeiro eu quero agradecer, Monica. Eu acho que tem hora em que a gente precisa de solidariedade. Mas preciso dizer também que nós estávamos num esquenta lá atrás, depois esfriou aqui. Mas ele tem mania, ele fala mesmo; e fala e fala e fala com a mão, aquela coisa toda. Então, eu quero agradecer.

E é ruim. Vamos combinar e vamos nos educar - eu falo com a mão também - para não falar com a mão, porque isso é também uma forma de assédio. É bom que você entenda, Lucas, que nós, mulheres, por mais que a gente conquiste espaços, a gente... Lamentavelmente, é difícil, né Monica, a gente enfrentar o que tem que enfrentar, para ter um espaço e ao mesmo tempo a forma como vai ocupar o espaço.

E eu fiquei tranquila quando eu acabei de falar agora com o líder do Governo, porque na semana que vem V. Exa. estará em Israel, não poderá chamar a Comissão de Educação. Mas eu tinha claro que sempre era aquele que estava há mais tempo na Casa. Lá, me parece, é o deputado Mauro Bragato ou o deputado Gilmaci, que não é tão velho assim, mas, de qualquer forma, é o mais vivido.

Então, quero agradecer toda a solidariedade da companheira Monica. E também dizer ao senhor só isso: só esse cuidado. Às vezes, a pessoa está com a cabeça cheia; está quieta, deixa quieta. Porque a gente, quieto, comete menos equívocos. Às vezes, pensa melhor. É um pouco disso. Está bom?

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Lucas Bove.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Só para, também, de maneira muito tranquila, me manifestar aqui. Boa tarde a todos. E parabenizar a Professora Bebel, porque a Professora Bebel, apesar de ser ali a protagonista do tema, apesar de alguns tentarem roubar o protagonismo de um assunto que não tinha nada a ver, ela teve aqui a lisura e a decência de dizer que realmente era uma conversa, que não havia nada de mais e que eu estava, no máximo, gesticulando com as mãos, como todo mundo sabe.

E ela mesma reconheceu que ela também faz. Claro que, por dever até de ofício, ela tem que agradecer às pessoas que se intrometeram ali, mas não vamos acreditar que uma pessoa quer se intrometer para defender outra no meio de um plenário cheio de deputados, cheio de câmera, né.

Então, Professora, eu agradeço, realmente. E a sua sugestão está acatada. Veja: a gente fala, como a senhora disse, a senhora também fala com as mãos. E, numa conversa assim tranquila, seria muito mais fácil: “olha, cuidado com as mãos, que eu posso me incomodar”. E eu não tenho problema nenhum. É isso aí. O que me cansa e o que me fez perder a paciência aqui...

Aliás, peço desculpa a todos aqui, que tiveram que ver essa cena lamentável. Porque era uma conversa interna, e o elemento resolveu ir no microfone aparecer. O que me cansa são esses elementos que usam temas sérios, como por exemplo a violência doméstica, a violência de gênero, que é um tema existente; como racismo, como a falta de moradia popular, como a Educação. Que não é o caso da Professora, que é uma líder sindical, é uma deputada que defende uma classe.

Mas eu estou cansado dessa pequena, pequena e extrema esquerda, que usa todo e qualquer assunto para fazer proselitismo político, ao invés de defender, realmente, a pauta. Atacam e ameaçam, inclusive como ameaçaram aqui Conselho de Ética.

Pode vir, porque eu estou totalmente tranquilo, porque eu tenho ao meu lado a verdade. Quem foi às redes sociais me chamar de agressor sem ter uma acusação de fato finalizada ou um processo transitado em julgado, é bom apagar o vídeo, porque esses, sim, vão ser denunciados.

Então, presidente, muito tranquilo de ter uma conversa, é que vocês não estão vendo fora do microfone, o elemento aqui falando e tentando me desconcentrar. Esse é o nível da esquerda paulista.

Por isso nunca governaram, nunca vão governar São Paulo, por isso não têm nenhum espaço nesta Assembleia: porque são irrelevantes. Obrigado, Sr. Presidente. Parabéns, Professora Bebel, pela decência e pela maneira educada como me alertou sobre algo que te incomode.

Obrigado.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas. Uma última comunicação, deputada, porque a gente tem um debate para fazer do requerimento, e é a última comunicação que eu vou dar relativa a esse assunto, que já está sanado.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Ok. Muito obrigada, presidente. Vou repetir o que aconteceu, porque eu acho simbólico, a gente escreve cartilhas, a gente conversa com os colegas, mas parece que é difícil entender. A situação é a seguinte, eu estava aqui posicionada para pedir para encaminhar.

Eu ouvi a Professora Bebel dizendo: “Não quero, eu não quero, eu não quero”. Eu ouvi essa frase e me virei à colega, à colega porque eu não quero falar com esse senhor, e perguntei: “A senhora está bem? A senhora está confortável?” Ele se ofendeu sobremaneira e começou a esbravejar quando o senhor me chamou ao microfone, e aí a violência contra mim estava instalada.

A violência contra a Bebel estava instalada. E todo mundo assiste a isso daqui rindo, porque existe um compliance, existe um complô masculinista para defender que esse elemento continue agindo assim.

Eu só perguntei para a Bebel. Ele poderia ter dado um passo atrás e deixado a Bebel me responder. Estou bem, colega. Estou confortável. Ele não deixou a Bebel me responder. Ele começou a urrar. Bravo. Bravo, querendo me silenciar; mas não vai, não, Lucas.

Ficou registrado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada Monica Seixas. Antes de passar a palavra para a deputada Dra. Paula, queria saudar aqui uma delegação que está sendo trazida para esta Casa, aqui na Presidência hoje, neste plenário, pelo deputado Paulo Fiorilo, que é o presidente da China Hub Brasil, o senhor Jan Liu Yan, o presidente do Instituto Beneficente de Qingtian do Brasil, Sr. Liu Yong Min, e sua delegação também.

E também cumprimentar o jornalista da “Global Times”, Sr. Jim.

Sejam todos bem-vindos. (Palmas.)

Com a palavra, a deputada Dra. Paula, para encaminhar pela Bancada do PSOL/REDE.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada. Sr. Presidente, eu não poderia deixar de dizer, antes de começar a falar sobre esse requerimento, lembrar, refrescar a memória dos nobres colegas, que no final de maio desse ano, exatamente no dia 27, todas as deputadas desta Casa foram, de forma conjunta, ameaçadas especialmente pela sua questão.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Questão de Ordem, presidente. Questão de Ordem, presidente. Questão de Ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de Ordem.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - O senhor não vai cassar a minha palavra. O senhor respeite uma deputada eleita. O senhor respeite uma deputada eleita. Eu vou falar, sim.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de Ordem, deputado Lucas. Um minutinho, o deputado Lucas Bove vai fazer uma Questão de Ordem.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - O encaminhamento é sobre a votação do Conselho. Eu não vou admitir que utilizem a tribuna e o tempo de encaminhamento para continuar me difamando acerca de um assunto que não tem nada a ver com os fatos.

Sr. Presidente, por favor, eu peço que mantenhamos o tema da sessão.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Eu peço à Dra. Paula que se atenha ao tema do requerimento.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Com certeza, Sr. Presidente. Como estou falando sobre esse requerimento, o requerimento de adiamento da sessão, eu vou explicar o motivo pelo qual eu acho que esse requerimento precisa ser adiado.

Porque eu acho, Sr. Presidente, que esta sessão está contaminada por um deputado extremamente violento, por um deputado que tem a coragem de vir a este plenário gritar com uma deputada que está na tribuna.

E eu pergunto, de que forma é possível seguir a forma de votação, como deve acontecer desta Casa, se nós temos, nesta Casa Legislativa, um deputado que se sente à vontade não só para gritar com outras deputadas, mas para caçoar dessa votação.

Eu vou dizer por que faz isso, Sr. Presidente. Faz isso porque se sente muito à vontade num ambiente que dá liberdade para que as câmeras gravem o quanto é violento e o quanto se utiliza dessa violência, inclusive em um espaço público.

E se pediu para que eu diga o motivo pelo qual essa votação não deve acontecer e o motivo pelo qual esse requerimento deve prosperar, eu digo: porque não é possível que numa sessão como esta, em que houve troca de gritos, em que um deputado se levanta, bate na mesa e grita com uma deputada que está na tribuna, uma deputada eleita e um deputado se sente à vontade para ter esse tipo de comportamento. Não é possível que uma votação tão importante para o estado de São Paulo prossiga como se nada tivesse acontecido.

Como eu estava falando, no final de maio deste ano todas as deputadas desta Casa foram ameaçadas em um e-mail exclusivamente pelo fato de serem deputadas, simplesmente porque a única coisa que as unifica é o fato de serem mulheres, mulheres que naquele momento sofreram um crime previsto no código eleitoral, o crime de violência à política de gênero.

O crime de violência à política de gênero é um crime que acontece quando nós somos ameaçadas, que acontece quando tentam invadir os nossos espaços, mas que também acontece quando dentro de um plenário existe uma tentativa de cassação da nossa palavra, de castração da nossa palavra.

Não é à toa que já houve discussão sobre violência à política de gênero quando uma deputada foi assediada neste plenário, não é à toa que já houve discussões sobre violência à política de gênero quando um deputado foi condenado por violência à política de gênero por dizer que ia colocar um cabresto na boca de uma deputada para que ela não falasse.

E quando esta Casa... Quando todas as deputadas desta Casa são ameaçadas e, portanto, recebem um e-mail com ameaças simplesmente pelo fato de serem deputadas e esta Casa se levanta contra a violência à política de gênero, eu preciso dizer ao meus nobres colegas deputados que a violência à política de gênero não acontece apenas e tão somente quando nós somos ameaçadas de morte, quando nós somos ameaçadas de estupro.

A violência à política de gênero também acontece cada vez que nós precisamos subir nesta tribuna e lutar para ter a nossa palavra garantida, lutar para poder fazer todos os debates que nós queremos fazer, como nós achamos que é conveniente sem que um deputado se mostre altamente violento, levante e grite com uma deputada que ocupa a tribuna.

Era prova que ele queria? Era que o Brasil todo visse que ele é violento que ele queria? Pois o Brasil inteiro viu que V. Exa. é violento. Eu espero que essa ceninha, esse papelzinho que aconteceu hoje sirva para depor contra V. Exa. no processo em que V. Exa. é acusado de agredir a sua esposa, de praticar violência contra a sua esposa.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Monica... Deputada Dr. Paula, se atenha ao tema, por favor.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Eu estou me atendo ao tema, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não, você está desviando do tema.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Sabe por que eu estou me atendo ao tema? Porque eu estou justificando o motivo pelo qual esse requerimento precisa ser aprovado e essa votação precisa ser adiada.

Se antes existia outro motivo, se antes era porque nós queríamos ampliar esse debate, hoje eu convoco todos os deputados e deputadas desta Casa para se levantarem contra a violência à política de gênero, para votarem pelo adiamento desta sessão, o adiamento deste debate, porque existe, neste momento, um tema que se sobrepõe.

Existe neste momento um Conselho de Ética, que diferente do que fez da última vez em que houve cumprimentos desse deputado com todos os outros homens membros do Conselho de Ética, que só tem uma mulher membro - cumprimentos, porque votaram todos contra a abertura do procedimento.

Também neste momento o que eu vi depois que um deputado se levantou e gritou contra a deputada Monica, bateu na mesa falando contra a deputada Monica, o que eu vi foi exatamente o mesmo comportamento, cumprimentos de deputados que se protegem diante de situações de violência.

Então eu venho aqui clamar para que V. Exas., se é tão difícil para o deputado se controlar, se é tão difícil para o deputado ouvir mulheres falando, se é tão difícil para o deputado mulheres ocupando este lugar, esta tribuna e respeitar a nossa fala, então que V. Exas. controlem o deputado colega de vocês e que V. Exas. nunca mais permitam que uma cena como essa se repita neste plenário.

Vossas Excelências que tem esposas, V. Exas. que tem filhas, V. Exas. que tem mães, V. Exas. que, eu espero, amam outras mulheres, que pregam para outras mulheres, V. Exas. que no exercício da atividade policial lutam pela defesa de outras mulheres, que V. Exas. também tenham a mesma coragem de se levantar em uma sessão em que uma deputada tem a tentativa de palavra castrada para falar contra a violência política de gênero.

Não é possível que entre 94 deputados, só 26 deputadas sejam mulheres e nós ainda tenhamos que lutar para ter a nossa palavra.

Então mais uma vez, presidente, o meu pedido, nesses minutos que restam, e eu queria muito fazer esse debate, eu queria muito falar o motivo pelo qual essa votação precisa ser adiada, eu queria muito falar o motivo pelo qual o ex-ministro do Bolsonaro não tem nenhuma condição de ser conselheiro do TCE, eu queria muito falar o quanto é totalmente antidemocrático que uma pessoa que questiona a integridade das urnas eletrônicas seja nomeada conselheira do TCE.

Eu queria muito falar sobre isso, mas, infelizmente, mais uma vez, o que não só eu, mas outras deputadas, todas aqui enfileiradas para garantir que eu tenha a minha palavra garantida e possa falar aqui. O que mais uma vez eu preciso fazer é me levantar para defender outras mulheres uma, duas, quantas forem necessárias, que concordem ou não com a minha ideologia, que concordem ou não com o feminismo, que protege mulheres.

Eu preciso mais uma vez vir aqui e pedir que uma votação não aconteça, porque não há condições, não há respeito, não há clima para votação de nenhuma pauta em um plenário em que não há a garantia da integridade da palavra e do respeito às deputadas mulheres.

Nós somos poucas, Sr. Presidente, infelizmente, mas enquanto tiver que fazer barulho para defender outras mulheres e para pedir que os deputados homens, que são a maioria esmagadora dessa Casa Legislativa, também se levantem para proteger mulheres não só na fala, não só na solidariedade quando nós somos agredidas ou violentadas, mas na prática, impedindo que deputados tenham esse comportamento violento com outras mulheres quantas vezes for necessário fazer isso eu vou fazer, porque é para isso que nós fomos eleitas.

Então mais uma vez, Sr. Presidente, eu peço a V. Exa. a aprovação desse requerimento e o adiamento dessa votação, que se antes era porque nós precisávamos de mais debates, agora se transforma em um caso grave de violência política de gênero nessa Casa Legislativa, que precisa ser repreendida desde V. Exa., como presidente dessa Casa.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitado.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Para uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

Pela ordem, deputado.

 

 O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É só uma questão de ordem, presidente, mas há possibilidade de fazer ainda?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não, deputado Gilmaci?

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Então fazer uma questão de ordem.

Iríamos votar o PDL da indicação do senhor Wagner Rosário. A Federação entrou com um pedido de adiamento dessa votação... o requerimento de adiamento. Nós estamos votando nesse momento um requerimento para adiar a votação.

Então, só para dizer aos deputados da base que o nosso comando aqui para a votação é “não”.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - É possível uma comunicação nesse intervalo?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nós estamos agora, deputado Paulo Fiorilo, em processo de votação. Terminando, eu passo comunicação para Vossa Excelência. Temos o próximo item.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para orientar a votação da Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Federação Minoria PT/PV/PCdoB em obstrução.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu quero orientar os nobres deputados e deputadas que votem “sim” pelo adiamento por todas as questões expostas pela deputada Paula da Bancada Feminista, pela deputada Monica e pelo deputado Donato. E todos aqueles que votarem contra esse adiamento serão registrados como passadores de pano de violência política de gênero.

Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada Thainara. Pela ordem, deputado Milton Leite Filho.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - União Brasil em obstrução, orienta “não”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil, em obstrução, orienta “não”.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Bancada do Republicanos em obstrução. Oriento "não” também.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, Danilo Campetti. Obstrução do Republicanos.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato. Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Paula. Federação PSOL REDE em obstrução.

 

A SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Andréa Werner. PSB em obstrução.

 

O SR. ROGÉRIO SANTOS - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Rogério Santos. MDB em obstrução.

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Podemos em obstrução, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dr. Eduardo Nóbrega coloca o Podemos em obstrução.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar a bancada do Partido Liberal em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Cezar. Partido Liberal em obstrução.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar a Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSDB Cidadania em obstrução.

Tendo transcorrido os cinco minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

Não havendo mais deputados interessados em fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, abriremos os microfones de aparte para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados possam assim fazer pelos microfones de aparte.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Consulto o plenário se mais algum dos Srs. Deputados gostaria de consignar o seu voto. Não havendo deputado interessado em consignar o seu voto, perguntarei ao plenário se algum dos senhores gostaria de alterar o seu voto.

 

O SR. DANIEL SOARES - UNIÃO - Pela ordem, presidente. Alterar para “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Daniel Soares. O deputado Daniel Soares troca o seu voto de “sim” para “não”.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para votar “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Barros Munhoz. O deputado Barros Munhoz também altera o seu voto de “sim” para “não”.

 

O SR. TENENTE COIMBRA - PL - Pela ordem, presidente. Alterar meu voto para “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Tenente Coimbra. Deputado Tenente Coimbra também altera o seu voto de “sim” para “não”. Não havendo mais deputados interessados em alterar o seu voto, passaremos à proclamação do resultado. Votaram “sim” 14 deputados...

 

O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT - Pela ordem, presidente. Pela ordem. Eu não votei. Estou aguardando para votar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Emídio, infelizmente já dei o comando de “finalizada a votação”.

 

O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT - Eu achei que você estava votando.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votaram “sim” 14 deputados, votaram “não” 58 deputados, mais este presidente, total de 73 votos, quórum que rejeita o requerimento que foi apresentado.

 

O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Emídio de Souza.

 

O SR. EMÍDIO DE SOUZA - PT - Só para registrar que o meu voto é “sim” nessa questão, embora não possa ser...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental, fica registrado o pedido de V. Exa., deputado Enio. Deputado Emídio de Souza.

Próximo item. Há sobre a mesa um requerimento, nos termos regimentais, que a discussão do PDL nº 27/25, da Mesa, que aprova a indicação do Sr. Wagner Rosário para a nomeação no cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, seja adiada por quatro dias, de 2 a 9 de setembro.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Para encaminhar pela bancada do PSOL e da REDE. E para discutir pela bancada do PSOL e da REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Tem cinco minutos pelo tempo regimental, cada bancada.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, uma questão de ordem, por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de ordem, deputado Gilmaci Santos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, neste momento foi apresentado um segundo requerimento solicitando o adiamento da...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votação.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Da votação. Por quantos dias?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Quatro dias.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, mais uma questão. Pelo que eu entendi, nós temos mais um requerimento também de três dias.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Isso, exatamente.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Então, está... Só então para dizer que, neste momento, nós estamos... Começar o encaminhamento de mais um requerimento de adiamento por quatro dias, e depois tem mais um requerimento apresentado por adiamento de três dias. Só pedir mais uma vez, presidente, obrigado pelo esclarecimento, e pedir mais uma vez à base, que nós teremos mais duas votações ainda nesses termos de “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR -Muito boa noite, Sr. Presidente, meus colegas deputados e o público que nos acompanha através da galeria e da Rede Alesp. Presidente, estamos discutindo aqui, hoje, mais um requerimento para que a gente possa adiar e ter mais tempo para debater a indicação do Sr. Wagner para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Para quem não conhece o Sr. Wagner Rosário, ele é o atual corregedor-geral do Estado de São Paulo e foi também corregedor-geral da União nos governos Temer e Bolsonaro. Como corregedor-geral, ele tinha uma responsabilidade muito grande de fiscalizar e impedir abusos, casos de corrupção e de improbidade administrativa na União e agora no estado de São Paulo.

Pois bem, apesar dessa função com tanta responsabilidade, ele deixou passar por debaixo do nariz dele o escândalo de compra de vacina superfaturada durante a pandemia de Covid-19, pelo qual ele inclusive foi acusado de prevaricação na CPI da Covid.

Ele permitiu que começasse o escândalo do INSS, que os deputados bolsonaristas gostam de vir falar do escândalo do INSS para atacar o governo Lula, mas o escândalo do INSS começou em 2019, no governo Bolsonaro, e que agora o Dr. Wagner, que eles querem indicar para ser conselheiro do Tribunal de Contas, se tivesse cumprido adequadamente o seu trabalho, poderia ter impedido, deputada Thainara.

Deveria ter fiscalizado, mas não, permitiu. Fez vista grossa para a compra de vacina superfaturada, enquanto tinha gente morrendo por conta da pandemia. Eles estavam querendo superfaturar, ganhar dinheiro, embolsar dinheiro com vacina, que devia estar sendo comprada para chegar no braço da população e, por conta disso, nós perdemos milhares de pessoas durante a Covid.

Eles que gostam de falar do escândalo do INSS, deveriam cobrar do Sr. Wagner, antes de votar a favor dele para ser conselheiro, o que ele fez como controlador-geral da União, quando ele pôde, durante o governo do Jair Bolsonaro, para impedir, para fiscalizar o escândalo do INSS.

E agora, como controlador-geral do Estado do governo Tarcísio, fez vista grossa para o propinão do Tarcísio, que agora é notícia no País inteiro. Um bilhão de reais de propina paga para auditores da Fazenda do Estado de São Paulo deixarem de cobrar o que esses empresários devem de imposto...

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, uma questão de ordem, presidente.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - É uma vergonha, deputado Gilmaci, que esse governo...

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Uma questão de ordem, presidente.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Esse escândalo envergonha a população do estado de São Paulo, deputado Gilmaci.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de ordem, deputado Gilmaci.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Um minutinho, deputado Guilherme Cortez. Tem uma questão de ordem do líder do Governo.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Claro.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, presidente, V. Exa. já alertou o orador na tribuna para se ater ao tema.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Eu estou me atendo, o tema é a indicação do conselheiro.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Eu estou falando com o presidente, deputado, não é com Vossa Excelência. A questão de ordem...

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - O senhor está interrompendo a minha fala.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - A questão de ordem, eu tenho prerrogativa para isso, deputado.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Fique à vontade.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Então, presidente, o senhor já orientou, alertou para que o orador na tribuna se atenha ao tema.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Que é...

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Depois eles dizem que são prejudicados, que são perseguidos, que são perseguidos, que são prejudicados.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - A indicação do conselheiro que eu estou discutindo. Eu estou debatendo a indicação, porque eu acho que nós deveríamos ter mais...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Guilherme Cortez deixe-o finalizar a questão de ordem, por favor.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Questão de Ordem, presidente.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Ele está interrompendo minha fala.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não está interrompendo. A questão de ordem é dele. Depois eu devolvo a palavra a Vossa Excelência.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Qual é o artigo? Então pergunta para ele qual é o artigo da questão de ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de ordem, deputado Gilmaci.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Então, V. Exa. já o alertou várias vezes para se ater ao tema. Então, eu não creio que o tema agora seja Tarcísio de Freitas, que o tema agora seja Secretaria da Fazenda.

Então, eu queria pedir à V. Exa. que solicitasse mais uma vez ao orador na tribuna que se ativesse ao tema, que é a indicação do Dr. Wagner Rosário para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, presidente. Porque senão fica difícil. O deputado sobe e foge totalmente do tema, simplesmente para fazer politicagem na tribuna. Aí não fica...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Guilherme Cortez, por favor, se ater ao tema. Sendo correlato, isso é pertinente. Então, a gente vai aceitar. Agora, o que não for correlato, a gente vai estar o tempo inteiro pedindo aos oradores que se atenham ao tema, que é a indicação do conselheiro... Candidato a conselheiro do Tribunal de Contas, Dr. Wagner Rosário.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Sem problema, presidente.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Questão de ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Thainara Faria.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Só para dizer, enquanto líder da Minoria, que é a terceira vez que eu assisto a um dos deputados que fazem parte da Minoria serem interrompidos por uma questão de ordem sem que ela seja justificada.

Primeira questão. Está sendo apreciado um pedido de adiamento. E cada deputado tem a sua justificativa pelo qual.... O motivo de adiamento. Não dá para o senhor deixar de garantir a fala de cada um deles que está aqui com pedidos de questão de ordem sem embasamento legal no nosso Regimento Interno.

Eu, como uma pessoa que votei em V. Exa. para manter a ordem desta Casa, já assisti coisas horríveis demais hoje. E cada vez que um deputado de esquerda ou da Minoria é interrompido aqui, se prova que é necessário o adiamento dessa discussão, presidente. Então, vou pedir para o senhor falar com vossa base para que eles parem de interromper os deputados da Minoria enquanto falam. Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Sr. Presidente, eu quero me ater ao tema. Agora, o deputado Gilmaci, líder do Governo, o governador Tarcísio, indicou para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas o seu corregedor-geral, que também foi corregedor-geral da União do Bolsonaro e do Temer.

E o deputado Gilmaci não quer que eu fale que o cara que o governo está indicando para ser conselheiro do Tribunal de Contas, que tinha a responsabilidade de impedir casos de corrupção no Estado e na União, não quer que eu fale dos casos de corrupção que houve debaixo do nariz dele? Isso é fugir do tema?

O cara tinha que impedir corrupção. Aconteceu escândalo bilionário com a tributação aqui, deixando de arrecadar o ICMS dos doadores. O cara tinha que combater a corrupção no governo federal. Superfaturamento das vacinas. Aconteceu o escândalo do INSS.

Então, na verdade, o deputado Gilmaci não quer que eu me atenha ao tema. Ele quer que eu não possa falar aqui que a indicação do governo dele para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo é uma indicação política. É uma indicação de uma pessoa que não tem competência, que passou debaixo do seu nariz vários escândalos de corrupção e que agora querem colocar no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

É colocar a raposa para cuidar do galinheiro, deputada Thainara Faria. O Tribunal de Contas de São Paulo é um órgão seríssimo, que tem um papel muito importante para fiscalizar as contas públicas do estado de São Paulo. E, portanto, seus conselheiros têm que ser pessoas com competência para isso.

O currículo do Sr. Wagner, com todo respeito, ele é recheado de escândalos que ele, como controlador do Estado e da União, não foi capaz de fiscalizar, não foi capaz de impedir. E vocês querem empurrar goela abaixo o nome dele para agora estar no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

E quando a gente denuncia, revela o que é público e notório, está na imprensa, quando a gente fala dos múltiplos escândalos de corrupção que aconteceram durante o mandato dele, vocês não querem ouvir. Aí fica difícil. Por isso, sou favorável ao requerimento apresentado para que a gente possa adiar essa discussão e essa votação.

Porque eu acho que a população do estado de São Paulo merece conhecer melhor a indicação do governador Tarcísio para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que é um órgão importantíssimo que não pode ser feito qualquer indicação. Tem que ser uma pessoa com competência e gabarito para isso.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Para discutir pela bancada da Federação, deputada Beth Sahão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth Sahão, para a discussão pela bancada do PT, PSOL... PT, PV e PCdoB.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Mais mulheres na tribuna, deputada Paula. Mais mulheres nesta Assembleia Legislativa, deputada Ediane, deputada Bebel, deputada Thainara, deputada Ana, deputada Andréa.

Quem mais está aí? Deputada Ana Carolina, deputada Maria Lúcia, deputada Daniela Bolsonaro, deputada Damaris está aí? Deputada Edna Macedo, que está lá no cantinho.

Vamos todas mostrar essa indignação que a deputada Paula tão bem colocou nesta tribuna, nesta tarde de hoje. Mostrou toda a sua indignação frente a muitos comportamentos que a gente observa no decorrer do exercício da nossa função aqui, que ainda nos choca. E que a gente precisa, imediatamente, mudar essas práticas, presidente.

Vossa Excelência, presidente, que está de costas para esta oradora, podia se virar aqui, acompanhar essa conversa, para poder mudar essa postura. É isso que acontece muitas vezes, quando mulheres ocupam esta tribuna. Mulheres que ocupam esta tribuna, essas posturas são posturas desrespeitosas. O desrespeito não está só na fala. O desrespeito está na postura, no corpo.

Aliás, tem um livro de Psicologia, como psicóloga eu posso dizer aqui, cujo título é “O Corpo Fala”. O corpo, muitas vezes, acusa o que a palavra não consegue exprimir.

Então essa é a questão. Por isso mesmo que nós precisamos, toda vez, rechaçar esse tipo de conduta. Condutas que são inadequadas, condutas que são indecorosas para este lugar. Condutas que demonstram o machismo estrutural que ainda nós vivemos na nossa sociedade.

Esse machismo, para me ater ao tema, que está acompanhando o senhor Wagner do Rosário, que vai ser indicado, que quer ser indicado para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado.

Esse machismo, que fez esse senhor, em uma oitiva no Senado Federal, se referir a uma senadora como se ela fosse uma descontrolada. Esse é um termo, exatamente, que persegue mulheres, infelizmente, que saem ofendidas, que são agredidas por homens que têm essa concepção.

E não adianta, como ele disse hoje pela manhã, vir pedir desculpas. Depois que inventaram as desculpas, a pessoa quase mata alguém, chega lá pede desculpa. A pessoa agride mulheres, chega lá e pede desculpas ‘desculpa, eu estava descontrolado, estava nervoso, aconteceu um dia ruim”.

Então é inaceitável a desculpa, nesse caso. Uma pessoa que está querendo ocupar um cargo como esse, precisa estar preparada. Precisa saber, exatamente, o que fazer lá dentro.

Ao que nos consta, esse senhor não sabe como fazer para ser um conselheiro do Tribunal de Contas. Aliás, a Controladoria Geral do Estado acabou de retirar, recentemente, e esta Assembleia votou, e a gente tem que lembrar isso.

Que esta Assembleia tirou funções importantes da Procuradoria Geral do Estado, que fazia avaliações dos servidores públicos, avaliações técnicas, avaliação com base no desempenho desses servidores. E transferiu essas análises, essas avaliações de desempenho, para a Controladoria Geral, para esse senhor.

Para quê? Para que essa avaliação fosse feita do ponto de vista político. Infelizmente, para que, ali, os servidores fossem ranqueados de acordo com a disposição de quem o faz. De acordo com os interesses que são pequenos. Para poder, inclusive, prejudicar servidores. A gente recebeu, na época, dezenas de representantes de servidores, das mais diferentes categorias, para poder pedir que esse projeto não fosse aprovado.

Infelizmente, foi. E hoje é esse senhor que se coloca para querer ser conselheiro do Tribunal de Contas. Eu espero, sinceramente, representando a Federação PT/PCdoB/PV, que a gente derrube essa indicação. Porque tem gente que tem muito mais competência e muito mais capacidade. Mais do que isso: muito mais compromisso de ser um órgão auxiliar, como é o Tribunal de Contas do Estado, para exercer esse cargo, do que o senhor Wagner do Rosário.

Muito obrigada, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada Beth. Pela ordem, deputada Thainara Faria.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para indicar a nobre deputada Professora Bebel, para discutir pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Professora Bebel, para discutir pela Minoria.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente. Cumprimento também a Mesa Diretora de trabalho, os assessores à minha esquerda, à minha direita, Srs. Deputados e Sras. Deputadas presentes nesta sessão da Assembleia Legislativa, público presente, que está aqui entre nós, e todos os que nos ouvem e assistem através da Rede Alesp.

Nós estamos diante de uma tarefa muito importante, que é indicar um conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Um Tribunal de Contas tem um papel fundamental, que é trabalhar com a máxima transparência todas as contas do estado de São Paulo, providas pelo Executivo paulista.

Eu quero dizer, quando a gente compara conselheiros que lá temos hoje, como o conselheiro Dimas Ramalho, tantos outros que também passaram por lá, como também uma conselheira que esteve aqui conosco, a gente olha a trajetória deles e é uma trajetória muito ilibada, limpa. Você olha e diz, tem uma trajetória que dá a eles a capacidade de estarem lá. É a Assembleia Legislativa que avaliza, que vota esses nomes.

Agora, quando a gente pega a trajetória do Sr. Wagner Campos Rosário, a gente se depara com atitudes ruins, como foi dito aqui pela deputada Beth Sahão. Alguém que chama uma mulher de descontrolada, uma senadora da República, me desculpe, mas não vai ser diferente no Tribunal de Contas do Estado.

Uma coisa é a cozinha da sua casa, outra coisa é como você se comporta num lugar em que há o respeito mútuo, que tem que existir, apesar das diferenças ideológicas. Eu não tenho nenhum problema, deputado Barba, em conviver com divergências ideológicas, mas quando passam do limite, aí não tem questão ideológica, aí a questão passa a ser pessoal, não política.

Veja, não bastasse isso, ele teve problemas também quando foi chamado na CPI que analisou a Covid-19. Lamentavelmente, esse senhor foi contra vários pontos que atinavam sobre a vacinação. Eu diria que foi uma questão de garantia de vida.

Então nós não temos outra questão senão pedir o adiamento, fazer um debate de mérito, fazer uma... Eu não sei se a sabatina que já teve, foi dito que ele pediu desculpas, mas não sei se pedido de desculpas também basta. O que a gente precisa é de um conselheiro do Tribunal de Contas que, de fato, represente a boa transparência, enfim, o compromisso com a prestação de contas do Executivo do estado de São Paulo.

Repito aqui, eu, por exemplo, lancei mão de muitos estudos quando escrevi o voto da PEC 9, porque a redução das verbas da Educação é oriunda do Tribunal de Contas do Estado. Isso é transparência, isso é mostrar, não é tapar o sol com a peneira.

É mostrar explicitamente como é que as contas são tratadas aqui no estado de São Paulo. Por isso, a gente pede o adiamento, Sr. Presidente, face ao direito de todos de escolher, mas também ao direito de nós podermos refletir melhor.

Então, agradeço.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o requerimento.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - O senhor já encerrou a discussão?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já.

 

O SR. DONATO - PT - O senhor não declarou que encerrou a discussão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É que são as três bancadas, só, que...

 

O SR. DONATO - PT - Então, eu quero indicar, para encaminhar, o deputado Marcolino, pela bancada da Federação PT/PCdoB/PV.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Marcolino, pela bancada da Federação PT/PCdoB/PV, fará encaminhamento, pelo tempo regimental.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, nossa bancada está encaminhando pelo adiamento do requerimento, da votação, porque hoje pela manhã, primeiro tinham poucos deputados aqui da base do Governo para fazer o acompanhamento e a arguição, pelo menos, do indicado a conselheiro do governador nesse momento.

Mas nós levantamos aqui algumas informações que nos preocupam por esse motivo de discutir mais um pouco, porque vamos imaginar: um conselheiro para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que, quando esteve à frente da CGU, e o princípio que nós temos, ou deveríamos ter, em relação a um cargo tão importante como esse, que é o princípio da transparência, o princípio da lisura, o princípio da equidade, que tem que garantir que não haja corrupção na gestão do governo à qual ele foi indicado.

Porque um cargo de controlador-geral da União, ou mesmo controlador-geral do estado de São Paulo, tem que ter uma preocupação, principalmente, em relação aos malfeitos ou aos atos que, na avaliação de corrupção no nosso País, têm que, no mínimo, ser investigados.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

E nós sabemos, e vimos durante o governo Bolsonaro, que tiveram vários episódios de corrupção, não em relação ao presidente, mas em relação a diversos outros ministros do governo federal.

E o parecer ou a posição que nós tivemos do controlador-geral da União naquele momento, que é o candidato, agora, a assumir o Tribunal de Contas, é que ele arquivou todos os procedimentos, todos os pedidos de investigação durante quatro anos do governo Bolsonaro. Quatro anos.

Podemos pegar qualquer outro corregedor-geral da União, em mandatos anteriores, de presidentes anteriores, durante o período do governo Lula e Dilma, nós nunca tivemos um corregedor-geral da União que arquivou todos os procedimentos de investigação como o que teve naquele momento, na gestão do governo Bolsonaro. Todos. Isso não é comum, mas aconteceu isso durante quatro anos, no governo Bolsonaro.

Então, isso tem que ser elucidado, tem que ser debatido, tem que ser discutido. Nós temos que levantar essas informações e ver, em todos os casos, o que foi feito; não houve tempo, nesse momento, deputada Bebel, de levantar todos esses casos e de ele se posicionar, ele responder qual foi o motivo de ter, naquele momento, arquivado todos os procedimentos. Estamos vendo aqui o deputado Xerife do Consumidor, que sabe que é importante a defesa dos direitos.

E é importante fazer essa arguição, ao conselheiro que está sendo pretendido ao conselho, dos itens ou dos pedidos de investigação - por que arquivou todos? Se investiga, nós vamos descobrir problemas eventuais (Inaudível.) que possam ser corrigidos, como aconteceu em relação ao “Bolsa Família”.

Naquele momento, foi feita uma investigação e se detectou, em 2023, e tiveram alguns pedidos, alguns benefícios que foram investigados e foram cancelados. Isso em 21; depois você olha em 22, que foi um ano eleitoral, não houve, por parte do corregedor-geral da União, naquele momento, o mesmo procedimento que foi feito no ano de 2021. Não fez em 22, porque era ano de eleição.

E esse debate nós temos que trazer à tona e temos que conversar um pouco mais aqui entre os deputados e deputadas. Mas a gente olha aqui algo mais grave ainda, mais grave ainda do que o problema que nós tivemos agora em relação a não ter feito um processo de investigação e, sim, arquivar todos os processos.

Aí nós olhamos aqui na época, quando nós tivemos, em 2020, nós tivemos uma interferência em relação ao Ministério da Saúde, e em relação às vacinas. Nós passamos durante a pandemia no nosso País um problema em que muitas pessoas no Brasil inteiro vieram a óbito. Muitas pessoas vieram a óbito porque quem estava responsável pela gestão do País naquele momento, seja o presidente Bolsonaro, seja o ministro da Saúde, seja o controlador-geral da União, que percebemos que teve naquele momento uma série de problemas de desvios em relação à estrutura da Saúde no nosso País.

Foi construído, e deveria ter sido construído, e foram feitos diversos hospitais de campana, que depois que foi feito todo aquele procedimento, aquele processo, hoje ninguém sabe onde foram parar os respiradores, ninguém sabe onde foi parar toda aquela estrutura hospitalar que foi montada durante a pandemia.

E o controlador-geral da União, naquele momento, que também teve questionamento em relação ao seu posicionamento em relação ao caso Covid, blindou mais uma vez as investigações do governo federal, do governo Bolsonaro, no caso Covaxin, que eram investigações de compra de vacinas, compra de vacinas, para que se pudessem salvar milhares de vidas no nosso País.

Então, nós estamos falando de uma pessoa que está sendo indicada agora pelo governador Tarcísio, que foi do governo Bolsonaro, que foi do governo Temer, que no momento crucial que nós tivemos a pandemia no nosso País, em vez de fazer uma ação republicana, uma ação para defender a população do nosso País, que teve um momento para fazer a defesa dos governos no estado de São Paulo, para garantir a vacina para todos e todas, para que não tivesse essas milhões de mortes que nós tivemos no Brasil afora.

E não houve investigação, com denúncias comprovadas, com relatórios demonstrando que foi feito superfaturamento em diversos estados do nosso País e que as vacinas não foram entregues como deveriam ter sido entregues naquele momento.

É esse o conselheiro que o governador Tarcísio está apresentando agora para que os 94 deputados avaliem se aceitam ou não, esse conselheiro, no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Podemos até dizer, deputado Donato, que houve aqui uma prevaricação, enquanto corregedor-geral da União, de não ter investigado, que era a sua obrigação, no cargo que ele ocupava.

Mas nós estamos falando de um Tribunal de Contas do Estado que vai fazer agora, nos próximos anos, caso ele seja aprovado, e como o governador Tarcísio tem a maioria dos deputados na Assembleia Legislativa, e com certeza vai aprovar a indicação, mas vai aprovar uma indicação de um conselheiro indicado pelo governador Tarcísio que nós já vimos que na prática pregressa não agiu de forma isenta, não fez a investigação que deveria ter sido feita, não acompanhou o que estava acontecendo no País naquele momento da Covid.

Mas mais do que isso: nós temos 645 prefeitos no estado de São Paulo que terão as contas avaliadas pelo tribunal. Nós temos 645 câmaras, 644 câmaras municipais no estado de São Paulo que terão suas contas avaliadas pelo Tribunal de Contas do Estado.

E nós tivemos e já vimos em alguns momentos atrás alguns conselheiros do Tribunal de Contas que avaliavam a conta ou avaliavam procedimentos internos do Tribunal de Contas de acordo com a cor partidária. Se fosse um prefeito do Partido dos Trabalhadores, era uma forma de fazer a avaliação. Se fosse um do PSDB naquele momento, era uma outra forma de fazer a avaliação.

Nós tivemos aqui na região de Osasco que os procedimentos em duas cidades do mesmo tamanho, quase o mesmo orçamento, a forma de tratar um prefeito do PT e do PSDB, era diferente.

Então nós não queremos um Tribunal de Contas no estado de São Paulo que nós vimos que lá no governo federal, no governo Bolsonaro, estava preparando o golpe de estado pelo que hoje o presidente Bolsonaro está sendo julgado. E o conselheiro que ora o governador Tarcísio indica é o conselheiro que fazia parte do governo Bolsonaro e que estava preparando um golpe de estado no nosso País. É esse conselheiro que nós estamos discutindo hoje e se devemos aprovar ou não.

Então por isso que a nossa bancada está propondo que não podemos votar no dia de hoje o nome desse conselheiro, nós estamos em momento agora no Brasil que estamos discutindo a prisão não só do Bolsonaro, mas de diversos outros atores que tentaram um golpe de estado, que tentaram matar o presidente do Brasil, o vice-presidente e o presidente do Supremo Tribunal Federal.

E o conselheiro que está no CGU, naquele momento, participou de uma reunião que estava organizando o golpe do País, do nosso Estado, e está sendo julgado no dia de hoje.

Por isso que hoje nós não temos condições de fazer uma votação tão importante como esta, por isso nós estamos pedindo adiamento, Sr. Presidente, porque nós queremos mais informações, aprofundar mais essa discussão, não dá para a gente votar no conselheiro com dúvidas em relação a sua prática que teve no governo anterior e agora o governo atual faz uma indicação de, hoje, que representa o Governo do Estado no Conselho Geral do Estado de São Paulo para o Tribunal de Contas.

Por isso nós estamos pedindo o adiamento desta votação para podermos fazer esta votação em um outro momento, de forma mais tranquila.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Para indicar a deputada Ediane Maria para encaminhar pela bancado do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental, a deputada Ediane tem o tempo regimental.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada Marina Helou, pela ordem.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Enquanto a deputada se dirige para a tribuna, eu gostaria de pedir uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigada, presidente. Eu queria aproveitar esse tempo da comunicação para comunicar o porquê é muito importante a gente prestar atenção no que está acontecendo aqui nesta votação e na oportunidade que esta legislatura teve. Esta é uma legislatura que indicou quatro conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, e a gente está caminhando para indicar quatro homens, mais uma vez.

É um tribunal que tem mais de 100 anos aqui no estado de São Paulo, um tribunal importantíssimo, e em toda a sua história indicou apenas uma mulher para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, que é a conselheira Cristiana. A gente não pode achar que isso é normal, a gente não pode achar que é normal a gente ter, de novo, um Tribunal de Contas só com homens e apenas uma mulher.

Quatro indicações iguais, a gente sabe que a gente tem mulheres absolutamente competentes e preparadas que poderiam ocupar a posição e a gente deveria, como esta Casa, ter assumido a responsabilidade de paridade de gênero nas indicações. Pode indicar dois homens, mas a gente deveria ter a responsabilidade de indicar duas mulheres, ou no mínimo uma mulher.

A gente está caminhando para, de novo, perpetuar essa discriminação de gênero importantíssima que tem resultados práticos na vida das cidades, das pessoas, porque tem pautas específicas que são priorizadas quando a gente tem olhares diferentes.

Essa falta de diversidade, essa falta de representatividade das pautas tiram a importância de combate à violência contra a mulher, a importância da discussão das mães solo, a importância do papel de olhar as contas do estado trazendo prioridade para outras pautas que não estão representadas.

Não é à toa que a conselheira Cristiana é uma das maiores responsáveis por colocar os planos municipais da primeira infância como um dos elementos fundamentais para os municípios apresentarem na sua prestação de contas, porque isso transforma a vida das crianças, isso quebra o círculo da pobreza, isso cuida das mulheres.

Então eu estou aqui trazendo uma indicação para que a gente discuta essa indicação da perspectiva das mulheres, que a gente possa fazer uma indicação olhando isso e sem perder essa chance pela responsabilidade que esta Casa tem.

Obrigada, presidente.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Questão de ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Qual é a questão de ordem, deputado?

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Deputada Ediane Maria vai encaminhar agora para a bancada do PSOL, e eu gostaria que todos os deputados pudessem ouvir o nosso encaminhamento, por isso eu queria pedir uma verificação de presença, me parece que estamos sem quórum.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Convidar o deputado que já está aqui, Carlos Cezar e o deputado Campetti - Danilo Campetti, que já está chegando aqui também -, para fazerem a verificação.

 

* * *

 

- Verificação de presença.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, é constatado o quórum regimental. Eu agradeço a Vossa Excelência.

Devolvo a palavra à deputada Ediane Maria, para o seu tempo regimental.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente.

Bom, hoje essa Casa teve debates acalorados, tiveram muitas coisas que me dão muitas tristezas, Srs. Deputados, me dá muita tristeza.

Olha, em 190 anos, 190 anos, que agora nós temos 26 mulheres eleitas nessa Casa. Bom, e aí a gente vê essa tentativa de silenciamento ou de barulho na hora de nossas falas, de tudo rola, tudo acontece. Ou quando, às vezes, ficam rindo quando a gente está falando, porque também tem essa tentativa de desqualificar o debate.

Bom, por que estamos aqui hoje e por que esses debates estão tão acalorados? Primeiro, nós estamos aqui para votar o PDL que aprova, nesta Casa, a nomeação de Wagner Rosário, atual corregedor-geral do estado de São Paulo, para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, indicado por Tarcísio de Freitas.

Bom, eu acho que só por essa indicação a gente já fica muito preocupado, não é? Diante de vários e vários escândalos, Srs. Deputados, e para quem está agora assistindo aqui à TV Alesp.

Bom, eu acho que todo mundo lembra, porque a nossa memória, Sr. Presidente, é uma memória muito boa. A gente não se esqueceu do que aconteceu na pandemia, a gente não se esqueceu da demora na vacina, a chegada da vacina para a gente se proteger do Covid. Nós não nos esquecemos dos respiradores - que não chegaram, muitos demoraram, morreu muita gente - e da negligência do governo Bolsonaro.

Bom, o senhor Wagner Rosário, na época... E por isso que a gente está falando de Bolsonaro e Tarcísio juntos - as coisas não se desligam, estão juntas.

Entre 2017 e 2022, o senhor Wagner Rosário foi ministro do governo Bolsonaro, ocupando o cargo de corregedor-geral da União, justamente no período mais intenso da pandemia da Covid-19.

Com tudo isso, apesar de tudo que ficamos sabendo, que aconteceu no governo Bolsonaro durante a pandemia, corrupção nos contratos da vacina, na compra de respiradores, desvio de recursos etc. etc., Rosário não abriu qualquer processo. A função dele era apurar, era investigar. O dinheiro público é o dinheiro nosso. Bom, ele passou batido. Isso é um crime de prevaricação. Isso é um crime também.

Bom, não é à toa que o Sr. Rogério, mais uma vez, deputados, entra em mais uma coisa, mais uma. Mais uma denúncia contra ele. Por isso que a gente quer adiar essa votação, para que a gente entenda, inclusive, qual que é o papel, gente, o papel do conselheiro do Tribunal de Contas. Ele vai fiscalizar as contas do Governo do Estado.

E aí a gente vê essa pressa, tudo é muita pressa. Tudo é muita pressa, mas não tem a pressa para mudar a vida das pessoas que estão lá na base. A pressa é para que, novamente, o Sr. Governador, que aí eu ouvi aqui falar de politicagem, que estava fazendo politicagem...

Ou seja, se esta Casa não é o instrumento de fazer política, e se a gente não foi eleito para isso, então, todo mundo aqui foi votado. Inclusive, pela urna eletrônica, que o senhor Wagner também estava naquela reunião. Lembra, com o Bolsonaro, gente?

Aquela reunião com o Bolsonaro, onde ele chama todos os ministros para ficar confabulando, falando da credibilidade, da legitimidade das urnas eletrônicas. O Sr. Wagner, mais uma vez, por incrível que pareça, mas não para mim, que já estou calejada, novamente estava sentado nesta reunião.

Mas para não ficar em minhas falas, eu queria ver se tem um vídeo, se dá para subir o vídeo. Se conseguir subir o vídeo, seria bom, porque não são minhas falas, é a fala do senhor indicado.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada, é sobre o tema?

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - É sobre o tema, não sai do tema. É o tema, é o tema.

 

 O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É indicação do Dr. Wagner Rosário?

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada, é um vídeo que não tem nada a ver. Não tem nada a ver. Pode parar o vídeo. Pode parar o vídeo. Não, não. Eu indefiro. Pode cortar.

 

O SR. DONATO - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Presidente, é o Wagner. É ele. Como é que a gente vai saber se ele é idôneo moralmente?

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pode parar o vídeo. O tempo de V. Exa. está correndo.

 

O SR. DONATO - PT - Presidente, é ele falando, não é outra pessoa.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - É reunião de ministério. Nada a ver.

 

O SR. DONATO - PT - O senhor não é juiz aqui.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O tempo de V. Exa. está correndo.

 

O SR. DONATO - PT - Não, não. Tem que passar o vídeo. Tem que passar o vídeo. Tem que passar o vídeo. Para o tempo aí, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O tempo de V. Exa. está correndo. Eu estou indeferindo o vídeo, e o tempo está correndo. Pode continuar.

 

O SR. DONATO - PT - Não tem o menor sentido o que você está fazendo, presidente.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Sr. Presidente, por que não pode passar, sendo que é exatamente sobre o Wagner Rosário? Não sai do tema. É o mesmo tema, gente.

 

O SR. DONATO - PT - É no exercício da CGU, como ministro, presidente.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Questão de ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Agora para uma questão de ordem da deputada Monica.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Nós estamos em uma matéria, discutindo a indicação do Sr. Wagner de Campos Rosário. Certo? O Sr. Wagner de Campos Rosário vai falar no vídeo que a Ediane Maria vai exibir. O Sr. Wagner de Campos Rosário vai falar no vídeo.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada, ele está ali mostrando uma reunião ministerial. Nada a ver com o tema. Já está respondida a questão de V. Exa. e o tempo está correndo. O tempo está correndo.

 

O SR. DONATO - PT - Reputação ilibada e idoneidade moral, presidente.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - O senhor está censurando a ...

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - O tempo está correndo, deputada.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Não estamos saindo do tema, é importante trazer isso. Ali é o Sr. Wagner Rosário. É ele que está ali na época, então ministro, que estava na reunião com o Bolsonaro, naquela época, confabulando contra as urnas eletrônicas, onde muita gente no nordeste, norte e nordeste, foi barrada de votar, todo mundo se lembra disso. Ou seja, nós precisamos falar qual é a indicação do governador Tarcísio de Freitas e por que a pressa, inclusive, em passar por esta Casa em regime de urgência. Tudo aqui é muito urgente.

A sociedade, o estado de São Paulo, os brasileiros... Inclusive hoje é um dia importantíssimo, porque hoje começou o julgamento do Bolsonaro. Ou seja, por que não podemos falar o que está em jogo e trazer inclusive, gente, quem está agora acompanhando...

Bom, fomos censurados, a gente não pode passar o vídeo onde o ministro coloca o seguinte: “Eu não entendi nada do relatório. A forma como foi montado não permite uma fiscalização propriamente dita.

Vou dar um exemplo: o sistema que faz a segurança da urna está numa linguagem que, na CGU, não tem nenhum especialista. Mesmo que eu queira auditar, eu não vou conseguir. Ele tem 20 milhões de linhas de programação. São 20 milhões de linhas. Então imagina aí o tempo que a gente necessita para auditar. Talvez no meio dessas linhas tenha algum tipo de problema”.

Gente, ele não conseguiu ver nada. Inclusive esse grande escândalo agora de mais de um bilhão ele não conseguiu detectar. Tinha isenção no ICMS, mas ele conseguia confabular, estar junto, mexer, ou seja, o que o Tarcísio de Freitas quer com o Sr. Wagner? Eu estou preocupada, não só eu; é para o estado de São Paulo estar preocupado com isso.

O estado de São Paulo tem que estar preocupado e ainda mais preocupado agora, que não pode sequer rodar um vídeo, não pode mais rodar um vídeo. Eu não sabia, sinceramente, eu estou sabendo hoje, agora, que a gente não pode passar um vídeo, inclusive, sobre o tema. Que eu saiba, a gente não pode sair do tema. Agora, falar sobre o que está acontecendo aqui a gente tem todo direito.

É vergonhoso, mais uma vez. Eu olho para esta Casa e vejo o quanto que a pressa só faz com que a gente traga o retrocesso aqui para o estado de São Paulo. Então, é por isso que nós precisamos adiar essa votação, conversar, debater ainda mais com a sociedade e ver qual é a qualificação real.

Eu acho que a qualificação do Sr. Wagner Rosário não é só essa, de camuflar, de esconder, de esquecer, de fazer o papel dele, que é fiscalizar, somente isso. É a função dele fiscalizar. Agora, se ele está ali do lado do Tarcísio, aí é preocupante, Sr. Wagner Rosário. Bom, esta sessão já deu o que tinha que dar.

É vergonhoso, mais uma vez.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputada Thainara Faria.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Para encaminhar pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Tem V. Exa. o tempo regimental. Antes, porém, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, Inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira sessão, extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia.

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 35ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 03/09/2025.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputada Thainara Faria.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Antes oficialmente de iniciar a minha fala, quero colocar para a população do estado de São Paulo, os deputados que estão aqui nos acompanhando, servidores, policiais, que nós estamos encaminhando o pedido de adiamento da votação da indicação do Sr. Wagner Rosário por quatro dias.

Sendo assim, eu vou expor os meus motivos, pelos quais acredito que nós tenhamos que adiar esta votação e exijo que os meus motivos sejam respeitados. Caso eu seja interrompida na minha fala e na explicação dos meus motivos, eu vou encaminhar quantas vezes forem necessárias, inclusive a votação, por 30 minutos. Não quero, não aceitarei ser interrompida.

E vou sugerir aos deputados da Minoria que, já que a deputada Ediane Maria foi censurada nesta Casa de passar este vídeo, que todos nós subamos em nossas redes sociais este vídeo, porque a população quer saber o que é que o indicado do governador Tarcísio de Freitas disse na reunião ministerial.

Para colocar para vocês, o que precisa para ser conselheiro do Tribunal de Contas? A idade de no mínimo 35 anos, e, logo depois, idoneidade e reputação. Então, o vídeo que a deputada Ediane Maria queria reproduzir nesta tribuna diz respeito à história e à função como ministro, numa reunião ministerial, então quer dizer sobre a idoneidade e reputação do indicado.

Quanto mais V. Exas. esticarem o chiclete aqui, pior vai ficar. Mais vídeos vão aparecer, mais falas vão aparecer. Nossa assessoria estará recortando o vídeo onde o ministro é misógino e machista com a atual ministra Simone Tebet. Tudo isso será mostrado.

Agora, eu quero ter a minha fala garantida para dizer por que nós não deveríamos nem estar neste plenário discutindo. O que aconteceu aqui foi extremamente grave. Nós, representantes da população por excelência, deveríamos nos colocar no lugar do outro. Só por representar a população. Sentir a dor daqueles que vivem sem saneamento básico, sem teto, sem alimento, sem vaga nas escolas.

Isso é a nossa obrigação. Mas, como muitos deputados aqui, deputada Paula, não o fazem, eu preciso trazer para o âmbito da família, porque se eles não amam o povo, as pessoas, que se coloquem então no lugar como pais, filhos, irmãos, tios. O nobre deputado André do Prado, presidente desta Casa, será papai. Foi anunciado aqui. De uma linda menina. Esta semana ainda.

Vamos imaginar que essa criança estivesse defendendo em sua escola um projeto de ciências, de biologia, e chegasse um coleguinha de classe e começasse a gritar com ela em meio à apresentação desse projeto. Nós temos inúmeras mães aqui.

Alguma das senhoras aceitariam que um homem falasse com a filha de V. Exas. como um deputado da direita falou aqui com a Monica? Como interrompeu aqui a deputada Paula? É razoável que isso aconteça nesta Casa?

Só por isso, eu já gostaria que nós tivéssemos o adiamento desta sessão votado e aceito por todos. Não adianta no Dia da Mulher entregar um bombom ou uma rosa. Não adianta entregar o título de mulher destaque.

Não adianta vir apertar nossas mãos e dar abraço, sendo que quando nós precisamos da solidariedade dos demais deputados, V. Exas. se calam diante de mais um episódio de violência política de gênero nesta Casa.

Isso é inadmissível. Que V. Exas. tenham vergonha de olhar nos olhos das mulheres que foram legitimamente eleitas para representar o povo do estado de São Paulo e têm a sua voz no parlamento - na Casa onde se é para falar - cerceada por um homem, deputado, que acabou de sair de um processo na Comissão de Ética por violência contra a ex-esposa, apertando a mão e dando tapinha nas costas, gente.

Isso é vergonhoso. Eu duvido que, se fosse contra as filhas de V. Exas., as mães de V. Exas., se alguém gritasse, como o fez o deputado da direita aqui, se V. Exas.  achariam normal, bateriam nas costas, falariam parabéns, apertariam a mão.

E é um deputado como esse que vai aprovar, inclusive votar no indicado do Tarcísio de Freitas, que fez vistas grossas à compra de vacinas, ao superfaturamento, que é contra a urna eletrônica que elegeu cada um de nós que estamos aqui presentes. Vossas Excelências acham normal esse comportamento? Acham aceitável? A sessão tinha que acabar aqui. Ela não poderia continuar, pelo que aconteceu.

Para além disso, nós fizemos diversas perguntas para o indicado Wagner de Campos Rosário, que foram respondidas de maneira superficial. Uma arguição, ela prevê escuta, réplica, tréplica. O que aconteceu aqui foi que cada deputado que quis se pronunciar, nobre deputado Emídio, falou por cinco minutos, ele fez um apanhado geral, respondeu como quis.

E nós não achamos suficiente para aprovar o nome dele aqui, que não o faremos, porque hoje em Brasília está sendo discutido um golpe de Estado.

A tentativa de um golpe que é a única possibilidade de ser punido. Porque depois de consolidado o golpe, a gente vive uma ditadura militar e aí não tem como punir. Não é possível que o indicado deste grupo, do grupo do governador Tarcísio de Freitas, que já se pronunciou dizendo que o primeiro ato dele, caso seja eleito presidente da República, será conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro assinando o atestado de culpa dele, dizendo que ele é culpado e que será preso, e por então, caso seja eleito, dará este indulto.

Nós podemos aceitar esse cara aqui, porque seria, como disse a “The Economist”, o Brasil dando uma lição de democracia aos Estados Unidos e ao mundo em Brasília, e o estado de São Paulo endossando um nome minimamente duvidoso.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

Nós temos aqui a carreira dele que iniciou no Exército brasileiro, foi ministro da Transparência e da Controladoria Geral da União, mas nós não vimos transparência aqui, porque sequer um vídeo nós podemos reproduzir. Nós queremos saber por que, enquanto membro da CGE, passou-se em branco o escândalo do Propinão da Sefaz?

Nós queremos saber por que, enquanto membro da CGE, não foi questionado o governador Tarcísio por entregar as terras devolutas por 10% do valor que elas valem? Nós queremos saber por que não há nenhuma iniciativa da CGE em investigar se há irregularidades na concessão de benefícios fiscais, uma vez que o governo resiste em divulgar os beneficiários. Nós queremos saber quem são os beneficiários.

Para isso, meus amigos, nós precisamos de tempo. Um adiamento. Vamos discutir amanhã, vamos discutir semana que vem, vamos discutir quanto tempo for necessário. Nós não podemos aceitar de barato aqui as indicações do governador Tarcísio de Freitas, que, inclusive, impõe um racha em sua base.

Tem um pedaço da base que é bolsonarista, tem um pedaço da base que é tarcisista, tem a base inteira que não está tendo emenda paga, tem a base inteira que não é respeitada, porque não tem projeto aprovado, os projetos são todos vetados. A única coisa que une a tal base do governo Tarcísio é o fato de que ele veta o projeto de todo mundo e não paga a emenda de ninguém.

É a única coisa que une essa base, porque, dos demais, metade são bolsonaristas, acreditam ainda que o inelegível poderá ser candidato à Presidência. A outra metade é tarcisista. E o Tarcísio já se lança pré-candidato, assinando atestado de culpa do ex-presidente inelegível, que está em casa hoje, Jair Messias Bolsonaro.

Então, nós precisamos de mais tempo, deputado Donato. Nós precisamos de tempo para debater essa indicação, Professora Bebel. Nós precisamos de tempo para discutir. E nós não podemos aceitar que esta Casa, mais uma vez, seja capa dos jornais por assédio moral, por violência política de gênero e pelo silêncio dos deputados.

Aquela velha parábola, meus amigos. O menino estava em cima do muro. Eu não gosto, como muitos usam a fé, de usar a fé para explicar as coisas. Deus ficava pedindo, pula para cá. E ele se questionou: “Por que o Diabo não pergunta e não pede para pular para lá?” E o Diabo responde: “O muro é meu”. Saiam de cima do muro.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação, o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem ao contrário, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Rejeitado.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir desse momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontrem em plenário, tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Dra. Paula.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Colocar a Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Olim.

 

O SR. DELEGADO OLIM - PP - Colocar o Progressista em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressista em obstrução.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Danilo Campetti.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Colocar a bancada dos Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Por favor, ligar o microfone aqui do lado. Por favor, o microfone aqui na Mesa, deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Colocar o Partido Liberal em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Liberal em obstrução. Pela ordem, deputado Milton Leite Filho.

 

O SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. União em obstrução. E orientar “não”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil em obstrução. Pela ordem, deputada Andréa Werner. 

 

A SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em obstrução. Pela ordem, deputado Marcelo Aguiar.

 

O SR. MARCELO AGUIAR - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente. A Bancada do Podemos está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em obstrução. Pela ordem, deputado Rogério Nogueira.

 

O SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

Tendo transcorridos os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não”, ou registem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas. Pela ordem, deputado Oseias de Madureira.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução. Pela ordem, deputado Rogério Santos.

 

O SR. ROGÉRIO SANTOS - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o MDB em obstrução.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais deputados interessados em consignar os seus votos, pergunto às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados se gostariam de alterar o seu voto. (Pausa.) Não havendo deputados interessados em alterar o voto, passaremos à proclamação do resultado: votaram “sim” 12 deputados; “não”, 55 deputados; mais este presidente, quórum de 68 votos, quórum que rejeita o requerimento.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Eu tenho duas questões de ordem. Primeiro, do ponto de vista mais geral do funcionamento da Presidência da Casa: é atribuição do senhor manter a ordem e a segurança dos parlamentares, correto?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Posso contar com o senhor na próxima vez em que eu for agredida neste plenário?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sempre todo parlamentar terá segurança nesta Casa.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Posso pedir para o senhor pedir então para o Sr. Lucas parar de debochar e de me provocar?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Monica Seixas, toda segurança, todos os deputados aqui são responsáveis pelos seus atos. O Conselho de Ética desta Casa existe para isso e a Corregedoria existe exatamente para isso.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - O senhor está dizendo, portanto, que o deputado Lucas está autorizado a continuar provocando e debochando?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não, ao contrário. Todos têm a consciência de suas atitudes nesta Casa, todos os deputados. Os instrumentos jurídicos que a Casa tem no seu Regimento Interno são exatamente para punir aqueles casos em que as pessoas se sintam ameaçadas, para que elas possam assim fazer.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu vou entrar na segunda questão de ordem, mas eu vou repetir. Segundo o Regimento Interno, é atribuição do senhor colocar ordem no plenário. O senhor acabou de assistir ao deputado Lucas provocar de novo. Saiu rindo daqui, todo mundo percebeu o deboche. Posso contar com o senhor para colocar ordem e pedir ao deputado para se conter e se afastar de mim? Eu estou apresentando uma queixa formal ao senhor agora, como presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A queixa formal aqui está feita por Vossa Excelência. Se a senhora assim se sentir intimidada, coagida...

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu me sinto. Estou apresentando para o senhor.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exatamente, a Corregedoria e o Conselho de Ética são instrumentos, V. Exa. vai poder fazer a sua denúncia, porque eles são compostos exatamente para isso.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu vou pedir, então, para colocar nas notas taquigráficas que o presidente está dizendo que o deputado pode continuar nesta sessão debochando, que ele não vai me ajudar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Monica Seixas, jamais este presidente...

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pelo amor de Deus, agora é demais...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É justo V. Exa. fazer obstrução. Vossa Excelência pode fazer... (Falas sobrepostas.) Deputado Gilmaci, um minuto só, um minuto só, um minutinho só. (Vozes sobrepostas.)

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu estou apresentando aqui um pedido, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - A deputada Monica Seixas tem total direito de fazer obstrução, que é direito de V. Exa., como parlamentar, assim como vocês estão fazendo. Mas ao colocar palavras em minha boca, que eu não disse, a senhora está sendo injusta, e não é correta essa atitude de uma parlamentar.

E segundo: os instrumentos desta Casa, todos nós sabemos que existem exatamente para ocasiões em que o parlamentar se sinta coagido, se sinta inseguro, se sinta ameaçado. Existem exatamente para isso. Então, é muito claro.

E esta Presidência sempre zelou pela ordem desta Casa e sempre zelará pela segurança de todos os parlamentares. Agora, é direito de V. Exa., se está se sentindo coagida, ameaçada pelo deputado Lucas Bove, usar dos instrumentos desta Casa - Corregedoria e Comissão de Ética - para fazer sua denúncia, com certeza. Eu peço exatamente que a senhora possa fazer isso, que isso é direito de Vossa Excelência.

E esta Casa sempre protegeu. Esta Presidência sempre pautou os direitos desta Casa; das mulheres, principalmente. Eu tive um debate muito aberto com todas vocês, e sempre vou defender isso. Mas não coloque palavras que eu não disse nesse momento.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Está bom. Para terminar: eu estou apresentando de novo, é responsabilidade do senhor manter a ordem nesta sessão, aqui neste... É que precisa ser redundante, para o senhor entender.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já disse que sim. Vai ser mantida a ordem, com certeza, neste plenário.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Nesta sessão, eu estou me sentindo coagida e constrangida. O deputado acabou de vir ao microfone falar em cima da minha fala, debochar, olhou para a minha cara e saiu andando.

Estou apresentando em questão de ordem para o senhor e fazendo o pedido expresso: posso contar com o senhor para pedir para o deputado Lucas se afastar e parar de debochar, para eu continuar nesta sessão?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sempre, deputada Monica Seixas. Pode fazer o encaminhamento formal ou informalmente, como V. Exa. está fazendo aqui para mim...

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Eu estou fazendo agora, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com certeza, eu peço ao deputado Lucas Bove: nós somos parlamentares, nós somos tão importantes nesta Casa onde nós estamos debatendo, de alto nível. A oposição está fazendo a obstrução, no direito da oposição; a situação está aqui para poder fazer o debate, votar nos projetos, como vamos votar agora.

Vou proclamar, vou passar agora para o terceiro requerimento de obstrução, que é direito da oposição fazer. E, com certeza, eu peço que nós tenhamos a ordem. Peço, ao deputado Lucas Bove e à deputada Monica Seixas, que realmente vocês dois mantenham a serenidade, para que nós possamos dar andamento na nossa sessão, bom andamento, o diálogo e a discussão dos projetos aqui nesta Casa.

Dando sequência...

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Questão de ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - No exercício da Presidência, agora há pouco, o deputado Gilmaci proibiu a exibição de um vídeo, pela deputada Ediane, completamente dentro do assunto. Era um vídeo da reunião ministerial de julho de 2022, em que o então controlador-geral da União, Wagner do Rosário, faz uma fala.

Existe um precedente regimental que diz claramente: “Esta Presidência comunica a todos os Srs. Deputados que, durante o período da Ordem do Dia, a utilização de vídeo no painel somente será permitida se guardar clara e direta relação com a matéria que estiver sendo discutida ou votada”.

No meu entendimento, um vídeo do antigo controlador-geral da União, que é candidato ao Tribunal de Contas do Estado, é perfeitamente pertinente ao debate da matéria. Eu gostaria de saber a interpretação de V. Exa., que é o presidente desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Donato, o Regimento é muito claro: sendo pertinente à matéria, eu autorizarei. Se não for...

 

O SR. DONATO - PT - Então, o vídeo poderá ser exibido?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Eu não conheço o vídeo, não conheço o conteúdo do vídeo.

 

O SR. DONATO - PT - É uma fala de dois minutos do Sr. Wagner do Rosário.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - E os vídeos têm que ter um prazo de uma hora para serem avaliados, todos os vídeos que são passados nesta Casa.

 

O SR. DONATO - PT - Como uma hora?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Uma hora.

 

O SR. DONATO - PT - Tem uma censura prévia?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não, não. Só para ver se é relativo ao tema. Mas, independentemente disso, deputado Donato...

 

O SR. DONATO - PT - Isso não tem previsão regimental. Me desculpe, nunca ouvi falar. Todo mundo passa vídeo a hora que quer.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Esta Presidência... Não vai ser isso que vai parar a nossa discussão desse dia de hoje.

 

O SR. DONATO - PT - Obrigado, presidente. Tenho certeza de que o senhor vai...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Fica tranquilo, que a gente vai dar aqui o tempo necessário para vocês fazerem a obstrução, fazerem as discussões que forem pertinentes. É direito de vocês.

 

O SR. DONATO - PT - Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Terceiro requerimento, apresentado pelo deputado Donato, também, requerendo que a discussão do PDL 27, de 2025, que aprova a indicação do Sr. Wagner de Campos Rosário para nomeação no cargo de conselheiro do Tribunal de Contas, seja adiada por três dias, de dois a quatro de setembro. Em discussão.

 

O SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Donato.

 

O SR. DONATO - PT - Para indicar para discutir, pela bancada do PT/PCdoB/PV, o deputado Jorge do Carmo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Dr. Jorge do Carmo fará a discussão.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Nada a ver com proselitismo político, é outro tema. Eu gostaria de fazer uma breve comunicação, se o senhor me permitir.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Dois minutos tem Vossa Excelência.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Gostaria hoje aqui de parabenizar, em nome inclusive dos deputados aqui da Bancada do União Brasil e do Partido Progressistas, pela notícia de que mais esses dois partidos que com a federação formam aí o maior partido do Brasil, tem o maior número de parlamentares que estão desembarcando do desgoverno Lula.

As narrativas vêm caindo, parabenizar o Capitão Telhada, do Progressistas, vice-líder do PP aqui, parabéns, com toda honra o senhor merece, vice-líder do Governo, me perdoe, e dizer que as narrativas estão caindo uma a uma, os aliados de outrora já não acreditam mais nesse governo, que não tem legitimidade, não tem o povo ao seu lado, não tem projeto algum para mostrar.

Em três anos, eles fazem o que a esquerda faz aqui: só sabem falar do outro, porque para falar de si não têm nada de positivo a dizer, não há um projeto desse governo que seja a marca do governo, que seja algo realmente feito de bom, a não ser os escândalos de corrupção que voltaram à cena do crime junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Parabéns à União Progressista por essa brilhante decisão e cada vez mais nós vamos mostrando que nós estamos no caminho correto, que nós não vamos desistir do Brasil. O presidente Bolsonaro vai, sem dúvida nenhuma, voltar à baila porque o Lula só fala dele, o Brasil e o mundo só falam dele.

Estão todos vendo as injustiças que são cometidas contra a direita neste País. Parabéns União Progressista, parabéns ao presidente Rueda, ao presidente Ciro Nogueira, por esta brilhante e acertada decisão.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mais uma comunicação. Depois a palavra ao deputado Dr. Jorge do Carmo.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu não vou entrar no mérito do PP, nem do União Brasil, porque entrou, porque saiu; a gente sabe perfeitamente que tem os interesses e os interesses também, por óbvio, fazem com que partidos tomem decisões.

E a gente sabe que, às vezes, os interesses também são fisiológicos. A gente também aqui não é bobo, e todo mundo acompanha a política faz anos. Eu não nasci hoje, assim como todos. Mas já que o governo não tem marca, nós temos a maior marca do governo Lula, que eu acredito que é tirar o Brasil do Mapa da Fome.

Se isso não for uma marca, eu não sei qual marca foi importante. Aquela das 700 mil vidas que nós perdemos neste País, deputado Jorge do Carmo. Por exemplo, não gosto de tocar nesse assunto, mas tenho que tocar.

Lamentavelmente, não é por isso que o ex-presidente Jair Bolsonaro está sendo, enfim, condenado lá na Câmara, mas no STF. Tudo bem. Mas o que eu chamo a atenção é para o seguinte. Também teve a questão das joias que não foi explicada até agora. E ninguém traz à baila toda hora isso aqui.

Então, por favor, eu acredito: se tivesse que fazer um anúncio das saídas desses dois partidos da base governista, fizesse como um deputado, como um parlamentar, e não atirando pedra, que, me desculpe, será de novo presidente da República Federativa do Brasil. Pode escrever. Vocês não terão força para tirar o governo Lula do poder.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo, para discussão.

 

O SR. SR. JORGE DO CARMO - PT - Sr. Presidente, antes de iniciar minha fala, consulto V. Exa.: quanto tempo falta para terminar esta sessão?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Falta exatamente um minuto, deputado Jorge do Carmo, mas o tempo remanescente será restabelecido na próxima sessão.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - É, deixa para a segunda sessão, não é? Sr. Presidente.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para fazer uma breve comunicação então nesse um minuto que resta?

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Eu autorizo se V. Exa. me consultar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vossa Excelência está dando aparte para a deputada Thainara?

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Não, não é aparte, não. Eu não comecei a minha discussão ainda. Eu não comecei ainda, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não começou ainda. Deputada Thainara, para uma Questão de Ordem.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Muito obrigada, Sr. Presidente, sempre democrático. Só para usar esse um minuto aí para encerrar essa sessão. Dizer que o governo Lula está mandando 221 novos médicos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Thainara, tem que ser uma Questão de Ordem.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - É para entrar em ordem aqui, presidente, nós estávamos discutindo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Questão de Ordem.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Estávamos falando de governo, nós não podemos passar o vídeo aqui do Wagner Rosário falando do ministerial. E eu estou falando. O presidente Lula trouxe 221 médicos agora, novos médicos. Só para a gente deixar anotado nas notas...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Thainara, infelizmente, esta sessão encerrou.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - Obrigada. É isso.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Vamos na próxima sessão extraordinária devolver a palavra em tempo integral ao Dr. Jorge do Carmo, para a sua discussão.

Não havendo nada mais a tratar nesta sessão, está encerrada a sessão. Lembrando-os ainda da próxima sessão extraordinária, a realizar-se dez minutos após o término desta sessão.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 19 horas.

 

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