28 DE JUNHO DE 2023

23ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão. Encerra a discussão do PLC 102/23. Coloca em votação requerimento de método de votação ao PLC 102/23.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do requerimento de método de votação ao PLC 102/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PLC 102/23.

        

4 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Solicita verificação de votação.

        

5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

6 - PAULO FIORILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

7 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

8 - GERSON PESSOA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

9 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

10 - HELINHO ZANATTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSC.

        

11 - ATILA JACOMUSSI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Solidariedade.

        

12 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

13 - LEONARDO SIQUEIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Novo.

        

14 - VINICIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

15 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

        

16 - ITAMAR BORGES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

17 - CAPITÃO TELHADA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

        

18 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

19 - CARLOS CEZAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do requerimento de método de votação ao PLC 102/23, apresentado pelo Governo, restando prejudicado o requerimento de método de votação apresentado pelo PSOL. Coloca em votação o PLC 102/23, salvo substitutivos e emendas.

        

21 - MÁRCIA LIA

Encaminha a votação do PLC 102/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

22 - PROFESSORA BEBEL

Encaminha a votação do PLC 102/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

23 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Encaminha a votação do PLC 102/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

24 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Encaminha a votação do PLC 102/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

25 - SIMÃO PEDRO

Encaminha a votação do PLC 102/23, em nome da Minoria.

        

26 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Encaminha a votação do PLC 102/23, em nome da Minoria.

        

27 - CAIO FRANÇA

Encaminha a votação do PLC 102/23, em nome do PSB.

        

28 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

29 - PAULO FIORILO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

30 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Suspende a sessão, por cinco minutos, por conveniência da ordem, às 21h58min; reabrindo-a às 22h04min.

        

31 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

32 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

33 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

34 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume compromisso de apoiar os pleitos da Minoria junto ao Governo.

        

35 - JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

36 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovado o PLC 102/23, salvo substitutivos e emendas, restando prejudicados os substitutivos. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas nºs 1 a 61.

        

37 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável aos substitutivos nºs 4, 5 e 6 e às emendas de autoria da Federação PT/PCdoB/PV.

        

38 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável aos substitutivos nºs 1, 2 e 3 e às emendas de sua autoria.

        

39 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara voto favorável às emendas de autoria do PSOL.

        

40 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Encerra a discussão do PL 661/23. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PL 661/23. Coloca em votação o PL 661/23.

        

41 - BETH SAHÃO

Encaminha a votação do PL 661/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

42 - EDIANE MARIA

Encaminha a votação do PL 661/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

43 - GUILHERME CORTEZ

Encaminha a votação do PL 661/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

44 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovado o PL 661/23, salvo subemendas e emendas.

        

45 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Solicita verificação de votação.

        

46 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

47 - BARROS MUNHOZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

48 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Saúda o funcionário Wagner Longo Kasakevic, presente no plenário, pelos 42 anos de serviços prestados a esta Casa.

        

49 - BARROS MUNHOZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

50 - PAULO FIORILO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

51 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

        

52 - PAULO FIORILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

53 - OSEIAS DE MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

54 - ITAMAR BORGES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

55 - GERSON PESSOA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

56 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

57 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

58 - HELINHO ZANATTA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSC.

        

59 - CAPITÃO TELHADA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

        

60 - VINICIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

61 - CARLOS CEZAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

62 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

63 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PL 661/23, salvo subemendas e emendas. Coloca em votação e declara aprovadas as subemendas nºs 1 a 16, restando prejudicadas as respectivas emendas.

        

64 - CARLOS CEZAR

Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.

        

65 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Anota o pedido.

        

66 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável às emendas do PT e da Federação PT/PCdoB/PV.

        

67 - PROFESSORA BEBEL

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

68 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara voto favorável às emendas do PSOL e da Federação PSOL REDE.

        

69 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Convoca a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento para uma reunião extraordinária, hoje, um minuto após o término desta sessão.

        

70 - PAULO FIORILO

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

71 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido do deputado Carlos Cezar e suspende a sessão às 22h50min, reabrindo-a às 22h51min. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas, englobadamente.

        

72 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável às emendas.

        

73 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Declara voto favorável às emendas da Federação PSOL REDE.

        

74 - CARLOS CEZAR

Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.

        

75 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Convoca a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento para uma reunião extraordinária, hoje, um minuto após o término desta sessão. Suspende a sessão às 22h52min, reabrindo-a às 22h53min. Convoca uma segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.

        

76 - ALEX MADUREIRA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

77 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Agradece o deputado Alex Madureira pelos trabalhos na articulação, junto à liderança do Governo e da oposição, dos textos dos projetos colocados em votação nesta data.

        

78 - PAULO MANSUR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

79 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Encerra a sessão.

        

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- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

    ORDEM DO DIA

                                                                

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Discussão e votação do Projeto de lei Complementar nº 102, de 2023, de autoria do Sr. Governador. Em discussão. Para discutir a favor o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, presidente. Eu retiro a minha inscrição, mas eu vou encaminhar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Carlos Giannazi então retira o seu nome para discutir a favor, pois fará o encaminhamento. Deputada Professora Bebel. Ausente. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para encaminhar, pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes de o deputado Carlos Giannazi encaminhar pela bancada do PSOL, há sobre a mesa um requerimento de método de votação. Em votação o requerimento. Para encaminhar então o deputado Carlos Giannazi pela bancada do PSOL REDE.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, servidores, servidoras, telespectador da TV Assembleia, esse Projeto nº 102, de 2023, que trata da reposição salarial dos servidores e servidoras do estado de São Paulo não atende minimamente, Sr. Presidente, as necessidades básicas dos nossos servidores.

Ele está muito aquém de atender a reposição das perdas inflacionárias, porque esse projeto oferece apenas 6% de reajuste salarial para os nossos servidores, que estão há muitos anos com os salários arrochados e defasados por conta das políticas nefastas e cruéis do Tucanistão, do PSDB, que sempre implantou no estado de São Paulo uma política de ódio contra os nossos servidores.

E percebemos logicamente que o governo Tarcísio de Freitas dá continuidade à mesma política salarial de arrocho aos servidores públicos. Eu apresentei muitas emendas consertando e, na verdade, ajustando esse projeto, como outros deputados e deputadas fizeram a mesma coisa.

Tem muitas emendas e as emendas não foram absorvidas, não foram contempladas no congresso de comissões, no relatório final. Mas nós podemos reverter isso ainda, aqui no plenário.

Então, de antemão, já faço um apelo aos deputados e deputadas que têm compromisso de fato com os servidores do nosso Estado: que votem nas emendas. Vai ter o momento de votação das emendas.

Então aí é a hora da verdade. Porque no projeto, todos nós vamos votar a favor, logicamente. Agora, o que vale é a votação nas emendas que foram apresentadas. Essas são importantes, e essa é a grande votação da noite de hoje.

Você, servidor público e servidora que está acompanhando a votação, preste atenção nos deputados que vão votar nas emendas, porque no projeto todos vão votar. Ninguém vai votar contra o reajuste dos servidores.

Quero lembrar que apresentei várias emendas. A primeira emenda que eu apresentei foi aquela que obriga o estado de São Paulo a devolver o confisco das aposentadorias e pensões.

Tivemos o confisco de dois anos aqui no estado de São Paulo, nas gestões de Doria e Rodrigo Garcia, que teve o aval inclusive da Assembleia Legislativa. Nós derrubamos o confisco, agora o governo tem que devolver. A emenda nº 1 é a emenda dos aposentados e pensionistas, é a emenda que devolve esses valores.

Apresentei as emendas, várias emendas, com reposições de 15, 20 e 33 por cento de reajuste salarial. Apresentei a emenda que reajusta o valor do vale-refeição, conhecido como vale-coxinha, aqui no estado de São Paulo. Há muitos anos o valor é de apenas 12 reais. Aliás, não se compra mais nem uma coxinha com o vale-coxinha do Tarcísio de Freitas, minha gente. Doze reais, que vergonha, o estado mais rico do Brasil, que tem o maior orçamento estadual da Assembleia Legislativa, paga apenas doze reais. Eu gostaria que a TV Alesp mostrasse.

 

* * *

 

- É exibida a imagem.

 

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Está aqui, olha, o vale-coxinha do Tarcísio de Freitas. Apresentei também a emenda que trata da retroatividade, porque nós temos uma Lei. Acho que o governo esqueceu que foi aprovada aqui na Alesp a Lei nº 12.391, de 2006, que é a lei da data-base salarial.

Ela diz que a data-base é no dia primeiro de março, e não no dia primeiro de julho, como determina o projeto, o PLC nº 102. Então tem que retroagir ao dia primeiro de março.

Apresentei também outros projetos, como um PLC recolocando de volta a falta-aula do Magistério estadual. Um absurdo, uma agressão ao direito trabalhista o que aconteceu na reforma do plano de carreira, na farsa da nova carreira.

Hoje, o professor, se tem cinco aulas e falta à última, ele perde todas as outras quatro que ele lecionou, uma agressão ao direito trabalhista. Está lá a emenda corrigindo essa injustiça.

Também apresentei uma emenda, como é um PLC, trazendo de volta as faltas abonadas, que foram tiradas pelo Doria, com o apoio da Assembleia Legislativa na reforma administrativa. Temos que recompor o direito às faltas abonadas dos nossos servidores.

Apresentei ainda emendas estendendo o reajuste salarial a todos os servidores e servidoras das fundações. Temos 16 fundações no estado de São Paulo que ficaram de fora do reajuste salarial. É um absurdo o que o governador fez nesse projeto.

Sr. Presidente, quero dizer que não somos bravateiros, palanqueiros, nem demagogos. Muitos podem dizer: “O Giannazi está dizendo isso, mas de onde vai tirar o dinheiro?” Vou mostrar agora. Tenho um outro quadro que preparei com os dados econômicos, porque nós, deputados, aprovamos o Orçamento anual, e acompanhamos a execução orçamentária.

Machado, dá para colocar o quadro anterior, que é dos reajustes? Por favor, não sei se está aí. Eu usei no Pequeno Expediente, mas é muito importante.

 

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- É exibida a imagem.

 

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Olha, o Projeto nº 102 diz que o Governo vai investir 36 por cento. Está aqui, vamos lá. O segundo quadro, por favor. Isso, esse aí, o 102/23. O governo diz que vai investir quase 85 bilhões de reais, que representa 36%, segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Ou seja, isso com 6 por cento. Ainda estaríamos a 17, quase 18 bilhões das despesas de pessoal anual, segundo aí, ao limite de alerta ainda da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Vou pular para o último item, que é o mais importante, porque eu apresentei reajustes de 12, 15 e de 20%, que é o maior. Se nós aprovarmos hoje a emenda que eu apresentei oferecendo 20%, nós não vamos chegar nem ao limite de alerta ainda da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Nós temos uma margem, nós vamos ter ainda sobrando quase 12 bilhões de reais, dando 20% de reajuste para todos os servidores e servidoras do estado de São Paulo. Estão aqui os dados oficiais, gente, da Secretaria da Fazenda. 

Não tem crise fiscal no estado de São Paulo, tem dinheiro no cofre. O governador Tarcísio tem condições de aumentar tranquilamente o vale-refeição, de dar o reajuste de 20% para todos os servidores públicos.

Tem aqui todos os dados, eu falei isso no Pequeno Expediente. Como meu tempo é curto, está terminando, não consigo aqui apresentar os outros quadros. Mas esse aqui é o que importa.

Então, nós estaríamos longe ainda do limite de alerta. Nós temos três limites na Lei de Responsabilidade Fiscal. O limite máximo, que é o de 49%, que é o mais perigoso, que daí não pode passar disso; tem o limite prudencial, que gira em torno de 45%; e o regime de alerta, que é de 44%, olha só onde nós estamos, com 39%, nós estamos distantes dos 44 por cento.

Não haveria nenhum tipo de óbice, de estorvo ao pagamento de 20% para todos os servidores. Então, aqui não tem demagogia, não sou palanqueiro aqui, nós estamos apresentando um reajuste com responsabilidade.

O fato é que o governo faz uma outra opção, que a gente está denunciando na LDO, que é a política de isenção fiscal, que é a transferência desse dinheiro que não é pago ao servidor público para os grandes grupos econômicos.

Hoje, no ano de 2.023, o governo estadual tem uma renúncia fiscal de 80 bilhões de reais. Ou seja, 80 bilhões sendo praticamente transferidos para os grandes grupos econômicos do estado de São Paulo, muitos deles devedores da dívida pública, que dão calote, que não pagam nem os impostos reduzindo-os.

Isso nós já denunciamos exaustivamente. Já acionamos o Ministério Público, o Tribunal de Contas, o Tribunal de Justiça, fiz uma denúncia recente no TJ em relação a um desses setores.

Então, dinheiro tem, pessoal, basta a Assembleia Legislativa não ser um puxadinho do governo Tarcísio de Freitas e votar nas emendas, porque não vai ter nem um tipo de irresponsabilidade fiscal.

Então, peço apoio: deputados da base do governo, votem nas nossas emendas, façam justiça aos servidores estaduais que estão com os salários defasados e arrochados.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o requerimento apresentado pela liderança do governo.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Por favor, pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputada Professora Bebel.

Qual é...

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Por favor, Paulinho.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, retiro o meu pedido.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Retirado o pedido.

Então, agora, em votação o requerimento apresentado pela liderança do governo.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado, ficando prejudicado o método de votação.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Faremos então uma verificação de votação.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir desse momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PT/PV/PCdoB em obstrução. 

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Para colocar a bancada da Federação PSOL REDE em obstrução e dizer que a gente está verificando agora o método de votação protocolado pelo Governo, porque eu protocolei outro, que destaca a emenda do vale-refeição. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim, exatamente, deputada, líder Monica Seixas. Eu vou colocar, então, a Federação PSOL REDE em obstrução. 

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Estamos agora, neste momento, no método de votação do Governo. É isso?

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exatamente, estamos votando um requerimento protocolado por V. Exa., que é o método de votação.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Peço à base aliada para votar “sim”.

 

O SR. GERSON PESSOA - PODE - Pela ordem, presidente. Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em obstrução.

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

 

O SR. HELINHO ZANATTA - PSC - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSC em obstrução. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSC em obstrução. 

 

O SR. ATILA JACOMUSSI - SOLIDARIEDADE - Pela ordem, Sr. Presidente. Solidariedade em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Solidariedade em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução.

 

O SR. LEONARDO SIQUEIRA - NOVO - Pela ordem, presidente. Partido Novo em obstrução. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Novo em obstrução.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente. Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PDT em obstrução. 

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o MDB em obstrução, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em obstrução.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Progressistas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressistas em obstrução. 

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em obstrução.

Tendo transcorridos os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Encerrada a votação pelo sistema eletrônico, estão abertos agora os microfones de aparte, para as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não conseguiram fazer o seu voto no sistema eletrônico.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para votar “sim”, e colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Carlos Cezar vota “sim” e coloca o PL em obstrução.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Voto “não” ao roteiro, porque ele não contempla as nossas emendas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Carlos Giannazi vota “não”, porque o roteiro não contempla suas emendas.

Mais algum dos Srs. Deputados gostaria de fazer o seu voto? Não havendo mais deputados querendo registrar o seu voto, passaremos agora para a alteração do voto. Algum dos Srs. Deputados gostaria de alterar o seu voto? Passamos agora...

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Beth Sahão.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - Eu acho que eu estava desatenta. Estava conversando com a deputada Marina.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não é mais possível a senhora... Só na próxima.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - Mas eu vou registrar o meu voto, só para registrar o meu voto. Não vai valer para computar, mas eu registro como “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado, mas não computará. Deputado Gil também pode registrar. Não será computado, mas como a deputada Beth Sahão assim o fez...

 

O SR. GIL DINIZ - PL - Registrar meu voto “sim”, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Gil não computará o voto, mas também registra o voto como “sim”. (Pausa.)

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Passaremos agora, então, ao resultado da votação. Votaram 54 deputados “sim”, 15 deputados “não”, mais este presidente, totalizando 70 votos, quórum que aprova o requerimento proposto pelo líder do Governo e prejudica o requerimento proposto pela bancada do PSOL.

Em votação o projeto, salvo substitutivo e emendas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar o projeto pela Federação PT/PCdoB/PV, a deputada Márcia Lia e em seguida a deputada Bebel.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Com a palavra, a nobre deputada Márcia Lia, que compartilhará seu tempo com a nobre deputada Professora Bebel.

 

A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Muito boa noite a todos e a todas. O que me traz aqui neste plenário é a nossa indignação em relação a esse reajuste dos servidores públicos do estado de São Paulo, um aumento extremamente mínimo, de 6 por cento. Nós sabemos muito bem que o cofre do Governo do Estado de São Paulo teria, sim, condições de melhorar o índice desse reajuste que está sendo concedido.

Por óbvio que o Partido dos Trabalhadores vai votar favorável, porque nós não vamos votar contra aumento de salário de servidores. Mas quero deixar registrada aqui a indignação pelo índice ínfimo, porque 12 reais de auxílio-refeição realmente é ridículo. Nós não podemos e não queremos entender e aceitar essa miséria que está sendo distribuída aos nossos servidores.

Quero dizer também que nós sabemos que nos últimos anos o Governo do Estado de São Paulo tem reduzido muito o seu percentual de gastos com as despesas de servidores públicos.

Nós sabemos que há possibilidade, no caixa do Governo do Estado, de melhorar, e muito, o salário dos nossos servidores. Servidores se aposentaram, não foram repostos; morreram servidores, não foram repostos. Servidores que estão afastados não foram repostos, e por aí vai.

E aí, além da falta de servidores, nós temos também o arrocho salarial, as dificuldades que os servidores têm para manter as suas famílias, para pagar suas despesas de água, de luz, de telefone, para comer, para se transportar.

Enfim, o estado mais rico da Federação, o estado que tem mais condições de melhorar a vida dos seus servidores, faz exatamente o inverso. Hoje, o governo de São Paulo gasta 38,90% da receita corrente líquida, quando poderia gastar infinitamente mais.

Então, a gente vê a situação que os nossos servidores públicos do estado de São Paulo têm atravessado. Quero deixar aqui a nossa indignação com essa miséria que são os 6% de reajuste para os servidores. E agora eu quero passar o restante do tempo para a deputada Professora Bebel.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para dar continuidade, então, ao restante do tempo do encaminhamento, a nobre deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, assessores à minha esquerda, à minha direita, público presente, a minha Apeoesp.

Está aqui entre nós o primeiro presidente da Apeoesp - hoje eu sou a segunda presidenta - assim como nosso secretário de finanças, o Guido. E o Fábio, que é o primeiro presidente.

Eu quero fazer a discussão desse substitutivo, um ponto positivo até. Eu tenho claro o seguinte: é um reajuste que chegou em cima da hora, que poderia ter sido debatido à exaustão.

Tão logo saiu o dos policiais, poderiam já ter aberto uma mesa de negociação conosco. Lamentavelmente, vieram 6 por cento. Não digo lamentável, deputada Ana do Carmo, porque eu não rasgo dinheiro. Então a minha categoria vai querer os 6%; mais para frente, ela vai querer lutar pela carreira, vai querer melhorar outras condições.

Mas uma coisa é fundamental nesse projeto de lei: o que diz respeito ao número de Ufesps. Tem que ser no mínimo 229 Ufesps, deputada Beth. Por quê? Porque esses 6% vão bater na trave e fazer com que um direito que um servidor tem, por exemplo, de receber o auxílio-alimentação, ele perde, porque bate nas Ufesps atuais. Então teria que atualizar, para que a gente tivesse mais tranquilidade.

Eu não estou nem discutindo, porque desculpe, deputado Giannazi, já não é nem ticket coxinha mais, é ticket miséria que nós chamamos, porque não dá para comprar nem a coxinha. Hoje nós não compramos uma coxinha com esse auxílio. Portanto, o que nós estamos pedindo aqui é bom senso do governo para que, até o término...

A gente vai votar “sim”, eu tenho certeza. Minha bancada não vai ser contra o reajuste, mas a gente quer demarcar uma posição no que diz respeito ao ticket, porque as Ufesps, se junto com o projeto já tivessem vindo, deputado Enio, nós não estaríamos debatendo, nós estaríamos votando em consenso, porque é algo que sai de uma situação, e nós vamos lutar.

Estão aqui alguns professores, eu sei que é tarde. Aliás, o Iamspe está contando com o nosso apoio, o SindSaúde está contando com o nosso apoio, porque nós entendemos que também o Iamspe tem que ser melhorado, as condições de trabalho de todos os servidores, para que nós possamos, de fato, oferecer um serviço público de qualidade. Agora, nós não aceitamos...

Olha, eu tenho estudos do Dieese que demonstram que chega na trave de 38%; portanto, tem gordura para poder dar um reajuste melhor. Poderia dar 20,5%, o que foi dado para os policiais, nem isso. Mas, como nós não estamos discutindo alíquota, nós queremos que o governo se comprometa a subir o número de Ufesps, para que ninguém perca um direito.

Isso nos coloca em uma posição que eu digo que é de comprometimento com os interesses tanto da minha categoria como de todos os servidores públicos. Eu acho sinceramente que um gesto seria colocar no texto, esse seria um bom gesto, que foi devidamente debatido no congresso de comissões. Nós ficamos até este momento lá tentando tirar, mas, de qualquer forma, não tem como nós votarmos contra os 6%, porque o servidor está esperando isso, ele quer.

Como é que você faz? Você fala: “Eu rasgo”. Eles falam: “Então vem pagar a minha conta, Bebel”. Eles vão falar isso para mim, e isso, para nós, é algo que a gente respeita, né, Ediane? Você sabe que lamentavelmente a gente às vezes fala: “se contentam com pouco”, mas eu tenho certeza de que, no segundo semestre, tem muita luta.

Nós vamos fazer um grande congresso, vamos tirar uma luta, e nessa luta a gente vai lutar desde o salário, as condições, o Iamspe, porque não dá para pagar o Iamspe também, se a gente não tiver a contrapartida do governo, ou uma emenda que está sendo contemplada, e que foi contemplada, que é aquela do tipo: “ah, o que não der para pagar então paga com verba do Tesouro”.

Não é assim. Tem que ter previsibilidade, tem que ter planejamento. E a gente tem que ter segurança que, de fato, servidores públicos pagam um plano de saúde, e esse plano de saúde não nos custa caro depois, quando vai usar. E os salários também, dos servidores lá do Iamspe, que prestam um serviço de excelência, diga-se de passagem, estão muito aquém do que deveria ser.

Então, pelo piso da Enfermagem, pela garantia da correta implementação do Piso Salarial Profissional Nacional, enfim, pela garantia da subida das Ufesps para 229, para que nós possamos não perder direitos, mas, no mínimo, garantir o direito que nós já temos desse “auxílio miserite”, mas que podemos avançar em uma mesa de negociação, conforme assim requisitei para o líder do governo, o deputado Jorge Xerife do Consumidor.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, Professora Bebel.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Para encaminhar pela Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Tem o tempo regimental V. Exa. para o encaminhamento.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Quero começar por me solidarizar mais uma vez com os servidores e servidores públicos do Estado que, como a gente sempre repete aqui na tribuna, é quem garante o mínimo de atendimento à população em situação de vulnerabilidade do estado de São Paulo.

Quando a gente está falando de serviço público, a gente está falando do professor, a gente está falando da enfermeira, a gente está falando das recepcionistas dos hospitais, a gente está falando do hospital e dos trabalhadores do hospital, a gente está falando da Polícia.

Hoje a gente está votando um projeto que chegou aqui com uma proposta de 6% de aumento para diversas categorias, um aumento que a gente entende muito abaixo das perdas inflacionárias dos últimos anos, e depois de um processo de pandemia, que teve congelamento nos salários de muitas carreiras de servidores públicos.

A gente está votando também um projeto que seria o segundo passo depois do aumento do salário dos policiais, que veio com a Polícia Penal enquadrada nos mesmos 6% dos demais, porque ficaram de fora dos demais, e sem a Fundação Casa, porque as fundações ainda não estão aqui.

Bom, a gente entendeu que o valor proposto era pequeno, pouco, porque os servidores e servidoras precisam, para recompor o salário com dignidade. Podem dizer que precisa fazer muito estudo, que a cada 1% que a gente sobe nessa alíquota pode aumentar um bilhão de custo/ano para o governo etc.

Mas acontece que a gente também está votando a LDO. E na LDO o governador escreve que a sua única meta - quando ele esquece de citar metas para Educação, metas para Saúde etc - ali no anexo ele está dizendo que, a partir deste ano, ele quer aumentar em 20% anual as desonerações fiscais, que ano passado já bateram 53 bi, que esse ano devem bater 60, e que se for continuar aumentando assim, a gente pode superar o Orçamento do estado do Paraná em desoneração fiscal.

Se a gente não for falar de quem ele quer dar crédito, ou de quem ele quer deixar de receber, das isenções de ICMS sem transparência, e que não chegam à prateleira do povo pobre, a gente pode falar de dívida mesmo, da dívida ativa do estado de São Paulo.

Se cobra, por exemplo, um grande devedor, dá para investir na dignidade do servidor. Por isso a gente estava brigando pela alíquota. Mas logo hoje, de manhã, a gente entendeu que não ia ter muito jeito, que o governo não ia deixar passar nada, e a gente está em uma postura de “é isso ou nada”.

Então vamos acabar votando favorável no final, mas tem uma grande questão; duas, na verdade. A primeira é que a data-base dos servidores, o dia que eles deveriam ter reajuste, foi em março, e a gente queria que fosse reajustado retroativo a março pelo menos.

E a segunda é do vale-refeição. O vale-refeição de 12 reais vai continuar sendo 12 reais. Não tem nenhuma proposta sobre isso nesse aumento, o que a gente acha uma vergonha. Aqui, mais do que ironia, a gente precisa dizer que 12 reais não compra uma coxinha sequer em muitos municípios do nosso estado.

Não vai mexer nisso, mas a outra pegadinha é que o vale-refeição do estado tem um teto. E teto do estado, hoje, é por volta de cinco mil reais. Quem ganha até cinco mil reais, cinco mil e trinta, tem acesso ao vale-refeição, quem supera essa margem vai perder o vale-refeição.

Pois bem, tem uma camada de servidores públicos do estado de São Paulo que vão receber esse aumento de 6% e vão perder o seu vale-refeição, porque vão ficar acima desse valor.

Então essa lei está dando para alguns que estão perdendo no final, e a gente queria só que elevasse o teto ao nível dos policiais militares, que são os únicos que têm o seu vale-refeição recentemente mudado, também por briga nossa, para sete mil e pouquinho reais.

A gente quer que o policial civil, e aí a gente está aqui, brigando pelo policial civil, tenha o mesmo teto para vale-refeição, a gente quer que o policial penal, e aí, de novo, a gente está aqui brigando pelo policial penal, tenha o mesmo vale-refeição, a gente quer que o professor, que o enfermeiro, a gente quer que se pague o piso etc.

É por isso que a gente está brigando o dia inteiro, mas não vamos conseguir avançar. Por isso eu protocolei o rito de votação destacando as emendas que falavam minimamente do vale-refeição, entendendo que isso a gente poderia alterar.

E, mais uma vez, a gente não conseguiu mexer uma vírgula na proposta do governador, que vai continuar governando sozinho, sem permitir nenhuma contribuição da Assembleia Legislativa. E a Assembleia Legislativa, devolvendo ao governo do estado o projeto tal qual ele chegou, até com os erros.

Para muita gente esse projeto não vai ser bom em uma proposta que deveria ser de aumento salarial, não vai alcançar, mas foi a batalha que a gente fez e eu vou dividir o meu tempo agora com a deputada Paula, porque, apesar das disputas que fizemos hoje, a gente ainda quer que uma parcela dos servidores possam ir dormir esta noite sabendo que vai ser garantido algum aumento. 

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, boa tarde. Boa noite já, bem boa noite a todos os servidores aqui presentes, especialmente aos servidores aqui presentes, também aos deputados.

Hoje, infelizmente, com casa cheia, diante da votação de projetos importantes, quero reforçar o que a deputada Monica disse aqui. É muito importante a iniciativa de aumento do salário dos servidores públicos do estado.

Essa foi uma luta que a gente vem travando desde que o projeto do aumento dos policiais chegou aqui com um reajuste generoso, de cerca de 20%, que previa as perdas salariais do último período, algo que realmente deve ser considerado para o reajuste do funcionalismo público, mas, infelizmente, o que aconteceu com todas as outras categorias não prevê um reajuste real.

Até 6% de reajuste, infelizmente, é um índice baixíssimo perto dos estudos que foram feitos para o reajuste dos policiais, perto do que as categorias vêm defendendo em suas campanhas salariais e, infelizmente, o Governo do Estado não se preocupou em ouvir essas pessoas, em ouvir essas categorias, em dialogar com os trabalhadores e, a partir disso, entender quais são as demandas reais para cada um dos setores dos servidores públicos do estado de São Paulo.

Não à toa, nós lutamos muito e apresentamos, inclusive, um substitutivo como bancada para o reajuste real de cada uma das categorias, mas também insistimos hoje o dia todo para pensar a necessidade de, em primeiro lugar, estabelecer a data-base correta. Não está certo que a data-base não retroaja até o dia primeiro de março, é isso que deveria ser feito, essa foi uma luta importantíssima que nós travamos ao longo do dia de hoje.

E o segundo tema é justamente o tema do vale-alimentação. Quando o deputado Giannazi chega aqui, sobe aqui e mostra a foto de um vale-coxinha, isso é uma forma de mostrar e de chamar a atenção dos senhores e das senhoras deputadas para o fato de que, infelizmente, 12 reais é um valor baixíssimo de vale-alimentação para o funcionalismo público estadual.

Eu pergunto aqui quantos dos senhores parlamentares aqui presentes fazem refeições de 12 reais no seu dia a dia.

Eu duvido que alguém aqui faça isso. E isso é porque, infelizmente, a realidade do povo trabalhador não é a realidade de conseguir se sustentar, pagar as suas contas com salário baixo, e ainda ter que arcar com vale-alimentação de 12 reais. Pior ainda: correndo o risco, de acordo com o estabelecimento do teto, de perder esse direito com reajuste baixo de seis por cento.

Então, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, essa aqui não é uma luta qualquer. Essa aqui não é uma encheção de saco dos parlamentares da oposição. Pelo contrário: o que a gente está tentando fazer aqui é dizer para os Srs. Deputados e Sras. Deputadas que é importantíssimo que o Governo do Estado valorize, de fato, o servidor público do estado de São Paulo e que, com isso, valorize também o serviço público no estado de São Paulo.

Para nós, é muito importante a compreensão de que um serviço público real, um serviço público eficiente, só pode acontecer com a valorização do servidor público. Isso só vai acontecer quando as perdas salariais, quando o reajuste inflacionário, quando tudo isso for efetivamente considerado para fins de cálculo do reajuste salarial. Isso infelizmente não foi feito neste projeto. Esses seis por cento, infelizmente, não demonstram a necessidade do funcionalismo público do estado.

Então, reitero aqui que votaremos a favor desse projeto. Votaremos porque é importantíssimo que haja um reajuste; ao mesmo tempo, votaremos com um gosto amargo na boca, de saber que essa vai ser uma realidade de pouco e baixo impacto para o dia a dia da vida do funcionalismo público do estado de São Paulo.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Enio Tatto, líder da Minoria.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Indico, pela liderança da Minoria, o deputado Simão Pedro, que vai dividir o tempo com o deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Simão Pedro fará o encaminhamento pela liderança da Minoria.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta Casa, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, estamos aqui prestes a encaminhar a votação do PL 102, de 2023, que trata do reajuste do funcionalismo público do estado, reajuste tão aguardado que, infelizmente, quando o governo encaminha para cá esse PL com aumento de seis por cento, gera uma frustração muito grande, por conta do represamento inflacionário e das perdas que o funcionalismo teve.

Diferente do projeto do reajuste para os policiais militares, o governo manda um projeto com seis por cento, uniforme, quando, para os policiais, variou de polícia para polícia e, dentro das polícias, havia também muitas divisões em termos dos percentuais.

Agora, por que essa indignação, essa frustração, Sr. Presidente? Porque o estado tem, sim, diferente do que alguns líderes da base do Governo dizem aqui, o governo tem, sim, margem para poder, sem ferir uma lei tão cara aos liberais, tão cara aos governos tucanos, tão cara ao mercado, que é a Lei de Responsabilidade Fiscal...

Essa diz o seguinte: o governo não pode gastar, investir, vamos dizer assim, no funcionalismo público, mais do que 46,55% das receitas. Então, esse é um limite prudencial para que o governo possa, então, ter recursos para investir em outras áreas e cumprir com outras obrigações, sendo que, desde que a gente conhece o estado, o funcionamento do estado e as políticas públicas dependem muito do funcionalismo para elas funcionarem e existirem.

Então, o governo atual utiliza apenas 38,9 por cento. Tem uma margem enorme de cerca de 17,8 bilhões de diferença que se poderia utilizar para dar um reajuste um pouco mais substancial, valorizando muito mais o funcionalismo público, como dizem aqui os líderes que esse projeto está valorizando. Então, essa é a primeira questão que a gente queria chamar atenção.

Se para o reajuste dos policiais militares o governo falou em gastar cinco bilhões. Aqui está se investindo menos da metade disso. Então há uma margem muito grande que o governo poderia ser mais generoso sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas não é isso que na prática o governo faz quando encaminha aqui um projeto.

A outra questão que eu queria enfatizar aqui e já passar a palavra para o meu outro colega Marcolino é em relação a esse debate sobre vício de iniciativa. Eu já fui deputado aqui, já fui líder, negociei tantas vezes. Uma vez um PL do então governador Serra veio para cá. Eu, como líder da oposição, fiz o substitutivo e negociamos e aprovamos e tocamos o barco para frente.

Tratava-se das terras públicas devolutas lá do Pontal, quando a gente fez um acordo. Este deputado fez a redação do substitutivo regularizando as pequenas glebas e as médias, deixando de fora as grandes.

Então essa insistência de dizer que o governo tem que mandar um projeto para cá e não pode sofrer nenhuma emenda é um absurdo, sendo que foi este Parlamento tanto no projeto dos policiais quanto nesse que está levantando esse problema de injustiças que estão sendo cometidas, como nesse caso das Ufesps.

Fomos nós que levantamos esse problema. Então poderia muito bem o Parlamento exercer seu poder e fazer as emendas, mas não é isso que acontece. Parece que é uma coisa absoluta, é um dogma que o governo Tarcísio não aceita o aperfeiçoamento desse projeto de lei.

Então é isso, Sr. Presidente.

Quero passar o tempo restante aqui para o nobre deputado Marcolino aperfeiçoar o encaminhamento da Minoria.

Agradeço ao nosso líder da Minoria, deputado Enio Tatto, pela oportunidade.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, deputado Simão. Obrigado, Enio, por ter cedido o tempo da liderança da Minoria. Nós estamos falando do Projeto de lei Complementar nº 102, de 2023, mas é importante, Enio, a gente qualificar de quem é que nós estamos falando.

Porque fala de um projeto para os servidores públicos do estado de São Paulo de 6%, mas nós não classificamos de quem nós estamos falando. Estamos falando dos servidores da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e das autarquias. Estamos falando dos trabalhadores de carreiras específicas em políticas públicas.

Estamos falando dos analistas de planejamento, orçamento e finanças do estado de São Paulo. Estamos falando dos especialistas ambientais no nosso Estado. Estamos falando dos trabalhadores de apoio agropecuário. Estamos falando dos assistentes e das assistentes sociais do nosso Estado.

Estamos falando dos servidores da Jucesp, do quadro de educação do Magistério, do quadro de apoio escolar, do dirigente regional, também do quadro do pessoal do Paula Souza. Estamos falando de diversos setores de engenharia do estado de São Paulo como engenheiros, arquitetos, engenheiros agrônomos, assistentes agropecuários, o pessoal da área da Fazenda estadual.

Estamos falando de superintendentes, de diretores superintendentes da área governamental, do pessoal agente penitenciário, do pessoal de pesquisa, do pessoal da SPPrev e do pessoal da Arsesp. Só estou citando aqui algumas carreiras, mais os servidores da Saúde também do estado de São Paulo.

Porque quando a gente compara, nobre deputado Rômulo, a quantidade de servidores que nós estamos falando aqui no estado de São Paulo, essa proposta de 6% tem uma estimativa de gasto de 2,6 bilhões de reais. Isso equivale a 88% a menos do que foi dado para a Polícia Militar e para a Polícia Civil. Aqui nós não estamos colocando uma categoria contra a outra.

Nós estamos colocando que do mesmo jeito que nós valorizamos aqui a Polícia Militar e a Polícia Civil, os demais servidores do estado de São Paulo deveriam ter a mesma valorização.

E nós estamos falando que enquanto teve um percentual de quase cinco bilhões, de 4,9 bilhões para a Segurança Pública do estado de São Paulo, ainda fora a Administração Penitenciária, fora a Fundação Casa, nós estamos falando de apenas 2,6 bilhões que o governo vai utilizar para pagar para o conjunto dos servidores do estado de São Paulo.

Dá para aumentar? Dá e nós propusemos aqui em várias emendas adequar, melhorar as carreiras, aumentar o percentual. E o próprio secretário no dia de ontem esteve na Assembleia Legislativa e apresentou o limite prudencial.

Mas nós vamos, nobre deputado Bebel, aqui estão os dados do Dieese. Às vezes a pessoa pode até falar: “Ah, mas é um dado que é um instituto ligado aos trabalhadores”.

Quem apresentou o limite prudencial aqui de apenas 38,40% foi o secretário de Fazenda, no dia de ontem, aqui na Assembleia Legislativa. Aqui deixa claro que tem uma margem substancial para melhorar o percentual e o reajuste dos servidores do estado de São Paulo. Nós propusemos outras adequações.

A data-base do servidor público do estado de São Paulo é o mês de março. Esse reajuste vai valer apenas a partir do mês de julho. Então seis por cento não repõe sequer a inflação do período para os servidores públicos do estado de São Paulo que estão recebendo essa proposta do governador.

Para a Segurança Pública, nós defendemos, trabalhamos para melhorar a proposta da Polícia Militar entre os tenentes, entre os sargentos; propusemos para ter o mesmo patamar da Polícia Civil com a Polícia Militar, defendemos aqui na Assembleia. E por isso nós defendemos e temos aqui a autoridade para cobrar que todos os servidores públicos do estado de São Paulo tenham a mesma valorização que a Polícia Militar teve no projeto apresentado. É isso que estamos fazendo.

Quando se apresenta essa adequação que nós pedimos para fazer em relação ao valor proposto para a Polícia Militar, que é para fazer uma adequação ao valor de Ufesps para 7.811, porque a hora que você aumenta o salário da Segurança Pública em 20, 30% para alguns casos, quem estava abaixo desse valor não teria direito a receber o vale-alimentação.

Não teria direito a receber o vale-alimentação. É por isso que no projeto está lá, “só para a Polícia Militar”, porque teve o reajuste. Se não tivesse essa adequação para 7.811, muitos trabalhadores da Segurança Pública perderiam o vale-alimentação. E com esses seis por cento, muitos trabalhadores e servidores públicos perderão esse valor.

A nossa prova faz adequação, a gente está cobrando do deputado. Cobramos aqui que será importante que o Xerife do Consumidor venha aqui publicamente apresentar aqui a proposta que foi apresentada. Uma adequação desse projeto também com a bancada de Oposição.

Porque se não dá para fazer uma emenda aglutinativa, se não dá para fazer uma outra adequação - porque fala é de vício constitucional, e não é - que poderia ser feito. É importante vir publicamente falar qual é a proposta que tem do governador em relação à proposta ora apresentada.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. Para encaminhar em nome da Bancada do PSB.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, colegas deputados, não pretendo usar todo o tempo que me cabe aqui no encaminhamento, mas representando a Bancada do PSB em relação ao projeto que aumenta o vencimento dos servidores do estado, algumas considerações precisam ficar colocadas aqui da nossa parte.

Primeiro que eu acho um tanto quanto injusto quando você trata categorias de forma tão diferente, tão discrepante. A gente acabou de aprovar recentemente 20%, 28%, para as polícias, que mereciam isso. Mas estamos na iminência de votar seis por cento para todos os outros servidores públicos.

Então é um tanto quanto constrangedor. Mas não nos resta outra alternativa. Ou é isso, ou não é nada. Então obviamente que a minha solicitação é para que a gente possa, enquanto Bancada do PSB, votar favoravelmente ao texto.

Porém é importante esclarecer que uma das atribuições das assembleias, do Poder Legislativo como um todo, é também a melhoria de projetos. E quando eu falo em melhoria de projetos, sei muito bem que existem vícios de iniciativa.

Ou seja, eu não poderia aqui, enquanto parlamentar, apresentar um projeto de lei complementar aumentando os valores dos vencimentos dos servidores públicos. Não pode. Esse projeto com certeza é inconstitucional, ele tem vício de iniciativa.

Agora, não é disso que eu estou tratando e que tentei explicar durante o Congresso de Comissões. Esse projeto foi encaminhado para cá pelo governador Tarcísio de Freitas. Portanto, é legítimo, constitucional, é legal, que esta Casa possa aumentar valores, mexer em alíquotas.

E vou além: nós fizemos aqui um pré-acordo com a liderança de Governo que garantiu que o governador se comprometesse em aumentar o auxílio alimentação de 196 Ufesps para 228 Ufesps.

Ok, a gente concordou, é um avanço. O que eu havia solicitado, e outros colegas concordaram, é que isso pudesse constar na letra da lei, nada mais do que isso. Não estou pedindo nada mais que o governador, de alguma forma, está falando através de seu líder de Governo, e eu confio tanto nele como no governador, sei que não vão desonrar o que disseram aqui.

Agora, para a gente, chega a ser completamente humilhante você ter que ficar aguardando um governador publicar um decreto daquilo que está tramitando aqui nesta Casa.

Primeiro, não há vício de iniciativa porque não fomos nós quem propusemos esse projeto de lei. Passado isso, ainda que essa tese, vamos dizer assim, fosse suscitada, quem seria contra, se nós estamos fazendo um acordo político com o governador que poderia, vamos dizer assim... eu vou adentrar com uma ação de inconstitucionalidade, vou impetrar alguma coisa no Tribunal de Justiça.

O próprio governador, que está participando desse acordo, ou seja, não me cabe aqui outra coisa que não seja mais uma vez esta Casa acabar se sujeitando não só às vontades de 100% do que faz o governo, como também não nos colocando em condições de poder melhorar um projeto com o texto que eles aprovaram.

Eu lamento, nesse sentido, claro que vou aguardar o líder do Governo confirmar tudo isso aqui em público, porque vão ficar as palavras, mais uma vez, de compromisso, de promessa de que vão fazer, ainda como eu disse que eu sei que aqui ninguém vai desonrar a palavra, mas somos o Legislativo Estadual.

Se esta Casa aqui não tiver capacidade para melhorar um projeto que vem do governador, o que é que podemos, além de brigar por emendas parlamentares, que são importantes, além de tentar ganhar algum projeto para sua cidade, para sua região. Também tem o seu mérito, é importante também.

Agora, esse plenário aqui não pode ser de faz de conta. A gente está aqui, vai para o congresso de comissões, nós brigamos para poder estar cada um em uma comissão, e aí chega lá e: não, isso não pode, aquilo não pode.

Bom, o que pode então? Pode aprovar aquilo que vem do governo com mudanças ínfimas do texto. Eu peço aqui, até porque estamos num começo de jornada de trabalho legislativo, teremos longos anos pela frente ainda, que a gente possa mudar essa dinâmica, para que a gente possa valer aqui o Poder Legislativo de mudança de leis. E se não vai por leis que nós apresentamos aqui, que seja na tentativa de poder melhorar projetos que venham do governo para cá.

Então, aos servidores públicos estaduais o meu respeito, o nosso compromisso aqui de estar sempre ao lado deles, de poder valorizar os trabalhadores que fazem o Estado rodar, aquelas pessoas que estão lá cuidando das crianças nas escolas, que estão cuidando das pessoas nas unidades de saúde, nos hospitais estaduais.

Enfim, em tantas outras atividades importantes que o Estado administra o meu respeito, o meu compromisso de sempre lutar pelo melhor, e claro que na sequência, em não conseguindo isso, eu votar naquilo que é possível, nesse momento, e nesse sentido eu vou aguardar aqui ansioso para que o deputado Jorge Wilson, representando o governador nesse momento, possa assumir o seu compromisso claro de que o auxílio alimentação será modificado, dentre outras coisas mais, e lamentando aqui a falta de capacidade, posso dizer assim também, dessa Casa de não conseguir incluir isso no texto legal.

É isso, presidente. Em nome da bancada do PSB, nós vamos encaminhar, portanto, favorável à votação desse projeto.

Muito obrigado.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Jorge Wilson, líder do Governo.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, apenas para uma comunicação.

Nós buscamos aqui um acordo entre os líderes desta Casa, construímos junto ao governo e conseguimos aí dois gestos importantes do governo, com o compromisso do governo de colocar um estudo imediato de impacto orçamentário para equiparar o valor do vale-alimentação ao valor hoje tido pela Polícia Militar, equiparar esse valor até o final do ano para que passe a valer a partir do mês de janeiro, Sr. Presidente.

Também sensível, conversamos com o governador, sensível também às pautas deste parlamento sobre o vale-refeição. O vale-refeição, que o menor valor é o valor de 12 reais, o Governo já disse que entrará também com o estudo de impacto orçamentário para, de imediato, fazer valer também a partir de janeiro um valor que será bem superior ao valor de hoje, ou seja, acima de 18 reais, podendo chegar até acima de 20 reais.

O Governo hoje não precisa o valor, mas ele quer, pelo menos, chegar de 18 a 20 ou até dobrar esse valor mínimo do vale-refeição, de forma escalonada, de acordo com o salário. O funcionário, o servidor que ganha um salário menor vai atingir o vale-refeição com valor maior.

Esse é um compromisso deste líder do Governo, compromisso que nós trouxemos para esta Casa e que fechamos também, aqui, com todas as bancadas, não só com os líderes da base aliada, como também com os líderes da oposição. O valor da Ufesp eu falei, o valor do vale-alimentação chegará ao teto da Ufesp, o valor da Ufesp de 228. Justamente, é isso mesmo. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem o deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Xerife, só um reparo. Só para ver se a gente não tem nenhuma dificuldade. O vale-alimentação, o combinado que o senhor apresentou é que vai ter o estudo de impacto e que, até o final do ano, aumentaria conforme o senhor disse aqui. 

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Duzentos e vinte e oito Ufesps. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Não, não. Vale-refeição. Estou falando... 

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Não, vale-refeição é o que o valor mínimo é de 12 reais. Vai aumentar, podendo chegar a 18 ou acima de vinte. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - O senhor disse que até o final do ano tem um estudo e apresenta.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Perfeito.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Agora, o senhor disse que as Ufesps, que são esses, dos policiais, o decreto seria antes, e não no final do ano.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Não, não, até o final do ano, a colocação até o final do ano.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Eu vou propor para o Carlos Cezar, a gente conversou juntos, e nesse caso específico não era até o final do ano, porque o senhor disse que seria feito por decreto e, portanto, só precisava apresentar o decreto para poder avançar. Então, assim, eu queria só sugerir, para não ter dúvida, que a gente pudesse ter o diálogo com o Carlos Cezar para não ter dúvida nessa questão.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Perfeito, perfeito. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Porque o outro o senhor tem razão, que é a questão do vale-alimentação, o vale-refeição. O alimentação, eu queria sugerir aqui ao deputado Carlos Cezar para a gente dirimir essa dúvida. 

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Para os dois, existe a necessidade do estudo de impacto orçamentário. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para que os líderes possam se reunir e detalhar os acordos, suspendo a sessão por cinco minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 21 horas e 58 minutos, a sessão é reaberta às 22 horas e 04 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão.

Pela ordem, deputado Jorge Wilson.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, falando com os líderes, em relação a algum questionamento. Porque o posicionamento, por parte do governo, é de elaborar o estudo de impacto orçamentário.

Esse estudo demanda um tempo. Alguns líderes talvez tenham entendido que eu tenha dito que o decreto seria de imediato. O governo precisa de um tempo, para que ele faça um estudo de impacto orçamentário, para que ele faça o decreto.

Então nós estamos estabelecendo um compromisso, deste líder aqui, com todos os líderes deste Parlamento, de nós construirmos, no máximo até, eles pedem dois meses, até agosto, mas no máximo até setembro. Tudo bem? No máximo, até agosto, o esforço deste líder, vocês terão. Ok?

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Olha, algumas correções precisam ser feitas, porque aqui acordo está dando volta. Eu estou fazendo tanto gesto, que eu já estou falando dançando aqui.

A gente disse que o governo tinha acordo com elevar o teto para os servidores receberem auxílio-alimentação; a gente não está falando do valor do auxílio, a gente está falando de quem vai receber o aumento agora não perder o vale-alimentação. A gente está falando de aumentar o teto.

Disseram que não podiam tirar isso daqui, porque seria vício de iniciativa, mas que o governo tinha acordo com essa pauta.

Inclusive, foi o senhor que deu o número, que é o mesmo que os policiais militares: 228 Ufesps é o teto. Vai passar de quem ganha 5.000 para quem ganha 7.000 ter direito ao vale-refeição.

A gente está falando de não tirar o vale-refeição das pessoas; a gente não está falando de aumentar um centavo. E esse acordo era de decreto imediato; o governador estava pronto, porque concordava em levantar esse teto. É essa a promessa.

Por que eu estou batendo o pé? Porque pessoas vão perder o vale-refeição. E por que a gente está batendo o pé? Estudo não é aumentar o teto. Outra frase que voltou: disse que tinha acordo em aumentar o teto, e hoje o senhor falou que se compromete com estudo. Não.

Sobre o teto, o senhor disse que tinha acordo; inclusive, o senhor trouxe o valor, o mesmo que os policiais militares: 7.000 reais. Quem ganha até 7.800 vai ter o direito ao vale-refeição preservado. Foi o senhor que disse isso para mim, o valor; eu não pedi nenhum valor para o teto.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Professora Bebel. Uma comunicação.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Você já tem o peso de ser líder, pô. Vamos lá. Eu quero, numa boa, dialogar com o deputado Jorge Wilson. Sabe, a gente está aqui, de boa, tentando uma saída que seja a real e a verdadeira.

Não tem sentido, então, ter os 6%. Por quê? Eu vou dizer. Porque vai subir o salário, e muita gente vai deixar de receber os 12 reais. É esta a questão. Ou põe para viger em agosto, junto, o decreto, ou não faz sentido ter os 6 por cento. Porque vai perder, literalmente. Isso eu já sentia, eu já fiz conta na minha categoria: bate no teto, perde.

Essa é a questão. É uma questão de acertar o teto. Ninguém está discutindo; vai ser a “miserite” de 12 reais. Então, não tem estudo... Já estão recebendo, presidente, e nós aqui, que estávamos no congresso de comissões, as oposições, o PT, inclusive, reafirmamos: a gente não quer lacrar o deputado. Mas ele se comprometeu, sim, com isso. Um decreto, ele disse.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Jorge Wilson. Tem o apoio, também, deputado Jorge Wilson, líder do Governo... Gostaria de falar para esta Casa, para todos os líderes, que eu acho que é pertinente tudo o que está sendo dito nesta Casa. O líder do Governo vai se esforçar, juntamente com os demais líderes.

E eu quero dizer também às lideranças de oposição que terão o meu apoio, ao lado do líder do Governo Jorge Wilson, para a gente buscar isso junto ao governador, que é o mínimo que a gente pode estar fazendo para esses pedidos, para que essas pessoas que vão atingir o teto não percam os 12 reais que lhes são garantidos. (Palmas.)

Eu acho que nós podemos assumir esse compromisso; o líder do Governo tem esse poder, tem essa força. Estaremos ao seu lado, líder.

 

O SR. JORGE WILSON XERIFE DO CONSUMIDOR - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente. Eu quero compartilhar aqui com os nossos pares, com os nossos líderes, que nós buscaremos, junto com o presidente, com certeza, e com toda a base aliada e também com todos os deputados, os deputados da oposição e os da base aliada...

Porque essa é uma pauta deste Parlamento. Vamos buscar, porque se a gente conseguir trazer até agosto, quem ganha com isso é o agente público, é o servidor público do estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Assumindo esse compromisso, em votação o projeto, salvo substitutivos e emendas. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto, prejudicados os substitutivos.

Em votação, englobadamente, as Emendas nos 01 a 61, com parecer contrário do congresso de comissões. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, líder do PT, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para declarar voto favorável aos substitutivos nºs 4, 5 e 6, e às emendas do Partido dos Trabalhadores e da Federação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para registrar o meu voto favorável aos substitutivos apresentados, os meus, 1, 2 e 3, às emendas que eu apresentei também, elevando esse percentual de 6% para 20%, e dizer que agora chegou a hora da verdade, de os deputados fazerem a manifestação favorável às emendas.

Este é o momento da verdade, para quem defende os servidores públicos. Então, quero manifestar o meu voto favorável às emendas apresentadas, que modificam e melhoram o projeto para os servidores.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de Vossa Excelência.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

   A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Para declarar voto favorável a todas as emendas da bancada do PSOL, para me solidarizar com os policias penais, porque foi prometido o projeto deles e não veio, e dizer aos servidores que a gente não vai deixar agosto começar enquanto não sair o decreto do vale-refeição.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de Vossa Excelência.

Item nº 2 - Discussão e votação do Projeto de lei nº 661, de 2023, de autoria do Sr. Governador. Em discussão.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não estamos no encaminhamento ainda, deputado Paulo Fiorilo. Estamos em discussão. Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a mesa um requerimento de método de votação. Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o projeto.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar o projeto, a LDO, a deputada Beth Sahão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Deputada Beth Sahão, para encaminhar pela liderança do PT.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Permita, Sr. Presidente, só para esclarecimento, para a gente não cometer alguns erros, os inscritos no dia de ontem não teriam que ter sido chamados no dia de hoje?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Retificando. Agradeço ao líder da Minoria, para que possamos retificar, diante de toda experiência que tem neste Parlamento. Aqui teremos que fazer um rito administrativo para que os inscritos no dia de ontem para discutir o referido projeto queiram retirar as suas inscrições.

Com a palavra para discussão então... Retornamos agora aqui ao projeto, na discussão. Em discussão. Deputado Guilherme Cortez. Ausente. Em discussão. Com a palavra a deputada Ediane Maria, para discutir contra.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Abro mão. Vou encaminhar.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Ediane Maria retira sua inscrição. Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Retiro.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Carlos Giannazi retira sua inscrição. Deputada Ana Perugini. Deputada Ana Perugini retira também a sua inscrição. Com a palavra a deputada Andréa Werner.

 

A SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Presidente, eu abro mão da minha fala.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Andréa Werner então também retira a sua inscrição. Com a palavra o deputado Paulo Mansur.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Retiro minha inscrição.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Paulo Mansur retira sua inscrição. Com a palavra, para discutir a favor, o deputado Jorge do Carmo.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Retiro minha inscrição, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Jorge do Carmo retira a inscrição também. Com a palavra agora o deputado Reis.

 

O SR. REIS - PT - Para retirar a inscrição, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Reis retira a sua inscrição. Não havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Primeiramente agradecer ao deputado Enio Tatto pela correção. Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar, a deputada Beth Sahão, para discutir.

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Só um minuto, deputado Paulo Fiorilo, porque ainda temos que votar o requerimento do método de votação.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Ah, você não votou ainda o requerimento.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a mesa o requerimento de método de votação. Em votação o requerimento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Em votação o projeto. Agora sim, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Então, agora sim, a deputada Beth Sahão, para encaminhar o projeto.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Beth Sahão, agora para o encaminhamento pela bancada do PT.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Finalmente, Sr. Presidente, muito obrigada deputadas e deputados desta Casa, público da galeria que está até agora acompanhando esta sessão tão importante.

A gente sabe que tem votações que acontecem, que nós acabamos compondo até em benefício do conjunto dos servidores, muito embora não concordemos com isso, como não concordamos também com a forma como foi encaminhada a LDO.

Na verdade, a gente, a cada ano que entra aqui na Assembleia, a gente tem esperança... Fica aqui, Alex, não vai embora não. A cada ano que passa a gente tem esperança de que a LDO, de que o relator da LDO, deputado Alex, poderia incorporar e acatar as dezenas de emendas que foram apresentadas na LDO, principalmente de nós, da oposição.

Na verdade, o PT, a bancada do Partido dos Trabalhadores apresentou mais de 60% das emendas que foram colocadas aqui na LDO e, infelizmente, a maioria absoluta delas foi rejeitada e as emendas que foram acatadas, foram acatadas sob a forma de subemenda.

E subemenda a gente sabe que não é nada, subemenda é apenas uma pequena mudança na redação, mas objetivamente, na essência da emenda, ela não atinge nada, ela não modifica nada.

E o que nós vimos, observamos e acompanhamos aqui, deputado Itamar, é que o que o governo fez nessa LDO foi aumentar as renúncias fiscais. Hoje nós temos bilhões de renúncias fiscais que vão estar postas, sobretudo, para 2024. O governo contingenciou áreas importantíssimas, reduzindo as receitas de muitas secretarias, secretarias essas que sequer têm pessoal para trabalhar.

Ontem eu estive na Secretaria de Ciência e Tecnologia, deputada Ana Perugini, tem 20 servidores. Vinte servidores em uma secretaria daquela importância. Hoje esteve aqui o secretário da Secretaria da Pessoa com Deficiência, secretário Marcos da Costa. A deputada Andréa Werner presidiu a reunião. Eles têm 60 funcionários.

Como a Secretaria de Desenvolvimento Social, que em um passado recente eu me lembro que eu desloquei um servidor meu, do meu gabinete, para poder ajudar na elaboração de convênio, porque não tinha servidor suficiente para poder fazer isso, para se dar celeridade à elaboração dos convênios e às posteriores assinaturas entre as entidades e o Governo do Estado.

Então, o governo vai aos poucos enxugando e desmontando as estruturas do estado. E nós não conseguimos garantir nada. Uma das poucas coisas que nós garantimos aqui foi o 9.57 das universidades, de colocar no mínimo 9.57 do ICMS, porque a grande maioria foi rejeitada.

Esse tipo de LDO fica mais como uma peça de ficção do que, na verdade, com aquilo que a gente gostaria de apresentar e aquilo que vai ao encontro das necessidades da população, porque quando a gente coloca emenda, deputado Enio, nós não colocamos emenda para fazer bonito para ninguém.

Nós colocamos emenda porque a gente traz essas necessidades de onde a gente discute, de onde a gente visita, das nossas bases, das nossas relações. São emendas coletivas, são demandas coletivas da população.

Agora há pouco uma emissora de televisão lá do interior me ligou a respeito das queixas da população de muitas cidades em função do governador Tarcísio ter suspendido o trabalho de recuperação das estradas vicinais.

O governo Rodrigo cantou a cântaros que ia distribuir 53 bilhões de verbas para fazer a recuperação, principalmente, de estradas vicinais. Foi feito meia dúzia. Suspenderam tudo. Acabou.

Então, os pequenos municípios, que ligam cidades pequenas, de uma cidade para outra no interior, sobretudo, não têm mais nada. Primeiro, com aquelas que foram feitas, muitas delas malfeitas. Já estão todas esburacadas. E segundo: agora não tem, está suspenso, porque o governo deve ter suspendido os empenhos que foram feitos na gestão anterior.

Então, esta LDO aqui, só de renúncia de receita, nós vamos ter, para o ano de 2024, 64 bilhões de reais, como vamos ter, de recursos contingenciados, 9,6 bilhões de reais agora para 2023, que vai afetar Saúde, que vai afetar Educação, que vai afetar Habitação, que vai afetar os repasses para as universidades, a pesquisa em ciência e inovação tecnológica, porque quando você diminui esses valores, obviamente que a redistribuição para as secretarias e para os respectivos programas do governo vão cair.

E caem sabe aonde? Caem exatamente em setores mais vulneráveis. Caem exatamente em programas que são importantes, como, por exemplo, o enfrentamento
à violência doméstica.

O presidente Lula assinou, no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, que as Delegacias de Defesa da Mulher deveriam funcionar 24 horas. Devem funcionar.

Esta Assembleia aqui votou um projeto meu no final de 2018, um projeto que ficou por anos aqui. Conseguimos aprová-lo. O governador Doria, na época, vetou o projeto.

O presidente Lula fez isso e o governador Tarcísio agora fala que não tem recursos e nem pessoal suficiente para poder implementar essa importante política pública de proteção das mulheres vitimizadas. Essa é a grande questão, e não é só isso.

Se você pegar a população em situação de rua, você não tem aquilo que eles precisam. Eu fui esses dias a uma unidade que recebe os moradores em situação de rua. Falta alimentação. Graças a Deus, tem entidades importantes que ajudam, que são coordenadas por freis, por padres, por pastores, por gente da comunidade que acolhe essas pessoas, porque se depender das políticas públicas do governo... E olha que o Tarcísio falou bastante sobre isso durante a campanha.

O “Bom Prato”, por exemplo, teve unidade que foi fechada, um programa que atende a população vulnerável. O programa “Melhor Caminho” está suspenso, para dizer algumas coisas do interior também, que é aquele programa que mantém as estradas rurais, que é importantíssimo para o escoamento da produção.

Então, que LDO é essa que nós temos? Ela atende o quê? Quais interesses ela vai atender? Sabe o que ele quer? Fazer o tal do superávit primário. Três bilhões e meio de superávit primário. Só não sei... Você faz o superávit primário e você vai aplicar aonde, depois, isso? Para que fazer o superávit primário?

Por que não pega esses recursos e distribui, de fato, para as áreas e para os segmentos que mais precisam da população, como, por exemplo, a Saúde, como, por exemplo, a Educação.

Temos o risco da violência nas escolas, que precisa ter um programa específico para isso. Temos problemas na distribuição de medicamentos. Faltam medicamentos na ponta para atender a população.

Hoje, a Saúde do Estado está na mão de OSs, que não têm controle e nem fiscalização do Estado. As cirurgias estão com uma fila enorme e não tem um programa para reduzir as cirurgias eletivas.

Então, todas essas questões são políticas importantes que poderiam estar sendo potencializadas e turbinadas se nós tivéssemos de fato um olhar cuidadoso de poder dar prioridade para a população. E a prioridade não é a população.

A prioridade, sabe qual é? A prioridade é acumular esse superávit primário para chegar lá na frente e ter recursos para poder fazer disputas eleitorais. Essa é a verdade. É assim que funciona. É assim que tem funcionado.

A gente pensa que às vezes vai mudar alguma coisa e muda para pior. Piora! Piora! Como agora, por exemplo, na questão do salário. Quando a gente esperava que iria vir um reajuste um pouco melhor para os servidores, já que os policiais militares tiveram um reajuste justo...

Ninguém está dizendo que o reajuste deles não foi importante. Foi, só que não poderia ser só para eles. Teria que ser para o conjunto dos servidores e não foi. Por isso mesmo, Sr. Presidente, que a nossa bancada vai votar contrária e se posicionou contrária à LDO. Ela será aprovada, mas não com o voto da bancada do Partido dos Trabalhadores.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Indicar a deputada Ediane Maria para encaminhar pela Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Ediane Maria fará o encaminhamento pela Federação PSOL REDE.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Primeiro, boa noite aqui a todos e todas e todes. Inclusive é uma surpresa muito grande ver tantos colegas deputados que eu tive a honra de ver na diplomação e também aqui no dia da posse. Então muito feliz inclusive em revê-los. Quero falar dessa Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Eu como uma mãe solo de quatro filhos sei muito bem como que a gente se organiza no orçamento para que a gente consiga virar o mês, viu, deputada Paula? Não é fácil virar o mês com o que a gente ganha. Aí você vira e fala: “O que que nós estamos aqui discutindo de uma discussão, na verdade, um desgaste nosso da esquerda?”.

Até porque quando um governador não conversa com todos os deputados eleitos e que representam uma base, representam uma classe social neste estado... Então nós estamos aqui para dizer que existimos e vamos continuar resistindo aqui neste Parlamento para colocar nossas pautas.

Até porque não seremos silenciados. Nós nos levantamos e vamos continuar avançando aqui dentro do Parlamento, do maior Parlamento inclusive da maior arrecadação da Federação. A gente está falando de mais de 317 bilhões de reais que a gente está destinando, que estamos aqui...

O governo está lutando para lutar por políticas, para lutar pela melhoria, mas eu quero saber para onde vai de fato a política de Habitação. Qual vai ser de fato o investimento na política de Habitação? Qual será, Professora Bebel, o investimento no combate à fome?

Qual será de fato o investimento, deputado Barba, na Saúde? E quem vai ser atendido, quem vai ser assistido? Qual será de fato a política que vai ser feita no combate à violência doméstica no País que mais mata, mais violenta mulheres? A gente sabe muito bem que a grande maioria são mulheres negras que não têm acesso à Delegacia da Mulher.

Sabe por quê, presidente, a Delegacia da Mulher não está na periferia? Muitas de nós não conseguimos chegar. Sabe por quê? Porque nós sabemos que quando chegarmos na Delegacia da Mulher nós teremos que voltar para nossas casas e é lá que acontece a maior violência com a gente.

Não temos para onde ir. Não existe abrigo, não existe orientação. Várias de nós sofremos violência dentro de casa e nós só vamos caracterizar como violência doméstica quando a gente leva um tapa. É violento demais este Estado! Olhe hoje. Depois de 21 anos no estado de São Paulo, vinda lá do Sertão de Pernambuco e ver essa violência, ver um estado que tem que trabalhar para o povo.

É enxergar que tudo isso que está hoje aí, que nós estamos colocando nessa Lei de Diretrizes Orçamentárias, muitos de nós, é com nossos impostos. Nós estamos aqui, nós existimos. Nós queremos também que essa LDO nos favoreça, favoreça a nossa base.

A gente está falando do PL da Casa das Domésticas. Vai vir algum investimento para que as trabalhadoras domésticas não sejam resgatadas em trabalho análogo à escravidão neste estado? Será que nós vamos continuar sendo encarcerados o tempo inteiro pela negligência, pelo esquecimento, por essa violência? Nós precisamos unir força.

Nós precisamos dar resposta. O estado de São Paulo tem uma responsabilidade muito grande com o nosso País. É necessário que aqui, assim como é colocado o tempo inteiro lá nos outros estados que é o melhor estado, que de fato faça política, que de fato nós não fiquemos segregados no pico do morro.

Que de fato nós tenhamos uma política de Habitação para depois não vir aquele velho discurso de sempre quando acontece uma tragédia. Tragédias são essas que são um crime.

Tragédias são um crime porque são programáticas quando nos jogam lá para as encostas, para os morros e depois vem um deslizamento. E aí depois eles nos enganam quando vêm falar da política de Habitação que vai ter.

Vocês sabem muito bem que não vem. Vocês sabem muito bem que não chega para todos nós. Então é necessário avançar e eu não ligo para sorrisos, eu não ligo para olhares que me estranham.

Talvez, presidente, eu não saiba falar com tantos números, com tantas coisas, porque eu fui esquecida pela sociedade e que, graças ao poder do povo, estou ocupando esta Casa. Várias pessoas como eu estão na invisibilidade, estão esquecidas, não têm espaço de fala, nem de organização.

Mas esta Casa vai dar a resposta, porque continuaremos avançando para que nós, de fato, tenhamos direito. Não vão nos silenciar. Esta Casa, sim, vai dar a resposta, graças, sim, a nós, que somos a oposição do governo.

Quero encaminhar aqui, gente, contrariamente, com as nossas emendas.

Muito obrigada. Vou passar para o Guilherme Cortez aqui, gente.

Muito obrigada a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. O deputado Guilherme Cortez, para compartilhar o tempo com a deputada Ediane Maria.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, deputada Ediane, presidente, todos os deputados. Nós, da bancada do PSOL, gostaríamos muito de votar favoravelmente a um projeto de lei de diretrizes orçamentárias porque é um projeto essencial para definir as prioridades do investimento público do dinheiro público, pago pela população do estado de São Paulo. Mas a gente não pode votar nesse projeto da forma como está, presidente. Por isso a nossa Bancada apresentou uma série de emendas para corrigir uma série de ausências nesse projeto.

A primeira delas é em relação às universidades estaduais paulistas. Eu, que sou um dos deputados mais jovens desta Assembleia, tenho 25 anos, nasci em 1997. O reajuste do ICMS que é destinado para a USP, a Unesp e a Unicamp não é reajustado desde antes de eu nascer, desde noventa e cinco.

Desde 95, sucessivos governos do estado de São Paulo e as legislaturas desta Assembleia mantêm um estado de subfinanciamento das nossas universidades: 9,57% do que é arrecadado de ICMS é destinado para a USP, a Unesp e a Unicamp, um valor absolutamente defasado.

Vários deputados que estão aqui hoje e que já estavam há vários mandatos patrocinaram, incentivaram a expansão universitária. Por isso que a gente tem Unesp em 24 cidades. Agora, essa expansão não veio acompanhada de um aumento de recurso.

Por isso que uma das emendas que a gente apresenta e quer contar com a colaboração e com a sensibilidade dos deputados é para aumentar esse valor, esse percentual, que é absolutamente defasado: 9,57 por cento que estão congelados desde noventa e cinco.

A gente apresentou uma emenda para reajustar esse valor para 11,6%, presidente. Não é um grande reajuste pensando no Orçamento do Estado, mas é fundamental para que a USP, a Unesp e a Unicamp, que prestam um serviço excepcional no estado de São Paulo, possam manter suas atividades.

Então para todos os deputados que têm universidades nas suas regiões, que dizem que defendem as nossas universidades, eu cobro a coerência de apoiar essas emendas, para a gente aumentar o investimento nas nossas universidades, que são tão importantes, que desenvolvem a educação, que movimentam a economia, que desenvolvem ciência, e que foram responsáveis pela vacina, que possibilitou à gente sair do período de pandemia.

Presidente, em segundo lugar, a gente começou esta legislatura lamentando a tragédia socioambiental que aconteceu na cidade de São Sebastião, e muito tem se discutido aqui sobre como eventos como aquele vão ser cada vez mais presentes.

Ora, se a gente já tem esse dado, se a ciência já alerta para a gente que a gente precisa de mais atenção para combater tragédias, para que o que aconteceu em São Sebastião não se repita, a Lei de Diretrizes Orçamentárias precisava prever um investimento para isso, precisava incluir isso como prioridade, se não, volto a falar aqui, novas tragédias como a de São Sebastião vão acontecer, mais famílias vão perder as suas casas, vão perder os seus pertences, vão perder a vida dos seus membros se o Governo do Estado de São Paulo continuar sem uma política pública efetiva para combater os efeitos das mudanças climáticas.

Por isso, dentre as nossas emendas que a gente inclui aqui, a gente quer incluir como prioridade orçamentária no Estado a política de mitigação, de adaptação, de prevenção, para combater os eventos de desastres socioambientais.

Também é uma responsabilidade que eu acho que todos os deputados que lamentaram, que se solidarizaram com o que aconteceu em São Sebastião, que a gente vote aqui, que a gente inclua nas diretrizes orçamentárias uma política de combate às mudanças climáticas como prioridade, porque sem investimento, sem orçamento essa política não sai do papel.

E por último, presidente, hoje é o Dia Internacional do Orgulho LGBT. Ali no auditório ao lado a gente está fazendo o lançamento da nossa frente parlamentar de uma comunidade que é tão atacada nessa Casa. Mas num país que violenta, que massacra, que assassina, todo tipo de violência contra a população LGBT, e a gente quer estar dentro do Orçamento.

O projeto de LDO enviado pelo governador Tarcísio não contempla, não indica a prioridade em políticas de direitos humanos para a gente poder proteger os setores que são mais marginalizados, que são mais vulneráveis na nossa sociedade. Aí não tem segredo. Se a gente não inclui essas pessoas no Orçamento como prioridade, essa realidade de violência nunca vai mudar.

E por isso, presidente, eu faço um apelo aqui para todos os deputados e deputadas para que a gente possa sair dessa votação aprovando essas emendas, no sentido de a gente poder colocar nas Diretrizes Orçamentárias do Estado temas que são tão sensíveis, que são tão prioritários e que precisam estar no Orçamento de São Paulo.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o projeto, salvo subemendas e emendas.

As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Verificação de votação, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

Faremos, então, uma verificação, a pedido da deputada Monica Seixas, líder do PSOL, da Federação PSOL REDE.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

Então, a partir desse momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Barros Munhoz.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Posso aproveitar um minuto do tempo para fazer uma manifestação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem, sim, dois minutos para uma comunicação, deputado.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Eu não consigo conter, eu preciso pôr para fora minha alegria de uspiano, sou uspiano. É difícil saber o que é uspiano, eu sou estudante da USP. Está vendo? Todo mundo sabia. Chegou-se a fazer uma CPI aqui na Assembleia para beneficiar as universidades privadas, para criticar as universidades públicas de São Paulo.

Eu defendia as universidades públicas de São Paulo porque a gente tem tanta coisa errada no Brasil que não tem cabimento a gente perseguir e vilipendiar as coisas boas do Brasil. E o Brasil tem boas universidades, e São Paulo tem boas universidades.

Ontem a imprensa divulgou: pela primeira vez a USP está entre as seis melhores universidades do mundo. (Palmas.) Parabéns à USP, parabéns à Universidade de São Paulo. Viva São Paulo e viva o Brasil.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Aproveitando também, deputado Barros Munhoz, depois desse discurso efusivo que V.Exa. como sempre faz, eu também gostaria, antes de começar a votação, uma salva de palmas ao nosso funcionário Wagner, que está aqui, funcionário dessa Casa há 42 anos, que vai se aposentar no próximo dia 1º. (Palmas.) Trabalha, hoje, na liderança do PSB.

Parabéns pelos 42 anos de trabalho a esta Casa.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, se o senhor me permite mais uma coisa importantíssima, bem rápida.

Eu solicitaria a todos aqueles, que ainda não mandaram a sua assinatura, que assinassem. Nós darmos a comenda mais importante, a homenagem de nosso patrono a Eduardo Matarazzo Suplicy. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu já parabenizei o deputado Barros pela iniciativa e estou sugerindo a toda a bancada, e todos aqueles que queiram, que assinem essa homenagem ao deputado Suplicy, porque aqui eu acho que há uma unanimidade sobre a importância do ícone que é o deputado Eduardo Suplicy.

Então queria sugerir que todo mundo pudesse assinar essa homenagem ao deputado. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tendo transcorrido quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PDT em obstrução. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PDT em obstrução.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Paulo Fiorilo coloca a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução. 

 

O SR. OSEIAS DE MADUREIRA - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em obstrução.

 

O SR. GERSON PESSOA - PODE - Pela ordem, presidente. Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em obstrução.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente. Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente. Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução.

 

O SR. HELINHO ZANATTA - PSC - Pela ordem, presidente. PSC em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSC em obstrução. 

 

O SR. CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem, Sr. Presidente. Progressistas em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Progressistas em obstrução.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente. PSDB e Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução. 

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, presidente. PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PL em obstrução.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB também em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Estão abertos agora os microfones de aparte para quem não conseguiu votar pelo sistema eletrônico. 

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Por uma LDO democrática, ampla, inclusiva, transparente, voto “não”. 

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Contra essa LDO antipopular, eu voto “não”.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada doutora Paula.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - Para colocar o povo no Orçamento, eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada doutora Paula vota “não”.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Por uma LDO que contemple o tamanho do povo, aumente o investimento das universidades, e tenha um investimento de fato, para resolver a crise ambiental que a gente vive, eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Guilherme Cortez vota “não”.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Por transparência nos benefícios fiscais, por colocar as mulheres no Orçamento, por maternidades nas regiões mais distantes, pela preservação ambiental, e para ver o povo pobre no Orçamento, eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada Monica Seixas vota “não”.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Por uma LDO mais transparente, pelo encaminhamento do voto separado do nobre deputado Enio Tatto, pela minha pessoa na Comissão de Finanças e Orçamento, eu voto “não”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Luiz Claudio Marcolino vota “não”.

Mais algum dos Srs. Deputados e Sras. Deputadas gostaria de fazer o seu voto? Não havendo mais deputados querendo fazer o seu voto, pergunto se algum dos Srs. Deputados gostaria de alterar o seu voto.

 

* * *

 

- Verificação de votação.

 

* * *

Não havendo deputados interessados em alterar os seus votos, passaremos então à proclamação do resultado da votação: votaram “sim” 54 deputados, 20 deputados votaram “não”, mais este presidente, totalizando 75 votos, quórum que aprova o referido projeto, salvo emendas e subemendas.

Em votação agora as subemendas nºs 1 a 16, apresentadas no parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovadas as subemendas e prejudicadas as respectivas emendas.

Pela ordem, deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, eu peço a V. Exa. a suspensão dos trabalhos por cinco minutos.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Eu só quero declarar voto favorável às emendas do Partido dos Trabalhadores e da Federação.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, presidente. Vou ser bem breve, já garantido.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Professora Bebel.

 

A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - PARA COMUNICAÇÃO - É o seguinte. O deputado Barros fez uma menção com a qual eu concordo. Eu participei com ele, naquele momento, da CPI das três universidades paulistas.

Eu gostaria de propor que esta Casa condecorasse a USP, e toda a comunidade uspiana, pelo desempenho que teve. Mais que isso, pelo que desenvolveu em termos de Ciência e Tecnologia, no Brasil e no mundo.

Então eu levo, para a Comissão de Educação e Cultura, onde sou presidenta nesse momento. Mas quero deixar esta proposta aqui no plenário.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Declarar voto favorável às emendas do PSOL e da Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de Vossa Excelência.

Nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, em um minuto, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer a redação final ao Projeto de lei nº 661, de 2023, de autoria do Sr. Governador.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Pela ordem, Sr. Presidente. Só para um esclarecimento. A distância me dificulta. No requerimento aqui de método, tem o item 3, que é “as demais emendas, englobadamente”.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Será votado posteriormente...

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - À redação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - À redação.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Só para não perder o objeto, então nós tivemos que fazer isso.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para poder votar depois.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então, está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 22 horas e 50 minutos, a sessão é reaberta às 22 horas e 51 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão. Em votação as demais emendas, englobadamente, com parecer contrário da Comissão de Finanças e Orçamento. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para declarar voto favorável às emendas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Paulo Fiorilo declara voto favorável.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputada Monica Seixas.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Declaro voto favorável às emendas da Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Havendo acordo de lideranças, requeiro a V. Exa. a suspensão dos nossos trabalhos por cinco minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Então, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, parágrafo 5o, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, um minuto após o término desta sessão, no salão nobre da Presidência, com a finalidade de oferecer a redação final ao Projeto de lei no 661, de 2023, de autoria do Sr. Governador.

Está suspensa a sessão.

 

* * *

 

- Suspensa às 22 horas e 52 minutos, a sessão é reaberta às 22 horas e 53 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão. Nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, 10 minutos após o término desta sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 24a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 29/06/2023.

 

* * *

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Alex Madureira.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Antes de o senhor levantar a sessão, Sr. Presidente, só queria fazer um agradecimento rápido aqui: agradecer a confiança de todos os colegas membros da Comissão de Finanças aqui da Casa, agradecer ao deputado Gilmaci Santos, que é o presidente dessa comissão, que nos indicou como relator desse projeto tão especial para o nosso estado de São Paulo, tão importante.

Quero agradecer aos nobres colegas que dialogaram conosco durante esse tempo que nós discutimos a LDO aqui na Comissão de Finanças. Quero agradecer à Secretaria da Fazenda do Estado, na pessoa do secretário Samuel Kinoshita, que veio aqui a esta Casa juntamente com o deputado Gilmaci e foi sensível a algumas questões importantes que eram questões importantes para todos os deputados desta Casa.

Uma delas, que é importante ressaltar aqui, é a questão do valor mínimo das nossas emendas parlamentares. O governo havia mandado, é claro, um valor de 200 mil reais a emenda mínima.

Nós conseguimos devolver esse valor para os 100 mil reais e avançar ainda mais, fazendo com que nós possamos enviar para entidades sem fins lucrativos valores menores que esse, que vão atingir os 50 mil reais. Nós vamos poder fazer uma distribuição melhor e maior dos recursos que nós temos das nossas emendas parlamentares.

Conseguimos reduzir também, Sr. Presidente, os prazos de execução das emendas parlamentares do ano que vem, visto que o ano que vem é um ano eleitoral, e nós temos esse problema, quando é vedado ao governo entregar as emendas durante o período eleitoral.

Então eu acho que isso foi outro avanço. Na questão da transparência, foi um pedido aqui de que viesse na mensagem do governador o valor da receita corrente líquida, quando nós não temos referência para saber o valor das nossas emendas parlamentares.

Nós avançamos bastante, Sr. Presidente. Foram mais de 240 emendas atendidas. Do Partido dos Trabalhadores - vou só dar esse exemplo - nós tínhamos atendido 113 emendas, deputado Barba, mas fizemos questão de atender mais uma, para não ficar com o número 113; nós atendemos 114 emendas do Partido dos Trabalhadores.

Foi o partido mais atendido, até porque foi o que mais indicou emendas. Havia emendas boas, que foram importantes a gente colocar no relatório, como também menos do PSOL, do PL, do PSD, de todos os partidos que fazem parte desta Assembleia Legislativa.

Então a minha gratidão, Sr. Presidente, a toda a equipe também que nos ajudou a confeccionar esse relatório. Nós conseguimos, após a apresentação do relatório, ainda avançar em mais algumas coisas, e por isso, Sr. Presidente, foi essa votação importante aqui.

Agradecer ao nosso líder do partido, que nos ajudou a conduzir também, Deputado Carlos Cezar, e ao senhor, Presidente, pela condução que tem dado a esta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Parabéns, deputado Alex Madureira. Nós pudemos acompanhar nos últimos dias o intenso trabalho que V. Exa. fez junto à liderança do Governo, junto à base do Governo, junto à oposição, se esforçando imensamente para sair um texto que pudesse contemplar uma boa parte da intenção e das necessidades das bancadas. Parabéns pelo excelente trabalho que foi feito.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Mansur.

 

O SR. PAULO MANSUR - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Quero parabenizar também todas as lideranças por a gente ter votado esse projeto tão importante que foi a Lei de Orçamentos, que é a LDO. Foi uma LDO estilo Bolsonaro, porque o Bolsonaro baixou, em 700 itens, impostos. E o governador Tarcísio, quando fez essa LDO, trouxe para o estado de São Paulo, nas diretrizes orçamentárias...

O que ele faz? Ele traz empresas para o estado de São Paulo, diminuindo impostos, gerando emprego e trazendo renda. E foi isso que o Bolsonaro fez quando estava na Presidência, diminuindo impostos para a gente exportar mais os nossos produtos.

É muito importante a gente falar que, no governo Lula, eles estão querendo fazer a reforma tributária querendo tirar recursos do nosso estado de São Paulo, impostos nossos.

Então, quando a gente escuta aqui o pessoal falar, o PT falar todas essas barbaridades dessas diretrizes orçamentárias que foram votadas aqui hoje, é realmente um absurdo, né? Até porque o presidente Lula, quando pega os impostos federais, ele usa o quê? Em benfeitoria para comer croissant.

Ele gastou 7 milhões de reais em 35 dias de viagem só em hotel. Sete milhões de reais, ou seja, a gente, que fica em um hotel e gasta 200 reais, 500 reais, já acha caro. Imagina então você ficar em um hotel de 600 mil reais. Não é um absurdo?

Então esse é o PT que quer realmente falar para fora, mas não olha para si mesmo e para o quanto usa os impostos mal no nosso País.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Esgotado o tempo da presente sessão, está encerrada.

 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 23 horas.

 

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