10 DE SETEMBRO DE 2024

121ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: GILMACI SANTOS e DANILO CAMPETTI

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h. Convoca reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 17 horas.

        

2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - VALDOMIRO LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - SIMÃO PEDRO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - DANILO CAMPETTI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - PAULO FIORILO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - DANILO CAMPETTI

Assume a Presidência.

        

11 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

14 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 11/09, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 17 horas. Levanta a sessão às 15h.

        

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

                                                                

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Convocação. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 18, III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das reuniões de Constituição, Justiça e Redação; Administração Pública e Relações do Trabalho; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 37, de 2024, de autoria do Sr. Governador.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, também, nos termos do Art. 100, I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar- se hoje, às 17 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 46a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 11/09/2024.

 

* * *

 

Lembrando que o Projeto de lei Complementar nº 37, de 2024, também é de autoria do Sr. Governador. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, vamos entrar agora no nosso Pequeno Expediente convidando para fazer uso da palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Marina Helou. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, esse final de semana, eu fiz algumas visitas no extremo sul de São Paulo, e quanto mais a gente roda o estado de São Paulo, mais imagina que já se viu de tudo.

Eu trago aqui uma denúncia da população, da região de Marsilac, que, quando a gente pensa em uma cidade como a cidade de São Paulo, que já deveria ter 80%, 100% do saneamento básico, tanto esgoto, quanto água encanada, a gente percebe que tem alguns bairros, uma parte da população da cidade de São Paulo, ainda esquecida.

Então, eu quero trazer aqui algumas imagens, mostrando que a população do extremo sul da Capital paulista, ali do Km 47, da Estrada do Engenheiro Marsilac, está sem água. Tanto a prefeitura quanto a Sabesp deixam centenas de famílias sem acesso à água encanada e nem sistema de coleta de esgoto.

Foi feita uma estrutura com caixas d'água que foi construída há sete meses e até hoje não funciona. Porque a ideia era, pelo menos, eliminar a questão do caminhão-pipa, que hoje, essa comunidade é abastecida com caminhão-pipa e a população ia com baldes e galões buscar nessa...

Pode passar a próxima? Aqui é uma caixa d'água que era usada pela comunidade e foi retirada pela Sabesp e pela prefeitura. Olhem, pasmem! A única alternativa que a comunidade de Marsilac tinha era utilizar a água a partir dessa caixa d'água. Buscavam galões, buscavam com baldes para abastecer as necessidades da família.

Antes disso, teve aqui uma parceria com os Emirados Árabes, que teve um investimento de US$ 23 mil da Fundação Emirado Árabes, a Fambras, em 2018. E há dois anos, em 2022, esse projeto que também era executado lá na região, que era para utilizar a água e fazer um processo de melhoria da água, purificadora, que a população também podia usar, também foi retirado.

Então, as duas únicas alternativas que se tinha para essa comunidade de Marsilac eram a questão da caixa d'água e o purificador. E os dois agora não estão mais funcionando para a população da região de Marsilac. Pode passar para a próxima.

E a população hoje acaba dependendo do caminhão-pipa, que vai uma vez por semana; e, muitas vezes, esse caminhão-pipa, que iria uma vez só por semana, acaba não indo. As famílias ficam, às vezes, até 15 dias sem ter o direito de ter água potável nas suas casas.

Os moradores têm reivindicado, e é o principal ponto que eles colocam, que tem que ter um saneamento básico. É inadmissível um bairro da cidade de São Paulo, o fundo da cidade de São Paulo, até hoje, não ter saneamento básico, sequer ter água potável para as suas famílias. Pode passar.

Aqui nós temos também uma foto que mostra que parte de 80 casas não têm ainda água encanada. E há mais de 30 anos os moradores esperam pelo serviço de água e esgoto encanada. Esgoto. Inclusive, trago aqui mais uma imagem que mostra o esgoto correndo a céu aberto. Outros têm fossa, mas acaba indo para o lençol freático, porque a região de Parelheiros é uma região produtora de água.

Aí a gente vê a contradição. Nós temos uma região importante, como a região de Parelheiros, uma região que está cercada, passa próximo da Billings, tem várias nascentes. Uma área que o Governo do Estado de São Paulo, junto da Sabesp, já deveria ter olhado há muito tempo, garantindo água encanada e esgoto para essas famílias - não fazem.

E as duas obras que se tinha, tanto na caixa d'água quanto o purificador, a Prefeitura simplesmente foi lá e retirou, deixou as famílias sem o direito a ter água potável. Então, trago aqui, Sr. Presidente, essa denúncia lá do bairro de Marsilac.

Queria solicitar que esse meu pronunciamento seja encaminhado para o presidente da Sabesp e também para o responsável da Sabesp na região sul de São Paulo. Que seja encaminhado também ao prefeito Ricardo Nunes e que seja encaminhado a subprefeitura da cidade de São Paulo.

Porque é inadmissível a Prefeitura retirar um dos poucos equipamentos que poderiam garantir água potável para a população de Marsilac. Então, nós vamos estar entrando em contato e cobrando também a Sabesp, mas peço a V. Exa. que encaminhe o meu pronunciamento a esses quatro órgãos.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Será feito da forma regimental, como a V. Exa. está pedindo.

Com a palavra o deputado Donato. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gilmaci Santos, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da TV Assembleia.

Sr. Presidente, tenho denunciado já há um bom tempo que está em curso aqui no estado de São Paulo, principalmente agora com a gestão Tarcísio/Feder, um verdadeiro processo de privatização de tudo o que existe, de tudo o que é patrimônio público.

O Governo lançou alguns programas privatizando estradas, privatizando escolas, privatizando tudo o que ele encontra pelo caminho. Mas eu quero me ater aqui à questão das escolas, Sr. Presidente, que eu já venho denunciando há um bom tempo.

O Governo está anunciando, inclusive agora na sua própria rede social, no site da Secretaria da Educação, um novo ataque às escolas estaduais. Como se já não bastasse o sucateamento; a degradação das escolas estaduais; a demissão em massa de professores; a precarização das contratações dos servidores da Educação, através da Lei nº 1.093, da superlotação de salas; a violência contra as escolas; a militarização das escolas...

Como se não bastasse toda essa crise da Educação que nós estamos vivendo no estado de São Paulo, o Governo agora lança dois programas para privatizar escolas estaduais. Um deles, tenho até aqui e eu gostaria de colocar no telão, são as notícias da própria Secretaria da Educação.

O primeiro é esse, a privatização de 143 escolas da rede estadual. “Governo de São Paulo abre consulta e audiências públicas para projeto de adequação e manutenção de escolas na Capital”. Ele dá uma enfeitada no nome, um eufemismo para dizer que vai privatizar vários serviços, várias áreas de 143 escolas de duas diretorias de ensino aqui de São Paulo - da Leste 5 e também da Centro Oeste.

Essas duas diretorias de ensino terão, ao todo, praticamente 143 escolas privatizadas. Isso significa que o Governo vai canalizar, vai entregar dinheiro público dos nossos impostos - e mais grave ainda: dinheiro da Educação estadual, do Orçamento da Educação - para empresas privadas, para empresários terem lucro em cima da Educação. Esse é o programa: audiência pública, que será realizada, e consulta pública.

E tem outro também, que é da PPI. Vamos colocar o outro? É esse: “Governo divulga data dos leilões de loterias e os lotes de novas escolas”. Aí é o leilão, que é algo inédito, é outro modelo de privatização, que é o seguinte... Olha só, o governo estadual está inovando.

Como se já não bastasse o que o tucanistão fez, o que o tucanato fez aqui em São Paulo, destruindo a Educação com a privataria tucana... A gente falava da privataria tucana. Agora, temos uma inovação, que é a privataria bolsotucana, uma mistura de bolsonarismo, que é o Tarcísio, com o tucanistão. Duas coisas horríveis se juntam contra a Educação do estado de São Paulo.

Qual é a novidade desse projeto de leilões? Aqui mistura escola com loteria. Olha só o absurdo, Sr. Presidente. Olha só o que vai acontecer: o governo Tarcísio vai leiloar 33 escolas estaduais na Bolsa de Valores de São Paulo, na famosa B3. É algo inédito. Ele vai leiloar, vai ter um leilão agora, que vai ser exatamente no dia 29 de outubro, que vai ser o lote oeste; e no dia 1º de novembro, que vai ser o lote leste.

São, na verdade, 29 cidades envolvidas. Ele vai leiloar na Bolsa de Valores as escolas; algo que nunca aconteceu, talvez, na história do Brasil, uma inovação para pior, logicamente, de privatização de bens públicos; mas aí, no caso, de Educação Pública, de escolas públicas que serão leiloadas na Bolsa de Valores.

Eu li o documento, que abre, inclusive, para empresas estrangeiras. Então, poderemos ter escolas leiloadas e sendo arrematadas por empresas internacionais, por empreiteiras internacionais. Depois eu quero explicar como vai funcionar isso na prática, mas estamos em luta contra essa privataria bolsotucana das escolas estaduais.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra a deputada Andréa Werner. (Pausa.)

Passamos à Lista Suplementar chamando o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes.

 

O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Gilmaci Santos, que preside os nossos trabalhos, deputados e deputadas presentes, nossa galeria, hoje vamos ter aqui - quero falar de dois assuntos importantes no Pequeno Expediente -, vamos ter aqui um projeto de lei muito importante sendo votado, que é sobre a Polícia Penal, que é a normatização da carreira da Polícia Penal.

Eu quero informar aos nossos eleitores, companheiros e companheiras da região de São José do Rio Preto que me procuraram para que eu fizesse uma emenda a esse projeto, incluindo também os motoristas, que ficaram fora, na verdade, desse projeto, e que eu acho que é fundamental que eles sejam incluídos.

Estou, inclusive, insistindo muito com o relator, que é o nosso companheiro, o deputado Olim, que está relatando, na verdade, esse projeto, cujo o congresso de comissões deverá ser aqui, logo mais, por volta das 15 horas.

Estou com essa insistência importante para fazer justiça àqueles motoristas que hoje são os que dirigem, na verdade, as viaturas da nossa Polícia Penal, e que ficaram fora. Não podemos admitir isso.

Estamos enfrentando algumas resistências, mas estamos com os argumentos muito fortes. Não só eu, mas estou vendo o deputado Giannazi, que também fez uma emenda semelhante a essa nossa.

Estamos unindo forças - unindo, na verdade, os nossos pensamentos - e a nossa argumentação política para o bem, para fazer justiça - no caso, aqui, da Polícia Penal e dos motoristas que ficaram fora desse projeto - e para que o relator os inclua, porque eles merecem e eles precisam disso.

Vou também tocar aqui em um outro assunto que já falei na semana passada, que é a investigação que revela o interesse do PCC nas eleições de Rio Preto. Não são só nas eleições de Rio Preto, o crime organizado está tentando interferir em várias cidades do estado de São Paulo. Eu fiz essa denúncia aqui. Estou cobrando, na verdade, das nossas autoridades, a investigação mais célere com relação a isso.

“Mensagens de WhatsApp interceptadas pela Polícia Civil de Mogi das Cruzes revelam que o Primeiro Comando da Capital, PCC, tinha interesse em indicar e financiar candidatos nas eleições municipais deste ano em diferentes cidades, incluindo Rio Preto - São José do Rio preto.

Menção ao município é feita por João Gabriel de Melo Yamawaki, que está preso e seria um dos responsáveis pelo núcleo político da facção criminosa.”. Por favor, o próximo, a próxima projeção.

O PCC criou um banco que “movimentou oito bilhões para bancar políticos, diz a Polícia. Troca de mensagens interceptadas pela Polícia revela que Yamawaki indicava a Fabiana pessoas ligadas ao PCC para candidaturas em São José do Rio Preto, Campinas e Baixada Santista.”

Na verdade, eu acabei de fazer uma ligação, antes de assumir esta tribuna, para algumas autoridades que estão com esta denúncia na mão, para que esta investigação evolua e chegue ao seu término, senão, daqui a pouco, vem as eleições e nós estamos assistindo, em muitos munícipios, a disputa dos candidatos do tostão contra os candidatos do milhão. Isso não faz bem para a democracia.

É inadmissível que o crime organizado, que já entrou em várias áreas da economia, inclusive, a última que eu tive notícia foi na área imobiliária, com construções para esquentar dinheiro das drogas e do crime organizado, agora, também, queiram entrar - não é isso, deputado? -, na questão da política, indicando candidatos e financiando campanhas.

Acaba de chegar o nosso querido companheiro de Rio Preto, deputado Campetti, que, por sinal, é policial, e podia nos ajudar também nessas apurações. Por enquanto, é só, Sr. Presidente. Que Deus nos abençoe e que proteja as famílias da nossa Rio Preto, do povo de São Paulo e do Brasil.

Um grande abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado. Com a palavra, deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão deputado Gilmaci, deputados que estão aqui no plenário, público que nos acompanha nas galerias, nas redes sociais e na TV Alesp, eu venho à tribuna para informar a todos, informar aos nossos telespectadores, aos deputados que protocolei, na semana passada, um projeto de lei que recebeu o número 651, de 2024.

Esse projeto pretende proibir, no estado de São Paulo, a publicidade mercadológica dessas chamadas “casas de apostas”, sites de apostas esportivas, as chamadas bets, porque há uma avalanche de invasão do cotidiano dos lares dos brasileiros, notadamente das famílias mais pobres, levando a juventude ao vício, ao desespero, ao suicídio, criando um problema de Saúde Pública muito grande.

Eu fiz esse projeto de lei com base em uma série de denúncias que têm surgido na grande mídia e que têm tomado a atenção de especialistas, de médicos, da sociedade como um todo, principalmente porque você liga a televisão, abre os teus aplicativos das redes sociais e há uma avalanche de publicidade.

Agora, essas empresas de apostas esportivas pegaram uma paixão do brasileiro, que é o futebol, principalmente, para patrocinar os times de futebol, agora entrando também na televisão, no cotidiano, criando a ilusão de que as pessoas podem ficar ricas, podem ganhar dinheiro com facilidade.

Isso tem levado a um acúmulo de um lucro exorbitante na mão desses empresários, levando ao desastre de famílias e tomando as poupanças populares. Eu queria que o pessoal me ajudasse aqui com alguns slides. “Apostadores usariam gasto com bets para pagar contas, aponta pesquisa”, não só contas, mas vou citar aqui alguns outros números. Por favor, pode passar.

Então, 17% das pessoas entrevistadas na Capital paulista disseram ser consumidores ativos desses jogos, praticamente duas pessoas em cada dez paulistas - nos Estados Unidos, por exemplo, esse número varia de 10 a 15% -, então, aqui no Brasil houve uma invasão desses sites de apostas.

“Bets: 86% das pessoas que apostam têm dívida, 64% estão negativadas na Serasa, diz pesquisa. Vinte e cinco milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos sete meses iniciais de 2024, média de três milhões e meio de pessoas por mês”. Para vocês terem uma ideia, neste último ano, esses sites movimentaram a quantia de 26 bilhões de reais.

Citarei aqui alguns outros dados para corroborar a nossa intenção aqui de proibir a publicidade, uma matéria da Folha de São Paulo recente. Muito obrigado, viu? Olha, tem outro aqui: “Jogo do Tigrinho: os perigos de se viciar em games de aposta”, ou seja, eles estão atacando as crianças, é uma coisa impressionante.

“Estudos e reportagens recentes indicam aumento preocupante do vício, podendo ser mais nocivo que algumas drogas, e o endividamento em decorrência dos sites e aplicativos de apostas”, diz uma reportagem da Folha de São Paulo.

“Sessenta e três por cento dos apostadores relataram incapacidade de pagar contas básicas ou de adquirir alimentos; Sessenta e quatro por cento dos apostadores usam sua renda principal para fazer as apostas, deixando de comprar itens de necessidades básicas - em alguns casos, até de alimentos; Cinquenta e quatro por cento dos apostadores pertencem à classe C, ou seja, aqueles que se iludem achando que podem ganhar dinheiro, ficar rico, sair da sua situação de dificuldade econômica - é a maioria da população -; e 44% são jovens em famílias de baixa renda. Apostas chegam a representar 20% do orçamento familiar, afetando diretamente a subsistência dessas famílias”.

Então, Sr. Presidente, eu não estou aqui, com esse nosso projeto, querendo proibir as apostas. O que nós estamos querendo proibir é aquilo que estimula as pessoas a entrarem nesses sites, colocando ali suas finanças, arriscando as suas economias, que é a publicidade, que é o fator que puxa as pessoas para caírem, serem vítimas desses sites.

Eles dizem que é para diversão, etc., e até estão agora chamando atletas olímpicos para fazerem propaganda, usando o futebol.

Então, assim, é um problema que se torna de saúde pública, e nós, deputados estaduais, podemos legislar sobre saúde pública, concorrencialmente à legislação federal. Então eu queria pedir o apoio desta Casa a esse nosso projeto antes que isso se torne um problema mais crônico. O estado de São Paulo não tem estrutura para atender os problemas de saúde decorrentes dessa prática...

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão, deputado.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Que encontrou, aqui no Brasil, por falta de regulamentação, o ambiente propício para ganhar dinheiro às custas da maioria da população.

Muito obrigado. 

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado. Com a palavra a deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Reis. 

 

O SR. REIS - PT – Quero cumprimentar o presidente que conduz os trabalhos na data de hoje, deputado Gilmaci Santos, nosso “designated candidate”, ou candidato designado, como queiram, os Srs. Deputados, as Sras. Deputadas e o público aqui presente.

Está presente o Sr. Fábio Jabá, presidente do Sindicato dos Profissionais do Sistema Prisional. Quero cumprimentar também os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica, todos os funcionários desta Casa e todos aqueles e aquelas que estão em seus afazeres, mas estão nos acompanhando pela Rede Alesp.

Presidente, eu ouvi o deputado Valdomiro falar que hoje será votado o PLC 37, que é o Projeto de Lei Complementar que trata da regulamentação da Polícia Penal. Pode-se dizer que essa regulamentação é esperada por muitos anos, porque já estamos no segundo ano da gestão do Tarcísio que havia prometido regulamentá-la em até 100 dias do seu governo, até os primeiros 100 dias. Depois, essa promessa foi estendida para agosto, e somente agora, em setembro de 2024, é que ela será votada.

O projeto tem imperfeições. Nós apresentamos emendas para corrigir certas distorções, porém somente uma emenda foi acatada, que é a que tira o termo circunstanciado do projeto. As demais não foram acatadas. Nós ainda esperamos dialogar com o presidente André do Prado e com o relator, o deputado Delegado Olim, Dr. Olim, para ver se a gente consegue ainda atender o pleito dos profissionais do sistema prisional.

Todo esse processo se deu com audiências, em que foi dada voz para que os policiais penais pudessem, aqui nesta Casa, falar dessas questões que o governo não ouviu. Então, o projeto tem problemas. Os trabalhadores trouxeram identificados esses problemas, mas o imperador, como ele se acha o imperador, o dono do mundo, não ouve ninguém. Ele fala é isso e é isso e acabou.

Seria muito bom que pudesse, dentro do diálogo, ver o que pode ser atendido aos profissionais do sistema prisional, aos policiais penais, e acatar, aceitar, porque isso é a democracia, é a participação popular.

Nem sempre o imperador está certo, nem sempre o imperador está com a razão, por isso que se faz audiência, para ouvir as pessoas. E os profissionais da Segurança Pública não foram ouvidos, porque nenhum dos pleitos deles foi acatado, nenhum.

Somente se acatou a questão do Termo Circunstanciado, porque teve uma pressão dos delegados de Polícia, teve uma pressão dos sindicatos, da Polícia Civil, do Sindicato dos Investigadores, dos escrivães de Polícia, dos peritos criminais, dos delegados e das delegadas de Polícia, e, por conta disso, se tirou o TC.

Porque, imagine vocês, se tivesse mantido esse texto, o que o secretário da Segurança quer fazer: que a atividade de Polícia Judiciária seja passada para a Polícia Militar. No outro dia já nós teríamos nas companhias, um Departamento de Registro de Termo Circunstanciado.

E, por isso, por conta dessa pressão que veio da Polícia Civil, acabou se tirando o TC, o Termo Circunstanciado, ou seja, retirando a possibilidade de a Polícia Penal redigir o Termo Circunstanciado do projeto. Mas em relação às demais questões, nada foi atendido, nada foi acatado, nada.

Ora, é difícil ouvir, é difícil aceitar, é difícil aperfeiçoar, é difícil melhorar o projeto, o governo não poderia ficar nessa posição. Ele deveria ser mais democrático, ele deveria ter um comportamento de ouvir mais e falar: “Olha, realmente essas questões aí melhoram o projeto? Vamos acatar”.

Então, nós vamos prosseguir hoje no debate. Assim que houver o Congresso de Comissões, nós vamos participar do Congresso de Comissões e, na sessão extraordinária em que for pautado o projeto. Nós vamos dar continuidade a esse debate e mostrar que o governo não ouviu, o governo ficou silente, o governo se omitiu e não quis ouvir os profissionais do sistema prisional.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado.

Com a palavra o deputado Agente Federal Danilo Balas.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nosso líder do governo que hoje preside esta Casa e o Pequeno Expediente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, aqui na Assembleia Legislativa, nesta terceira-feira, importante dia de votação; vou trazer algo que roda nas redes sociais em Sorocaba, em vários grupos.

Uma mensagem um pouco extensa, mas importante de ser trazida para a Assembleia Legislativa para entendermos o que a população, em grupos, vem relatando.

Recebi o chamado “corruptômetro” de Sorocaba.

Item 1 - Educação, investigação em andamento do Ministério Público, superfaturamento na compra de lousas digitais, crime em 2021, fraude de 46 milhões de reais, diz esse WhatsApp que roda pelos grupos de Sorocaba.

Item 2 - Educação, operação da Polícia Civil e Gaeco, superfaturamento na compra de um prédio da educação, crime em 2021, prédio comprado por 30 milhões de reais sem necessidade, superfaturamento, meu amigo Danilo Campetti, que também é policial federal, desvios de 10 milhões de reais.

Item 3 - Educação, sobrepreço no kit robótica, ano 2022, 2023, atuação do Ministério Público de Sorocaba de combate à corrupção. Licitação fraudulenta, 26 milhões de reais.

Item 4, Saúde. Operação Sepsis da Polícia Federal, primeira fase, dia 24 de novembro de 2023. Fraude em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa. OS na UPA do Éden, 2021, 2022, desvios de R$ 60 milhões.

Operação Sepsis, fase 2, da Polícia Federal, dia 14 de maio de 2024, dando sequência às investigações, presidente, dos R$ 60 milhões, segundo o relatado nesse grupo de WhatsApp, toda a cidade já sabe, a imprensa já divulgou, porque faz parte de uma operação da Polícia Federal.

Item 6, Urbes, que é o trânsito e o transporte da cidade de Sorocaba. Operação do Gaeco, Ministério Público de São Paulo. Esquema de corrupção, desvio de verbas em contratos superfaturados em 2022 e 2023, R$ 32 milhões.

Item 7, Caps, Centro de Atenção Psicossocial de Sorocaba, empresa que responde fraudes em licitação no Rio de Janeiro, atuando em Sorocaba, R$ 10 milhões. Social, Uniten, Universidade do Trabalhador. Investigação em andamento na contratação antecipada, fraudando uma licitação, R$ 700 mil. Educação, uniformes escolares, denúncia de superfaturamento de 100%, chegando a R$ 93 milhões.

Educação, kit escolar “Palavra cantada”, uso irregular do dinheiro público em 2021 e 2022; valor: R$ 22 milhões. Educação, brinquedos inclusivos, investigação do Ministério Público em 2022: aplicação irregular de verbas públicas, R$ 62 milhões.

Saúde e Transporte, operação do Ministério Público, que é o grupo de atenção especial e repressão ao crime organizado. Fraude em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro, empresas ligadas ao primeiro comando da capital, PCC: R$ 200 milhões no Estado, sendo mais de 30 milhões em Sorocaba. Esse é o “corruptômetro” de Sorocaba, que está em todas as redes sociais, que eu levei para rádios, jornais.

Sim, estranhamente, presidente, nesse último domingo, por volta das 10 e 20 da noite, o meu veículo foi interceptado por vagabundos. A minha esposa pilotava o meu veículo, eu ao lado e minha filha de seis anos no banco de trás.

Os veículos tentaram, em especial, uma Mercedes prata, placas anotadas, Polícia Civil avisada, marca e modelo, no boletim de ocorrência. A Polícia Civil segue com as investigações.

Aqui, presidente, com 30 anos de polícia, eu não vou me acovardar e vou continuar denunciando vagabundo, bandido e denúncias que chegam no meu gabinete, nas nossas redes sociais e, em especial, pessoalmente. Trouxe denúncia, sim, de corrupção, em qualquer lugar que seja. Não vou me omitir e vou continuar investigando.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Danilo Balas. Com a palavra o deputado Danilo Campetti.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, Sr. Presidente Gilmaci Santos, nosso líder do Governo também, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, servidores da Casa, assessorias, policiais civis, militares, aqueles que nos acompanham pela TV Alesp e aqueles que nos acompanham e nos visitam nas galerias. Um abraço aos policiais penais, que hoje terão seus pleitos votados na lei da Polícia Penal.

Eu venho aqui, Sr. Presidente, para falar sobre as queimadas, não só no estado de São Paulo, mas no Brasil. O meio ambiente está ardendo em fogo no Brasil todo, e a gente não tem visto aqueles artistas internacionais, que são aqueles que se engajam tanto com o meio ambiente, se preocupam tanto com a Amazônia no Brasil, aqueles especialistas em Amazônia, que se preocupam com as girafas da Amazônia, que se preocupam com os elefantes da Amazônia, que a Amazônia é o pulmão do mundo, todas essas falácias que eles andam falando lá fora, o Macron, que se esqueceu do Brasil, o Huck, que não fala mais nada sobre aqui.

E também nosso governo federal, a ministra que, lá em 2021, dizia que as queimadas, os incêndios eram como “nanomíceis”, parece que agora os “nanomíceis” acabaram. No governo Bolsonaro tinha tudo isso. Imagina se fosse o governo Bolsonaro com esse recorde de queimadas?

Mas aqui em São Paulo, Sr. Presidente, aqui em São Paulo o governador Tarcísio toma as medidas que são adequadas e que realmente combatem diretamente o foco desses incêndios em ações integradas com a sociedade civil. E essas ações integradas já demonstram um número de mais de 7.300 voluntários nesses combates.

O centro que foi instalado, o Centro de Gerenciamento de Emergências pela Defesa Civil, que desde a metade de agosto continua em ação. Hoje nós temos apenas dez focos, mas que estão em combate ainda, tínhamos 40 focos dias atrás. Então, isso é uma ação integrada das secretarias de segurança, da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, da Secretaria de Segurança Pública, que disponibilizou mais de cinco aeronaves.

Temos também a participação das Forças Armadas. Então, o governador Tarcísio integra todo o sistema, ele aceita a ajuda das forças armadas, que participam já com o avião, um KC.

Nós temos também dois helicópteros, um da Marinha, outro da Força Aérea, o trabalho exaustivo da nossa Polícia Militar, do nosso Corpo de Bombeiros. E aí eu deixo o meu cumprimento na organização de tudo isso ao Coronel Henguel, secretário-chefe da Casa Militar.

Então, aqui no estado de São Paulo, nós estamos fazendo, Sr. Presidente, o trabalho de casa. Então, temos que também enaltecer o trabalho do setor canavieiro, das usinas de etanol, que também têm empregado todo o seu esforço para que os focos não avancem.

Nós sabemos que a umidade do ar está em níveis de deserto. Nós temos ainda que essa semana estará ainda muito seco, mas, se Deus assim permitir, no final de semana nós já temos uma previsão de uma frente fria que deve amenizar esses focos de incêndio.

Então temos também um centro de triagem e recuperação de animais silvestres, temos suporte das empresas de construção que operam, Sr. Presidente, nas rodovias que também estão dando suporte.

Então nós temos que essa situação que é grave aqui no estado de São Paulo, mas que está sendo devidamente controlada pelo governador Tarcísio, pelo governo do estado de São Paulo e fica aqui os meus parabéns.

Do mais, é dizer que hoje, se tudo ocorrer conforme o planejado, nós voltaremos às agências reguladoras de águas e também à Polícia Penal tão esperada... E vamos hoje, então, dar andamento aos meus irmãos policiais penais, fazer justiça, subsídio, serão inseridos no contexto da Segurança Pública aqui do Estado de São Paulo e terão o devido reconhecimento aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Senhor presidente, muito obrigado, boa tarde a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Boa tarde. Obrigado, deputado Campetti. E com a palavra o deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Senhor presidente, senhores deputados, público que nos acompanha aqui nas galerias, assessoria das lideranças, assessoria militar, eu me inscrevi aqui para falar, hoje, por conta de uma situação que eu considero muito grave.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Danilo Campetti.

 

* * *

 

 Já no final do governo passado, os servidores da Sucem vêm sofrendo uma... Eu diria até que é um assédio, porque eu nunca vi, em um governo, os trabalhadores serem transferidos de um lado para o outro e sem nenhum respeito à função que eles exercem.

Só para a gente poder registrar aqui, os trabalhadores da Sucem são responsáveis pela pesquisa, o combate da esquistossomose, da leishmaniose, da febre amarela, da febre maculosa, das chagas, oropouche, malacologia, da dengue, chikungunya.

São servidores importantes. Esses a que eu fiz referência aqui são aqueles que realizam trabalhos no estado de São Paulo, como na cidade de Rio Preto, de Araraquara, em várias outras cidades.

O problema é o seguinte: o governo extinguiu a Sucen. Um erro. Aliás, no governo passado, o então governador Rodrigo Garcia disse que o pessoal da Sucen era aquele pessoal que passava com o carrinho soltando fumaça. Uma aberração. Porque os trabalhadores da Sucen têm uma responsabilidade enorme; e não é só o fumacê.

O que vem acontecendo com esses trabalhadores, que eu acho importante registrar aqui? Esses trabalhadores tinham um local de trabalho em Pinheiros. Eu visitei a unidade deles. Apesar da precariedade...

A gente tinha lá vários problemas, carros velhos que podiam ser, inclusive, responsáveis pelo acúmulo de água, e assim por diante. Depois, eles foram transferidos para São Judas. Aliás, eles passaram também por outro prédio, que está ali no centro, em que eles ficaram um período, mas muito breve, e aí eles foram transferidos.

Eu queria mostrar para os deputados e para quem nos acompanha o vídeo que eles mandaram do local em que eles estão sendo alojados, porque eles também foram para a Rua Paula Sousa, e de lá eles tiveram que sair. Eu vou pedir para passar.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Acho que está bom, já é suficiente para a gente perceber o local em que o Governo do Estado está colocando os trabalhadores da Sucen, que têm uma importância enorme para o governo, para o estado e para as pessoas que mais precisam. Lá na Rua Paula Sousa, tem seis andares.

Do primeiro ao quinto, para o pessoal ficar por lá; o sexto andar, eles vão arrumar e não deixam o pessoal usar. Eles estão alocando, eles estão tirando os trabalhadores, os mais importantes trabalhadores do estado no combate a doenças que são perigosas, para colocar num galpão. Esse é o Governo do Estado.

Então, eu queria pedir aqui, Sr. Presidente, o senhor que tem uma experiência enorme como policial federal... Não dá para o Governo do Estado - e me desculpe aqui pela relação que o senhor tem com o governador - permitir que os trabalhadores da antiga Sucen sejam alocados nesse local, que é um galpão. Aliás, galpão que tem lá resíduos da Saúde, coisas que poderiam contaminar as pessoas.

Eu queria pedir que esse meu pronunciamento seja encaminhado ao Governo do Estado, ao Ministério Público do Trabalho e ao Sindicato dos Trabalhadores, o Sindsaude.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Espero que o governador tenha coragem de impedir que isso aconteça.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Convido agora o deputado Luiz Claudio Marcolino. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos acompanha aqui pelas galerias. Sr. Presidente, na minha segunda fala no dia de hoje, quero trazer aqui alguns elementos importantes, que já demonstram, depois de um ano e oito meses do governo federal reconstruindo o Brasil...

Aqui primeiro uma informação em relação às refinarias da Petrobras: “bate recordes no processamento do pré-sal neste ano”.

É importante lembrar que quando o presidente Temer, e depois o Bolsonaro, assumem a Presidência do Brasil, as primeiras ações foram desmontar os investimentos no pré-sal, vender a Liquigás, vender parte da Petrobras. E o governo federal agora está recompondo esse processo importante para o estado de São Paulo.

E agora “em agosto, um novo recorde de processamento de petróleo do pré-sal nas suas refinarias, chegando ao patamar de 76% da carga. O resultado superou a marca anterior de 73%, verificada em junho de 2023.”

Então a gente percebe que agora o investimento, para que a gente possa produzir, não só os combustíveis, como a querosene de avião, o diesel, para a gente passa a ser importante. Porque a gente estava simplesmente comprando esses produtos de outros países, depois que o Temer e o Bolsonaro desmontaram, para a Petrobras.

Nós estamos voltando a estabelecer a Petrobras como uma empresa importante para o desenvolvimento do nosso País. E aqui nós temos outras informações, baseadas também nessa questão do crescimento do investimento do pré-sal.

“Número de blocos sob contrato para explorar gás e petróleo é o maior da história.”

“Governo federal fixa diretrizes para descarbonização da produção de petróleo e gás.”

“Com até 65% de conteúdo local, Petrobras contrata equipamentos para Campo de Roncador.”

No Paraná, Lula celebra vocação de inovação e desenvolvimento da Petrobras.”

Então temos aqui algumas informações para vocês. Quando você tem um presidente sério, que tem uma preocupação com o desenvolvimento do País, a Petrobras é uma empresa importante.

E o lucro que a Petrobras teve no ano passado, já teve no primeiro semestre desse ano, e agora aponta no terceiro trimestre também um crescimento do lucro da Petrobras. Esse dinheiro, uma parte vai para os acionistas. Mas uma boa parte desses recursos volta para o recurso do Tesouro.

É com esse dinheiro que é feito o “Minha Casa Minha Vida”, que é feito agora o Pé-de-Meia, que é feito recurso para a agricultura familiar, que são feitos programas importantes.

Como outro programa que eu quero mostrar para vocês, em relação aos transplantes. Governo federal garante mais de 14 mil transplantes no primeiro semestre de 2024. Esse crescimento, dos 14 mil transplantes a mais que aconteceram esse semestre, é fruto de empresas importantes como a Petrobras, os Correios e a Caixa Federal, que voltou a dar lucro.

Esse lucro é revertido em programas sociais, principalmente na área da Saúde do nosso País. Então foram 14 mil novos transplantes no primeiro semestre. E o SUS, mais uma vez, batendo recordes de transplantes no nosso País.

Uma outra informação importante também é em relação à questão da inflação de alimentos. O pessoal questiona muito: “Quando é que os alimentos começam a baixar?” Então nós começamos a perceber agora, no segundo semestre, uma maior queda nas hortaliças e legumes, cujos preços tiveram uma queda de 15,9% em relação ao mesmo período anterior. Ou seja, os últimos 30 dias.

Então nós temos uma queda dos preços de alimentos, principalmente nas leguminosas. Com isso, garante também que o alimento chegue mais barato na mesa do trabalhador.

 E a última informação é em relação também à tarifa de energia, também em queda no governo atual. É a segunda vez que a inflação fica abaixo de zero. A outra foi em junho do ano passado. Um dos fatores que garantiu a queda da tarifa de energia após a retomada da bandeira verde.

Então estamos trazendo informações importantes em relação à energia, em relação aos alimentos. O investimento maior da Petrobras no pré-sal, que gera recursos para investimento em ações sociais. E mais de 14 mil transplantes sendo realizados no Brasil, a partir de investimento do Ministério da Saúde, do governo federal.

Então é o governo federal, é o presidente Lula, o governo do Partido dos Trabalhadores, cada vez mais investindo em quem precisa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado, deputado Luiz Claudio Marcolino. Em tempo, determino os encaminhamentos solicitados pelo deputado Paulo Fiorilo.

Continuando a lista de oradores, convido o deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia. Sr. Presidente, peguei aqui o final da fala, da intervenção importantíssima do deputado Fiorilo sobre a Sucen, sobre a extinção da Sucen, que foi feita juntamente com a extinção também dos Institutos Florestal, Geológico e o Instituto de Botânica.

Essas extinções foram feitas pelo ex-governador Doria, em 2019 e 2020, quando ele apresentou aquele famigerado projeto de lei complementar - que nós votamos contra, inclusive.

Nós votamos contra esse projeto, mas ele extinguiu órgãos importantes, sobretudo órgãos fundamentais no combate a isso que nós estamos vivendo hoje, no combate à poluição, ao desmatamento, aos incêndios, às poeiras que assolam o interior paulista. E esses organismos, esses institutos foram extintos, e nós estamos em uma luta imensa.

Inclusive, já apresentamos projeto de lei que tramita aqui na Assembleia Legislativa para que eles sejam recriados, que a Sucen seja criada novamente, que o Instituto Florestal seja recriado, o Geológico, o Instituto de Botânica, porque eles são fundamentais, sobretudo neste momento histórico. E nós estamos, Sr. Presidente, preocupadíssimos com a situação do ar.

Saiu agora a matéria no “UOL”, da “Folha de São Paulo”. Eu gostaria até de colocar aqui a chamada, Machado, se você conseguir colocar aqui. Olha: “São Paulo tem a pior qualidade de ar pelo segundo dia consecutivo entre as grandes cidades do mundo”. Nós estamos respirando, minha gente, um ar podre, que mata, que encurta a vida das pessoas, que gera dezenas de doenças respiratórias.

Esse ar está matando o povo de São Paulo, não só da cidade de São Paulo, mas de todo o estado de São Paulo, e nós não temos medidas concretas nem do governo municipal, do Ricardo Nunes, que só pensa na sua reeleição, e muito menos do governador Tarcísio de Freitas. E nós estamos preocupados também, conversando com os professores, com as comunidades escolares. Não é mais possível manter as escolas funcionando dessa maneira.

Nós temos que buscar uma alternativa. Até porque as escolas também não têm aparelhos de ar-condicionado, as escolas não têm ventiladores, as escolas não têm purificadores de ar e nem climatizadores, Sr. Presidente.

Inclusive, eu tenho também um projeto de lei tramitando aqui, obrigando as escolas do estado de São Paulo a terem todos esses equipamentos, por conta das ondas de calor; mas a situação piorou muito, porque, além da onda de calor, tem a questão agora também da poluição.

Então, nós apelamos aqui ao governo estadual e também ao governo municipal de São Paulo para que providências sejam tomadas e que haja a alternativa de suspensão das aulas por um período, até que isso seja resolvido, ou que haja uma mudança do tempo e dessa poluição, como aconteceu na pandemia.

Então, vários educadores do estado de São Paulo, vários segmentos de pessoas que trabalham na área da Educação já estão pedindo, Sr. Presidente, para que medidas sejam tomadas, no sentido de que as aulas possam ser novamente online, porque o Governo não está oferecendo condições para que as aulas sejam dadas de forma presencial nesse cenário de apocalipse que nós estamos vivendo na cidade de São Paulo e em todo o estado.

Então, fica aqui o nosso apelo para que as providências sejam tomadas imediatamente. Repito, Sr. Presidente, nossas escolas, sobretudo as estaduais, não têm condições de continuar, porque elas não têm aparelhos de ar-condicionado, não têm climatizadores, não têm purificadores de ar, não têm nem ventiladores, não têm nem ventilação adequada nessas escolas, não têm nenhuma forma de proteção dos nossos alunos e dos nossos professores.

Por isso que medidas devem ser tomadas imediatamente, até porque estou falando aqui da maior rede de ensino da América Latina, que é a rede estadual, que tem cinco mil escolas, quase quatro milhões de alunos matriculados.

É uma rede enorme, e sobretudo os alunos do interior estão sofrendo bastante também com o calor intenso e com as queimadas que assolam sobretudo o interior paulista. Então, Sr. Presidente, que as providências sejam tomadas em caráter de extrema urgência.

Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, não havendo mais nenhum orador inscrito e havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 17 horas.

Está levantada a presente sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 15 horas.

 

* * *