12 DE NOVEMBRO DE 2025

163ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: SOLANGE FREITAS, EDUARDO SUPLICY, CONTE LOPES, GIL DINIZ e RODRIGO MORAES

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - SOLANGE FREITAS

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h03min. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação. Convoca reuniões conjuntas das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Educação e Cultura, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Defesa dos Direitos das Mulheres, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Constituição, Justiça e Redação, de Habitação, Desenvolvimento e Reforma Urbana, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Defesa dos Direitos do Consumidor, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Constituição, Justiça e Redação, de Infraestrutura, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Constituição, Justiça e Redação, de Saúde, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Atividades Econômicas, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Infraestrutura, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; de Administração Pública e Relações do Trabalho, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; e de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos do Consumidor, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação. Convoca reuniões extraordinárias das comissões de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação; e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 15 horas, em primeira convocação, e às 15 horas e 16 minutos, em segunda convocação.

        

2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - PRESIDENTE SOLANGE FREITAS

Cumprimenta os prefeitos Marquinhos, de Iporanga, Paulinho do Esporte, de Pedro Toledo, e Noel Castelo da Costa, de Eldorado, presentes no plenário.

        

7 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - EDUARDO SUPLICY

Assume a Presidência. Cumprimenta os alunos da Etec Getúlio Vargas, presentes nas galerias.

        

9 - SOLANGE FREITAS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY

Parabeniza a deputada Solange Freitas por seu pronunciamento.

        

11 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY

Parabeniza o deputado Reis por seu pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

13 - CONTE LOPES

Assume a Presidência.

        

14 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

15 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

16 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

        

17 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

18 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

19 - FABIANA BOLSONARO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

20 - FABIANA BOLSONARO

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

        

21 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h40min.

 

ORDEM DO DIA

22 - RODRIGO MORAES

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h33min. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de constituição de comissão de representação, da deputada Professora Bebel, com a finalidade de participar da comemoração dos 95 anos do MEC e da indicação da deputada Professora Bebel à outorga da Ordem Nacional do Mérito Educativo, nos dias 13 e 14/11, em Brasília-DF.

        

23 - PAULO FIORILO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

24 - PRESIDENTE RODRIGO MORAES

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 13/11, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 16h34min.

        

* * *

 

ÍNTEGRA

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Solange Freitas.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Vamos para as convocações de hoje. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, às 15 horas.

Em segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 476, de 2005, de autoria do Tribunal de Justiça.

Convoco também nos termos do disposto do Art. 18... Ah, desculpa. O Projeto de lei nº 476, de 2025, de autoria do Tribunal de Justiça. Obrigada. E nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das comissões de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar os seguintes projetos: Projeto de lei nº 385, de 2024, de autoria dos deputados Rogério Santos, Rafa Zimbaldi e Itamar Borges; Projeto de lei nº 428, de 2024, de autoria dos deputados Paulo Correa Jr, Rafa Zimbaldi e da deputada Andréa Werner. Lembrando que essa reunião é às 15 horas, mas terá uma segunda convocação às 15 horas e 16 minutos.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Educação e Cultura; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar os seguintes projetos: Projeto de lei nº 1.191, de 2023, de autoria dos deputados Paulo Mansur e Gil Diniz; Projeto de lei nº 129, de 2025, de autoria das deputadas Analice Fernandes, Letícia Aguiar e dos deputados Rogério Nogueira e Rafa Zimbaldi; Projeto de lei nº 731, de 2024, de autoria do deputado Carlos Giannazi; Projeto de lei nº 438, de 2023, de autoria do deputado Enio Tatto.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Defesa dos Direitos das Mulheres; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 196, de 2025, de autoria do deputado Thiago Auricchio.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Defesa dos Direitos da Pessoa Humana; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar os seguintes projetos: Projeto de lei nº 391, de 2025, de autoria do deputado Oseias de Madureira; Projeto de lei nº 435, de 2025, de autoria das deputadas Paula da Bancada Feminista, Ana Perugini, Thainara Faria, Marina Helou, Beth Sahão, Leci Brandão, Márcia Lia, Monica Seixas do Movimento Pretas, Ediane Maria, Professora Bebel e Andréa Werner.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.583, de 2023, de autoria do deputado Carlão Pignatari.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Habitação, Desenvolvimento e Reforma Urbana; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 723, de 2024, de autoria da deputada Maria Lúcia Amary.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Defesa dos Direitos do Consumidor; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.311, de 2023, de autoria do deputado Guilherme Cortez e da deputada Marina Helou.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Infraestrutura; Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no salão nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.035, de 2025, de autoria da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Saúde e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 871, de 2024, de autoria do deputado Donato.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Atividades Econômicas e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 656, de 2024, de autoria do deputado Luiz Claudio Marcolino.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Infraestrutura e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 425, de 2025, de autoria dos deputados Marcelo Aguiar e Donato.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Administração Pública e Relações do Trabalho e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 239, de 2024, de autoria do deputado Capitão Telhada.

Nos mesmos termos, convoco reunião conjunta das comissões de Constituição, Justiça e Redação; Defesa dos Direitos do Consumidor e Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1315, de 2023, de autoria do deputado Jorge Wilson, o Xerife do Consumidor.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 335, de 2025, de autoria da deputada Fabiana Bolsonaro.

Nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 15 horas e, em uma segunda convocação, às 15 horas e 16 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de apreciar os seguintes projetos: Projeto de lei nº 677, de 2023, de autoria dos deputados Leonardo Siqueira e Altair Moraes; Projeto de lei nº 1.551, de 2023, de autoria do deputado Lucas Bove e Projeto de lei nº 818, de 2023, de autoria do deputado Maurici.

Terminadas as convocações, agora vamos à lista de oradores do Pequeno Expediente. Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Carlos Cezar. (Pausa.)

Luiz Claudio Marcolino, deputado, o V. Exa. tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom dia, deputada Solange Freitas, que preside esta sessão, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da Alesp.

Novamente, como eu tinha me comprometido, toda quarta-feira, até que o governador do estado de São Paulo garanta o pagamento do vale-alimentação, a refeição dos servidores da Saúde, que hoje está em 12 reais. Estarei aqui neste plenário cobrando do governador do estado de São Paulo, o governador Tarcísio, o pagamento do vale-alimentação.

E eu trouxe aqui uma referência para mostrar a diferença de tratamento entre o governador Tarcísio e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Então, o Lula tem um tratamento com os servidores completamente diferente do governador Tarcísio. Enquanto o presidente Lula corrigiu em 17,5% o auxílio alimentação, o Tarcísio não negocia a pauta e servidores da saúde protestam em todo o estado de São Paulo.

Não é que não negocia pauta. A pauta foi negociada, teve um compromisso do governo do estado de São Paulo, da Casa Civil, da Secretaria de Gestão Digital, da Saúde e da Secretaria da Fazenda, garantindo quatro itens: Gedansp, prêmio de incentivo, vale-alimentação e a garantia do bônus. Dois desses não foram cumpridos.

Então não é que não tem negociação. Teve a negociação e o governador não está pagando. Desses quatro itens que foram negociados, dois já venceram o prazo. E, por isso, os servidores da Saúde estão em processo de paralisação. Então é um desrespeito e os servidores da Saúde estão desde 2018 sem reajuste no vale-alimentação, auxílio alimentação. Pode seguir.

Esse aqui é o valor de quanto os servidores da Saúde do estado de São Paulo recebem por dia; 12 reais, totalizando um valor de 240 reais mensais, é o quanto ganham os servidores da Saúde para se alimentar no estado de São Paulo. Já em relação ao governo federal, 58,75, que dá um valor mensal de 1.175.

Então olha a diferença. Enquanto o governador do estado de São Paulo, Tarcísio, garante apenas 12 reais por dia para a alimentação dos servidores da Saúde, o governo federal garante quase 60 reais, 58,75 reais. Pode passar.

Nós já fizemos aqui um desafio, na semana passada, e vamos manter esse desafio para o governador Tarcísio ou os seus quatro secretários e, com o servidor da Saúde acompanhado por esse deputado... Para tentar se alimentar com 12 reais em qualquer lugar do estado de São Paulo.

Não precisa ser aqui na Capital. Pode ser em qualquer cidade do interior, para mostrar que não será possível comer com 12 reais, como é o valor do vale-alimentação que o governador está pagando aos servidores da Saúde.

Então o governador mantém o vale-coxinha fazendo as políticas estaduais com benefício de alimentação no trabalho: 12 reais é o que, hoje, o governador Tarcísio paga aos servidores. Próximo.

O outro item que ainda está para o governo pagar é a questão do prêmio de incentivo. Pela negociação, é até o mês, agora, o mês de dezembro. Nós estamos no mês de novembro. Está quase vencido no mês de novembro, então ainda há a possibilidade do governador pagar o prêmio de incentivo.

Nós levantamos, aqui, o que é necessário. Tem uma lei de 94, depois da lei complementar de 23, que garante esse benefício. Mas já foi dito aos servidores que a Secretaria de Gestão Digital não quer garantir o pagamento, que é uma determinação da Secretaria de Saúde pagar. Estive na Secretaria de Saúde.

Colocaram que, por eles, já tinham encaminhado para fazer o pagamento do prêmio de incentivo, mas a Secretaria de Gestão Digital pediu para não garantir o pagamento, descumprindo, mais uma vez, um item que foi negociado na mesa de negociação.

E é importante lembrar que nunca, e nunca... Que esses benefícios são pagos há muito tempo para os servidores da Saúde, nunca teve a intervenção da Secretaria Digital ou da Secretaria de Gestão nos governos anteriores, para que não pagassem um incentivo aos servidores da Saúde. Então é uma lei, ele vem sendo pago ultimamente. O que foi negociado é uma ampliação, uma correção desse valor. E a Secretaria de Gestão Digital está colocando uma objeção, para não garantir o pagamento.

Então ainda é possível ser pago. Mesmo esse valor, só incorpora 50% para a aposentadoria do servidor do estado de São Paulo. Agora, não querer nem corrigir, nem corrigir, é demais. Passar aqui a última transparência. Então o que o governo está alegando é que falta previsão do pagamento da bonificação de resultados, mas foi garantido na mesa de negociação.

Então nós estamos cobrando e continuamos cobrando. Tem algumas perguntas aí para o governador. Quais são os motivos de não ter apresentado em outubro a proposta do pagamento do Gedansp? Por que ainda não aumentou o valor do vale-refeição, que hoje é 12 reais, porque ainda essa falta de previsão de pagamento da bonificação, como diz o secretário.

Então queremos respostas do governo do estado de São Paulo, queremos respostas dos secretários que negociaram com o SindSaúde e até agora não cumpriram e não está garantindo pagamento aos seus servidores.

Voltarei aqui todas as quartas-feiras, como o Sindicato tem feito, me manifestando pelo estado inteiro, para garantir o pagamento que foi negociado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Obrigada, deputado Marcolino. Deputado Reis é o próximo orador. O senhor tem cinco minutos.

 

O SR. REIS - PT - Cumprimentar a Sra. Deputada, deputada Solange, que está presidindo os trabalhos, cumprimentar a deputada Leci Brandão, que acaba de abrilhantar aqui o nosso espaço, cumprimentar o deputado Suplicy, o deputado Carlos Giannazi, o deputado Luiz Claudio Marcolino, o público presente, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica, também cumprimentar todos os funcionários desta Casa e todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pelas redes sociais, através da Rede Alesp.

Deputada Solange Freitas, eu quero deixar registrado aqui, neste Pequeno Expediente, os fatos ocorridos recentemente com o advento do Projeto de lei nº 5582, de 2025, que foi apresentado pelo presidente Lula, que visava reformular a Lei das Orcrims, a Lei nº 12.850.

E que o secretário de Segurança Pública, o Sr. Guilherme Derrite, licenciou-se do cargo para ir buscar os holofotes lá em Brasília, para buscar os holofotes acomunado com o presidente da Câmara dos Deputados, indicado pelo governador Tarcísio de Freitas. Ele se dispôs a buscar o clarão dos holofotes em Brasília e deixou aqui a Secretaria de Segurança Pública e foi para lá.

E foi indicado como relator, o relator do PL nº 5582, de 2025, que trata de um PL Antifaccções. E para surpresa nossa, uma pessoa que é da polícia, que conhece bem de polícia - foi tenente de polícia, capitão de polícia -, para a nossa surpresa, ele propõe então um relatório restringindo o papel da Polícia Federal. Ele queria mexer nas regras do jogo, tentando limitar a atuação da Polícia Federal, justamente em um momento que a Polícia Federal está desvendando mais crimes aqui em São Paulo.

Olha só, hoje mesmo a Polícia Federal fez várias operações, inclusive em Hortolândia, Limeira, 50 mandados de prisão cumpridos, até vice-prefeitos sendo presos. E agora imagine se essa tese do deputado federal Derrite fosse então acatada. Para que a Polícia Federal pudesse fazer essas investigações, teria que ligar para o governador: “Será que eu posso investigar?”.

Isso não existe, isso não existe em lugar nenhum do mundo e no Brasil principalmente, porque todas as polícias trabalham de forma concorrente. Se a polícia deparar com crime, “Ah, é um descaminho, é uma competência federal”, mas ela vai ter que agir, vai ter que autuar, vai ter que conduzir, depois ela remete os autos lá para a Polícia Federal, para a Justiça Federal, mas ela não vai ficar esperando para poder agir então.

Nós tivemos um caso, por exemplo, que tinha um capitão de polícia na cozinha do governador e que tinha relação com o PCC e que foi descoberto pela Polícia Federal. Imagine se a Polícia Federal tivesse que pedir autorização para o governador para poder fazer essa investigação.

A própria Operação Carbono agora, lá em Sorocaba, o prefeito Manga, que foi afastado por uma investigação da Polícia Federal.

Então, o governo da extrema-direita de plantão, que aí está, queria limitar o papel da Polícia Federal. O relatório do chamado “PL Antifacção” queria obrigar a PF a pedir autorização para os governadores para poder investigar o crime.

Desde quando se combate facção criminosa buscando autorização política? Desde quando se pede benção do governador para apurar corrupção, lavagem de dinheiro ou envolvimento de agentes públicos em esquema de facção? Essa proposta que ele colocou em seu relatório não tem nada que a gente possa aprovar, possa aceitar.

Na realidade, era uma proposta anti-investigação, antitransparência, e só não foi à frente porque a sociedade reagiu através das redes sociais. Houve uma “grita” no país para não aceitar essa lógica que o secretário e deputado federal Derrite foi levar para Brasília. E por conta disso ele recuou. O Brasil inteiro entendeu o que estava em jogo: blindagem e controle político sobre investigação.

Nós não podemos permitir que isso aconteça em São Paulo. A Segurança Pública que defendemos é a segurança da lei, da transparência, da Justiça, não do sigilo, não da proteção de aliados.

Então, por conta de tudo isso, a gente pergunta: do que será que o secretário e deputado federal Derrite e o governador de São Paulo têm medo? Por que será que o governador o escalou para ir a Brasília - porque ele não precisava de nada disso -, para ir a Brasília e ser o relator de um projeto - já tem lá 500 e tantos deputados e poderia ter sido escolhido, entre eles, um relator, mas ele saiu daqui para ir lá para relatar e deixou bem claro que o pretendia então o Sr. Secretário de Segurança Pública e o governador do estado de São Paulo: blindar a bandidagem, blindar as facções.

Não tem outra afirmação na leitura que nós temos do relatório que ele tentou propor. Graças a Deus, a sociedade reagiu e tudo isso caiu por terra.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Obrigada, deputado Reis. Seguindo a lista de oradores do Pequeno Expediente, deputado Jorge Wilson. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.)

Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Luiz Fernando Ferreira. (Pausa.) Deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

O senhor tem cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Deputada, deputada presidente da sessão, Solange Freitas, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, venho à tribuna no dia de hoje para continuar denunciando o desmonte da Educação do estado de São Paulo.

O governador Tarcísio de Freitas, junto com seu empresário da Educação, que se diz secretário da Educação, Renato Feder, colocou em curso no estado de São Paulo a destruição da maior rede de ensino do nosso país. Um dos ataques... São tantos ataques, mas um deles é o fechamento de salas do período noturno.

Hoje, os alunos trabalhadores não podem mais estudar no período noturno, em uma pura e clara agressão ao direito à Educação garantido pela Constituição Federal, pela LDB, pelo Plano Nacional de Educação, por toda a legislação existente no nosso país e aqui no nosso estado, inclusive, na nossa Constituição Estadual, que garante o ensino noturno adequado às condições de vida e de trabalho dos alunos que são os alunos trabalhadores.

A legislação é muito clara. Mas o governo vem fechando turmas, salas e até escolas no estado de São Paulo. Então, quase diariamente eu venho denunciando essas escolas que estão tendo os seus turnos, as suas salas fechadas em todo o território estadual.

Hoje eu quero falar de uma escola muito importante, porque ela foi um dos símbolos da resistência há dez anos, quando o ex-governador Alckmin tentou fechar mais de 200 escolas no estado de São Paulo, houve um grande movimento dos alunos secundaristas, que ocuparam mais de 300 escolas no estado de São Paulo, contra o fechamento das suas próprias escolas. Os alunos reagiram, não queriam perder suas escolas, e fizeram um movimento legítimo, que teve o apoio da sociedade, da imprensa, de vários segmentos da sociedade.

Um movimento vitorioso, o que obrigou o governador a recuar daquele projeto de fechar escolas, e ainda demitiu o secretário da Educação, que foi o mentor daquela nefasta proposta. Isso foi em 2015, e agora estamos completando dez anos. E a escola que vou citar agora foi um dos símbolos da resistência desse movimento contra o fechamento de salas, que é a Escola Estadual José Lins do Rego, que fica no Piraporinha, aqui perto, na estrada do M'Boi Mirim.

Aqui é a escola da Sul 2, da Diretoria Sul 2 - agora mudou o nome, é Unidade Regional de Ensino. O deputado Reis conhece, é lá da nossa região, a estrada do M'Boi Mirim, Piraporinha. E acontece, Sra. Presidente, que o governo tentou fechar, há 15 anos, o curso noturno dessa escola, e agora está tentando de novo.

Aliás, já fechou várias salas de aula e agora a escola foi informada de que será fechado o Ensino Médio noturno dessa escola a partir do ano que vem. Não vai ter mais Ensino Médio noturno numa escola de passagem, na estrada do M'Boi Mirim, uma escola que atende alunos de vários bairros daquela região, inclusive pessoas que estão de passagem. Simplesmente, essa escola terá o seu período noturno fechado, porque é uma decisão da Seduc, da Secretaria da Educação.

Mais uma escola sendo vítima desse ataque. Inclusive, nos próximos dias, nós faremos um ato, uma audiência pública, lá nessa escola, para celebrar o vitorioso movimento de ocupação das escolas, dos alunos secundaristas, em novembro de 2015, que completa dez anos. Então, nós faremos um ato para celebrar, para comemorar a vitória de 2015, mas para denunciar também esse desmonte da Educação, o fechamento de salas nessa escola.

Então, anos depois, o governador Tarcísio volta com a mesma pauta, fechando os cursos noturnos de várias escolas, como eu disse. E, para acrescentar, não contente com isso, o governo ainda acaba de lançar um programa avançando ainda mais contra as escolas, que está tendo repercussão na rede, na imprensa, onde ele diz que vai separar escolas, vai dividir escolas que tenham acima de 1.200 alunos.

Só que ele não vai construir novas escolas, novas salas, não vai contratar novos professores, novos servidores do Quadro de Apoio Escolar. Ele vai fazer uma divisão “fake”, falsa. Ele vai dividir a escola, os alunos da mesma escola, no mesmo prédio, nas mesmas salas superlotadas, sem ventilação, sem ar-condicionado, sem arejamento. Não vamos ter novos funcionários do Quadro de Apoio Escolar.

É uma mudança para inglês ver, para enganar a população, para enganar a opinião pública. Esse é o projeto que ele está anunciando de cisão de novas escolas, e sem consulta à comunidade escolar. Na imprensa, a Secretaria da Educação soltou a informação de que está consultando a comunidade escolar, que só haverá a separação dessas escolas caso a comunidade escolar concorde.

Mas as escolas não foram consultadas. Estou recebendo várias denúncias aqui. Várias escolas foram indicadas e não houve consulta alguma. Então, tudo é “fake”. Tudo que vem desse governo é “fake”, é mentira, é falso, como é essa proposta de cisão de grandes escolas.

Se o governo tivesse realmente interesse em dividir as escolas, ele estaria construindo novas escolas na mesma proximidade dessas grandes escolas, e, aí sim, ele iria contratar novos professores, servidores do Quadro de Apoio Escolar, direção, coordenação pedagógica, e iria diminuir o número de alunos por sala. É isso que nós defendemos o tempo todo. No máximo, 25 alunos por sala.

Mas o governo não vai fazer nada disso. Ele vai tentar ludibriar a opinião pública. E nós vamos denunciar e tomar as providências.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Obrigada, deputado Giannazi. Continuando a lista de oradores. Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Professora Bebel. (Pausa.) Atila Jacomussi. (Pausa.) Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Paulo Mansur. (Pausa.) Tomé Abduch. (Pausa.)

Deputado Eduardo Suplicy, o senhor tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Querida presidente, deputada Solange Freitas, gostaria de também falar sobre o “PL Antifacção”.

Dirijo. Quero... Quero dirigir a vocês hoje palavras sobre um assunto que deveria unir a todos nós, independentemente de posição política ou ideológica: a seriedade no combate ao crime e a defesa intransigente do Estado de Direito.

O cerne da questão é este projeto de lei antifacção que tramita na Câmara dos Deputados e que temos como relator o deputado Guilherme Derrite, que foi exonerado do cargo de secretário de Segurança Pública, aqui de São Paulo, apenas para assumir a relatoria do projeto e que, posteriormente, assumirá novamente o cargo de secretário. O objetivo disso não foi fortalecer a futura lei, foi concebido para enfraquecer o projeto enviado pelo governo federal e criar perigosas brechas.

O relevante Projeto de lei nº 5.582, de 2025, de autoria do presidente Lula, dará mais força ao Estado para reprimir as organizações criminosas que exercem controle de territórios e atividades econômicas.

Derrite apresentou uma primeira versão do parecer que buscava dificultar o combate ao crime, criando obstáculos artificiais ao trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público. É de uma contradição profunda políticas... Políticos que têm a segurança como sua maior bandeira, criando barreiras que prejudicam todas as medidas que especialistas de nosso País colocam como fundamentais para esclarecer os crimes: a integração e a inteligência.

As facções são nacionais. O projeto de Derrite pretendia implodir esforços de criar um sistema nacional de combate ao crime. Por exemplo, dificultaria investigações e ações que tentam impedir o que se chama de lavagem de dinheiro.

O deputado Derrite parece ter compreendido tardiamente que havia dado um tiro no pé - no seu próprio e do governador Tarcísio -, um tiro que atingiria todos aqueles que, sérios, acreditam em uma agenda de segurança e ordem baseada na lei e não no fisiologismo e na impunidade seletiva. Após pressão da opinião pública e do governo Lula, Derrite voltou atrás.

Não podemos e não devemos aceitar essa normalização do absurdo. Não podemos aceitar que a máquina pública seja um balcão de negócios para proteger alguns poucos. A sociedade exige e merece mais. Que este caso sirva como um lembrete solene: o poder é um empréstimo da população e a confiança, uma vez perdida, é o bem mais difícil de recuperar.

É vital que o Congresso atue com responsabilidade e seriedade quando o tema é a segurança pública em nosso País. Estamos atentos à votação do projeto que poderá ocorrer na tarde de hoje.

Gostaria de dizer que, mais e mais, eu avalio que políticas que venham a elevar o grau de justiça na sociedade, políticas que possam fazer com que tenhamos uma distribuição de renda mais equitativa, políticas tais como a renda básica, universal e incondicional, constituem um fator de extraordinária importância, tenho a certeza, no que diz respeito a como diminuir a criminalidade violenta em nosso País.

E gostaria de registrar, Sra. Presidente, que, na manhã de hoje, foi aprovado o Projeto de lei nº 1.469, de 2025, que institui o Dia Estadual de Redução de Danos.

Foi aprovado na reunião da Comissão de Saúde, presidida pela deputada Bruna Furlan. Contou com os parlamentares do PT, Beth Sahão e Marcolino. Ou seja, o PL que institui o Dia Estadual de Redução de Danos.

Muito obrigado, Sra. Presidente Solange Freitas.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, deputado Suplicy. Antes de continuar com a lista de oradores, eu queria registrar a presença na Assembleia Legislativa, hoje, de três prefeitos aqui do Vale do Ribeira. Deputado Marquinhos, de Iporanga, deputado Paulinho... Ai, prefeito, já estou mudando sua função.

O prefeito de Iporanga, o prefeito Paulinho, também de Pedro de Toledo, e o prefeito de Eldorado, Noel. Muito obrigada pela presença aqui, três prefeitos do Vale do Ribeira, que têm feito um trabalho maravilhoso na região. Muito obrigada pela presença.

Continuando a lista de oradores, deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputada Profª Camila Godoi. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Rodrigo Moraes. (Pausa.) Marcelo Aguiar. (Pausa.) Marcos Damasio. (Pausa.) Conte Lopes. (Pausa.) Ediane Maria. (Pausa.) Major Mecca. (Pausa.) Conte Lopes? Ai, desculpa, deputado Conte Lopes. O senhor tem cinco minutos.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.

 

* * *

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que acompanha na TV Assembleia.

Eu acompanhava atentamente as colocações do deputado Reis, que se diz candidato a deputado federal, se diz pré-candidato. O deputado Reis é um homem que conhece a Segurança Pública, porque ele entrou na Polícia Militar como soldado, trabalhou na Polícia Militar, e hoje é investigador de polícia. Então é uma pessoa que conhece a Segurança Pública, como nós outros. E, deputado Reis, ficar fazendo lei em Brasília, aqui, em qualquer lugar, se não tiver a força, não adianta nada. Vossa Excelência sabe disso.

A lei sem a força é uma palavra vã, não serve para nada, talvez uma briga agora: “Não, porque tem que pedir para o Lula para prender alguém, e não tem que pedir para o governador, a Polícia Federal”. Nunca vi isso na minha vida. Trabalhei na Rota há tantos tempos, nunca pedi para prender ninguém, nem para trocar tiro com bandido, nunca pedi autorização. “Olha, governador, dá para eu ir?” E fui promovido por bravura duas vezes, pelos governadores Paulo Egídio e Paulo Maluf, por bravura. Provavelmente, o único no Brasil

E nunca pedi autorização para ninguém para trabalhar. Agora, não sei, tem que pedir para não sei quem? Olha, tem que pôr a polícia para poder trabalhar. E vou falar de novo. Na minha humilde opinião, que entrei na polícia como soldado em 67, já conta não é nem mais de 50 anos, quase sessenta. Se quiser mexer em alguma coisa lá em Brasília, faça a unificação das polícias. Unifica a Polícia Militar com a Civil.

Eu acho que melhora, até para o conhecimento de causa. Uma época, quando Erasmo Dias era secretário de Segurança Pública, deputado Reis, saía para o patrulhamento uma viatura de Rota e uma viatura do Garra, quando criaram o Garra, deputado Reis. Um delegado de polícia acompanhava o trabalho da Polícia Militar.

E, enquanto nós tivermos essa dicotomia em que o cidadão liga 190, e o 190 manda ele para a delegacia, e quando ele vai para a delegacia, faz ele ligar 190, cada um é responsabilizado por uma coisa. A hora que tiver uma polícia única, talvez até melhore, porque o crime está organizado. O crime realmente está organizado. Aliás, está no Brasil inteiro e até no mundo inteiro. Tomaram conta. Porque deixaram tomar conta.

Eu fui jogado nesta Casa, deputado Reis, porque me encostaram, porque eu combatia o crime. Vários tiroteios, várias prisões. O Dr. Caco Barcellos, repórter da “Globo”, fez um livro, “Rota 66”, e deu um capítulo todo especial para mim: “O Deputado Matador”. Porque eu combatia o crime. Matei bandido dentro da minha casa; foi me matar lá, morreu lá dentro. Isso é verdade; dentro da minha casa.

E veja como funciona quando tem reação: eu, com o tenente Marco Antônio e o tenente Bezerra, hoje coronéis, fiz a segurança do banco Itaú. E ensinamos os vigilantes a atirarem contra os bandidos. Morreu muito bandido nos bancos; é só levantar nas delegacias de assalto a banco.

É só levantar lá. Morreu vigilante também. Mas o vigilante foi ensinado a reagir ao assalto. E reagiram. Dez anos que eu fiquei lá, acabaram os assaltos. Não estou falando da boca para fora, não; é só ir lá.

Porque ser bonito no microfone, todo mundo é; todo mundo entende de Segurança, né. Eu acho, assim, que o Tarcísio de Freitas fez uma grande coisa aqui em São Paulo, que eu não conseguia ver desde 67, quando entrei na polícia: colocar à frente da Segurança um homem que entende de Segurança Pública, a cúpula da polícia.

Em vez de colocar um promotor público, em vez de colocar um juiz, um coronel, um general, que não entendem nada de Segurança Pública, ele colocou a polícia na mão da polícia. E melhorou. Nós não podemos dizer que não melhorou. Melhorou. Pelo menos quem está à frente da polícia não se assusta.

Agora, achar que simplesmente mudando lei vai mudar alguma coisa... O cara não fica preso. O Supremo Tribunal Federal, deputado Reis, soltou o maior traficante do mundo, o André do Rap. Esse mesmo Supremo Tribunal Federal devolveu tudo o que a polícia apreendeu para o André do Rap.

E no outro dia, na segunda-feira, depois que falaram que André do Rap tinha sido solto para o ministro, ele simplesmente pegou o documento e mandou para a polícia: “prenda-se”. Só que a polícia estava atrás do cara há dez anos; conseguiu prender, soltaram no outro dia. Então, lei sem força é uma palavra vã.

Então, ficar brigando em Brasília, é bom para ganhar voto.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem, deputado Conte Lopes. Então, agora tem a palavra a deputada Ediane Maria. (Pausa.)

Eu gostaria de dar as boas-vindas aos alunos da Etec Getúlio Vargas, que estão hoje nos visitando e estão, justamente, participando de uma visita guiada ao Plenário JK. Alunos da Etec Getúlio Vargas, que fica em São Paulo.

Sejam muito bem-vindos. Me coloco à disposição de conversar com vocês se quiserem visitar meu gabinete e também receber um livreto sobre a renda básica universal incondicional como um direito à cidadania.

Tem a palavra o Major Mecca. (Pausa.) Thiago Auricchio. (Pausa.) André Bueno. (Pausa.) Leci Brandão. (Pausa.) Márcia Lia. (Pausa.) Solange Freitas.

Tem a palavra pelo tempo regimental.

 

A SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Mais uma vez, boa tarde a todos. Antes de vir para a Alesp, eu passei em Cubatão para ver se realmente estavam chegando os ônibus com ar-condicionado. Porque essa é uma luta de desde o início do mandato, que ninguém acreditava. Na Baixada Santista, nas nove cidades, nunca os ônibus intermunicipais, os que circulam entre as cidades, tiveram ar-condicionado. Então era uma luta muito grande.

Quando eu era jornalista, acompanhei, brigava, mostrava, denunciava. Mas, até então, nenhum ônibus tinha ar-condicionado. Ninguém dava essa atenção necessária para as pessoas que, todos os dias, precisam pegar esses ônibus para trabalhar, para ir para a escola, para a faculdade. E aí começou uma intensa luta para a gente conseguir a climatização dos ônibus na Baixada Santista.

Não foi fácil. Fizemos várias reuniões. Falei com o governador. Na época, o governador disse que nem sabia que os ônibus da Baixada não tinham ar. Estava no começo do mandato, não tinha como saber. Disse que ia ver o que poderia ser feito e, realmente, ele fez.

Eu fiz abaixo-assinado. Todo dia, nas minhas redes sociais, eu anunciava: estamos brigando pelo fim da sauna móvel. Porque os ônibus sem ar, na Baixada, aquele calorão, parecem uma sauna móvel mesmo, as pessoas sofrem lá dentro. E fiz uma campanha intensa.

Fui nos ônibus, nos pontos de ônibus, conversei com a população. Conseguimos 10 mil assinaturas, que ainda foi pouco, porque 100 mil pessoas pegam esses ônibus todos os dias lá nas nove cidades.

Mas esse resultado de toda essa luta está dando certo desde o ano passado. No ano passado, conseguimos 100 ônibus com ar-condicionado, que começaram a circular e beneficiar milhares de pessoas todos os dias, nas cidades de Santos, São Vicente e Praia Grande.

Cubatão tinha pedido ajuda. Os ônibus prometidos agora para Cubatão estão chegando. Eu recebi mensagens nas redes sociais de usuários falando: “Deputada, já tem ônibus com ar-condicionado aqui em Cubatão. Obrigada, está chegando.” Aí hoje eu fui lá conferir.

E realmente a Linha 906, que é a linha que atende mais pessoas todos os dias, que vai do Fabril, em Cubatão, até a ponta da praia em Santos, agora já está começando a ter ar-condicionado.

Ainda faltam muitos ônibus para serem climatizados? Ainda falta. Mas essa luta continua. Algo que nunca teve, agora está virando realidade e melhorando a vida das pessoas. Porque não é fácil, no horário de pico, você pegar ônibus cheio e ainda aquele calorão, aquele inferno dentro do ônibus, as pessoas já chegavam no trabalho cansadas, exaustas. Todo dia era a mesma situação.

Algo que mudou também com essa nossa luta é que antes as empresas, quando tinham que renovar a frota, renovavam com ônibus sem climatização, o que é um absurdo. Ano passado a empresa comprou ônibus sem ar-condicionado. Depois dessa luta, agora não. Toda vez que também houver a renovação da frota, só pode ter ônibus com ar-condicionado.

Além disso, para que isso aconteça em todo o estado de São Paulo, tem um projeto de lei meu tramitando aqui na Alesp para que todos os ônibus intermunicipais no estado de São Paulo sejam climatizados. Não é uma luta fácil, mas a sensibilidade desse governo é de que realmente a gente precisa ajudar essas pessoas. Não dá mais para você ficar dentro de um ônibus sem o ar-condicionado.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus cumprimentos, deputada Solange Freitas, pela defesa de que todos os ônibus possam ter ar-condicionado para o bem-estar da população. Tem a palavra agora a deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.)

Agora passamos à Lista Suplementar. Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.)

Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)

Deputado Reis, tem a palavra pelo tempo regimental.

 

O SR. REIS - PT - Presidente deputado Eduardo Matarazzo Suplicy, eu me reinscrevi no Pequeno Expediente para deixar informado a todos os colegas, os deputados, as deputadas, o público presente e toda a população que está nos acompanhando pela Rede Alesp, que hoje o Supremo Tribunal Federal intimou o governador do estado de São Paulo, o presidente da Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para que eles tomem conhecimento do julgado... Que foi finalizado na terça-feira passada, da ADI nº 7.676. Essa ADI põe fim na Lei nº 1.354, de 2020, na Emenda constitucional nº 49 do termo classe e nível.

Inclusive estava mostrando para o deputado Conte Lopes essa legislação, que foi feita na gestão do governador João Agripino Doria, e que ele legislou para mais do que a Constituição Federal estabeleceu. Então lá no direito previdenciário, no direito constitucional previdenciário, diz que o servidor público que entrou no serviço público até dezembro de 2003, que tem integralidade, paridade para poder se aposentar tem que contar... Aí tem os critérios, né? No caso dos policiais: mulheres 25 anos na carreira; homens 30 anos na carreira; mulheres 15 anos de efetivo exercício; homens 20 anos de efetivo exercício e 5 anos no cargo.

Só que o governador anterior legislou para mais, ele colocou classe e nível e então muitos servidores públicos foram despromovidos. Iam lá, pediam a aposentadoria, eles tinham acabado de serem promovidos para última classe, para a classe especial, e como eles não tinham cinco anos voltavam para a primeira classe.

Aí eles tinham que entrar na Justiça, contratar um advogado para poder fazer valer o seu direito, e agora com esse julgamento no Supremo isso não será mais necessário, né? Com esse julgamento, com essa decisão da ADI nº 7.676 o servidor assim que pedir a aposentadoria vai se aposentar no cargo, na classe, ou no nível em que ele se encontrar.

Isso também acontece com os professores, não são só com os policiais civis, penais, técnico-científicos, mas também professores que tem nível no seu cargo - nível um, nível dois, nível três - também acontece essa despromoção. Funcionários do Tribunal de Justiça, funcionários do Tribunal de Contas, funcionários da Defensoria Pública, todos esses funcionários quando iam pedir a aposentadoria, se não tivessem cinco anos no nível, voltavam para o nível anterior.

Então, essa injustiça, nós tentamos corrigir aqui com o Projeto de lei complementar nº 61, só que o governador tem esse hábito de vetar tudo o que os deputados produzem aqui nesta Casa. Cerca de 264 projetos já foram vetados, projetos importantes para a Saúde, para a Educação, para a Mobilidade, para o autismo, vários projetos.

Inclusive projetos do deputado Conte Lopes, projeto do deputado Gil Diniz, do deputado Giannazi, do deputado Suplicy, vários projetos foram vetados, até porque dei o título para ele de Vetador Geral do Estado. Então ele vetou esse PLC nº 61. Ele poderia ter saído de herói, poderia ter corrigido a ilegalidade, mas preferiu vetar o projeto.

Então, através do Partido dos Trabalhadores, nós fomos ao Supremo Tribunal Federal e tivemos essa vitória com o julgamento da Adin, da Ação Direta de Inconstitucionalidade desse termo classe e nível que está na Lei nº 1.354, e na Emenda Constitucional do Estado nº 49, que agora vai ter que ser riscado.

Agora, com esse julgamento, assim que o acórdão for elaborado, assim que o acórdão for publicado o Governo do Estado de São Paulo vai ter que riscar da lei, a Assembleia Legislativa vai ter que riscar e a São Paulo Previdência vai ter que acatar, porque durante todo esse tempo estava se locupletando com o direito dos trabalhadores.

Então, para deixar registrado que na data de hoje o ministro Fachin, presidente do Supremo Tribunal Federal, intimou o governador do estado de São Paulo, o presidente do Tribunal de Justiça, o presidente da Assembleia Legislativa para que tomem conhecimento do resultado do julgamento da Adin n° 7.676.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus cumprimentos, deputado Reis. Passamos agora, terminado o tempo do Pequeno Expediente, passamos ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem a palavra agora o deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Gil Diniz tem a palavra agora pelo tempo regimental.

Agradeço ao deputado Conte Lopes, se puder me substituir, porque tenho que estar participando do Congresso das Comissões aqui ao lado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Com a anuência e a gentileza do deputado Gil Diniz, gostaria de fazer uma comunicação, Sr. Presidente Conte Lopes.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Ok, deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, queria, Sr. Presidente, aqui fazer uma denúncia gravíssima de algo inusitado que está acontecendo na prefeitura de Poá.

A prefeitura recebeu uma determinação judicial, é isso o que ela alega, que tem que garantir, promover 500 vagas para creches na área da Educação Infantil. Então a prefeitura, em tese, deveria construir creches, buscar recursos para construir creches e atender a demanda na área da Educação Infantil, como determina a lei e agora tem até uma ordem judicial.

Mas, em vez de fazer isso, a prefeitura vai fechar escolas do ensino fundamental para abrigar creches que serão criadas para, enfim, garantir o acesso dessas crianças. Ou seja, vai puxar o cobertor de uma turma para levar para outra turma. Um absurdo, Sr. Presidente.

Essa comunidade escolar está revoltada com isso, porque vai promover, primeiro que é um atendimento precarizado esse de creche, em segundo lugar, haverá um grande prejuízo para os alunos do ensino fundamental, para os professores, para os servidores todos, para as comunidades escolares, que terão suas escolas fechadas, transformadas em creches e a superlotação de outras escolas, que vão abrigar esses alunos do ensino fundamental.

Então é uma saída inusitada essa daí e que afronta a legislação, Sr. Presidente, porque a prefeitura tem por lei que atender a educação infantil em creche, na pré-escola e no ensino fundamental, não é? E o ensino médio é competência, dever do estado e o ensino fundamental também.

Então a prefeitura, Sr. Presidente, não pode fazer isso, até porque recebe dinheiro do Fundeb, tem que investir os 25% da Educação, então é inconcebível atacar o ensino fundamental, fechando pelo menos aqui três escolas. É a denúncia que nós estamos recebendo da comunidade escolar, prejudicando, aproximadamente 30 turmas do ensino fundamental. E esses alunos serão deslocados para outras escolas, talvez distantes, e sobretudo sobrecarregando, superlotando outras salas.

Então, Sr. Presidente, nós vamos tomar providências em relação a isso, acionando o Ministério Público Estadual, o Tribunal de Contas do Estado, para que a prefeitura de Poá atenda corretamente, faça a construção de creches e mantenha o ensino fundamental funcionando sem superlotação e sem fechamento de escolas.

Muito obrigado.

Muito obrigado, deputado Gil Diniz.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Com a palavra, o nobre deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente nobre deputado Conte Lopes. Cumprimentar aqui o deputado Carlos Giannazi, cumprimentar os nossos assessores, policiais militares e civis desta Casa, público aqui na galeria, quem nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, eu subo à tribuna nesta tarde. O debate nacional versa sobre a Segurança Pública. Nós temos, hoje, o deputado federal Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública aqui em São Paulo, relatando um projeto extremamente importante na área de Segurança Pública. Mas nós precisamos também trazer essa discussão aqui para o nosso estado de São Paulo.

Nós temos várias demandas e vários projetos, deputado Conte Lopes. Vossa Excelência, que é um herói vivo da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Eu muito me orgulho em dividir essa trincheira legislativa com Vossa Excelência. Nós temos, por exemplo, o PLC 135, aprovado aqui neste plenário. Projeto de autoria do deputado Major Mecca, com coautoria de vários deputados. Eu sou um dos coautores, também. Creio que V. Exa. também.

Esse projeto, ele fala... Esse PLC, do que que ele fala? Ele trata de tirar a distorção feita na reforma previdenciária, onde os policiais militares que porventura trabalharam, tiveram algum regime previdenciário, contribuíram com o INSS, por exemplo, antes de entrar na tropa, pudessem averbar o seu tempo de serviço, trazer esse tempo de serviço para a contagem de anos para a sua aposentadoria. Hoje, ele só pode trazer cinco anos.

Brilhantemente, o Major Mecca escreveu esse projeto e, sendo sancionado pelo governador do estado de São Paulo, esse projeto dará oportunidade aos nossos policiais puxarem 10 anos. Será muito bom, deputado Conte Lopes, aos nossos policiais do estado de São Paulo, que poderão ter o seu justo descanso. Apesar que o policial, aqui em São Paulo, nunca descansa. Sempre está com muita atenção.

Por que que eu falo desse PLC 135 nesse momento? Porque esse PLC foi aprovado por nós, deputados, em junho deste ano, antes de nós entrarmos em recesso. E o nosso Regimento Interno diz que um projeto que tenha urgência regimental, aprovado aqui, tem um dia para ser autografado pelo nosso presidente da Assembleia Legislativa e enviado ao Palácio dos Bandeirantes, onde o governador terá 15 dias úteis para sancionar o projeto ou vetá-lo.

Repito aqui, senhoras e senhores, principalmente vocês, policiais militares que nos escutam aqui: esse projeto foi aprovado em junho e ainda não saiu da Assembleia Legislativa em direção ao Palácio dos Bandeirantes. Nos justificaram que precisavam de um estudo, de um impacto orçamentário.

Tudo bem. Esse estudo foi feito, nós já temos esses números. Eu acredito, deputado Conte Lopes, que esses números podem ser absorvidos pelo Orçamento de São Paulo, porque é um orçamento bilionário. É um Orçamento imenso. E nós queremos fortalecer ainda mais o orçamento da Segurança Pública.

Então, com toda a vênia aqui, todo o respeito ao presidente da Assembleia Legislativa, a gente solicita que seja urgentemente, com a máxima urgência, enviado o PLC nº 135 - repito, aprovado por unanimidade neste plenário -, que seja enviado ao governador Tarcísio Gomes de Freitas, para que ele sancione ou vete. Eu espero, com todo o meu coração, com toda a minha força, que ele sancione, porque isso fará bem aos nossos policiais e, ao final do dia, fará bem à nossa sociedade.

Não quero entender que se trata de uma medida protelatória, para que o governador não decida, ainda este ano, se sanciona ou se veta ou eu gostaria que a Casa Civil, que quem de direito, nos respondesse, do Executivo.

Nós temos a garantia que chegando no Palácio dos Bandeirantes, esse projeto será sancionado com a máxima urgência como todos os projetos vindo do governo e aprovado neste parlamento são sancionados? Porque, senhoras e senhores, é só pegar o que nós aprovamos aqui. É aprovado aqui em um dia, no outro dia, já consta a sanção do governador no Diário Oficial.

Então por que um projeto, um PLC tão importante como esse... E repito aqui, parabéns ao Major Mecca, parabéns a todos os deputados que apoiaram esse projeto, que votaram “sim” a esse projeto, que impacta diretamente a carreira dos nossos policiais, principalmente esses policiais que já deram a vida pelo estado de São Paulo e aguardam aí a justa aposentadoria, digamos assim.

Não quero entender de forma alguma, deputado Tenente Coimbra, que é uma medida protelatória, então aguardo ainda, nós estamos em novembro. Logo mais, começa a discussão do Orçamento aqui, a grande discussão do Orçamento. Depois, vem o recesso parlamentar.

Eu espero que essa sanção, ou esse veto, não fique para 2026, seria uma medida, uma sinalização muito ruim ao parlamento do estado de São Paulo, à nossa força de Segurança e, principalmente, à base do governador, à base fiel, leal, à base que dá voto e faz e fez ele vencer todas as votações neste plenário. Então a gente aguentou até aqui, estamos aguardando ansiosamente.

Todas as vezes que eu paro para conversar com um policial militar - acredito, deputado Conte Lopes, com a V. Exa. é exatamente da mesma maneira: “E aí, chefe, quando vai ser sancionado? Olha, estou contando o prazo aqui, já bate a minha aposentadoria, vou para a reserva”.

Então nós pedimos aqui ao presidente da Assembleia Legislativa, ao deputado André do prado, que faça o autógrafo, envie para o governo, que o governo - com a máxima urgência, como sempre fez com os seus projetos - sancione este PLC nº 135, tão importante à força pública do estado de São Paulo, tão caro esse projeto a cada um de nós, deputados aqui que todos os dias somos taxados como deputados da “Bancada da Bala”.

Então precisamos cobrar a quem é de direito fazer essa boa pressão, porque é uma pressão, deputado Conte Lopes, virtuosa, é algo que é bom para a tropa, é bom para o estado de São Paulo e nós estamos aguardando aqui desde junho essa sanção.

Então, a todos os policiais militares, às praças, os oficiais, vocês têm o nosso apoio, contem com estes deputados. Nós continuamos aqui liderados pelo deputado Major Mecca nesta discussão, dando esse apoio, esse suporte para que esse projeto seja sancionado ainda este ano, para que os nossos policiais sejam valorizados como merecem.

E, obviamente, deputado Conte Lopes, no ano que vem, fazer a discussão ali do aumento salarial tão esperado pela nossa tropa. É este o compromisso deste deputado e eu tenho certeza que eu falo por muitos outros aqui, que muitas vezes são cobrados, mas que dou o meu testemunho de que trabalham diuturnamente pela Polícia Militar, pela Polícia Civil, por toda a Força de Segurança no estado de São Paulo.

Então, presidente André do Prado, repito aqui: faça o autógrafo e envie para o Palácio dos Bandeirantes; e peço aqui à Casa Civil que se debruce com a máxima urgência para que o governador Tarcísio Gomes de Freitas possa sancionar o PLC 135.

Mais uma vez, parabéns ao deputado Major Mecca e a todos os deputados que ajudaram a aprovar esse projeto.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Prosseguindo a lista, nobre deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Com a palavra o nobre deputado Conte Lopes, por permuta com o deputado Lucas Bove. Vossa Excelência tem o tempo regimental de dez minutos pelo Grande Expediente.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, retornamos a esta tribuna falando da briga em Brasília sobre a PEC de Segurança, sobre leis de segurança contra o crime organizado, e volto a repetir: lei sem força é uma palavra vã. Não adianta condenar o cara a 40 anos se ele sai no outro dia. Não adianta.

Bruna, uma menina de 18 anos, na semana passada, foi morta aqui em São Paulo com um tiro na cara. Todo mundo viu, passou na televisão. Durante o assalto, ela atacou o bandido com um spray e o bandido a matou. Os dois bandidos já tinham passagem pela polícia. Se tivessem ficado presos, não teriam matado a Bruna.

Uma dentista em Poá chegava a sua residência com seu carro e foi atacada por um bandido. O bandido deu um tiro no rosto da dentista. A dentista, depois de alguns dias, morreu. Naquele mesmo dia, a Rota encontrou o bandido e, graças ao bom Deus, no tiroteio, o bandido morreu. O bandido morto pela Rota, que matou a dentista, já tinha três latrocínios. Ele matou um policial, tinha matado mais duas pessoas e estava na rua.

Então, de que adianta essa briga da Globo, do Lula, dos governadores, se não adianta porcaria nenhuma? O cara não fica preso. O cara não fica preso. Por isso aquela filosofia do “bandido bom é bandido morto”, porque esse não dá lucro para mais ninguém.

Realmente, Juliana, nunca vi um bandido que morreu em tiroteio comigo matar, estuprar, sequestrar mais ninguém. E com meus amigos também. Nunca vi. Então, infelizmente é isso.

É um absurdo as coisas que acontecem. Morreram, deputado Gil Diniz, não sei quantos bandidos, cento e tantos bandidos no Rio de Janeiro, bandidos de outros estados. E por que morreram bandidos de outros estados? Porque o ministro Fachin proibiu que a polícia atuasse nos morros do Rio de Janeiro.

Ora, se a polícia não pode agir nos morros do Rio de Janeiro, vieram bandidos do Brasil inteiro para o Rio de Janeiro; de todos os estados do Brasil, vieram para o Rio de Janeiro. Não tem polícia, o que eles querem mais?

Aí, quando morrem 117, o Lula desmaia de um lado, o outro desmaia do outro, mas houve um domínio total do crime. Agora, sem punição é só conversa, só politicagem. E fica brigando esquerda com direita. A direita acha que a esquerda defende os bandidos. A esquerda acha que nós, da direita, queremos matar todos os bandidos.

Nós temos que entender uma coisa: é proteger a população. É tanta polícia: civil, militar, federal. Tem que proteger a população. E fica uma briga agora se a Polícia Federal pode agir ou não agir. Mas que absurdo é esse?

Trabalhei na polícia anos e anos e nunca pedi autorização para nenhum governador, nem para presidente, nem para prefeito. Eu tenho que agir contra o crime, qualquer um pode. Tanto é que eu dei um exemplo aqui, que ensinei meus vigilantes do Banco de Itaú - eu, o Bezerra e o Marco Antônio, que trabalhavam comigo - a reagir a assalto.

E reagiam. E vários bandidos levaram a pior nos bancos Itaú, é só levantar na delegacia. Não estou falando da boca para fora, estou falando a verdade.

O que eu falo aqui é verdade. Tanto é que a Juliana pegou um livro nosso e sabe o que está escrito lá? Por que eu escrevi o livro “Matar ou Morrer”? Porque o Caco Barcellos escreveu o livro dele, o “Rota 66”, e deu um capítulo para mim: “O deputado matador”.

Então eu tive que escrever por que eu tive que matar: para não morrer. E para muita gente, Seu Caco Barcellos, eu fui salvador. Quando eu salvei a menininha em Mogi das Cruzes, que tomou duas facadas de dois estudantes que já iam cometer um sequestro, e os dois morreram em tiroteio comigo, eu era deputado desta Casa aqui.

Eu salvei a menina, graças ao bom Deus, e quando ela chegou no hospital com o intestino para fora e com a facada no peito, ela chegou com zero de pressão, chegou com zero de pressão.

Quando deputado, eu chegando aqui na Casa, um sequestro a um italiano aqui na 23 de Maio, saí do carro, troquei tiro com bandido, encheram o meu carro da Assembleia todo de bala. Um bandido morreu; eu salvei o engenheiro. Então, para muita gente, eu fui salvador. Para ele, eu posso ser matador, não é? Para muita gente, eu fui salvador.

Então, a minha colocação, novamente: não adianta ficar brigando lá em Brasília, não. Tem que pôr a polícia para combater o crime. O policial combate o crime e é punido, é afastado, é encostado, vai para  não sei onde. Então, não vai mesmo.

Felizmente, aqui em São Paulo, o Tarcísio colocou a polícia sendo comandada por policiais que entendem, pelo menos, de combater o crime; não se assustam, não se assustam.

Agora, pode fazer a lei que quiser, enquanto realmente não houver punição, o cara souber que ele vai para a cadeia e vai cumprir pena... Inventaram aí essa audiência de custódia, que é justamente para soltar os criminosos. O cara é preso hoje, é solto amanhã.

A Justiça não gosta que fale que a polícia prende e a Justiça solta, mas solta, solta sim, por isso esse desespero. Só que no ano que vem tem eleição, aí todo mundo vira especialista em Segurança, todos os candidatos, todo mundo quer uma solução. “Vamos criar uma lei, uma lei com terror, sem terror, contra o crime organizado”.

Lei é lei. O cara comete crime, ele tem que ser preso, até pelo vigilante, por qualquer um. Qualquer um do povo pode, e as autoridades policiais devem prender quem se encontra em flagrante delito. Agora, o que acontece? Hoje o cidadão reage a um assalto, é capaz de ele ser preso.

Ele salva a família dele de ser morta por bandido, é capaz de ele ser preso. Então é a inversão de valores que está havendo, inversão de valores. Eu não acho que é briga de esquerda e direita, segurança pública, nada disso, não é nada disso.

O que eu acho, sim, é que tem que ter punição para quem comete crime, não resta a menor dúvida, isso aí tem que ter. E até falei aqui, por que não unificam as polícias? Já que querem mudar uma PEC, unifique. Por que duas polícias?

Para uma falar que é outra que não trabalha? Estou falando com conhecimento de causa, porque fui soldado de polícia, fui oficial de Rota, e eu sei como que é. O cidadão vai na delegacia: “Vá lá e ligue 190”. O cara liga 190 e manda ele na delegacia.

A hora que tiver uma polícia só, a polícia é a responsável pelo que está acontecendo, acabou. Já tem Guarda Municipal quase em todas as cidades mesmo.

Então já que tem Guarda fazendo serviço da PM, automaticamente, você unificando as polícias, vai ser uma polícia estadual. É melhor do que tudo isso aí que estão fazendo lá. Agora, a pena tem que cumprir. “Ah, não, vai pegar 40 anos”.

Pega quatro e vai embora. Nós temos aqui dentro da Assembleia, tem um deputado amigo nosso, que um dia chegou na minha sala: “Olha, Conte Lopes, deputado, minha irmã sumiu. Minha irmã sumiu”. “Como sumiu?”. “É, ela foi na casa do meu pai com o namorado e tal, em Guarulhos, não chegou mais em casa”.

A Mércia Nakashima, irmã do Marcio. Perdoe, Marcio da gente falar, né? Aí fomos fazer o levantamento, pedi apoio até do Olim, que era delegado na época. A moça foi encontrada jogada dentro de uma lagoa, dentro do carro e morta. Depois de quase 15 dias para encontrar. E o suspeito era um ex-cabo da polícia militar e advogado. E advogado. Conseguimos achar o corpo, o carro, e o cara foi para a cadeia. O trabalho foi feito, o Golinho está aí, como testemunha.

O Misael, o advogado, já saiu da cadeia de terno e gravata para advogar. Está até processando o nosso colega deputado, porque ele foi citado. E ele se julga que ele já cumpriu a pena dele. É só no Brasil que acontece uma porra dessa. É só no Brasil.

Estão processando o deputado, o que matou a irmã dele, meu Deus do céu. Eu acompanhei o drama da família. Mas dá para entender um país desse? Que o cara mata a irmã do outro e depois processa, porque “espera aí? Como é que você veio falar de mim?” Aí, minha gente, não tem lei, não. Isso é baboseira. Dá vontade de dar risada aí, né?

É importante eu terminar que a gente veio cair aqui, porque eu combati o crime e Michel Temer me tirou do policiamento e me jogou dentro do hospital militar, porque, a palavra dele nos jornais da época, eu era muito impetuoso. Até hoje eu não sei o que é impetuoso, mas tudo bem. Mas me tiraram da rua.

Falou.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Pela ordem, nobre deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu gostaria de fazer uma comunicação pela liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu quero aqui fazer um novo apelo. Venho fazendo já muitos apelos à Assembleia Legislativa para que nós possamos votar em caráter de extrema urgência o PLC nº 28, de 2025, que foi protocolado aqui na Assembleia Legislativa pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Esse PLC nº 28 foi fruto de uma mobilização, de uma luta dos servidores e servidoras do Tribunal de Justiça, dos escreventes, dos oficiais de justiça, enfim, de todos os servidores que lutaram para conquistar, numa greve, esse PLC, que foi acordado com o presidente do TJ, ele encaminhou o projeto. O projeto já foi... Nós aprovamos esse projeto em todas as comissões, ontem foi a última comissão, então ele está pronto para a Ordem do Dia.

O PLC 28, que trata do adicional de qualificação para os servidores do Tribunal de Justiça, para que eles tenham uma compensação salarial, a partir do momento em que eles estão estudando, fazendo um curso de pós-graduação “lato sensu”, “stricto sensu”, tem uma gradação nesse projeto, onde o professor vai evoluindo na sua questão salarial.

Então, é uma forma de compensar, Sr. Presidente, a falta de um reajuste salarial digno, de compensar as questões deficitárias funcionais, enfim, por isso que nós apelamos, de tal forma que a Assembleia possa aprovar, porque as condições objetivas legais para a aprovação estão todas dadas.

O projeto... Nós aprovamos o projeto em todas as comissões permanentes, ontem foi a última, então ele está pronto para a Ordem do Dia, e nós temos que aprovar esse projeto em caráter de urgência. Até porque já são quatro meses, praticamente, que esse projeto está parado aqui na Assembleia Legislativa. Nós tentamos aqui um regime de urgência, ele nem precisaria passar pelas comissões, na verdade, poderia entrar direto no congresso de comissões e entrar aqui no plenário, Sr. Presidente.

Mas, até agora, isso não aconteceu e os grandes prejudicados são os servidores e servidoras do Tribunal de Justiça. Então, agora, não tem mais desculpa. Ele está entrando na Ordem do Dia, e nós queremos aprová-lo em caráter de extrema urgência.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - E, havendo acordo entre... Ah, não, não tem acordo ainda.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Ainda não tem acordo, deputado Giannazi. Agradeço a Vossa Excelência.

Continuo aqui na lista de oradores inscritos no Grande Expediente. Chamo o deputado Guilherme Cortez para uso da palavra. (Pausa.) A nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) O nobre deputado Rogério Santos. Convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada Fabiana Bolsonaro, que faz permuta com este deputado.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Primeiramente, eu preciso dizer sobre a COP30, que está sendo exposto no nosso País, o ataque, inclusive, o pessoal indígena entrou agora na COP30 para fazer um protesto, mostrar a verdade do nosso País.

Estamos vivendo uma época, a época que mais teve queimadas no nosso País, pelo governo do amor. Eu imagino como deve estar a Marina Silva, que tanto defende a floresta, num ministério que não tem um real para custear nada, num ministério que não tem força para poder impedir eles de fazerem uma estrada para a COP30, que fala justamente de ecologia. Uma estrada que devastou milhares de árvores.

É absurdo em cima de absurdo. Inclusive, a festinha que está tendo naquele barco caríssimo, gastando e poluindo com o combustível dele. Festas e festas. O deslumbre extremo daquela Janja da Silva, que não gosta de ser primeira-dama.

E nós vimos muito bem ela descaracterizar as primeiras-damas, que, sim, têm um cargo honroso, um cargo não remunerado, que é honroso, sim, ser primeira-dama. Significa que o seu marido deu certo, que a sua família deu certo, que você está lá.

Inclusive, primeira-dama trabalha e muito, com a caridade. Trabalha, e muito, com a comunidade que mais precisa. Então, uma pessoa não querer ajudar a comunidade, não querer se envolver nesses projetos de primeira-dama, eu acho muito estranho. Isso não é normal.

Não é normal achar a caridade algo absurdo. E eu preciso muito dizer que vim aqui, inclusive, para dizer do que aconteceu nesta semana. Simplesmente, meus amigos patriotas brasileiros, defensores da liberdade e da justiça.

Sou Fabiana Bolsonaro, deputada estadual, e, como deputada estadual, venho fazer um importante alerta. Não podemos nos calar diante do momento sombrio que o Brasil atravessa.

A cada dia que passa, fica mais evidente que a perseguição política atingiu níveis insuportáveis e insustentáveis. E tem como alvo o homem que ousou sonhar e lutar por um Brasil livre, nosso eterno e o meu presidente, Jair Messias Bolsonaro.

Agora fizeram exatos 100 dias da injustiça, de sua prisão. São 100 dias de silenciamento do presidente Bolsonaro, 100 dias de censura, 100 dias de uma condenação injusta, de uma perseguição política sem fim, 100 dias de tristeza e 100 dias de humilhação.

Porque é a única coisa que querem fazer com isso, além de desgastar a saúde dele, que está assim debilitada. A gente vê que eles querem desgastar a imagem dele. Mas não vão conseguir, não irão conseguir, estamos aqui.

Bolsonaro nos deixou aqui, fiéis guerreiros, para lutar por tudo que ele pensa, contra o aborto, contra as drogas, a favor da família, a favor da decência, é só isso que a gente quer: o correto, o certo.

E isso, para a sociedade que não aceita o correto, que gosta de droga, de ladrão, esse tipo de gente, isso, para eles, é um crime. Então, para eles, estamos cometendo um crime por ser a favor da vida, estamos cometendo um crime por defender a família e por ter Deus no coração.

Infelizmente, são 100 dias de prisão domiciliar decretada sem uma condenação definitiva. Em qualquer país que se diz democrático, um ex-presidente eleito pelo voto popular é submetido a tal regime sem o devido processo legal completo? Não, não. Vamos lembrar que é muito diferente do absurdo que foi com Luiz Inácio Lula da Silva.

Não tem nem como comentar, porque é perigoso, a gente não está podendo expor a verdade no momento, né. A pessoa anda com o boné da CPX, de facção criminosa, e a gente não pode nem publicar sobre o assunto. Infelizmente, está do avesso o nosso País.

Sobre o Bolsonaro, isso é um crime contra a Constituição, o que ele fez? O que ele fez, afinal? Que golpe é esse que nunca foi dado? Meu Deus do céu, é uma afronta à nossa soberania; isso sim é uma afronta à soberania, esse desrespeito. E o aviso de que a Justiça está sendo instrumentalizada no nosso país, usada para quem tem poder.

Não é apenas a liberdade do nosso presidente que está em jogo, é a liberdade de cada um de nós. O retorno ao caos e à jaula de subsistência. Enquanto o Brasil está privado da voz e da liderança de Bolsonaro, o caos volta a reinar.

Simplesmente, vemos a Economia patinar, a Segurança Pública se deteriorar e, o pior de tudo, o povo sendo empurrado para uma jaula de subsistência. A gente vê a pobreza aumentando cada vez mais, as pessoas com bolsas que as impossibilitam novamente de poder buscar um trabalho.

O governo atual, com suas políticas de migalhas, tenta nos prender em uma cultura de dependência. Eles distribuem auxílios e benefícios que, embora pareçam caridade, são a mais pura forma de controle.

A mensagem oculta é cruelmente clara: não melhore de vida, não trabalhe mais, não prospere, pois você pode perder o benefício do governo. Essa é a receita da escravidão moderna: um povo dependente é um povo submisso. Eles não querem que você seja próspero, porque a prosperidade traz independência. E a independência traz a capacidade de questionar e de lutar. O Brasil está se conformando com a pobreza, e essa é a maior tragédia imposta pelo sistema atual.

A falta do nosso presidente em nosso meio é imensa. Temos o dever de lutar, sim. Precisamos dele aqui fora, para recolocar o Brasil nos trilhos do trabalho, da meritocracia e da decência. Mas, enquanto ele é silenciado, a nossa voz tem que ser multiplicada por mil.

É nosso dever, como cidadão de bem, defender o nosso presidente, denunciar essa perseguição e lutar contra a tirania da dependência. É hora de nos unirmos, de mostrarmos nossa força e de deixarmos claro que não aceitaremos ser escravizados pela máquina estatal. Não deixaremos que o governo sonhe por nós. Nossos sonhos são construídos com o suor do nosso trabalho honesto e com fé em Deus.

Com o coração cheio de esperança e a certeza de que a verdade prevalecerá, eu declaro: Deus está acima de tudo, e eu creio na vitória da Justiça. Presidente Jair Bolsonaro, eu espero, de coração, que vossa sempre excelência veja esse vídeo e entenda que nós, como nunca antes, estamos nos unindo como um formigueiro, como um vespeiro, para te defender, para defender tudo o que você nos ensinou. Muito obrigada por existir. O nosso Messias brasileiro. Deus acima de tudo.

E muito obrigada por tudo, cada conquista, cada número elevado dentro do nosso País em questão financeira. Obrigada por, sim, diminuir muito a pobreza do País, e que esse governo acabou de trazer à tona.

E, sim, o governo Lula tirou o pessoal da pobreza e colocou na miséria extrema, porque onde eu passo eu vejo desespero das famílias, eu vejo fome, eu vejo tudo de ruim. As pessoas simplesmente estão desistindo até de viver, não estão mais aguentando o peso desse governo, desse desgoverno, inclusive, em cima de suas vidas.

Então, que Deus abençoe este País. E que você volte a ficar acima, lá no Palácio do Planalto, onde você merece. No palácio do presidente da República, de onde nunca deveria ter sido.

Aguardamos ansiosamente por 2026. Espero, de coração, que você coloque o nosso país no trilho, que você simplesmente lute novamente pelo o que este governo está tentando fazer, lute pela vida, contra o aborto, contra as drogas, contra a ideologia de gênero e tudo o que nós acreditamos.

Muito obrigada.

 

A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - Pela ordem, presidente. Peço a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - É regimental. Os trabalhos estão suspensos até as 16 horas e 30 minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 15 horas e 40 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 33 minutos, sob a Presidência do Sr. Rodrigo Moraes.

 

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O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Ordem do dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Há sobre a mesa o requerimento da nobre deputada Professora Bebel, com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar da comemoração dos 95 anos do MEC e da indicação da deputada Professora Bebel à outorga da Ordem Nacional do Mérito Educativo, a realizarem-se nos dias 13 e 14 de novembro do corrente ano, em Brasília, sem ônus para este poder.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)

Aprovado o requerimento.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Havendo acordo entre as lideranças, eu solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - RODRIGO MORAES - PL - Havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 34 minutos.

 

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