20 DE MAIO DE 2025

67ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: BETH SAHÃO, GIL DINIZ, REIS, EDUARDO SUPLICY, e ANDRÉ DO PRADO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - BETH SAHÃO

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h06min.

        

2 - DR. JORGE DO CARMO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - SEBASTIÃO SANTOS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

7 - LETÍCIA AGUIAR

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

8 - ANDRÉA WERNER

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - GIL DINIZ

Assume a Presidência.

        

10 - LUCAS BOVE

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

11 - BETH SAHÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - LETÍCIA AGUIAR

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - PRESIDENTE GIL DINIZ

Cumprimenta a deputada Letícia Aguiar por sua atuação parlamentar.

        

GRANDE EXPEDIENTE

14 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - REIS

Assume a Presidência.

        

16 - GIL DINIZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - EDUARDO SUPLICY

Assume a Presidência.

        

18 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

19 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

20 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY

Cumprimenta o deputado Conte Lopes por sua atuação parlamentar.

        

21 - CONTE LOPES

Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

        

22 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h46min.

        

ORDEM DO DIA

23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h32min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão. Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, os requerimentos de criação de comissão de representação dos deputados: Márcia Lia, com a finalidade de participar do evento Criabe 2025 - Seminário dos Criadores de Abelhas da Confederação Brasileira de Apicultura, entre os dias 19 e 21/05, em Brasília - DF; Eduardo Suplicy, com a finalidade de participar de reuniões sobre a renda básica de cidadania com representantes do Poder Executivo dos municípios de Niterói e Maricá, entre os dias 23 e 26/05; Eduardo Suplicy, com a finalidade de participar de palestra sobre a renda básica de cidadania e em audiência pública sobre o programa de renda mínima para fazedores de cultura no estado do Ceará, entre os dias 27 e 29/05, em Fortaleza - CE; Beth Sahão, com a finalidade de participar de reuniões com ministros e demais membros do governo federal para tratar de investimentos para o estado de São Paulo, nos dias 26 a 28/05, em Brasília - DF; Carlos Giannazi, com a finalidade de participar de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a valorização dos profissionais da Educação e o Projeto de Lei nº 2531, de 2021, que institui o piso salarial nacional dos profissionais técnico-administrativos da Educação, nos dias 20 e 21/05, em Brasília - DF; e Professora Bebel, com a finalidade de participar de audiência pública acerca do empreendimento residencial vertical denominado Boulevard Mirante Piracicaba, no dia 20/05, em Piracicaba - SP.

        

24 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

25 - GILMACI SANTOS

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

26 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 21/05, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 47 minutos. Levanta a sessão às 16h37min.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Beth Sahão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Lista de olhadores inscritos no Pequeno Expediente do dia 20 de maio de 2025. Primeira inscrita, Professora Bebel. Ausente. Segundo, deputado Dr. Jorge do Carmo. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Sra. Presidenta, deputada Beth Sahão, presidindo aqui o Pequeno Expediente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, deputado Reis, deputado - sempre senador - Suplicy, policiais aqui presentes, assessores, público da TV Alesp, hoje venho a esta tribuna, mais uma vez, denunciar coisas que nós acompanhamos e vemos que realmente é muito triste saber que, mesmo depois que nossos entes queridos se vão, não têm dignidade.

Vou falar, Sra. Presidenta, do serviço de verificação de óbito. O serviço de verificação de óbito - todos nós sabemos - é aquele que verifica a “causa mortis” de pessoas que, em tese... A gente pode chamar de morte natural, quando a pessoa morre em casa ou não são mortes violentas, por assim dizer.

Já faz um ano que a TV Globo, no SP2, salvo melhor juízo, veiculou uma matéria com esse serviço, verificando exatamente a precariedade desse serviço, os relatos de famílias que são obrigadas a esperar, muitas vezes, 24 horas para a liberação do corpo dos seus familiares. Um ano depois, a própria Rede Globo volta, no dia de ontem, a mostrar que o estado de calamidade continua, ou seja, não melhorou nada:  condições deploráveis que evidenciam a falta total de respeito com as famílias que perdem os seus entes queridos.

Segundo funcionários, a falta de mão de obra é a causa desse problema tão grave. Enquanto aguardam a necropsia, a autópsia ou o serviço de verificação de óbito propriamente dito, esses corpos deveriam estar em condições ideais, em câmaras frias, mas não é o que acontece.

Então, vamos exibir a matéria veiculada ontem. Peço ao Machado, por gentileza, para passar essa matéria.

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

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Pois bem, Sra. Presidenta, para ver o descaso e a falta de respeito com as famílias, com os entes queridos, que muitas vezes ficam lá por dez horas, ou por mais tempo, quando deveriam ficar no máximo quatro horas, e, no entanto, são tratados desse jeito. Isso sem falar, evidentemente, daqueles que exigem procedimentos mais graves, mais sérios, como aqueles que são vítimas de mortes violentas.

O Governo do Estado e o prefeito Ricardo Nunes acabaram, em São Paulo, com o serviço funerário de São Paulo, que é a redução do número de funcionários, exatamente precarizando o serviço. Funcionários com jornada excessiva, trabalhos que eles estão sem condições mínimas de executar.

Ou seja, nós estamos denunciando aqui exatamente a falta de respeito com as famílias, porque imagine os funcionários que ficam expostos a riscos, a contaminação, pela forma como são tratados esses corpos. Ademais, a forma como os funcionários dessas casas são expostos.

Então, é uma denúncia grave, é um problema que precisa ser resolvido e que o Governo do Estado - esse serviço é do Governo do Estado - precisa lidar com seriedade, com sensibilidade, com carinho para com os entes queridos e, sobretudo e principalmente, com as pessoas que, depois que perderam a vida, ainda não têm um tratamento decente, um tratamento digno.

É isso, Sra. Presidente.

Muito obrigado pela oportunidade.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Obrigada, deputado Dr. Jorge do Carmo. Seguindo a relação dos inscritos, próximo orador inscrito, deputado Rafael Saraiva. Ausente. Deputado Delegado Olim. Ausente. Deputado Enio Tatto. Ausente. Deputado Reis, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. REIS - PT - Saudar a presidente, deputada Beth Sahão. Também, o deputado Suplicy, o deputado Dr. Jorge do Carmo, o deputado Gil Diniz. Saudar o público presente, os funcionários desta Casa, os integrantes das forças de Segurança Pública e todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pela rede Alesp.

Sra. Presidenta, eu quero deixar registrado, no Pequeno Expediente, o voto do ministro, o ministro Flávio Dino, com relação à ADI nº 7.676. A ADI nº 7.676 trata da inconstitucionalidade do Art. 12, em seu § 2º, que trata de que, para o servidor público poder se aposentar, ele tem que ter cinco anos no cargo classe ou nível.

Nós fizemos aqui um projeto de lei, aprovamos aqui nesta Casa, mostrando para o governador Tarcísio de Freitas que esse requisito da Lei nº 1.354 feria a Constituição Federal, inclusive a Emenda nº 49.

E, obviamente, o governador vetou esse projeto e, como ele muitas vezes age fora da lei, não cumprindo a Constituição, ele não mandou nenhum projeto para esta Casa para que esse dispositivo, que está de forma irregular na Lei nº 1.354, fosse retirado.

E aí nós fizemos uma representação junto ao Partido dos Trabalhadores para que o Partido dos Trabalhadores, sendo um dos legitimados para propor ação de inconstitucionalidade, fizesse essa proposta junto ao Supremo Tribunal Federal para que esses dispositivos, o § 2º do Art. 12 da Lei nº 354, e também dispositivos que estão na Emenda nº 49, fossem retirados, fossem declarados inconstitucionais.

E obviamente essa Adin foi distribuída e foi parar na mão do ministro Flávio Dino, que fez um voto extraordinário. Essa Adin ficou quase oito meses aguardando um parecer do procurador-geral da República.

Nosso mandato cobrou o tempo todo, inclusive nós fomos até Brasília falar com o procurador para que, o quanto antes, ele pudesse remeter esse parecer para o Supremo Tribunal Federal, para que então ali pudesse a gente ter esse resultado. E o resultado é reconhecendo, aqui no voto do ministro Flávio Dino...

Ele diz: “Ante o exposto, conheço a ação direta e julgo procedente o pedido para, mantendo a jurisprudência consolidada no STF, declarar a inconstitucionalidade da expressão ‘nível ou classe’ constante nos Arts. 4º, § 6º, 1 e 5º, § 2º, 1 da Emenda Constitucional estadual 49, de 2020”.

Então ele já está refutando esse dispositivo que está na Emenda 49. “E dos Arts. 2º, item III, letra b, § 3º; 5º, item IV; 6º, item IV; 10º, item IV; § 6º; item 1, 2 e 4; e § 2º, 1, 12, § 2º, 13, item III; e 27, caput, da Lei complementar nº 1.354, de 2020, do estado de São Paulo. É como voto.

Então todos esses positivos que tratam de classe ou nível, tanto na Emenda 49 quanto na Lei nº 1.354, o relator Flávio Dino está dizendo que ele reconhece a inconstitucionalidade. Então eu quero agradecer ao ministro Flávio Dino pelo seu voto e dar os parabéns.

Ainda deixar registrado neste Pequeno Expediente que, quando questionado, o Flávio Dino, na quarta-feira, dia 14, sobre uma demanda que tem lá do serviço funerário de São Paulo, ele diz o seguinte: “Tribunal, tribuno da plebe. Se um tribunal não cuida dos assuntos dos mais pobres, das viúvas, dos órfãos, enfim, daqueles que sofrem, será tudo menos um tribunal”.

Então o tribunal, nesse quesito da Lei 1.354 e da Emenda 49, está reconhecendo o direito dos policiais, dos professores, de todos os servidores públicos que têm sido prejudicados pelo Governo do Estado de São Paulo.

Quero, deputada Beth Sahão, deixar registrado que o ministro Flávio fez o seu voto e colocou no plenário virtual para que os ministros pudessem ali depositar os seus votos, e o ministro Gilmar Mendes acabou pedindo vista.

Então eu quero pedir que estas notas taquigráficas sejam encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal, ao ministro Gilmar Mendes, para que ele, o quanto antes, devolva esse voto para o plenário virtual, para que ele possa ser apreciado pelos demais ministros do Supremo Tribunal Federal e possa se fazer justiça, conforme diz aqui o ministro Flávio Dino no seu discurso no Supremo Tribunal Federal.

E deixar registrado que vários casos envolvendo policiais do estado de São Paulo que foram parar lá no Supremo Tribunal Federal, em que o ministro Gilmar Mendes foi o relator, ele deu ganho de causa para todos os policiais. Eu tenho aqui, inclusive, alguns julgados de autoria dele. Ele diz: “O Supremo Tribunal Federal possui vasta jurisprudência a afastar a necessidade de que os cinco anos de exercício para fins de aposentadoria sejam realizados no mesmo nível ou classe, exigindo-se apenas que seja no mesmo cargo”.

Então tem vários julgados em que o ministro Gilmar Mendes deu ganho de causa, reconhecendo a inconstitucionalidade desses artigos que estão lá na Emenda nº 49 e na Lei nº 354. Então, porque ele fez vista, eu ainda não sei.

Se houve algum pedido aqui de São Paulo para que fizesse vista, eu não sei, mas eu gostaria de clamar ao Sr. Ministro Gilmar Mendes que devolvesse esse voto ao plenário virtual, para que ele seja apreciado pelos demais pares, e seja feita justiça aos policiais de São Paulo, aos funcionários públicos do estado de São Paulo.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, deputado Reis. Sua solicitação feita nessa tribuna será encaminhada nos termos regimentais. Ok?

Dando sequência à nossa lista de oradores inscritos, deputado Lucas Bove. Ausente. Deputado Itamar Borges. Ausente. Deputado Carlos Giannazi. Ausente. Deputado Marcelo Aguiar. Ausente. Deputado Simão Pedro. Ausente. Deputada Ediane Maria. Ausente. Deputado Eduardo Suplicy.

Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Querida presidente, deputada Beth Sahão; Srs. Deputados e Sras. Deputadas; infelizmente me sinto no dever de, mais uma vez, vir ao plenário e falar do tema da violência policial.

Fiquei chocado com duas notícias de casos extremamente graves de violência ocorridas na noite de domingo, ambas na zona sul de São Paulo. A primeira do jovem Natanael Venâncio Almeida, de apenas 19 anos, que foi morto a tiros pela PM dentro da sua casa na Vila Andrade.

Natanael estava de moto, resistiu à abordagem, e foi perseguido até sua casa, onde foi morto. De acordo com a família, ele fugiu da abordagem da Rocam, Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas, por medo de perder o veículo, já que estava sem capacete e sem a CNH, Carteira Nacional de Habilitação.

A mãe de Natanael, Maria Betânia Venâncio, disse: "Meu filho foi comprar um remédio para mim e eu não vi que ele saiu sem o capacete. Quando meu filho voltou, voltou com a Rocam correndo atrás dele. Ele entrou com tudo para dentro de casa.

Eu fui encostar a porta, a Rocam veio e bateu com tudo e tentou agarrar meu filho por trás, tentando puxar para o lado deles. E eu entrei na frente, ele começou a me jogar com tudo na escada do lado”, ou seja, o PM passou a jogar a mãe dele, “me empurrando”, ela disse. “Depois entraram e atiraram no meu filho. Eu gritei: "Não atira, não atira, não. Atiraram primeiro num canto e depois atiraram no peito do meu filho.”

Segundo a família, a moto era de Almeida, comprada com a ajuda da mãe, para trabalhar como entregador. Ele deixou uma filha de poucos meses. Não consigo imaginar a dor e a revolta dessa mãe. Não há justificativa para esse assassinato cometido por agentes do Estado. É inaceitável que quem deveria proteger é quem mata.

O segundo caso de violência policial que quero tratar também ocorreu na noite de domingo, na zona sul, de um homem que foi agredido por policiais militares durante a abordagem. Segundo os PMs, ele estaria com uma moto roubada. A abordagem aconteceu na Rua São Pedro de Nova Friburgo, no Jardim das Imbuias.

Eu peço a gentileza de o Machado e o Wagner colocarem o vídeo em que está mostrando este acontecimento.

 

* * *

 

- É feita a exibição.

 

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Bem, esse vídeo, que circula nas redes sociais, mostra o suspeito caído no chão, já imobilizado, sendo agredido por um policial com golpes de cassetete e chutes. Um segundo PM também chuta o homem. O terceiro agente observa a cena com uma arma de cano longo em punho. Nas imagens, como puderam ver, é possível ouvir que o homem grita de dor a cada golpe recebido. Após o espancamento, foi preso e encaminhado 101º Distrito Policial.

O mais grave é que fatos como esse têm se repetido com frequência. Um uso desmedido, abusivo e letal da força policial. Não há investigação rígida, não há contenção, não há devido processo legal. Há a banalização da morte, a execução sumária, o alvo que recai sobre corpos negros, pobres, jovens, moradores da periferia. Até quando vamos naturalizar essa atuação brutal, injustificável e abusada de abusiva de policiais?

Eu peço que o secretário de Segurança Pública e o governador do Estado punam exemplarmente os policiais que cometeram crimes. E que o Ministério Público cumpra com sua atribuição constitucional de promover o controle externo da atividade policial. Não há absolutamente qualquer justificativa racional para a violência que acabamos de ver no vídeo, e que tem se repetido constantemente em nosso estado.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Obrigada, deputado Suplicy. Parabéns por trazer essas denúncias que nos chocam a cada dia mais.

Próximo orador inscrito, oradora, deputada Delegada Graciela. Ausente. Deputada Thainara Faria. Ausente. Deputada Marina Helou. Ausente. Deputado Donato, também ausente. Deputado Oseias da Madureira. Ausente.  Deputado Conte Lopes. Ausente.

Agora vamos dar sequência à Lista Suplementar. Deputado Delegado Olim. Ausente. Deputado Carlos Cezar. Ausente. Deputada Thainara Faria. Ausente.  Deputado Enio Tatto. Ausente. Deputado Sebastião Santos, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada da nossa região lá de São José do Rio Preto, é um prazer estar aqui, com a condução desta sessão por V. Exa., deputada Beth Sahão. Deputadas, deputados, senhoras e senhores, é um prazer novamente usar essa tribuna, mas eu quero aqui agradecer e saudar a presença do vereador Marcelo Maito, da cidade de Nova Odessa, que nos visita hoje a esta Casa. Muito obrigado pela presença, Sr. Vereador.

Sra. Presidente, nós temos ouvido e visto várias mobilizações em prol da criança e do adolescente. É com um grande compromisso social que me coloco, diante desta Casa Legislativa, para celebrar um marco fundamental na luta pela proteção de nossos menores, aqueles que muitas vezes são invisíveis para a sociedade: as crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual. Este ano celebramos os 25 anos da mobilização nacional contra a exploração sexual de crianças e adolescentes.

É uma data para refletir, que nos traz recordações e, também, a responsabilidade que temos em proteção às gerações futuras e garantir que nossas crianças vivam com dignidade e segurança.

Nós nos lembramos que em 1999 foi sancionada a Lei Federal 9.970, de 2000, que criou a data de 18 de maio como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, data que nós, como pais, como família, como avô, teríamos que ter por responsabilidade, mas precisamos muitas vezes nos lembrar de uma lei para fazer realmente existir uma política pública em prol da criança e do adolescente.

Essa lei cria o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Além de ser um marco, serve também para intensificar conscientizações sobre a grave realidade enfrentada por milhares de menores em todo o País.

Ao longo desses 25 anos, o Brasil tem avançado em muitas frentes. Organizações sociais, agentes públicos e sociedade em geral se uniram para enfrentar uma das mais cruéis violações de direitos humanos, que é a exploração sexual infantil. Como deputado estadual, tenho a responsabilidade de contribuir com o enfrentamento desse problema em nosso Estado.

Tenho trabalhado incansavelmente para fortalecer as políticas públicas que protejam nossas crianças e nossos adolescentes, apoiando e fortalecendo as leis estaduais, federais que combatem a exploração sexual em menores, promovendo mais fiscalização e destruindo, de alguma forma, as redes que criam para a prostituição na internet, infelizmente, local onde os riscos para as nossas crianças e os nossos adolescentes são reais e urgentes.

Nós temos agora a inteligência artificial, que piora e muito a questão da criança nas redes sociais, podendo se transformar ali em uma ferramenta de um pedófilo, de um abusador ou até mesmo de familiares, que muitas vezes deveriam cuidar da criança, e, infelizmente, abusam dessas crianças.

Minha atuação também tem se estendido em apoio a projetos que garantam acolhimento das vítimas de exploração sexual, oferecendo a elas não apenas proteção, mas também a chance de reconstruir suas vidas com dignidade, suporte emocional dessas crianças que, muitas vezes, passam por uma situação muito difícil.

Apesar dos avanços, sabemos que ainda temos muito a fazer. A exploração sexual de crianças e adolescentes continua a ser um problema grave no Brasil, especialmente no estado de São Paulo, que é um dos maiores centros urbanos do País, onde há grande vulnerabilidade de crianças e adolescentes.

Então, Sra. Presidente, para finalizar, quando vereador na cidade de São José do Rio Preto, nós criamos a Semana de Combate à Pedofilia. Até hoje nós vemos mobilização nesse sentido, para apoiar não só crianças, mas pessoas que já, infelizmente, sofreram com abuso, com pedófilos. Ali na cidade de V. Exa., deputada, nós temos a marca do Zé da Pipa, que foi preso em flagrante na época em que estava sendo feita a mobilização contra os pedófilos no País inteiro.

Então nós não podemos deixar de lutar, não podemos deixar de ver o que está acontecendo. Temos que criar ações específicas em todos os 645 municípios do estado de São Paulo. Com certeza esta Casa traz muito apoio à criança e ao adolescente por cada município, em cada ação.

E agradecer ao governador do estado de São Paulo, Tarcísio Freitas, que não tem fechado os olhos ou deixado de apoiar ações por todo o Estado, para que nós possamos melhorar a vida das crianças.

Então a todos que estão se mobilizando neste mês em prol da criança e do adolescente, nossos parabéns. Que vocês continuem nessa luta. E, juntos, vamos fazer um estado de São Paulo muito melhor.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Obrigada, deputado Sebastião Santos. Dando continuidade à nossa lista de oradores deste Pequeno Expediente, deputado Paulo Mansur. Ausente. Deputado Gil Diniz. Tem V. Exa. o prazo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, deputada Beth Sahão. Cumprimentar os deputados presentes aqui no Pequeno Expediente, nossos assessores, policiais militares e civis, público aqui na galeria e quem nos assiste pela Rede Alesp.

Presidente, venho aqui a esta tribuna repercutir um pouco do que foi aquela farsa de depoimento do general Freire Gomes. Alexandre de Moraes fazendo aí a sua inquirição. Deputada Letícia, ele é vítima, ele é promotor, ele é juiz, ele é o senhor de tudo; no Brasil, ele mexe com tudo. Aqui, quando ele foi secretário na cidade de São Paulo, ele fazia gestão desde cemitério até transporte urbano. Então deve ter aprendido aqui na cidade de São Paulo e agora acha que pode repetir isso no STF.

Por que eu digo isso? Alexandre de Moraes, deputado Eduardo Suplicy, ontem, fazendo a inquisição - ou a inquirição - do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, general quatro estrelas, em dado momento, diz ao general: “Se o senhor não está mentindo aqui, o senhor falou a verdade no depoimento para a PF. Ou o senhor mentiu para a PF e está falando um pouco da verdade aqui”.

Teve uma jornalista de extrema esquerda, do blog ICL - bem aliado a Luiz Inácio esse blog, deputado Tenente Coimbra -, que diz aqui o que ela achou dessa sessão de inquisição - ou inquirição - de Moraes ao general ex-comandante do Exército, general Freire Gomes.

Por favor, Machado, coloca aqui no telão.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A jornalista não fica nem vermelha: “olha, a testemunha não quis dar informação ao Alexandre; teve que espremer ali a conta-gotas”. Dr. Elton, tiveram que arrancar informação do general ex-comandante do Exército a fórceps, segundo o relato aqui da jornalista. Deve ser o novo normal no Judiciário brasileiro.

Quem não se lembra de Alexandre, também, falando com o tenente-coronel Cid: “olha, Cid, é melhor você pensar bem no que você vai falar nesse depoimento, porque olha, teu pai está aí, tua mulher, tua filha”, ameaçando-o. Ele não tem vergonha nenhuma de ameaçar testemunha, de ameaçar investigado.

E nós estamos vendo isso à luz do dia. São uma fraude essas investigações, é uma fraude esse julgamento. E nós estamos vendo, e muitos aqui não têm coragem de denunciar o que esse senhor está fazendo. Ontem, com o ex-comandante do Exército, ele o constrange, ele o ameaça, ele constrange um advogado que estava ali no seu exercício dizendo: "Olha, juiz, Sr. Juiz, o senhor já perguntou quatro, cinco vezes a mesma coisa".

E ele diz: "Você não pode dizer isso no meu tribunal”, deputada Letícia. “No meu tribunal", ele disse isso, senhoras e senhores. Isso é uma vergonha, o que nós estamos vendo no Judiciário brasileiro com o silêncio leniente da classe política, da maior parte da classe política, principalmente dos senadores da República que poderiam sanar aqui este problema.

Ontem, o general Freire Gomes deixou claro para todos ali que minuta de golpe, plano golpista, foi uma farsa, foi uma fraude, e isso vai ser provado no decorrer deste processo, que é fraudulento. Mas conhecendo quem é Alexandre de Moraes, nós já sabemos que a sentença dele está pronta e é só publicar.

É uma fraude e nós, sim, vivemos sob uma ditadura do Judiciário, mas enquanto pudermos vamos denunciar desta tribuna aqui os desmandos de Alexandre de Moraes.

Muito obrigado, presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Obrigada, deputado Gil Diniz. A próxima oradora inscrita é a deputada Andréa Werner.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, deputada Letícia Aguiar.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - PARA COMUNICAÇÃO - Uma rápida comunicação. Obrigada, Sra. Presidente. Estou aqui recebendo meus amigos vereadores do município de Ipaussu, um município muito importante para o nosso trabalho, para o nosso mandato. Estou recebendo aqui os vereadores João Paulo Peres, o vereador Carlinhos Do Pula Pula, o vereador Carlinhos Crepaldi, Wesley também, que faz parte da equipe de trabalho que nós temos lá.

Quero enviar através dos nossos vereadores um abraço também ao nosso prefeito Luizão; ao Tom, que é secretário de governo de Ipaussu; a Talita, que faz parte da coordenação de trabalho por aquela região e dizer que vocês são muito bem-vindos aqui à Assembleia Legislativa.

É aqui que a gente decide o futuro dos municípios e é aqui que nós podemos e temos a oportunidade de apoiar vocês na ponta, os vereadores, para que vocês tenham um trabalho efetivo.

Então, vereadores de Ipaussu, sintam-se muito bem acolhidos. Aqui é a casa de vocês, também, para que a gente possa construir um futuro para o Ipaussu cada vez melhor.

Muito obrigada.

Obrigada, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Com a palavra a deputada Andréa Werner.

 

A SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sra. Presidente. Boa tarde aos vereadores que nos visitam, meus colegas deputados. Eu estou aqui por um motivo bem desagradável. Semana passada, na quinta-feira, eu estava em Jaú fazendo uma agenda e me enviaram um vídeo no Instagram que eu tive que ouvir duas vezes para ter certeza do que eu estava ouvindo de tão absurdo que era.

Aparentemente gravaram uma reunião com o secretário, então secretário da Educação de Barueri, em que ele falava coisas absurdas, extremamente capacitistas e violentas para com pessoas com deficiência e suas famílias. Coisas do tipo, presidente: “Um autista custa a mesma coisa que 20 alunos normais”.

Ele falou, se referiu a um aluno em cadeira de rodas como “aquele lá tudinho torto, que não tem condição de aprender nada”. E por fim, falou que as mães não ligam, que elas deixam esses meninos na escola porque elas “querem ficar livres dos filhos por quatro ou cinco horas”.

Quem conhece minimamente a vida de uma mãe solo de criança ou adolescente com deficiência - porque 80% são mães solo - sabe que o momento em que essa criança ou adolescente está na escola é o momento em que ela consegue fazer uma compra no mercado, pagar uma conta, às vezes ir ao médico se tiver tempo, porque essas mulheres não têm rede de apoio.

E algumas deficiências, por exemplo, autismo nível três, muitas vezes a mãe não pode virar as costas, porque o menino sobe no telhado, foge pela porta e também não pode levar ele junto, porque ele não suporta transporte público lotado por suas questões sensoriais.

Então, foram falas de uma ignorância gigantesca, que só não me assustaram mais porque esse mesmo então secretário da Educação de Barueri falou em 2023 - e vocês me perdoem porque eu vou reproduzir uma fala extremamente grosseira dele aqui - que: “Autista é resultado de uma foda mal dada”.

Exatamente isso que ele falou, e eu estou reproduzindo aqui. E eu queria saber quantas vezes mais essas famílias, que já sofrem tanto para ter os seus filhos na escola com tudo aquilo que a lei garante para eles, vão sofrer com esse tipo de fala discriminatória, capacitista e criminosa, porque preconceito contra pessoas com deficiência é crime pela Lei Brasileira de Inclusão.

Rapidamente, até mais rápido do que eu imaginava, a Prefeitura de Barueri exonerou esse secretário. Nós comemoramos, é claro. Porém, a alegria durou pouco, porque hoje, chegou ao meu conhecimento a possibilidade de que esse senhor que foi colocado no lugar, que é o Sr. César Alexandre Padula Miano, é o advogado do Sr. Celso Furlan.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.

 

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Quer dizer, será que o Sr. Celso Furlan, realmente, deixou a Secretaria de Educação de Barueri ou será que vai continuar mandando de forma indireta através do seu advogado que assumiu a sua pasta? Espero que essa informação seja equivocada, que o Sr. César não seja, realmente, advogado do Sr. Celso Furlan.

Na semana passada, oficiei o Ministério Público por esses crimes de capacitismo que ele cometeu, também oficiei a Prefeitura de Barueri para entender as providências. E agora nós vamos oficiar de novo a Prefeitura de Barueri para entender isso daqui. Porque a gente precisa entender, não é, deputada Beth?

Colocaram lá o advogado do que foi exonerado para continuar mandando de alguma forma ou isso é só um equívoco? Torcendo aqui para que seja de fato só um equívoco, porque se for verdade é um escárnio com as famílias de pessoas com deficiência, com esta deputada que vos fala também. E é mais uma ofensa grave que essa prefeitura está fazendo contra as pessoas com deficiência.

Para encerrar, queria só contar para vocês, que faz mais ou menos umas três semanas, que eu fui informada de que lá na escola do meu filho, que estuda em uma escola estadual em Vinhedo, fecharam-se várias turmas e agora a turma dele está com 40 alunos por sala, arbitrariamente.

E que ele, que é um autista, que nem tem problema com muito barulho, não tem conseguido ficar dentro da sala de aula direito. Já faz duas semanas que tenho falado com o secretário adjunto Vinicius Neiva, e não consegue me dar uma explicação razoável. Porque, em Vinhedo só tem duas escolas estaduais, fecharam-se turmas e agora as salas estão superlotadas com 40 alunos por sala. Isso é insalubre.

Isso não é bom nem para o aluno que não é autista, imagina para o aluno autista. Estou esperando, porque se fazem isso com uma escola em que tem o filho de uma deputada, imagina o que é que fazem em outras escolas que não tem filho de deputado e ninguém está vendo. Porque obviamente isso chegou aos meus ouvidos em cinco minutos.

Espero uma explicação razoável da Secretaria da Educação, porque do jeito que está, 40 alunos em uma sala, ninguém aprende, nem o aluno autista e nem o outro aluno também.

Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputada Andréa Werner. Agora, para fazer o uso da palavra, o nobre deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Nobre deputada Beth Sahão, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Sr. Presidente, uma breve comunicação, enquanto a oradora se dirige à tribuna?

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Vossa Excelência tem a comunicação.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente, com sua licença, cumprimentar a todos os eleitores munícipes que assistem à TV Alesp, os nossos policiais militares e civis, os parlamentares, o Sr. Presidente Gil Diniz.

Pedir para a cabine passar um breve vídeo durante o tempo da minha comunicação, por gentileza.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Quinze de maio; 28 de dezembro de 2022; 30 de dezembro de 2022; 9 de dezembro de 2022; 3 de novembro de 2022. Acabou a narrativa. Eleições sem Jair Bolsonaro são eleições sem democracia plena no Brasil.

Muito obrigado Sr. Presidente.

           

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputado Lucas Bove. Com a palavra a nobre deputada Beth Sahão. Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

A SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, Sr. Presidente. Deputadas, deputados, público das galerias, telespectadores da TV Alesp, servidores desta Casa, hoje, estou ocupando esta tribuna, Sr. Presidente, porque a cada dia mais a gente fica extremamente sensibilizada com os noticiários sobre a guerra na Faixa de Gaza. E agora as coisas pioraram mesmo, mais ainda.

Desde o início foi uma guerra sem justificativa, poderia acontecer um embargo, poderia acontecer uma pressão, poderiam acontecer várias outras atitudes vindas do governo de Israel que não fossem a total limpeza étnica que o governo de Netanyahu está promovendo sobre a população palestina.

Nas últimas semanas, para V. Exa. ter uma ideia, ele proibiu a entrada de água e de todo e qualquer tipo de alimento para crianças, para mulheres, para grávidas, para idosos, deixando aquela população... Se não morrem pelos bombardeios e pelos assassinatos cometidos pelo exército israelense, morrem de inanição, morrem de fome, porque não têm o que comer.

Sob o olhar, e o que me deixa indignada, é que uma parcela significativa do mundo ocidental tem um olhar complacente sobre essa guerra que está dizimando a população palestina.

O Estado de Israel ontem foi condenado tardiamente, diga-se de passagem, tardiamente e ameaçado por países como a França, o Canadá e o Reino Unido a interromper, na verdade, a promover um embargo econômico sobre o Estado de Israel. O que já deveria ter sido feito há muito tempo, no sentido de poder pressionar aquele estado, para que interrompa essa matança desenfreada em relação a um povo absolutamente indefeso.

É uma guerra totalmente desproporcional. Por quê? É um poderio bélico sem limites, o maior poderio bélico de toda aquela região, contra uma nação que tem um estilingue, não é? Houve atentados? Houve atentados. Houve atentados, precisam ser reprimidos? Eu não tenho dúvida.

Ninguém aqui é a favor de um atentado, de uma matança. Em hipótese nenhuma, mas essa guerra sem fim, essa guerra que avança cada dia mais sobre territórios que foram duramente separados para que aquele povo pudesse ter um lugar, uma terrinha para morar, para viver... Que, na verdade, a terra que hoje é ocupada por Israel também foi ocupada, também foi cedida após a Segunda Guerra Mundial.

Uma área que não era deles, que era originalmente daquele povo e que foram expulsos. Foram gradualmente sendo expulsos até ficarem em uma faixa. O próprio nome já diz, é uma faixa, é um pedaço de terra, para eles poderem ali sobreviver, criar seus filhos, suas famílias, e que nem hoje eles estão conseguindo, nem isso eles estão conseguindo fazer atualmente.

Então é preciso condenar, mas condenar de uma forma muito eficaz, de uma forma muito forte, esses ataques que estão destruindo um país inteiro. Um país que, diga-se de passagem, ainda não é reconhecido. Hoje a Organização das Nações Unidas, a ONU, está chamando vários países para fazer uma conversa mais aguda no sentido de poder iniciar os trabalhos para criar o Estado da Palestina.

Essa guerra só vai se resolver no dia que essa nação for criada e reconhecida por todo o planeta. É o mínimo, é uma dívida histórica que o mundo tem para com a população palestina. E digo mais para vocês.

Eu, como descendente de libaneses, que já estive ali próxima daquela região, devo dizer que aquele povo é um povo sentimental, é um povo pacato, é um povo amoroso, como eram os meus avós, como eram meus bisavós, como foram meus pais, deputado Suplicy - ambos descendentes, filhos de imigrantes libaneses, com muito orgulho.

Portanto, eu tenho convicção de que, ao subir nesta tribuna, defender aquele país, defender aquele povo que está sendo morto de uma forma cruel... Eu nunca vi tanta crueldade em uma guerra, principalmente em uma guerra em pleno século XXI que deveria deixar de existir, e os olhos do mundo não se voltam para impedir que essa destruição, essa limpeza étnica, repito, continue acontecendo.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputada.

Seguindo a lista de oradores inscritos na Lista Suplementar, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Nobre deputada Letícia Aguiar.

 

A SRA. LETÍCIA AGUIAR - PP - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., meus colegas, quem nos acompanha na galeria, quem nos acompanha pelas redes sociais e os nobres vereadores que fiz questão de trazer aqui hoje para acompanhar de perto como é a discussão e o debate feito nesta Casa parlamentar.

Bom, eu quero falar de forma especial hoje para o Vale do Paraíba, região que tenho muita honra de representar como deputada do estado de São Paulo. Nós tivemos uma notícia importante hoje, foi publicada no “Diário Oficial” a contratação para que a gente possa ter a muralha eletrônica no Vale do Paraíba. É uma demanda, uma necessidade antiga.

Eu me recordo de que ainda no meu primeiro mandato, em 2018, 2019, nós já havíamos feito um trabalho em conjunto para que a gente pudesse ter, efetivamente, as câmeras de monitoramento, como um grande cinturão.

Em 2023, o primeiro chamamento a respeito disso era para contratar 108 câmeras, para a região do Vale Histórico - uma região que precisa muito desse tipo de tecnologia para o combate ao enfrentamento ao crime.

Agora nós temos que celebrar, porque a notícia ficou muito melhor: agora serão 350 câmeras para todas as cidades do Vale do Paraíba. O que isso significa? Vale Histórico; Vale da Fé; Vale do Paraíba, ali aquela região mais central de São José dos Campos; e litoral norte.

Ou seja, todas as cidades estão sendo contempladas com 350 câmeras, por exemplo: Cruzeiro será contemplada, Guará, Piquete, Queluz, Roseira, Aparecida, Potim e todo o litoral norte.

Isso demonstra a preocupação do governador Tarcísio, do secretário de Segurança Pública Derrite, e do vice-governador Felicio, entendendo a necessidade de que Segurança Pública se faz também com tecnologia e inovação.

Nós vamos ter inteligência artificial nessas câmeras, leitura de placas e também o reconhecimento facial, tudo isso para fazer um trabalho integrado de investigação com a Polícia Civil e no trabalho preventivo com a Polícia Militar. E também esse acesso às câmeras, às imagens será feito em convênio e parceria com os municípios, ou seja, as guardas municipais também terão acesso. Ou seja, todos no combate e enfrentamento ao crime.

Eu fico feliz, como deputada do Vale do Paraíba, por poder dar essa boa notícia a você que mora nessa região, que passa pela Dutra todos os dias e sabe da importância de termos, com efetividade, segurança pública para as cidades.

Quero agora falar sobre o Hospital Regional de Cruzeiro. Machado, por gentileza. A você, de Cruzeiro, Novo Vale Histórico, pois bem: nesta foto aí, que está aparecendo na tela, eu estava recém-eleita há poucos dias do meu primeiro mandato - acho que estava há um mês do primeiro mandato. Nós fizemos uma reunião em Cruzeiro, e eu chamei todos os prefeitos e secretários de Saúde para que a gente pudesse discutir a implementação do Hospital Regional no Vale Histórico.

Nós temos o Hospital Regional em Taubaté, temos em São José, temos em Caraguatatuba, mas não tínhamos um hospital para ser feito o atendimento nas 17 cidades do Vale Histórico. Então nós fizemos essa frente, discutimos e trouxemos até o governo esse pedido devidamente assinado por todos os prefeitos e prefeitas da época e secretários municipais. Pode passar para próxima.

Aí nós já estávamos fazendo visitas nas obras, que a gente conseguiu tirar isso do papel. A gente foi lá acompanhar de perto o andamento das obras para poder, também, passar para as pessoas como estava a evolução, o progresso desse trabalho do Hospital Regional que fica localizado em Cruzeiro. Pode passar.

Aqui também, mais uma visita, agora em 2024, o hospital com uma cara ainda mais completa. Ao lado ali, já com o vice-governador, em 2025, no prédio pronto, aguardando apenas a informação de quem vai fazer a gestão desse Hospital Regional de Cruzeiro.

Então é uma vitória do nosso mandato, vitória de todas as pessoas que se empenharam por isso. Há muito tempo a gente precisava - saúde tem que ser prioridade -, e esse hospital regional no Vale Histórico, em Cruzeiro, é uma vitória e é necessário celebrar. Que ali a gente possa salvar vidas, atender as pessoas e atender os municípios.

Muitos município da região são carentes de atendimento, muitas vezes têm que levar os seus pacientes, deslocar os seus pacientes até Taubaté, até São José dos Campos e agora terão um hospital pertinho das suas cidades, centralizado, com atendimento, com muitas especialidades. Realmente um trabalho diferenciado que estamos entregando junto com o governador Tarcísio, com o vice-governador Felicio para a região do Vale do Paraíba, do Vale Histórico.

Fico feliz de poder fazer parte dessa história. Como vocês sabem, nós temos sempre um perfil de posição, de reconhecimento, de princípios, de valores que não negociamos, mas entendemos a importância de termos um mandato efetivo que busca solucionar e melhorar o dia a dia das pessoas.

É por isso que eu fico muito orgulhosa de fazer parte dessa missão e desse trabalho por todo o estado de São Paulo, de forma especial pelo Vale do Paraíba. Que Deus abençoe.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado, nobre deputada Letícia Aguiar. (Palmas.) Parabéns pelo trabalho e pela atuação representando o Vale do Paraíba. Cumprimento os vereadores presentes aqui.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Agora, no Grande Expediente, já convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Nobre deputado Eduardo Suplicy, que faz permuta com o deputado Luiz Fernando Teixeira.

Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro deputado presidente Gil Diniz, também cumprimento a deputada, que aqui expressou considerações importantes sobre a Saúde. Mas eu quero aqui transmitir uma preocupação sobre o caso Evans Osei Wusu.

No ano passado, em 13 de agosto, o imigrante Evans Osei Wusu faleceu após ficar retido no Aeroporto de Guarulhos. Evans, que é de Gana, chegou ao Aeroporto de Guarulhos em 4 de agosto, após ter sido deportado do México. Segundo a família, ele havia embarcado em Gana e deveria fazer uma cirurgia na coluna em território mexicano, mas o imigrante não conseguiu entrar no México, e o retorno a Gana passava por uma escala no Brasil.

Ao chegar em Guarulhos, Evans decidiu tentar entrar em território brasileiro para ser encaminhado a um hospital daqui, porque não teria condições de saúde para retornar ao seu país sem ser atendido antes. Ele ainda informou possuir dinheiro para o atendimento. Entretanto, o imigrante ficou retido no aeroporto, justamente com dezenas de imigrantes que aguardavam a análise de pedido de refúgio no Brasil.

Durante os dias que ficou no Aeroporto de Guarulhos, mesmo relatando fortes dores, nada foi feito. Apenas no dia 11 de agosto, após muita pressão dos imigrantes, Evans foi encaminhado ao Hospital Geral de Guarulhos, onde, dois dias depois, morreu de infecção generalizada, após um quadro inicial de infecção urinária.

Meu mandato acompanhou de perto a questão dos imigrantes retidos no Aeroporto de Guarulhos e da morte de Evans. Ontem, a Defensoria Pública da União entrou com uma ação civil pública contra a União e a companhia aérea Latam, pedindo indenizações que totalizam dez milhões pela morte de Evans e pelo tratamento desumano de estrangeiros retidos no mesmo espaço.

Em entrevista ao G1, o defensor de direitos humanos de São Paulo, Murillo Ribeiro Martins, explicou que a ação busca responsabilizar tanto a União quanto a companhia aérea pelos fatos que levaram à morte de Evans e pela situação de outros migrantes retidos. Segundo o defensor, o objetivo é garantir reparação à família e proteção aos migrantes por meio de indenizações e de um plano de acolhimento, para evitar novas tragédias como a de Evans.

Ele complementou que na petição consta que em parte da investigação conduzida pela Defensoria Pública da União se identificou que os migrantes foram e são submetidos à situação degradante e que, no caso de Evans, resultou no extremo, que foi a sua morte. Com isso, a ação cobra a responsabilização da União e da Latam por violação de direitos humanos, omissão de socorro, negligência e tratamento degradante aos migrantes retidos.

Os pedidos incluem danos morais e individuais e danos por perda de uma chance: 1,5 milhão de reais pelos danos sofridos diretamente por Evans antes da morte e por ele ter tido uma chance de sobreviver, caso tivesse recebido o atendimento médico no momento certo, e 500 mil para cada familiar direto, irmã, sobrinhos, os parentes afetivos, por sofrimento moral após o óbito.

Danos materiais. Valor a ser calculado, incluindo translado do corpo até Gana, não realizado, funeral, luto e despesas com a morte, além da pensão aos sobrinhos sustentados por Evans.

Danos morais coletivos. Dois milhões de reais pela situação degradante vivida por centenas de migrantes retidos nas mesmas condições, em Guarulhos, incluindo crianças gestantes e idosos.

O defensor ainda complementa. “A conclusão pela responsabilidade da União é tanto pela ausência de assistência aos migrantes retidos e que estão nessa situação por conta de conduta da própria União, enquanto se aguarda o processamento da solicitação de refúgio, como pela demora no processamento da solicitação de refúgio que fez com que ele ficasse muito tempo na área restrita.”

Já o da Latam é também pela falta de assistência, tanto no momento que estava na área restrita, como depois do falecimento, com a sonegação de informação ao hospital, resultando no enterro de Evans sem que a família soubesse.

Considero extremamente importante essa ação da Defensoria Pública da União, para que haja reparação à família de Evans, e para evitar novas tragédias como esta. Eu quero salientar que, de algum tempo, estamos chamando a atenção das autoridades responsáveis no Aeroporto de Guarulhos pelo tratamento, que precisa sempre ser mais respeitoso para com os migrantes.

Mas gostaria aqui também de assinalar esse tema que foi objeto da consideração da deputada Beth Sahão, pois em Gaza 14 mil bebês estão para morrer em 48 horas, se Israel não permitir ajuda, diz a ONU à BBC. O diretor de ajuda humanitária da ONU, Tom Fletcher, disse à BBC nesta terça-feira, 20 de maio, temer que 14 mil bebês possam morrer nas próximas 48 horas, se a ajuda humanitária não chegar a Gaza.

Israel está promovendo um bloqueio a Gaza. Nenhum alimento, combustível ou remédio estava sendo autorizado a entrar em Gaza desde dois de março, uma situação que a ONU já descreveu como um preço desastroso a ser pago pela população palestina.

No domingo, Israel passou a autorizar a entrada de ajuda humanitária, mas em pequena quantidade. Fletcher, que é secretário-geral adjunto para assuntos humanitários das Nações Unidas, diz que cinco caminhões de ajuda chegaram a Gaza na segunda-feira, mas são apenas uma gota no oceano, comparado com o que é necessário.

O que é preciso é inundar a faixa de Gaza com ajuda humanitária. Ele disse que embora os caminhões com ajuda humanitária tenham cruzado para Gaza, eles ainda não chegaram às comunidades necessitadas. Fletcher espera conseguir que 100 caminhões atravessem a fronteira para Gaza nesta terça-feira.

“Será difícil, observando que eles são impedidos em todos os pontos, mas vamos carregá-los com comida para bebês, e nosso pessoal correrá esses riscos”, diz Fletcher. “Quero salvar o máximo possível desses 14 mil bebês nas próximas 48 horas.” As declarações foram feitas pelo chefe de ajuda humanitária da ONU em entrevista ao programa “Today”, da BBC, nesta terça-feira.

A apresentadora Anna Foster perguntou a ele: “Como a ONU calculou esse número de 14 mil bebês sob risco em 48 horas?” “Temos equipes no local e, claro, muitos deles foram mortos”, respondeu Fletcher. “Ainda temos muitas pessoas no local. Elas estão nos centros médicos, nas escolas, tentando avaliar as necessidades.”

 

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- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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Fletcher elogiou uma declaração conjunta do Reino Unido, França e Canadá, criticando Israel. Ele disse que o verdadeiro teste da intenção de Israel de facilitar o acesso de ajuda humanitária está acontecendo agora. Ele afirma que “a ONU está exigindo que o mundo nos apoie para pressionar Israel a permitir a entrada de mais ajuda e a alcançar as pessoas que estão morrendo de fome”.

Muito obrigado, Sr. Presidente, deputado Reis.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de oradores do Grande Expediente, chamo o deputado Gil Diniz, por cessão do deputado Agente Federal Danilo Balas.

 

O SR. GIL DINIZ - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, nobre deputado Reis. Parabéns ao deputado Eduardo Suplicy pelas colocações sobre esse caso no aeroporto. Confesso que eu não sabia e vou ficar mais atento aqui a essas questões.

Mais cedo, o Dr. Jorge do Carmo falou sobre a questão do IML, e realmente é preocupante. O serviço funerário aqui na cidade de São Paulo está precário. A gente precisa se debruçar sobre isso. Já denunciei desta tribuna o que vi no Cemitério da Vila Formosa, onde são sepultadas, geralmente, pessoas pobres. Em uma única cova, deputado Reis, três pessoas sendo sepultadas na mesma cova.

Nunca vi nada igual, nunca tinha visto um relato sobre isso. Não sei se é por economia, mas, se for economia, é uma economia porca, que nós precisamos corrigir com a mais urgente resposta, neste caso. É um momento delicado que as famílias enfrentam, principalmente as famílias mais vulneráveis.

Mas, presidente, subi aqui a esta tribuna para falar um pouco sobre uma declaração que a primeira-dama deste país deu esta semana. Eu iria falar do roubo bilionário dos aposentados e pensionistas do INSS, mas o partido consegue superar.

É rombo nas estatais, prejuízo bilionário nos Correios, assalto bilionário a aposentados, e a primeira-dama deslumbrada que nós temos, que adora viajar. Nessa última viagem, ela foi uma semana antes, à frente do seu marido, Luiz Inácio. Salvo engano, foi primeiro para a Rússia.

E a gente precisa lembrar, né? Foi dito aqui sobre Israel e Gaza, o conflito que tem ali na Faixa de Gaza. Obviamente, nós queremos urgentemente um cessar-fogo, mas não tem... Eu pelo menos não ouvi aqui os deputados falarem sobre os reféns israelenses que estão sob o comando dos terroristas do Hamas, na Faixa de Gaza.

Então, fica registrada aqui a lembrança também dessas vítimas desse conflito, as vítimas também do lado israelense que estão sob o domínio do grupo terrorista Hamas.

E falando de Rússia, a gente não pode esquecer do conflito entre Rússia e Ucrânia. Parece que esquecem que a Rússia está em uma guerra de invasão. Eu sei que tem parlamentares aqui nesta Casa muito, mas muito, muito amigos do governo russo, inclusive visitando o país neste momento de conflito, havendo ali o presidente Vladimir Putin, e são milhares mortos, obviamente entre os dois países, mas convenhamos que o poderio bélico russo é muito superior ao da Ucrânia, e nós temos essa guerra de invasão, a Rússia invadindo o território ucraniano neste momento, neste momento, só que talvez não, a vida dos ucranianos não valha tanto assim para ser lembrada.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.

 

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Neste momento também, nós temos o conflito entre Azerbaijão e Armênia, Artsakh. A gente precisa lembrar que há presos políticos no Azerbaijão, alguns deles pessoas que são dadas à caridade, a ajudar o próximo.

Mas voltando aqui à nossa primeira-dama, ela disse, deputado Eduardo Suplicy, que ela jamais vai perder a oportunidade de falar. Que não importa, ela vai falar quebrando todos os protocolos possíveis.

Não importa se é do menor ao maior, frente a quem ela esteja. Já pensou se a moda pega? Os maridos das deputadas, as esposas dos deputados vêm aqui visitar os deputados, invadem esse plenário falando aqui do que eles imaginam o que tem que se falar.

Dessa vez, a Rosângela, ex-funcionária de Itaipu, a Janja, pede a palavra, quebrando o protocolo, uma reunião restrita, com o ditador chinês Xi Jinping. E ela diz que o algoritmo do Tik Tok, a gestão desse aplicativo é feita por uma empresa chinesa, está beneficiando a extrema-direita no Brasil.

E o que o Xi Jinping, esse ditador, pode fazer para ajudar? Ajudar quem? Mulheres e crianças? Claro que não. Para ajudar a esquerda, poxa, porque na rede social eles não sabem como funciona, e sempre estão atrás aí. Então ela precisa silenciar a direita, a centro-direita, por quê? Porque eles não têm essa conexão nas redes sociais que os parlamentares de direita têm.

E Luiz Inácio, para corrigir a gafe diplomática, o incidente diplomático, para passar pano ali para a esposa, a esposa que não é tão querida pelo Lulinha, Lulinha que já trabalhou aqui nessa Assembleia Legislativa. Acho que foi ele. Não é tão querida assim por ele. Ele tem alguns adjetivos aí que a trata.

Ela vai, o Lula vai e diz: "Olha, não foi Janja que pediu a palavra. Eu que disse ao companheiro Xi Jinping que nós precisamos que ele mande alguém aqui para o Brasil para verificar aí a regulação da rede.” Ou seja, eles querem a censura, eles querem calar você. Nós aqui, simplesmente, estamos no meio do caminho, estamos denunciando essa tentativa.

Então, o que Janja e Lula vêm a público dizer: "Não, nós estávamos com o Xi Jinping pedindo a regulação da rede, porque nós queremos proteger mulheres e crianças".

Eles pegam uma bandeira válida, obviamente eles querem ir no coração das pessoas, no sentimentalismo das pessoas, mas no fim do dia o que eles querem é a censura, a regulamentação das redes, o silêncio. Só eles podem falar, só eles podem dizer o que pode ser dito, o que pode ser publicado, o que você aí pode falar.

Já pensou, dona Maria, você que teve o desconto, o assalto na sua aposentadoria, já pensou se não fossem as redes sociais para você saber que estava sendo enganada, roubada, assaltada por quem está aí no poder? Já pensou se você dependesse estritamente da Rede Globo, a emissora oficial deste desgoverno? A gente ia penar, como penamos por muito, mas muito tempo.

Então, alguns parlamentares que ainda podem falar... Tem parlamentar preso, tem jornalista exilado. O próprio deputado federal Eduardo Bolsonaro hoje, neste momento, está nos Estados Unidos denunciando o que está acontecendo aqui no País.

Vejam só vocês. Um político, e vocês devem imaginar de que partido, pediu ao STF que retirasse o passaporte do deputado federal Eduardo Bolsonaro, para que ele não pudesse ir denunciar nos outros países, principalmente nos Estados Unidos, os desmandos que nós temos aqui. O senhor absoluto aqui do País. Você sabe de quem eu estou falando?

Aquele mesmo, “A Lei Xandre”. Ele é a lei. Deu cinco dias para a PGR se manifestar. A PGR passou quase 20 dias sem fazer a sua manifestação: “olha, vamos tomar o passaporte, não vamos tomar o passaporte”. Quando Eduardo anuncia, depois de 20 dias que não voltaria mais ao Brasil, ficaria nos Estados Unidos para denunciar essa ditadura do Judiciário que nós vivemos, no mesmo dia a PGR se manifesta, e Alexandre manda arquivar.

Vejam vocês que coincidência nessa “demogracinha”. Olha que coisa linda, maravilhosa, que nós vivemos. O Poder Executivo unido com o Poder Judiciário, massacrando o Poder Legislativo. Eles mandam cassar deputado, prender deputado. A gente precisa falar aqui da deputada Carla Zambelli, condenada a dez anos de cadeia. Sabe o que aconteceu com o suposto mandante do assassinato de Marielle?

Fala baixo que ninguém aqui do PT e do PSOL fala mais da Marielle aqui da tribuna, é um não assunto nessa casa. A Marielle foi esquecida. O Chiquinho Brasão, a mando do STF, ele mesmo, sabem o que eu estou falando, esse juiz, mandou ele para casa. Ele vai cumprir prisão em casa.

Repito aqui, para você que talvez não tenha entendido. O mandante do assassinato de Marielle Franco, ex-vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, foi mandado para a prisão domiciliar. Está cumprindo prisão domiciliar.

E sabe o que aconteceu com o mandato dele? Foi cassado na Câmara Federal, como outros foram? Não, não foram. Chiquinho Brasil não foi cassado, simplesmente ele faltou nas sessões. E o Regimento Interno da Câmara manda que ele perca o mandato por falta. Ou seja, os direitos políticos dele não foram cassados.

Nós temos o silêncio cúmplice da esquerda para quem manda matar a Marielle. Nós temos o silêncio cúmplice da esquerda com esse desmando do STF. Estão sendo beneficiados, mas, logo, logo, o chicote chega neles. E nós temos o silêncio cúmplice da esquerda com o assalto bilionário de velhinhos aqui no Brasil.

É o caos, mas a gente vai sobreviver a tudo isso, e vamos sim voltar à normalidade.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem, deputado Gil Diniz. Passamos agora a palavra para a deputada Carla Morando, pelo tempo regimental. Ausente. Então, o deputado Reis, em permuta com o deputado Simão Pedro, Tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. REIS - PT - Deputado Suplicy, eu fiz questão de voltar aqui no Grande Expediente, para deixar registradas algumas questões, e tornar público. Amanhã nós teríamos uma reunião na Casa Civil, com todos os sindicatos e associações da Polícia Civil. Essa reunião já foi marcada alguns dias atrás, e foram mobilizados todos os sindicatos, que nós tivemos a reunião aqui, foi construída uma pauta de reivindicações.

E nós pedimos que o governo recebesse todas as entidades classistas, ou as entidades de classe, para poder avaliar essa pauta de reivindicações da Polícia Civil de São Paulo. Foi agendado então para o dia 21, às 17 horas. Então, para todos que estão nos ouvindo, que estão nos acompanhando, recebemos agora... Hoje de manhã, estava confirmada essa reunião.

Recebemos agora, acabamos de receber que, por uma agenda do secretário da Casa Civil que foi pedida pelo governador, essa reunião está sendo remarcada para o dia 28 de maio. Então nós vamos avisar a todos os sindicatos, às associações, que a Casa Civil está remarcando essa audiência para o dia 28.

Quero também fazer a cobrança à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, porque ela está um pouco atrasada com relação ao projeto de resolução que trata do reajuste dos servidores da Assembleia Legislativa. Do reajuste dos servidores da Assembleia Legislativa e, claro, de toda a pauta que o Sindalesp levou à Mesa Diretora, pauta também que está sendo negociada. A Assembleia Legislativa está um pouco atrasada nesse quesito.

Acabou que o Governo do Estado estava atrasado; o Governo do Estado deu um reajuste, claro, muito ruim. A gente espera que a Mesa aqui faça justiça e não siga a lógica do Governo de São Paulo, não venha com cinco por cento. Que venha com reajuste, que realmente valorize e reconheça os servidores da Assembleia Legislativa, obviamente, com todos os pleitos, que está sendo feito pelo Sindalesp, com relação ao vale-refeição, ao seguro saúde, ou seja, a toda aquela pauta que foi levada à Mesa.

E que a Mesa se adiante, porque nós já passamos da primeira quinzena de maio, daqui a pouco estamos em junho, e os servidores estão ansiosos e apreensivos para saber qual será o reajuste que eles vão ter.

Então quero deixar registrada aqui, no Grande Expediente, essa cobrança. Eu não vou usar a tribuna para ficar fazendo falatório desnecessário, nem “fofocaiada”. É para cobrar. Nós estamos aqui para cobrar os direitos do povo de São Paulo, os direitos dos servidores públicos e os direitos dos servidores da Assembleia Legislativa. Então fica registrada aqui a cobrança.

Caso a gente perceba que a Mesa vai ficar se atrasando, nós vamos subir todos os dias aqui, até que chegue esse projeto. Vamos fazer a cobrança todos os dias, em nome dos servidores da Assembleia Legislativa.

Cobrar do Governo do Estado de São Paulo a minuta da Lei Orgânica Nacional. O governo se colocou para apresentar essa minuta até o dia 9 de maio. Cobramos, fizemos uma ligação, cobramos o governo, e ele falou que precisava apresentar para o governador, que estava aguardando o estudo de impacto financeiro, mas o governo está atrasado nesse quesito.

Aí os bloguistas ficam tecendo comentários a respeito da lei orgânica, como se eles então fossem até o Palácio do Governo, tivessem contato internamente, na Casa Civil. Aí pegam essas informações e ficam dissertando a respeito do tema, de uma coisa que ainda não chegou na Assembleia, de um projeto que ainda não foi apresentado aqui.

É difícil se posicionar a respeito de uma coisa que ainda não existe. O projeto só vai realmente ganhar validade quando o governador mandar para a Assembleia Legislativa, para que nós possamos nos posicionar a respeito dele. Enquanto isso não acontecer, o que tem aí no mercado, nos bastidores, é especulação.

Agora que a Casa Civil está atrasada, a Casa Civil está atrasada, ela tem que cumprir os prazos. O governo tem que cumprir os prazos. Eu entendo a lógica do governo, porque a lógica do governo, deputado Suplicy, é jogar para frente, é sempre para depois.

Ele sabe que nessa regulamentação vão ter que fazer adequações, inclusive adequações salariais, e, obviamente, o governo não quer nunca pagar isso de imediato, então ele vai ganhando tempo. Ele vai ganhando tempo, vai fazendo aquelas conversas de que está tudo pronto, de que está estudando, está estudando, e o tempo está passando.

E aí joga para o segundo semestre. Se tiver que pagar alguma coisa, paga para o ano que vem. É o modelo Sylvia Design: o primeiro pagamento só para agosto. Então eu quero deixar registrada, na data de hoje, a cobrança ao grupo que está responsável por redigir a proposta da Lei Orgânica da Polícia Civil do Estado de São Paulo, para que apresente essa proposta. Já passou da data para que apresente essa proposta.

A outra questão que eu quero deixar registrada, deputado Suplicy, deputado Conte Lopes, é a respeito dos policiais que fazem a Dejem. Aliás, estão tendo muitas reclamações com relação à Polícia Militar. Reclamações do trato, dos maus-tratos que o governo dá aos seus policiais. E, se a gente continuar nesse plano de visitas, cada dia a gente descobre uma coisa terrível que acontece na Polícia Militar.

E aí, quando o Suplicy passa aquele vídeo do cidadão sendo espancado, é uma transferência de violência que tem - da própria instituição para os seus policiais. Porque uma instituição que paga um salário indigno e que obriga o policial a trabalhar durante os 30 dias... “Ah, ela não obriga; ele trabalha porque ele quer”.

É verdade: pelo salário baixo que ele ganha, ele é obrigado a trabalhar. Ele é obrigado a fazer os bicos, ele é obrigado, inclusive, a fazer o bico oficial, que é a Dejem. Fazer o bico para o próprio governo.

E do que estão reclamando? É que agora o policial, para fazer a Dejem, tem que fazer o TAF - teste de aptidão física. É uma avaliação física que demonstra a capacidade física de um indivíduo para exercer determinadas funções.

Então, se ele for reprovado nesse TAF, o que acontece? Ele não pode fazer a Dejem. Obviamente, se ele não pode fazer a Dejem - e ele está contando com aqueles recursos, aquele acréscimo que ele vai ter no seu salário por conta da Dejem -, ele acaba não recebendo, não fazendo jus, porque lhe foi tirado o direito.

Eu até perguntei para o soldado que estava me reclamando a respeito disso. Eu falei: “mas você faz um treinamento, né, para fazer o TAF?”. Porque o TAF tem uma tabelinha lá: tantos quilômetros em tantos minutos, que você tem que correr. Aí ele falou assim: “como que eu vou fazer o treinamento se eu tenho que trabalhar os 30 dias, se eu tenho que trabalhar todos os dias? Como que eu vou ter tempo para treinar?”.

Então ele não tem como treinar. Ele vai fazer o TAF e acaba sendo reprovado. E aí não pode fazer a Diária Especial de Jornada de Trabalho, essa Dejem, que muitas vezes eles fazem para poder complementar o salário.

Então é mais uma reclamação que tem aqui da instituição, dessa transferência de violência do estado para o policial. E obviamente se o estado acaba tratando os seus policiais com violência, o cidadão vai sofrer lá na ponta. Essa violência vai ser transferida para o cidadão.

Então é cobrar do governo que ajuste isso. Que, primeiro, pague um salário digno para os policiais. E que, caso venha a precisar dos policiais para fazer essa Dejem, que os trate com urbanidade, com respeito, que os policiais precisam e merecem.

E por fim, Sr. Presidente, quero deixar registrado que no dia 29 de maio, uma quinta-feira, às 17 horas, no auditório Paulo Kobayashi, nós vamos fazer audiência pública para avaliar o Iamspe e o Hospital do Servidor Público. Então eu estou convidando os funcionários públicos do estado de São Paulo que são usuários do Iamspe para participarem dessa audiência pública. Estará presente aqui a superintendência do Iamspe.

E a gente quer, obviamente, que eles apresentem a evolução, o que está avançando no Iamspe, o que está melhorando para os servidores públicos. E, obviamente, ouvir os servidores públicos - qual é o entendimento e as impressões que eles têm com relação ao atendimento no Hospital do Servidor Público, que é mantido pelo Iamspe.

Então nós estamos convidando todos os servidores que são usuários do Hospital do Servidor Público para participarem desta audiência pública no dia 29 de maio, quinta-feira que vem, às 17 horas, no auditório Paulo Kobayashi.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus cumprimentos, deputado Reis. Agora passamos a palavra para o deputado Conte Lopes, por cessão do deputado Lucas Bove. Tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente e sempre senador Eduardo Suplicy, nobres deputados, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tenho acompanhado aqui desta tribuna várias críticas da oposição ao governador Tarcísio de Freitas.

É bom dizer que eu acompanhei a entrada do governador Tarcísio de Freitas na política, porque ele era ministro e um dia em que eu fui visitar Bolsonaro com o Coronel Telhada, o deputado Frederico dvila, na reunião lá na sala do presidente da República, o Bolsonaro, saiu a ideia de lançar o Tarcísio de Freitas ao Governo do Estado de São Paulo. Alguns favoráveis, outros contra, porque ele não era conhecido, era do Rio de Janeiro, tal. Bom, conclusão, nós até apoiamos, né?

Passados uns dias, fiquei sabendo que realmente o Tarcísio ia sair candidato a governador, mas pelo Republicanos, não pelo PL. O nosso partido, Sr. Presidente, está parecendo o time de V. Exa., deputado Suplicy. Está parecendo o Santos, o PL está parecendo o Santos. Ele vê o Yuri Alberto fazer não sei quantos gols, que era do Santos. Vê o Gabigol, o Kaio Jorge, todo mundo fazendo gol pelo mundo afora.

E o Santos contrata o Tiquinho Soares. Então nós estamos igual, né? Nós entregamos o nosso jogador, um jogador bom para o Republicanos e perdemos o Governo do Estado de São Paulo. Da mesma forma a prefeitura, que falei aqui ao Bolsonaro numa reunião: “Nós somos o maior partido do Brasil, nós temos o maior número de deputados. Nós não vamos lançar um candidato a prefeito?”.

Mas a gente foi chamado de dinossauro lá e passou e o PMDB está no governo do estado de São Paulo. E estou falando isso porque o governador Tarcísio está fazendo um bom governo, tanto é que as críticas estão aqui todos os dias em todas as áreas. O governador Tarcísio de Freitas está acabando com a Cracolândia.

Vi muita gente falando dessa Cracolândia. Quantos governadores, quantos prefeitos: “Vamos acabar com a Cracolândia.”? E fazia aquela festa e a Cracolândia estava aí. E a gente andando pelas ruas, não é aqui na tribuna, né? Porque aqui tem o PT, tem o PSOL, tem o nosso partido, o PL, tem o PP.

Cada um tem um partido, cada um torce para um. Um que acha uma coisa certa, o outro acha errado. Mas o povo não. O povo está vendo que na Cracolândia já não tem ninguém, né? Já não tem ninguém, está acabando a Cracolândia.

Está acabando a Favela do Moinho, que a droga é que carregava a Cracolândia. E veja que coisa simples da Segurança Pública. Ora, se acaba o tráfico, acaba a droga, o viciado vai embora. Qualquer lugar do mundo é assim. Se não tem droga, o viciado vai embora, ele vai atrás da droga em outro lugar. Então veja, não foi muito difícil tomar essa atitude e o governador tomou.

Está tomando, está agindo. E eu volto a repetir, com o apoio do povo, não é apoio político. “Porque agora o governo Lula mudou a ideia, não vai mais entregar”, mas o fator político funciona ou não? O governador está realmente liberando o centro de São Paulo para o povo de São Paulo, para os comerciantes, para os trabalhadores, para pessoas honestas? Está fazendo isso.

Então ele está atingindo o povo, não resta a menor dúvida. Tanto é que está aí com quase 70% de apoio popular e é um grande candidato, realmente, nobre deputado senador Suplicy, à Presidência da República, para disputar com o Lula, para disputar com o PT, para disputar com o PSOL, com os outros partidos, como haverá também outros candidatos da direita, centro de direita.

Cada um é candidato, Bolsonaro está inelegível. Não há uma democracia sem Bolsonaro, mas por enquanto está inelegível. Então se não mudar, vai ter uma eleição sem democracia e sem o Bolsonaro.

Então não adianta a gente querer soltar a toque de caixa, não vai funcionar nada. Então a gente vive só pegando, só perdendo. O Tarcísio está fazendo um excelente governo para o povo em São Paulo, quase 70% de aprovação.

É um candidato bom para a Presidência da República? Lógico que é, mas ele diz que vai ser candidato à reeleição, briga pela reeleição. Mas a gente sabe que na política se o cavalo passar encilhado, a gente tem mais de 40 anos, e a gente não monta, talvez a gente não monte mais, porque o cavalo já foi. Na política é assim.

Tem o momento exato para se disputar ou não a eleição, essa é a pura verdade. Então as várias críticas aqui ao governador são uma questão política. O próprio José Dirceu, que foi deputado nesta Casa comigo, quando fez 79 anos - é bem antigo o José Dirceu, fez 79 anos, nós outros estamos com 78 - mas ele falou, o Zé Dirceu, que é o guru do PT: “Tomem cuidado com o Tarcísio de Freitas.

O Tarcísio de Freitas é o homem”, ele falou no aniversário dele. Estava o PT todo lá. O Zé Dirceu falou: “Tomem cuidado”. Então é bom tomar cuidado com o Tarcísio. O PT já percebeu isso e o PSOL também, não é? Nós não, começamos a inventar. “Olha, vamos pôr a avó de não sei quem. A avó de não sei quem é uma boa candidata, porque é avó, a tia”. A política não é bem assim.

Quantas vezes nós criticamos a campanha política da presidente da República? A gente veio a esta tribuna. Não adianta o cara ficar na frente do quartel. Quantas vezes eu não falei isso? Enche aqui a Casa, enche o Congresso Nacional, não é ficar em frente ao quartel. Vai fazer o que no quartel?

Quantas vezes falamos isso? Quantas vezes falei nessa tribuna: “Vamos colocar o nosso exército nas ruas.” - o exército de eleitores. “Vamos fazer carreata na periferia de São Paulo, que tem mais de sete milhões de habitantes, bem maior do que ir ao Sergipe todos os dias que tem 700 mil”. Mas não. Não houve uma carreata, não houve um trabalho na periferia de São Paulo e perdemos aqui para o Lula na periferia de São Paulo. Mas o Tarcísio ganhou aqui em São Paulo assim mesmo.

Então, minha gente, quando a gente percebe muitas críticas, é porque o Zé Dirceu já falou lá atrás “Olha, toma cuidado, que o candidato é o Tarcísio de Freitas”. Agora o nosso não, já fica querendo ir contra. Por que contra? O interesse é a eleição ou simplesmente verificar o ego? Porque tem muita gente de muito ego.

A gente acompanha as campanhas políticas aí. Vejo candidatos a deputado chegar em comício com dez seguranças. Parecia o Roberto Carlos na época da Jovem Guarda. Dez seguranças com o cara. Outro sai: “Pá, pá”. Então, infelizmente, é isso.

Perdemos ter um governador à frente do nosso partido PL e de ter um prefeito à frente do nosso partido PL, mas a gente infelizmente... É o que eu penso e o que eu sinto, infelizmente.

Mas então essas críticas que o senhor vê aí... “O policial que está batendo”. Ora, se o policial está batendo no ladrão de moto, é para prender o ladrão de moto e não bater no ladrão de moto. Ele prende e leva para a delegacia e autua em flagrante.

Porque muitas vezes, realmente, tem muitos ladrões que torcem para apanhar. Quantos a gente não tem que segurar o policial. Quantos? A gente tem jeito de segurar. O policial para, meu.

Ele está xingando sua mãe, sua mulher, tudo, porque ele quer que você bata nele. Porque você batendo nele, você quebra a cara dele, vai chegar na delegacia. Ou nem vai para a delegacia, vai ser liberado. Ele sabe porque que está fazendo isso aí. Para ele interessa tomar um pau, não ir parar na delegacia, ir para a cadeia e tomar um flagrante, não é? Então o policial, às vezes, tem que ser inteligente.

Deveriam fazer como eu fazia na minha época de Rota, não é? Todos os dias, antes de entrar em serviço, uma hora de instrução, passando essa matéria que o deputado, senador Suplicy colocou aí, porque hoje em dia tem câmera em todo lugar, não é?

Se o cara acha que vai arriar o pau no cara e depois o cara vai ser preso por roubo, ele vai ser preso por agressão ou, pior, tortura, não é? Um vai para a cadeia de um lado e o outro vai para o outro.

Então está na hora de o policial também usar um pouco o raciocínio.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus cumprimentos, deputado Conte Lopes. A sua vivência é sempre importante para o debate com respeito à ação dos órgãos de Segurança.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Pela ordem. Tem a palavra o deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Havendo acordo de lideranças, pedir a suspensão dos trabalhos até 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Havendo entendimento entre todas as lideranças, eu suspendo a presente sessão, convocando a todos para às 16 horas e 30 minutos.

Muito obrigado.

 

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- Suspensa às 15 horas e 46 minutos, a sessão é...

 

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- ...a sessão é reaberta às 16 horas e 32 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão. Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 14a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 21/05/2025.

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a mesa requerimento da nobre deputada Márcia Lia, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar do evento Criabe 2025, que é um seminário dos criadores de abelhas da Confederação Brasileira de Apicultura, a realizar-se nos dias 19, 20 e 21 de maio do corrente ano, em Brasília, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa, também, requerimento do nobre deputado Eduardo Suplicy, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de reuniões sobre a renda básica de cidadania, com representantes do Poder Executivo dos municípios de Niterói e Maricá, de 23 a 26 de maio do corrente ano, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Também o requerimento do nobre deputado Eduardo Suplicy, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de palestra sobre a renda básica de cidadania em audiência pública sobre o programa da renda mínima para fazedores de cultura do estado do Ceará, de 27 a 29 de maio do corrente ano, em Fortaleza, sem ônus para este Poder.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há também sobre a mesa o requerimento da nobre deputada Beth Sahão, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de reuniões com ministros e demais membros do governo federal para tratar de investimentos para o estado de São Paulo, nos dias 26, 27 e 28 de maio do corrente ano, em Brasília, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há também sobre a mesa o requerimento do nobre deputado Carlos Giannazi, com o número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35, do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar de audiência pública na Câmara dos Deputados sobre a valorização dos profissionais da Educação e o Projeto de lei nº 2.531, de 2021, que institui o Piso Salarial Nacional dos Profissionais Técnico-Administrativos da Educação, a realizar-se nos dias 20 e 21 de maio do corrente ano, e será custeada via verba de gabinete parlamentar.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

Há sobre a mesa o requerimento da nobre deputada Professora Bebel, com número regimental de assinaturas, nos termos do Art. 35º do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de representação, com a finalidade de participar de audiência pública acerca do empreendimento residencial vertical denominado Boulevard Mirante Piracicaba, a realizar-se no dia 20 de maio do corrente ano, em Piracicaba, sem ônus para este Poder.

Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Gilmaci Santos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Antes, presidente, de pedir o levantamento, havendo acordo de lideranças, queria fazer uma comunicação brevemente. Pode ser, presidente?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Vossa Excelência convocou uma extra para votarmos o projeto...

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O projeto do Sr. Governador, o PL 20/25.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Ah, sim. Muito obrigado, presidente. Então, eu queria que neste microfone, neste momento... Eu creio que os nobres deputados estão ouvindo neste momento nos seus respectivos gabinetes, apenas para lembrá-los de que nessa votação nós temos mais uma hora de discussão ainda, encaminhamento, e que votaremos e que haverá verificação de votação, que precisamos dos deputados aqui em plenário.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - E havendo acordo de lideranças, presidente, eu queria solicitar o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Então, havendo acordo das lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os, ainda, da sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 37 minutos.

 

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