6 DE MARÇO DE 2024

20ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: SOLANGE FREITAS, CARLOS GIANNAZI e SIMÃO PEDRO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - SOLANGE FREITAS

Assume a Presidência e abre a sessão. Homenageia Priscilla Rosa Silva, Roberta Antunes e Patrícia Lemos, presentes no plenário.

        

2 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - SIMÃO PEDRO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

        

5 - VITÃO DO CACHORRÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - SIMÃO PEDRO

Assume a Presidência.

        

7 - ENIO TATTO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - LECI BRANDÃO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - ENIO TATTO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - ENIO TATTO

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

11 - PRESIDENTE SIMÃO PEDRO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 07/06, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.

        

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-Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Solange Freitas.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Mas antes de chamar os oradores inscritos, eu gostaria de marcar a presença de três mulheres guerreiras, mulheres que lutam por várias causas, que já tiveram vários problemas na vida delas, já passaram por uma condição bem difícil, e essa condição difícil fez com que elas lutassem por outras mulheres. Nada melhor que falar das mulheres neste mês dedicado a nós todas e às causas pelas quais a gente luta.

Estamos recebendo a Priscila, a Roberta, a Patrícia. A Priscila Rosa Silva é mamãe da Vitória, de 13 anos, autista, e faz parte do grupo “Inclusão para Todos”. Atualmente, são setecentas mães que lutam por essa causa, e não é fácil a luta delas.

A Roberta Antunes é idealizadora do grupo “Mulheres, Grandes Guerreiras”; ela faz da própria vivência que teve na vida como experiência e inspiração para outras mulheres; viveu nos cortiços de Santos, fez muita faxina, até que decidiu voltar a estudar, e conseguiu achar no artesanato um modo de recuperar tudo aquilo que ela precisava, dar exemplo e ajudar outras mulheres.

E a Patrícia Lemos, que é a idealizadora e coordenadora do projeto “Bora Lá”, que funciona no Tancredo Neves, em São Vicente, um projeto socioeducativo que faz vários serviços para as crianças que estão em situação de vulnerabilidade, mas também para as famílias.

Então é um projeto maravilhoso, que tem oficinas de capoeira, balé, ioga, hip-hop, reforço escolar, inglês, atendimento jurídico gratuito, atendimento psicológico, e hoje elas estão representando todas as mulheres batalhadoras do estado de São Paulo, que lutam.

E como uma forma de homenagear todas as mulheres do nosso estado de São Paulo, quero que elas venham até aqui para receber um buquê de flores. É uma singela homenagem por todo o trabalho que elas fazem nessa causa.

E agora, sim, vamos à lista dos oradores inscritos na sessão de hoje. Deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Deputado Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Bruna Furlan. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Paulo Fiorilo. (Pausa.) Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Rafael Saraiva. (Pausa.) Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.

Tem o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Solange Freitas, parabéns pela iniciativa de V. Exa. de homenagear essas mulheres guerreiras, já antecipando a comemoração do dia oito de março.

Eu quero aqui, através da tribuna da Assembleia Legislativa, Sra. Presidente, Solange Freitas, cobrar, mais uma vez, que o governo faça investimentos no Iamspe, que está abandonado pelo governo. O governo não financia mais, praticamente, o Iamspe. Os servidores não conseguem marcar consultas, exames, cirurgias, mal conseguem retirar remédios no Hospital do Servidor Público Estadual.

Os servidores têm dificuldades, sobretudo no interior paulista, na Baixada Santista, na Grande São Paulo e mesmo na Capital, de conseguir consultas, porque o Estado não investe no Iamspe e o Iamspe não consegue fazer os convênios com os hospitais regionais, com as clínicas, com os laboratórios, com as Santas Casas. Não há convênios em número suficiente. Pouquíssimas regiões são atendidas com os convênios.

E o Hospital do Servidor Público Estadual não dá conta do atendimento, porque eles estão terceirizando tudo lá dentro. A enfermaria é terceirizada, os médicos do pronto-socorro são terceirizados. Estão acabando com a carreira dos profissionais da Saúde, os efetivos de carreira. Tudo isso está destruindo o nosso Hospital do Servidor Público, o Iamspe: a falta de investimento.

Mas, além disso, eu tenho denunciado isso aqui exaustivamente em 2024. Foi aprovado o Orçamento para este ano de dois bilhões e 600 milhões de reais, que é o Orçamento, mas que é financiado praticamente pelos servidores públicos, com desconto de dois ou três por cento no holerite de cada servidor, de cada funcionário público do estado de São Paulo.

O governo só investe, desses dois bilhões e 600 milhões, apenas, aproximadamente, 104 milhões. Apenas 3,95 %, não chega nem a quatro por cento. Por isso que o Iamspe está esse verdadeiro caos, prejudicando, afrontando a dignidade humana dos nossos servidores.

E agora nós tivemos um episódio gravíssimo, além de tudo isso que eu resumi aqui, sintetizei rapidamente. Nós tivemos um episódio lamentável, que foi o cancelamento, pelo Iamspe, das contratações dos residentes médicos: 140 médicos residentes não puderam assumir as suas funções dentro do Hospital do Servidor Público Estadual.

Eu quero até mostrar uma matéria que foi exibida exatamente na sexta-feira passada em que aconteceu esse episódio e que nós estamos cobrando providências. Eu vou colocar uma parte dessa matéria aqui, da Rede Globo.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Então, essa é a matéria. Não dá para colocar inteira, mas ela está disponibilizada em nossas redes sociais. Só para concluir a minha intervenção, deputada Solange Freitas, deputado Simão Pedro.

É um absurdo isso. O Iamspe com uma falta enorme de médicos, e 140 médicos residentes foram impedidos de assumir a residência, o seu trabalho, para atender os servidores públicos do estado de São Paulo.

Então, nós queremos exigir aqui, da Assembleia Legislativa, da tribuna, providências imediatas, que essa questão seja resolvida imediatamente pelo Iamspe, porque parece que não fez a prova corretamente, e que o governo faça o investimento.

Que ele invista dois ou três por cento por servidor público, que dê a sua cota patronal como deveria ser, que haja uma gestão democrática do Hospital do Servidor Público - que é dos servidores -, que haja a abertura de mais convênios com clínicas, hospitais e laboratórios em todo o estado de São Paulo, para que toda a população de servidores tenha um atendimento digno nas suas regiões.

Que o hospital seja... Tenha investimento no Hospital do Servidor Público Estadual, que haja o fim das terceirizações, que haja a abertura de concurso público para contratar médicos e todos os outros profissionais da Educação... Da Saúde. Desculpa.

Muito obrigado, deputada.

 

A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito obrigada, deputado Giannazi. Continuando, então, a lista de oradores, deputado Caio França. (Pausa.) Carla Morando. (Pausa.) Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Simão Pedro, tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputada Solange Freitas, que preside esta sessão, deputado Carlos Giannazi, público que nos acompanha pela TV Assembleia, pelas redes sociais, funcionários da Casa e policiais, muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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Eu me inscrevi, Sr. Presidente, para informar, debater, aqui, sobre uma ação que o nosso mandato fez no dia de ontem, que foi protocolar, ajuizar uma ação popular no Tribunal de Justiça em relação à intenção do Governo do Estado de privatizar a Sabesp.

Como todo mundo sabe, o Governo do Estado aprovou uma lei ordinária aqui, na Casa. Esta Casa autorizou, aprovando o projeto de lei, o governo já sancionou, mas nós sempre contestamos que essa iniciativa é anticon... Inconstitucional. Perdão. Ela é inconstitucional, porque deveria ser feita através de um projeto de emenda à Constituição e não de um projeto de lei simples.

A ação, Sr. Presidente, foi acolhida pela juíza Dra. Maricy Maraldi. Ela acolheu a nossa ação e deu um prazo de cinco dias para que o Ministério Público se manifeste. Deu igual prazo para que a Procuradoria Geral do Estado se manifeste, e qual é a nossa argumentação?

Além da inconstitucionalidade da lei, que esse debate nós já fizemos aqui, é conhecido, mas para lembrar: a nossa Constituição é muito clara em relação às privatizações na área de saneamento. 

Água, fornecimento do esgotamento sanitário é muito clara no seguinte sentido: esse serviço, um direito da população, tem que ser prestado por uma empresa cujo controle acionário seja público.

O Governo do Estado ignorou. Essa Assembleia aqui também, na sua maioria, ignorou esse artigo claro, nítido da nossa Constituição e autorizou o governo a proceder a venda.

O governo já fez todas as articulações, mas agora, recentemente, esse ano, nós fomos surpreendidos que ele convocou audiências públicas para debater um assunto. Ou seja, isso é para inglês ver. O governo pretende enganar quem?

Nós cobramos tanto que fosse feito um plebiscito, nós cobramos tanto que fossem feitas audiências públicas. Nós, da oposição, PT/PSOL/PCdoB, da deputada Leci Brandão, que eu quero saudar aqui a sua presença, deputada, aqui no nosso plenário, na sua atuação aqui na Assembleia Legislativa, a honra que é compartilhar o trabalho com V.Exa., pessoa que eu admiro demais, tanto sua atuação política quanto a sua carreira artística, é muito bom vê-la aqui.

Então, nós fizemos as nossas ações, as nossas audiências públicas, e as pessoas que compareciam, câmaras municipais, eu mesmo participei de umas sete ou oito, as pessoas eram contrárias à privatização da Sabesp. Aliás, a “Folha de S.Paulo”, o Datafolha fez uma pesquisa e a maioria da população paulista é contra, mas eles insistem nesse argumento de que o que é privado é melhor e de que é público, é ruim.

Uma contradição, porque a pessoa resolve seguir uma carreira pública, servidores públicos que acham que o público é pior: é mais corrupto, é menos eficiente, isso é uma enganação, é uma ideologia para agradar os setores do mercado privado. Então, eles seguem essa toada navegando nessa ideia de que o público é sempre pior do que o privado. E não é, as coisas estão aí pra mostrar que isso não é verdade.

Olha o que fizeram com a privatização do setor elétrico, o sofrimento que é a Enel, concessão da distribuição da energia elétrica. Olha o que está sendo a concessão dos serviços públicos para o setor privado das Linhas 8 e 9 da CPTM; o serviço funerário em São Paulo. Além de piorar o serviço, os preços explodem, de tarifas, de taxas. É o que vai acontecer com a Sabesp.

Mas então o Governo do Estado chamou essas audiências públicas, que é uma contradição, é um cinismo fazer algo depois que o fato já está consumado, já está dado. Devia ter sido feito antes.

Então nós fomos à Justiça, o Tribunal de Justiça, através da Dra. Marice Amaral, acatou a nossa ação, deu esse prazo para o governo. Eu espero, então, que com isso esse debate sobre a privatização da Sabesp que agora... Evidente, o palco nosso é a Justiça, é o Tribunal de Justiça, é o Supremo, é nas prefeituras, nas câmaras municipais que têm que analisar a mudança de contrato, mas esse debate não é fato consumado, deputada Leci Brandão.

Então essa nossa ação tem esse condão de trazer de volta esse debate, esse assunto desse absurdo que é entregar a nossa água, a gestão da nossa água, que é um direito fundamental, algo essencial para a vida nas mãos daqueles que querem transformar esse direito em objeto de lucro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Com a palavra o deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Com a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Com a palavra a deputada Professora Bebel. (Pausa.)

Com a palavra o deputado Rogério Santos. (Pausa.) Com a palavra o deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Com a palavra o deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Com a palavra o deputado Felipe Franco. (Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge...

Vossa Excelência vai falar?

Então, com a palavra o deputado Vitão do Cachorrão, que fará uso regimental da tribuna.

 

O SR. VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, meu amigo Giannazi, muito obrigado, a gente veio correndo aqui. Agradecer a Deus por mais um dia de vida, Leci. Deputada Leci Brandão tem muitos fãs lá em Sorocaba, viu, Leci? A gente gosta muito de você lá, deputada Leci Brandão.

Agradecer a Deus por mais um dia de vida, de trabalho, por nos guardar na estrada e agradecer o pessoal aqui da Polícia Militar, da TV Alesp, agradecer também o pessoal da limpeza.

O que seria de nós, deputada Leci Brandão, se não fosse o pessoal da limpeza que limpa a Casa, limpa os banheiros... Eu, como vim de uma família muito simples, nunca esqueço do pessoal da limpeza. Que Deus abençoe a todos.

Quero falar algo muito importante, presidente Giannazi e deputada Leci Brandão, deputados também, sobre a falta de medicamentos de alto custo no estado. Eu tive essa reclamação, muita gente me ligando e me marcando nas redes sociais, e eu fui até o CHS de Sorocaba, onde é o Hospital Leonor, para entender.

Fui muito bem recebido e tenho a certeza de que o Leonor faz um excelente trabalho. É um centro de distribuição, só que a denúncia é da falta de medicamentos, mesmo com a liminar.

Por exemplo, tem medicamento que jamais um trabalhador, Deputado Enio Tatto, vai conseguir. A pessoa que trabalhou a vida inteira, que se aposentou com um, com dois salários mínimos e às vezes tem uma doença rara não vai conseguir comprar um medicamento 400 mil reais.

Tem um medicamento lá que, conversando com os médicos - quero agradecer o pessoal do Leonor - custou um milhão e 400, teve que vir de avião. Eu sei que esse medicamento, muitos medicamentos, além do estado, são do Ministério da Saúde, que são do governo federal. Eu não estou aqui para criticar ninguém, a gente só quer a solução.

Lá faz essa entrega para além de Sorocaba, que tem 800 mil habitantes, para mais 48 municípios. E a TV em cima, cobrando, mostrando, mas eu fui entender que lá é um centro de distribuição. O que eu fiz então, deputada Leci Brandão?

Pedi a lista dos medicamentos que estão faltando, para a gente ver o que é do estado e o que é do Ministério, porque a saúde não pode esperar, tem pressa, não dá para esperar um mês faltando um medicamento, dois meses.

Medicamento, por exemplo, de câncer; o câncer não pode esperar. E infelizmente o câncer é nas crianças, é no adulto, é no idoso, é no milionário, é no rico, é no pobre... O câncer, infelizmente, atinge muitas vidas e ceifa muitas vidas também, mas com o medicamento em dia, com o tratamento precoce, com o diagnóstico precoce, vai salvar muitas vidas.

Então eu pedi essa lista, e tem bastante medicamento faltando que infelizmente vem do Ministério, é federal. Então eu pedi a lista de tudo que está faltando. Fiz um ofício, também para o Eleuses Paiva, que é o secretário aqui do estado. Também acho que mandei ofício até... Pedi para a minha equipe mandar até mesmo para o governador Tarcísio de Freitas, porque a gente não pode admitir.

Eu vim aqui, Leci Brandão, de uma família muito humilde, graças a Deus, meu pai pedreiro. E mesmo eu sendo base do governo eu estou aqui para ajudar, eu não vim aqui para ficar obedecendo, não, sendo fantoche. Se eu ver que está faltando medicamento lá, eu sou deputado do Republicanos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Simão Pedro.

 

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Gosto muito do meu partido, agradeço muito e sou do partido do governador, mas eu não vou ficar calado. Porque eu estou aqui para lutar pelo povo, por aqueles de chinelo de dedo, aqueles que vieram lá da periferia, aqueles que não têm condições.

Eu cheguei lá e pedi essa lista para não faltar medicamento, porque o nosso estado é rico, é milionário. O que não pode é a pessoa ficar sem tratamento, ainda mais quem tem um filho, uma mãe ficar desse jeito, sofrendo.

Outra: 48 municípios, saem malotes para todos os outros municípios. Imagina a pessoa ir lá buscar e não ter um medicamento, você ter que cortar o tratamento. Todos sabem, não precisa nem ser médico, tem doutores aqui.

Eu estava conversando com o doutor que é deputado. Se você parar o tratamento ou interromper quando você está tomando um antibiótico, você prejudica totalmente a sua saúde, prejudica o tratamento, você volta pior do que quando você estava.

Então, eu estou aqui para lutar para que não falte medicamento no Estado, principalmente no CHS, lá no Hospital Leonor, em Sorocaba, onde distribui para muitos municípios. A nossa missão aqui é trabalhar por aqueles que mais precisam.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Dando sequência à ordem dos oradores inscritos, chamo o deputado Felipe Franco. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi.

Com a palavra, deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, nobre deputado Simão Pedro, presidindo a sessão hoje. Queria  cumprimentar a querida deputada Leci, querido deputado Vitão do Cachorrão, todos os funcionários e quem nos assiste.

Sr. Presidente, na Comissão de Transporte - ocorreu a reunião agora, com uma pauta extensa - foram aprovados, depois de muito tempo, dois requerimentos importantíssimos. O 46, que é uma audiência pública para tratar da duplicação, V. Exa. conhece muito bem aquela região também, da estrada do M’Boi Mirim. É um requerimento deste deputado e do deputado Donato, convidando, porque ele se prontificou a vir aqui, o coronel Sérgio Codelo, que é o superintendente do DER, para tratar desse assunto. É um assunto que se estende há mais de 15 anos, no extremo da zona sul de São Paulo, região do M’Boi Mirim, do Jardim Ângela, uma via que chega até Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu.

Só que é uma enganação e a população não acredita mais em ninguém. Por diversas vezes, e não é exagero, deputado Simão Pedro, quando eu falo diversas vezes, foi anunciado o início das obras dessa duplicação da estrada do M’Boi Mirim, tanto pela Prefeitura de São Paulo como pelo Governo do Estado, já que uma parte dessa via pertence ao Estado, é uma SP, e a outra parte pertence à Prefeitura. 

No governo da Marta e do Fernando Haddad, foi duplicado até a Menininha, até o hospital do M’Boi Mirim, e faltou aquela outra parte, que pertence ao Estado.

Então vamos fazer essa audiência pública para a gente cobrar mais uma vez o porquê de não recomeçar, não terminar essa obra de duplicação da estrada do M’Boi Mirim, importantíssima, porque é uma população que levanta às três, quatro horas da madrugada e emperra. O trânsito é enorme ali, onde ela estreita e não foi duplicada, não foi alargada. Já foi lançada a pedra fundamental, já foi feita a festa com o governador, na época o Doria, depois o Rodrigo, como secretário, com políticos da região que enganam muito a população, e a obra não sai do papel.

Então, agora, a gente convocou, o Sérgio Codelo e ele já falou que quer discutir, de preferência a gente fazer uma audiência pública lá na região, já que fizemos algumas audiências públicas, mas não foi representante do Governo do Estado. 

E, desta vez, a gente vai pedir para estarem os dois entes, tanto da Prefeitura como do Estado, para ver como está o andamento dessa obra, já que tem que ser feita em conjunto, o Estado e a Prefeitura, para, de uma vez por todas, atender a essa necessidade da zona sul de São Paulo, que é a duplicação da estrada do M’Boi Mirim.

Outro requerimento também muito importante, que estava parado, e que foi aprovado no dia de hoje, de minha autoria, é para chamar o presidente da ViaMobilidade para explicar a continuidade dos problemas das Linhas 8 e 9, que são as campeãs de problema na zona sul, aquela região toda da zona sul, que é notícia todos os dias de quebra, de não funcionar os trens da CPTM, que foi privatizada. 

É explicação e mais explicação, já chamamos eles aqui. Colocaram que tinha um prazo e que ia melhorar, mas não melhora, a população sofre. Qualquer chuva, qualquer relâmpago que dá naquela região, impressionante, interrompe tudo. 

E todos os dias tem algum problema na Linha 8 e Linha 9, que se estende até o Grajaú, Vila Natal, e agora vai inaugurar a estação Varginha, que também foi uma luta muito grande. 

E não consegue resolver. Privatizaram, faz mais de um ano e meio que foi privatizada; tinha uma promessa de que iria melhorar com a privatização. E a população percebe que só piorou, só piorou. 

Falta de investimento e prioridade. E não tem mais o que explicar para aquela população. É só acompanhar os noticiários na televisão, no rádio, nas redes sociais, que todos os dias tem algum problema com a Linha-8 e, de forma muito especial, a nove.

Então, foi aprovado esse requerimento para a gente chamar aqui o presidente da ViaMobilidade, junto com alguns diretores da CPTM, do Governo do Estado de São Paulo, para explicar por que tanta incompetência, tanta inoperância, porque a população está sofrendo muito por conta disso. 

Era isso, Sr. Presidente. 

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns, deputado Enio Tatto. Dando sequência à ordem dos oradores inscritos, chamo o deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.)

Deputado Daniel Soares. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputada Solange de Freitas. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.)

Entrando agora na Lista Suplementar, deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. Vai fazer uso da palavra, deputado? Passa a palavra. Então, deputado Carlos Cezar. (Pausa.)

Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Professor Santos. (Pausa.) Deputada Leci Brandão.

Tem a palavra pelo tempo regimental neste Pequeno Expediente.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Exmo. Sr. Presidente, deputado Simão Pedro, nosso sempre grande parlamentar, que cuidou durante muito tempo aqui da Comissão de Educação; eu tive o prazer de ser sua colega.

Quero parabenizá-lo e agradecê-lo também pelas palavras de carinho. Agradecer também ao deputado Cachorrão, ele que tem uma história muito parecida com a nossa, pois ele vem de uma origem humilde.

E eu o reconheço pela luta que tem empreendido nesta Casa. Deputado Enio Tatto, parabéns a V. Exa. pelas indicações que fez na Comissão de Transportes, porque essa estrada do M’Boi Mirim é uma história antiga, né. E pode ser que a gente consiga, afinal de contas, algum resultado positivo.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha aqui pela galeria, todos os militares e civis também. Agradecer ao povo que foi citado ainda há pouco aqui, que é o povo da limpeza, o povo que tem reconhecimento na nossa vida também, porque a minha vida passa por isso: eu sou filha de uma servente de escola pública, com muita honra.

Mas eu queria dizer o seguinte, Sr. Presidente: nós estamos na semana do Dia Internacional da Mulher. Nos últimos dez anos, houve uma redução na diferença entre salários pagos às mulheres e aos homens.

Mas não é o quadro ideal, principalmente se levarmos em consideração as mulheres negras, que, como sabemos, permanecem recebendo menos e sendo a base da pirâmide da desigualdade.

Pois bem, em julho do ano passado, o governo federal sancionou uma lei que garante igualdade salarial entre homens e mulheres e estabelece medidas para tornar os salários mais justos.

Disque 100, disque 180 e disque 158 - denuncie qualquer descumprimento de igualdade salarial por parte de empresas ou de entidades. Nós temos que destacar a importância dos movimentos sociais, de trabalhadoras e trabalhadores, de mulheres, e de todos os movimentos de esquerda que permanecem em luta.

São a base de apoio para medidas como esta, tomada pelo nosso presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Não basta ter um governo de esquerda, sem que os movimentos sociais estejam atentos e atuantes.

Contrariando alguns teóricos, que são contra a atuação da esquerda, eu vejo essa luta por igualdade salarial como prova de quanto nós, da esquerda, somos atuantes. Somos pessoas que acreditamos nos nossos objetivos, de verdade. Seja na rua, seja nas instituições, seja no governo. Eu fiz questão de vir a esta tribuna, fazer esta fala, porque eu li alguma coisa, nesse final de semana, de que a esquerda morreu.

A esquerda não morreu não. A esquerda está viva, está atuante. Nós acreditamos na nossa união, nas nossas ideias. Eu tenho a maior honra de ser uma mulher pertencente ao Partido Comunista do Brasil, ou seja, o PCdoB.

Hoje eu faço parte da Federação. Eu tenho recebido, por parte do Partido dos Trabalhadores, muitos desejos para que a gente se recupere. Nós estamos recuperando. E que as pessoas saibam que nós vamos continuar sempre defendendo os nossos objetivos, as nossas ideias e as nossas opiniões.

Jamais isso vai fazer com que a gente se fragilize. Jamais vão fazer com que a gente perca a nossa vontade, o nosso ímpeto, a nossa luta, que foi uma luta que sempre existiu, uma luta que, de repente, custou um pouco para voltar para a trincheira. Mas voltou, e nós estamos aí. A esquerda não morreu. A esquerda está muito viva.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns, deputada Leci Brandão. Convido agora o deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente deputado Simão Pedro, parabenizo a deputada Leci pelo seu pronunciamento. Cumprimento a todos mais uma vez.

Volto a esta tribuna para falar sobre a situação dos funcionários que prestam serviço de segurança em unidades do Centro Paula Souza nas cidades de Ourinhos, Marília, Assis, Paraguaçu Paulista, Tupã, Ipaussu, Garça e Cândido Mota.

Eu falei, há poucos dias, que eles estavam sem receber salários - de uma empresa terceirizada, contratada pelo Centro Paula Souza - há dois meses, e que eles iriam entrar em greve. Eles entraram em greve; não receberam, mas já voltaram a trabalhar. Por quê? Porque o Centro Paula Souza rescindiu o contrato com a empresa de vigilância que não pagou os salários para eles e contratou uma empresa de emergência.

Só que tem um problema. Os funcionários continuam sem receber os dois meses que trabalharam. E você imagina o funcionário que trabalha nessa área, que o salário já é pequeno, ficar dois meses sem receber o salário para sustentar a sua família. No dia até coloquei que o Centro Paula Souza deveria assumir esse compromisso, de pagar os funcionários. Não pagar a empresa e repassar para os funcionários.

Aconteceu isso, inclusive, aqui na Assembleia Legislativa. Eles voltaram a trabalhar, provavelmente a nova empresa vai pagá-los. Mas, e os dois meses que estão pendentes, quem paga? 

O sindicato de lá, é logico que vai entrar na Justiça, e deve ter entrado já para cobrar da empresa o pagamento. Só que isso se estende. Só que os pais de família, os trabalhadores, não podem ficar esperando. A fome tem pressa, como já dizia o nosso saudoso Betinho.

Então é a preocupação de contratar empresas que não sejam idôneas. Tem a Lei das Licitações, que tem que se obedecer, e muitas vezes a empresa, para ganhar a licitação, joga o preço lá embaixo e depois não consegue cumprir os contratos. 

Ou até mesmo diretores, empresários, que deixam de pagar o funcionário para aumentar os seus lucros. É mais ou menos o que aconteceu com essa empresa, que é a Porterc Segurança Patrimonial, daquela região. 

O que mais nos preocupa é o seguinte: os funcionários vão ficar dois meses sem receber? Quando vão receber? A gente sabe que uma ação judicial é demorada. O que eu tinha proposto? 

Que o Centro Paula Souza pagasse os funcionários e cobrasse da empresa, mas não, o que eles falam é que agora o problema é do sindicato dos trabalhadores com a empresa que deixou de pagar. 

É um cuidado que a gente precisa ter: quem não pode ser prejudicado, quem não pode deixar de receber o salário, principalmente em uma terceirizada do setor público, são os trabalhadores, são os funcionários. 

Então, está nessa situação. Foi rescindido o contrato com a empresa e foi contratada uma de emergência. Espero que essa, de emergência, contrate os próprios funcionários que estavam trabalhando lá e que se resolva o mais rápido possível o atrasado desses funcionários, que prestaram seu serviço, que trabalharam e que não receberam os meses de janeiro e fevereiro. 

Então, chamo atenção mais uma vez do Centro Paula Souza, do Governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia, para que eles possam ajudar a resolver o pagamento desses atrasados dos funcionários de toda essa região de Ourinhos, de Paraguaçu Paulista, Tupã, Cândido Mota, Garça, Marília, Assis, que estão sem receber.

Era isso, Sr. Presidente.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, peço o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convocas V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 42 minutos.

           

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