12 DE SETEMBRO DE 2025

47ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Presidência: FELIPE FRANCO

RESUMO

1 - FELIPE FRANCO

Assume a Presidência e abre a sessão às 20h14min.

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia as autoridades presentes. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

3 - PRESIDENTE FELIPE FRANCO

Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene em "Comemoração ao Dia do Profissional de Educação Física", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Destaca a importância desta homenagem aos educadores físicos. Discorre sobre iniciativas de seu mandato que dizem respeito à área.

4 - AILTON MENDES DA SILVA

1º vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região, faz pronunciamento.

5 - RIALDO TAVARES

Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região, faz pronunciamento.

6 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo institucional do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. Dá início à entrega de premiações a diversos profissionais da educação física.

7 - PRESIDENTE FELIPE FRANCO

Reitera a importância social dos educadores físicos. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h21min.

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ÍNTEGRA

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Felipe Franco.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de comemorar o Dia do Profissional de Educação Física. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.

Convido para que componha a Mesa Diretora o deputado estadual Felipe Franco, presidente e proponente desta sessão solene. (Palmas.) Rialdo Tavares, presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.) Ailton Mendes da Silva, 1º vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.) Waldecir Paula Lima, 1º tesoureiro do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.) Marcelo Vasques Casati, 2º tesoureiro do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.) Nelson Leme da Silva Junior, conselheiro e ex-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.) Flavio Delmanto, ex-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.)

Convido todos os presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro cabo PM Pontes.

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos à Camerata do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo pela execução do Hino Nacional Brasileiro. Muito obrigada.

Registramos e agradecemos a presença das seguintes personalidades: Sirana Bosonkian, vereadora do Guarujá; desembargador Sérgio Antônio Ribas, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Carlos Bakos, presidente do Panathlon; Cristiano Mendes, secretário de Esportes de Embu das Artes. Obrigada pela presença dos senhores.

Passo, então, a palavra ao proponente desta sessão solene, deputado estadual Felipe Franco.

O SR. PRESIDENTE - FELIPE FRANCO - UNIÃO - Olá, boa noite a todas e a todos. É uma satisfação hoje receber esta Casa cheia, ao lado de grandes pessoas e amigos. Então vamos lá fazer a abertura tradicional da Casa.

Iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente da Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de comemorar o Dia do Profissional de Educação Física. Bom, então, abrimos regimentalmente.

Eu já trago algumas palavras do Dia do Profissional de Educação Física. Fiz um texto aqui de algumas situações em que eu ando trabalhando e atuando dentro desta Casa. Quero aproveitar e cumprimentar todos que estão presentes nesta mesa, compondo este dia tão especial, que é a homenagem ao profissional de educação física, que, além do mais, é a minha profissão, não é?

É a profissão que hoje me colocou sentado aqui nesta mesa, como deputado estadual, e extremamente atuante pelo esporte, pela atividade física, pela prevenção, pela saúde, pelo ser humano, pelo munícipe.

Senhoras e senhores profissionais de educação física, autoridades e amigos, é uma honra estar aqui hoje celebrando uma categoria que faz parte do que sou e do que me moldou dentro da minha vida. Digo isso não apenas como deputado, mas como alguém que viveu toda essa experiência, desde a faculdade até a sala de musculação - e foram mais de dez, 15 anos atuante nisso.

Eu sei o que é viver como um profissional de educação física há mais de 20 anos. Tenho orgulho em afirmar: sou um profissional de educação física. Nós somos essenciais para a população e precisamos compreender que, por meio do nosso trabalho, podemos salvar vidas, mudar histórias e levar esperança e qualidade de vida.

Muito além da saúde física, também cuidamos da saúde mental das pessoas. Estamos na linha de frente contra o sedentarismo, a obesidade, doenças cardiovasculares e a baixa qualidade de vida. Assim como os médicos tratam doenças, nós prevenimos que elas aconteçam.

A nossa atuação ultrapassa os muros das academias e das escolas. Estamos em clubes, praças, parques, hospitais e entre as comunidades. Onde há gente, lá estamos nós, ajudando as pessoas e conquistando mais e mais a sua saúde e o tempo da sua vida. Eu sei disso porque vivo essa realidade.

Conheço o lado do profissional que acorda às cinco horas da manhã para dar aula e só encerra às 23 horas da noite. Eu fiz muito isso - ao lado de quem enfrenta dificuldades, mas não desiste. Eu tenho orgulho de cada colega que insiste e resiste todos os dias atuando dentro da nossa área como profissão.

É por isso que eu estou aqui hoje como deputado estadual - por vocês, profissionais de educação física, e pelos atletas. Sigo lutando em diversas frentes, muitas vezes para garantir o nosso básico, que não é o que deveria - deveríamos ter muito mais.

Um exemplo é o direito à meia-entrada em eventos culturais. Vou citar um projeto de lei em que atuei, que tive 100% de aprovação aqui nesta Casa, mas infelizmente nós tivemos um veto, que foi em relação à aprovação da meia-entrada aos profissionais de educação física... Que também já temos os profissionais atuantes dentro das redes públicas, que é realmente a licenciatura, mas o bacharel também tem direito nisso.

Infelizmente... Qual o benefício que já é garantido aos professores? E eu me pergunto: “Por que não também aos profissionais de educação física?” Qual é essa diferença? O que um bacharel tem e um licenciado não? Nós somos todos iguais e devemos ter direitos iguais. É por isso que eu brigo. E qual foi o argumento? Foi o impacto econômico em relação a tudo isso.

É uma iniciativa que corrige a lacuna histórica do reconhecimento ao profissional de educação física como parte indissociável da política pública de saúde, do lazer e da cidadania, em resposta a esse argumento de que o projeto ampliará direitos sem apresentar estimativas e impacto financeiro.

Aqui, eu tenho uma missão dentro desta Casa. Imagina você legislar e não poder criar nenhum tipo de impacto ao governo? Como é que você faz lei, e essa lei não anda? Por quê? Porque a partir do momento em que você onera o governo é um problema, porque o governo sempre não tem dinheiro.

Mas não importa, a gente está atuando e criando leis novas para que a gente tenha mais acesso aos profissionais, aos atletas, aos desportistas, aos munícipes, e a gente carrega essa bandeira todos os dias.

Dados objetivos demonstram que a quantidade de eventos que ocorrem simultaneamente no estado de São Paulo, que são mais de 1.332.250 eventos, e pessoas, que podem ter essa conclusão relacionada à meia-entrada em cinemas, espetáculos teatrais, esportivos e outros. Implantado um número, hoje seria em torno de 130 a 150 mil profissionais de educação física bacharéis registrados.

Dentro desse um milhão e 300, arredondando, por que não adicionar 150 mil profissionais que podem estar atuando dentro desses lugares com a meia-entrada? Somos bacharéis. Cinquenta por cento disso seria em cinema, entrada em eventos esportivos, e a gente não tem nem isso. Então é uma situação em que a gente vem trabalhando e atuando diretamente com o governo para que isso mude.

Já sancionei duas leis, estou trabalhando pela terceira lei agora, realmente, com uma aprovação e uma sanção, mas não é fácil, porque aqui, para você desenvolver uma lei, você tem que fazer rir para você poder sorrir. Então é bem complicado isso. Eu digo a vocês que não vou parar com essa luta. É apenas uma das inúmeras batalhas que seguiremos em frente juntos.

Mas tenho um projeto que é atuante agora, já está registrado, que é a criação do projeto “Rotina Ativa”, que leva atividade física aos condomínios, por meio de profissionais de educação física, com 100% de gratuidade. Eu atendia 42 condomínios apenas. Eu não conseguia mais profissionais. Por quê? Eles merecem receber, mas a condição dentro do gabinete tem um limite. Eu não consigo atender a todos.

Dentro disso, a educação física, já presente também com uma de nossas leis, chamada “Rotina”, já está presente em UBSs e em UPAs, que são as Unidades Básicas de Saúde, relacionadas a pessoas que tem uma baixa renda, uma condição de não oportunidades.

O profissional de educação física está ajudando essas pessoas nessas regiões, graças a uma parceria com o prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes, que foi um cara, assim, excepcional, que abriu para a gente 200 novas vagas de empregos para a nossa categoria. Não é muito, mas já é um começo.

Na UBS hoje você vai ter um profissional de educação física podendo atuar juntamente com um fisioterapeuta, juntamente com um psicólogo. A parte multidisciplinar é muito importante. Esse profissional de educação física tem que dar continuidade, pós um trabalho de fisioterapia, de repente em uma atuação ali na parte de ortopedia.

É por essas coisas que a gente vem trabalhando. Estamos em busca da criação das carreiras públicas do profissional de educação física. Profissional de educação física, por que você não é concursado? Por que você não tem uma carreira pública? Por que a gente não pode estudar, passar e ter uma carreira pública atuante dentro do estado ou que seja no município? A gente merece isso também.

Então já, diretamente com o nosso amigo secretário Rodrigo Goulart, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, fui lá brigar, pedir, trabalhar e mostrei o que é o profissional de educação física. Abrimos também esse espaço e, em breve, estaremos com grandes notícias relacionadas a isso.

Bom, nas minhas redes sociais, recebo algumas demandas relativas aos “personais”, questionando a atuação do Cref. E hoje eu estou nesta mesa juntamente com o Cref. Eu recebo diversas mensagens relacionadas a eles. Mas, assim, já convido o presidente Rialdo que venha à Comissão de Assuntos Esportivos, da qual sou vice-presidente, e utilizo esse espaço para mostrar à categoria todos os efeitos e benefícios que o Cref-4 hoje disponibiliza aos profissionais de educação física.

Hoje, com certeza, esses gigantes aqui vão falar muita coisa que acontece dentro da nossa área. Mas, às vezes, por falta de leitura, você acaba se complicando, porque você escreve algo que, às vezes, você não sabe.

Quer um exemplo? Eu tenho 15 mil crianças e mais de 60 projetos sociais que eu ajudo. Quem sabia que eu ajudava 15 mil crianças? Se eu não falo, se eu não posto, se eu não mostro, vai ficar guardado para mim. Então é importante que a gente venha batendo nessa tecla.

Eu tenho 41 projetos de lei. Cinco são relacionados só a profissionais de educação física, na área da Saúde. Então eu tenho muita coisa dentro desta Casa, e eu tenho a honra de falar que eu sou o principal deputado estadual 100% do Esporte, representando a nossa categoria.

Presidente, coloco as minhas redes sociais à disposição do Cref para colaborar cada vez mais com a comunicação entre profissionais e o conselho. Eu acho que isso é muito importante. Esse consenso, essa união para a gente mostrar aos profissionais que a gente pode, cada vez mais, evoluir o Cref, evoluir junto com o profissional de educação física é de grande importância.

Então deixo à disposição minhas redes sociais, a Casa aqui, a Assembleia. E, no que vocês hoje estiverem cada vez mais atuantes, eu estarei junto com vocês.

Hoje, nesta sessão solene, eu reforço o meu compromisso. Sigo batalhando, trabalho por vocês, porque eu não falo apenas como um deputado, falo como alguém que vive a educação física.

Hoje eu tenho mais de 20 anos na nossa área. Quem teve sua vida transformada por ela sabe o quanto podemos transformar o futuro do nosso estado valorizando a nossa profissão. Essa é a minha força na minha vida, e essa é... Perdão. Essa força não é minha, essa força é nossa. É um tema de que eu sempre gosto de falar, porque eu estou aqui representando vocês.

Então muito obrigado a todos.

Um bom evento a todos os homenageados. (Palmas.)

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, deputado Felipe Franco. Só um recadinho: algumas pessoas ainda estão em pé, e nós temos lugares vazios aqui embaixo, lá em cima também. Então fiquem à vontade para poder prestigiar com conforto a solenidade.

Neste momento, convidamos a fazer uso da palavra Ailton Mendes da Silva, 1º vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.)

O SR. AILTON MENDES DA SILVA - Vocês não sabem o quanto é bonito vê-los aqui de cima. Eu vejo aqui pessoas que fizeram parte da minha formação acadêmica. Felipe, eu estou há um pouquinho mais tempo do que você. Eu estou há 31 anos. E tem professores meus aqui. Então não vamos falar muito mais de idade.

O Felipe falou algo muito importante. A sociedade precisa reconhecer o devido valor e o devido espaço do profissional de educação física. Nós somos uma das poucas profissões que atuam durante a vida toda do ser humano. Nós atuamos de forma ativa na saúde da população brasileira.

Nós temos uma profissão linda que, em muitos momentos, nós não damos o devido valor ao que nós somos por simplicidade, por, talvez, não querer, como o Felipe falou, se envolver ou conhecer o nosso devido espaço nessa sociedade.

Aqui nesta Casa... Todo mundo que está lá em cima, que tem algum parente aqui, um pai, uma mãe, um irmão... Tenham orgulho da profissão dessas pessoas. Porque a profissão de vocês é que leva saúde física, saúde mental, para as pessoas que vocês tocaram em algum momento da vida de vocês.

Eu trago aqui uma reflexão. Dilmar, lembra do seu primeiro campeonato, quando você conheceu sua esposa? Essa vida linda, essa trajetória maravilhosa que vocês têm, o exemplo que vocês têm? Falando com você, eu evoco esse pensamento a todos que aqui estão presentes. Parabéns.

Flavio, Nelson, obrigado pelo que vocês fazem e fizeram por esse conselho, por essa profissão. O Flavio desbravou, pisou na lama, colocou de pé esse conselho. O Nelson pegou esse conselho e o transformou em uma Ferrari, em um avião enorme, em todo o estado, respeitado.

Rialdo, desejo a você expertise, apoio e capacidade. Você já tem, mas vale a pena a gente sempre torcer pelo amigo. Que você tenha essa luz para pegar essa Ferrari, esse avião que você pegou... E que entregue para o próximo maior ainda, porque todos que aqui estão, e essa população que está lá fora, merecem que essa profissão ocupe o seu espaço na sociedade, que a sociedade reconheça o profissional de educação física como ele é.

Aquele professor da escola, que é o mais querido, geralmente, pelos alunos, e, quando a gente envelhece, é aquele professor de quem a gente lembra, que é o que inspirou. Aquele atleta, que resolveu estudar educação física e, durante a sua carreira, é um inspiracional, que inspira.

Eu tentei, Dilmar, virar fisiculturista, não consegui. Eu juro para você, eu tentei. A matéria-prima não ajudava. Não era como o Felipe, que a matéria-prima ajuda, então fica mais fácil. Então, o atleta inspira. O acadêmico pesquisa, traz tecnologia, traz inovação para nós. Em todos os momentos nós estamos.

Marega, hoje o profissional de educação física está conquistando o seu espaço dentro da área da Saúde, seja na atenção primária, secundária ou terciária. Você é um dos expoentes que faz isso - e faz muito bem.

Cada vez mais o Brasil se torna um grande representante no esporte mundial, principalmente no Paralímpico. Não é para qualquer um. Em um país com tantas dificuldades, a gente conseguir tantas medalhas. A gente está com o pessoal ali no fundo. Obrigado, turma, por representar o nosso país e por fazer tão bem o que vocês fazem: mostrar que é possível. E, através do esforço de vocês e da inspiração de vocês, saibam que muitas crianças são inspiradas a também mudar a vida delas.

Então, pessoal, curtam o dia de vocês, curtam este momento, que não é para qualquer um. Neste estado, são mais de 200 mil profissionais. Nós não temos 500 que sentaram aqui nessas cadeiras para receber este prêmio ao longo de todos esses anos da nossa profissão. Eu peço uma salva de palmas do pessoal de cima para essa turma que está aqui, que vai ganhar prêmio. E vou para lá para a coisa acontecer.

Obrigado. (Palmas.)

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, professor Ailton. E agora, com a palavra, Rialdo Tavares, presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª Região. (Palmas.)

O SR. RIALDO TAVARES - Boa noite a todos. Deputado, muito obrigado por abrir as portas desta Casa para essa profissão tão importante. Eu vou, em algum momento, ser um pouco repetitivo. Nós estamos há 27 anos comemorando a regulamentação da nossa profissão. Exatamente há 27 anos, Flavio abria uma porta embaixo do Ginásio do Ibirapuera e começava esse conselho, que representaria todos os nossos profissionais da educação física.

Como disse o Ailton, isso foi feito de uma construção, por várias pessoas que já passaram por aquele conselho - e tenho certeza de que muitos farão parte ainda. E, graças ao bom senso dos profissionais que integraram esse conselho até o momento, a gente nunca teve uma oposição; a gente sempre teve uma transição.

Passa para as mãos do Nelson, Nelson pega o conselho com uma unidade centralizada em São Paulo, onde havia a maioria dos profissionais registrados. Na gestão, a gente leva para mais seis sedes, em seis grandes cidades administrativas do estado de São Paulo. Aquilo foi uma grande abertura do conselho. Parabéns, Nelson e Flavio. É uma honra tê-los na Mesa, dividir a Mesa com os senhores e uma responsabilidade enorme seguir em frente.

Eu uso essa expressão, que eu recebi seis Ferraris na mão e eu preciso fazer com que elas andem a 200 ou a 300 km/h. Acho que esse é o grande legado que talvez eu possa deixar.

Nesses 27 anos, a gente deixou de ser aquele profissional da educação física, aquele professor que entregava a bola. Muitos de nós aqui, mais velhos de profissão, recebemos aquela cara meio feia do pai falando: “Você vai fazer educação física? É isso mesmo que você vai fazer?” Muitos de nós tivemos esse “apoio” familiar, tivemos que encarar esse “apoio” familiar, mas foi assim que aconteceu, porque nós acreditávamos muito nisso.

Nós acreditávamos no nosso potencial, que talvez a gente não tinha naquele momento nem noção do que nós estávamos fazendo. Meu pai odiava muito isso. Às vezes, é melhor não ter noção do que você está fazendo, porque se você tiver noção, você não faz. E aí, muitas vezes, essa inconsciência deixa a gente mais corajoso. E a gente foi encarando, foi descobrindo esse mercado.

E daquela sala do Ibirapuera, do primeiro número de Cref registrado, do primeiro profissional registrado, a gente bate 225 mil registrados no estado de São Paulo. Do primeiro PJ registrado, a gente bate 14, quase 15 mil registrados no estado de São Paulo, sendo que o número um PJ, coincidentemente, é a academia do professor Ailton, vice-presidente que está sentado ali. Acho que a maior prova de acreditar que isso daria certo talvez seja essa.

Esse número nos leva a uma reflexão bastante grande. Em 27 anos, é sair do um para os 225 mil. Somos um terço do País. Esse número nos coloca como uma potência enorme, a ponto de o mundo começar a olhar para cá e entender o que nós estamos fazendo aqui.

O nosso sonho foi tão grande que aquele professor que entregava a bola no intervalo da escola começa a tomar a frente, começa a tomar uma posição, começa a crescer, começa a evoluir. E a educação física cresce. Junto com a educação física cresce a Saúde. Junto com a educação física o Esporte cresce. Junto com a educação física a Educação cresce.

A gente começa a se tornar uma ferramenta transversal, que vamos bem na Educação, vamos bem no lado social, quando a gente fala de inclusão, vamos bem na área da Saúde. A gente começa a pertencer, nesse começo dessa parte da vida, nesses anos de 2020, a partir da pandemia, principalmente da pandemia, a gente se torna, e somos enxergados no mundo lá fora como a indústria do bem-estar.

Aquele primeiro PJ que foi registrado representa hoje o segundo maior mercado do bem-estar do mundo. A gente perde apenas para os Estados Unidos, que a gente não pode comparar o investimento financeiro, tanto no Esporte, quanto na Saúde, quanto na atividade física, e principalmente na consciência.

Mas nesses 27 anos a gente se deparou, a humanidade se deparou com a pandemia, com a Covid-19. Fomos trancafiados e acreditávamos que a nossa profissão morreria, que os negócios envolvidos nessa indústria do bem-estar ficariam ultrapassados.

Tivemos lutas incansáveis com o Governo do Estado para que pudéssemos reabrir as academias, os clubes, os nossos campos de trabalho, porque se acreditava que éramos agentes “contagiadores” e propagadores da Covid. Começam a aparecer os primeiros estudos, e foi identificado que as pessoas que não eram sedentárias, que faziam atividades físicas, que eram pessoas ativas fisicamente tinham uma resistência maior ao vírus. O mundo começa a enxergar que é preciso fazer exercício físico.

E aí volta às nossas mãos a nossa grande ferramenta chamada movimento. A nossa grande ferramenta que é capaz de incluir, é capaz de promover saúde, é capaz de educar, é capaz de dar disciplina, é capaz de transformar pessoas. E aqueles professores de educação física que entregavam bola se tornam pessoas que transformam vidas. E, pós-pandemia, nós passamos a ser transformadores e agentes promotores de saúde. Somos incluídos como profissionais da Saúde.

Esse crescimento se deu para que hoje a gente esteja aqui, na principal Casa Legislativa do estado, do maior estado, ou pelo menos do estado mais forte do nosso país, abrindo as portas para recebermos profissionais de educação física a serem homenageados. Agentes promotores de saúde - o último termo como estamos sendo chamados e denominados.

A gente está sentado a uma mesa, nesta Casa, onde o deputado é um profissional de educação física. Essa profissão cresceu tanto que, essa semana, tive a felicidade, junto com o Ailton, de estarmos à frente do ministro da Saúde para nos ouvir, ouvir o que a gente pode oferecer para a população brasileira, porque estamos sendo literalmente enxergados como a única profissão que trabalha na Saúde como prevenção. Só nós podemos oferecer prevenção; mais ninguém é capaz disso.

Mas o tempo passa, e ele não vai parar. O futuro se aproxima, a tecnologia, a IA vem com tudo, e a pergunta é: como é que o mundo vai se deparar com a IA, como é que nós vamos nos comportar? Essa pergunta tem duas respostas.

A primeira é o que eu já falei aqui: a gente não tem muita noção do que a gente está mexendo, então a gente vai encarar, e vai dar certo. E a segunda é a gente entender que a inteligência artificial, ou a tecnologia que chega, vai potencializar aquilo que a gente tem de melhor, que é cuidar de pessoas.

Esse conselho, nessa próxima gestão, dos 28 conselheiros e da colaboração dos 98 delegados que nós temos, que compõem aquela casa, que compõem o Cref hoje, mais todas as pessoas que direta ou indiretamente colaboram conosco, têm um único objetivo: conectar os profissionais de educação física com o conselho.

Antigamente, a gente dividia as coisas. Hoje, a gente compartilha as coisas. E é nesse compartilhamento que, durante 27 anos, a gente compartilhou que essa profissão tinha que ser respeitada e tinha que ter um espaço, dentro da sociedade, que pudesse ser de respeito, e entenderem que somos essenciais.

Eu acredito muito que vamos crescer muito daqui pra frente. A IA não vem apenas pra tirar a nossa função, porque a IA nunca vai humanizar como a gente humaniza. A IA nunca vai chegar em uma criança ou em uma menina...

Porque essa semana eu estava dando uma entrevista, e ela falou: “Sabe, eu vou contar porque eu virei professora de educação física, porque eu era menina e eu queria jogar futsal. Mas os meninos faziam educação física em uma quadra e as meninas faziam educação física na outra. E eu virei para minha professora e falei assim, eu quero jogar futsal”.

Inteligentemente, essa professora pega e fala assim: “Por que você não foi? Vai”. E aí rompe todos os preconceitos e todos os paradigmas com uma palavra: “vai”. E isso mudou a vida dessa menina. É isso que eu acho que nós temos a grande magia de fazer.

Somos capazes de mudar vidas e estamos mostrando para o mundo, principalmente para o Brasil, a importância de nós termos uma profissão regulamentada, onde a gente cuida da ética, onde a gente cuida da profissão e, principalmente, onde a gente protege a sociedade.

Senhores que serão homenageados, é uma honra tê-los aqui. É uma felicidade enorme, no meu primeiro ano de mandato, poder entregar o prêmio aos senhores. E, aos familiares, muito obrigado por apoiá-los a fazer com que possamos entregar um mundo melhor.

Parabéns, boa noite. (Palmas.)

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Obrigada, professor Rialdo. Agradecemos as palavras de todos os membros que tiveram fala.

Neste momento, assistiremos a um vídeo institucional.

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- É exibido o vídeo.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Daremos início agora às homenagens. Serão três categorias de premiação: Comenda da Educação Física, Mérito e Benemérito.

Chamamos agora, para receber a Comenda da Educação Física, Bianca Berti Guedes, que vem representando Andrea Berti Rodrigues Guedes. (Palmas.)

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- É entregue a homenagem.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Mauzler Paoli. (Palmas.)

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- É entregue a homenagem.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Dilmar Pinto Guedes Junior. (Palmas.)

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- É entregue a homenagem.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Vera Lúcia Gonçalves. (Palmas.)

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- É entregue a homenagem.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Carlos Eduardo Negrão. (Palmas.)

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- É entregue a homenagem.

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Parabéns a todos os homenageados da Comenda da Educação Física. E, neste momento, nós procederemos com a entrega da Medalha de Mérito aos profissionais de Educação Física registrados no Sistema Confef/Crefs.

Pedimos a toda a Mesa Diretora que venha aqui à frente para poder entregar aos homenageados. À medida que os homenageados forem chamados, por gentileza, direcionem-se aqui à frente para receber a sua justa e devida homenagem.

Ana Cláudia Gomes de Souza, André Augusto Silva, Antônio Mussi Jr., Arnaldo dos Santos Moscatello. (Palmas.)

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