31 DE OUTUBRO DE 2024
150ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: SIMÃO PEDRO e REIS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - SIMÃO PEDRO
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h11min.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - REIS
Assume a Presidência.
4 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - SIMÃO PEDRO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
6 - PRESIDENTE REIS
Defere o pedido. Faz aditamento à Ordem do Dia. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 01/11, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h29min.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Simão Pedro.
* * *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da
Ata da sessão anterior e recebe o expediente. Passemos agora a convidar os
oradores inscritos para o Pequeno Expediente desta belíssima quinta-feira, 31 de
outubro.
Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio
Marcolino. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Agente Federal
Danilo Balas. (Pausa.)
Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputado
Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Paula da
Bancada Feminista. (Pausa.) Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Beth Sahão.
(Pausa.)
Deputado Luiz Fernando Teixeira
Ferreira. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputada
Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.)
Deputado Paulo Reis, V. Exa. tem a
tribuna à disposição, pelo tempo regimental.
O
SR. REIS - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Desejar boa tarde para o presidente, deputado Simão
Pedro, uma boa tarde para todos os funcionários desta Casa, para o público
presente, para os integrantes da Polícia Militar, da Polícia Civil, da Polícia
Técnico-Científica, da Polícia Penal, e também uma boa tarde para todos aqueles
e aquelas que estão nos acompanhando pela Rede Alesp.
Presidente
Simão Pedro, eu quero falar neste Pequeno Expediente, que é uma cobrança que
está tendo dos meus colegas com relação à regulamentação da Lei Orgânica
Nacional.
Lá em Brasília
se aprovou uma Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis. Então, uma lei que
vale para todo o território. Só que os estados têm que fazer a regulamentação. E
São Paulo é um dos estados que, me parece, vai demorar muito para fazer essa
regulamentação.
O Espírito
Santo já fez. O Espírito Santo já tem uma lei que foi aprovada na Assembleia
Legislativa do Estado do Espírito Santo, que regulamentou a Polícia Civil com
base na Lei Orgânica Nacional.
Aqui, veja bem,
a dificuldade que foi para regulamentar a Polícia Penal. O governador, o “imperador
Dom Tarcísio I de Freitas”, na campanha, tinha prometido regulamentar a Polícia
Penal nos primeiros meses de sua gestão.
Assim que tomou
posse, ele foi cobrado e pediu um prazo até agosto de 2022. Passou agosto de
2022 e só em setembro de 2023 que foi regulamentado, sendo que os policiais
penais só vão receber o aumento em dois mil... quer dizer, só em setembro de 2024.
A promessa era
para agosto de 2023. Os policiais penais só vão receber o aumento em fevereiro
de 2025. Eu até falei que era o aumento modelo “Sylvia Design”, o primeiro
pagamento só para fevereiro.
Eles estão
esperando esse aumento, porque o governador usou a sua tática da esperteza e
fez todo um planejamento para que este ano nenhum servidor do Estado tivesse
reajuste.
Não sei se V.
Exa. sabe, deputado Simão Pedro, este ano não teve nenhum reajuste. Ele
planejou a regulamentação da Polícia Penal para que os policiais penais não
recebessem reajuste neste ano, somente no ano que vem.
Também,
deputado Simão Pedro, não sei se V. Exa. já fez a leitura da Peça Orçamentária
para o ano que vem, mas não tem previsão de reajuste para os servidores. Nós
estamos fazendo emendas. Claro, eles vão rejeitar as emendas, porque, aqui,
tudo o que o deputado faz o imperador rejeita. O imperador “Dom Tarcísio I”
fala: “Não, isso não”, e acabou.
Não tem
previsão de reajuste para professores, para policiais militares, para policiais
civis, para policiais técnico-científicos, para policiais penais, para médicos,
para enfermeiros. Não há previsão de reajuste para o ano de 2025.
Então, eu quero
dizer para todos os colegas, os investigadores, os delegados, os escrivães, papiloscopistas,
agentes policiais, auxiliares de papiloscopistas, médicos legistas, peritos
criminais, fotógrafos policiais, auxiliares de necropsia, e assim por diante,
que não existe nenhuma minuta de projeto do governador de São Paulo para
regulamentar a Lei Orgânica Nacional.
Até agora,
nesta Casa, não se aportou nenhum projeto que trata dessa matéria. Há um grupo
de estudo dentro da instituição, dentro da Polícia Civil? Há um grupo de
estudo. Inclusive, eu participei de uma reunião, mas não se apresentou nada.
Apresentou-se algumas linhas, algumas ideias, mas não há nenhum papel escrito,
não há uma minuta de projeto para dizer: “Olhem, o governo vai por esse
caminho”.
Em que pese que
no Art. 19, da Lei Orgânica Nacional, diz que: “O quadro de servidores da Polícia
Civil, cujas atribuições são de nível superior, é integrado pelos seguintes
cargos: 1 - Delegado de polícia; 2 - Oficial investigador de polícia; 3 -
Perito oficial criminal, se o órgão central de perícia oficial de natureza
criminal estiver integrado na estrutura da Polícia Civil.”, que é o caso de São
Paulo. A Polícia Científica está integrada ao órgão, à instituição de Polícia
Civil.
Isso aqui é
taxativo. Isso aqui é taxativo. O que está na Lei Orgânica Nacional é taxativo.
Então, pelos debates que estou ouvindo, por aquilo que eu estou vendo, chegando
ao meu conhecimento, há uma dúvida com relação a isso, se vai unificar os
cargos seguindo essa lógica do Art. 19 da lei ou não.
Então, eu quero
deixar claro para todos os colegas que este Art. 19 é taxativo. Esses são os
cargos de Polícia Judiciária: delegado de polícia, oficial investigador de
polícia e perito oficial criminal, se o órgão central estiver integrado à
estrutura da Polícia Civil.
Nós vamos fazer
um projeto, deputado Simão Pedro, assim como nós fizemos com a Polícia Penal.
Como o governador é lento, é lerdo, é uma tartaruga para mandar o projeto aqui
para a questão do funcionalismo - é muito lento -, nós vamos construir um
projeto de regulamentação da Polícia Civil com base nessa lei que foi aprovada
em Brasília, com base na Lei Orgânica Nacional.
Já que o
governo não faz, já que o governo tem dificuldade de fazer, eu já chamei alguns
colegas, alguns sindicalistas, peguei a minha assessoria e falei: “Vamos
construir um projeto de regulamentação da Polícia Civil, para demonstrar que o Parlamento
tem muito mais competência do que o Executivo”.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Dando
sequência à lista dos oradores, convido a deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado
Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado
Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado
Rômulo Fernandes. (Pausa.) Deputado Paulo
Mansur. (Pausa.) Vou passar a Presidência agora para o nobre colega deputado
Paulo Reis.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Reis.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de
oradores do Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Altair Moraes. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)
Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado
Felipe
Franco. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.)
Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. (Pausa.) Deputado Rodrigo
Moraes. (Pausa.) Deputado, Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Deputado
Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Danilo
Campetti. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado André Bueno.
(Pausa.)
Entrando na Lista Suplementar, chamo
para fazer uso da palavra a Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio
Marcolino. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente desta sessão, nobre deputado Paulo Reis, ontem não
pude comparecer a esta Casa porque fui até o interior de São Paulo participar
de uma cerimônia das comunidades indígenas aqui do Vale do Ribeira e da Capital,
que comemoravam e celebravam uma grande conquista que foi o passo importante no
processo de demarcação dos seus territórios.
O Ministério da
Justiça, o ministro Ricardo Lewandowski publicou esta semana portarias
declaratórias reconhecendo os territórios de seis comunidades no Vale do
Ribeira que são da etnia Guarani Mbya e da comunidade Guarani aqui do Jaraguá,
na Capital. Foi muito bom, então eu não consegui chegar em tempo. Fui lá
parabenizar, me congratular com eles.
Fui também me
solidarizar com a sua luta contra o chamado Marco Temporal, que tem apavorado
as comunidades indígenas remanescentes no Brasil inteiro, porque os grandes
fazendeiros, grandes proprietários do agronegócio, grandes grileiros querem
tomar as terras que ainda restam do território para poder plantar soja, colocar
gado, o chamado agronegócio expansionista, que tem destruída a natureza.
As comunidades
indígenas têm nos mostrado um caminho de convivência pacífica com a natureza,
com os rios, com as florestas, têm projetos de reflorestamento, ainda mais
agora diante dessa crise climática, dos seus efeitos pesados contra toda a
sociedade.
Eu acho que nós
temos que olhar com carinho e levar a nossa solidariedade para esses povos, porque,
por exemplo, onde as comunidades indígenas estão, 95% do território está
preservado, dos recursos naturais estão preservados. Então acho que é um
caminho.
Por isso eu
estive lá e não pude, Sr. Presidente, vir aqui para protestar contra mais uma
decisão arbitrária do governador Tarcísio. Eu falo arbitrária porque a própria Justiça
já suspendeu mais essa decisão, que foi um leilão que ele fez para privatizar a
administração de 17 escolas estaduais e entregar para a iniciativa privada a
construção e a administração de outras 15, muito na linha do que um dos
deputados desta Casa, ao comparecer ao leilão, disse lá, “vamos privatizar todo
o estado de São Paulo, vamos privatizar, contra os funcionários públicos,
contra as mamatas dos funcionários públicos”.
Então o
governador Tarcísio está achando que, por ter vencido as eleições, não deve dar
satisfação à Constituição, a este Parlamento. Já são duas leis que ele aprovou
aqui, está implementando, que são inconstitucionais e que estamos aguardando o
Supremo decidir, que é a lei da entrega das terras públicas para os grileiros,
principalmente as terras do Pontal, e a das escolas cívicos-militares, que ele
passou aqui o rodo e aprovou um PL, quando não existe previsão na Constituição
desse tipo de escola, quando não existe previsão na LDB sobre esse tipo de
escola. O Supremo está analisando, espero que tome uma decisão rápida.
Agora ele
resolveu privatizar as escolas. Parece que tem orquestrado um ataque às escolas
públicas. Primeiro foi a tentativa de eliminar os livros didáticos. Depois,
inventa esse negócio de escolas cívicos-militares para dar emprego, trabalho,
boquinha para militar aposentado.
Os militares,
felizmente ou infelizmente, aposentam-se até antes dos 50 anos, porque é uma
atividade muito especial, e muitos estão querendo voltar a trabalhar, mas não é
dentro da escola, não é na função que é do professor, que é do diretor. Agora
eles querem colocar empresas privadas para administrar as escolas.
Estão dizendo
que não vão interferir na parte pedagógica, deputado Reis, mas isso não é
verdade. É lógico que vão influenciar, vão escolher que aluno vai entrar e
assim por diante. Vão começar a interferir no papel do diretor, do corpo
escolar, da comunidade escolar.
Pasme, deputado
Paulo Reis, ainda bem que temos alguns juízes ainda com espírito público, como
foi o caso do juiz que tomou a decisão ontem mesmo, a pedido da Apeoesp.
Quero
parabenizar o sindicato dos professores, quero parabenizar a deputada Bebel,
que é presidente também da Apeoesp, deputada aqui, presidente da Comissão de
Educação, que foi à Justiça contra mais essa aberração do governo Tarcísio, que
é privatizar escola estadual. E o juiz tomou a decisão de suspender.
Poxa vida, nós
temos recursos, dá para construir escolas, dá para aprimorar a administração. A
Educação pública, para melhorar, precisa de investimentos no professor, na
formação, nos prédios, na adequação, coisa que há muito tempo não se faz. Parece
que o governo Tarcísio resolveu abandonar isso, com aquela ideologia - que é
ideologia - neoliberal, de dizer que o privado é melhor que o público. Isso é
uma falácia, não se sustenta.
E, pasme,
deputado Reis, quem ganhou a licitação ontem do leilão foi a mesma empresa que
ganhou a licitação para administrar alguns cemitérios na cidade de São Paulo -
o prefeito Ricardo Nunes levou a cabo uma privatização - e que a população não
aguenta mais, porque aumentaram as taxas. Eles falam que a esquerda quer
inventar taxa, quer cobrar imposto, mas eles aumentaram as taxas do serviço
funerário em 600% e agora dizem que está congelado, mas levaram lá para cima.
Então o pobre
não consegue mais enterrar, é uma humilhação a seus entes queridos, é uma
humilhação, e a empresa que não está conseguindo dar conta do serviço funerário
vai administrar as escolas.
Então é um absurdo.
Tem o nosso protesto e tem os nossos parabéns o juiz, a Apeoesp e todos aqueles
que estão se opondo a essa destruição da Educação pública, levada a cabo pelo
governador Tarcísio.
Muito obrigado.
O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Sr. Presidente,
não havendo mais oradores, eu peço o levantamento da presente de sessão.
O
SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental o
requerimento de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta
Presidência, cumprindo determinação constitucional, adita à Ordem do Dia o
Projeto de lei nº 543, de 2023, vetado. Havendo acordo entre líderes, antes de
dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
Tenham todos uma excelente tarde.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 29
minutos.
*
* *