26 DE FEVEREIRO DE 2025

17ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: REIS, AGENTE FEDERAL DANILO BALAS e DANILO CAMPETTI

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - REIS

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h05min.

        

2 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

4 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Assume a Presidência.

        

5 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - EDIANE MARIA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

7 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - EDSON GIRIBONI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

9 - REIS

Assume a Presidência.

        

10 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

11 - DANILO CAMPETTI

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

12 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - DANILO CAMPETTI

Assume a Presidência.

        

14 - PAULO FIORILO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

GRANDE EXPEDIENTE

15 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

16 - CONTE LOPES

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

17 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Cumprimenta autoridades da cidade de Mococa, presentes no plenário.

        

18 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

19 - REIS

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

20 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI

Defere o pedido. Cumprimenta servidores, policiais responsáveis pela segurança da Casa e autoridades da cidade de Mococa, presentes no plenário. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 27/02, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 15h27min.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Reis.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior e recebe o expediente.

  Vamos começar aqui na lista de oradores do Pequeno Expediente. O primeiro a ser chamado, o deputado Agente Federal Danilo Balas. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados presentes, servidores desta Casa, a todos que nos acompanham pela TV Alesp.

O que me traz a esta tribuna é a menção ao Projeto de lei nº 506, de 2023, de minha autoria, que tramita nesta Casa. PL importantíssimo, que aprovaremos este ano nesta Casa, Sr. Presidente. Ele estabelece sanções aos ocupantes ilegais e invasores de propriedade de terceiros, sejam elas as propriedades públicas ou privadas, seja na área urbana ou área rural.

Essas sanções, passo a trazer aqui Sr. Presidente. No Art. 2º, fica vedado a esses invasores receber benefícios e auxílios de programas sociais do governo estadual, participar de concurso público, também contratar com o poder público estadual e tomar posse para cargo público, cargo em comissão.

Lembrando que invasores de terras pelo estado de São Paulo, as lideranças organizando invasões, depois retornavam aos seus estados ou à capital federal, tomando posse em cargos em comissão. E aí não dá para admitir, no estado de São Paulo, que isto ocorra.

Temos a Secretaria de Segurança Pública, com o secretário Guilherme Derrite, e o nosso governador Tarcísio de Freitas, firmes no combate aos invasores de terra. Lembremos que, no ano passado, logo no início do governo Tarcísio, no, entre aspas, “Carnaval Vermelho”, sete propriedades foram, num primeiro momento, invadidas em Marabá Paulista, Presidente Prudente, Sandovalina e Rosana. E de imediato a polícia de São Paulo rechaçou esses criminosos e conteve essa invasão na região do estado de São Paulo.

Temos uma ação firme da polícia paulista. Temos o apoio do nosso governador Tarcísio de Freitas. E projetos como esse são importantes para que nós mostremos que São Paulo não vai aturar invasor de terra.

Paralelo a isso lembro que, de 2019 a 2022, tivemos, em quatro anos, 62 invasões de terra no governo Jair Bolsonaro. Foram 62 em quatro anos no Brasil. No primeiro ano do atual governo, ou seja, em 2023, mais de 350 invasões pelo Brasil, um estímulo à baderna. Aqui em São Paulo, não.

No ano de 2023, Sr. Presidente, 12 tentativas de invasão e, em 2024, 23 invasões, somando 35 tentativas de apossamento de terras alheias, que a Segurança Pública combateu firmemente, porque o secretário Derrite, porque comandantes da Polícia Militar, policiais civis por todo o estado de São Paulo, contiveram esse início de onda de invasões. E palavras do nosso governador Tarcísio de Freitas: “aqui, em São Paulo, invasor de terra não se cria”.

Comparemos governos anteriores com o governo atual, um governo que preza pela legalidade, pelo cidadão de bem que trabalha no campo, gera emprego, renda, faz a economia do nosso estado ser pujante que é.

Então, o projeto de lei que tramita nesta Casa, PL 506/23, vamos aprovar este ano nesta Casa e parabéns à Secretaria de Segurança Pública e ao governador Tarcísio de Freitas por combaterem invasores de terra no estado de São Paulo.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo na lista de oradores, chamo para fazer da palavra o deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, uma das nossas funções como parlamentar legislativo do estado de São Paulo é acompanhar o papel do Governo do Estado de São Paulo em relação às obras que são executadas no nosso estado.

Eu fiz questão de fazer um levantamento agora, nesta última semana, a partir do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, data de 10 de abril de 2024, nós temos aqui o primeiro levantamento: o estado de São Paulo tem exatamente 472 obras paradas. Então, a gente gostaria que o governador Tarcísio, com o mesmo ímpeto que tem para falar que não admite ocupações no estado de São Paulo, deveria ter o mesmo ímpeto também para concluir as obras no estado de São Paulo.

São 472 obras paralisadas, temos aí 290 municípios afetados pelas obras paralisadas. Entre as obras paralisadas, são 116 escolas e universidades, 39 hospitais e postos de saúde, obras que são essenciais para a população do nosso estado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Agente Federal Danilo Balas.

 

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Então, aqui tem um gráfico demonstrando um pouco quais são as principais obras: Educação, Saúde, Edificações, Habitação, Abastecimento, Mobilidade Urbana, Rede de Drenagem, de Energia e Distribuição, Macrodrenagem. Então, aqui são as principais áreas que o Governo está com obras paradas no estado de São Paulo e não faz aí a sua conclusão.

Aqui nós temos, desse conjunto de obras, 81 delas são obras paralisadas por inadimplência das empresas. Olhe o motivo pelo qual as empresas não concluíram: inadimplência. Nós apresentamos aqui um projeto de lei que é justamente para coibir o calote dessas empresas aos trabalhadores das empresas públicas e aos cofres públicos do Estado.

Então, acaba virando um círculo vicioso de calotes, obras inacabadas e trabalhadores sem salários. Nós apresentamos um projeto de lei e o governador vetou a Lei Anticalote, que estaria beneficiando milhares desses trabalhadores que prestaram serviço a essas empresas e hoje não receberam os seus salários. Pode seguir.

Aqui tem mais uma informação dessas 200... Falta de planejamento e negligência dessas obras paradas. Nós estamos falando que tem 11 bilhões de obras contratadas no estado de São Paulo sem a sua devida execução.

Vou repetir. Nós estamos falando de 11 bilhões de obras contratadas pelo Governo do Estado de São Paulo que estão sem a sua execução. Obras paradas no estado de São Paulo: dos 11 bilhões, 781 milhões. Pode passar.

Nós tínhamos, como eu disse aqui, aprovado a Lei Anticalote e o governador veta uma lei importante como essa, que garantiria uma retenção mensal dos valores para garantir o pagamento aos trabalhadores. Só que essa lei já existe em outros estados. Temos essa lei na Bahia, no Ceará, no Maranhão. E a alegação do governador Tarcísio, nobre deputado Reis, é que essa lei é inconstitucional.

Se é inconstitucional, por que os estados da Bahia, do Ceará e do Maranhão têm essa lei vigente e aqui no estado de São Paulo a alegação do governador é que é uma lei... E é uma lei, deputado Reis, que protege não só o trabalhador, protege o governador do estado de São Paulo.

Porque se você faz uma licitação malfeita, uma empresa ganha a licitação e depois de seis meses a empresa vem a quebrar, algo foi errado. Ou não houve uma avaliação correta da empresa a qual se apresentou para poder fazer a licitação, ou houve malversação em relação ao recurso público e o governador pode ser responsabilizado por essas obras que estão paradas, hoje, no Governo do Estado de São Paulo.

Então nós apresentamos aqui um projeto de lei; foi vetado. Vamos trabalhar para derrubar esse veto, porque nós temos que trabalhar aqui nesta Casa de Leis em projetos que, de fato, vão beneficiar o estado de São Paulo, que vão beneficiar a população. Nós temos que ser coerentes aqui, inclusive, com o nosso papel como deputado estadual de fazer a fiscalização; de fazer a cobrança da execução das obras; de discutir o orçamento.

Mas depois de uma licitação efetuada pelo estado de São Paulo, nós queremos que essas obras sejam executadas do começo ao final. Se houve problema no processo de licitação, é responsabilidade do estado de São Paulo. Inclusive agora com a Lei Anticalote que nós aprovamos e o governador vetou, é do governador e dos seus secretários a responsabilidade pela não execução dessas obras no nosso estado.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Dando sequência à lista de oradores do Pequeno Expediente, chamamos o deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) O deputado Itamar Borges. (Pausa.) O deputado Donato. (Pausa.) A deputada Thainara Faria. (Pausa.) A deputada Márcia Lia. (Pausa.) O deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) O deputado Reis. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

 

O SR. REIS - PT - Cumprimentar o presidente, deputado Danilo Balas, o público presente, os funcionários desta Casa, os Srs. Deputados, as Sras. Deputadas, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Militar e também todos aqueles e aquelas que estão em suas residências, estão em seus afazeres e estão nos acompanhando pela Rede Alesp, Sr. Presidente.

Sr. Presidente, eu quero deixar registrado aqui no Pequeno Expediente que amanhã o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, participará da cerimônia de lançamento do edital para a construção do Túnel Santos-Guarujá, um marco na infraestrutura nacional e de anúncios voltados à mobilidade urbana no estado de São Paulo.

Com investimento estimado em seis bilhões, o túnel visa garantir maior eficiência logística para a Baixada Santista. Além disso, é uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento, o chamado PAC.

O evento contará com a presença dos ministros da Casa Civil, Rui Costa; de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; também do governador do estado de São Paulo, o Sr. Tarcísio de Freitas; e representantes do Governo do Estado.

Esse será o primeiro túnel submerso do Brasil e o maior da América Latina. Na cerimônia, são previstos a celebração do acordo de recuperação definitiva do Fundo de Pensão Portos, a assinatura da renovação do convênio de delegação do porto de São Sebastião, e a assinatura de financiamento de 2,4 bilhões do BNDES para a Linha 2-Verde do metrô de São Paulo, Fase 1.

Então quero deixar registrado esse evento que vai acontecer amanhã na cidade de Santos e que ontem - e eu quero responder ao deputado Paulo Mansur, em que pese ele não estar presente, mas com certeza ele, do seu gabinete, deve estar assistindo através da Rede Alesp.

Eu quero responder a ele, quando ele disse que não sobe no palanque em que o Lula estiver. Então ele pode ficar tranquilo: se ele for lá participar desse evento, que os deputados estaduais não subirão no palanque do presidente. Não subirão. O GSI já informou que somente os deputados federais, os ministros, o governador e o secretário de estado é que subirão ao palanque. Os deputados estaduais terão lá um cercadinho para que eles possam ficar.

Então, se tiver algum deputado estadual que queira participar do evento, vai ter um espaço lá para os deputados, para acomodar os deputados estaduais, mas não será o palanque. Como ele fez essa fala ontem, uma fala bem nervosa: “eu não subo no palanque e por isso eu não vou”.

Então, se ele quiser ir, viu deputada Ediane Maria, se o deputado quiser ir, ele pode ficar tranquilo, que não subirá no palanque, mesmo porque nós já temos essa informação de que os deputados estaduais não subirão no palanque. Mas se ele quiser ir, ele é convidado.

Mas não precisa falar que não sobe no palanque do Lula. “No palanque do Lula, eu não subo” - foi isso que ele falou ontem. Então não subirá mesmo, porque nenhum deputado, a não ser talvez o filho do ministro, como foi da outra vez... Tem um deputado aqui que é filho de ministro e talvez ele suba. Mas os demais não subirão.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Dando sequência à lista de oradores, deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Deputado Rafael Zimbaldi. (Pausa.)

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para fazer uma comunicação.

 

O SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Deixe-me só terminar, deputada. Aí, enquanto o orador se desloca, V. Exa. tem o tempo, pode ser?

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Obrigada, Sr. Presidente

 

O SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL -Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o tempo regimental.

Agora a nobre deputada Ediane Maria, por gentileza.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Bom, eu quero externar aqui a minha indignação ao ver alguns parlamentares que se dirigem a essa tribuna para colocar o seu pensamento, seu pensamento retrógrado, inclusive.

Até porque, quando a gente está falando de política de habitação ou de ocupação, que para alguns é invasão, porque infelizmente não têm ainda o conhecimento de por que as pessoas ocupam. É só olhar: todos os bairros de São Paulo, do Brasil inteiro, são bairros que, na sua grande maioria...

É só esta Casa - qualquer parlamentar, qualquer pessoa, qualquer liderança - ir aos bairros. Não existe documentação. Esta Casa ainda, o estado de São Paulo, as prefeituras estão lutando ainda para que tenha regularização desses imóveis.

Ninguém mora em uma encosta porque acha bonito; ninguém mora em um barraco de lona porque acha romântico morar ali; ninguém mora em um bairro longe do centro, longe do metrô, longe do shopping, longe do seu trabalho porque acha bonito.

Então isso não é sobre a opinião do que algumas pessoas acham; isso é a necessidade de morar, isso é uma política de habitação que não existe. Infelizmente, o único invasor aqui do nosso país, das nossas terras, já sabemos quem foi; não precisa voltar novamente na história do nosso País.

Então, gente, quando for falar sobre política de habitação, fala a fundo, fala entendendo o que está falando, e não soltar qualquer coisa ao vento e achar que está, de fato, debatendo sobre política de habitação.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Danilo Balas, Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Sr. Presidente, eu quero aqui informar a todos e a todas que o Centro Paula Souza, através da sua superintendência, através da sua direção, emitiu um memorando para todas as Fatecs e Etecs do estado de São Paulo, autorizando que essas unidades convertam as suas aulas presenciais em aulas remotas, por conta do calor intenso.

No memorando, o próprio Centro Paula Souza reconhece que as escolas, as Etecs e Fatecs, não estão aparelhadas, não tem climatização. Por isso que as aulas devem ser convertidas em aulas online, como ocorreu durante a pandemia, até que essa situação seja amenizada.

E o documento fala que é por conta das ondas de calor, das mudanças climáticas globais, por conta da elevação das temperaturas. O documento é muito preciso e defensável nesse sentido.

Então, nós queremos primeiro apoiar essa decisão do Centro Paula Souza. É difícil, deputado Reis, a gente apoiar alguma ação desse governo, mas isso aqui nós apoiamos, porque é exatamente isso que nós estamos pedindo também para a rede estadual de ensino, que haja a suspensão das aulas.

Porque se as Etecs e Fatecs estão nessa situação, se o centro Paula Souza representa uma espécie de vitrine, os governos de plantão sempre apresentam como uma vitrine o Ensino Técnico, o Ensino Tecnológico do estado de São Paulo. Apesar do sucateamento, também da degradação, da falta de investimento do governo nas Etecs e Fatecs, o governo ainda hoje usa como uma vitrine política e eleitoral, para fazer propaganda.

Se as Etecs e Fatecs estão nessa situação, imagine, deputado Luiz Fernando, a rede estadual de ensino. Está mais precarizada ainda, sem climatização, sem bebedouros, muitas delas sem água gelada, sem aparelhos de ar condicionado.

Por isso que eu apresentei um projeto de lei que está tramitando aqui na Assembleia Legislativa, e eu peço o apoio dos 94 deputados e deputadas para que ele seja aprovado em caráter de extrema urgência, para obrigar o Estado a climatizar todas as escolas da rede estadual.

Com urgência, Sr. Presidente, porque não dá mais para ter aulas nessa situação. Escolas que se transformaram em saunas, em aparelhos de micro-ondas, sobretudo as escolas de lata do estado de São Paulo. Tem mais de 100 escolas de lata que o governo chama de “Projeto Nakamura”, mas é lata. São escolas sem isolamento térmico, sem isolamento acústico, que devem ser transformadas em escolas de alvenaria.

O estado mais rico do Brasil tem ainda mais de 100 escolas de lata, escolas sem quadras para as aulas de educação física. E quando tem a quadra, muitas vezes a quadra não é coberta, e com esse sol não é possível dar aula de educação física porque nós sabemos dos efeitos do sol e também do câncer que advém, câncer de pele.

Enfim, então, Sr. Presidente, essa decisão é importante aqui do Centro Paula Souza, que deveria ser seguida também pela Secretaria da Educação, com a conversão em aulas presenciais, em aulas remotas, ou se buscar alguma alternativa.

Mas nós defendemos mesmo é que o governo faça a climatização e faça investimento consistente na Educação, não só na parte física, como eu estou dizendo agora, investindo nas reformas das escolas, para que elas tenham arejamento, ventilação, climatização, mas também na valorização dos profissionais da Educação.

Isso é fundamental, Sr. Presidente. Então, fica aqui o nosso apelo, a nossa exigência para que o governo estadual faça o mesmo que as Etecs e Fatecs estão fazendo, suspendendo, transformando as aulas remotas em aulas presenciais.

É importante, Sr. Presidente. E investimento na climatização das Etecs e Fatecs. Isso é fundamental, porque outras ondas de calor estão vindo a galope. Os cientistas já anunciaram, já fizeram todas as previsões.

Outro tema, Sr. Presidente, importante, que eu quero aqui abordar rapidamente, é uma vitória que nós tivemos através do PSOL. Nós conseguimos uma liminar suspendendo o decreto do governador Tarcísio de Freitas, que autorizou a licitação de 33 escolas, que ele leiloou, que ele fez leilão na Bolsa de Valores.

Essa aqui é a matéria do “G1”: “Justiça suspende decreto do Governo de São Paulo que autoriza licitação para privatizar gestão de 33 escolas estaduais. Decisão liminar atende pedido do PSOL, que disse que decreto viola Constituição Federal”. E viola mesmo, porque a escola não pode ser privatizada. Um absurdo.

Nós chegamos ao ponto, deputado Reis, de que o estado mais rico do Brasil está fazendo leilão de escolas na Bolsa de Valores, transformando a educação pública, gratuita do estado de São Paulo, em ativo financeiro para os especuladores, para as empresas. É o governo privatista. Eu até digo que é o governo mais privatista do que os tucanos. É um governo bolsotucano. É uma privataria jamais vista no nosso estado.

O Governo está privatizando tudo, inclusive a Educação. Mas essa vitória é importante, porque sinaliza que nem a Justiça concorda com privatizar escolas públicas. A educação é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal, pela nossa Constituição Estadual, pela LDB, pelo Plano Nacional de Educação, pelo Plano Estadual de Educação e toda a legislação vigente no País.

A Educação não pode ser privatizada, não pode ser leiloada na Bolsa de Valores de São Paulo. Espero que essa liminar seja mantida em todas as instâncias e esse projeto de privatização - e também de militarização - da Educação seja derrotado aqui no estado de São Paulo. São Paulo precisa de mais investimento em educação pública.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - Dando sequência, deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.)

Deputado Danilo Campetti. (Pausa.) Deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.) Deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni, V. Exa. tem o tempo regimental.

 

O SR. EDSON GIRIBONI - UNIÃO - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre deputado Danilo Balas, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, pessoas presentes nas nossas galerias, quem acompanha aqui a TV Assembleia, eu venho a esta tribuna para dizer que o deputado tem a missão de trazer o Governo do Estado, trazer nas suas ações aquilo que sente, aquilo que vê que precisa ser feito no estado de São Paulo, para que a gente tenha mais justiça, as pessoas possam viver com melhor qualidade de vida.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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Eu represento, aqui na Assembleia Legislativa, a região sudoeste do estado de São Paulo, Vale do Ribeira. Eu fiz um estudo que mostra que essas duas regiões são as regiões menos desenvolvidas do estado de São Paulo. Portanto, a gente tem dentro do estado de São Paulo uma injustiça em relação a essas duas regiões, a região de Itapetininga, o Vale do Ribeira, em relação às regiões mais desenvolvidas do estado.

Cabe ao Estado ações a favor dessa região para que nós possamos diminuir a desigualdade que existe entre as regiões no estado de São Paulo. Nós temos algumas ações importantes que eu tenho certeza de que o governador Tarcísio estará tomando providências e terá um olhar especial a essas duas regiões.

Nós temos uma demanda importante, que é o Hospital Regional de Itapetininga, que o governador já autorizou. Agora cabe aos órgãos do Governo do Estado tomarem as ações para que nós possamos ter o andamento com maior celeridade. Que isso possa acontecer no menor prazo possível.

Temos a necessidade no Vale do Ribeira, na SP-249, entre Apiaí e Ribeirão Branco, ser totalmente concluída, importante ligação estratégica entre a região de Itapeva e a região do Alto Vale do Ribeira.

Temos a ligação Apiaí-Iporanga, SP-165, que liga o Alto Vale do Ribeira ao Baixo Vale do Ribeira, uma estrada importante que tem uma demanda histórica para que ela possa ser pavimentada dentro das regras ambientais. Temos a duplicação de Itapetininga até Ourinhos, SP-270, edital prestes a ser lançado. A gente pede que o governo também tome celeridade nessa questão.

Temos a SP-250, entre São Miguel Arcanjo e Capão Bonito, uma ligação importante em uma região agropecuária que também tem uma demanda de muitos anos. A gente acredita que o Governo do Estado possa dar o devido encaminhamento a essa demanda.

Temos o aeroporto de Itapetininga, uma parceria com a Prefeitura de Itapetininga. Também são ações estratégicas que temos que fazer com que o Governo do Estado possa tomar providências em relação a essas demandas.

A região de Itapetininga tem também muito funcionário público do estado e temos uma demanda importante na questão do Iamspe: melhorar e ampliar o atendimento do Iamspe para dar mais dignidade ao funcionalismo público.

Então, são ações que nós consideramos estratégicas, como um dever do estado, uma dívida que o estado tem com essas regiões. Enquanto eu estiver aqui como deputado estadual, estaremos sempre cobrando, sempre levando essas demandas ao Governo do Estado, com critério, com justificativa, com argumentos, afinal de contas, fazer política é fazer justiça, é fazer o bem às pessoas.

O que nós temos visto no estado de São Paulo, ao longo do tempo, é que, apesar de nos últimos anos termos avançado em relação a essas duas regiões, muito ainda tem que ser feito.

Eu tenho convicção de que o governo Tarcísio será sensível a esses nossos apelos, terá uma visão estratégica em relação à região sudoeste e à região do Vale do Ribeira, para que a gente possa ter um estado com mais justiça social, com mais equilíbrio, com desenvolvimento mais equilibrado.

Ao longo do tempo, o estado investiu em estradas duplicadas, grandes hospitais, universidades públicas, empresas, indústrias, economia forte nas regiões mais desenvolvidas do estado, e tivemos alguns nichos, algumas regiões do estado que ficaram relegadas a segundo plano.

Então, cabe a esse governo começar a ter uma ação efetiva para que a gente possa ter essa regularização, esse desenvolvimento mais equilibrado, com mais justiça social dentro do estado de São Paulo.

O que se faz no estado de São Paulo reflete no Brasil, e termos um governo que faça justiça, que equilibre o desenvolvimento, que traga mais qualidade de vida, principalmente àquelas regiões, àquelas cidades com menos recursos, com menor renda per capita, com piores indicadores sociais, que a gente possa fazer com que essas regiões, essas cidades subam de patamar e nós tenhamos um estado de São Paulo mais justo e mais equilibrado. Um exemplo a ser dado ao Brasil todo.

Então, Sr. Presidente, a gente vem a esta tribuna reiterar que o estado de São Paulo possa agir com mais celeridade, com mais justiça, com uma visão mais estratégica do desenvolvimento e possa olhar com prioridade, com justiça, a região sudoeste do nosso estado e o Vale do Ribeira.

Esse é o nosso papel. Enquanto estiver nesta Casa, estarei sempre defendendo isso junto ao Governo do Estado e espero ter essa grande parceria com o governo Tarcísio.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem, deputado Edson Giriboni. Seguindo a lista de oradores no Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.)

Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputada Solange Freitas. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputado Barros Munhoz. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.)

Entrando na Lista Suplementar, deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Agente Federal Danilo Balas.

 

O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, retorno a esta tribuna. Falei agora há pouco sobre o Projeto de lei nº 506, de 2023, que estabelece sanções aos invasores de terra no estado de São Paulo.

Cheguei agora há pouco de uma entrevista na “Revista Oeste”. Fui entrevistado pela “Revista Oeste”, um dos maiores meios de comunicação do nosso estado e do Brasil, que mostra a verdade com transparência, traz a informação verdadeira para os assinantes, para aqueles que acompanham as inúmeras notícias nesse canal tão importante.

Falei sobre o Projeto de lei nº 506, falei sobre a CPI do MST. A CPI do MST, da qual sou proponente aqui nesta Casa, deve estar no segundo semestre andando aqui pelos plenários.

Com certeza teremos uma movimentação grande, intensa de pessoas acompanhando, pessoas convidadas pelos nove deputados membros da CPI, algumas convocadas, porque não vão querer vir, Sr. Presidente. Então a gente convoca para vir aqui na CPI.

E aí temos uma ação importante do estado de São Paulo, tanto da Prefeitura do município quanto do governador Tarcísio de Freitas: ocupar o espaço para que os invasores não ocupem. O governador Tarcísio tem trazido para o centro de São Paulo secretarias de Governo.

A Secretaria de Esportes está lá no centro, a Secretaria da Habitação está no centro de São Paulo e mais secretarias virão. É assim que o Estado atua, deputados presentes, tomando conta do terreno e não deixando os baderneiros fazerem o que querem.

Sobre o que minha colega aqui, a deputada Ediane Maria, disse, que parlamentares não entendem sobre políticas de habitação, eu estou falando de invasores, de criminosos.

Eu gostaria que a técnica colocasse primeiro uma foto. Essa foto é de um trator no interior de São Paulo, na cidade de Borebi, uma fazenda produtiva de laranja, e o MST destrói, com o trator, pés de laranja de fazenda invadida em São Paulo. Isso foi em Borebi, em 2017. Milhares e milhares de pés de laranja destruídos de uma fazenda produtiva. Isso aqui é invasão, destruição, crime, e não ocupação, como a deputada falou.

Técnica, pode soltar o vídeo, por gentileza.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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E vamos além: em Marabá, lá no Pará, quem não se lembra daquelas vacas prenhas degoladas, esquartejadas, e seus bezerros na fazenda? Aqui em Itapetininga, milhares de mudas sendo estudadas há quinze anos destruídas pelo MST. E aí, no estado de São Paulo não tem vez para invasor e criminoso quando se trata de MST.

Porque nós temos um governo forte, nós temos o governador Tarcísio de Freitas, que bota ordem, nós temos uma Secretaria de Segurança Pública, Guilherme Derrite, coloca ordem. Temos uma polícia forte em São Paulo.

E para concluir, Sr. Presidente, o nobre deputado Marcolino, do Partido dos Trabalhadores, colocou em um slide aqui que são 472 obras paralisadas. Março de 2019, tomando posse neste plenário, segundo o Tribunal de Contas do Estado, 1.075 obras paradas em São Paulo, estavam nos escombros. Fiscalizei, investiguei, denunciei ao Ministério Público. Começou a retomada das obras.

Mas a maior aceleração de obras retomadas foi a partir de 2023, governador Tarcísio de Freitas. Então, Sr. Presidente, de 1.075 em 2019 para 472, avançamos muito, mas precisamos melhorar ainda mais e o nosso governador o fará.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Já dou pela ordem pra Vossa Excelência. Vou chamar para fazer uso da palavra o deputado Conte Lopes. E enquanto o deputado Conte Lopes se dirige à tribuna, V. Exa., deputado Danilo Campetti, tem pela ordem.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Para uma comunicação, Sr. Presidente.

 

 O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Danilo Balas, quero cumprimentar V. Exa. pelo discurso, pela iniciativa. Vossa Excelência sabe, eu fui servidor lá no Ministério da Agricultura, estive como assessor especial. Vossa Excelência foi várias vezes lá.

Eu atuava na Secretaria Especial de Assuntos Fundiários. E no governo Bolsonaro, onde eu participei, o número de invasões de terra foi reduzido a valores ínfimos. O senhor acompanhou isso e isso está sendo feito aqui em São Paulo. Porque havia uma incorreção, vamos dizer assim, havia uma política errada dos governos anteriores que prestigiavam a reforma agrária e não a regularização fundiária.

E há uma diferença nisso, e o governo Bolsonaro e aqui o governo Tarcísio, prestigiam a regularização fundiária, ou seja, a entrega de títulos de posse e títulos de propriedades para que aqueles possuidores tenham autonomia sobre a sua terra, a terra que é deles.

Então essa política resultou em muitos ganhos para toda a população diante do governo do Bolsonaro, e aqui no governo de São Paulo essa política continua na excelente gestão do governador Tarcísio. Premissa que é básica, invasão de terra é crime aqui em São Paulo. O governo de São Paulo, o governador Tarcísio e a Secretaria de Segurança não admitirão invasão de terra, invasão de propriedade.

Como V. Exa. mesmo disse, invadiram a sede da Embrapa, invadiram uma exportadora de sucos de laranja. Então quer dizer, eles não estão invadindo pela posse da terra, por esse direito deles, não. Estão invadindo, realmente, com um outro objetivo que não é ter a posse para eles, que não é ter a posse da terra pra que eles possam morar lá e produzir algo. Então parabéns pela iniciativa.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Deputado Conte Lopes, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Seguindo as colocações dos deputados, só queria falar que o direito à propriedade existe aqui no Brasil, não é? E obviamente o governador aplica a lei aqui com o apoio das polícias Civil e Militar.

Outro dia eu falei aqui, Sr. Presidente - voltando ao caso -, sobre Mauro Cid, o delator, o traidor, o covarde. Algumas pessoas nas redes sociais: “Como covarde? Ele foi ameaçado.” Aí foi uma segunda época na briga dele com o ministro Alexandre de Moraes. Ele já havia dito tudo que ele falou.

Ele foi o único. Que tinha muita gente presa, coronéis, generais são presos lá. O único que abriu a boca, sendo o braço direito de Bolsonaro, é um ajudante de ordem, não é que é braço direito, é um ajudante de ordem, uma pessoa de confiança. E ele falou o que ele quis, fez a delação premiada; depois ele quis dizer desdizer o que ele falou, foi quando ele foi chamado, aí ele chorou, desmaiou, falaram do pai, da mulher dele.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Danilo Campetti.

 

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 Agora, eu pergunto, e o pai dele, a mulher, a mãe, a mulher tem alguma coisa, deve uma coisa, a filha? Porque você ameaça alguém, por exemplo, como policial, quando eu ameaçava alguém, é porque eu sabia que aquele cara que eu estava ameaçando, eu sabia que o amigo dele, ou alguém da família dele tinha alguma bomba para contar, senão eu não falava nada. Não é um acordo de cavalheiros.

Então, eu coloquei isso porque ele foi o único que falou, ele delatou. Não é que... Ele foi ameaçado depois, porque ele falou e quis desfazer, porque ele vai ser lembrado a vida inteira como traidor, como outros traidores, como o Judas.

Era um homem de confiança. E nós não estamos falando, Sr. Presidente, de uma freira, de uma professora, de um enfermeiro. Nós estamos falando de um coronel do Exército brasileiro, os “kids pretos”, paraquedista. E se borra todo?

Sr. Presidente, quantas vezes eu fui ameaçado de morte na minha vida. Quantas vezes eu, na Rota, ligava para o Copom que aquela noite eu ia morrer? Eu não morri até hoje. E só vizinho meu, morreram catorze. Vizinho, o resto não encontra, mas fiquei na mesma casa, em Guarulhos. Não saí de lá, não.

E, como eu disse, quantos processos eu respondi com os soldados? E eu nunca vi soldado se borrar todo igual a esse coronel se borrou. E respondi processos no Pleno, 25 desembargadores. É bom colocar, tudo tiroteio com bandido. Não é corrupção, não, tiroteio com bandido.

No Pleno, 25 desembargadores, e os soldados vinham comigo e falavam a verdade. Ameaçavam? “Olha, vai falar o capitão, não sei o quê, esquadrão da morte, fala aí.” E o policial não falava. Primeiro, porque você que assina. Se você é que vai assinar, ou para o Alexandre de Moraes, para o Benedito, para o João, para quem for, vale o que você assina. Se você não assinou, ele põe lá o que ele quiser. Se eu não assino, ué? Se eu não assino.

Então, ele foi covarde, nesse aspecto. Ele era um homem de confiança do Bolsonaro, um ajudante de ordem. Nem é homem de confiança, não tem chave nenhuma, não apitava nada. Só que ele resolveu abrir a boca de um monte de coisa. Como se postou a Michelle, quando teve que sair lá do Palácio, muito triste e revoltada, como se ela fosse a revolução. A gente fica triste. Você perde a eleição, vai embora, você fica triste aqui também. Os funcionários... Isso é triste.

Então, as colocações do cara, como a filha do Bolsonaro, de 12 anos, que ele foi arrumar uma vacina lá, não sei o quê, um atestado. Então, começou tudo com ele. Ele quis dar uma de inventor e aconteceu isso aí. Esse aprendiz de feiticeiro. Ele achou que ele era o presidente Bolsonaro e começou a determinar o que ele achava que devia falar.

E falou de um monte de besteira e está assumindo isso. Só que o fato principal da covardia é que ele foi o primeiro a falar. Quando houve ameaça de Alexandre Moraes, já foi no segundo depoimento que ele quis mudar.

Aí, ele não conseguia mudar mais. Agora, ele estava com dois advogados ao lado dele. E volto a repetir. É um “kids preto”, não sei se era “kids preto”, se era paraquedista, não sei o quê. É um coronel do Exército brasileiro que se acovarda no interrogatório.

Pôde puxar três, quatro dias ou um mês de cadeia, como Braga Netto está puxando, em um quartel do Exército, num quartel do Exército. Tudo o que está acontecendo aí saiu da boca dele, tudo. Essa somatória de cá para cá, de lá para cá, tudo saiu da boca dele. Não resta a menor dúvida.

Então, para mim, se acovardou. Que se a pessoa é de confiança da gente e te entrega de mão beijada, não resta a menor dúvida que não passa de um covarde.

 Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Conte Lopes.

Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Paulo Fiorilo.

Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, assessoria militar, assessoria das bancadas, aqueles que nos acompanham aqui, de forma presencial e os que nos acompanham pela TV Alesp.

Sr. Presidente, eu tenho aqui três assuntos rápidos. Vou gastar meus cinco minutos. O primeiro deles é para registrar aqui a produção de um livro que a bancada do PT, da Federação, produziu contando os mais de 40 anos das bancadas, aqui neste Legislativo, do PT.

A primeira bancada aqui nesta Casa foram os deputados do MDB que vieram para o PT. O deputado Conte Lopes deve se recordar. O próprio deputado Eduardo Suplicy é um dos primeiros a fazer parte dessa história.

E nós vamos lançar o livro hoje. Depois a gente vai disponibilizar de forma virtual, vamos colocar para as universidades, para que as pessoas possam pesquisar. Esse é um livro que recupera a história, uma história de luta, e que orgulha muito o Partido dos Trabalhadores. Deputados e deputadas, assim como o deputado Reis e outros deputados, travaram muitas lutas neste plenário.

Foram lutas difíceis, lutas que envolveram alunos de escolas públicas, como a criação da CPI da Merenda, ou mesmo a luta contra a privatização da Sabesp, contra a retirada de 11 bilhões da Educação por parte desse governo. A história das bancadas está contada aqui, deputado Conte Lopes. Depois o senhor vai ter a oportunidade de recordar vários companheiros, que foram deputados com senhor aqui nesta Casa.

Esse registro é importante, e nós vamos fazer o lançamento hoje. Ele contou com a participação da assessoria da Federação PT/PCdoB/PV, daqueles que trabalham na Liderança, que pesquisaram, foram atrás de fotos, depoimentos.

Então tem um material rico e que vai ser, com certeza, uma contribuição importante, não só para esta Casa - como lançou o livro dos 190 anos -, mas também para aqueles que pesquisam e que querem conhecer a História.

E aqui é para a gente pensar o futuro, de ampliar nossa bancada no próximo pleito eleitoral, de governar esse Estado com políticas públicas coerentes e corretas. E não, para passar a mão naqueles que são delatados, como faz o governador.

“Há uma forçação de barra.” Eu diria que forçar a barra é defender o inelegível. Até porque, como assim que não teve nada claro, que não teve nada, não teve um plano para matar o presidente e o vice-presidente, matar o ministro do Supremo? “Não teve nada.”

Falou contra a urna eletrônica o tempo todo. “Não teve nada.” Xingou os ministros do Supremo. “Não teve nada.” Claro que não teve nada.

Não teve nenhum governo, foi um desgoverno. Que aliás, agora, é bom para eu passar a limpo as 700 mil mortes por conta da Covid, e assim por diante. Mas, por falar em Covid eu queria falar em dengue. Porque isso é de responsabilidade do governador.

Repare só: o governo Dória aprovou aqui nesta Casa, com o voto de muitos deputados, a extinção da Sucen. Extinguiu. O presidente do Sindsaúde, e mais o secretário de Saúde do Trabalhador, produziram um texto que eu vou ler aqui, e pedir para que seja publicado na íntegra:

“O Governo do Estado de São Paulo decretou situação de emergência em saúde pública no último dia 19 por conta da explosão de casos de dengue. A doença chegou a 184 mil, 177 confirmações e 131 mortes, apenas neste ano, até o dia 21 de janeiro.

O cenário não é surpreendente e o SindSaúde-SP já alertava para essa tendência no ano passado, quando apontava que o crescimento de contaminações e mortes era fruto do descaso com políticas preventivas e de combate à pandemia que se arrasta desde o governo João Doria.

Isso porque em 2020 houve a extinção da Superintendência de Controle de Endemias, Sucen, órgão responsável pela pesquisa de várias doenças, uma ação mantida pelo governo Tarcísio de Freitas, que não fez qualquer investimento em estrutura para reverter o cenário caótico.

O resultado já conhecemos, em 2024, foram 2 milhões, 119 mil e 837 casos confirmados de dengue, maior número desde 2000, com 2.050 mortes e para piorar, o problema não para por aí.

Outras doenças consideradas já sob controle e que são transmitidas por mosquitos ou carrapatos como febre amarela, febre maculosa, leishmaniose e Chikungunya também têm crescido neste ano e voltaram a preocupar. A febre amarela já registrou neste ano 12 casos e 8 mortes, a febre maculosa, 133 casos e 7 mortes, a leishmaniose, 37 casos e a Chikungunya, 6.001 casos.

Não podemos aceitar que o Governo de São Paulo restrinja as ações a métodos paliativos de tentar apagar incêndios após atingirem níveis incontroláveis ou próximos a isso. Uma visão antagônica aos valores que norteiam o SUS, dentre os quais, ações preventivas que diminuam o número de mortes e ampliem a qualidade de vida.

Em um estado em que a política de saúde se resume em abandonar hospitais para justificar a terceirização e a privatização, engordando o bolso das OSs, teoricamente sem fins lucrativos, não combater doenças antes que se tornem epidêmicas significa sobrecarregar uma estrutura que há anos necessita de novos concursos públicos e contratação de trabalhadoras e trabalhadores.

São vidas que estão em jogo, enquanto a gestão paulista se omite de sua responsabilidade. O SindSaúde cobrará que ações efetivas sejam implementadas para retomar a pesquisa, assim como a contratação de profissionais por meio do concurso público, uma das pautas aprovadas em nossa assembleia de campanha salarial.

Porque o compromisso de qualquer governo tem de ser, acima de tudo, com a população. Gervásio Foganholi é presidente, e Carlos Alberto Gabriel Jr. é secretário de Saúde do Trabalhador do SindSaúde”.

Sr. Presidente, eu termino dizendo, e o senhor sabe, a cidade do senhor vive um surto por conta da dengue - não só a cidade do senhor. É preciso que a gente tome as medidas necessárias e urgentes.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Paulo Fiorilo. Com o final da lista de oradores do Pequeno Expediente, nós encerramos o Pequeno Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Imediatamente abrimos o Grande Expediente. Eu passo a convidar os senhores oradores inscritos. Inicialmente, deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Andréa Werner. (Pausa.) Deputado Felipe Franco. (Pausa.)

Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputada Letícia Guiar. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Deputado Reis, em permuta com o deputado Emídio de Souza.

Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. REIS - PT - Sr. Presidente, deputado Danilo Campetti, eu volto à tribuna para falar sobre a questão dos policiais militares, problemas que têm sido trazidos ao meu gabinete reclamações, e que nós temos que usar a tribuna para ver se chega lá nos ouvidos do governador, o imperador. Para que providências sejam tomadas. Bom, vamos começar pelas reclamações que têm os terceiro-sargentos e os segundo-tenentes.

Desde o reajuste, quando o governador mandou o projeto para esta Casa, com reajuste escalonado, essas duas graduações foram prejudicadas, Porque foram aumentos diferenciados, e essas duas carreiras foram as que tiveram os menores reajustes. Obviamente, porque é onde está a maioria dos aposentados.

Muitas vezes, seguindo a carreira dos praças, chega a ser a subtenente. Quando vai se aposentar, quando se passa para a inatividade, tem um posto imediato, tem uma promoção. E aí vai a segundo-tenente e se aposenta.

O cabo vai a terceiro-sargento e se aposenta. E foram os que tiveram os menores reajustes. Então, os veteranos da Polícia Militar pediram para que pudéssemos formar uma frente parlamentar aqui na Assembleia, para que eles pudessem ter espaço, ter voz para poder dialogar com o Governo, essas reclamações.

Então, este é um problema que prejudica principalmente os veteranos, aqueles que se aposentaram. A outra questão que foi trazida ao meu gabinete, Sr. Presidente, é a questão dos coletes balísticos. Hoje até recebi na caixa de e-mail, não vou falar o nome da pessoa que me mandou o e-mail, mas ele diz o seguinte.

Ele ainda fala assim: “É com o coração apertado e uma profunda indignação, que escrevo estas palavras. O Comando da PM, em uma tentativa desesperada de contornar a situação, tem proposto soluções inaceitáveis como o revezamento dos coletes. Em meio a temperaturas sufocantes de 30 graus”.

Imagine, ele está falando de 30 graus. Tem dia que chega a 37, 38, 40 graus. Imagine, presidente, V. Exa. que também é da instituição, policial federal, imagine um colete... A pessoa chegar de manhã, oito horas da manhã, colocar um colete balístico, ficar o dia inteiro com ele, terminar o seu expediente às 20 horas, porque são 12 horas de serviço, e aí passar para a guarnição que vai entrar à noite. Imagine a situação daquele colete. O suor em decorrência das altas temperaturas.

Então, existe uma crise na Polícia Militar, deputado capitão Conte Lopes. Existe uma crise com relação aos coletes balísticos, os coletes à prova de bala. Inclusive, a Federação Nacional de Entidades de Praças Militares também fez essa denúncia, fez essa reclamação e eles não falam só de coletes. Na denúncia deles, eles estão trazendo aqui que também fardamento... O Governo não está comprando fardamento.

Eu vejo a base do Governo defender o Tarcísio aqui com unhas e dentes; são defensores assíduos. Mas V. Exas. têm que cobrar isso do governador; têm que cobrar que os fardamentos sejam comprados, que os coletes sejam adquiridos, sejam comprados.

Então, a Federação Nacional traz a seguinte denúncia, olha: “Há mais de 12 meses que o policial militar não tem o fardamento completo. Muitas vezes o policial militar está tendo que comprar o fardamento; está tendo que comprar a calça, a gandola; comprar a camisa, a camiseta, o coturno.”

Bom, eles já ganham um salário irrisório, não é? Vamos pegar o salário que o Governo paga para o policial militar: praticamente - líquido - quatro mil reais. Imagine o que é passar 30 dias com quatro mil reais; cuidar da compra do mês, do aluguel, da escola do filho, dos remédios - não é coisa fácil. Por isso que os policiais fazem bicos, mesmo contrariando a legislação; fazem bicos porque com esse dinheiro é muito difícil.

Então nós temos que cobrar do governador também o reajuste salarial para os policiais militares, e que melhore os salários, que seja um salário digno. Mas, além de ter um salário indigno, ainda têm que gastar dinheiro comprando fardamento. E essa questão dos coletes balísticos, que também a Federação faz essa denúncia.

Eu recebi vários e-mails de policiais reclamando dos coletes balísticos, mas a Federação já tinha encaminhado ao governador um ofício, inclusive, me mandaram o ofício, que eu vou fazer um requerimento de informação sobre essas questões que estão no ofício dessa Federação.

Então eles dizem que: “em meio a temperaturas sufocantes de 30 graus, nossos valorosos policiais militares são obrigados a trabalhar extenuantemente turnos de 12 horas apenas para repassar um colete encharcado de suor ao próximo companheiro”. Então, depois de 12 horas, ele vai repassar ao seu colega de trabalho um colete encharcado de suor.

Isso é um ultraje, uma afronta à segurança e ao bem-estar daqueles que juraram proteger a sociedade. Uma afronta, é o que vem no e-mail. Uma afronta. Risco à saúde. Imagine se aquele colega dele tem alguma doença na pele, alguma micose; obviamente vai passar para o outro; alguma doença contagiosa, infectocontagiosa; vai passar para o seu colega.

Então não é possível que o estado mais rico da Federação, o estado de São Paulo, a locomotiva do País - é assim que eles falam... Quando eu fui lá no evento de 190 anos da Assembleia Legislativa, todos os ex-presidentes da Assembleia, ex-deputados que estavam lá, quando pegavam o microfone, eles falavam: “nós estamos falando de São Paulo, a locomotiva do país, o estado mais rico da Federação”, mas o estado que paga o pior salário para os seus policiais, o estado que sequer compra coletes balísticos para os seus policiais, o estado que paga um salário de fome, que paga um vale coxinha de R$ 12,00.

Não é possível, não é possível que a gente esteja diante de uma situação caótica dessa, no estado mais rico da Federação. O que está faltando? Está faltando o governo para governar. “Ah, mas é, o governo é supercompetente, sabe tudo, faz tudo, é o bam-bam-bam, é o top, Tarcísio Top”. Os deputados vêm aqui e falam isso.

Eles vêm aqui e falam isso, mas, quando eu vou à base, quando eu visito uma delegacia, quando eu vou à Baixada Santista e vejo lá o calor de 40 graus, e não tem ar-condicionado funcionando naquela delegacia. Então, está faltando gestão. O gestor não é tudo isso que se fala. O gestor não está tendo olhos para resolver pequenas demandas.

Olha que eu fiz uma emenda para reformar a Delegacia do Campo Limpo, o 37º Distrito Policial, e essa emenda, o recurso foi liberado desde março, abril do ano passado, e até hoje não conseguiram fazer uma licitação para pintar uma parede e arrumar o telhado. Governo que não consegue pintar uma parede e arrumar um telhado, ele tem que privatizar tudo mesmo, ele tem que vender, porque o particular vai lá e consegue fazer.

Então, Sr. Presidente, eu quero deixar registradas essas reclamações que foram me trazidas pelos policiais militares, pela Federação Nacional de Entidades de Praças Militares Estaduais, para que o governo tome conhecimento e, ao tomar conhecimento, resolva essas demandas.

Resolva a questão salarial, resolva a questão dos coletes balísticos, resolva a questão dos fardamentos. Não é possível que, com o salário que o policial ganhe, ele ainda tenha que comprar o seu fardamento.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Reis. Seguindo a lista de oradores, para comunicação, deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu não gosto de falar muito em pesquisas, mas hoje saiu uma pesquisa, e o nosso governador, Tarcísio de Freitas, já falou que não é candidato a presidente, ele é candidato a governador, e está sendo muito bem aceito pela população de São Paulo.

Tanto é que, na pesquisa de hoje, ele aparece no segundo turno com o presidente Lula, ele com 54% e o presidente Lula com 30 por cento. Então, veja bem que o governador está fazendo um bom governo para o povo de São Paulo.

Então, para a gente é muito importante isso. E, volto a repetir, ele nunca falou mal de ninguém, nunca falou que é candidato a presidente. Pelo contrário, ele está administrando, está trabalhando, foi um homem de coragem que colocou a Segurança Pública nas mãos de policiais.

O capitão Derrite é secretário de Segurança Pública. O coronel Cássio, comandante da Polícia Militar. O Dr. Artur Dian, delegado-geral. Eu nunca vi isso. Eu entrei na Polícia em 67, quase 60 anos, eu nunca vi um governador ter a coragem que o Tarcísio teve, de colocar a Polícia sendo comandada por policiais. Porque sempre foram promotores, juízes, generais do Exército, juristas, e ele teve essa coragem de colocar à frente da Segurança Pública policiais.

E só relembrando aqui, essa pesquisa, 54% contra 30% que o Lula tem. O Tarcísio que não é candidato a presidente da República.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Conte Lopes. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Convido o deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, em permuta com o deputado Donato.

Enquanto o Excelentíssimo Deputado Eduardo Suplicy se dirige à nossa tribuna, eu quero fazer um cumprimento especial aqui à delegação de Mococa. E aqui nós temos, na nossa tribuna de honra, o vice-prefeito Cesar Greghi, o “batata”, a vereadora Giovanna Loyola, a chefe de gabinete do município Val Miranda - e também presidente do Republicanos - e o nosso coordenador regional do Republicanos na região, o Marcelo Padilha. Sejam muito bem-vindos. Muito obrigado pela presença de todos vocês, viu?

Deputado Eduardo Suplicy, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, Danilo Campetti, muito boa tarde. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, Reis, Conte Lopes e... Tem mais? Não? Por enquanto são esses. Eu venho ao plenário compartilhar um triste caso que meu mandato acompanha desde o fim do ano passado.

No dia 10 de outubro de 2024, meu gabinete recebeu uma ligação informando que um senhor de 80 anos estava preso há duas semanas por descumprir medidas cautelares previstas no regime aberto. Contudo, a situação que descobrimos foi afrontosa.

Para além de ser pessoa idosa, este senhor estava abrigado em um centro de acolhida, participando ativamente das atividades oferecidas. E possuía diversos problemas de saúde, os quais estavam sendo devidamente acompanhados pelo centro de acolhida.

Esse senhor, analfabeto e muito simples, descumpriu uma única medida. Não voltou a assinar no fórum após a pandemia, condição para concessão do regime aberto. Ocorre que essa condição foi informada a esse senhor de forma ininteligível para suas capacidades. Isto é, a ordem judicial não foi cumprida porque não foi compreendida.

Deparei-me com essa injustiça. Um senhor que não oferecia qualquer risco à sociedade, que estava buscando formas de construir sua vida de maneira digna, sendo inclusive beneficiário do Benefício de Prestação Continuada, foi preso unicamente por ser analfabeto.

Recorremos à Defensoria Pública, que fazia a defesa do senhor no processo de execução penal, para informá-los acerca desta situação revoltante. A instituição fez o que podia no processo, mas diversos entraves foram colocados pelo sistema de justiça criminal.

A oitiva deste senhor acerca do descumprimento da falta grave, por exemplo, demorou três meses para ser realizada, ainda que a direção da unidade prisional e a Secretaria de Administração Penitenciária tenham sido intimadas diversas vezes neste intervalo.

Pois bem, o senhor ficou preso por mais quatro meses para, em 19 de fevereiro de 2025, ser absolvido pela prática da falta, porque a juíza responsável entendeu que ele não havia compreendido a determinação judicial, cumpriu tempo de prisão superior ao previsto para a infração da qual foi acusado para, no final, ser absolvido.

Não é novidade para nenhum de nós a situação dos presídios brasileiros, com racionamento de água, alimentação imprópria para o consumo, escassez de acesso à saúde, entre outras situações.

Impor a um senhor idoso com problemas de saúde, que não oferecia qualquer risco à sociedade, um regime mais gravoso, apenas por ser analfabeto de uma gravidade imensa. Nosso sistema de Justiça não pode seguir cometendo estas injustiças.

Recebi com felicidade a notícia do retorno ao regime aberto deste senhor, mas também consternado por todo o processo sofrido. Precisamos, juntos, combater situações como essa. Sr. Presidente, também quero tratar de um outro tema, pois vacina 100% nacional contra a dengue terá produção em larga escala a partir de 2026.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou ontem, nesta terça-feira, 25 de fevereiro, do anúncio de acordo para a produção em larga escala da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A partir de 2026, serão 60 milhões de doses anuais com possiblidade de ampliação, conforme a demanda e a capacidade produtiva.

“É uma vacina contra os quatro tipos de dengue, tetravalente, o que facilita muito. É por isso que ela é demorada, leva anos, pois você tem um foco do tipo 2, vai lá e testa. Aí fica esperando o tipo 1, vai lá e corre. Depois o 3, o quatro. Tem que acertar os quatro para ter, em uma vacina só, a tetravalente.” Assim se expressou o vice-presidente Geraldo Alckmin.

A iniciativa integra uma estratégia de fortalecimento da indústria brasileira, para dar autonomia e buscar novas soluções para o Sistema Único de Saúde. O objetivo é atender a população elegível pelo Programa Nacional de Imunizações entre 2026 e 2027, que contempla a população de dois anos a 59 anos. 

O investimento total na parceria é de 1,26 bilhões, com auxílio do Novo PAC. Também estão previstos 68 milhões de reais para aplicar em estudos para ampliar a faixa etária alcançada e avaliar a possibilidade de coadministração com a vacina contra a “chikungunya”.

Para o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, os anúncios são históricos. Ele celebrou o lançamento da vacina contra a dengue, explicando que seu desenvolvimento foi demorado e complexo porque precisou ser testado contra os quatro sorotipos da doença. É uma vacina, ela é demorada.

Ela é uma vacina contra os quatro tipos de dengue, tetravalente. Por isso ela é demorada, leva anos e anos, pois você tem um foco de tipo 2, vai lá e testa. Aí fica esperando o tipo 1, vai lá e testa. Depois o 3, o quatro. Teve que acertar os quatro para ter, em uma vacina só, a tetravalente”.

A ministra Nísia Trindade destacou a importância da iniciativa para o fortalecimento da capacidade nacional de produção de imunizantes. Disse ela: “Essa vacina vem sendo desenvolvida há muito tempo. Com a pandemia, nós aprendemos muito do desenvolvimento rápido.

A vacina será em dose única e válida para os quatro sorotipos. Vários artigos científicos têm demonstrado esse poder. Já tem a definição de 60 milhões de doses em 2026, e a continuidade da sua produção.

A gente espera, em dois anos, poder vacinar toda a população elegível”, disse a ministra. “Já tem a definição de 60 milhões de doses em 2026, e a continuidade da sua produção. A gente espera, em dois anos, poder vacinar toda a população elegível”.

Nísia Trindade, eu aproveito para cumprimentá-la pela contribuição que ela deu nessa primeira etapa do governo do presidente Lula, e dizer para ela que estamos solidários em suas batalhas, sobretudo em defesa da melhoria da Saúde brasileira. Nísia ressaltou que no primeiro momento a vacina não será destinada a idosos, pois os testes clínicos exigem critérios específicos para essa faixa etária.

Por enquanto os idosos ainda não poderão tomar, porque quando as vacinas são testadas, há sempre um cuidado com a população idosa. Com isso teremos a possibilidade de vacinar a população brasileira, dentro da faixa que for naturalmente recomendada pela Anvisa. Para a dengue, esse é um fato único no mundo até agora.

Concluindo, Sr. Presidente: segundo a titular da Saúde, os investimentos são fundamentais para garantir resposta eficaz às emergências sanitárias e reduzir a dependência do Brasil do importante setor da Saúde.

O governo fará com que a capacidade produtiva de oferta de uma vacina 100% nacional contra a dengue cresça, nada mais, nada menos, do que 50 vezes.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. REIS - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

 O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, deputado Reis.

 

O SR. REIS - PT - Havendo acordo de lideranças, eu requeiro o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Reis.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Gostaria de agradecer a todos que nos acompanharam pela Rede Alesp, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, amigos que nos acompanham pela galeria, assessorias, policiais civis, militares, servidores da Casa, renovando o agradecimento da Assembleia Legislativa também à comitiva de Mococa.

E aqui eu cumprimento nosso vice-prefeito de Mococa, Nilton Greghi, o professor “Batata”, a vereadora Giovana Loiola, a chefe de gabinete, Val Miranda, o nosso coordenador regional do Republicanos Marcelo Padilha, assessora da Câmara Larissa Ceriali.

Muito obrigado pela presença; são sempre bem-vindos.

Eu agradeço a todos, fiquem todos com Deus.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 27 minutos.

 

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