18 DE MARÇO DE 2025
28ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, DANILO CAMPETTI, CONTE LOPES e CARLOS CEZAR
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min.
2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - THAINARA FARIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
7 - BETH SAHÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CAPITÃO TELHADA
Para comunicação, faz pronunciamento.
9 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - GUILHERME CORTEZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - REIS
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
16 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
17 - CAIO FRANÇA
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
21 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - RAFAEL SARAIVA
Por inscrição, faz pronunciamento.
23 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
24 - DANILO CAMPETTI
Para comunicação, faz pronunciamento.
25 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Cumprimenta o prefeito de Penápolis, Caique Rossi, e o vereador da cidade, Júlio Caetano, presentes no plenário.
26 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - DANILO CAMPETTI
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
28 - GIL DINIZ
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
29 - GIL DINIZ
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
30 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h14min.
ORDEM DO DIA
31 - CARLOS CEZAR
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h31min. Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, os requerimentos de criação de comissão de representação dos deputados: Beth Sahão, com a finalidade de participar de agendas nos assentamentos da região do Pontal do Paranapanema, em Sandovalina, e com a Reitoria da Unesp de Presidente Prudente, entre os dias 19 e 21/03; Caio França, com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo junto às Frentes Parlamentares da Ligação Seca entre Santos e Guarujá e de Portos e Aeroportos, presididas pelo deputado federal Paulo Alexandre Barbosa, durante missão oficial à Alemanha e à Dinamarca, no período de 03 a 09/05; e Capitão Telhada, com a finalidade de participar do Fórum de Segurança Pública, nos dias 25 e 26/03, em Brasília-DF.
32 - RICARDO FRANÇA
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
33 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 19/03, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão às 16h33min.
*
* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
*
* *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL
- Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Dando início à lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, tem a palavra o deputado Reis. (Pausa.) Tem a
palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Tem a palavra o deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.) Tem a palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Tem a
palavra o deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.)
Tem a palavra o deputado Tomé Abduch.
(Pausa.) Tem a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.) Tem a palavra o
deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Tem a palavra o deputado Guilherme Cortez. (Pausa.)
Tem a palavra o deputado Luiz Claudio
Marcolino, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta
Casa, eu trago uma denúncia que foi trazida ao meu gabinete pelo Antônio
Carlos, que é presidente do Sindicato de Bares, Hotéis e Restaurantes do
Circuito das Águas, e também da direção do Partido dos Trabalhadores da cidade
de Águas de Lindóia, sobre o pedágio que será, pelo menos que foi apresentado
pelo governador do estado de São Paulo, em que quer entregar algumas rodovias.
Queria que o
Machado colocasse.
* * *
- É exibido o
eslaide.
* * *
Aqui são alguns
dos pedágios. Então o Governo do Estado abriu concorrência para privatizar duas
rotas, a do o Circuito das Águas e a da região mogiana. A intenção é instalar
pedágios e repassar a arrecadação para as concessionárias.
Então, aqui tem
as cidades as quais terão pedágios. Na Rota Circuito das Águas, praticamente
será um pedágio em cada esquina. Hoje tem quatro praças de pedágio. Serão
implementadas 33 novas, parte delas já no sistema Free Flow. O total será 37
praças de pedágios em 533 quilômetros.
Então, serão prejudicados
os municípios de Holambra, Amparo, Serra Negra, Socorro, Itapira, entre outros.
Só um exemplo aqui: a SP-340 terá quatro pedágios a cada 15 quilômetros. Tanto
os moradores como os empresários da região pagarão praticamente bem mais do que
se paga hoje para circular pelas rodovias dessa região.
A Rota Mogiana
hoje também tem seis pedágios. Serão 18 no total, em 385 quilômetros, parte
deles também no sistema Free Flow. Vai afetar 19 municípios, incluindo Ribeirão
Preto, São João da Boa Vista e Mogi Guaçu. O prazo para a consulta pública é
agora até dia 21 de março. E também tem
novos pedágios em outras regiões, como aqui na região de Santa Bárbara,
Piracicaba e Americana, mesmo em rodovias já duplicadas, como a SP-34.
Então, a gente
percebe aqui que a proposição ou a intenção do Governo do Estado de São Paulo é
potencializar esses pedágios no estado como um todo. Aí outro item que a gente
percebe que, ao mesmo tempo em que ele privatiza e desmonta, ele privatiza...
Tem outros itens também. Pode passar para o próximo.
O governo acaba
de propor aqui a extinção da EMTU. Não investe no transporte público e trabalha
na perspectiva de potencializar a cidade de São Paulo com pedágio, ao invés de
priorizar a questão dos trens, que aí é um problema sério que temos no estado
de São Paulo.
Então, eu
queria trazer um pouco essa denúncia, porque o Circuito das Águas... ou mesmo a
região mogiana, é uma região de turismo ou de exploração turística muito grande
no estado de São Paulo. Se nós queremos um estado desenvolvido, um estado que
cresça, um estado que tenha um progresso efetivo, ele tem que dialogar com as
diversas realidades do estado de São Paulo.
É uma região
que não é uma região industrial, que depende muito do turismo, não só do
turismo no Circuito das Águas, como do turismo que tem desenvolvimento cultural
dessa região. Então, na hora em que o Governo coloca e autoriza pedágio em
todas essas cidades, vai encarecer não só o custo do turismo na região, mas
também vai encarecer o custo dos produtos que são produzidos na região.
Então, eu
queria trazer aqui essa denúncia do que está acontecendo no Circuito das Águas.
Vários debates estão sendo feitos na região, e quero parabenizar o presidente
do Sindicato dos Bares, Hotéis e Restaurantes, Antônio Carlos, que trouxe essa
demanda para a gente, junto com o Partido dos Trabalhadores da cidade de Águas
de Lindóia.
Aqui na bancada
do Partido dos Trabalhadores, aqui na Assembleia Legislativa, faremos esse
debate, porque não dá para o Governo simplesmente autorizar e aprovar um
processo de instalação de pedágios na região como um todo sem ouvir a
população, sem ouvir os vereadores, sem ouvir os prefeitos, sem ouvir a
sociedade civil organizada.
Por isso,
estamos fazendo essa fala aqui hoje, mas vamos trabalhar junto com a lideranças
da região para tentar impedir ou, pelo menos, para que haja um diálogo maior
com as cidades da região.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Eduardo
Suplicy, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, deputado Carlos Giannazi, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, gostaria primeiro de saltar a decisão sobre a isenção do Imposto de
Renda para quem recebe até cinco mil reais por mês. O projeto de lei foi
assinado hoje pelo presidente Lula nessa direção.
Segundo o
governo, com a isenção maior do Imposto de Renda, cerca de dez milhões de
contribuintes que hoje pagam o imposto ficarão livres da cobrança.
Quem ganha até
sete mil reais mensais ainda precisará recolher o tributo, mas terá um desconto
para pagar menos. Se o texto for aprovado ainda neste ano, a medida começará a
valer em 2026. Atualmente, a faixa de isenção do Imposto de Renda da pessoa
física é de 2.824 reais, o equivalente a pouco mais de dois salários mínimos.
Parabenizo o
presidente Lula e o ministro Fernando Haddad pelo importante projeto que beneficiará
milhões de brasileiros.
O segundo
assunto é o mais recente episódio de violência policial que o nosso estado
presenciou, pois um homem morreu depois de ser agredido e baleado durante uma
abordagem realizada por dois policiais militares em Barueri, no último sábado. Segundo a reportagem da “Folha de S. Paulo”,
as agressões e os disparos foram gravados por testemunhas através de câmeras de
celular.
Uma primeira
imagem mostra quando dois PMs tentam imobilizar Lucas Almeida de Lima, de 26
anos. Um dos policiais atinge Lima com vários socos e um golpe com o joelho no
abdômen. Um segundo vídeo mostra quando Lima é atingido por tiros. Ele chegou a
ser socorrido, mas morreu no hospital. Ressalto que Lucas estava desarmado. É
de extrema importância que esses fatos sejam apurados e medidas sejam tomadas.
Hoje há também
um outro tema que merece aqui o nosso registro, pois o Supremo Tribunal Federal
derrubou oito leis que facilitam o porte de arma em ações movidas pelo governo
Lula.
O governo Lula,
do PT, já conseguiu derrubar, no Supremo Tribunal Federal, oito leis que
flexibilizam o acesso a armas de fogo. A decisão mais recente foi tomada na
sexta-feira, 14, com a declaração de inconstitucionalidade de uma norma de
Roraima que facilita o porte aos caçadores, atiradores e colecionadores.
Todos os
julgamentos na Corte tiveram resultado unânime. Também foram invalidadas as
legislações de Mato Grosso do Sul, Paraná, Alagoas, Rio Grande do Sul, duas do
Espírito Santo e uma do município de Muriaé. No total, a Advocacia Geral da
União, representando a Presidência da República, apresentou doze ações pedindo
a inconstitucionalidade dos textos que iam contra o Estatuto do Desarmamento.
Três ainda
serão julgados. Uma perdeu o objeto, porque a Justiça de Minas Gerais derrubou
a lei antes que o Supremo apreciasse a ação. Além de conceder porte de arma de
fogo aos CACs, as leis também favoreciam vigilantes seguranças que trabalham em
empresas públicas e privadas, agentes de segurança socioeducativa, de Polícia
Científica e integrantes da Defensoria Pública.
As ações foram
apresentadas em dezembro de 2023, no fim do primeiro ano do mandato de Lula e
duas em abril de 2024. O presidente Lula revogou, já no dia 1º de janeiro de
2023, os decretos do antecessor Jair Bolsonaro sobre o tema.
Em julho, Lula
assinou o decreto sobre o controle de armas, freando a flexibilização de normas
que havia sido adotada no governo anterior, que resultou em um aumento do
número de armas.
Para concluir,
Sr. Presidente, no último dia do ano passado, o presidente publicou um decreto
que cria uma nova categoria de atirador e obrigações para clubes de tiro. Uma
novidade é a criação da categoria de atiradores de alto rendimento, voltada
para os competidores com registro ativo e classificação mínima no ranking
nacional.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Eduardo Suplicy. Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a
palavra o deputado Danilo Campetti, que fará uso regimental da tribuna.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente Carlos
Giannazi, deputado Carlos Giannazi. Quero cumprimentar todas as Sras.
Deputadas, Srs. Deputados, cumprimentar também as assessorias, os servidores da
Casa, aqueles que nos assistem pela Rede Alesp e também aqui nas galerias,
senhoras e senhores, policiais militares, policiais civis.
Sr. Presidente,
eu trago uma notícia muito importante e com muita alegria. Hoje o governador
Tarcísio está em Londres para receber a segunda premiação, em face da
desestatização da Sabesp.
Aproveito, com
este tema, para cumprimentar também a reeleição do nosso presidente, deputado
André do Prado, que com 88 votos conseguiu a maioria, a grande maioria, para
que conduzisse os trabalhos nos dois próximos anos. E essa maioria, essa
confirmação se deve muito em conta das pautas, dos temas que foram pautados
aqui nesta Assembleia.
Temas que
ensejaram muito debate, temas que trouxeram muita reflexão aos deputados, mas
temas que o deputado André do Prado teve a coragem de pautar e cujo resultado é
celebrado hoje. Como resultado, a aprovação da desestatização da Sabesp é
celebrada hoje, em Londres.
Então, é a
ratificação, é a confirmação de que o trabalho aqui na Assembleia Legislativa
está resultando frutífero, principalmente para a nossa população. Os números
são extraordinários. Nós temos, por exemplo, a maior oferta, o maior follow-on
de ações.
Foram captados
14,9 bilhões em investimentos previstos até 2060, em um montante de 260 bilhões
de reais, e investimentos até 2029 no montante de 69 bilhões. Temos aí, este
ano já, a maior sequência de investimentos que a Sabesp já implementou em toda
a sua história. A Sabesp, em média, investia cinco bilhões: só em 2025,
investirá 15 bilhões.
E o mais
importante, Sr. Presidente: a redução da tarifa. Hoje, praticamente 995
famílias com cadastro no CadÚnico têm a redução de 10% da tarifa, então, além
de beneficiar outras 11 milhões de famílias, terá a redução de um por cento. É
um resultado que foi pretendido e que trará antecipação de saneamento em quatro
anos, ou seja, de 2033 para 2029, para cumprir a meta do Marco do Saneamento,
que foi traçado em âmbito federal.
Então, além dos
28 milhões de paulistas beneficiados, nós vamos ter um acréscimo de 10 milhões
de paulistas beneficiados nos 375 municípios atendidos pela Sabesp.
Então
estas são imagens da premiação com a melhor privatização da América Latina,
premiação que sucedeu uma premiação que já tinha ocorrido anteriormente, que é
a premiação Equity Follow-On de
of the Year, também em reconhecimento ao que foi planejado, ao que foi gerido
pelo governo Tarcísio. É um compromisso de campanha que está sendo cumprido e
que agora traz benefícios diretos para a nossa população paulista.
Então
meus parabéns ao governador Tarcísio, meus parabéns à nossa secretária de Meio
Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Rezende, que está lá também com o
governador Tarcísio, e também ao secretário de Parcerias e Investimentos,
Rafael Benini.
Mas
também os parabéns a esta Assembleia Legislativa, que entendeu a importância e
votou a favor, concedeu essa autorização para que o governo de São Paulo
realizasse essa importante desestatização que agora gera e decorre benefícios
para toda a população do estado de São Paulo.
Era
isso, Sr. Presidente.
Muito
obrigado.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Obrigado,
deputado Danilo Campetti. Com a palavra deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Com a com a palavra agora o deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Teonilio Barba. (Pausa.)
Na Lista
Suplementar, com a palavra a deputada Thainara
Faria, que fará uso regimental da tribuna.
A SRA. THAINARA FARIA
- PT - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Muito obrigada,
nobre presidente Carlos Giannazi. Srs. Deputados, Sras. Deputadas, servidores,
policiais aqui da Alesp e assessores, muito boa tarde para o estado de São
Paulo. Temos muitos temas importantíssimos para tratar nesta tribuna, nesta
tarde, mas eu venho hoje para conversar com vocês sobre o fiasco que é o
Bolsonaro e o bolsonarismo.
* * *
- Assume a Presidência o Sr.
Danilo Campetti.
* * *
Primeiro
dizer da manifestação no Rio de Janeiro, porque eles não conseguiram juntar
sequer 20 mil pessoas em Copacabana, mostrando o enfraquecimento do
ex-presidente inelegível, aquele que deixou as pessoas à própria sorte, o Norte
e o Nordeste do País sem sequer oxigênio na época da pandemia. Não comprou as
vacinas no tempo certo e justamente se tornou inelegível.
Mas
eu quero falar do filhinho dele, o Bananinha. Eu estava assistindo agora a um
vídeo que o Eduardo Bolsonaro fez e colocou em suas redes falando que então
está se licenciando no mandato de deputado para estar nos Estados Unidos
lutando contra o STF.
Eu
fico pensando, nobres deputados, se tem alguém que realmente acredita que o
cara faz uma difícil escolha, uma difícil decisão de ficar no Brasil ou nos
Estados Unidos lutando pelo povo.
Primeiro
que um patriota de verdade não usa um boné vermelho dos Estados Unidos pedindo
para que um presidente estado-unidense faça a América grande de novo. Segundo
que um patriota não deixa o seu país para viver em outro país e dizer que quer
lutar.
E
aí nos comentários eu fico imaginando se as pessoas realmente acreditam que
essa família está de alguma forma preocupada com os interesses do povo
brasileiro, com a saúde do povo brasileiro, com a educação do povo brasileiro.
Primeiro porque, se ele amasse o povo, ficaria aqui. Segundo, se ele fosse
realmente patriota, ele não ficaria pagando pau para o país dos outros.
Só
que ele está vendo o bolsonarismo no País ruir. São poucos aqueles que ainda
rezam para pneus. São poucos ainda aqueles que tentam chamar alienígena com um
celular e uma lanterna na cabeça, fazendo sinal de fumaça.
São
poucos aqueles que ainda acreditam que essa família quer defender os interesses
do povo brasileiro. Copacabana deu um sinal: o bolsonarismo está ruindo. O
governador Tarcísio se prestou ao papel de ir lá pedir anistia para todos
aqueles que tentaram destruir o Estado Democrático de Direito no dia 8 de
janeiro, em Brasília.
Esse
grupo de pessoas que está na política atualmente, alguns com mandato, como o
governador Tarcísio, outros inelegíveis, como o Eduardo Bolsonaro, o
ex-presidente Bolsonaro, tentam mentir para o povo brasileiro, fazendo com que
algumas pessoas acreditem que ser patriota é ficar pagando pau para os Estados
Unidos, que estão taxando para todo lado, vários países, inclusive o Brasil,
prejudicando o empreendedor, o empresário brasileiro, e aí a gente não pode
cair nessa falácia.
Então, a minha
vinda, nesta tarde, é para repudiar veementemente ações e posturas mentirosas
de pessoas que se dizem patriotas e fogem do país para conseguir manter o
mínimo dos seus direitos, seus privilégios. Agora, não dá para acreditar que o
povo brasileiro ainda acredita que esses querem defender os interesses da nossa
Nação.
É isso,
presidente. Agradeço a oportunidade de falar, e estaremos aqui no Brasil, no
estado de São Paulo, lutando de fato pelo povo e ampliando a voz daqueles que
ainda pensam neste País, que não acham que a Terra é plana e que nem rezam para
pneus.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
nobre deputada Thainara Faria.
Seguindo a Lista Suplementar de
oradores do Pequeno Expediente, convido o deputado Agente Federal Danilo Balas.
(Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputada Beth Sahão.
Vossa Excelência tem a palavra pelo
tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa; queria
fazer coro ao deputado Suplicy, que falou a respeito da morte de um jovem, mais
uma vez por maus policiais deste Estado.
Queria pedir
para o Serviço de Áudio e Imagem, para colocar aqui as imagens, que são muito
fortes.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Acho que já é
suficiente.
Eu só queria
mostrar mais uma vez essas atitudes recorrentes que têm acontecido nessa
cidade, neste estado, por maus policiais. Queria dizer que a Polícia Militar
tem coisas muito boas, e eu quero fazer aqui, por exemplo, um elogio à forma
como policiais trataram durante os festejos carnavalescos. Policiais que se
disfarçaram, que se fantasiaram e conseguiram apreender várias pessoas que
estavam roubando celulares e tantas outras coisas. Isso é muito importante.
Policiais que conseguiram recuperar celulares, aparelhos celulares, também é
muito importante.
Agora, esse
tipo de atitude, absolutamente desnecessária, precisa ser responsabilizada. Não
basta só afastar, porque o que a gente escuta é que a Secretaria de Segurança
afasta, o secretário afasta, fica lá 30 dias, 60 dias, depois volta para a ativa.
Não, é preciso
responsabilizar, até porque a vida pregressa desse rapaz, que foi assassinado,
não tem nada que possa desaboná-lo. Muito pelo contrário, ele estava parado
ali, atendendo a um pedido de uma pessoa que estava com o seu carro quebrado. E,
sabe Deus por que razão, quando ele viu a Polícia, ele correu.
E ao fazê-lo
foi abordado dessa forma violenta, com abusos explícitos, e depois foi morto. É
lamentável que isso continue ocorrendo no estado de São Paulo, a despeito de
todas as vezes que a gente ocupa essa tribuna, que a gente denuncia nas
comissões, seja na Comissão de Direitos Humanos, da qual eu faço parte, como
também na Comissão de Segurança Pública, mas a gente não vê nenhuma mudança,
nenhuma alteração de comportamento que deveria existir. A Polícia é feita para
proteger todas as cidadãs e todos os cidadãos, mas não para matar.
Proteger não é
sinônimo de morte, e isso tem sido muito recorrente, mais uma vez repito, na
Polícia do estado de São Paulo, infelizmente. Está muito claro que não são
todos os policiais, mas são os maus policiais que precisam ser banidos do
exercício da função.
E eu queria
também falar que eu, como como neta de libaneses, hoje mais uma vez meu coração
ficou cortado pelo ataque de Israel à Palestina. Onde foi, foram mais de 400
pessoas, a grande maioria absoluta de inocentes, mortos pelos bombardeios de
Israel. Essa guerra sem fim só faz aumentar o ódio de um lado para o outro.
Trégua não existe para o primeiro ministro Netanyahu, ele gosta da guerra, e eu
acho que essa deve ser uma distração da vida dele.
Quando ele não
tem nada para fazer, ou quando a popularidade dele começa a baixar no seu país,
ele resolve atacar a Palestina, dizimando uma boa parte da população. E o que o
mundo fala? As pessoas viram e falam assim, os presidentes de países europeus:
que lamentam, que ficam indignadas, que condenam o ataque. Mas condenar não é
impedir que isso se suceda da forma como está se sucedendo.
E ele já
ameaçou e diz que vai continuar mantendo os ataques à Palestina. Na verdade,
eles estão dizimando toda uma população, aos olhos complacentes de boa parte da
população do mundo e dos governantes do mundo, sobretudo do mundo ocidental.
Eles poderiam
fazer uma intervenção mais responsável, boicotando o estado de Israel nas mais
diferentes áreas. Mas não o fazem, infelizmente, talvez por temor do Donald
Trump, que é um grande estimulador desse tipo de guerra absolutamente de
desigual. Porque é um Scud contra um estilingue.
Então, dando
continuidade, só para encerrar a minha fala, eu queria aqui cumprimentar o
governo federal. Primeiro, porque hoje o presidente Lula, juntamente com
ministro Haddad, apresentou ao Congresso Nacional um projeto que isenta as
famílias que ganham até cinco mil reais do pagamento do Imposto de Renda.
Esse é um
desejo antigo de boa parte da população brasileira. E agora eu espero que o
Congresso aprecie essa matéria e vote favoravelmente, o que beneficiaria milhões
de famílias no nosso País.
E, por fim, há
o superávit que o governo anunciou hoje, de 102 bilhões de reais somente no mês
de janeiro, equilibrando mais uma vez as contas públicas, a despeito do
pessimismo de economistas, de investidores.
Vira e mexe, e
mexeu, eles estão sempre colocando é uma série de análises negativas. E para
contrapor essas análises negativas está aí os resultados numéricos. Não se pode
negar: é um momento muito importante do nosso País, de crescimento e
desenvolvimento econômico.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada Beth Sahão. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado
Carlos Giannazi para fazer uso da palavra. Vossa Excelência tem o tempo
regimental de cinco minutos. Deputado Capitão Telhada para uma comunicação.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Eu quero comentar acerca dessa cena que foi
transmitida aqui em plenário, dos policiais, durante uma ocorrência, alvejando
um indivíduo. É uma cena filmada por um transeunte, e é muito fácil acusar de
violência policial.
É muito fácil
levantarem deputados da esquerda, do Partido dos Trabalhadores, e acusar os
nossos homens e mulheres, que estão lá na ponta da linha, estão dando o sangue,
estão combatendo o crime sem retaguarda jurídica, sem uma segurança, sem
suporte do estado, principalmente do governo federal, que em diversas
situações, em diversas oportunidades, sempre coloca que é lícito roubar para
tomar uma cervejinha, passando a mão e fazendo acenos na cabeça do marginal, do
bandido.
Isso aí que
acontece é culpa justamente da esquerda, dos deputados, dos governadores, do
presidente da República, que afagam o crime, que estimulam que as pessoas
reajam às prisões ou às abordagens policiais, porque a gente está cansado de
ver, aqui em São Paulo e no Brasil, diversas ocorrências onde uma simples
abordagem, que, se o indivíduo o suspeito tivesse obedecido a ordem policial,
tivesse levantado as mãos e se permitisse passar pela revista pessoal teria
acabado a ocorrência com tranquilidade, mas não.
Hoje em dia o
que acontece em São Paulo e no Brasil é uma crise de autoridade estimulada pela
esquerda e pela ideologia da esquerda, em que as pessoas se negam a se submeter
à abordagem policial e acabam ocasionando e produzindo esse tipo de ocorrência,
em que claramente se vê que o indivíduo está resistindo à abordagem e tenta
pegar a arma do policial.
É só passar o vídeo
de novo que vai ver o cara lá levando a mão na cintura, tentando pegar a arma
do policial, e o outro policial, segurança da abordagem, acaba sendo obrigado a
efetuar um disparo.
Então isso tudo
é produto da crise por que nós passamos, de autoridade, hoje, colocando nossos
policiais no Brasil sempre como errados, mas errado está quem defende
criminoso, quem não quer ver a verdade, que nós temos uma crise, que nós temos
que dar suporte para o nosso policial ter voz ativa, e não, em toda abordagem,
em toda ação, ele acaba sendo não só filmado, mas atacado por quem está sendo
abordado ou por terceiros que presenciam aquela situação legítima, que é a
ocorrência policial.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Capitão Telhada.
Tem a palavra o deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Campetti, Danilo Campetti, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da TV
Assembleia.
Sr. Presidente,
o Tribunal de Justiça de São Paulo suspendeu recentemente os efeitos daqueles
dois leilões, privatizando 33 escolas da rede estadual, que é um verdadeiro
escândalo isso, escolas públicas do estado de São Paulo sendo leiloadas na
Bolsa de Valores de São Paulo, um escândalo internacional, leilão feito pelo
governador Tarcísio de Freitas, que vem privatizando tudo o que ele encontra
pela frente.
Ele está vendendo
São Paulo, transformou São Paulo em uma imobiliária. Ele não é governador do estado,
ele virou, na verdade, um vendedor do patrimônio público, um corretor de
imóveis do estado de São Paulo.
Ele leiloou 33
escolas através de dois leilões que, na verdade, os efeitos foram suspensos
através de duas Adins, uma do PSOL e outra da Apeoesp. Agora, mais
recentemente, confirmando essa excrescência, Sr. Presidente, essa ação nefasta
e perversa do governador Tarcísio de Freitas contra a Educação do estado de São
Paulo, a PGR, a Procuradoria Geral da República, negou o parecer ao governador,
porque a PGR recorreu, logicamente, contra essa decisão do TJ, e a PGR deu um
parecer favorável à suspensão das privatizações.
Então são, por
enquanto, duas derrotas, uma no Tribunal de Justiça, do governador Tarcísio de
Freitas, e outra com o próprio parecer da Procuradoria Geral da República, que
rejeita esse modelo de privatização de escolas.
O que eu queria
dizer, Sr. Presidente, resgatando aqui esse tema, e nós lutamos muito para que
o leilão não fosse realizado, mas o que me traz a retomar esse debate aqui,
além da decisão agora da PGR, do parecer da PGR, é que o governo já anunciou
que vai privatizar, além dessas 33 escolas, vai privatizar mais 143 escolas da
Capital, aqui da região central e uma parte da zona leste, essas escolas serão
privatizadas. Ele está preparando um novo modelo de privatização, não sei se
vai ser através de leilão ou não.
Ou seja, se os
dois leilões já foram praticamente interceptados pela Justiça, pelo Tribunal de
Justiça, através das Adins que o PSOL ganhou e a Apeoesp também, eu fico
imaginando que não tem sentido, Sr. Presidente, e aí vem a minha intervenção de
hoje, quero aqui, da tribuna da Assembleia Legislativa, exigir que o governador
suspenda qualquer tipo de privatização de escola estadual, porque, para a
Educação, o governo só pensa nisso, em privatizar escola, terceirizar serviços,
em militarizar escolas, o governo só pensa em fechar salas, o governo só pensa
em reduzir o orçamento da Educação, como reduziu com o apoio da base
governista, dos deputados e deputadas que votaram o corte de mais de 11 bilhões
de reais da escola pública do estado de São Paulo.
É nisso que o
governador pensa, em destruir a Educação de São Paulo, em privatizar, em
militarizar, em fechar salas de aula para impedir, sobretudo, que os alunos
trabalhadores possam estudar no período noturno. O Governo não paga aqui o Piso
Nacional do Magistério corretamente; não houve reajuste salarial nem reposição
das perdas inflacionárias para os profissionais da Educação, não só para o
Magistério, mas para todos os profissionais da Educação. E vou além: para todos
os servidores do estado de São Paulo, que ficaram, no ano passado, sem nenhum
tipo de reposição das perdas inflacionárias.
A
data-base do funcionalismo já venceu, no dia 1º de março, e até agora nada de
reposição das perdas inflacionárias. Inclusive, já acionei o Tribunal de Contas
e o Ministério Público, porque o Governo está cometendo improbidade
administrativa, Sr. Presidente.
Está
descumprindo a lei da data-base salarial, que nós aprovamos aqui neste
plenário, em 2006, e também descumprindo o Art. 37 da Constituição Federal, que
obriga todos os entes federativos - a União, os municípios e os estados - a, no
mínimo, fazer a reposição das perdas inflacionárias.
Então
é isso, Sr. Presidente. Duas vitórias importantes no Tribunal de Justiça,
suspendendo os dois leilões das 33 escolas, e agora uma decisão importante da
PGR - Procuradoria-Geral da República - negando o recurso do Tarcísio de
Freitas. Então privatização, não. Escola tem que ser pública e financiada com
dinheiro público.
Muito
obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Nobre deputado Carlos Giannazi. Seguindo a lista de oradores, convido o
deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado
Capitão Telhada. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de cinco
minutos.
O SR. CAPITÃO TELHADA
- PP - Boa tarde,
presidente, senhores parlamentares presentes em plenário, galeria, funcionários
civis e militares, e quem nos acompanha nas redes sociais - na TV Alesp, no
YouTube. Uma excelente tarde de terça-feira.
Eu
ia falar de outra coisa, não descer aqui para tocar nesse assunto, mas como
percebi - tanto quando eu estava no meu gabinete, quanto aqui em plenário - que
foi falado sobre a ocorrência policial, eu quero começar mostrando um vídeo de
um ano e meio atrás, um vídeo de 2023, muito parecido com o que foi passado
aqui na tribuna, onde um indivíduo, numa abordagem policial, reage à abordagem,
ataca os dois policiais. Os dois policiais tentam efetuar a contenção.
Porém,
a diferença é: esses policiais de Barueri, quando o indivíduo ataca os
policiais, tenta sair e começa a resistir à prisão, um dos policiais efetua um
disparo e neutraliza o agressor. A diferença do vídeo que eu vou passar agora é
que os policiais não efetuaram o disparo, e aí vamos ver o resultado disso. Por
gentileza, Machado.
* * *
-
É exibido o vídeo.
* * *
Dois
policiais fazendo uma abordagem na zona leste de São Paulo, dois suspeitos aqui
à direita, até então uma situação tranquila, quando um dos indivíduos tenta
fugir e os policiais passam a tentar ali fazer a contenção, efetuar a prisão.
Só quem passou por uma situação dessa para saber como é difícil segurar. O
homem está lá, olha o que ele faz: leva a mão à cintura do policial, puxa a
pistola .40 e acaba atirando.
O
primeiro policial, ele baleia na cara, ele acerta a cara do policial. Eu
visitei esse policial lá no Hospital das Clínicas. E o segundo policial, ele
atinge os membros inferiores. O policial luta pela vida ali, numa luta
corporal. O outro já está neutralizado, infelizmente; o outro policial aqui
está fora de combate. E o agressor, bandido safado, acaba baleando os dois
policiais.
Obrigado.
Está aí, é isso que nós estamos produzindo no Brasil hoje em dia: um monte de
vagabundo, um monte de bandido achando que pode atacar todos os nossos
policiais numa abordagem qualquer. Numa verificação policial, numa abordagem
rotineira, o cara ataca o policial. E se o policial não reage à altura, se o
policial não preserva sua própria vida, se ele não se defende, ele morre - é
isso que acontece hoje em dia.
É
tão difícil de entender assim? É difícil entender que a nossa sociedade está
doente, que a nossa sociedade está entregue à criminalidade, não só na prática,
criminalidade no dia a dia, lá na rua, mas com um pensamento enviesado,
passando a mão na cabeça de bandido.
O bandido não
pergunta para a vítima se ela é de direita ou de esquerda. O bandido não vai,
na hora de fazer um assalto; na hora de disparar; na hora de roubar sua casa,
sua residência, seu carro, sua aliança, seu relógio; na hora de sequestrar seu
filho; na hora de, lá em Cajamar, sequestrar uma garota no ponto de ônibus e
matar, tentar cortar a cabeça e cortar o cabelo - como foi o caso da Vitória
Regina... Não tem a pergunta: em quem votou? Se é de direita ou de esquerda.
A Segurança Pública
não tem essa questão. A gente não trabalha em cima de ideologia; a gente
trabalha em cima de verdade. A gente trabalha em cima de defesa do cidadão,
defesa dos direitos humanos.
E o primeiro
direito humano a ser defendido é o direito do policial, porque ele é o agente
que está lá naquele momento; ele tem que defender sua própria vida antes de
conseguir cuidar da sociedade.
E como que a
gente sobe aqui e condena, nas palavras aqui, de maneira leviana uma ação que
acabou de acontecer, que tem investigação aberta, que está sendo verificado
todo o contexto da ação? Como que a gente passa um vídeo aqui e condena os
nossos policiais, denunciando violência policial? Violência policial é isso
aqui.
Se eu estou em
uma abordagem... Se eu, Capitão Telhada, estou em uma abordagem, e o indivíduo
vem pegar a minha arma ou a arma do meu parceiro, eu vou sentar o pau.
Eu vou balear
esse cara, sim. Se ele ficar vivo, tudo bem. Eu vou dar um tiro para
neutralizar. Se ele morrer, ele buscou aquilo; ele acreditou na palavra do
presidente lá que fala que: “tudo bem roubar”. Ele acreditou e tomou a pior,
tomou uma invertida.
Eu prefiro mil
vezes... Eu prefiro mil vezes que chore a mãe do bandido do que chorar a mãe do
policial. Eu prefiro mil vezes que chore, infelizmente. Isso eu não tenho
prazer nenhum em falar, mas que chore a mãe do bandido que produziu aquela
ocorrência, responsável por aquela desgraça, do que a mãe de uma vítima
inocente, vítima de um latrocínio, vítima de bala perdida - 58% a mais de bala
perdida só nesses dois primeiros meses no Rio de Janeiro.
Essa é a
verdadeira vítima; não é o bandido, o criminoso. Então os dois policiais, lá em
Barueri, reagirem porque o indivíduo veio para cima tentar subtrair, tentar
pegar a arma do policial... E todo policial já sabe dessa ocorrência que eu
passei. Todo mundo já sabe que o resultado pode ser negativo, sim.
Antes preserve
a sua vida... Policial, preserve a sua vida. Você é caro para a sociedade; você
é raro; você está usando uma farda, o distintivo, e você não é substituível.
Saiba disso: você é insubstituível para a sociedade e para a sua família.
Proteja a sua vida. Se o cara vem para cima de você com uma faca, com uma
arma... Se ele vier arrebatar a sua arma de fogo, se proteja e se defenda.
Não caia nessa
narrativa. Se tiver que responder juridicamente, vai responder. Se você estiver
certo - como eu, como o Major Mecca, como o Danilo Campetti já respondemos
milhares de vezes.
Infelizmente já
estivemos em ocorrência de tiroteio. Mas você responde e você vai ser
absolvido, porque você está com a razão; você agiu dentro da lei. Não se curve
a essas narrativas baratas que a gente tem no Brasil e no mundo hoje. Parabéns
aos policiais que tomaram a iniciativa e estão vivos hoje na sua casa.
Infelizmente
aquele agressor acabou sendo baleado e, pelo que me parece, veio a óbito,
infelizmente. A gente não deseja a morte de ninguém, mas os dois policiais que
estavam trabalhando defendendo a sociedade, voltaram para casa e vão continuar
trabalhando e servindo ao nosso Brasil, ao nosso São Paulo.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Capitão Telhada. Seguindo a lista de oradores, convido o
deputado Major Mecca. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de
cinco minutos.
O
SR. MAJOR MECCA - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, nosso irmão, deputado estadual,
agente federal, Danilo Campetti, a todos os deputados, às deputadas que estão
nesta Casa Legislativa desenvolvendo o seu trabalho, aos nossos irmãos policiais
militares que aqui estão garantindo a nossa condição de parlamentar, produzindo
condição para que a gente possa trabalhar.
É por conta
desses policiais militares que todos os senhores - pode ser juiz, pode ser
promotor, médico, professor, motorista de ônibus, motorista de Uber - não saem
de dentro de casa pela manhã se não houver um soldado da Polícia Militar
fazendo patrulhamento.
Nós já tivemos
essa experiência no estado de São Paulo nos anos e nas décadas em que o Governo
do Estado de São Paulo era frouxo e permitiu que o crime organizado evoluísse a
passos largos. Digo a todos os senhores parlamentares, seja aqui desta Casa,
seja do Congresso Nacional, seja do governo federal: esse trabalho constante de
desmoralização dos policiais está condenando o nosso povo de bem à morte.
Capitão Telhada
acabou de mostrar aqui. Hoje o bandido, hoje o suspeito que é abordado se sente
no direito de ir para cima de um policial armado. Vai esperar o quê? Vai tomar
um tiro, porque se tomar a arma do policial, o policial vai morrer.
Eu quero
mostrar para vocês o que o povo do estado de São Paulo e de todo o Brasil não
suporta mais. Olha o grau de ousadia e violência dos bandidos. Por gentileza,
Machado. Tem um vídeo meu aí. Um agente da CET, durante o seu serviço, estacionando
a viatura.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Encosta um
bandido. Olha o ladrão. O ladrão pede a aliança, pede o celular. A vítima, o
agente, ainda pergunta: “Mas você vai me roubar?”. Ele responde: “Com certeza”
e efetua três tiros e mata o trabalhador, sentado no carro, trabalhando. Isso
acontece todos os dias, seja no estado de São Paulo, seja em todo o Brasil.
Enquanto não
houver reformas do Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execuções
Penais... O criminoso cumprir integralmente com a sua pena, pena 100% em regime
fechado - não há mais benefício, não tem visita íntima, vai ter visita uma vez
por semana para conversar através de um telefone com um vidro no meio.
Enquanto as
leis não endurecerem a esse ponto, quem pagará com a vida é o cidadão
trabalhador, é a dona de casa que vai ao supermercado, é jogada dentro de um
carro por dois vagabundos e fica por três horas com a arma apontada na cara
dela para passar a senha do banco. É preciso acabar com a glamourização dos
bandidos neste País.
O cara é
bandido, é assassino, estupra, mata, esquarteja. Ele vira filme. Vira filme,
não tem um filme de um herói policial, que são inúmeros, mas de bandidos tem um
monte. Toda semana lança um filme para enaltecer, glamourizar o bandido, o
criminoso. Será que vocês não enxergam que vocês estão condenando, com essas
atitudes, o cidadão trabalhador de bem à morte?
O nosso povo
está extremamente cansado e não suporta mais. Eu digo isso aqui desta tribuna,
porque é o que eu ouço nas ruas com as pessoas que nós conversamos, com
trabalhadores, comerciantes. Pessoas, nos bairros onde moram, não aguentam mais
a ousadia e violência dos bandidos.
Parabéns à
Polícia Militar.
Parabéns aos
homens e mulheres, heróis deste Estado, que defendem o cidadão de bem.
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Major Mecca. Seguindo a lista de oradores, com a palavra o
deputado Guilherme Cortez, por cinco minutos.
O SR. GUILHERME CORTEZ
- PSOL -
Muito obrigado, Sr. Presidente. Boa tarde aos meus colegas deputados, servidores desta
Casa, ao público presente que nos acompanha na galeria ou através da Rede
Alesp.
Presidente,
hoje é um grande dia para o povo brasileiro. Quando o navio está afundando,
geralmente os ratos são os primeiros que pulam para fora. E com os
bolsonaristas, que não são exemplo de coragem, não é diferente.
Hoje,
o Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente da República, hoje inelegível,
futuramente preso, deputado federal, declarou que se evadiu, que fugiu para os
Estados Unidos e vai abandonar o seu mandato, porque está com medo de ser preso
pela Justiça brasileira.
É
muito engraçado, porque os deputados bolsonaristas estavam aqui agora falando
como que bandido bom é bandido morto e qual tem que ser a reação que você tem
que ter com os criminosos.
Agora,
os bandidos deles, os bandidos de colarinho branco, aí é bandido de luxo. Aí é
bandido que pode pegar um avião e fugir para os Estados Unidos usando o
dinheiro do povo brasileiro e a verba de deputado federal.
Não
é? Tem uma maneira muito simples, muito simples de você não ser preso pela
Justiça. Não cometa crimes. Não se articule com outras pessoas para
desrespeitar o resultado da eleição. Não planeje uma tentativa de assassinar o
presidente e o vice-presidente da República eleitos. Não se alicie com toda
essa corja para tramar contra a democracia brasileira.
Daí
nenhum deputado, daí ninguém neste País precisa ter medo de ser preso. Agora
eles falam da anistia. Anistia para os vagabundos que foram lá para Brasília
quebrar o patrimônio público?
Tem
que ter o mínimo de coerência com o rigor que os deputados dizem defender no
combate ao crime. Agora, os bandidos de estimação deles, os bandidos golpistas,
os bandidos arruaceiros, para esses é anistia. Para esses, é passaporte para ir
para os Estados Unidos.
Mas
o que isso mostra, deputado Reis, é que o cerco está fechando. O cerco está
fechando. Vocês fizeram um carnaval em Copacabana, também pago com dinheiro
público. O governador do estado de São Paulo pegou o avião do estado de São
Paulo para ir para Brasília defender bandido criminoso e pedir anistia.
Com
dinheiro público vocês fizeram um carnaval em Copacabana para tentar mostrar
força, para tentar intimidar a Justiça brasileira. Mas, se queriam mostrar
força, só mostraram fraqueza, fracasso.
Foi
uma marolinha de manifestação. Bolsonaro achava que ia botar um milhão de
pessoas em Copacabana e não botou nem 20 mil, porque sem o cartão corporativo e
sem a máquina da Presidência da República é mais difícil.
Então,
antes tarde do que nunca, está chegando a hora de a gente ver essa quadrilha,
essa quadrilha que está carcomendo por dentro, deputada Bebel, o Estado
brasileiro, que está tentando matar por dentro a democracia brasileira, ir para
trás das grades, ver o sol nascer quadrado.
E
daí eles que tentem fugir, que vão para os Estados Unidos enquanto é tempo.
Porque nós não vamos recuar um milímetro, um milímetro, na nossa luta para que
quem cometeu um crime contra a democracia brasileira, seja general, seja
empresário, seja político, presidente da República, ou seja os tresloucados
alucinados que foram ser massa de manobra lá em Brasília, que eles paguem pelos
seus crimes.
E
daí vamos ver a coerência dos deputados que dizem que bandido bom, bandido mal,
é isso e aquilo. Não é? Bandido bom para esses deputados é bandido que tem
dinheiro para fugir para os Estados Unidos e para se exilar lá, não é?
Esses
bandidos a gente vai atrás. Os bandidos do terno e gravata, os bandidos
golpistas, a gente vai atrás deles e fujam enquanto eles quiserem. Agora,
enquanto eles fogem, enquanto eles tentam dar golpe, a gente trabalha.
E hoje é um dia histórico para o povo brasileiro, um dia em que o governo federal anunciou que vai enviar para o Congresso Nacional um projeto de lei para isentar do pagamento do imposto de renda de quem ganha até cinco mil reais. E para quem ganha de cinco a sete mil reais, vai conceder isenção parcial que pode chegar até 75 por cento. É um gesto, professora Bebel, histórico de justiça tributária no nosso País, que vai beneficiar nove em cada dez brasileiros.
Nove
em cada dez brasileiros, que hoje é quem mais paga com a carga tributária no
nosso País, agora vão ser isentos, graças ao governo Lula. E daí eu quero ver
se os deputados bolsonaristas, que dizem que vão defender o povo, mas que na
verdade defendem os ricos e o mercado, se eles vão votar a favor desse projeto.
Hoje
pode ter certeza de que o dólar vai lá para cima, que a Bolsa vai ter
taquicardia, vai passar mal, porque quando é bom para o povo, daí eles passam
mal, pressionam o governo.
Agora que o
governo está propondo uma medida importantíssima para se garantir justiça
tributária nesse País, para que o trabalhador, quem depende do seu salário
suado no fim do mês para pagar as suas contas, ele não seja quem é mais onerado
pelos impostos, pelos tributos nesse País. Quem tem que pagar essa conta é quem
tem mais dinheiro, é essa turma aí, são os deputados, é essa turma aí da Faria
Lima, do mercado, da B3.
E por isso pode
ter certeza de que hoje essa turma vai estar passando mal na GloboNews e em
todos os lugares, porque eles não se conformam que seja feita a justiça social
nesse País.
O que eles
querem é que a conta do ajuste fiscal seja no lombo do povo. Agora, felizmente,
quero elogiar a postura do ministro Fernando Haddad e do presidente Lula, que
hoje estão tomando uma decisão histórica e que a gente vai lutar muito.
Mas vamos
cobrar a coerência também de deputados bolsonaristas que se dizem defensores do
povo, mas vamos ver se são de fato, se eles vão votar a favor dos nove em cada
dez brasileiros que vão ser beneficiados pela isenção do imposto de renda, ou
se eles vão votar a favor do um em cada dez brasileiros que, pela primeira vez
na história desse País, vão começar a pagar tributo.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Guilherme Cortez. Com o fim da lista dos oradores do Pequeno
Expediente, declaro encerrado o Pequeno Expediente e imediatamente abro o
Grande Expediente.
*
* *
-
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
*
* *
Convido para fazer uso da palavra o
deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, em permuta com o
deputado Enio Tatto. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de
dez minutos. Tem V. Exa. a palavra.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, Danilo Campetti, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, quero analisar hoje essa notícia segundo a qual a Justiça
barrou a mudança de nome da Guarda Civil para Polícia Municipal, em São
Bernardo do Campo.
O Órgão Especial
do Tribunal de Justiça de São Paulo proibiu, nesta segunda-feira, 17, a
Prefeitura de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, de mudar o nome da Guarda
Civil Municipal para Polícia Municipal. Aliás, o mesmo também foi o
procedimento do prefeito Ricardo Nunes.
A decisão em
caráter liminar, ou seja, provisória, atende a uma ação direta de
inconstitucionalidade movida pelo procurador-geral de Justiça Paulo Sérgio
Oliveira e Costa. Na avaliação do procurador-geral, a criação de polícias
municipais afronta a Constituição Federal e a Estadual. Em nota, a Prefeitura
de São Bernardo diz que o município não recebeu, até a tarde desta
segunda-feira, notificação oficial acerca da liminar, e que, caso seja
notificada, cumprirá as ordens judiciais.
A mudança na
nomenclatura foi feita a partir da aprovação de uma lei pela Câmara Municipal
do município da Região Metropolitana de São Paulo no último dia 27/02, que o
Ministério Público paulista considerou inconstitucional. A legislação foi
sancionada pelo prefeito Marcelo Lima, do Podemos.
São Bernardo do
Campo é reduto de Orlando Morando, atual secretário de Segurança Urbana na
gestão Ricardo Nunes em São Paulo, e que defende esta alteração. Ele foi
prefeito do município do ABC de 2017 a 2024. O procurador-geral também entrou
com uma ADI contra a aprovação da lei semelhante na capital paulista.
Na cidade de
São Paulo, a mudança de nome foi aprovada pela Câmara Municipal na semana
passada. No dia seguinte, a gestão Ricardo Nunes, do MDB, expôs no centro da
cidade uma viatura da corporação com o nome de “polícia municipal” estampado na
lataria.
O Ministério
Público entrou com a ação neste dia. Prefeituras estão mudando nomes a partir
da autorização do Supremo Tribunal Federal para que guardas civis atuem como
polícia.
Em julgamento
concluído no mês passado, os ministros afirmaram ser constitucional a criação
de leis municipais fixando essa competência para essas forças de segurança. Mas,
com a decisão, guardas podem fazer policiamento ostensivo e comunitário e agir
diante de condutas lesivas a pessoas, bens e serviços, inclusive fazer buscas
pessoais e prender em flagrante.
O Ministério
Público fará o controle externo das atividades. As redes sociais da Prefeitura
paulistana têm compartilhado uma série de postagens para explicar à população a
mudança do nome.
Os anúncios
começaram a ser veiculados no sábado, 15, inclusive na televisão, dois dias
depois de a Câmara Municipal ter aprovado o projeto de emenda à Lei Orgânica.
Apesar de toda esta repaginação, a Prefeitura diz que não terá gastos extras,
uma vez que as viaturas, por exemplo, operam sob contrato de locação. “Ajustes
no layout e não acarretarão custos adicionais ao município”, diz a gestão.
A corporação da
GCM reúne um efetivo de 7.039 agentes, sendo 5.318 homens e 1.721 mulheres, e
também possui 610 viaturas e 225 motos. Como mostrou a “Folha”, até a última
quinta-feira, 13, o Ministério Público já havia movido ações contra 13
municípios paulistas que trocaram os nomes de suas guardas para “polícia”. Em
11 delas, a Justiça julgou procedentes os pedidos da promotoria. Em Cruzeiro e Holambra,
as ações foram extintas sem a resolução do assunto.
No caso de São
Bernardo do Campo, a Prefeitura diz que a corporação já exerce as atividades de
policiamento preventivo e comunitário, além de realizar prisões em flagrante,
sendo referência em âmbito estadual.
Com relação à
mudança de nomenclatura, o principal objetivo é garantir mais segurança
jurídica para as operações policiais e, consequentemente, mais segurança para a
população deste trecho da nota do município. A Prefeitura afirma que os
profissionais estão valorizados com mais treinamento, que desde o início do ano
a Polícia Municipal já fez operações em conjunto, tanto com a Polícia Militar,
quanto com a Polícia Civil.
“Atualmente, o
efetivo da cidade é o segundo maior do estado de São Paulo, com mil agentes,
atrás apenas da Capital”, diz o texto. Por enquanto, dois veículos foram
adesivados com o novo nome, mas não houve mudança nas fardas ou uniformes.
Era esta a comunicação
que gostaria de fazer.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS
- Muito obrigado, deputado Eduardo Suplicy, seguindo a lista de oradores,
convido o deputado Paulo Mansur. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo
regimental de cinco minutos.
O SR. PAULO MANSUR -
PL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Deputado Campetti, quero cumprimentá-lo, você que está presidindo a
sessão em um dia tão importante, dia em que falo do Eduardo Bolsonaro, Eduardo
que é um amigo meu, pessoal. Ele é deputado federal e acabou me elegendo no meu
mandato. Eu devo o meu mandato a ele. Se não fosse ele, eu não estaria aqui e
não poderia ter feito tantas coisas como deputado estadual.
Ele tomou uma
decisão muito difícil hoje, na sua vida, de abdicar, de abrir mão, por um
período, de seu mandato e ficar nos Estados Unidos por algo maior, para lutar
pela liberdade dos brasileiros, pela liberdade de expressão dos brasileiros,
pela injustiça que tem sido cometida no nosso País.
É por isso que
ele está nos Estados Unidos denunciando o que tem acontecido na Justiça
brasileira, como uma mulher que pintou de batom uma estátua e foi condenada a
16 anos de prisão, como o processo do presidente Bolsonaro, que, em quatro
meses, avança de uma forma nunca vista no Brasil. Nem quando não se paga
pensão, que é um dos crimes que prende qualquer homem no País, se avança tão
rápido como o do presidente Bolsonaro.
A decisão do
Eduardo Bolsonaro foi acertada. Ele acertou em ficar nos Estados Unidos, porque
ele representa milhões de brasileiros. Hoje ele se tornou um herói
nacional. Hoje ele se tornou o “camisa
10” da seleção da direita do nosso País.
A gente fica
olhando-o na internet, buscando meios de lutar por todos nós. O presidente
Bolsonaro fica, claro, sem saber se pode ser preso amanhã, e o Eduardo viria
para o Brasil sabendo que o seu passaporte iria ser confiscado, podendo ser
preso, mas esse não é o pior.
O pior é que se
o Eduardo Bolsonaro perde a liberdade de nos representar nos Estados Unidos,
perde a liberdade de nos representar em outros países, como ele vai denunciar
as injustiças que estão sendo cometidas no nosso Brasil?
Então, nos
Estados Unidos, como ele tem uma ligação com o Donald Trump, ele pode fazer
muito mais por nós, brasileiros. É o que ele está fazendo neste momento. Ele
está denunciando tudo o que vem ocorrendo no nosso País.
Quando o
Guilherme Cortez sobe a este microfone e fala que nós somos golpistas, que não
estamos nem aí para o povo brasileiro... Mas o ovo aumentou em cem por cento.
Alimentos aumentando em trezentos por cento. A carne, que é a picanha,
aumentando também em cem por cento. O povo brasileiro não consegue comer o que
foi prometido. Gasolina nas alturas, o dólar estourando.
Ou seja, quem
está aí para o povo brasileiro? Quem está aí para o povo brasileiro é, sim, o
Bolsonaro, que quando esteve no poder não deu emendas como o Lula deu, que foi
um recorde.
Se você
colocar, qualquer um, no Google “recorde de emendas parlamentares”, vai estar
lá: “Lula, 4,9 bilhões de reais”. Ele deixou também oito bilhões de reais em
déficit nas estatais brasileiras, e quem paga essa conta é o Tesouro Nacional,
ou seja, o dinheiro dos nossos impostos.
Quando o
presidente Bolsonaro estava no governo, ele, sim, deixou, em caixa, dinheiro.
Não tinha. Era superávit nas estatais brasileiras. Não tinha emenda, essa troca
com os parlamentares dessa maneira. Hoje, nós temos 39 ministros, meu Deus do
céu, 39, mamando na teta do nosso dinheiro público, do dinheiro que eu pago, do
dinheiro que vocês pagam.
Na época do
Bolsonaro eram 22 ministros. A torneira era seca. Ele se importava com os
recursos do imposto que o brasileiro pagava. Então, a gente tem um desgoverno que
quer tomar o País na injustiça.
O Lula tem
todos os ministros dele, aquele exército dele do STF, que ele colocou lá, e
querendo julgar agora o presidente Bolsonaro. Eles que falaram a vida inteira
mal do presidente Bolsonaro, imagine o que eles vão fazer agora.
Imagine
só o que está caindo no colo deles para eles resolverem, prenderem o Bolsonaro.
Como um médico da família vai medicar alguém da família? Eles não fazem isso, não
é? É a mesma coisa que estão querendo fazer, pegar o ministro do STF, que tem
uma ligação, sim, emocional com o presidente Bolsonaro, querendo que o julgue,
sendo que o sonho desses ministros do STF é que o presidente Bolsonaro seja
preso, porque é o que eles declaram: “vencemos o bolsonarismo.”
Essas
são as frases de Barroso. Outra: “perdeu, quem perdeu aqui”, tantas frases que
ficaram conhecidas no nosso País, pela Justiça Brasileira, que hoje é a
injustiça brasileira que a gente tem, colocaram medo nos parlamentares de parlar.
Nós
nunca tivemos medo de subir e falar no microfone o que a gente bem entende,
porque nós temos foro privilegiado que nos permite aqui falar o que a gente bem
entende. Daniel Silveira, preso há mais de dois anos, um deputado federal,
porque falou, não fez corrupção; o presidente Bolsonaro, não podendo ser
candidato, porque questionou as urnas eletrônicas antes de sair candidato,
falando que ele era a favor do voto impresso.
Qual
é o problema? E é por isso que agora querem a inelegibilidade do presidente
Bolsonaro? A gente vive uma injustiça no Brasil muito grande, e a gente precisa
buscar alternativas.
Essas
alternativas são: falar com a maior potência mundial desse mundo, que é o Trump,
hoje, que está na cadeira de presidente dos Estados Unidos. E quem tem essa
ligação com o Trump é o Eduardo Bolsonaro. Ele, sim, pode fazer a diferença e
já está fazendo a diferença estando nos Estados Unidos, representando todos
nós, brasileiros.
E
eu estou torcendo que a gente consiga virar essa página. Tem muita coisa por
vir ainda, tem muita coisa por vir. Será que Alexandre de Moraes hoje vai para
os Estados Unidos passar férias? Será que algum ministro do STF tem coragem de
ir para os Estados Unidos? Fica essa pergunta para todos nós.
Estamos
vivendo uma injustiça no nosso Brasil ou não? É claro que a gente está. Se tem
ministros do STF com medo de ir para um país, que é o país que mais representa
a liberdade de expressão do mundo, que são os Estados Unidos, eles têm medo de
pisar lá nos Estados Unidos hoje. Não só os ministros do STF, como diversos
outros petistas, comunistas desse nosso País.
Muito
obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Paulo Mansur.
Convido
para fazer uso da palavra o deputado Conte Lopes, em cessão do deputado Alex
Madureira. Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental de dez minutos.
O
SR. REIS - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Reis.
O
SR. REIS - PT - Uma questão de ordem.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Questão
de ordem. Prossiga.
O
SR. REIS - PT - PARA
QUESTÃO DE ORDEM - Anulação da reunião da
CCJ, ocorrida no dia 12 de março de 2025. Ausência de quórum para abertura da
sessão.
“Sr. Presidente, com fundamento no Art.
260 e seguintes do Regimento Interno, apresento a presente Questão de Ordem a
fim de submeter a V.Exa. dúvida quanto à interpretação do Regimento Interno
acerca da aplicação dos Arts. 50 e 112, § 2º do Regimento Interno.
Trata a presente Questão de Ordem de
indagação a esta Presidência sobre o disposto nos Arts. 50 e 112, § 2º do
Regimento Interno, que define a ordem dos trabalhos das comissões.
Art. 50: O presidente da comissão
tomará assento à mesa à hora designada para o início da reunião e declarará
abertos os trabalhos que observarão a seguinte ordem: (...)
A presidência da Comissão de
Constituição, Justiça e Redação convocou reunião para o dia 12 de março de
2025, designada para às 14h30.
No horário para o qual a reunião foi
convocada, compareceram ao recinto apenas o presidente deputado Thiago
Auricchio e outros cinco membros. Deputada Marta Costa, deputado Caio França,
deputado Conte Lopes, deputado Carlos Cezar e deputado Danilo Campetti.
Estava presente no recinto igualmente o
deputado Delegado Olim. Contudo, em traje de passeio, qual seja, camisa social
e calça jeans. Não trajava, na oportunidade, paletó e gravata.
Ao arrepio do Regimento Interno, mesmo
com seis deputados presentes visto que o deputado Delegado Olim não contava
quórum, pois estava sem paletó e gravata, conforme determina o Art. 286 caput e
parágrafo único do Regimento Interno, a Presidência da CCJ abriu a reunião às
14 horas e 45 minutos. Ou seja, no minuto final do prazo regimental, mesmo sem
quórum. E logo em seguida suspendeu por cinco minutos, a fim de que o deputado
Delegado Olim buscasse seus trajes.
Na abertura da reunião, este deputado,
sendo seguido pelo nobre deputado Rômulo Fernandes, elaborou questão de ordem
ao presidente da CCJR, alegando a falta de quórum e a ilegalidade ocorrida no
momento da abertura da reunião.
A questão até a data não foi
respondida.
O Art. 112 § 2º do Regimento Interno
estabelece que a tolerância para abertura dos trabalhos deverá ser de 15
minutos.
‘Artigo 112 - À hora do início das
sessões, os membros da Mesa e as deputadas e deputados ocuparão seus lugares.
§ 1º - A presença das deputadas e
deputados, para o efeito de conhecimento de número para abertura dos trabalhos
e para votação, será verificada pela listagem respectiva, organizada em ordem
alfabética dos nomes parlamentares e por eles próprios registrada, em Plenário,
mediante digitação em sistema eletrônico, ou, quando este não tiver condições
de funcionamento, mediante assinatura em lista especial.
§ 2º - Verificada a presença do número
mínimo de Parlamentares previsto no artigo 10, 'caput', da Constituição do
Estado, o Presidente abrirá a sessão, declarando: 'Sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos'. Em caso contrário, aguardará durante 15
minutos, deduzido o prazo do retardamento do tempo destinado ao Pequeno
Expediente. Se persistir a falta de quórum, o Presidente declarará que não pode
haver sessão, determinando a atribuição de falta aos ausentes para os efeitos
dos artigos 90, 'caput', e 92, inciso III. (NR)’
Para a abertura das reuniões da CCJR,
são necessários sete deputados e deputadas, presente a maioria absoluta de seus
membros. E na oportunidade havia apenas seis.
Ao se permitir a manutenção da aludida
reunião, permitir-se-á a criação de um precedente perigoso nesta Casa de Leis.
Qual seja, a abertura de reunião de comissão, mesmo sem o quórum previsto no
Art. 112, § 2º do Regimento Interno.
O Regimento é claro sobre a
circunstância de não ser constatado o quórum para deliberação. E impõe que
neste caso deve o presidente dos trabalhos, das sessões da Assembleia, ou das
comissões permanentes, ou temporárias, declarar a impossibilidade de abertura
dos trabalhos, a teor do Art. 112, § 2º.
Diante do exposto, indago a esta
Presidência. É válida a reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Redação,
realizada no dia 12 de março de 2025, cuja abertura se deu sem o quórum
regimental? Visto que o deputado Delegado Olim se encontrava sem paletó e sem
gravata, e mesmo assim foi contabilizado, ao arrepio do Art. 112 parágrafo 2º,
combinado com o Art. 286 caput parágrafo único, ambos do Regimento Interno?
Sala das Sessões,
Deputado Reis.”
Muito obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputado Reis. Esta Presidência recebe a questão de ordem, e
encaminhará ao presidente efetivo, que deliberará e responderá no tempo
regimental. Deputado Conte Lopes, V. Exa. tem a palavra pelo tempo regimental
de dez minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL
- Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.
De vez em
sempre vem a essa tribuna algum deputado, que fala que tem deputado que fala
que bandido bom é bandido morto. Eu quero dizer uma coisa. Quando eu falo isso
aí, eu não estou fazendo discurso político, não. Eu estou falando algo técnico.
Porque todos os
bandidos que morreram em tiroteio comigo, nenhum mais roubou, matou, estuprou
ninguém. Pode aparecer até em centro de umbanda, mas não faz mal para mais
ninguém. Então bandido bom é bandido morto mesmo, na minha opinião. Certo?
Isso aí, no tempo da Rota, do Tático Móvel.
Quantos bandidos foram? Dez, 20, cem? Conta quem quiser. Mas bandido bom, é
bandido morto, mesmo. Porque não faz mal para mais ninguém. E explico. Porque o
nosso amigo, deputado Marcio Nakashima tinha uma irmã advogada, que namorava
com o Mizael, ex-cabo da Polícia Militar e também advogado.
Um dia, uma
segunda feira, o Marcio Nakashima me procura no meu gabinete. Diz que o Mizael
com a irmã dele foram almoçar na casa dos pais, e ela não voltou mais para
casa. Foi uma semana procurando. Pedimos até o apoio, na época, do doutor Olim,
que era delegado de polícia na época, para encontrar bombeiro.
O cara matou a
menina, esse Mizael matou a menina, advogada, jogou-a dentro de uma lagoa em
Nazaré Paulista. Era difícil de encontrar, mas foi pego, foi descoberto. Ele me
ameaçou, e um monte de gente aí e tal. Foi para a cadeia e já saiu da cadeia.
Cadê a Mércia Nakashima? Cadê? Se ele tivesse morrido, ele não arriscaria fazer
isso com mais ninguém.
Ontem mesmo,
aqui em Cajamar, uma menina de 17 anos saiu do trabalho, meia-noite, trabalhava
em um shopping, chegou na região dela e foi sequestrada por um bandido, ou
raptada. Como ela não aceitou ser estuprada, levou três facadas e foi assassinada.
Merece o que um cara desse, a não ser pena de morte? Agora, no Brasil não tem
nada. Já ensinei por que eu falo que bandido bom é bandido morto.
Vou ensinar
mais uma coisa que eu estou falando aqui, e conheço há quase 60 anos, quando
entrei na polícia, uma tese de Segurança Pública. Ou a polícia caça bandido ou
o bandido caça cidadão.
Hoje a manhã
inteira, na “Globo”, “Globo News”, “CNN”, o dia inteiro falando dos bandidos
matando o cara da CET, matando policiais, atacando mulheres na rua, atacando
idosos, espancando idosos, dos roubos de celulares, da vice-cônsul da Colômbia
baleada. Está assim, hoje, São Paulo.
Então é aquilo,
a polícia estava agindo, começaram a pressionar; a polícia recuou, a bandidagem
tomou conta. Até que um dia vão ter que pedir para a polícia agir de novo, e a
polícia começa a sentar o pau nos bandidos e os bandidos recuam.
E não vai mudar
nunca, desde a época de Jesus Cristo, com Barrabás, já era assim, e não vai
mudar nunca. O resto é só conversa mole, é só discurso político. Só que está
aí, vejam o que os bandidos estão fazendo em São Paulo. É contra a sociedade.
Quando o Sr.
Lula vai apresentar uma PEC de Segurança, ora, ouve todo mundo, ouve a
sociedade, o que a sociedade quer. Quando eu entrei na Polícia Militar, nem era
Polícia Militar, foi em 67, era Força Pública. Em 70, com a revolução militar,
depois com a ditadura, virou Força Pública, juntando com a Guarda Municipal.
Hoje as Guardas
Municipais estão virando polícia, daqui a pouco junta tudo de novo. E de concreto,
para o povo, funciona o quê? No meu modo de ver, tinha que existir uma polícia
só, para ela ser responsável pela Segurança. Não é, quando vai na Civil, ela
fala que é a PM; depois, na PM, falam que é a Guarda.
A esquerda, o
centro e a direita escolhem qual tipo de polícia querem, porque, enquanto nós
ficarmos no discurso de que nós, da direita, queremos matar todos os bandidos,
e os da esquerda querem soltar todos os bandidos, não vamos chegar em lugar
nenhum. E quem sofre é o povo.
É o dia inteiro
a televisão falando de pessoas de bem mortas. Uma menina de 17 anos morta a
facada por um vizinho e enterrada. O funcionário do CET trabalhando lá, foram
roubar o celular dele, deram um tiro na cara. O PM lá, fazendo o bico sentado,
os caras passam com uma pistola, com um carregador desse tamanho e descarregam
a arma em cima do policial. Então está uma verdadeira guerra, e o pior de tudo,
nós estamos perdendo a guerra.
Quando na
polícia, até na Rota, a gente usava um .38, e nem colete a prova de bala a
gente usava. Hoje, você vê um policial, parece que ele vai para Marte, porque o
bandido tem fuzil. Os bandidos matam quem eles quiserem e agora eles dominaram
até na política.
Bom, é só ver a
Prefeitura de São Paulo, o que se falava de PCC no horário político, é no
ônibus, o PCC não sei aonde. Os caras estão tomando conta, a ponto até de
contratar policial mesmo para matar os outros, a ponto disso, de já contratar,
preparar pessoas para serem advogadas, serem policiais, serem juízes,
promotores. Então vamos de mal a pior.
Com
relação ao que aconteceu em Copacabana, olha, qualquer partido político ou
qualquer líder político pode marcar uma reunião em Copacabana, num domingo, no
dia em que ele quiser, o problema é dele, não resta a menor dúvida. O
governador do estado, estão xingando o governador porque ele foi lá.
Qual
o problema? Até o José Dirceu, que está completando 79 anos, foi deputado
comigo aqui, nesta Casa, em 86, já está preocupado com o Tarcísio de Freitas.
“Cuidado com o Tarcísio”. No aniversário dele, “cuidado”.
E o Tarcísio de
Freitas, óbvio, foi convidado por aquele que o colocou na política, que é o
Bolsonaro, compareceu em Copacabana. Foi lhe dada a palavra e ele falou. Como
qualquer político, ele tem direito de falar. Ele não pode ir lá elogiar o Lula,
não é do partido dele. Ele é do nosso partido. Nosso não, ele é do
Republicanos, era PL, e foi colocado no Republicanos para disputar eleição de
governador e ganhou. Tem quase 70% de aprovação aqui em São Paulo, tem quase.
E com todos
esses anos que a gente está na política, nobre deputado e senador Suplicy, a
gente sabe que na política é assim, se o cavalo passar encilhado e você montar,
não adianta você esperar que daqui a quatro anos você vá montar, não, o cavalo
pode não passar mais.
Então, de uma
forma ou de outra, tem muita gente, até o José Dirceu, que está vendo que o
Tarcísio de Freitas, se o Bolsonaro não for candidato, é um candidato que pode
trazer trabalho.
Parou ou
continua?
* * *
- Interrompida
por falta de energia elétrica, a sessão é reaberta sob a Presidência do Sr. Danilo Campetti.
* * *
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Deputado Conte Lopes, o tempo de
V. Exa. foi preservado.
O SR. CONTE LOPES - PL - Agradeço.
Então, minha
gente, a política é assim. É lógico, se o governador foi convidado...
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Deputado Conte Lopes, só para a
gente retomar o sinal, para retomar o tempo de Vossa Excelência.
Por gentileza,
Rede Alesp, retomar o sinal aqui do plenário. Retomado o sinal da sessão, V.
Exa. tem a palavra, deputado Conte Lopes.
O SR. CONTE LOPES - PL - Então, para terminar, Sr.
Presidente, não acredito que o Tarcísio de Freitas tenha cometido falha alguma,
crime algum, simplesmente participou de uma manifestação, deram a palavra e ele
se pronunciou, como faz o Lula todo dia.
E todo mundo
sabe que ano que vem vai haver eleições para presidente da República. Nós
teremos o PSOL, o PT, o PCdoB de um lado, e vamos ter outros candidatos do
outro lado. Não é só o Bolsonaro que é candidato, não.
Hoje
mesmo, o presidente Amoêdo, do Novo, já estava indicando o Zema para ser vice
do Tarcísio de Freitas. Então Tarcísio de Freitas está fazendo um excelente
governo aqui em São Paulo, tanto é que com quase 65% de aprovação da população.
Obviamente,
ele tem que preparar o caminho dele, não resta a menor dúvida, se o Bolsonaro
continuar inelegível, o que provavelmente aconteça, porque nós não ganhamos
nenhuma na Justiça. É igual ao VAR, nós estamos igual ao VAR: quando são o PT e
o PSOL que pedem um processo contra nós, nós já estamos condenados. É igual
quando o VAR chama o juiz: o gol já está anulado. Nem precisa pensar, já anulou
o gol.
Então
é mais ou menos assim. A ponto de o Eduardo Bolsonaro ficar nos Estados Unidos,
que eu não sei se é o caminho certo. Meu caminho certo seria os 99 deputados
federais do PL e os senadores que Bolsonaro elegeu estarem em Brasília parando
o Congresso Nacional.
Essa
é a função dos deputados, essa é a função dos senadores. Deviam estar lá,
parando o Brasil, se querem justiça. Não adianta ir embora. Na minha opinião,
certo? Agora, ficar só marcando Copacabana e Paulista, nós não vamos a lugar
nenhum também, né?
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Conte Lopes. Seguindo a lista de oradores, convido a
deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Convido o deputado Gil Diniz, em cessão
com o deputado Ricardo Madalena.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Caio França.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - É possível uma
comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - É
possível. Para uma comunicação.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB - PARA
COMUNICAÇÃO - Rapidamente, eu gostaria de primeiramente agradecer aos meus
colegas deputados, deputada Andréa Werner e deputado Valdomiro Lopes, que hoje
compõem junto comigo a bancada do PSB, porque nos últimos dois anos eu fui
líder dessa bancada, o único partido ao qual eu sou filiado.
Eu sou muito
grato por essa oportunidade de conduzi-los. E, a partir de hoje, a gente está
apresentando a deputada Andréa Werner para poder assumir essa missão; é uma
deputada honrada, a primeira mulher do partido a poder assumir essa função de
líder da bancada. E sei o quanto ela está preparada para esse grande desafio.
Sem dúvida, estaremos muito bem representados.
Quero também,
aqui, fazer um agradecimento especial ao deputado Valdomiro Lopes, que é um
deputado experiente, já foi prefeito, por outras vezes deputado, e está junto
conosco nessa missão. Eu protocolo hoje, aqui na Casa, essa nova condição -
liderança nova do PSB, deputada Andréa Werner; e vice-líder, o Valdomiro Lopes.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado Caio França.
Deputado Gil Diniz, V. Exa. tem a
palavra pelo tempo regimental de dez minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Cumprimento os deputados presentes
aqui no Grande Expediente, cumprimento os nossos assessores, policiais
militares e civis, público aqui na galeria, que nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
hoje é um dia triste para a história política do estado de São Paulo, para a
história política do Brasil. O deputado federal Eduardo Bolsonaro anunciou, em
suas redes sociais, que não retornará ao Brasil - presidente Danilo Campetti,
V. Exa. que o conhece tão bem -, por conta dessa perseguição implacável do STF,
principalmente do ministro Alexandre de Moraes.
Deputado
Eduardo Bolsonaro, que é o deputado federal mais votado da história deste País,
deputado Caio França, tem agora um pedido, na Procuradoria-Geral da República,
para que o seu passaporte seja retirado, para que ele não possa fazer essa
articulação internacional que ele faz, denunciando, fora do País, os abusos, a
arbitrariedade do STF, principalmente desse homem que se acha acima do bem e do
mal, que se acha acima de todos os políticos, quiçá da própria Justiça
brasileira, que é Alexandre de Moraes.
Então todo o
meu apoio, toda a minha solidariedade ao deputado Eduardo Bolsonaro, ao
presidente Jair Messias Bolsonaro, a toda a sua família, porque nós,
principalmente estes que estão mais próximos deles, sabem da sua índole, da sua
postura, sabem do amor que eles têm pelo Brasil... E isso a gente não pode
permitir, presidente, porque Alexandre de Moraes e os seus cúmplices já
passaram de todos os limites.
E aqui, nobre
deputado Eduardo Suplicy, sempre faço a referência a V. Exa. que é presidente
da Comissão de Direitos Humanos... Os direitos humanos, hoje, no Brasil estão
sendo relativizados de uma maneira como talvez nunca tenhamos visto. Senhoras
de 70 anos para mais sendo condenadas a 17 anos de cadeia, deputado Suplicy,
praticamente uma prisão perpétua, o que o nosso ordenamento jurídico proíbe.
Mães de
famílias... O STF decidiu, se você é mãe, você tem filho abaixo de 12 anos,
você pode cumprir a pena, deputado Rafael Saraiva, domiciliar... Ou se você é
homem e é responsável pelas crianças... Mas essa lógica não vale para as
presas, para as mães presas no 8 de janeiro.
Eu já mostrei
aqui neste telão a cabelereira Débora, do interior de São Paulo aqui, mãe de
duas crianças que ousou usar o seu batom e escrever naquela imagem que fica em
frente ao STF, deputada Bebel...
Ela ousou
repetir as palavras do, hoje presidente do STF, ministro Barroso, e escreveu de
batom naquela imagem: “Perdeu, mané”. Está presa preventivamente há quase dois
anos. É surreal que, o que vem acontecendo, a grande mídia silencia; a classe
política, muitos fingem que não estão vendo.
Como que nós
não podemos deixar de nos lembrar de Filipe Martins, que foi assessor especial
da Presidência da República, morava aqui no interior, em Sorocaba, ficou meses
preso preventivamente, deputado Conte Lopes. A alegação foi de que ele tentou
sair do país no voo do presidente Bolsonaro para os Estados Unidos... O que foi
provado que é mentira, ele não saiu do país, mas essa alegação foi usada para
prendê-lo.
Na verdade,
para tentar arrancar, assim como arrancaram de Mauro Cid - tenente coronel do
Exército brasileiro. Tentaram forçar uma delação premiada do Filipe Martins e
não conseguiram. Muito homem, deputado Conte Lopes, ao contrário de alguns aí
que juraram defender a Pátria, se necessário for, com a própria vida.
Para o senhor
ter ideia, Filipe Martins, quando viram que não delataria, quando não usaram a
criatividade, como alguns assessores do ministro Moraes sugeriram em grupos de
WhatsApp: “Olha, usa a criatividade. Precisa pegar o Eduardo Bolsonaro. Usem a
criatividade.” Jogaram ele em uma solitária, passou mais de semanas, deputados,
em uma solitária para ver se ele delatava. Não delatou.
E quando o
questionaram do porquê ele não delatou, ele usa a frase de Sócrates, deputada
Bebel, que diz que ele prefere sofrer uma injustiça a cometê-la. Felipe Martins
hoje está em casa, não pode usar as redes sociais, não pode se comunicar, não
pode dar entrevista. Está com tornozeleira eletrônica, e é essa realidade que
nós estamos vivendo diariamente.
Este
deputado que está na tribuna corre sério risco também. Qualquer um aqui que
ouse falar de Alexandre de Moraes e os seus cúmplices correm risco. Nós e as
nossas famílias. É simplesmente absurdo, é surreal a chantagem política que o
STF está fazendo nesse momento, que fez até este momento para que Eduardo não
assumisse a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional na Câmara dos
Deputados, vaga essa do Partido Liberal, do nosso partido.
Parabéns,
Alexandre, conseguiram. Mas onde, deputado Suplicy e deputado Reis, que
ministros, juízes, podem fazer política? É absurdo, Bebel, o partido da toga
não só influencia as nossas decisões, como manda aqui em São Paulo, com várias
indicações a postos estratégicos, como manda no país.
O
partido da toga, deputados, não disputou nenhuma eleição, não tem nenhum voto e
a população brasileira, em sua grande maioria, tem horror, tem vergonha, tem
nojo destes homens e mulheres. Tanto é que estes não podem sair na rua tranquilamente,
como todos vocês podem. Estão presos em suas torres de marfim, mas essa página
ingrata, cruel, injusta, da história brasileira, ela vai passar.
Hoje,
amanhã, daqui um ano, daqui uma década, não importa quando, ela vai passar. O
nosso povo não aguenta mais tanto desmando, tanta perseguição. Como que nós
aceitamos que um deputado federal, como Daniel Silveira, que teve a graça
presidencial e está preso, condenado a nove anos de prisão?
Tem
agora o benefício da saída temporária. Vejam vocês, mais de 20 mil presos em
São Paulo, com histórico, com ficha corrida, foram soltos. Daniel Silveira não
poderá ser solto e foi preso porque usou a palavra, e aí você pode discordar
tranquilamente dele, mas está preso nesse momento.
Ora,
nós fizemos uma manifestação no último final de semana, exigindo anistia a
esses idosos, a esses homens, a essas mulheres, mães de família, que não podem,
à noite, dar um beijo no seu filho e colocá-los para dormir.
E
vários dos anistiados do regime militar, vários dos anistiados de 79, estão aí
tirando sarro, caçoando desses homens e mulheres que, neste momento, nesta
democracia que nós vivemos, estão sofrendo aí essa perseguição judicial.
Os
anistiados de 79 são os algozes de 2025, mas, como eu disse, nós não
esmorecemos, nós não perdemos a nossa fé, nós sabemos, nós não buscamos a
glória deste mundo, nós confiamos em nosso Senhor Jesus Cristo e esperamos a
nossa recompensa, não aqui nessa vida, mas na próxima.
Mas
aqui nessa vida, nós vamos buscar a justiça divina, obviamente, mas,
principalmente, a justiça dos homens. Por isso, da nossa luta política, por
isso, do nosso trabalho, do nosso empenho dia a dia e do trabalho, deputado
Campetti, do nosso deputado federal, Eduardo Bolsonaro, que agora, licenciado
do cargo, fará esse trabalho a nível internacional, fazendo a denúncia de
Alexandre de Moraes e seus comparsas do partido da toga do STF.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Gil Diniz. Pela ordem, deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Uma pequena
comunicação?
O
SR PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Para uma comunicação.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Bom, deputado Gil Diniz, eu só quero fazer uma pequena
correção. Vossa Excelência afirmou que o deputado Eduardo Bolsonaro teve mais
votos do Brasil, não foi ele. Quem teve foi Guilherme Boulos, 1.001.000 votos,
enquanto o Bolsonaro, muito bem votado, ninguém nega a votação dele, teve
741.000 votos. Uma diferença de 300 mil votos.
Mas o que eu
quero fazer na minha fala aqui é no sentido de que nós, professores, a Educação
anda muito mal. Eu acho que já estou cansada de denunciar, trazer professor para
a Casa, enfim, lutar por condições de trabalho.
Amanhã nós
vamos ter, por exemplo, a discussão sobre a segurança alimentar, de que
estudantes e professores, que nós entendemos que a escola de tempo integral
assim o requer, porque o professor sai de manhã e não tem onde comer depois.
Então, nada
mais justo que, ao invés de jogar a comida fora, o professor comer. Qual que é
o problema? É a mesma coisa que a gente rasgar dinheiro. Você pode alimentar
alguém, joga fora, descarta a comida. Então, por tudo isso, pela qualidade de
ensino, pela luta inconteste de uma escola pública de qualidade, no dia 21,
portanto, na próxima sexta-feira, nós estaremos na Praça da República fazendo
uma grande assembleia.
E vamos
discutir greve, sim, deputado Gil. É um direito nosso. Nós não estamos
contentes, com zero de reajuste. Faz dois anos, tivemos quatro por cento, e
ganhando abaixo do piso salarial profissional nacional e os aposentados e
pensionistas ao léu.
Então, vamos
fazer essa luta, uma luta ampla, que vai contar com apoio, inclusive, de outras
entidades.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada Bebel.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, deputado.
O
SR PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Pela ordem, deputado Gil Diniz. Uma breve comunicação.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Uma breve comunicação. Talvez eu não tenha sido claro na
minha fala, deputada Bebel, eu não disse que o deputado federal Eduardo
Bolsonaro foi o mais votado no último pleito, eu disse que ele é o deputado
federal mais votado na história.
Isso é um fato,
em 2018 ele teve 1.800.000 votos, mais de 1.800.000 votos, o que o torna o
deputado federal mais votado da história do País. Ele já está no terceiro
mandato, ele foi eleito em 2014, reeleito em 2018 e novamente reeleito em 2022
- em 2022 com uma expressiva votação - mas, humilde que é, apoiou vários outros
candidatos pelo estado de São Paulo e dividiu essa sua votação.
E a nossa
bancada, a bancada do Partido Liberal foi ampliada, inclusive nós tivemos mais
deputados eleitos federais, e estaduais também, na bancada do Partido Liberal,
mais do que nós fizemos em 2018, na bancada do extinto PSL, Partido Social
Liberal, do qual nós fazíamos parte.
Então, só essa
correção, deputada Bebel, que o deputado federal Eduardo Bolsonaro, sim, é o
deputado federal mais votado da história do País e, neste momento, está nos
Estados Unidos, não podendo voltar ao Brasil, justamente por conta dessas
ameaças que o partido golpista da toga está fazendo a ele e à sua família.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - (Inaudível.) Ele
falou lá e falou aqui, poxa. Uma outra comunicação, por favor, Sr. Presidente.
O
SR PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Uma breve comunicação, professora Bebel, porque eu tenho que passar para o
orador.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Não, você... Eu sou respeitosa, de toda forma. Então, por
favor, eu acho que aqui nós sabemos nos tratar. Gil, vou te chamar para a razão
agora. Quando o presidente Lula foi preso, a gente dizia: “A gente quer que ele
tenha o amplo e irrestrito direito de defesa”.
Eu não vou
dizer que eu não defendo isso para o seu ex-presidente, ou o seu presidente. Eu
defendo, entendeu? O meu partido defende, todo mundo defende. Isso é lógico,
isso é métrico para nós.
Agora, o STF é
um órgão supremo, né? Ele tem que ser autônomo, ele toma as decisões dele. É
por isso que eu uso um termo popular que é: “O pau que bate em Chico uma hora”,
por isso que a gente não pode aplaudir. Aquilo de que a gente discorda, que não
está dentro, você não pode aplaudir, porque vem sobre nós, vem sobre a gente
também.
Então agora
veio sobre vocês. Então não tinha por que o deputado Eduardo Bolsonaro ir
embora, porque eu também uso um ditado popular: “Quem não deve não teme”. Esse
é um dado. E eu não acho pouca coisa. Talvez a dosimetria de pena, isso que é
discutível para mim; mas eu não acho pouca coisa alguém pegar um batom e
escrever num patrimônio histórico. Isso não é pouca coisa, Gil.
Então eu acho
que você pode fazer o debate político. Não, eu estou dizendo da dosimetria, não
entrei no mérito. Estou entrando no mérito do feito. Não entrei na dosimetria.
Entrei no mérito do feito. Eu tenho aqui os meus colegas, que estão me ouvindo.
Então, diante
disso, só para terminar, eu quero dizer que eu não acho pouca coisa. Eu acho o
seguinte: ela vai ter o direito da defesa, deverá ser defendida, e aí vai ter a
discussão dessa dosimetria. Esse é um debate a ser feito.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS
- Para concluir, deputada.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Vamos aqui combinar:
não aplaudam quando a coisa não é certa, porque depois cai sobre vocês mesmos.
Muito obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputada Professora Bebel. Seguindo a lista de oradores, convido a
deputada Andréa Werner. (Pausa.) Convido o deputado Rafael Saraiva, em permuta
com o deputado Atila Jacomussi.
Vossa Excelência tem a palavra por dez
minutos, pelo tempo remanescente.
O
SR. RAFAEL SARAIVA - UNIÃO
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente. Boa tarde a todos os meus
colegas presentes, assessoria, Polícia Militar. Eu queria falar, presidente,
primeiro, da história do seu Francisco. O seu Francisco, cerca de 60 anos, por
mais de 20 anos trabalhou com carteira registrada e após a pandemia foi morar
nas ruas. Atualmente, vive em condição de rua, junto com seus animais.
Eu gostaria de
falar da Solange, que, depois que se separou, foi morar na rua, vive em
situação de rua, com seus três filhos e seus animais. Eu gostaria de falar do
Átila.
O Átila, quando
se declarou, se assumiu homossexual, para a sua família, foi expulso, junto com
seus animais, da sua casa, pelo seu pai, e hoje também vive em situação de rua.
O que essas pessoas têm em comum? A falta de amparo do estado, do Poder
Público.
Nós sabemos a
importância que existe no trabalho do terceiro setor. E tanto o seu Francisco,
o Átila, a Solange, os filhos da Solange, os animais dos três, recebem o
auxílio, o apoio, de uma ONG chamada Morador de Rua e Seus Cães.
Essa
ONG já fez 118 ações no centro de São Paulo. Mais de 200 toneladas de alimentos
distribuídos. Mais de cinco mil castrações. Todos os animais receberam
protocolo sanitário completo, com vacinação.
As
crianças, não só os filhos da Solange como todas as outras, passam uma tarde
com atividades, gincanas, atividades culturais; recebem um lanche, porque às
vezes eles não têm a oportunidade de comer. Essa ação acontece uma vez por mês,
deputado Suplicy.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Conte Lopes.
* * *
Infelizmente,
as ações da ONG Moradores de Rua e Seus Cães foram proibidas de acontecer na
cidade de São Paulo. Quantos Átilas, quantas Solanges, quantos Srs. Franciscos
deixarão de comer, deixarão de levar seus animais, seus filhos, de receber
alimentação e dignidade, porque eles promovem banhos também, por causa da falta
de interesse público.
Sim, interesse
público. A negativa foi porque a atividade da ONG não atende o interesse
público. Então, queria deixar aqui para vocês um questionamento. O que é
interesse público?
Por fim, eu
gostaria de agradecer ao secretário Enrico Misasi, da Casa Civil da Prefeitura
da Cidade de São Paulo, que desde a primeira negativa me ouviu, tentou
entender, tentou argumentar e, diferente de outros da gestão que deram de
ombros para o real interesse público, ele colocou a equipe à disposição para
que a gente consiga, de fato, sanar esses problemas e fazer com que, onde a
prefeitura não chega, onde o governo não chega, onde o poder público não
consegue chegar, esteja ali o terceiro setor, as entidades que fazem um
trabalho brilhante cuidando das pessoas e dos animais.
Obrigado,
presidente.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Sr. Presidente,
pela ordem. Para fazer uma comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Vossa
Excelência tem o prazo regimental.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, eu quero cumprimentar aqui o prefeito de
Penápolis, que nos honra com sua presença, o Caique, e também o vereador Júlio.
Dizer que vocês são muito bem-vindos aqui. Muito obrigado pela presença. É um
município forte da nossa região de Penápolis. O Caique foi reeleito agora para
mais quatro anos e está realizando um excelente trabalho lá, juntamente com o
Júlio, que é vereador em Penápolis.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Sr.
Presidente, eu gostaria de, pelo tempo de liderança, pelo Art. 82, utilizar da
palavra.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Ok. Nossos
cumprimentos ao prefeito e ao vereador de Penápolis. Vossa Excelência tem o
tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Uma breve comunicação enquanto o deputado Campetti se dirige à
tribuna?
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, quero cumprimentar o cabo de Rota Régis Araújo,
que está aqui com seu filho neste Parlamento. Um grande amigo, um grande
policial militar que nos honra com sua presença. É uma grande liderança aqui da
Grande São Paulo e me honra muito a sua presença aqui no Parlamento do povo
paulista.
Presidente, só
para finalizar aquele diálogo com a deputada Bebel, ela diz sobre o devido
processo legal, sobre pau que bate em Chico e bate em Francisco, que ela
defende, digamos assim, essas minúcias jurídicas ao presidente Bolsonaro, mas
então ela esqueceu que o presidente Lula foi julgado na primeira instância, na
segunda instância.
O processo dele
durou anos até chegar no STF. E por que Luiz Inácio foi julgado na primeira
instância? Porque ele não tinha foro por prerrogativa. Ele já era
ex-presidente, e esse direito não está sendo garantido ao presidente Bolsonaro.
Para vocês
terem uma ideia, o general Braga Netto está preso preventivamente e sem
julgamento, ele não pode aguardar o julgamento em casa, só que a investigação
já acabou. Falta o julgamento, ele está preso, deputado Campetti.
A sua
assessoria jurídica, seu advogado questionou a Procuradoria, colocou ali os
seus termos, a sua defesa, em mais de mil páginas, e em dois dias a PGR decidiu
que ele ficaria preso. Eles não leram absolutamente nada, eles rasgam a nossa
Constituição, eles não estão nem aí.
Aí ouviram a
deputada Bebel, que escrever com batom naquela imagem em frente ao STF é
gravíssimo. Dois anos de preventiva em uma mãe de família. O que um marginal
que tentou invadir este plenário merece?
O que um
vagabundo que quebrou a cabeça de um policial aqui, que defendia o debate, a
votação no plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o que
esse marginal merece?
É de estarrecer
que estão tentando justificar essas prisões arbitrárias de homens, de mulheres
e de idosos que estão condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Onde essas
pessoas, líder, V. Exa. que é formado aí no direito, onde essas pessoas foram
julgadas e não tinham foro para prerrogativa?
Essas pessoas
não poderiam, em um país minimamente sério, essas pessoas não poderiam ser
julgadas no STF, meu Deus do céu. Qualquer deputado que não saiba disso, não
fale disso, não tenha isso em sua mente, não merece representar um único
cidadão no estado de São Paulo, presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradecemos a
palavra do nobre deputado Gil Diniz, passamos ao nobre deputado Danilo
Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - PELO ART. 82 - Muito obrigado, presidente deputado Conte
Lopes. Só para confirmar aqui o que o deputado Gil Diniz disse: deputado Gil
Diniz, foram quatro anos até a condenação do atual presidente.
Quatro anos,
passando por todos os foros, respeitando o duplo grau de jurisdição, com uma
quantidade imensa de recursos, uma quantidade imensa de impugnações, todas
analisadas. Então é realmente muito célere essa questão, muito célere está
sendo e muito séria.
E eu gostaria
de aproveitar até, na esteira do que o deputado falou, para falar sobre a nossa
eleição de sábado. O deputado André do Prado foi muito bem reeleito com 88
votos, mas houve uma candidatura feminina, e durante a apresentação da
candidatura as deputadas defenderam muito os direitos das mulheres, que nós
reconhecemos, inclusive eu tenho quatro projetos de lei voltados ao direito das
mulheres.
Inclusive
apresentei o último ontem, que trata da entrega para as mulheres vítimas de
violência doméstica ou tentativa de feminicídio de um espargidor de pimenta.
Seria entregue diretamente na delegacia, esse era o último projeto. Mas eu
acredito que as deputadas precisariam conversar com o atual presidente, não é?
Machado, se tiver aí no ponto o vídeo, pode soltar, por favor.
* * *
- É exibido o
vídeo.
* * *
Então,
assim, a sugestão que fica, além do ajuste do discurso, de combinar essa
questão para que sejam defendidos mesmo concretamente os direitos das mulheres,
e depoimentos como esse não agregam em nada.
Mas,
no evento lá em Copacabana, o presidente Bolsonaro iniciou o discurso dele
citando algumas mulheres que eu vou citar aqui novamente. Fica a sugestão para
que as deputadas aqui da Assembleia e da Câmara dos Deputados também prestem
atenção nessas mulheres.
São elas:
Débora dos Santos, 39 anos, está há dois anos presa em prisão preventiva e pode
ser condenada a 17 anos pelo que o deputado Gil falou, por ter escrito em uma
estátua. É isso aí: escreveu, perdeu; o mané na estátua pode ser condenado a 17
anos.
A estátua já
foi limpa, não tem dano nenhum. Valdete Ferreira, 73 anos de idade, com
condenação de 11 anos de cadeia; Iraci Nagoshi, 71 anos de idade, 14 anos de
prisão; Fátima de Souza, 67 anos, condenação de 17 anos também; e Francisca
Ildete Ferreira, 62 anos de idade, 13 anos de condenação.
Por isso é
importante, deputado Gil, deputado Carlos Cezar, a questão da anistia, que é
humanitária. Nem precisaria existir a anistia, porque o processo é eivado de
nulidade.
Então fica aqui
a sugestão para que procurem analisar o contexto em que foram presas essas
mulheres. Elas estão presas, deputado Conte Lopes, nosso presidente, na tranca,
vendo o concreto. Não estão presas em uma sala da Polícia Federal não. Elas
estão na tranca. A Débora, por exemplo, está no Tremembé.
Então fica aqui
para nossa análise e para nossa discussão também, a necessidade de se levar a
sério essa questão da anistia, que é uma anistia humanitária. Muito obrigado,
Sr. Presidente, pelo tempo concedido.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
presidente, para indicar para falar, pela liderança do PL, o deputado Gil
Diniz, pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental.
Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O SR. GIL DINIZ - PL -
PELO ART. 82 - Volto aqui a esta tribuna, presidente, nobre
deputado Conte Lopes, para inclusive trazer a lembrança, meu líder Carlos
Cezar, do patriota Clezão. Para quem não o conhece, o Clezão, pai, marido,
estava lá naquele lá naquele fatídico dia do 8 de janeiro, um trabalhador.
Não tinha,
deputado Danilo Campetti, nenhuma passagem, nenhuma ocorrência criminal. O que
ele tinha eram algumas doenças que precisavam ser tratadas, deputado Conte
Lopes. E há vários laudos médicos que atestavam que ele precisava de
tratamento.
A Procuradoria
Geral da República, essa mesma Procuradoria que Alexandre de Moraes fez a
solicitação para que eles deem aí a palavra se é necessário ou não retirar o
passaporte de Eduardo, tinha se manifestado, líder, para que o Clezão saísse da
cadeia e tivesse o devido tratamento. Ela se manifestou algumas vezes. “Olha, é
grave o estado do Clezão, ele precisa de tratamento médico.”
Alexandre de
Moraes negou que ele saísse da prisão. Alexandre de Moraes não permitiu que
esse cidadão, cidadão brasileiro, assim como eu, como você, negou e ele morreu,
deputado Campetti, na cadeia. Ele morreu no cárcere. A esposa dele não o viu
mais; as filhas não o viram mais com vida.
Eu não falo
aqui, senhoras e senhores, para fazer sentimentalismo barato. É a realidade, é
o que nós vivemos hoje. Nós temos um deputado federal preso, e eu não tenho
dúvida de que eles gostariam, que eles querem, na verdade, o mesmo destino para
o deputado Eduardo Bolsonaro.
Vejam vocês,
Alexandre manda para a PGR e diz, deputado Conte Lopes: “Vocês têm um prazo de
cinco dias para responder sim ou não. É necessário retirar o passaporte de
Eduardo a pedido do líder do PT na Câmara Federal, o Lindbergh”, aquele que
gosta de coçar bastante o nariz. Vocês me entendem.
Já faz 18 dias
dessa solicitação e a PGR não se manifestou. Eles são tão rápidos, tão rápidos
para essas manifestações, e por que não se manifestaram? Porque Eduardo está
fora do país e tendo a manifestação a favor de tomarem o seu passaporte é a
justificativa que eles supõem que nós precisamos.
Não, você só
precisa ter um neurônio apto a fazer uma sinapse para você entender essa
perseguição implacável que este movimento liderado pelo presidente Bolsonaro
está sofrendo.
Eu não duvido
nada que o sonho deles é justamente esse, que o presidente Bolsonaro seja
assassinado numa dessas prisões, porque assassinado politicamente e moralmente
é o que eles tentam fazer todos os dias. Assassinado fisicamente, deputado
Campetti, já tentaram também. Um ex-filiado ao Partido Socialismo e Liberdade
tentou fazer as vezes ali e pela intervenção divina não conseguiu.
Mas nós,
enquanto Deus nos der essa oportunidade, deputado Carlos Cezar, de estar aqui
nesse lugar de honra, nesse lugar onde o povo nos colocou, e em nome deles
representando-os, a gente precisa denunciar essas arbitrariedades. Aqueles que
dizem tanto sobre os direitos humanos, “Olha os direitos humanos”, que mentem o
tempo inteiro, são mentirosos.
“Ah, a polícia
é violenta”. O juiz é violento, senhores! O promotor, o procurador é violento.
Já várias vítimas perderam a vida, estão presos e privados de sua liberdade,
indevidamente. Esses não são violentos? Mas os covardes só querem atingir o
policial que está lá na ponta. O trabalhador também, que usa uma farda. Aí,
“nossa, que absurdo”.
Quando eles
podem dar um exemplo, eles não dão. Olha, sábado, a nossa eleição. Poderiam ter
votado em uma mulher de esquerda. Votaram em um homem branco, heterossexual e
bolsonarista. Olha que interessante. Aí o discurso não combina com a prática,
companheiros.
É essa
incoerência que a gente denuncia a todo momento. Relativizam os direitos
humanos. Direitos humanos, para essas pessoas, é só para marginal, vagabundo,
ladrão, bandido, que assassinam nas ruas de São Paulo e do Brasil. Ou que
roubam alguma estatal quando podem, presidente.
Muito
obrigado.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Se houver acordo entre os
líderes, a suspensão até as 16 horas e 30 minutos, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É
regimental. Nossos trabalhos estão suspensos até as 16 horas e 30 minutos.
Obrigado.
*
* *
- Suspensa
às 16 horas e 14 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 31 minutos, sob a Presidência do Sr.
Carlos Cezar.
*
* *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL
- Reaberta a sessão. Ordem do Dia.
Há sobre a mesa
requerimento da nobre deputada Beth Sahão, com o número regimental de
assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de
uma comissão de representação com a finalidade de participar de agendas nos
assentamentos da região do Pontal do Paranapanema, e com a reitora da Unesp de
Presidente Prudente, a realizar-se nos dias 19, 20 e 21 de março do corrente
ano, no município de Sandovalina, sem ônus para este poder.
Em votação. Os
Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa
requerimento do nobre deputado Caio França, com o número regimental de assinaturas,
nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão
de representação com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo junto às frentes parlamentares da ligação seca entre Santos
e Guarujá, e de portos e aeroportos, presididas pelo deputado federal Paulo
Alexandre Barbosa, durante missão oficial à Alemanha e à Dinamarca, a
realizar-se no período de 3 a 9 de maio do corrente ano, sem ônus para este
poder.
Em votação. Os
Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa
requerimento do nobre deputado Capitão Telhada, com o número regimental de
assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de
uma comissão de representação com a finalidade de participar do Fórum de
Segurança Pública, a realizar-se nos dias 25 e 26 de março do corrente ano, em
Brasília, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. Os
Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, permaneçam como se
encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
Tem “pela
ordem” o deputado Ricardo França.
O SR. RICARDO FRANÇA - PODE
- Muito obrigado. Havendo acordo de todos os líderes presentes no plenário, eu
peço o levantamento da sessão.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL
- É regimental. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças,
esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas.
para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia.
Está levantada
a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 33 minutos.
* * *