26 DE NOVEMBRO DE 2024
164ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: GILMACI SANTOS e ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h01min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o término da presente sessão. Convoca uma segunda sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária.
2 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - MÁRCIA LIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - SIMÃO PEDRO
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - ENIO TATTO
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
12 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - GUILHERME CORTEZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Solicita comportamento regimental ao público presente nas galerias.
16 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado Gil Diniz).
17 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Solicita comportamento regimental ao público presente nas galerias.
18 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
19 - DANILO CAMPETTI
Solicita a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.
20 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h.
ORDEM DO DIA
21 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h30min. Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, requerimentos de constituição de comissão de representação dos deputados Caio França, com a finalidade de participar de reuniões com ministros e demais membros do governo federal para tratar de investimentos e melhorias para o estado de São Paulo, nos dias 26 e 27/11, em Brasília/DF; e Luiz Fernando, com a finalidade de participar de reuniões com ministros e demais membros do governo federal para tratar de investimentos e melhorias para o estado de São Paulo, nos dias 04 e 05/12, em Brasília/DF.
22 - PAULO FIORILO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
23 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 27/11, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 42 minutos. Levanta a sessão às 16h32min.
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* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Gilmaci Santos.
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* *
-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Presente o nome regimental de Sras. e Srs. Deputados, sob a proteção de
Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura
Ata da sessão anterior e recebe o expediente.
Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a ser
realizada hoje, às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o término da
presente sessão, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no § 3º, do Art. 100 do Regimento Interno, com a
fidelidade de ser apreciada à seguinte Ordem do Dia:
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- NR - A Ordem do Dia para
a 62ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 27/11/2024.
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Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco
V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a ser realizada
hoje, dez minutos após o término da primeira sessão
extraordinária, com a finalidade de ser apreciada à seguinte Ordem do
Dia:
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- NR - A Ordem do Dia para
a 63ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 27/11/2024.
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* *
Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
passamos ao Pequeno Expediente, convidando a fazer uso da palavra o
deputado Rogério Santos. (Pausa.) Deputado Reis.
(Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Carlos
Cezar. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Marina Helou.
(Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.)
Deputado Paulo Fiorilo.
(Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Simão
Pedro. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Tomé Abduch.
(Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Capitão
Telhada. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputada Professora Bebel.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Queria fazer uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pois
não.
A SRA. PROFESSORA BEBEL
- PT - PARA
COMUNICAÇÃO - Nós estivemos e estamos ainda - Apeoesp e militância - na
frente da Secretaria da Educação, em um ato contra o fechamento de
salas de aulas e classes no noturno de ensino médio. Lamentavelmente.
Por
quê? As salas de aulas que vão até o nono ano acabam
terminando, e aí não abrem para o noturno, em uma região ou em
regiões que não tem outra escola para recepcionar os alunos de ensino
médio.
E eu me refiro
a noturno, porque são alunos ainda que trabalham. Você fala: “ah, mas
tem o “Pé-de-Meia”, vai ter a bolsa do governo”. Tudo bem, o
“Pé-de-Meia” está criando muita dificuldade de se implantar aqui no estado
de São Paulo.
Muito embora,
no Enem, podemos ver que houve um crescimento de participação dos
estudantes no Enem face ao “Pé-de-Meia”. Isso está, pelas pesquisas,
confirmado.
O que nos deixa
preocupados e preocupadas é que, se fechar o noturno, deputado
presidente Gilmaci, tira a perspectiva e depois, se quiser voltar, volta
com uma Educação de Jovens e Adultos e também se fecha a Educação de Jovens e
Adultos... E para onde vai a juventude, então? Para onde vai essa população?
Então, trata-se de um problema muito sério na educação pública do estado de São
Paulo.
É verdade que
não é coisa só deste Governo, mas não precisa este Governo continuar o que o
outro não fazia. Pode melhorar, pode perfeitamente reabrir ou abrir as classes
de ensino médio e Educação de Jovens e Adultos no noturno.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputada. Com a palavra o deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Gilmaci Santos, Srs.
Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia.
No dia 19, Sr.
Presidente, a Secretaria de Saúde publicou uma resolução, a Resolução nº 269,
privatizando quatro equipamentos públicos da área da Saúde, importantíssimos,
na cidade de Presidente Prudente, que não atendem só a cidade de Presidente
Prudente, mas toda a região. É uma privatização, e a privataria bolsotucana não
tem mais limites. O Tarcísio está privatizando tudo.
Não contente em
vender escolas, em leiloar escolas na Bolsa de Valores de São Paulo - algo
inédito, que nem os tucanos fizeram; não contente em privatizar mais 143
escolas da leste 5 e da centro-oeste; não contente em privatizar a água, a
Sabesp; não contente em privatizar o Metrô, a CPTM, em anunciar a privatização
da Fundação Casa, de rodovias com mais pedágios, o Governo agora está
privatizando, em Presidente Prudente - olha só, está aqui, trouxe aqui a
Resolução nº 269 -, está privatizando a Reabilitação Lucy Montoro, o
Ambulatório Médico de Especialidades, o Hospital Regional e o Hospital
Estadual, todos esses equipamentos de Presidente Prudente.
Repito, eles
atendem não só a população da cidade de Presidente Prudente, que já é uma
cidade grande na região, mas toda aquela região será impactada por essa
privatização, que eles chamam de terceirização, mas na verdade é a entrega de um
serviço essencial, um serviço da Saúde Pública do SUS, do Sistema Único de
Saúde, para organizações sociais de caráter privado, Sr. Presidente. É um
absurdo, é um retrocesso para o estado de São Paulo.
Agora, isso
demostra a ânsia do Governo em privatizar, em dilapidar o patrimônio público em
todas as áreas. Recentemente eu denunciei aqui pela tribuna, também já acionei
o Ministério Público, logicamente, e o Tribunal de Contas, que o Governo está
vendendo áreas de pesquisa no interior de São Paulo, da Secretaria da
Agricultura, por exemplo. Está vendendo essas áreas que são essenciais para a
pesquisa, para a Agricultura do nosso estado.
Então, essa
privataria bolsotucana, está em todos os lugares, em todas as áreas, nas
rodovias. E quando a gente fala que vai privatizar as rodovias, significa mais
pedágios. É o que está acontecendo.
Por exemplo,
agora o Governo anunciou a instalação de nove pedágios na Rodovia Manoel da
Nóbrega, que liga ali a cidade de Praia Grande até Peruíbe. Serão instalados
nove pedágios, aqueles pedágios sem cancelas, que é o novo sistema que está
sendo implantado na Mogi-Bertioga. Na Mogi-Dutra também serão instalados mais
pedágios.
Aqui na Raposo
Tavares, com essa obra faraônica e desnecessária, antiambiental, que ele chama
de Nova Raposo, também serão instalados pedágios, inclusive pedágios urbanos
que vão prejudicar a cidade de São Paulo.
Então é uma
privataria sem limites, sem fim, que está em curso no estado de São Paulo.
Então eu queria fazer esse destaque para esses quatro equipamentos públicos da
área da Saúde, do SUS de Presidente Prudente, que serão privatizados,
terceirizados, entregues às organizações sociais de caráter privado.
Repito, o
Centro de Reabilitação Lucy Montoro, o Ambulatório Médico de Especialidades, o
hospital regional e o hospital estadual. Então a população vai pagar um preço
caríssimo por isso, porque diminui, a gente sabe que diminui, o atendimento.
O Governo
sucateou, o Governo não abriu concurso público para contratar médicos, para
contratar profissionais da Saúde, profissionais da enfermagem nesses hospitais.
Eu tinha
denunciado aqui, inclusive, a situação do Hospital Estadual de Presidente
Prudente, da falta de funcionários em várias áreas, mas o Governo não abriu
concurso, não contratou, justamente porque estava preparando já essa
privatização e essa terceirização.
Então, eu quero
ressaltar mais uma vez essa denúncia, Sr. Presidente, e dizer que nós vamos
atuar contra essa privataria bolsotucana aqui no estado de São Paulo.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado Carlos Giannazi. Passamos agora para a Lista Suplementar
convidando o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Deputada Márcia Lia. Tem V. Exa. o tempo regimental.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde a todos os deputados que aqui se
encontram, às pessoas que estão nos ouvindo pelas redes sociais, pela TV Alesp.
Dizer que nós
estamos vivendo momentos de muita dificuldade no nosso País e no nosso estado
de São Paulo. Eu quero reportar a situação que nós estamos vivendo,
primeiramente no estado de São Paulo, quando nós observamos que houve, nos
últimos meses, um aumento de 46% na questão da letalidade, da morte de pessoas,
que estão sendo mortas pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Nós temos dados
e informações que são assustadores. Só em uma das operações da Polícia Militar
na Baixada Santista, nós tivemos muitas mortes. Em 2024, foram 56 pessoas que
morreram durante essas operações, e o ano não terminou. Nós ainda sabemos que
muitos jovens...
Houve 673
mortes até o dia 17 de novembro, o que, comparado com o ano anterior, foi de
460 pessoas. É o segundo ano consecutivo que nós temos aumento das mortes
ocasionadas por enfrentamentos, que acontecem com a nossa Polícia Militar do
Estado de São Paulo.
Eu penso que
alguma atitude a Secretaria de Segurança Pública precisa tomar. Nós não podemos
aceitar... como aconteceu na semana passada, em que um estudante de medicina,
do quinto ano de medicina, tivesse a sua vida ceifada por uma ação desastrosa
da Polícia Militar, e também um menino de quatro aninhos que teve a sua vida
ceifada por conta de uma atuação não tão eficaz, não tão eficiente.
Quero também
fazer algumas considerações em relação ao que a Polícia Federal e o Supremo
Tribunal Federal levantaram esta semana. Nós fomos comunicados da prisão de
cinco pessoas e do indiciamento de 37 pessoas que foram escutadas, aí nos seus
respectivos espaços de redes sociais, e que dialogavam acerca da morte, acerca
do envenenamento do presidente da República eleito pela população do Brasil,
pela maioria da população do Brasil em 2022.
A Polícia
Federal identificou falas de generais do exército, de pessoas do alto escalão
do governo de Jair Bolsonaro que se preparavam para matar o presidente Lula por
envenenamento, para matar o vice-presidente Geraldo Alckmin e para também
assassinar o ministro Alexandre de Moraes.
Quando a gente
sabe que a missão constitucional dos nossos militares e do exército se coloca
como sendo uma atribuição de segurança do Estado brasileiro, de garantia do
Estado Democrático de Direito, de garantia de que as nossas instituições sejam
preservadas, e quando a gente vê que os próprios, que deveriam estar
assegurando essas garantias constitucionais, são aqueles que arquitetam um
golpe para matar um presidente da República, é lamentável.
É lamentável o
papel, deputado Enio, que o Exército Brasileiro cumpriu nesse episódio. Eu
espero, de fato, que aqueles que participaram de alguma forma, que foram
coautores de qualquer dessas decisões, de qualquer dessas situações, sejam
punidos.
E sejam punidos
de forma eficaz, para que a gente não tenha, novamente, que saber que aqueles
que deveriam proteger o Estado brasileiro, que aqueles que deveriam proteger as
instituições, são aqueles que, na calada da noite, montam, planejam e começam a
execução de um golpe de Estado.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado.
Com a palavra o deputado Simão Pedro.
O
SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, nobre deputado Gilmaci, Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, funcionários desta Casa, público em geral que
acompanha os trabalhos legislativos nesta tarde, Sr. Presidente, inscrevi-me
agora no Pequeno Expediente para fazer um agradecimento a toda a solidariedade
que o nosso mandato recebeu nesses últimos 15 dias, em função de uma grave
ameaça de nosso diploma ter sido cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral.
Ameaça essa que nós conseguimos reverter no
dia de ontem quando o tribunal recebeu uma petição da nossa assessoria jurídica
e retirou da pauta o julgamento no plenário das ações que motivavam uma mudança
aqui na Assembleia Legislativa. Então, agradecer a manifestação dos deputados e
deputadas desta Casa, os funcionários, as manifestações dos movimentos sociais,
do nosso eleitorado.
Eu estou aqui
há quase dois anos como deputado diplomado, empossado e em plena atividade. Sou
membro de comissões, membro de uma CPI, com projetos de lei em andamento,
emendas parlamentares em andamento. Então era uma decisão muito ruim ter que
sair assim por um processo que nós entendemos cheio de problemas e falhas.
Então,
felizmente, o Dr. Claudio recebeu a nossa petição e nos concedeu uma liminar.
Não significa que o problema está de todo resolvido. Está suspenso o andamento
desses processos até que se estude melhor, principalmente as consequências a
quem não tem, em cima de quem não tem qualquer responsabilidade.
Essa ação, Sr.
Presidente, originou-se de uma denúncia feita lá no mês de outubro de 2022, que
se transformou em duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral, chamadas
Aijes.
Essas denúncias
tratavam do não cumprimento das cotas de gênero, ou seja, do não cumprimento da
participação de mulheres nas chapas do PTB e do PROS, partidos já extintos e
que não tiveram o menor interesse, deputada Monica, em fazer a sua defesa e
assim por diante. Então, o processo ocorreu à revelia no TRE, sem a devida
defesa de quem poderia ser envolvido no assunto.
Então,
corretamente, o Tribunal Superior Eleitoral, com a preocupação de coibir esse
tipo de crime e burla da legislação das cotas, que é algo que nós defendemos...
Eu sou do Partido dos Trabalhadores, e o Partido dos Trabalhadores é muito
zeloso em relação ao cumprimento das cotas de mulheres em suas chapas.
É o partido que
elegeu muitas mulheres em sua bancada aqui, e que nós estávamos sendo
penalizados por algo que nós não cometemos. Então, nós apontamos ao TRE três
problemas principais.
Primeiro, a
súmula do TSE, que determina a retotalização dos votos quando ocorre um
problema desse, ou seja, quando o Tribunal cassa os votos daqueles partidos que
cometeram a infração e pune as pessoas que infringiram a norma, os
responsáveis, isso está correto. O problema é quando ele determina uma
retotalização dos votos de uma forma geral, e aí tem uma remontagem das
bancadas nas Casas Legislativas onde o problema se deu.
Então, no caso
das chapas do PTB e do PROS, para deputado estadual em São Paulo, os votos foram
extintos. Então o Tribunal determinou a partir de uma súmula do TSE de maio
passado, editada em maio, Súmula nº 73, de 2024. Então, o que nós apontamos?
Primeiro, o
Tribunal Eleitoral estava pegando uma súmula de maio e aplicando sobre
processos de 2022, que deveriam ter sido julgados ali naquele período antes da
diplomação e antes da posse. E olhe que a Assembleia Legislativa é a única no
Brasil que toma posse cinco meses e meio depois da eleição.
Segunda coisa,
você não pode, a Constituição não permite que uma terceira pessoa que não tem
nada a ver pague a pena daqueles que cometeram o crime, a infração. E nós
estávamos sendo condenados a pagar um crime que o PTB e o PROS cometeram.
E a última
coisa, deputado Gilmaci, é que qualquer processo na sociedade, a nossa
legislação, por exemplo... Se eu sou motorista, tenho uma carteira de
motorista, cometo infrações de trânsito, acumulo pontos e eu posso perder a
minha carteira de motorista em função das infrações que eu cometi, o cidadão
que cometeu as infrações tem direito de se defender antes de perder a carteira.
No nosso caso,
nós nem sabíamos dessas ações, não tivemos o direito de nos manifestar, então
isso infringe direitos constitucionais importantes. Então, felizmente, o
tribunal, através do Dr. Cláudio Langroiva...
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão, deputado.
O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Ele atendeu, entendeu que era uma
situação extremamente complicada, nos deu uma liminar, suspendendo a ação - não
significa que resolveu totalmente - e nós entramos então agora com uma arguição
de descumprimento de preceitos fundamentais no Supremo Tribunal Federal para
que esse assunto seja resolvido no âmbito federal também, no âmbito do
tribunal, para que se corrija este problema que se criou.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Para conclusão, deputado.
O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Deputado Gilmaci, essas não são as
duas únicas ações que correm no tribunal. Pelo menos tem outra dezena de
processos que podem, novamente, vir a afetar aqui a institucionalidade desta
Casa, a tranquilidade desta Casa. Então, era importante que a gente ficasse
atento e a gente também dialogue no plano federal...
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Por favor, deputado, para conclusão.
O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Para que esse assunto seja
corrigido e que a punição devida e necessária que nós defendemos a quem comete
as infrações, principalmente na cota de mulheres, seja plenamente atingida.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, por gentileza, a
conclusão.
O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Muito obrigado.
Então, era
isso, Sr. Presidente.
Eu queria
agradecer e vamos à luta.
Obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputado. Deputado Luiz Claudio Marcolino, com a palavra.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras.
Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, os alunos que
nos acompanham aqui pelo plenário, que nos acompanham em casa. Sr. Presidente,
eu vou trazer um tema do dia de hoje, que foi muito debatido nas últimas
semanas, em relação ao 6x1.
Muitas vezes, o
trabalhador ou a trabalhadora, em um momento democrático do nosso país, na escolha
de um deputado federal, de um senador, de um deputado estadual, muitas vezes
não tem a dimensão da importância do seu voto.
Eu quero tratar
um pouco sobre as eleições de 2014, em que, no estado de São Paulo, foram
eleitos 70 deputados federais. Em novembro de 2017, pós-golpe no Brasil, quando
Temer assume a Presidência do Brasil dando um golpe na presidenta Dilma, ele
apresenta em 2017 uma proposta de reforma trabalhista que desmonta a
estruturação do emprego no nosso país. É importante um diálogo sobre essa
reforma trabalhista. Quem fez essa reforma foram os deputados federais que
foram eleitos em 2014.
Ali, além do
não debate sobre a redução da jornada de trabalho, que acabou acontecendo nos
últimos dias, com o 6x1, temos um problema muito sério, que é o PJ exclusivo.
Até novembro de 2017, para você ter um trabalhador PJ trabalhando em uma
empresa, era necessário que tivesse uma empresa por trás.
Vamos imaginar
o setor bancário: para contratar um analista de sistemas no banco Itaú, no
banco Bradesco ou no banco Santander, por exemplo, para ele contratar um
analista de sistemas, ele teria que contratar a IBM ou outra empresa para
prestar serviço na instituição financeira. Hoje, os bancos podem fazer essa
contratação direta.
É a mesma coisa
nos hospitais. Nos hospitais, você teria que fazer um processo de contratação,
a partir de concurso público, do médico. Nos últimos anos, tanto o PSDB quanto
o Tarcísio agora, vêm fazendo as OSs, que acabam depois contratando o médico.
Agora, a lei
permite que você possa contratar um médico por um dia, por algumas horas, às
vezes por uma semana. Então, essa determinação, essa autorização, quem aprovou
foi a reforma trabalhista de novembro de 2017, que aprovou o PJ exclusivo.
Além do PJ
exclusivo, o trabalhador ou trabalhadora que viesse a trabalhar no sábado, no
domingo, no período noturno, ele teria uma hora extra diferenciada, em alguns
casos de 100 por centro.
Em novembro de
2017, a reforma trabalhista criou o PJ exclusivo. Além do PJ exclusivo, ela
autorizou que pudesse ser feito um banco de horas diretamente com o
trabalhador, sem passar por um contrato coletivo ou convenção coletiva entre os
sindicatos e as empresas do nosso País.
Então, hoje
você não tem mais a figura da hora extra e você tem ali o banco de horas. Nós
já começamos a perceber que há hoje algumas empresas que não conseguem mais
contratar o trabalhador para o final de semana, trabalhador para o período
noturno, porque hoje o pessoal começa a registrar corretamente, porque ele quer
receber hora extra por aquele trabalho extraordinário que ele fez, não apenas o
banco de horas.
Estou trazendo
essas questões porque, combinado com o 6x1, que é a questão da redução jornada
de trabalho, também tem que ter o fim do PJ exclusivo, o fim do banco de horas individual
e também temos que acabar com a terceirização indiscriminada, porque é isso que
está desmontando ou criando a possibilidade de você ter OSs em todos os espaços
dos hospitais do estado de São Paulo.
Quando a
terceirização deixa de ser uma terceirização para a área de limpeza, para a
área de manutenção, para a área de segurança e você autoriza a terceirização em
todos as áreas de uma empresa, é o que acontece nos hospitais hoje, em que
estamos vendo setores e setores dos hospitais do estado de São Paulo sendo
terceirizados.
Então, esse é
um debate que nós teremos que fazer não só aqui na Assembleia Legislativa, mas
também na Câmara Federal e no Senado Federal, porque temos que revogar essa
decisão que aconteceu em novembro de 2017, pois na reforma trabalhista você
criou o PJ exclusivo, o banco de horas individual e também acabou criando um
desmonte da estrutura trabalhista no nosso País, que tem que ser revogado.
Obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra, a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Enio
Tatto.
O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, deputado Gilmaci, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste pela TV Alesp e pelas redes sociais. Sr. Presidente, eu subo a esta tribuna para lamentar o cancelamento da audiência pública que ia tratar sobre o projeto da Nova Raposo. Lamentar profundamente o modo como foi feito esse cancelamento.
Primeiro, um pequeno histórico. Eu apresentei um requerimento a pedido do movimento “Nova Raposo, Não!”, entidade que está lutando para discutir essa obra. Eu apresentei o requerimento na Comissão de Transportes e Comunicações dia 25/4/24; foi aprovado na Comissão, por unanimidade, dia 15/5/24, um mês depois.
Do dia 15/5 ou 15 de maio, até hoje, dia 20, segunda-feira, nós ficamos lutando o tempo todo, cobrando da Comissão, para que se marcasse essa audiência pública para tratar de uma obra tão importante que é a Nova Raposo.
Uma parte fica na capital de São Paulo, e vai ter um impacto enorme para a região de São Roque, de Cotia, de Carapicuíba. Enfim, uma obra que a população tem muita divergência, tem muita coisa para lamentar e defender o contrário.
Nós ficamos conversando e cobrando na Comissão, deputado presidente Madalena, para receber aqui, para conversar sobre essa obra, o secretário de Parcerias em Investimentos, o Rafael Benini, e, também, o presidente da Artesp, que à época era outro, e agora é o diretor presidente, o André Isper Rodrigues, que foi nomeado há pouco tempo.
Eles tiveram desde maio para vir aqui fazer essa discussão com a Assembleia Legislativa, para ouvir a população, os moradores, os comerciantes, os prefeitos, os vereadores de toda aquela região e daqueles municípios.
Pois bem, eles arrumaram uma data para a segunda-feira passada, ontem, às 17 horas. Qual foi a surpresa: no domingo, o presidente da Casa me liga e fala que os dois que estavam sendo convidados para vir aqui discutir a Nova Raposo não poderiam vir no dia de ontem e queriam adiar, pediram um adiamento, um cancelamento da audiência pública no dia de ontem.
Qual é o problema? O problema é que o leilão está programado para o dia 28 dessa semana. Como a gente vai fazer uma audiência pública depois de o leilão já ter sido feito, já ter um ganhador?
O que a população daquela região queria discutir era o projeto todo, o impacto ambiental que dará naquela região, os pedágios, a quantidade de árvores suprimidas, têm nascentes naquele trecho. Eles queriam discutir isso. Eles queriam discutir qual era a viabilidade, qual era o melhor modelo para a gente melhorar o trânsito daquela região, que é importante.
Nada disso foi possível por conta de o governador não querer essa discussão, o secretário de Parceria em Investimentos não querer essa discussão e o presidente da Artesp também. Por quê? Porque é muito mais fácil tratorar, não precisar discutir não só a população que mora naquela região, mas a população do estado de São Paulo.
É um investimento que vai chegar em 7,9 bilhões. Como a gente vai ter um investimento, uma obra tão importante como essa, e a Assembleia Legislativa, a comissão adequada para discutir esse assunto, não vai fazer uma audiência pública para discuti-lo? Uma obra tão importante.
Como foi colocado aqui, é a vontade de vender tudo no estado de São Paulo, é a vontade de entregar tudo para a iniciativa privada, sem ouvir a população e sem verificar as pessoas que vão ser mais prejudicadas, que é justamente a população que mora naquela região. É lamentável.
Essa concessão vai ter prazo de 30 anos, e essa obra vai ser feita sem nenhuma audiência pública na Casa Legislativa, que é o local em que a gente pode discutir com a população, pode mudar o projeto ou até cancelar. Dessa forma, fazendo a audiência pública na próxima segunda-feira, depois do leilão, Sr. Presidente, não vai dar para mudar nada, porque o leilão já foi feito.
Vai ter uma empresa vencedora, e o governo vai conceder, mais uma vez, essa rodovia, e com todos os problemas para a população daquela região. São mais de 180 mil carros que passam por dia, porque ali está perto do Rodoanel, e essa obra, esse projeto, essa concessão não teve nenhuma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para discutir esse assunto. Lamentamos muito.
Para finalizar, terá uma audiência pública na Câmara Municipal de São Paulo, porque faz parte também desse trecho, mas não terá audiência pública antes do leilão aqui na Assembleia Legislativa.
É lamentável essa omissão desta Casa e lamentável o boicote que o governo Tarcísio e o secretário de Parcerias em Investimentos do estado de São Paulo tiveram nesse assunto tão importante para a cidade de São Paulo, para o estado de São Paulo e, principalmente, para os moradores daquela região.
Era isso, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra o deputado Danilo Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos.
Cumprimentar o Sr. Presidente, deputado Gilmaci
Santos. Quero cumprimentar as Sras. Deputadas, os Srs. Deputados,
aqueles que nos acompanham pela Rede Alesp, cumprimentar o público presente nas
galerias, as assessorias.
Quero
cumprimentar os policiais civis, cumprimentar os policiais militares e já,
desde então, declarar meu total e absoluto apoio à nossa gloriosa Polícia
Militar, que tem feito um trabalho excepcional, juntamente com a Polícia Civil
e o Ministério público, aqui no estado de São Paulo.
Os números
mostram o menor índice de homicídios desde a contagem na série histórica,
deputado Major Mecca. Todos os indicadores de crimes baixando no estado de São
Paulo.
Então fica aqui
todo o meu apoio à Polícia Militar, homens e mulheres valorosos que saem às
ruas para defender a população paulista, e não para cometer nenhum crime. Se há
confronto, há confronto por escolha do criminoso, não há confronto por escolha
do policial.
Então, que
fique bem claro: o criminoso não é vítima da sociedade. O criminoso que opta
por atacar, por atirar contra um policial não pode esperar outra reação que não
seja o fogo contrário, para que se possa preservar a vida do policial e a vida
de terceiros que estão ali nos arredores. Então, Sr. Presidente, fica primeiro
o meu apoio aos policiais.
Eu gostaria,
mudando de assunto, Sr. Presidente, de dizer que hoje nós tivemos a satisfação
de receber aqui, no maior Parlamento estadual da América Latina, o Sr. Mattanya
Cohen, que é embaixador de Israel e vice-diretor geral do Ministério das
Relações Exteriores de Israel e chefe do Escritório para a América Latina e
Caribe. Por favor, Machado, se puder colocar a foto.
Recebemos
também o cônsul-geral de Israel, Rafael Erdreich, juntamente com o Sr. Ricardo
Berniensztat, que é presidente-executivo da Federação Israelita de São Paulo, e
o meu amigo Samo Tosatti, que é chefe da Assessoria Internacional do Governo do
Estado de São Paulo. Vossa Excelência participou conosco, nos deu a honra da
vossa presença no gabinete da 1ª vice-Presidência, e lá foram tratados assuntos
importantíssimos.
Nós
também apresentamos ao embaixador e ao cônsul o ato que instituiu a Frente
Parlamentar em Defesa da União Brasil Israel e suas Soberanias. Foi instituído
no dia 22 de outubro de 2024.
Vossa
Excelência é membro participante, juntamente com o deputado Major Mecca, a quem
eu agradeço. Estiveram presentes, também, o deputado Sebastião Santos, o
deputado Oseias de Madureira.
Nesse ato
também, Sr. Presidente, eu entreguei nas mãos do Sr. Embaixador e do Sr. Cônsul
um projeto de lei de nossa autoria, de minha autoria, que é o 787/2024, que
institui o dia estadual em memória às vítimas do ataque terrorista promovido
pelo Hamas, em Israel, em homenagem a Kfir Bibas, refém mais jovem desse
terrível acontecimento. Todos nós sabemos dos fatos lamentáveis ocorridos no 7
de outubro de 2023.
Incumbido desse
espírito de se fazer justiça com o Estado de Israel, que foi covardemente
atacado, foram 1.200 vítimas. Sr. Presidente, um comparativo da população de
Israel, em simetria com o Brasil, matar 1.200 pessoas em um dia equivale a
matar 25 mil brasileiros.
Para os
senhores terem ideia, o índice anual de homicídios do ano passado trouxe 40 mil
mortes. Seria, mais ou menos, deputado Major Mecca, como se nós matássemos
metade do que morreu em um ano, pouco mais da metade, em apenas um dia.
Então, para que
tragédias, para que atentados contra povos irmãos, atentados como esse, contra
povos irmãos, não fiquem esquecidos, nós tivemos essa iniciativa de propor a
frente parlamentar e também esse projeto de lei, Sr. Presidente.
Muito obrigado
pelo tempo, muito obrigado por o senhor ter cedido hoje a 1ª vice-presidência
para que nós pudéssemos receber o embaixador e o cônsul e muito obrigado aos
deputados que compõem e comporão a frente parlamentar.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado. Com a palavra a deputada Monica Seixas do Movimento Pretas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Apesar da
forjada normalidade no ambiente político, eu me encontro em estado de choque.
Eu acho que estado de choque deveria ser o estado do Brasil agora, revelados os
detalhes da tentativa de golpe de estado no Brasil e da tentativa de
assassinato de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Não faltam elementos, já há
muito tempo, para que mentores do golpe sejam levados à punição.
Aliás, eu acho
que o Brasil tem uma dívida com o seu povo, uma dívida com a classe política,
uma dívida com os assassinatos na ditadura militar, que foi a não punição
daqueles que empreenderam um golpe de estado no Brasil durante a ditadura
militar que mantém vivo esse espírito entre militares de alta patente no
Brasil.
Hoje eu estava
lendo nos jornais os valores dos salários recebidos, inclusive um general
envolvido diretamente no assassinato e na ocultação do cadáver de Rubens Paiva
- está em voga agora esse caso, todo mundo está acompanhando pelo cinema, pela
história contada no cinema, da família Paiva, inclusive nossos amigos, meus
amigos, inclusive -, esse general recebe dos cofres públicos, nunca condenado,
mensalmente, 35 mil reais. Nunca fez as contas com a Justiça por esse
assassinato e continua assalariado com dinheiro público.
Aliás,
assalariados com dinheiro público continuam todos os militares envolvidos na
trama golpista, inclusive Braga Netto, candidato a vice-presidente, na chapa de
Jair Bolsonaro, em 2022, envolvido até as tampas, recebeu em sua casa os
principais articuladores da tentativa de golpe.
Tratou dos
detalhes da tentativa de assassinato de Alexandre de Moraes. Pediu
financiamento, 100 mil reais, para a hospedagem de militares que se envolveriam
nessa tentativa de assassinato, para o Partido Liberal, o PL - 100 mil reais
para Valdemar Costa Neto. Foi até o cercadinho, incentivar os golpistas, talvez
inocentes úteis, a permanecer acampados, pedindo golpe de Estado.
Golpe de Estado
que não aconteceu, porque, ao que parece, o grande líder que agitou a vida
inteira, que se aliou a essa corja golpista, que durante a Comissão da Verdade
zombou dos mortos da ditadura, dizendo que eram ossos de cachorro etc.,
acovardou-se. Como se acovardou em toda a sua história. Bolsonaro, no último
minuto, fugiu para os Estados Unidos, com cartão de vacina fraudado, com
milhares de reais roubados, de presentes ao governo brasileiro, em joias.
E deixou a sua
trupe, de sanha golpista, sem resposta, se ia ou não assinar o decreto do
golpe, impresso na residência oficial da Presidência. Diante desse caso
horroroso, que deveria resultar no cancelamento do partido PL; que deveria
resultar em centenas de prisões; que deveria resultar no cancelamento ao
pagamento dos militares, golpistas, suas mulheres, suas filhas etc.; que
deveria resultar no fim desse equipamento de elite do Exército, que é os “kids
pretos”... a gente tem o governador Tarcísio chamando de narrativa.
Esse, que é
muito bem tratado pela opinião pública, dirigida pela imprensa paulista, não
tem nada de moderado. Vejam a posição dele no Governo do Estado de São Paulo.
Além de
defender a trupe golpista, o que ele fez enquanto governador? É dirigente geral
de uma polícia que mata. E o meu partido está pedindo a investigação de
Tarcísio e de Derrite, pelas excessivas mortes no estado de São Paulo, pela
morte do Ryan, pela morte do estudante que a gente assistiu na semana passada.
E ele empreende
veementemente contra a Educação. Não é à toa que Tarcísio quer fechar escola e
quer abrir escola cívico-militar. Sabem por quê? Porque, nas escolas
cívico-militares, eles estão ensinando crianças que matar é cultura. Mas, mais
do que isso, eles ensinam errado, que não houve ditadura militar nem golpe.
Nos colégios
militares, eles tratam a ditadura militar como revolução, construindo uma massa
de golpistas, uma massa de violência. Hoje não há normalidade no Brasil, não há
democracia enquanto esses golpistas continuarem vivos, livres, tramando contra
o País e organizados em partidos políticos que disputam eleições, que eles
querem destruir. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Com a palavra deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Reis, perdão. Deputado
Reis, que está lá. Deixando V. Exa. para trás, não intencionalmente. Foi um
pequeno lapso. Vossa Excelência tem a palavra, deputado Reis.
O
SR. REIS - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, cumprimentar V. Exa., cumprimentar o
público presente, os deputados, as deputadas, os funcionários desta Casa, os
integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia
Técnico-Científica e todos aqueles e aquelas que nos acompanham pelas redes
sociais.
Presidente, eu
quero deixar registrado, nesse Pequeno Expediente, uma denúncia que eu recebi,
da cidade de Fernandópolis. É uma denúncia grave, que eu já estou inclusive
notificando o Governo. Mas mesmo assim quero pedir para V. Exa. encaminhar as
notas taquigráficas dessa minha fala para o governador de São Paulo e para o secretário
de Educação.
Trata-se se uma
denúncia, que veio formulada por parte de professores, que também não vou
registrar os nomes aqui, porque eu já encaminhei na denúncia. Mas não vou falar
o nome de quem está denunciando para não causar problemas, tanto também o nome
da denunciada, que é a diretora da escola.
Trata-se da
Escola Estadual José Belucio, que fica em Fernandópolis. As denúncias versam
sobre uma suposta obrigatoriedade de alunos realizarem tarefas braçais na
instituição. Pelo que se mostra, é de suma importância reproduzir o relato que
foi me apresentado.
“Na escola, com
frequência os agentes de organização escolar recebiam ordens, e também outros
funcionários, para recrutarem alunos que estavam em aula para executarem
tarefas braçais na escola. Esses alunos eram chamados em grupos de dois, quatro
e até cinco alunos para executar esse serviço.”
O professor
está dizendo que, apesar de perceber que isso prejudicava o aprendizado dos
alunos, ele começou a observar e ficou meio receoso de ser dispensado do
Programa de Ensino Integral, mas teve coragem de mandar essa denúncia.
“Comentários
surgiram. Observei alunos fazendo serviços braçais nos primeiros dias letivos
de 2019. Eu vi alunos carregando pedras portuguesas, aquelas de pavimentar
calçadas, do pátio até uma sala do fundo da quadra, dentro da quadra. Tinha
quase um caminhão dessas pedras, e os alunos as colocavam dentro de um carrinho
e levavam até a sala citada. Vi alunos carregando livros, mesas, armários
lousas, cadeiras, descarregando caminhão com saco de areia, tijolos, e esses
alunos eram retirados de suas aulas para realizar essas tarefas braçais.”
Eu espero que o
governo Tarcísio não esteja dando essa orientação na Secretaria de Educação
para submeter os alunos a esse tipo de tarefa.
“Tinha uma
média de 28 aulas, e mais atividades na sala de professores. A frequência
sugerida era bem mais alta do que as que presenciei. Somente em minhas aulas,
foram seguramente mais de 30 ocasiões onde alunos foram chamados para
desempenhar essas tarefas braçais.”
Aqui ele fala
do vice-diretor - que eu também não vou dizer o nome - que comentou em uma
ocasião o prejuízo na aprendizagem dos alunos. “A maioria dos professores e
funcionários da escola provavelmente presenciaram essa prática na escola,
principalmente as de agentes de organização escolar, que geralmente eram
mandados pela diretora para chamar os alunos na sala de aula para executar as
tarefas braçais.”
Aí ele faz um
relato aqui dos alunos que eram chamados para fazer a limpeza, para carregar
pedra, para carregar areia. Como são menores, também não vou falar o nome
deles. São menores de idade, alunos que carregaram cimento, tijolos.
Até a placa do
caminhão que foi carregado, caminhão pequeno, placa “HQV 9704”, de
Fernandópolis, ou “Hotel, Quebeq, Victor, Nono Sétimo, Negativo, Quarto”, de
Fernandópolis. Tijolos, pó de mico, areia em sacos, materiais de construção, e
esses retirados da escola. Os estudantes estavam usando o uniforme da escola.
Então, eles
ainda faziam isso no horário de aula, e ainda com o uniforme da escola. Esse
trabalho foi realizado no horário de aula. Havia vários comentários, e os
próprios alunos podem confirmar essas informações.
Então, eu não
vou ler todo o término. Eu já fiz aqui um ofício para o secretário de Educação,
pedindo para ele, perguntando a ele se a Secretaria tinha ciência acerca de
tais condutas que supostamente ocorreram na Escola Estadual José Belucio,
situada em Fernandópolis.
Se caso
positivo, qual foi a providência tomada? Em casos negativo, agora que toma
ciência, qual será a providência tomada? A direção da aludida escola de ensino
possui algum procedimento disciplinar em seu desfavor? Qual a sua situação
perante a administração pública?
Estou no
aguardo dessas informações que encaminhei para o Sr. Renato Feder, secretário
da Educação do estado de São Paulo. Então eu deixo registrado na data de hoje.
E quero
repudiar se somente é nessa escola que está acontecendo isso, ou se no interior
em outras escolas os alunos estão sendo submetidos a trabalhos forçados
para carregar areia, carregar pedra, para a reforma da escola, para a
limpeza da escola, que isso não é papel de estudante.
Quero crer que
a Secretaria da Educação...
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Conclusão deputado, por favor.
O SR. REIS - PT - Para concluir, Sr. Presidente. Eu quero crer que a
Secretaria da Educação tenha pessoas qualificadas, contratos para executar
esses trabalhos e não fazer uso dos alunos, dos adolescentes que estão ali
sendo submetidos a trabalhos forçados.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Obrigado deputado. Com a palavra a deputado Ediane Maria. (Pausa.) Deputado
Major Mecca.
O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde,
Sr. Presidente. Todas as deputadas e deputados que estão na Casa hoje, os
nossos policiais militares, policiais civis, a todos os funcionários que
nos dão suporte e apoio ao nosso trabalho parlamentar, a todos que estão
na galeria, sejam muito bem-vindos. Presidente, gostaria de
ressaltar, aqui na tribuna desta Casa Legislativa, uma ocorrência que
aconteceu hoje, durante a madrugada, na cidade de Araçoiaba da Serra.
Dois
patrulheiros encontravam-se embarcados na viatura, zelando pelos
cidadãos daquela cidade, foram cercados por indivíduos em dois veículos e
essas pessoas, esses criminosos que estavam nesses veículos, efetuaram
vários disparos contra a viatura, sendo que os dois policiais militares
foram alvejados e foram socorridos ao hospital mais próximo.
É importante
nós trazermos essa rotina dos policiais do estado de São Paulo no combate
ao crime, pois são heróis, homens e mulheres que arriscam a sua
vida diuturnamente para defender a vida do cidadão de bem, do trabalhador.
É importante, aqui nesta tribuna, nós mostrarmos a todos vocês quem são os
policiais do estado de São Paulo, o que fazem e as dificuldades que
atravessam.
São vários os
policiais mortos em confronto em todo o estado de São Paulo e em todo o Brasil.
Nós tivemos, só no litoral sul do estado de São Paulo, cinco veteranos,
cinco policiais aposentados, mortos num período de 15 dias, assassinados
na porta de sua casa varrendo a calçada por criminosos covardes que,
infelizmente, são soltos em audiências de custódia, são beneficiados com
saída temporária, visita íntima, inúmeros outros benefícios.
Nós
acompanhamos, todos nós, vocês que estão em casa, acompanham, deputados da
esquerda, se estão aqui, que 54 pessoas foram mortas no litoral
paulista; 54 pessoas que praticavam crime e atiraram contra os
policiais. É a verdade dos fatos.
E nós sempre
estaremos aqui para mostrar a verdade, trabalhar e lutar por esses homens e
mulheres, como trabalhamos e temos como prioridade... O presidente desta sessão,
o deputado Gilmaci, já conhece o Projeto de lei Complementar nº 135, que será
nossa prioridade no ano que vem.
Estaremos
trabalhando por todos os nossos patrulheiros, agradecendo sempre ao governador
Tarcísio de Freitas, ao secretário Derrite, pelo belíssimo e competente
trabalho que estão fazendo em São Paulo, não só no combate ao crime organizado,
como na diminuição de todos os índices criminais. Trabalho extremamente
sacrificante aos nossos policiais, mas é em nome e benefício da população.
Para concluir,
Sr. Presidente, eu queria aqui desejar ao cabo Márcio Rabelo, que trabalha aqui
nesta Casa... O cabo Márcio Rabelo serve há 33 anos na Polícia Militar do
Estado de São Paulo e hoje ele tira o seu último turno de serviço.
Presidente, ao
cabo Márcio Rabelo, que Deus o abençoe nesse novo período. Que sua família
possa, enfim, desfrutar do seu convívio diário. Fique com Deus, meu irmão, e a
gratidão do povo do Estado de São Paulo aos seus serviços prestados.
Parabéns.
Obrigado,
deputado.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Nesse momento, nós estamos encerrando o Pequeno Expediente.
*
* *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Entrando
no Grande Expediente, chamamos para fazer uso da palavra, em permuta com a
deputada Leci Brandão, o deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente Gilmaci Santos, queridas estudantes e
estudantes de diversas escolas, eu ainda não sei o nome da escola, mas quero
dar aqui as boas-vindas e agradecer por essa saudação especial.
E quero
justificar que, nesses últimos dois meses, eu não pude vir aqui em função de
ter sido uma situação de saúde que fez com que os médicos recomendassem a mim
que eu pudesse evitar abraços, beijos e conglomerações. Então eu precisei,
ainda mais durante a campanha eleitoral, trabalhar mais de casa.
Fiz cerca de
300 gravações de apoio a candidatos a prefeito, a vereador em São Paulo, nos
mais diversos lugares do estado e do Brasil, mas, felizmente - depois de ter
tido um diagnóstico que eu estaria com um problema sério de saúde -, felizmente
os últimos exames deram que eu estou liberado da doença grave que eu estaria. E
agora eu voltarei aqui, acredito que de dezembro em diante, com toda a saúde.
Mas eu gostaria de tratar hoje de dois temas.
O primeiro
sobre a decisão do Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, de revisão dos
preços dos serviços funerários na cidade de São Paulo, que poderá reduzir em
até 78,6% o custo de um velório no município.
Na “Folha de S. Paulo”, são destacados alguns pontos. “Atualmente, o valor do pacote mais básico praticado pelas quatro concessionárias que operam o serviço na capital é de 1.500 reais. Com a mudança estabelecida por Dino, o preço do velório mais simples sairá próximo de 320 reais. Antes de a concessão entrar em vigor, a prefeitura, responsável pela operação do serviço, cobrava 299 reais pelo velório mais simples.
A decisão em caráter liminar, temporário, do ministro Flávio Dino, publicada no domingo, dia 24, obriga o município a retomar a comercialização e a cobrar pelos serviços tendo como parâmetro os valores máximos praticados antes da privatização.
A ‘Folha de S. Paulo’ mostrou, em março do ano passado, que as concessionárias, logo quando começaram administrar os cemitérios, elevaram em até 400% os preços nas categorias mais simples. Entre os serviços com aumento na concessão estão ainda o sepultamento, a cremação, o aluguel de sala para velório, o aluguel de paramentos litúrgicos e a compra de arranjos florais.
Como exemplo, o caixão mais barato, que custava 147 reais na prefeitura, é oferecido hoje a 695 pelas concessionárias, uma alta de 372 por cento. Já o serviço de carro para enterro saltou de 20 reais para 106 reais.
Por outro lado, as empresas reduziram consideravelmente os valores dos serviços para o público de elite. O caixão na categoria de luxo, que custava 5.500 reais sob a gestão da prefeitura, caiu para 2.900 reais entre concessionárias.
Na decisão, o ministro responsabiliza a gestão Nunes para que a liminar seja colocada em prática. ‘Caberá à administração municipal as providências que considerar cabíveis para o cumprimento da liminar, mantendo ou não os contratos de concessão, e em que termos’, escreveu Dino.”
A decisão é fruto de uma arguição de descumprimento de preceito fundamental do partido PCdoB, contestando a gestão privada de cemitérios e crematórios e solicitando que o município reassuma o serviço. O partido afirma haver graves lesões ao preceito fundamental da dignidade da pessoa humana. Achei a decisão do Supremo Tribunal Federal de extrema importância para a população de São Paulo.
O segundo assunto é uma notícia do G1 que informou que a Justiça de São Paulo aceitou a primeira denúncia contra policiais militares envolvidos em mortes durante a Operação Verão, que terminou com 56 mortos no início do ano, na Baixada Santista.
“Dois agentes da Rota, tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo, viraram réus por homicídio qualificado. Eles simularam confronto e alteraram a cena do crime, segundo os promotores.
Os agentes da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a Rota, Diogo Souza Maia e Glauco Costa, viraram réus por homicídio qualificado e foram afastados das ruas nove meses após o crime. É urgente e necessária a denúncia, a investigação e a responsabilização dos culpados dos assassinatos cometidos pela polícia do estado de São Paulo.
Gostaria de informar a todos vocês que os trabalhos do grupo de trabalho que sugeri ao presidente Lula, que desde março está estudando os passos a serem dados prevendo a instituição da Renda Básica, um dia universal e incondicional...
Esse estudo será apresentado ao “Conselhão”, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável será apresentado ao chamado “Conselhão”, onde estará o presidente da República e todos os seus ministros no próximo dia 12 de dezembro.
Esse estudo vai
mostrar como será possível, ao longo dos próximos anos, gradualmente, se passar
do programa “Bolsa Família” até chegarmos ao direito universal e incondicional
de todas as pessoas, não importa a origem, a raça, o sexo, a idade, a condição
civil ou mesmo socioeconômica, de participarmos da riqueza comum de nossa
Nação. Avalio que isso seja do interesse de todas as pessoas. É importante que
cada um de nós saiba quais são as vantagens de uma renda básica incondicional.
Ainda hoje, a
imprensa informa que o presidente do Suriname resolveu seguir o exemplo do
Alasca de separar uma parcela dos royalties decorrentes da exploração do
petróleo para instituir um fundo que vai pagar a todos os habitantes do
Suriname uma renda básica anual, senão mensal.
Que vantagens
há? Eliminamos inteiramente a burocracia envolvida em se ter que saber quanto
cada um ganha no mercado formal ou informal; eliminamos qualquer sentimento de
estigma, de vergonha de a pessoa precisar dizer: “eu só recebo tanto, por isso
mereço tal cumprimento”, mas é do ponto de vista da dignidade, da liberdade do
ser humano, que nós teremos a maior vantagem naquilo que, por exemplo, o grande
prêmio Nobel de Economia Amartya Sen diz em “Desenvolvimento como liberdade”:
“desenvolvimento, se for para valer, deve significar maior grau de liberdade
para todos na sociedade”.
Ele conta o que
aconteceu quando tinha dez anos de idade. Certo dia, brincando no jardim de sua
casa, que ficava em Daca, hoje capital de Bangladesh - era Índia -, seu pai era
um bom professor e moravam em uma boa casa... ele brincando ali, de repente,
entrou um homem correndo, gritando por socorro, esfaqueado nas costas. Ele
chamou seu pai, que logo veio, e acompanhou o seu pai, levando aquele homem
para o hospital.
No caminho,
Kader Mia disse: “bem que minha mulher tinha me avisado para não vir a este
lugar tão perigoso, mas eu não tive outra alternativa” - Sr. Presidente, já vou
concluir - “senão vir aqui neste bairro encontrar um trabalho para dar o
sustento da minha família”. Mas, ao chegar no hospital, teve uma forte
hemorragia e veio a falecer.
Então, conclui
Amartya Sen, tipicamente esse homem não tinha liberdade real, precisou colocar
sua saúde e vida em risco para conseguir um trabalho que pudesse dar o sustento
da sua família. Para aquela mãe que, não tendo alternativa para dar de comer em
casa, resolve se prostituir no Parque da Luz, como eu fui lá conversar com
elas, ou para aquele rapaz que vocês conhecem bem...
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, para conclusão, por
gentileza.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Terminando, aquele rapaz que vocês
conhecem bem, que, não tendo alternativa para auxiliar o orçamento da família,
resolve se tornar o aviãozinho da quadrilha de narcotraficantes, como o
personagem que vocês conhecem, do “Homem na estrada”, do Mano Brown, dos
Racionais MC’s. O homem na estrada recomeça o seu caminho, a sua dignidade, a
sua liberdade, que foi perdida, subtraída, quer mostrar a si mesmo que
realmente mudou, que se recuperou, quer viver em paz e dizer ao crime “nunca
mais”...
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, por gentileza, para
conclusão.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - O dia em que houver para si e
para cada membro da sua família uma renda básica suficiente para atender as
suas necessidades vitais, essas pessoas poderão dizer...
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Por gentileza, para a conclusão.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - (Manifestação nas galerias.) Eu
não consigo aceitar qualquer oferta que vai ferir a minha dignidade.
O SR.
PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Vamos convidar para a palavra,
em permuta com o deputado Dr. Elton, com a palavra deputado Guilherme Cortez.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Muito obrigado, Sr. Presidente
Gilmaci.
Muito obrigado.
(Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS -
REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado. É uma honra. Vossa Excelência seja
bem-vindo de volta a esta Casa, deputado. Deputado Guilherme Cortez.
(Manifestação nas galerias.)
Deputado Guilherme Cortez, V. Exa. tem
o tempo regimental de até dez minutos.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - (Manifestação nas galerias.) Muito boa tarde,
presidente, meus colegas deputados, servidores desta Casa, e sobretudo o
público presente, composto principalmente por estudantes e professores, que
estão aqui lutando em defesa da educação pública do estado. Vocês são sempre
muito bem-vindos.
Chego a me
emocionar de poder ser antecedido pelo deputado Suplicy, que está retornando
para esta Casa hoje, depois de um bem-sucedido tratamento médico. Esta
Assembleia Legislativa, tão insólita, que, por pessoas como o Suplicy, se torna
um pouco mais humana e um pouco mais conectada com os anseios da população.
Então dizer,
Suplicy, que a sua volta para cá é motivo de imensa alegria para todos nós. Que
nós ficamos mais fortes com o seu exemplo. E comemorar também a decisão liminar
do Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo, dando efeito suspensivo
a uma decisão arbitrária e injusta, que afastaria o mandato de um outo
deputado, imprescindível para esta Casa, que é o deputado Simão Pedro. É um
grande amigo meu, professor meu, que faz um mandato exemplar para o estado de
São Paulo.
Seria uma
injustiça sem tamanho, não só para o Simão, não só para esta Casa, não só das
regras eleitorais; mas uma injustiça contra o povo do estado de São Paulo,
perder um mandato tão importante quanto o do deputado Simão Pedro. Então eu
queria comemorar a volta do Suplicy, gloriosa, para esta Casa, e do deputado
Simão Pedro. (Palmas.) (Manifestação nas galerias.)
Dando
continuidade, quero falar de alguns temas. Primeiro, os professores e os
estudantes não me deixam mentir. Hoje continua a discussão da famigerada PEC 9.
No segundo turno de discussão da PEC 9.
Para quem ainda
não sabe, é uma proposta para mudar a Constituição do Estado de São Paulo e
reduzir o piso. O que é o piso? É o mínimo obrigatório que o estado de São
Paulo precisa investir na educação pública. Hoje esse piso é de 30%, como foi
aprovado na Constituinte Estadual de 89.
Agora o
governador Tarcísio, com o apoio dos seus deputados da base de apoio, quer
reduzir o mínimo. Ou seja, poder investir na rede estadual, menos do que hoje,
é considerado o mínimo.
O que, sem
sombra de dúvida, apesar do malabarismo retórico que alguns tentam fazer para
tentar suavizar, tornar menos pior uma medida que é absolutamente antipopular,
é um projeto que vai prejudicar a educação pública do estado de São Paulo.
Vai abrir
margem para se reduzir o investimento da rede estadual, que hoje, com 30%
garantido, ainda assim, a gente tem uma rede estadual precarizada, sucateada,
com escolas com problema de limpeza, de infraestrutura, com falta de
professores.
Com escolas em
que os professores sofrem com a violência. Com escolas sem condições mínimas
para que os nossos alunos possam aprender. É óbvio que tudo isso vai ficar
muito pior se a gente reduzir o mínimo. Volto a dizer, o mínimo que hoje se
prevê para estadual de ensino.
Nessa mesma
toada, nós recebemos a notícia de que, de acordo com a Apeoesp, o Governo do
Estado de São Paulo pretende fechar, para o ano que vem, 101 salas de aula do
período noturno, em 43 escolas do estado. Ou seja, é um projeto muito claro e
muito bem definido do Governo.
Por um lado,
você precariza a rede estadual fechando turmas, excluindo o estudante do seu
aceso ao ensino. Por outro, você reduz o investimento na rede estadual de
ensino com essa PEC.
A
conclusão é que, com a escola precarizada, sucateada, você justifica que ela
tem que ser entregue para iniciativa privada, como o Governo está fazendo
agora, entregando a gestão de escolas estaduais para empresas.
Então, com
certeza essa PEC vai seguir contando com toda a nossa oposição, mas, volto a
dizer, a oposição mais importante neste momento está do lado de fora da
Assembleia. Porque aqui dentro nós somos minoria e aqui dentro o Tarcísio
compra o voto dos deputados com as emendas parlamentares. Só a pressão da
sociedade aqui nas galerias e fora desta Casa que podem fazer a gente reverter
esse jogo.
Segundo lugar,
presidente, quero falar sobre a greve dos trabalhadores da PepsiCo. A PepsiCo é
uma multinacional americana que é dona de uma série de marcas muito populares,
como a própria Pepsi, Cheetos, Doritos, Toddy, uma série de marcas que a gente
costuma consumir.
Hoje os
trabalhadores da PepsiCo da unidade de Sorocaba e da unidade de Itaquera estão
em greve contra a abusiva jornada de trabalho da escala 6x1. Essa é a primeira
greve contra a escala 6x1 que a gente tem registrada aqui no Brasil, e vem na
sequência de um grande movimento no Congresso Nacional, nas redes sociais, para
que a gente possa abolir a escala 6x1.
A escala 6x1 é
aquela em que a pessoa trabalha continuamente durante seis dias e só tem um dia
de folga. Em um dia de folga você não tem tempo para ficar com a sua família,
para estudar, para ir à igreja, para relaxar, para desenvolver a sua vida além
do trabalho, porque a nossa vida não é só trabalhar e, com um dia só de
descanso, ninguém consegue viver plenamente a sua vida.
Por isso, todo
o apoio aos trabalhadores da PepsiCo que estão em greve, a todo o movimento
“Vida Além do Trabalho”, e todos os trabalhadores que estão se mobilizando hoje
contra a abusiva e absurda escala de trabalho 6x1.
Em terceiro
lugar, presidente, eu quero comemorar e agradecer aos colegas deputados, porque
nós conseguimos a quantidade mínima de assinaturas necessárias para protocolar
duas CPIs muito importantes para o estado de São Paulo.
A Assembleia
Legislativa, pelo menos em tese, deveria ser uma instituição independente do
Governo do Estado e que deveria servir para fiscalizar o Governo e para
investigar tudo que existe de errado, de irregular no estado de São Paulo. Por
isso as CPIs são muito importantes, as Comissões Parlamentares de Inquérito.
Nós conseguimos
a quantidade mínima de assinaturas para protocolar a CPI da homofobia, uma CPI
que tem o objetivo de investigar o aumento de casos de violência contra a
população LGBT aqui no estado de São Paulo.
Segundo um
levantamento do Instituto Pólis, só de 2015 a 2023 - que não por coincidência é
o período em que a direita está à frente da Prefeitura de São Paulo -, nós
vimos os números de caso de violência contra a população LGBT na cidade de São
Paulo aumentarem 970% e especialmente uma demonstração desse crime nos
perturba, que são os assassinatos, os desaparecimentos, os sequestros a partir
de encontros marcados por aplicativos de relacionamento.
Essa proposta
de CPI é em memória do Leonardo Rodrigues Nunes, um jovem mais novo que eu, de
só 24 anos, que este ano desapareceu e foi assassinado em uma emboscada.
Infelizmente, esse não é um caso isolado. A gente tem uma série de casos sendo
registrados ao longo dos últimos anos de pessoas LGBTs sendo sequestradas,
sendo assaltadas, sendo assassinadas nessas emboscadas.
Por isso, quero
agradecer aos deputados que assinaram a nossa CPI, e esperar, pressionar,
cobrar, para que a gente possa ver essa CPI ser instaurada nesta Casa, para
solucionar, para investigar e para que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo não se furte da sua
responsabilidade de zelar pela vida de todas as pessoas, inclusive da população
LGBT.
A segunda CPI
que nós conseguimos o número de assinaturas para protocolar é igualmente
importante. É uma CPI que tem um objetivo de investigar as queimadas ilegais no
estado de São Paulo. Este ano todos os deputados ficaram comovidos, assustados,
indignados, porque a gente registrou em São Paulo um recorde de queimadas como
não se via há 26 anos.
Eu, nesta época
do ano, estava na região de Franca, que foi uma região
especificamente atingida pelas queimadas, e o rastro de destruição é
gigantesco.
Essas
queimadas, de acordo com o que a ciência, a inteligência, as forças de
segurança nos apontam, não foram provocadas por causas naturais, embora
tenham sido agravadas pelo aquecimento global, pela estiagem, pela secura,
foram queimadas provocadas por ação de criminosos, de fazendeiros, do
crime organizado, de pessoas que botam fogo no mato, na terra, para
ter alguma vantagem com isso e colocando em desvantagem o nosso meio
ambiente e a vida de todos nós.
Portanto,
também é responsabilidade da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo dar uma resposta para essas queimadas, para esses criminosos e
formular o que nós, enquanto deputados, podemos fazer para prevenir o
estado de São Paulo da ocorrência de queimadas como essa, sobretudo num
momento em que a ciência alerta a gente e que o meio ambiente dá
demonstrações para a gente da gravidade da crise climática, da emergência
climática que nós vivemos.
Então, também
gostaria de agradecer aos deputados que assinaram as nossas propostas de
CPI e fazer um apelo de que nós possamos, no ano que vem, ver essas CPIs
instaladas, porque precisam discutir temas muito importantes para o estado
de São Paulo que essa Assembleia Legislativa não pode se furtar.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Obrigado, deputado. Com a palavra, por sessão de tempo do deputado André
Bueno, deputado Paulo Mansur, por até 10 minutos.
O SR. PAULO MANSUR -
PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Uma
boa tarde a todos. O deputado Guilherme Cortez falou aqui em emenda
parlamentar, que nós da base do governo recebemos do governo Tarcísio, que
é uma mentira. O recorde de
emenda parlamentar foi do governo Lula, agora no ano eleitoral, de 30
bilhões de reais.
É só vocês
colocarem no Google e escreverem assim: “Lula, emendas parlamentares”.
Escrevam no Google isso, emendas parlamentares, vai estar lá, recorde de
emendas parlamentares para deputados, valor pago no ano eleitoral, 30
bilhões de reais.
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado, só um minutinho, por
gentileza. Deputado Paulo Mansur, vou parar o tempo de Vossa Excelência.
Senhoras e senhores, nós estamos começando mal. O deputado, nós estamos no
Pequeno Expediente, o deputado tem a tribuna ali para debater.
Como o deputado
Cortez fez, senhoras e senhores, deixa eu terminar de falar que a gente
vai tentar resolver e levar essa sessão da melhor maneira
possível. Então, o deputado Cortez falou o que quis, o deputado Suplicy,
outros deputados e também o deputado tem o direito. Os senhores não têm o
direito de fazer o que estão fazendo.
Então, eu
queria pedir a gentileza que permanecesse ouvindo, gostando ou não gostando do
que o deputado está falando, mas é um direito dele na
tribuna. Senhoras e senhores, ele tem o direito de falar na tribuna, os
senhores não têm, segundo o Regimento. Então, eu queria pedir, por
gentileza, senhoras e senhores, eu queria pedir a gentileza de não se
manifestarem desta forma que estão se manifestando.
Eu vou pedir
por gentileza. Eu sei que não são todos, eu sei que são alguns, mas que
esses alguns se contenham para não prejudicar a todos.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Obrigado,
deputado Gilmaci. É importante realmente a gente colocar o nosso ponto de
vista. O deputado Cortez veio aqui, o Suplicy, vieram falar... o Suplicy
falou do Racionais, que é um drogado, a gente sabe que esse pessoal do
Racionais aí é tudo esquerdista... (Manifestação nas galerias.)
Mas, o que é
importante falar a vocês? Vamos aos fatos. Governo Lula, governo Lula, 30
bilhões de reais... (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado Paulo Mansur, senhoras
e senhores, senhoras e senhores... (Manifestação nas galerias.) Senhoras e
senhores, senhoras e senhores. Olha, senhoras e senhores, senhoras e
senhores. (Manifestação nas galerias.)
Eu vou só dar
um aviso, eu vou dar um aviso para as senhoras e senhores... (Manifestação
nas galerias.) Eu vou dar um aviso para as senhoras e senhores, o deputado
André do Prado, nosso presidente, ele é muito tranquilo, passivo, eu vou
dar um aviso para os senhores, enquanto o deputado André do Prado não
chega, para dirigir esta sessão, o presidente sou eu. E eu não vou... Vou só
avisar uma vez, uma vez, na próxima vez que eu avisar, nós vamos tomar uma
atitude diferente.
Eu não tenho
toda a paciência que o deputado André do Prado tem. Então o deputado está com a
palavra, e os senhores ficarão sabendo disso... Isso não é ameaça, não é uma
ameaça, é uma certeza. O deputado vai falar e eu espero que ele não seja de
novo interrompido.
O SR. PAULO MANSUR - PL - Muito obrigado, Sr. Presidente.
Eu só vim
colocar os fatos aqui em relação ao que tem sido comentado dentro deste
Parlamento e na grande mídia e que realmente vem fazendo uma cortina de fumaça
em cima dos brasileiros.
O governo Lula
está entregando este ano com 100 bilhões em déficit no Brasil. Quando você tem
o déficit, é quando você está devendo dinheiro, você está com uma conta
negativa de 100 bilhões de reais. Quando o Bolsonaro entregou o País para o
governo Lula, entregou com 79 bilhões de superávit.
Então realmente
eu não sei a mágica que foi feita neste governo, mas de conseguir pegar um
governo que vinha a cada ano dando lucro com o pouco que tinha de investimento,
que a gente estava vivendo a maior pandemia da história deste País, mas eu falo
para vocês a mágica que o Bolsonaro fez: foi fazer ministérios técnicos, foi
diminuir 700 itens em impostos no Brasil. Hoje já voltou o DPVAT, os impostos
estão mais caros, você está pagando mais caro no arroz, você está pagando mais
caro no feijão, na picanha. O salário mínimo não aumenta.
Então a vida do
brasileiro está indo de mal a pior, essa é a verdade, essa é a realidade. Então
acordos estão sendo feitos em Brasília, que neste ano foi de 30 bilhões de
reais em emendas, para os amiguinhos do Lula, para terem aí votação a favor do
seu governo.
E o governo
Tarcísio está indo de uma maneira estilo Bolsonaro aqui no estado de São Paulo,
fazendo o quê? Secretarias técnicas, está entregando... vai agora privatizar as
balsas no litoral - quando eu falo litoral, é Ilha Bela, Baixada Santista.
Túnel ligando Santos-Guarujá vai sair do papel. Trens intercidades ligando
Campinas a São Paulo.
Então projetos
que estavam parados há 30 anos, que eram comandados pelo governo PSDB, que a
gente sabe que é um governo de centro-esquerda, e nada acontecia no nosso País.
Se bem que o PSDB, grandes personalidades deles se uniram com o PT, que é o
caso do Alckmin, então dá para misturar sim o PSDB com o PT.
Então a gente
teve aqui, um centro-esquerda dentro do estado de São Paulo durante 30 anos e
agora a gente vem com um governo, que é do governo Tarcísio, um governo mais
técnico, colocando aí as pautas positivas, privatizando agora as escolas,
querendo privatizar as delegacias.
Eu sou a favor
de menos Estado e mais população, até porque você paga imposto para tudo. Você
paga imposto para sair de casa, para comprar, para vender, você paga imposto
até para colocar dinheiro na conta da sua empresa, gente.
E aí o que é
feito com esse imposto? Era melhor nós, população, termos mais dinheiro no
nosso bolso, pagar menos imposto. Em vez de você ganhar 1.500 reais de salário
mínimo, você ganha 4.000 reais e pagar menos imposto. Não deixar o imposto com
o governo para ele administrar o seu dinheiro. Não é possível que vocês não
concordem com isso, que é o óbvio.
E olha, falando
uma outra coisa que não sai da minha cabeça, que está em todos os noticiários,
que é uma verdadeira mentira, e as próprias pessoas da esquerda me cruzam nos
corredores e falam, “é um absurdo o que vem acontecendo, falando de golpe,
essas coisas que não existiram”.
Até porque o
próprio Temer agora, o Temer que foi presidente da República também, deu um
depoimento falando que: “golpe é quando se tem tanque de guerra e quando se tem
um armamento pesado, porque ninguém dá um golpe de Estado, nenhuma população dá
um golpe com bíblia na mão, vestida com roupa do Brasil”. (Manifestação nas
galerias.)
Então, em uma
manifestação que foi feita no dia 8 de janeiro, junto com a grande mídia...
Estão transformando isso em um circo, porque o PT tem o Judiciário na sua mão,
tem a grande mídia, porque investe pesado na Globo. Então nós temos uma matéria
pesada dentro do Fantástico falando sobre esse tema, e que a gente sabe que não
existiu golpe no nosso País. (Manifestação nas galerias.)
Porque se
tivesse existido golpe não seria com um general de 3º escalão, e sim com o
comando das forças maiores, da Marinha, do Exército para tomar o poder, assim
como foi na época que os militares assumiram este País. Tinha tanque de guerra
na rua quando eles assumiram o País, o Exército em si, junto com a Marinha, estava
tomando o poder lá em Brasília, o que não aconteceu nesse momento.
E tudo isso que
é feito é para desgastar o presidente Bolsonaro, desgastar a imagem dele, mas
eles não conseguem. É só o presidente sair na rua, é só o presidente dar uma
volta que a gente vê o tamanho da popularidade dele. (Manifestação nas
galerias.)
Então hoje vai
ter muita coisa a ser debatida aqui, espero que a gente passe nesse parlamento
a flexibilização dos 5% da Educação.
Muito obrigado,
presidente. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra, por permuta com o deputado Luiz Fernando
Ferreira, o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Permuta com o deputado Lucas
Bove, o deputado Danilo Campetti. (Manifestação nas galerias.)
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Boa tarde, Sr.
Presidente, deputado Gilmaci Santos, quero cumprimentar os deputados aqui
presentes, deputado Suplicy, deputado Paulo, Deputado Gil.
Sr. Presidente,
eu gostaria de entrar em um assunto agora no Grande Expediente, é por isso que
eu já reservei um tempo maior, que é para falar sobre os acontecimentos
políticos aí que transcendem também para apurações criminais, que vai no
sentido das narrativas construídas.
E que, em
princípio, eu já falo - viu, presidente -, ninguém aqui da direita comunga com
nenhum tipo de planejamento que vise a morte de quem quer que seja. Ninguém
aqui da direita.
Eu estava
acompanhando o deputado Paulo e eu quero dizer que, com base nisso, daí os
comentários que eu vou fazer - e eu peço que Machado já coloque a primeira
foto.
Nós tivemos, no
passado, Sr. Presidente deputado Gil, deputado Paulo, a Polícia Federal, a
mesma Polícia Federal que está agora fazendo as investigações, descobriu um
plano para matar o atual senador Sérgio Moro. (Manifestação nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Deputado Danilo Campetti, um
minuto por gentileza. Senhoras e senhores, eu vou pedir pela última vez, eu vou
até pedir... Olha o que eu vou falar, prestem atenção, os senhores. Aos Srs.
Policias Militares, focados em trazer mais... ficar perto dessas pessoas, são
alguns que não respeitam as regras.
Aos policiais,
observarem aqueles que não estão respeitando as regras. Eu vou dar mais uma
chance para os senhores, vou dar a ordem daqui a pouco para retirar da galeria.
Os policiais, por favor, passem a observar mais próximo, porque são poucos que
não sabem respeitar as regras. Então nós vamos fazer respeitarem as regras.
Deputado Danilo
Campetti.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado, presidente.
Ninguém aqui da
direita relativiza operação nenhuma que visa coibir e manter quem quer que seja
vivo. Isso aconteceu, o atual presidente relativizou. Próxima foto, Machado,
por favor.
Tivemos aí um
editorial de um jornal justificando por que é necessária a morte de alguém, que
no caso era o atual presidente Bolsonaro. Imagine, deputado Gil, deputado
Paulo, se alguém da direita faz algum tipo de manifestação nesse sentido? A
próxima, por favor, Machado.
E aí eu quero
me estender um pouco mais. Tentativa de assassinato ao presidente aconteceu no
dia sete, no dia seis de setembro de 2018. Eu posso dizer, deputado Gil, porque
eu era da equipe de segurança do então candidato Jair Messias Bolsonaro. O que
nós tivemos do outro lado?
Nós tivemos um
documentário de um veículo de esquerda que chamou de “fakeada”, e aí eu fico me
perguntado, deputado Gil, V. Exa., que durante... Do dia seis para o dia sete,
conversava comigo, porque eu vinha me deslocando para São Paulo para receber o
então candidato Jair Messias Bolsonaro, vítima de uma facada real. Facada real,
porque eu vi com os meus próprios olhos.
Quando
participei da transferência aqui de Congonhas até o Albert Einstein, eu estava
com o presidente Bolsonaro no helicóptero. Talvez, deputado Gil, tenha sido a
primeira pessoa que viu o resultado da cirurgia que, milagrosamente, salvou a
vida do presidente Bolsonaro.
Então, assim, o
que é que nós temos que evidenciar? A Polícia Federal, que hoje entrega um
relatório de inquérito policial utilizando - eu sou policial federal há 17 anos
- um programa israelense para recuperar mensagens... Nós sabemos do “Cellebrite
Premium”, já é utilizado há muito tempo.
Sabemos que os
celulares de Adélio foram apreendidos e foram periciados e sabemos que as
autoridades que assinam esse relatório hoje, alguns deles também conduziram a
investigação de 2018. Será que nós não podemos... É uma pergunta que se faz.
Será que nós não podemos voltar a 2018? Quem sabe aplicar o programa
“Cellebrite Premium” para ver as mensagens apagadas que, por ventura, existam
no celular de Adélio? É só um questionamento.
Eu, como disse,
sou policial federal há 17 anos. Eu vivi essa história. Eu não ouvi dizer não.
Eu vi o resultado da facada no corpo do presidente Bolsonaro. Então o
questionamento que eu faço, deputado Gil, é nesse sentido.
Uma outra
questão que eu queria entrar, deputado, é sobre o Iter Criminis. Como falamos,
nós abominamos qualquer tentativa, qualquer planejamento para matar quem quer
que seja, mas temos que ser técnicos.
Nós temos o Iter
Criminis: a cogitação, o planejamento, os atos preparatórios, os atos
executórios e a consumação. A tentativa, que é o núcleo do tipo, do Art. nº
359, em suas duas versões da abolição do Estado Democrático, tentativa de
golpe, começa com tentar.
Então, humildemente,
fica a minha opinião aqui, deputado Gil, deste parlamentar, que a tentativa
começa com os atos executórios, Sr. Presidente, e nós vamos esperar a apuração
dos fatos, mas, ao que tudo indica, os próprios áudios, deputado Gil, inocentam
o presidente Bolsonaro.
Os próprios
áudios, na nossa concepção, inocentam, porque os próprios, aqueles que estão
sendo acusados de planejar, dizem que nada foi feito porque não teve o respaldo
do presidente Bolsonaro.
O senhor tem um
aparte, deputado.
O SR. GIL DINIZ - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -
Obrigado, nobre deputado Danilo Campetti. Parabéns pelo vosso discurso, mas é
aí que está, deputado Campetti, existe hoje uma narrativa de criminalizar quem
pensa diferente. Veja aqui neste plenário o que acontece, quem pode falar na
Casa do povo.
Nós todos aqui
tivemos votos para exercer esse mandato em nome do povo de São Paulo. Só que,
desde o início dessa discussão, somente um lado pode falar, e é o lado que teve
menos votos no último pleito. O outro lado fica inviabilizado de conseguir
colocar claramente as suas ideias.
Hoje, eu ouvi
vários deputados falando aqui da questão do golpe, inclusive, daqui a pouco
subo à tribuna para falar também um pouco mais sobre isso, dizendo que o
impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe de Estado também. Senhoras e
senhores, adianto aqui para vocês, se foi um golpe de Estado, quem são os
golpistas? Simone Tebet, ministra de Lula, hoje? Geraldo Alckmin, que era
governador, presidente Gilmaci, que hoje é vice-presidente, e era a favor do
impeachment?
E é ministro
também, ele acumula os dois cargos. José Múcio, ministro da Defesa também? Era
do TCU, manifestou-se favoravelmente à constitucionalidade do impeachment de
Dilma Rousseff. Marina Silva, ministra de Luiz Inácio hoje? Votou favorável ao
impeachment de Dilma.
Juscelino
Filho, então, deputado federal? Hoje, ele é ministro também das
Telecomunicações, votou favorável. Carlos Fávaro? Ministro da Agricultura, era
vice-governador em seu estado à época, manifestou-se favoravelmente ao
impeachment de Dilma.
André de Paula,
do Ministério da Pesca? Então, senhoras e senhores, hoje nós temos uma
narrativa de criminalização do político - não é, deputado Campetti? - de um
grupo majoritário da sociedade que pensa diferente desses homens e mulheres que
hoje, se pudessem, nos queriam na cadeia ou mortos.
Como V. Exa.
bem, relatou aqui o atentado mortal que, por um milagre, não foi efetivado, que
foi do presidente Jair Messias Bolsonaro. Então, parabéns pelo vosso discurso,
pela vossa intervenção, porque eu fui, como V. Exa., testemunha desses fatos.
Muito obrigado.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito obrigado pela intervenção.
Muito obrigado, deputado Gil. E eu gostaria que, para a gente terminar,
Machado...
O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Senhores, o deputado está na
tribuna. Os senhores não estão respeitando, eu vou tomar atitude contra os
senhores. O deputado tem o tempo para terminar na tribuna, por favor.
O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Machado, por favor. E aí, para a
gente concluir, um artigo hoje do “Wall Street Journal”, que relata a
verdadeira tragédia que está sendo o governo federal aqui no nosso País.
Enquanto aqui
em São Paulo, deputado Gil, nós temos o governador Tarcísio com as melhores práticas
de gestão, com as melhores práticas de implementação de políticas públicas, no
governo federal, nós temos déficit de R$ 100 bilhões, não há dinheiro para
pagar, por exemplo, o benefício de prestação continuada que estava ameaçado,
mas tem R$ 1,5 bilhões para comprar um avião.
Então, nós
temos que reavaliar. Isso serve aos estudantes que estão aqui também, são
informações que os estudantes têm que ouvir. Então, precisamos ter uma política
efetiva de corte de gastos e precisamos ter uma política econômica que
realmente corresponda àquilo que o nosso Brasil merece.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Obrigado, deputado. Com a palavra, por cessão de tempo com o deputado Alex
Madureira, deputado Gil Diniz. Com a palavra o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, nobre deputado e presidente Gilmaci Santos,
cumprimentar os deputados presentes aqui no Grande Expediente, agradecer o
aparte aqui do deputado Campetti, parabenizá-lo pelo discurso, cumprimentar o
nosso sempre senador Eduardo Suplicy, que nos honra hoje com a sua presença.
Suplicy, V.
Exa., que no campo das ideias, obviamente, nós estamos no lado oposto, mas
torcemos muito e continuamos torcendo pela vossa recuperação, pela sua saúde.
Esteve e está em nossas orações.
Então, é uma
honra dividir, ainda que em lados opostos, este plenário com Vossa Excelência.
Fico feliz de vê-lo aqui conosco nesta tarde. Vi que o senhor estava ontem
aqui, não estava em plenário, mas faço questão de dizer essa palavra para o
senhor. Desejo uma pronta recuperação, o mais rápido possível, porque é
importante, inclusive, a divergência, deputado Suplicy, V. Exa. que sempre foi
e é respeitoso conosco aqui.
Presidente,
subo a esta tribuna... Obviamente, gostaria que os deputados do Partido dos
Trabalhadores que subiram à tribuna hoje estivessem presentes, principalmente
aqueles que falaram sobre a questão da tentativa de golpe atribuída, segundo
eles, a todo momento, ao sempre presidente Jair Bolsonaro, tentando aqui, pelo
menos, corrigir esses deputados na maneira como eles colocam, presidente.
Eles dizem
assim: “o presidente Bolsonaro tentou um golpe. Tentou um golpe. Ele planejou
um golpe”. Só que eles não dizem sequer onde isso está escrito, onde, dentro da
investigação da Polícia Federal... Aquela Polícia Federal que investigou um
possível atentado contra Sergio Moro, inclusive colocando uma facção criminosa
do estado de São Paulo que estaria por trás daquele planejamento, e um
planejamento que foi ironizado pelo então presidente Luiz Inácio.
Ora, senhores,
eu posso perguntar aqui aos estudantes, deputado Gilmaci, se V. Exa. me
permite: alguém aqui é favorável a que o presidente Bolsonaro seja assassinado?
Levanta a mão, por favor. Teve quem levantou a mão, teve quem levantou a mão.
Mas olha,
senhores... Agora estão disfarçando aqui, deputado Gilmaci, mas eu não peço
aqui que um estudante ou um professor seja jogado atrás das grades por desejar
um crime como esse.
Eu abomino,
obviamente, mas eu não posso dizer que essa pessoa, por pensar dessa maneira,
tem que passar 17, 20 anos atrás de uma prisão justamente por isso. A nossa
Constituição, o nosso Código Penal não prevê esse tipo de punição. Então,
senhoras e senhores, tomem cuidado, porque o pêndulo hoje, essa mão forte do
Judiciário pesa sobre nós, mas amanhã será contra vocês. Isso é um fato.
A deputada
Monica Seixas falou aqui sobre as tentativas de golpe, falou aqui sobre a
violência policial, como se todos os policiais militares do estado de São Paulo
cometessem, em seus turnos, algum tipo de crime, algum tipo de abuso, o que não
é verdade. Não é verdade. Homens e mulheres, policiais militares e civis que
são, primeiro, servidores públicos que colocam as suas vidas em risco por
aqueles que eles nem conhecem.
Foi falado aqui
pela deputada Márcia Lia, novamente, repito aqui, sobre o impeachment de Dilma
Rousseff, e foi atribuído como golpe. É isso que estou perguntando a vocês: se
foi golpe, quem são os golpistas? (Manifestação nas galerias.)
Quem votou
contra Dilma Rousseff, quem votou a favor, se é golpista, porque não está
respondendo processo sobre a abolição do Estado Democrático de Direito, sobre
golpe, deputado Suplicy? Não estão. Pelo contrário, foram premiados com
secretarias, com ministérios no governo federal.
Senhoras e
senhores, a investigação, o relatório da investigação, eu o estava lendo aqui
agora. Preciso me ater mais um pouco. Segundo aqui as informações, não cita uma
única vez o nome do presidente Bolsonaro.
O nome de Alexandre
de Moraes é citado, na verdade, indiretamente. Ele faz relação a si 44 vezes.
Não há, no mundo, uma democracia em que quem é a vítima, deputado Gilmaci, é o
titular da investigação, faz as vezes da Procuradoria-Geral da República, é o
algoz que vai, inclusive, julgar aqueles a quem ele atribui crime contra si.
Isso não existe em nenhum lugar do mundo. A pessoa se diz vítima, é a
investigadora desse caso, e, ao final, deputado Campetti, vai julgar aqueles
que ela acusa.
Pior ainda,
senhoras e senhores, esse mesmo cidadão era um filiado político de uma
agremiação poderosa no estado de São Paulo, que governou esse estado de São
Paulo por quase três décadas.
Ele era um
filiado, era um militante de carteirinha desse partido, deputado Gilmaci. Hoje,
ele continua a fazer política. Só que, hoje, ele tem uma toga e inviabiliza,
novamente, a oposição ao governo que está aí.
Senhoras e
senhores, a história nos prova que onde houve essa perseguição brutal... Inclusive, deputado Suplicy, V. Exa. que é o
presidente da Comissão de Direitos Humanos, uma senhora que riscou a estátua em
frente ao STF de batom, ela tem dois filhos - dois filhos - menores de idade,
17 anos de cadeia, deputado Paulo Mansur. Dezessete anos de cadeia a uma
mulher.
Aí, esses que
defendem a prisão dessa mulher não podem ser considerados machistas, não podem
ser considerados misóginos, não querem... Olhem só, senhores. Olhem em que
estado nós chegamos no dia a dia político deste País.
Mulheres,
homens, idosos - idosos -, crianças, deputado Campetti, deputado Paulo Mansur,
deputado Suplicy, órfãos de pais vivos, por um militante político travestido de
ministro de um Tribunal Superior que quer eliminar a oposição neste País.
Senhoras e senhores, não tem como dar certo.
Só que,
presidente, nós ficamos felizes aqui porque, se a Justiça humana está
desgastada, degradada dessa maneira, a justiça divina, senhoras e senhores, é
implacável - é implacável.
Nós sabemos,
também, por exemplos históricos, que homens e mulheres, como esse senhor, que
se acha acima do bem e do mal, em algum momento ele é descartado. Em algum
momento, esse grupo político para salvar as mãos, digamos assim - ainda que
nessa mão falte algum dedo -, eles jogam os anéis fora, descartam, esses
militantes políticos, e estes sim, um dia serão punidos por uma justiça altiva
que este País já viu, presidente.
Nós já vimos
aqui, neste País, homens e mulheres, servidores públicos, deputado Campetti,
ilibados, que vestindo os seus uniformes, prenderam um presidente da República,
que o levaram a um, dois, três tribunais. Não foram julgados...
Esse grupo
político não foi julgado por um tribunal de exceção, não foi julgado por um
único ministro militante político. Foi uma condenação em primeira instância,
uma condenação confirmada na segunda instância, com a pena ainda estendida ali,
e foi julgado também em uma terceira instância, confirmado e preso.
Senhoras e
senhores, eu me orgulho de fazer parte do grupo do presidente Jair Messias
Bolsonaro, que não tinha triplex no Guarujá, que não tinha pedalinho em
Atibaia. Nós, senhoras e senhores, estamos aqui olhando no olho do nosso
eleitor e dizendo: esses que são os nossos algozes hoje, presidente Gilmaci,
passarão e terão vida curta na política partidária brasileira.
Esse sentimento
que o presidente Jair Messias Bolsonaro despertou no coração da maioria da
população brasileira vai permanecer por décadas, por séculos, porque é isso que
o povo brasileiro sente, pensa e quer refletido nas urnas, Sr. Presidente.
Muito obrigado.
(Manifestação nas galerias.)
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Danilo Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Parabenizar o
deputado Gil. Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito a V. Exa.
a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
É regimental o pedido de Vossa Excelência. Havendo acordo de lideranças, nossos
trabalhos estão suspensos até as 16 horas e 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
*
* *
- Suspensa às 16 horas, a sessão é
reaberta às 16 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a
sessão. Ordem do dia.
*
* *
-
Passa-se à
ORDEM DO DIA
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a
mesa requerimento do nobre deputado Caio França, com número regimental de
assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de
comissão de representação com a finalidade de participar de reuniões com
ministros e demais membros do governo federal para tratar de investimentos e
melhorias para o estado de São Paulo, que ocorrerá nos dias 26 e 27 de novembro
do corrente ano em Brasília, a ser custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há também sobre a mesa requerimento do
nobre deputado Luiz Fernando, com número regimental de assinaturas, nos termos
do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação com a finalidade de participar de reuniões com ministros e demais
membros do governo federal para tratar de investimentos e melhorias para o
estado de São Paulo, nos dias 4 e 5 de dezembro do corrente ano, em Brasília, a
ser custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo, permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Havendo acordo entre as lideranças, solicito o levantamento da
presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Havendo acordo
entre as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda da sessão
extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.
Está levantada a sessão.
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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 32
minutos.
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