10 DE OUTUBRO DE 2025

58ª SESSÃO SOLENE PARA ENTREGA DE COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO AO DESEMBARGADOR FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO

        

Presidência: LUIZ FERNANDO

        

RESUMO

        

1 - LUIZ FERNANDO

Assume a Presidência e abre a sessão às 19h27min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Defende investimento em Educação. Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao Desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto", por solicitação deste parlamentar. Elogia o deputado Guilherme Cortez. Manifesta honra por presidir esta solenidade. Enaltece atributos do homenageado.

        

4 - GUILHERME CORTEZ

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

5 - NEIRE DIAS FERREIRA JORGE

Esposa do homenageado, faz pronunciamento.

        

6 - SUELI TOMÉ DA PONTE

Desembargadora do TRT 2ª Região, faz pronunciamento.

        

7 - DAVI FURTADO MEIRELLES

Desembargador Federal do Trabalho, faz pronunciamento.

        

8 - DULCE RIJO

Desembargadora do TRT 2ª Região, faz pronunciamento.

        

9 - LUCIANA BEZERRA

Juíza do Trabalho, faz pronunciamento.

        

10 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo em homenagem ao desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto.

        

11 - SERGIO MACÁRIO

Advogado, a representar os pares presentes, faz pronunciamento.

        

12 - SCHEILLA FURTADO

Advogada, faz pronunciamento.

        

13 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a outorga de Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto.

        

14 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Tece considerações regimentais sobre a comenda.

        

15 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Relata o histórico familiar e profissional do homenageado.

        

16 - FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO

Desembargador homenageado, faz pronunciamento.

        

17 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h14min.

 

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ÍNTEGRA

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Luiz Fernando.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, uma vez mais, muito boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Francisco Ferreira Jorge Neto.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube. E convido, neste momento, para compor a Mesa Diretora, S. Exa., o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, presidente e proponente desta solenidade. (Palmas.) Também o excelentíssimo desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, homenageado desta noite. (Palmas.)

Também o Exmo. Sr. Deputado estadual Guilherme Cortez. (Palmas.) E, como extensão da Mesa, já estão posicionados aqui à frente os familiares do homenageado: a Sra. Neire Dias Ferreira Jorge, esposa, e o Felipe Dias Ferreira Jorge, filho do homenageado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Só quebrando o protocolo, pedir para que eles possam vir para a Mesa.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Por gentileza, o Cerimonial conduzirá vocês até esta posição aqui. E também o Sr. Secretário-adjunto municipal de Assuntos Jurídicos de Santo André, Dr. Sergio Macário. (Palmas.) E, para a tribuna de honra, são convidados Suas Excelências: a Sra. Desembargadora do Trabalho Sueli Tomé da Ponte, corregedora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. (Palmas.)

E também, Suas Excelências, desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região: Davi Furtado Meirelles. (Palmas.) Ricardo Nino Ballarini. (Palmas.) Homero Batista Mateus da Silva, que está se aproximando. (Palmas.) Regina Ferro. (Palmas.)  Alvaro Alves Nôga. (Palmas.) Dulce Rijo. (Palmas.) Rafael Pugliese. (Palmas.)

Também Sua Excelência, o procurador do Ministério Público do Trabalho em São Paulo, Danton de Almeida Segurado. (Palmas.) O Sr. Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª, Helder Ferreira. (Palmas.) E também a Sra. Juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Luciana Carla Correa Bertocco. (Palmas.) Também, a Dra. Luciana Bezerra. (Palmas.)

Convido a todos para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro primeiro sargento Gesiel.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Passo a palavra ao deputado Luiz Fernando Teixeira, que fará a abertura oficial desta solenidade.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Boa noite, boa noite a todas, boa noite a todos. É uma honra muito grande estar recebendo a nossa gloriosa Justiça do Trabalho hoje aqui. Uma honra muito grande ter todas as desembargadoras, desembargadores, juízes, Ministério Público, operadores do direito. Sejam todos muito bem-vindos nessa Casa.

É uma Casa que não tem feito muita coisa direito, é uma Casa que tem cortado direitos, é uma Casa que, infelizmente, no final do ano, desembargador, tirou 11 bilhões de reais da Educação pública do estado de São Paulo. A gente vê o crime crescendo violentamente e, infelizmente, a Educação, nós temos tirado bilhões de direitos, e foi aprovado por uma maioria absoluta dessa Casa, apesar de muita luta.

Mas é uma Casa que também representa a luta por uma boa Educação, por mais verbas para o Judiciário, para que a gente possa fazer a justiça, mas que, efetivamente, a gente possa também construir uma sociedade fraterna e justa. Quero, nesse momento, iniciar os trabalhos nos termos regimentais.

Senhoras e senhores, essa sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, o nobre deputado André do Prado, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao excelentíssimo nobre desembargador do TRT da 2ª Região, do Tribunal Regional do Trabalho, Dr. Francisco Ferreira Jorge Neto.

Quero dizer a todas e todos que temos ao nosso lado um nobre deputado, Guilherme Cortez, esse jovem, lá de Franca, chegou aqui, já sentou, acomodou-se na janelinha e chegou para nós, mais velhos, eu estou no meu terceiro mandato, e falou: “Sentem aí e aprendam o que a juventude tem para trazer”.

Tem feito um mandato irretocável. Quero aqui publicamente e para toda a população da cidade Franca, mas do estado de São Paulo, dizer que nós estamos muito orgulhosos do trabalho que você vem fazendo, a seriedade, a coragem que você vem desprendendo frente a esse mandato, honrando os votos que te trouxeram para cá. Dizer para você que é uma honra dividir essa Mesa.

E ao meu lado, Dr. Francisco Ferreira Jorge Neto. Quero dizer ao senhor e a todos que é uma honra muito grande estar aqui, prestando essa homenagem ao lado de tanta gente importante, que muito contribui para uma sociedade melhor e mais justa.

Eu, quando fui provocado, instado a prestar essa homenagem, eu lhe confesso, Dr. Francisco, que eu quis saber quem era o Dr. Francisco, como é que operava o Dr. Francisco.

E eu quero dizer que eu, de pronto, tão logo conheci a tua biografia e acompanhei o teu trabalho, e eu falei: pô, por que que nós não prestamos essa homenagem antes? Então, quero dizer para o senhor que é uma honra iniciar, prestar, propor à Casa essa homenagem.

A Honra ao Mérito Legislativo é a maior honraria que a Assembleia Legislativa tem e presta, e hoje a gente tem o prazer de fazê-lo em vida. Então, prestar essa homenagem, para nós, para essa Casa, a Casa engrandece, Dr. Francisco, ao prestar essa homenagem.

Sempre foi um profissional exemplar, seja no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, seja como juiz titular na Justiça do Trabalho, nas varas Santo André e São Caetano, década de 90 e primeira década de 2000, além de outros tantos trabalhos notórios o senhor fez.

Tenho certeza de que o mundo do Direito tem muita sorte em ter um quadro tão importante, tão eficiente e tão exemplar, sem prepostos para fazer justiça. Eu não tenho dúvida nenhuma. E eu ouvia do Guilherme Cortez, que o conheceu agora, de que o senhor tem feito a diferença à frente do nosso glorioso tribunal.

Eu quero te parabenizar pelo seu brilhante trabalho, mas também não posso deixar de parabenizar a Dra. Neire, sua digníssima esposa, e também o Dr. Felipe, sobretudo pelo marido e pai que o senhor tem sido ao longo da vida.

E como a gente quer ouvir os nossos desembargadores, eu quero ouvir também o Guilherme Cortez, e quero ouvi-lo, eu quero finalizar a minha fala deixando um grande abraço ao senhor, o desejo de que cada vez mais o senhor possa estar com muito êxito fazendo os seus bons julgamentos e fazendo com que a Justiça, efetivamente, faça justiça.

É uma honra muito grande ter proposto estar hoje aqui para outorgar e entregar-lhe esta Medalha de Honra ao Mérito Legislativo. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Oportunamente, o Sr. Presidente desta solenidade convida também para a tribuna de honra o Sr. Juiz do TRT da 2ª Região, Farley Ferreira. Por gentileza, Sr. Juiz Farley. (Palmas.) E, neste momento, o Sr. Presidente da solenidade convida o deputado Guilherme Cortez para fazer a sua saudação.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Era mais fácil ter um elevador para a gente conseguir fazer esse translado mais rápido lá de cima para cá. Muito boa noite a todas as pessoas que estão aqui, a todos os desembargadores, juízes, promotores, defensores, dirigentes sindicais, amigos e tantas pessoas que se dedicam cotidianamente a garantir e efetivar os direitos da classe trabalhadora. É uma alegria receber, neste que é o plenário mais importante da Assembleia Legislativa, cada um de vocês.

Eu queria cumprimentar muito o meu amigo, o deputado Luiz Fernando Teixeira, com quem eu aprendo muito aqui. Eu acho que é muito importante esse processo de renovação da política, diversificação da política, mas tão importante quanto é a gente aprender com quem tem anos de bagagem, aprendizado e luta.

E, mais importante do que isso, que, mesmo com esses anos, se manteve lutando pelo certo, porque, quando a gente é jovem, e querem desestimular a gente a defender o que a gente acredita, logo dizem para a gente: “É uma fase, vai passar”. E, quando eu tenho a oportunidade de aprender com outros deputados aqui, que lutam a vida inteira em defesa das causas justas do nosso povo, eu vejo que não é uma fase, mas vale a pena lutar a vida inteira pelo que é certo. E o deputado Luiz Fernando Teixeira é um desses deputados que me ensina muito.

E o nosso homenageado, Dr. Francisco Ferreira Jorge Neto, seja muito bem-vindo aqui. Se cada pessoa que está aqui nessa noite chuvosa, fria de São Paulo, está sentada nestas cadeiras hoje é porque a sua atuação, a sua amizade, o seu trabalho, marcaram e seguem marcando a vida de cada pessoa que está aqui nessa noite.

Eu fico muito feliz de a gente poder receber hoje, de portas abertas, no plenário da Assembleia Legislativa, as pessoas que lutam pela efetivação e pela garantia dos direitos dos trabalhadores, porque, como o deputado Luiz Fernando muito bem disse, na maioria das vezes não é isso que a gente vê nesta Casa, infelizmente.

Esta Casa que deveria ser a Casa do povo, que, portanto, deveria ser a casa dos mais pobres, dos oprimidos, dos trabalhadores, que deveria legislar para melhorar a vida do nosso povo, muitas vezes faz o oposto: muitas vezes esta Casa tem sido uma Casa de retrocessos e a política tem sido um espaço de retrocessos nos direitos da classe trabalhadora, nos direitos da população mais pobre e que mais precisa.

E foi em um desses processos que eu conheci o Dr. Francisco. Para quem não sabe, eu sou autor de um projeto de lei para meramente autorizar o Governo do Estado de São Paulo em uma coisa muito básica: absorver os servidores públicos ferroviários das linhas que estão sendo privatizadas da CPTM, para que eles não percam seus empregos, porque, infelizmente, a gente vê uma torrente de privatizações e a gente sabe que a consequência, nesses casos, são processos de desmonte, demissões, PDVs.

E a gente queria garantir, a gente quer garantir a continuidade do emprego desses servidores com muita expertise, que têm muitas décadas de serviço prestado pelo povo do estado de São Paulo.

E o Dr. Francisco é presidente de um processo, a respeito disso, de um dissídio coletivo dos ferroviários, num processo de greve lá de trás - quando os ferroviários estavam lutando contra a privatização - e, como desembargador, ele poderia meramente se limitar a resolver aquele dissídio coletivo e não se preocupar em ir além - o que vai acontecer depois que você resolve aquele litígio, aquele conflito.

Mas não. O desembargador Francisco foi o primeiro, primeiro, primeira autoridade do Poder Judiciário a me procurar nesses dois anos e meio de mandato para discutir um projeto, que está em pauta aqui nessa Câmara, e para se colocar à disposição para dialogar com os demais parlamentares, com o governo, com quem interessar possa, para a efetivação desse projeto, justamente para ter a melhor resolução possível do litígio que ele está presidindo e julgando. Isso não é necessariamente a obrigação, mas ele achou por bem fazer.

E, por conta disso, eu fiz questão de estar aqui nessa noite. E, estando aqui nessa noite, eu me reencontro com um jovem que, dez anos atrás, queria fazer Direito para mudar o mundo, que era eu. Eu sou um dos deputados mais jovens desta Casa aqui, hoje eu tenho 27 anos, 10 anos atrás, estava terminando a escola e estava pensando naquela fase do vestibular.

E decidi prestar direito na Unesp de Franca. Nasci em São Paulo e decidi fazer vestibular para Franca. E fui aprovado. E fui naquela expectativa de que, aprendendo melhor do Direito, eu seria capaz de entender como mudar as coisas, porque eu sempre fui muito inconformado com algumas coisas ao meu redor.

Ao longo desses 10 anos, eu fui percebendo que, muitas vezes, o nosso Direito não é um instrumento de transformação, mas, muitas vezes, ele é um instrumento que é utilizado para manter as coisas como elas são. O Direito, em muita medida, é uma instituição conservadora, não transformadora. Mesmo que o que se conserve, em alguma medida, sejam desigualdades, sejam injustiças.

Mas também, ao longo desses 10 anos, eu conheci e aprendi a admirar algumas pessoas, professores, estagiários, promotores, defensores, juízes, desembargadores, ministros das cortes superiores, que, por um excesso de teimosia, insistem em utilizar desse Direito para garantir direitos, para efetivar direitos.

E o Dr. Francisco é uma dessas pessoas. E quando eu o conheci, hoje, como deputado, eu me lembrei porque, 10 anos atrás, eu quis fazer Direito. E porque, 5 anos atrás, eu quis me tornar um advogado e um profissional da Justiça do Trabalho.

Essa Justiça do Trabalho que, justamente por ser uma instituição que, na maior parte das vezes, persegue a efetivação dos direitos e não a constrição e a restrição deles, também é tão ameaçada. Também, se tanto se quer, calar, silenciar, fechar, acabar com a Justiça do Trabalho: para imperar o império da autorregulação, da lei do mais forte, em que os trabalhadores, a parte hipossuficiente, sempre fica em desvantagem.

A Justiça do Trabalho existe, resiste e deve continuar existindo para ela seguir fazendo o que o Dr. Francisco inspira a gente, e mostra que é possível. Garantindo os direitos dos trabalhadores, que são quem move o mundo, quem move o nosso País. A quem tudo pertence, mas que, historicamente, sempre tiveram tudo negado. E que nós, aqui nessa Assembleia, na magistratura, na advocacia trabalhista, na defensoria, na Promotoria do Trabalho, possamos seguir esse exemplo.

E que esse Colar de Honra ao Mérito Legislativo, muito oportunamente entregue pelo deputado Luiz Fernando Teixeira, seja um exemplo e um incentivo para jovens profissionais do Direito. Eles que, às vezes, ficam desiludidos quando a gente vê o nosso Direito ser utilizado de maneira retrógrada, ou que ficam decepcionados quando a gente vê tanta coisa ruim acontecendo na política, em termos dos direitos do nosso povo.

Que a gente saiba que existe um outro caminho, e que existem pessoas que lutam por isso, que vale a pena lutar por isso a vida inteira.

Só por isso, a sua homenagem já é mais do que merecida.

Meus parabéns. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Sr. Presidente, convido também, para a sua saudação, a senhora Neire Dias Ferreira Jorge. (Palmas.)

 

A SRA. NEIRE DIAS FERREIRA JORGE - Boa noite. Primeiramente, peço desculpa a todos os meus amigos, colegas, queridos do coração que aqui estão. Vieram de tão longe, né? Viemos lá do interior, o Grande ABC, para vir prestigiar o nosso querido jovem, mestre, professor, desembargador, juiz, amigo, tudo de bom.

Mas eu não fui avisada de que eu ia falar, e agora eu estou sem palavras diante de um discurso tão lindo do jovem deputado, o magnânimo e excelência, deputado também. Lindas palavras.

Bom, mas passado o nervoso, o que eu quero dizer aos meus queridos colegas, que são todos meus amigos de longa data? Eu sou casada com o Francisco há 20 anos. Nosso filho, o Felipe. Nós só temos a agradecer pela bondade, pela honra, pelo amor, pelo carisma, pela genuinidade do Francisco, que é uma pessoa que tem um coração enorme. Ele sempre procurou agregar todos os que podem em sua volta.

Reconhece talentos, reconhece o esforço de cada um, reconhece o valor de cada um. E tem uma coisa muito importante no Francisco: ele nunca trouxe para si os frutos, os ganhos que as pessoas têm, com a força que ele ensina, com o que ele ajuda. Ele sempre divide.

“Fui eu e a minha equipe, fui eu e o meu colega, fui eu e o meu estagiário, fui eu e o meu filho, fui eu e todos os meus alunos que são excelentes advogados”. Então, o Francisco tem um coração enorme. É uma pessoa dura, firme, mas tem um valor gigante.

Pois ele é um grande homem para nós, é um grande professor, é um grande pai, é um grande amigo. E, tudo o que ele faz, ele tem começo, meio e fim. Ele não quebra a sua corrente de força. Todos os projetos dele são de extrema valorização.

Então é uma pessoa que eu só tenho a agradecer ao plano espiritual por ter colocado no meu caminho e eu no dele. E, assim espero, que venham mais 20 anos, meu amor, e eu estou assim, do lado, eu estou ao lado, estou atrás, estou na frente, estou em todos os lugares e se ele fala “Neire, se afasta um pouco”, eu digo, “não, eu estou do lado”.

Então, Francisco é isso. Eu agradeço de coração. Ele merece tudo o que ele está recebendo. Porque o Francisco não gosta de fazer política, mas ele gosta de mostrar o trabalho dele, e aquele que o apoia e o valoriza. Estamos juntos, crescendo. Desculpe a minha fala simplória, mas eu não me preparei. Eu acho que a melhor coisa da vida é isso: é a gente amar quem nos ama, valorizar quem nos valoriza, formar uma corrente do bem e, juntos, conquistarmos bons resultados.

E, graças a Deus, o nosso menino, o nosso grande homem, o nosso jovem está conseguindo. Mas não sozinho. Com todos vocês que estão aqui, com todos esses ilustres magistrados, pessoas queridas por ele, que ele gosta muito. E, juntos, estamos todos evoluindo para contribuir melhor com a Justiça do Trabalho, com a família, com amizade.

Obrigada, de coração. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E também, para fazer a sua saudação, o Sr. Deputado presidente desta solenidade convida a desembargadora Sueli Tomé da Ponte.

 

A SRA. SUELI TOMÉ DA PONTE - Boa noite a todas e a todos. Eu, como a minha querida amiga Cleide, fui pega de surpresa. Francisco... Mas olha, eu só tenho palavras muito elogiosas e lindas para o meu amigo Francisco Ferreira Jorge, amigo de todas as horas, um profissional competentíssimo, que está sempre ao nosso lado, ensinando muito, muito do que eu aprendi. E olha, eu sei muito pouco do direito coletivo, mas eu devo não só ao Davi, como ao Francisco e ao Rafael.

Francisco, travamos grandes batalhas por causa de multas e tal. Mas aprendi, assim, demais. E ele é uma pessoa, como a Neire disse, que divide, ele não é: “eu sou”. Ele divide. Isso eu percebi, e acho assim uma das coisas mais lindas da personalidade do Dr. Francisco Ferreira Jorge Neto. Ele divide, ele nos ensina.

E aquilo que ele sempre faz de melhor, é como a minha querida amiga Neire falou: ele divide... Não fui só eu; com todo mundo. Isso eu sei, aprendi. E devo dizer que, se Deus colocou no meu caminho uma pessoa como o Francisco Ferreira Jorge Neto, é porque eu devo ter feito alguma coisa de bom. Porque a amizade dele, eu prezo demais.

E admiro esse homem, esse professor que sempre está a nos ensinar. Não só as coisas do direito do trabalho, do direito coletivo, mas aprendo muito conversando com ele. Ontem mesmo, tivemos uma conversa longa.

E eu devo dizer: eu aprendo com ele cada vez mais, admiro cada vez mais esse amigo e colega querido. Francisco, obrigada por tudo. E a homenagem é merecidíssima, com certeza. Parabéns, Francisco, e parabéns aos deputados que concederam esta linda homenagem, porque o Francisco merece.

Obrigada. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E também, para a sua saudação, o Sr. Presidente convida o desembargador Davi Meirelles. (Palmas.)

 

O SR. DAVI FURTADO MEIRELLES - Boa noite a todos e a todas. Quero, antes de mais nada, saudar o deputado Luiz Fernando e o seu colega, também, em nome de quem eu agradeço e homenageio aqui a todos os demais membros do Poder Legislativo.

Aos meus colegas desembargadores, juízes do tribunal, advogados, advogadas, membros do Ministério Público, senhoras e senhores, boa noite. Eu, antes de mais nada, quero fazer uma saudação toda especial ao homenageado, meu querido amigo e colega Francisco Ferreira Jorge Neto.

Todos nós fomos pegos de surpresa. Nós não estávamos preparados para vir aqui falar. Mas, quando a gente fala assim de improviso e de surpresa, eu acho até melhor, porque a gente fala mais com o coração, a gente não prepara, a gente fala aquilo que a gente está sentindo.

Bom, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto, eu o conheci muitos anos atrás. Há 35 anos, eu vim de Minas Gerais para trabalhar na região do ABC, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, e o desembargador Francisco, na época, era juiz em Santo André. E algumas vezes eu fiz audiências com ele. O conheci muito pouco, o nosso contato era muito pequeno.

Mas fui conhecê-lo melhor quando fomos nos encontrar no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Eu cheguei um pouquinho primeiro que ele, porque eu sou integrante do tribunal pelo quinto constitucional da OAB. Cheguei lá em 2007.

Um pouco depois, o desembargador Francisco chegou, promovido; e foi por obra do acaso, ou por intercessão divina, cair na mesma seção em que eu já estava lotado, a Seção de Dissídios Coletivos, e também na 14ª Turma, posteriormente, onde nós atuamos. Em ambas as seções, ele foi meu revisor durante muitos anos; na época, a gente tinha revisor, agora nem temos mais revisor.

Na época em que tínhamos revisor, ele foi meu revisor durante muito tempo. E isso, como diz o presidente Lula, deu uma química muito grande entre nós dois. Rolou uma química, uma sintonia muito grande, porque a gente pensa de forma muito igual. Pensamos e aplicamos o direito, e queremos aplicar o direito em prol de uma sociedade mais justa, de eliminar certas injustiças.

Essa problemática toda que tem entre o capital, o trabalho e o desnivelamento nessa relação a gente tenta equilibrar essa relação. Lutamos a vida inteira por isso e temos lutado por isso.

O desembargador Francisco, além da sua inteligência ímpar, de ser uma pessoa estudiosa e dedicada ao direito é um grande exemplo como ser humano e como magistrado.

Um homem que pensa na Justiça, pensa em aplicar o direito da melhor forma possível, o que eu tenho aprendido nesse anos todos - agora são 15 anos juntos na Justiça - com o desembargador Francisco são coisas que eu vou levar para o resto da minha vida, não só na minha vida profissional, mas na minha vida pessoal.

Então eu quero dizer, deputado Luiz Fernando, que esta homenagem... Até acho que é um pouco tardia, mas ainda veio em bom tempo. O desembargador Francisco é uma pessoa muito retraída, muito tímida, a própria esposa dele já entregou isso aqui também, mas é uma pessoa que tem um coração gigante, como bem ela disse.

É uma pessoa que merece muitas homenagens e merece um reconhecimento muito maior do que ele já tem, já tem um reconhecimento muito grande e merece muito mais do que isso.

Nós temos que valorizar esse tipo de exemplo, porque a geração que está vindo aí, os nossos novos juízes, os nossos novos advogados, os nossos novos deputados, as pessoas que vão lutar um dia pelo direito, em qualquer área que seja, têm que se mirar nesses exemplos, em um exemplo de dedicação, naquele que acredita na cidadania, em uma vida melhor e em um País mais justo, e o desembargador Francisco representa tudo isso.

Parabéns, desembargador Francisco, o senhor está sempre no meu coração.

Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Oportunamente também o Sr. Presidente desta solenidade convida para compor a tribuna de honra a sua excelência desembargadora Vera Marta Dias, e também o juiz Rui César, ambos do TRT da 2ª Região. Por gentileza. (Palmas.) Para fazer a sua saudação, o Sr. Presidente convida a Sra. Desembargadora Dulce Rijo, do TRT da 2ª Região. (Palmas.)

 

A SRA. DULCE RIJO - Boa noite a todos, a todas. Um prazer imenso rever tantas pessoas do ABC, mas eu vou me dirigir brevemente, até porque, Dra. Neire, também foi uma surpresa para mim. Mas, assim, com um prazer imenso, Dr. Francisco, Dra. Neire, Felipe, e de plano eu o parabenizo. Homenagem mais do que merecida.

Não vou ficar me alongando e digo... Como todos sabem aqui do ABC, que tem a maioria, eu fui a sucessora do Dr. Francisco na 2ª Vara do Trabalho de Santo André, na qual fiquei por muitos anos até ser promovida a desembargadora.

O que posso falar do Dr. Francisco como juiz de primeira instância que o conheci? Hoje desembargador, vice-presidente do judicial, amigo, e eu coloco o Dr. Francisco... Para mim, você é o exemplo de dignidade, de muita dedicação, de muita transparência e de muita honestidade.

Então eu digo que mais do que ninguém, por tudo o que eu conheço de sua carreira, que acompanhei muito de perto, e que agradeço por tudo, é mais do que merecida.

Parabéns, desejo muito sucesso sempre, que vocês consigam chegar em todos os objetivos que vocês planejaram na vida, seja profissional, seja na vida particular, porque realmente o carinho que eu tenho pelos dois, e pelo Felipe, é muito grande. E desejo assim muita energia boa.

Parabéns, Dr. Francisco, de coração. Agradeço por tudo que também me ensinou para tocar com muita garra na 2ª Vara do Trabalho de Santo André, como convocada que fui da 14ª Turma, e é o que eu posso dizer. Eu o tenho como símbolo da verdadeira dignidade e transparência.

Parabéns. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Também a convite do Sr. Presidente desta solenidade, fará a sua saudação a Sra. Juíza do Trabalho Luciana Bezerra. (Palmas.)

 

A SRA. LUCIANA BEZERRA - Boa noite a todos e todas. Mais uma pessoa surpreendida aqui para falar de improviso e com o coração mesmo com tudo o que o Dr. Francisco representa, um pouco mais humano... Que eu fui convidada pelo Dr. Francisco para atuar na vice judicial e tem sido um aprendizado incrível.

Quem tem a oportunidade de trabalhar com ele e de ver a atuação dele percebe o quanto que ele faz isso com gosto, com coração, com comedimento, com um senso enorme de Justiça e, principalmente, um carinho enorme com cada processo.

É, assim, surpreendente cada vez que ele está na tribuna, que ele está presidindo uma sessão e tem um detalhe, tem uma pequena particularidade que ninguém observou, o Dr. Francisco viu.

Ele pega aquilo e consegue conciliações, assim, sensacionais a gente vê a pacificação da Justiça e da Justiça Social, porque isso é muito importante, a solução dos processos coletivos dos dissídios, sempre de uma maneira, é uma palavra que gosto muito, humanizada, pensando nas pessoas, pensando no efeito prático daquilo, pensando de uma maneira do trabalhador ser olhado, ser visto, ser respeitado, sem também destruir uma empresa, sempre preocupado em manter essa relação de uma maneira saudável, de uma maneira correta, de uma maneira equilibrada.

Tenho aprendido muito com o Dr. Francisco, principalmente com a sua humildade, com a sua inteligência, com o seu senso enorme, como já falei, de Justiça, vejo aqui advogados que fazem audiências conosco e sabem do que estou falando, que a cada audiência eu e o Gustavo - estou aqui também representando o Gustavo, porque hoje é aniversário dele e não pôde vir - sempre dissemos “cada audiência é um show” é um show assim, não de interpretação, um show de humildade, de justiça, e de pacificação social.

É isso que tenho tido a grande oportunidade de presenciar ao longo desse um ano. Digo um pouco mais de um ano, porque como todos sabem aqui que são alunos dele ou que trabalham com ele como Hortência, os meninos, o Moisés, Stenio, a gente sabe que o Dr. Francisco sempre...

Nós chegamos na vice-judicial no dia primeiro de outubro, mas no dia que ele foi eleito nós já começamos a trabalhar, já começamos a pensar na vice-judicial, como seria, o que faríamos, qual seria todo o trabalho.

Então aquilo que a Dra. Neire falou, dele sempre planejar, de sempre ver por onde vai andar é totalmente verdadeiro, ele tem mesmo essa peculiaridade, fora, mais uma coisa que a Dra. Neire falou, muita bondade, sempre pensando de uma maneira...

Essa questão dos ferroviários, deputado Guilherme, foi uma coisa que tocou o coração do Dr. Francisco. Lembro que ele fez uma das grandes audiências, no começo do dissídio, doente, e saímos de lá 11 horas da noite.

Não foi, Dra. Neire? Ele tocou toda aquela audiência, foi assim, incrível, quando terminou que ele titubeou e mostrou que não estava bem, mas fez aquela audiência inteira dedicando-se a cada partícula, a cada particularidade daquilo.

Deputado Luiz Fernando, o senhor está homenageando o homem certo, um homem bom, um juiz que é um exemplo para toda geração de juízes desse nosso tribunal. Como disse a Dra. Dulce, ele está sempre nos ensinando com o exemplo. Acho que não há nada mais poderoso do que o exemplo.

Dr. Francisco, muito obrigada por confiar em mim, por me convidar para trabalhar com o senhor. Parabéns, o senhor realmente merece esta homenagem.

Grande abraço para o senhor, para sua família e para todos os amigos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as palavras de suas excelências. Neste momento assistiremos a um vídeo com depoimentos de amigos, familiares e colegas do homenageado. Observamos que além dessas mensagens que veremos e ouviremos, há ainda outras muitas gravadas que serão incluídas na edição que será encaminhada diretamente ao desembargador homenageado.

Vamos ao vídeo.

 

 

* * *

 

- É exibido o vídeo.

 

* * *

 

Nós reiteramos que ainda há outros vídeos que serão editados e juntados a este para serem entregues diretamente ao desembargador homenageado. E também, a convite do Sr. Presidente desta solenidade, representando todos os advogados aqui presentes, pedimos a saudação do Dr. Sergio Macário. (Palmas.)

 

O SR. SERGIO MACÁRIO - Boa noite a todos. Cumprimento o deputado Luiz Fernando pela gentil e honrosa noite de festa aqui, em que nós festejamos o Dr. Francisco.

Sem sombra de dúvidas, estava conversando com a Dra. Neire, as palavras que mais ouvimos ali eram “generosidade” e “gratidão”. E eu sou um fruto também dessa generosidade do Dr. Francisco.

Quando, em 1995, eu chego na Justiça do Trabalho, na JCJ, em uma leva de estagiários que tinha o sonho de aprendizado; quando me deparei com o juiz Francisco e, estranhamente, isso eu digo lá em 1995, estranhamente, a forma como eu fui contratado.

Eu nunca tinha pisado em uma sala de audiência, ele estava despachando, aquele jeito tranquilo, aquele jeito bem calmo, em uma mesa de audiência, estava com as assessoras dele. E eu entrei, fui até ele, cumprimentei, e ele falou: “Estou despachando, o senhor aguarda lá no final”, aquele olhar por cima dos óculos. E fui me sentar junto com os demais.

E ali ele passou uns 15, 20 minutos despachando, era uma manhã, e, estranhamente, aí que eu digo, ele vira e fala, “vou ficar com ele”. Não entrevistou ninguém, nem eu. Nem eu. E, assim, fui contratado.

Quem conhece um pouco o Dr. Francisco, sabe que ele pensa coisas e descobre coisas que você está pensando, tamanha sensibilidade que ele tem. E, passados os anos, eu chego à conclusão de que o motivo da minha contratação ali com o juiz do Trabalho, eu era o único estagiário negro que estava na sala. E eu, sem sombra de dúvidas, ali já saltava aos olhos a preocupação dele, social, em fazer a diferença.

E, de fato, fez muita diferença. De fato, fez muita diferença na minha vida. Nós estamos aí já há 30 anos. O meu primeiro estágio, o meu primeiro emprego na Justiça do Trabalho foi com ele. E eu me apaixonei.

Acho que foi o Davi que falou que ele é um exemplo. E eu, essa semana, estávamos tomando um café, e eu falei para ele que ele era um espelho para mim. E isso, para um jovem que começa a sua vida, depois já um pouco mais maduro, ele continua sendo esse espelho, porque ele só reflete coisas boas.

Ele reflete sabedoria, ele reflete simplicidade, ele reflete sempre a vontade de ir além. E, para quem gosta de dar passos na vida, essa é a química, não é, Davi? A palavra do momento, perfeita. Porque é o oxigênio que todos precisamos.

Então, eu gostaria aqui, também, de tornar pública minha gratidão. Eu, sem sombra de dúvidas, a vida foi muito generosa comigo. Na JCJ, lá atrás, iniciei com o senhor. Depois também tive a alegria de trabalhar com o Davi no Sindicato dos Metalúrgicos. Então só tive gente boa, só tive professor bom. Eu não sei se o aluno é bom, mas os professores foram e eu sou muito grato.

Então, deputado, parabéns pela escolha, sem sombra de dúvidas, muito acertada e muito merecida, está bem? Uma boa noite para todos, muito obrigado e que venham outras homenagens. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Também a convite do Sr. Presidente, para falar em nome do grupo de estudos, a Dra. Scheilla Furtado. (Palmas.)

 

A SRA. SCHEILLA FURTADO - Assim como a maioria, eu fui pega de surpresa, mas para o Dr. Francisco, é uma bela surpresa para eu poder abrir o meu coração, em nome dos meus colegas, que eu tenho certeza que tudo que eu falar aqui corresponde a um pouco do que cada um pensa e sente com relação ao nosso queridíssimo professor Dr. Francisco Ferreira Jorge Neto.

Professor, o senhor é uma luz na nossa vida. Quando eu fui fazer o vídeo, eu fiz uns 30, só tinha 40 segundos, não dava. Eu desobedeci, eu mandei dois vídeos, escolhi, assim...

Não escolhi: “Vai esse e esse”, sem saber qual foi, porque eu comecei a olhar para o meu passado, quando eu cheguei aqui, há mais de 30 anos - se eu não me engano, em 1996 -, e eu comecei a trabalhar com Direito do Trabalho sem entender nada de Direito do Trabalho.

E eu comecei a frequentar a 2ª Vara do Trabalho, onde eu encontrei o Dr. Francisco e ele, eu não preciso repetir tudo que os nossos amigos falaram tão bem do Dr. Francisco, mas ele conquistou e conquista a todos que ficam ao lado dele.

Então aquilo que para mim, que era extremamente tímida naquele momento, era um sacrifício e fazer audiência tornou-se prazeroso. E com ele, eu aprendi a negociar, a mediar e a fazer acordos um atrás do outro.

Então, eu acho que eu fui uma das pessoas que mais ganhou balinha. Quem se lembra das balinhas? A gente fazia acordo, o Dr. Francisco dava uma balinha para os advogados e para as partes que faziam acordo - isso lá nos anos da 2ª Vara do Trabalho.

E ao longo desses anos, ele continuou sendo uma luz, uma fonte de luz de exemplo para todos nós alunos. E eu quero ressaltar aqui algo que uma pessoa só falou, que é a inteligência do Dr. Francisco e que o Dr. Sergio falou, a sensibilidade do Dr. Francisco.

Ele adivinha o que a gente precisa ouvir, a aula dele entra não só na parte de conhecimento, mas também na parte de sensibilidade de nós todos. O Dr. Francisco ouve uma pergunta na aula e a pessoa antes de perguntar já fala: “É uma pergunta boba, mas...” e ele fala sempre: “Não existe pergunta boba, não existe pergunta pequena”.

E de uma pergunta boba, supostamente boba, de uma pergunta pequena, ele dá uma aula, que alguém aqui também falou que ele dá um show. E não foi uma e nem duas e nem dez e nem 15 vezes que a hora que ele termina de falar eu bato palma dentro de casa.

Eu estou muito emocionada, porque eu realmente admiro todas as características do Dr. Francisco, mas eu peço a Deus e agradeço, mais do que peço, eu agradeço por estar aqui neste momento e por ter vivenciado e vivenciar esse constante aprendizado.

Várias pessoas viram para mim, e eu tenho certeza que a todos do grupo de estudo, pessoas, colegas nossos que já estão em uma zona de conforto: “Para que você vai ficar perdendo tempo, três vezes por semana, assistindo aula? Você não precisa disso, você já conquistou isso, já conquistou aquilo”. É pelo prazer de aprender com o Dr. Francisco.

Eu não vou mais me delongar, eu só vou agradecer, Dr. Francisco, em nome de cada um de nossos colegas, que eu tenho certeza que a emoção que eu estou, de estar aqui, para homenagear o senhor, é tão grande quanto a minha.

E eu quero que o senhor leve o nosso coração, a certeza de que o senhor faz não só sentido, o senhor faz diferença na nossa vida profissional, na nossa vida pessoal e, também, na nossa vida, digamos assim, de sensibilidade como ser humano, como um ser - eu não quero entrar em religião, mas o senhor nos enaltece até nesse ponto de ser uma pessoa melhor a cada dia.

Eu não tenho dúvida que se existe Deus, o senhor é um ser extremamente iluminado, eu sinto isso cada vez que o senhor dá um show em uma aula, em uma audiência, em um acórdão, em uma sentença, a gente vê a mão de Deus ali.

Muito obrigada.

Que Jesus abençoe o senhor, a sua família.

Esse é o meu agradecimento e de cada um de nossos colegas. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento, daremos início à outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto. Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - O Colar de Honra ao Mérito Legislativo, como eu já disse, é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Foi criado em 2015 e é concedido a pessoas naturais ou jurídicas, brasileiras ou estrangeiras, civis ou militares, que tenham atuado de maneira a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico de nosso estado, como forma de prestar-lhes pública e solenemente uma justa homenagem.

Esta sessão solene homenageia, com a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Um resumo biográfico: Francisco Ferreira Jorge Neto. Casado com a grande mulher desde 2004, Dra. Neire Dias Ferreira Jorge, advogada trabalhista, a quem muito ama e admira. Pai de Felipe Dias Ferreira Jorge, servidor público por quem tem um grande amor e carinho.

Ingressou na Justiça do Trabalho como servidor público em outubro de 1981. Tomou posse como juiz substituto em agosto de 1988. Foi juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Santo André de setembro de 1993 a agosto de 2002. Foi juiz titular da 1ª Vara do Trabalho de São Caetano do Sul de agosto de 2002 a junho de 2010. Tomou posse como desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 2º Região em junho de 2010.

Desde 2010, atua na seção de dissídios coletivos. Integrou a 14ª Turma do tribunal de 2012 a 2024. Atualmente exerce a função de vice-presidente judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região para o biênio 2024-2026. Participou, como presidente da Comissão de Sentenças, de dois concursos para a magistratura do Trabalho e exerceu a função de presidente da Comissão do Regimento Interno no biênio 2018-2020. Ministrou diversos cursos e palestras junto à Escola Judicial do TRT da 2ª Região.

É bacharel em Direito pela Faculdade de Direito, da Universidade de São Paulo, turma de 1984, e mestre em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, concluído em 2000.

Autor de diversas obras da área do Direito do Trabalho e processo do trabalho, entre elas “Direito do Trabalho”, “Direito Processual do Trabalho”, “O Empregado Público”, “Prática Jurídica Trabalhista”, “Prática da Reclamação Trabalhista”, curso de Direito do Trabalho, “Redigindo a Sentença Trabalhista”.

Atuou como professor da Escola Paulista de Direito de 2006 a 2019. É professor dos grupos de estudos de Direito do Trabalho e processo do trabalho desde 1998.

Convido agora para vir à frente, juntamente com o deputado Luiz Fernando Teixeira e também o deputado Cortez, o homenageado, para a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agora com a outorga, o Sr. Deputado presidente da solenidade convida a ouvirmos as palavras do homenageado da noite, desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto.

 

O SR. FRANCISCO FERREIRA JORGE NETO - Bom, boa noite a todos e a todas. Quem me conhece sabe que eu tenho uma característica que me é própria. E, com o tempo, eu passei a gostar de microfone. Adoro falar no microfone. E eu gosto de falar de improviso. Sempre falei de improviso.

Talvez uma capacidade que Deus tenha me dado, que é falar alto, falar com propriedade, mas falar com duas coisas que eu aprendi e que me tiram do sério se alguém dissesse que eu não sou: uma pessoa honesta e uma pessoa ética. Isso, se alguém me dissesse, pode ter certeza, teria a minha extrema fúria. Por que isto? Porque eu tive uma boa família.

Eu sou o filho caçula da Maria Aparecida Jorge, falecida em 1991, e de César Hernandes Ferreira Jorge, falecido em 1984. Tive duas grandes pessoas que são os meus pais. Eu já estou na descendência, estou com 63 anos, mas as coisas que me movem são os exemplos dos meus pais. E eu falo isso de coração porque isso é a alma viva.  O meu pai, Nando, e a minha mãe me marcaram profundamente e me marcam até hoje. Eu temo a Deus e sei que nada é do acaso. 

Eu não acredito em coincidências. Tudo tem uma razão de ser. E sei que nós não conseguimos revelar hoje nem amanhã, porque faz parte do nosso aprendizado, faz parte do nosso plano reencarnatório. Eu nasci numa família kardecista. Isso não me faz melhor do que nenhum de vocês. Só me faz ser o que eu sou, o Francisco. Eu acredito na reencarnação.

Eu acredito no livre-arbítrio. E eu acredito que a força de Deus está em nós.  Está naquilo que nós fazemos. E nada é do acaso. Eu procuro ser um pouco melhor do que eu faço em todos os dias. E agradeço ao meu pai e à minha mãe. Os meus irmãos, somos completamente diferentes. Todos os meus irmãos são falecidos. Eu sou o único que resta do núcleo de Maria e César Hernandes.

Eu acredito na força da ética, na força do amor, na força da palavra. E eu trago isso para a minha vida pessoal. Sou uma pessoa retraída, sim. Mas tudo aquilo que vocês disseram de mim é aquilo que eu recebi dos meus pais. É aquilo que eu procuro dar.  Não me faz melhor nem pior do que qualquer um de vocês. Só faz de mim o que eu sou: Francisco Ferreira Jorge Neto. Vim para São Paulo em 1980. 

Morei nesta bela cidade até 2004. Por problemas pessoais, fui à bela cidade de Santo André. Aliás, fui para Santo André porque lá me apaixonei por uma bela mulher que é Neire Dias Ferreira Jorge. Conheci a Neire em 2004 e já não tinha mais razão de estar em Santo André. Não tinha, não tinha.

Mas, como sempre, as portas me abrem nos momentos certos, e o professor Santana disse assim. A UNI-A, que me deu a oportunidade de ser professor em 1995, dando aula de Direito do Trabalho numa faculdade de Administração, estava iniciando a turma de Direito do Trabalho.

E uma professora teve um sério problema de saúde, contrataram a mim. E eu voltei para a UNI-A. Tinha sido professor da UNI-A por quase sete anos, com carteira registrada, bonitinho. Voltei para a UNI-A e voltei para Santo André, onde eu só vinha uma vez por semana nos meus grupos de estudos que eu idealizei em 1998 e que estão comigo até hoje. Boa parte da plateia me acompanha.

O Dr. Ricardo Lopes está comigo há quase 20 anos, Dra. Rosana Gerazucki está comigo há quase 25 anos nos grupos de estudos. O grupo de estudos é uma das minhas marcas, é uma das minhas idealizações. Eu gosto de dar aula e gosto de aula que eu não sei quais serão as perguntas que vão me ser formuladas naquele dia, mas procuro respondê-las todas com ética e com responsabilidade.

Quantas vezes a pergunta é mal formulada e eu faço a pergunta? Porque eu sinto que eu tenho essa obrigação. Eu sinto que eu tenho esta obrigação. Faz parte do meu plano de vida. Faz parte de ser Francisco. Eu sou uma pessoa extremamente própria. Eu sou temente a Deus, mas eu respeito aquilo que eu idealizo. E eu idealizo e faço coisas boas porque Deus opera através de mim nos momentos certos.

Eu tenho uma vinculação muito grande com Deus. Não sou pessoa de rezar muito, mas eu sou uma pessoa de estar perto dos meus amigos espirituais. Eu tenho meu anjo de guarda.

Todo dia, quando eu levanto, digo: “Vamos lá, Nandinho”. Eu apelidei o meu anjo da guarda de “Nandinho”, em homenagem ao meu pai, César Hernandes Ferreira Jorge. E isto me acompanha.

Voltando a 2004: conheci a minha bela, jovem esposa, Neire Dias Ferreira Jorge, que trouxe o meu filho, Felipe Dias Ferreira Jorge. O Felipe foi por mim adotado para o plano dos homens, mas eu adotei o Felipe desde o primeiro dia, quando eu o conheci. É minha família terrena? Não. É minha família espiritual. Estive em duas outras famílias que não eram a minha família espiritual. Eles são. Isto me faz diferente? Não. Isto me faz ser apenas o Francisco. É a minha forma de ser. É a minha forma de ver o mundo.

Eu vejo o mundo pelos olhos da ética e de fazer o melhor. Eu sou uma pessoa impaciente, às vezes, truculento, mas nunca desleal. Nunca fui desleal. Nunca ultrapassei os limites do que é certo, porque eu tive um bom pai e uma grande mulher, que é a Maria Aparecida Jorge, que a vida me deu uma outra grande mulher, uma companheira, Neire Dias Ferreira Jorge, e um grande filho, Felipe Dias Ferreira Jorge. Conheci a Neire na faculdade, me apaixonei, foi difícil conquistá-la, mas eu a conquistei, graças a Deus. Estamos juntos há vinte anos, mas nós já estamos juntos há milhões de anos.

Eu acredito na reencarnação. Eu acredito na reencarnação. Isso não me faz melhor do que ninguém, só me faz ser o Francisco. E eu acredito na mudança do Direito, na força do Direito. Não foi à toa que eu vim para São Paulo fazer Largo São Francisco. Era um sonho, um sonho. Eu fiz a Fuvest em 1979, tive uma pontuação razoável, passei na USP, vim para São Paulo. Dificuldades naturais existiram.

Prestei concurso público em 1981, entrei na Justiça. Está aí meu currículo. São 44 anos na Justiça do Trabalho. Uma parte da minha vida é ser Justiça do Trabalho, dos quais 37 anos na magistratura, as quais eu exerci, exerço e exercerei com ética e responsabilidade. Tenho conforto material fruto do meu trabalho, fruto do trabalho da minha esposa, do meu filho.

Porque nós devemos viver, sim, bem, mas vivermos com ética e com respeito, ok? Este momento, o momento pelo qual eu passo a minha vida, é um momento gostoso, claro que é, mas não me faz melhor, só me faz ser o Francisco. E vocês podem ter certeza de uma coisa, eu sou o mesmo desde o dia que eu entrei na Justiça do Trabalho. Permaneço o mesmo, só que um pouco mais experiente.

Talvez as amarras momentâneas que o plano reencarnatório fez com que se desligassem momentaneamente quando eu reencarnei nesta vida, elas estejam me manifestando novamente com pequenos relâmpagos.

Estou tendo algum deles, momentaneamente. Eu achei que meu ciclo na Justiça estava se encerrando. Tive a honra, novamente no meu caminho, o Dr. Davi, descendo a Baixada, disse assim: “Francisco, você tem que se candidatar”.

Eu vou ser sincero, a gente não se candidata porque a gente tem medo da reprovação dos colegas. Eu nunca fui político. A minha carreira não é política. Nunca foi política e nunca vai ser política.

A minha carreira é no meu trabalho, naquilo que eu acredito. Eu acredito em ser o Francisco. Eu não sou diferente de ninguém. Eu sou apenas o Francisco. Um homem temente a Deus, apaixonado pela Neire e pelo Felipe, e que gosta de ser juiz, gosta de ser professor, gosta de estudar e de transmitir.

Eu, sim, tenho um coração generoso, porque o meu espírito é generoso. Eu tive exemplos de generosidade. Minha mãe era exemplo puro de generosidade. O meu pai é outra pessoa. E meu pai era o tipo de pessoa que beijava o neto, a neta. Mas o meu pai era de me beijar. Mas ele dizia assim: “Meloso”, meu pai me chamava de “Meloso”. Por quê? Não sei. É o amor de pai que se manifesta da forma que você menos entende. Você só vai entender depois.

Mas o meu pai era um homem extremamente amoroso. E eu tive a honra de ter o nome do meu avô, que também sei que foi um grande homem, não o conheci, porque a minha mãe disse que ele era um grande homem. Minha mãe cuidou do avô, do sogro, nos últimos anos.

Quem cuidou do sogro foi a minha mãe. E dizia: “Francisco, seu avô, que era um grande homem. Você ganhou o nome dele porque você tem essa responsabilidade.” E eu acreditei nisso.

Então, se eu acreditei, eu tinha que ser melhor naquilo que me faz ser o Francisco, que é ser um bom juiz, um bom professor, autor de livros, responsável pelos grupos de estudos em que nós nos reunimos segundas, terças e quartas há 28 anos, desde 1998, quase trinta anos, 27 anos. É muito tempo.

Eu tenho quase 80 alunos, 90 alunos. Aula online com 40, 43 alunos, uma hora e trinta de pura responsabilidade, sem muita conversinha, porque isto eu não gosto de conversinhas. Eu, quando eu estou dando aula, eu sou o Francisco professor. Quantas vezes a Neire vai entrar e eu falo, stop Neirinha, eu estou dando aula.

O desgaste familiar é grande, eu levo a Justiça do Trabalho e o lado do professor para a minha casa, mas porque eu sou o Francisco. Eu tenho que dizer que eu sou o Francisco, porque eu sou imperfeito, mas eu continuo sendo o Francisco. Então o Francisco de hoje não sai orgulhoso daqui, ele sai agradecido.

Agradecido pela homenagem do deputado, pelas palavras sinceras do Macário e o jeito que eu o conheci foi assim mesmo. Eu falei e olhei para ele, o Leandrinho falou: “É ele?” Porque eu sei que nós já nos cruzamos em outras vidas, eu já cruzei com todos vocês em outras vidas, tenham certeza disso, nada é do acaso.

Estamos reunidos aqui em uma noite de festividade, sim, o que me faz estar orgulhoso? Não, me faz estar agradecido. Agradeço a Deus, a minha família, ao deputado, as palavras gentis do Sergio Macário, aos meus colegas, Davi, Sueli, Dra. Regina, Dra. Dulce, todos que estão aqui e todos que disseram que não poderiam vir, mas que estão aqui.

Mas os que estão aqui são os mais chegados, não tenham dúvida disso. Uma sexta-feira, um tempo meio chato, mas os que estão aqui vieram de coração, isso é bom, isso faz dizer que o Francisco está no caminho certo, Nando. O Francisco está no caminho certo, mamãe.

Eu honro meus pais, eu agradeço a eles e agradeço ao plano maior. Tenho pessoas que me são caras todo dia, a Luciana, que está nisso, não é, Luciana? Que cuida da gente, está conosco há quase 18 anos, obrigado, Luciana, obrigado. Jouberto, que está comigo, meu coautor há 25 anos, eu o encontrei dando uma aula que a Dra. Estopa marcou em Mauá para dar um curso, lembra, Dra. Stopa?

 Encontrei o Jouberto, meu coautor que está comigo há 25 anos, meus alunos dos grupos de estudos, o meu perito, Algério Szulc, que foi meu perito e eu o conheci na vara da Dra. Vera Marta, que aqui está hoje, não é do acaso. Dra. Vera Marta. Eu substituí a Dra. Vera Marta e fui substituído pela Dra. Dulce.

Esta vara é de 69, só teve cinco titulares nessas décadas, nada é por acaso, o lugar é bom, porque a quem a Dra. Vera Marta substituiu foi o Dr. Clóvis Canela Salgado, um grande juiz, um grande advogado. Tudo é uma sequência, a gente diz que é coincidência, não é?

É vida, é a vida. O corpo nosso é um corpo, o que nos vale é o espírito. Obrigado por esse momento dessa minha passagem, muito obrigado. Tenham a certeza, Francisco continuará sendo Francisco. Tudo que vocês disseram é verdade, mas isso não me deixa orgulhoso, isto não me deixa envaidecido, isto só faz me lembrar, continue sendo o que você é, Francisco. Você ainda tem muito o que fazer.

Obrigado por tudo, obrigado de coração, obrigado Neire, obrigado meu filho Felipe, obrigado a cada um de vocês. Finalizando, estávamos aqui quando veio o deputado Dr. Guilherme, disse para ele, ele sabe disso, porque eles me disseram, você já foi o que você é hoje, não perca a sua ideologia.

Eu não perdi a ideologia, a minha ideologia é respeito ao próximo, valorizar o próximo e valorizar a mim. Muito obrigado de coração, o Francisco continua Francisco, obrigado. (Palmas.) Finalizando, eu gosto sempre de falar duas coisas, nada é do acaso, mas tudo vem a calhar.

Obrigado, porque eu sei que vocês me acompanham de outras vidas, porque a Neire e o Felipe me acompanham, o Macaio também. Eu sinto isso, todos nós temos uma dignidade, a minha dignidade está na sensibilidade, e ela está cada dia maior. Eu às vezes falo coisas que não sei de onde vem, muitas vezes eu acho soluções que não vem, vem do mundo racional, claro que vem, mas vem da voz da alma de quem me acompanha.

Por isso que nunca deixem de fazer o bem, é tão bom, me faz ser um pouquinho melhor. Vou desencarnar não sei quando, espero ter vida, saúde para isso, quero fazer muito ainda pela Justiça do Trabalho, gostei de ser VPJ, senti que é diferente, agradeço ao Davi, o Davi é o culpado disso, ele é o culpado disso, (Palmas.) mas ele sabe que nós duelamos o bom duelo, porque a gente adora o que faz, é Direito do Trabalho puro.

Somos de mundos diferentes, completamente diferentes, mas temos uma coisa que nos une, o amor de sermos juízes. Não é por status, não, pessoal. Não é por status. É por gostar do que fazemos. E a gente faz com amor. É diferente.

Quantas vezes eu estou cansado, mas eu não consigo... Eu poderia simplesmente: “Está pronto”. Não faço isso. Quando eu encafifo, é porque tem coisa errada. O meu gabinete sabe disso, o Moisés sabe disso. Eu vou, às vezes, despachando no ouvido do Moisés e venho despachando no ouvido do Moisés.

E eu falo: “Está anotando?” “Estou, Dr. Francisco.”, porque ele sabe que eu sou impaciente. Eu não despacho com o Moisés no gabinete; é no carro oficial, porque a gente vem e volta, porque ele mora em Santo André também.

Mas obrigado.

Obrigado por essa força, por este plano maior, e obrigado por me fazer crer que eu estou no caminho certo. Francisco continua na luta.

Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Agradecemos as palavras do nosso homenageado. Quero convidá-lo para subir, porque ainda não terminou. A audiência ainda não terminou, Dr. Francisco.

Eu quero agradecer as palavras do nosso homenageado, o desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto. E, fazendo o papel do Cerimonial, quero convidar todas e todos para um coquetel que será servido aqui no Salão dos Espelhos, aquele que a gente passou antes de chegar a este auditório.

E quero eu aqui agradecer. Eu acho que ficou claro o porquê vem esta homenagem ao Dr. Francisco, por tudo o que disseram, por tudo o que disseram, por um operador da Justiça que tem feito, ao longo da sua jornada, justiça na Justiça do Trabalho. Eu acho que é um motivo de muito orgulho.

Eu quero agradecer a cada um que está aqui, mas quero agradecer a todos que nos assistem, nos assistiram e vão assistir pela TV Alesp. Eu quero agradecer, de forma muito especial, ao nobre deputado, este jovem que ainda vai muito longe, Guilherme Cortez.

Quero agradecer mais uma vez ao senhor desembargador Francisco Ferreira Jorge Neto e dizer que foi uma honra estar aqui presidindo esta cerimônia que te homenageia. Quero agradecer muito à Dra. Neire Dias Ferreira Jorge, esposa, e também ao filho Felipe Dias Ferreira Jorge.

Agradecer à Dra. Sueli Tomé da Ponte, corregedora do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Quero agradecer aos desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região: Davi Furtado Meirelles, Ricardo Nino Ballarini, Homero Batista Mateus da Silva, Regina Ferro, Alvaro Alves Nôga, Dulce Rijo, Rafael Pugliese e Vera Marta Dias.

Quero agradecer aos juízes do Tribunal Regional do Trabalho: Luciana Carla Correa Bertocco, Helder Ferreira, Rui César e Farley Ferreira.

Queria agradecer também ao procurador do Ministério Público do Trabalho em São Paulo, Danton de Almeida Segurado; à vice-diretora da Escola Superior de Advocacia da OAB São Paulo, Sarah Hakim. Quero agradecer ao meu amigo Sergio Macário, que é secretário-adjunto de Assuntos Jurídicos no município de Santo André.

Quero agradecer à Dra. Simonita, representando o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano; aos alunos do grupo de estudos de Direito do Trabalho; aos amigos e às amigas do homenageado; aos operadores do Direito.

Quero aqui deixar um agradecimento especial à Monica, minha assessora, que ajudou a organizar; e também à assessoria do gabinete do desembargador. Quero agradecer à Renata, à Rafaela e ao Rafael do Cerimonial, muito obrigado.

Agradecer a cada servidor desta Casa; ao pessoal da TV Alesp, muito obrigado a vocês também; aos policiais civis e militares que estão aqui garantindo a nossa segurança; a cada autoridade presente; mas, sobretudo, a todos vocês que acompanharam; a cada cidadão, amigo; ao pessoal que está acompanhando em casa, muito obrigado.

Não tendo mais nada a tratar agora - se o senhor quiser voltar lá, o senhor está liberado -, eu declaro encerrada a sessão.

Muito obrigado e boa noite. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 14 minutos.

 

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