11 DE NOVEMBRO DE 2024

75ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO GRUPO MULHERES DO BRASIL

        

Presidência: MARINA HELOU

        

RESUMO

        

1 - MARINA HELOU

Assume a Presidência e abre a sessão às 10h13min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a composição da Mesa. Convida todos a ouvirem, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro", executado pela cantora Malú Lomando.

        

3 - PRESIDENTE MARINA HELOU

Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene para a "Homenagem ao Grupo Mulheres do Brasil", por solicitação desta deputada, na direção dos trabalhos. Lamenta que grande parte das Casas Legislativas brasileiras não possuem nenhuma mulher eleita. Alegra-se por esta Casa ter hoje cerca de 30% das deputadas mulheres, número que cresce a cada eleição. Ressalta o grande desafio das mulheres de transformar os espaços de poder. Destaca a atuação de mulheres incríveis no Grupo Mulheres do Brasil. Diz ser este grupo uma grande referência para a própria deputada e as mulheres brasileiras. Discorre sobre o compromisso das mulheres de transformar a forma de fazer política hoje. Agradece a todos os presentes. 

        

4 - LETÍCIA CALVOSA

Atriz, faz pronunciamento.

        

5 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo com relatos de membras do Grupo Mulheres do Brasil e a homenagem, com entrega de placas comemorativas e flores, às diretoras do Grupo Mulheres do Brasil.

        

6 - JANDARACI ARAÚJO

Diretora do Grupo Mulheres do Brasil, faz pronunciamento.

        

7 - ALEXANDRA SEGANTIN

CEO do Grupo Mulheres do Brasil, faz pronunciamento.

        

8 - PRESIDENTE MARINA HELOU

Lembra de quando trabalhou na área de Diversidade da Natura e conheceu a empresária Luiza Trajano em uma reunião. Afirma ser ela uma grande referência para muitas mulheres no País.

        

9 - LUIZA TRAJANO

Fundadora do Grupo Mulheres do Brasil, faz pronunciamento.

        

10 - ALEXANDRA SEGANTIN

CEO do Grupo Mulheres do Brasil, faz a entrega de uma brochura com todas as atividades e relatórios do Grupo Mulheres do Brasil para a deputada Marina Helou.

        

11 - PRESIDENTE MARINA HELOU

Faz agradecimentos gerais. Destaca o compromisso destas mulheres em melhorar a vida das pessoas. Coloca seu mandato à disposição. Anuncia a apresentação da cantora Malú Lomando. Encerra a sessão às 11h06min.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Marina Helou.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Bom dia a todos, comunicamos que daremos início à nossa sessão solene. Também informamos que, ao fim da solenidade, o espaço será liberado para a plateia fazer fotos, caso desejem.

Pedimos para que os profissionais de fotografia e filmagem se mantenham à distância adequada, para que todos possam assistir à homenagem. Os fotógrafos da Casa estão tirando as fotos deste evento e, logo após a sessão, ficarão disponíveis no Flickr da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. TV Alesp, nós vamos começar.

Senhoras e senhores, bom dia a todos os presentes e também àqueles que nos assistem através do canal da TV Alesp. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de Homenagear o Grupo Mulheres do Brasil, que lançou o "Pula pra 50", movimento que tem como objetivo aumentar a representação feminina na política.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.

Convidamos para que componham a Mesa solene dessa solenidade a deputada estadual Marina Helou, presidente e proponente desta sessão solene (Palmas.); Luiza Trajano, fundadora do Grupo Mulheres do Brasil (Palmas.); Alexandra Segantin, CEO do Grupo Mulheres do Brasil (Palmas.); e, por fim, Jandaraci Araújo, que é diretora do Instituto Mulheres do Brasil. (Palmas.) 

Gostaria de aproveitar e convidar a todos e a todas presentes para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, que neste ato será cantado pela Malú Lomando.

 

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- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos à cantora Malú Lomando, pela execução do Hino Nacional Brasileiro.

Gostaria de aproveitar e registrar as seguintes presenças: Marilene Queiroz Coelho Marçal, representante do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo; Bezinha Soares, porta-voz da Rede Sustentabilidade; Jair José dos Santos, vereador por Barra Bonita; Rodrigo Maldonado, vereador por Barra Bonita; Poliana Quirino, vereadora por Barra Bonita. 

Agora eu aproveito para passar a palavra à deputada estadual Marina Helou, para que proceda à abertura desta sessão solene.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Bom dia. É uma alegria ver esta Casa tão bonita que nem hoje estamos para abrir essa sessão solene. Iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais.

Senhoras, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo a minha solicitação, com a finalidade de homenagear o Grupo Mulheres do Brasil. Eu vou fazer minha fala... Eu faço aqui ou faço aí?

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Como você preferir.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Eu vou fazer aí. Queria iniciar minha fala pedindo para que todo mundo olhe ao lado, olhe para trás, olhe em volta. Olha que linda essa cena de uma Casa Parlamentar só com mulheres sentadas; poucos homens.

 

A SRA. - Marina, tem alguns homens aí.

 

A SRA. MARINA HELOU - REDE - Poucos homens ali. Bem-vindos também. Mas essa realidade massivamente de mulheres sentadas é exatamente o contrário do que a gente vê ainda em milhares de casas legislativas desse País, em que não tem nenhuma mulher eleita. A gente tem muitas cidades em que a gente não tem nenhuma vereadora eleita. A gente tem exatamente essa cena, só que ao contrário.

Na verdade, o que a gente tem é exatamente essa cena, só que ao contrário, em muitos espaços de poder ainda no Brasil, nas assembleias e no Congresso Nacional. Esta Assembleia teve pela primeira vez... Chegamos em 30% de mulheres eleitas. É um grande avanço. (Palmas.)

É um orgulho estar numa Casa, nessa legislatura, com um número que vem crescendo a cada eleição, com um grupo diverso de mulheres, porque nós somos diversas, com um grupo de ideias diferentes, espectros políticos diferentes, mas com um compromisso com a vida das mulheres, com um compromisso com o combate à violência contra as mulheres, com um compromisso em a gente pensar uma outra forma de fazer política.

Mas mesmo assim, aqui nesta Casa, se a gente olha a Mesa Diretora, não tem nenhuma mulher. Se a gente olha as principais comissões, não tem mulher. Nas principais presidências de comissões ainda não estamos sentadas lá.

No Congresso de Líderes, que acontece toda semana para definir a pauta, eu sou a única mulher, porque a gente brigou e criou um espaço de representante das mulheres, porque, senão, também não teríamos nenhuma mulher como liderança dos partidos.

Então, a gente está ocupando os espaços, mas ainda tem um desafio grande para que a gente realmente transforme os espaços de poder. Eu pedi para vocês olharem em volta, porque se a gente olha uma casa colorida, como estamos aqui, com tantas mulheres, a gente pode pensar, com certeza, em políticas públicas diferentes, em resultados diferentes, em retomar da política um espaço que as diferenças são legítimas. 

É legítimo que a gente pense diferente numa sociedade, mas é na política que essas diferenças deveriam se encontrar para construir soluções, para negociar, para avançar a sociedade. Quem melhor do que fazer isso do que nós, mulheres? 

Eu peço para vocês olharem em volta, para que a gente possa sonhar que vamos chegar lá, que vamos chegar em um espaço em que ocupamos metade do Parlamento, metade dos espaços de poder, como somos metade da sociedade.

Aqui entre uma semana tão difícil, em que a gente viu que ainda é difícil para mulheres ganharem votos só por serem mulheres, que a gente tem tantas notícias de violência, tantas coisas acontecendo, eu peço para a gente suspender um pouco toda essa realidade para que a gente possa também celebrar. Faz parte de nós, mulheres, também lembrarmos de celebrar, lembrarmos de fazer as coisas de uma forma diferente, lembrarmos de sermos mulheres e femininas, sermos quem somos, ocupando os espaços de poder.

A gente não quer chegar no poder e nos transformarmos, virarmos iguais. Queremos chegar nos espaços de poder e transformar os espaços de poder. Essa celebração aqui hoje é exatamente para isso, é exatamente para que a gente possa olhar tudo de tão incrível que já está acontecendo, quantas mulheres incríveis a gente já tem atuando na sociedade, transformando a realidade. 

Quando a gente pensou em quem a gente gostaria de homenagear, olhamos quantas homenagens têm se feito nesta Casa para homens. Cadê os espaços? Cadê essas mulheres incríveis? 

A gente fez a nossa primeira homenagem esse ano para a Joênia Wapichana. Foi a primeira vez que uma mulher indígena, desde que esse prêmio aconteceu em centenas de ocasiões, décadas de Assembleia Legislativa, foi homenageada nessa Casa e foi lindo. 

Na hora em que a gente pensou, falamos: "quem que a gente pode trazer que olha para as mulheres com esse olhar apreciativo e que tenha força, que não tenha um lugar que só reclama, mas que faz e que transforma". E o Grupo Mulheres do Brasil lembra para a gente como é muito potente quando as mulheres se unem para agirem juntas, quando as mulheres se unem para trazer mais mulheres e saber que a transformação é possível e que ela acontece todos os dias.

O Grupo Mulheres do Brasil aparece como uma grande referência para mim pessoalmente - agradeço individualmente como foi importante ter vocês como referência, apoiando e acreditando que as mulheres deveriam estar na política -, mas também para milhares e milhares de mulheres e meninas no Brasil inteiro. O combate à violência, pautar isso como uma pauta única e a garantia de que, sim, faz sentido lutarmos por mais mulheres na política.

O "Pula pra 50" é um movimento fundamental que vocês puxaram, construíram e mostraram que a gente pode, sim, pensar e pautar uma política mais diversa que represente quem somos na sociedade. Isso não quer dizer, e vocês fazem isso muito bem também, que a gente quer excluir os homens, isso não quer dizer que a gente é contra homens. Isso quer dizer que a gente tem uma outra visão de construção de sociedade em que as mulheres também têm seu espaço.

O Grupo Mulheres do Brasil, então, foi a certeza de que a gente tinha e que merecia uma homenagem desta Casa, merecia realmente um espaço de honra na história do Estado brasileiro, na história do Legislativo brasileiro, mostrando que a gente pode apoiar cada menina, cada mulher para se transformar em quem elas quiserem ser.

Que a gente pode ter uma sociedade que não é conivente com a violência, com nenhum tipo de violência, mas que não, a gente não vai aceitar mais violência contra a mulher, violência contra as meninas, violência sexual. Que a gente vai lutar para que a gente possa ter cada vez mais mulheres eleitas no Brasil inteiro.

Que não, a gente não tenha mais nenhuma Câmara de Vereadores nesse País em que não tenhamos nenhuma mulher. Que a gente não tenha mais nenhuma vez uma vereadora eleita sozinha, que é uma das situações mais violentas que a gente acompanha. A gente apoia vereadoras no Brasil inteiro e vemos o quanto elas se sentem sozinhas. 

Essa é uma ode à coletividade e é por isso que também a gente decidiu homenagear o Grupo Mulheres do Brasil, que sempre entendeu a importância do trabalho no coletivo.

Vivemos um momento do mundo tão individualista, em que a gente olha tanto a cada lugar, ao seu posicionamento, à sua pessoa. Essa é uma chance de a gente homenagear um coletivo mais forte e com mais gente, para que nenhuma de nós nunca mais precise se sentir sozinha.

É por isso que o Grupo Mulheres do Brasil faz um papel tão importante hoje aqui. Por isso que estou tão emocionada de poder ter mulheres que são grandes referências para mim nessa Mesa, de ter mulheres incríveis nessa sala. Até uma professora eu encontrei. Para que a gente possa mostrar que juntas a gente é mais forte.

A gente pode garantir que não vamos soltar a mão de nenhuma mulher, ninguém vai se sentir sozinho. A gente vai construir juntas um País melhor para todas as pessoas, um Brasil melhor para os nossos filhos e para as nossas filhas, para as nossas crianças, para a nossa natureza e para a nossa potência e para o nosso futuro, que começa agora, no nosso presente. Eu termino com bastante emoção, então vou dar uma olhada para ver se não perdi nada.

Eu registro aqui, então, os meus votos para que esse grupo floresça ainda mais, e o meu compromisso para que a gente olhe para cada menina, para cada partido, para cada presidência de partido. Que a gente dispute esses espaços, que a gente mostre que temos com o que contribuir, como contribuir, que a gente transforme a forma de fazer política ao ocupar esses espaços e que a gente possa dizer para cada menina desse País que ela pode ser exatamente o que ela quiser ser.

Juntas, a gente vai lutar pelo futuro delas e pelo nosso presente. Quero agradecer e dizer a vocês que contem comigo. Espero que tenham uma manhã emocionante, como eu estou emocionada. Quero aproveitar esse momento para convidar a Letícia Calvosa para que faça uma fala inspiradora para todos nós. (Palmas.)

 

A SRA. LETÍCIA CALVOSA - Bom dia. Vocês já ouviram com certeza a expressão "se tem placa, tem história". Hoje, vamos entregar uma placa. Então, a gente se pergunta: "qual é a história do dia de hoje?". O registro de hoje é de uma história que celebra o esforço e empenho de mulheres em torno de uma causa tão relevante no nosso País. 

Esse dia celebra algo que vem de longe. Vem de um legado que tem início com os 92 anos da conquista do voto feminino. Vem com as primeiras representações que tivemos nesta Casa em 1935 e 1937, com as primeiras deputadas estaduais por São Paulo, Maria Thereza Nogueira de Azevedo e Maria Thereza Silveira de Barros Camargo. Foi somente nos anos de 1970 que tivemos a eleição da primeira deputada negra aqui na Assembleia Legislativa, Theodosina Rosário Ribeiro. 

As mulheres eleitas também tiveram um papel fundamental na Constituinte de 1988. Sob diferentes espectros e matizes políticas, as mulheres se uniram e articularam esforços que resultaram na garantia da licença-maternidade de 120 dias e na proibição de diferença salarial em razão do sexo na Constituição Federal.

Nós experimentamos também, neste novo milênio, a eleição de Dilma Rousseff como a primeira presidente mulher eleita ao maior cargo do Poder Executivo deste País. Ainda assim, nenhuma mulher compôs até hoje a presidência do Congresso Nacional em suas duas casas: Câmara e Senado. E foi somente em 2018, super recente, que nós elegemos nossa primeira representação feminina e indígena na esfera federal, como agora há pouco a Marina falou, a Joenia Wapichana. 

Esses marcos e pessoas nos lembram daquelas que correram por nós para que hoje nós possamos caminhar nessa mesma direção, falam sobre legado e sobre futuro. No dia de hoje, nós nos somamos a elas ao homenagear esse grupo que vem construindo o seu próprio caminho a muitas mãos e muitas vozes. Porque hoje, ao contrário de todos os dias, temos uma maioria de mulheres nesse espaço de poder. 

Hoje, ao contrário da enorme maioria dos dias, temos uma mesa de mulheres conduzindo os trabalhos aqui nesta Casa. E nós não estamos falando só da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Nós estamos falando também das câmaras de vereadores e vereadoras espalhadas por todas as cidades do País, onde as mulheres ainda são minoria. 

Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, foram eleitas prefeitas, em 2020, 656 mulheres ou 12% do total de todos os chefes do Poder Executivo Municipal. Agora, neste ano de 2024, foram 722 mulheres eleitas, um pequeno aumento para 13% das pessoas eleitas como chefes do Poder Executivo. 

Em relação às vereadoras, em 2020, foram eleitas 9.371 mulheres ou 16% do total. Agora, em 2024, totalizam 18% das eleitas, o que significou 10.649 mulheres. As mulheres negras são ainda menos representadas nesse contexto.

Segundo a pesquisa Gênero e Número, em 2020, dos vereadores eleitos no país, apenas 6% eram mulheres negras e 9% mulheres brancas. Já em 2024, foram 7% de vereadoras negras eleitas e 11% de vereadoras brancas.

Excepcionalmente, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo conta, na atual composição da Casa, com a maior representatividade feminina da sua história. Hoje, 25 parlamentares mulheres representam a população paulista, o que significa um aumento de 31% em comparação com a legislatura anterior. E aí nós voltamos a nos perguntar, faltam mulheres para ocupar esses cargos? Não. Somos a maioria nesta cidade, neste Estado e neste País. 

Feminismo, uma palavra que evoca tantos sentimentos, paixões, um movimento, uma tarefa de diferentes gerações. O feminismo não é um, são muitos. São ondas de mulheres buscando mudar um quadro de injustiça. O feminismo não é sobre inverter essa enorme distorção, até porque, gente, quanto tempo isso nos levaria agora? 

Nós temos pressa. Isso é sobre igualdade, é sobre chegarmos a uma representação que honre a nossa presença em todos os espaços da sociedade. Nós queremos 50% e não temos mais tempo a perder. Se o futuro é feminino, não podemos esperar que esse futuro venha de gota em gota com avanços e recuos.

Queremos ver esse futuro agora. Queremos viver esse futuro e torná-lo um presente para as nossas e futuras gerações. Não podemos mais adiar os planos de justiça, igualdade e representatividade, precisamos de um "pulo pra 50". Estamos juntas, Mulheres do Brasil.

Obrigada.

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Acho que é o momento de seguir, após falas tão inspiradas, tanto da deputada Marina quanto da Letícia. Então, para a gente continuar nesse espírito de emoção, a gente vai fazer a transmissão de um vídeo com relatos de membros do Grupo Mulheres do Brasil, contando um pouco das suas experiências a partir das cinco regiões do País.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Então, motivada por essa emoção que a Marina falou muito bem na sua abertura, pela Malú, que fez uma canção também maravilhosa, pela Letícia, que nos fez lembrar, na verdade, de diferentes momentos históricos de presença feminina aqui nesta Casa e pelo País, eu gostaria de convidar a deputada Marina Helou para se posicionar aqui à frente do púlpito para darmos início à nossa homenagem neste momento. 

Iremos homenagear as diretoras aqui presentes do Grupo Mulheres do Brasil, que com suas trajetórias e dedicação têm fortalecido diariamente essa organização e os seus propósitos. Convido, então, a Bruna Helena Souza Teixeira de Barros (Palmas.); Márcia Maria Franco Rodrigues (Palmas.); Maria Cecília Almeida e Silva Estellita Lins (Palmas.); Sonia Regina Reis de Souza (Palmas.); Jandaraci Araújo (Palmas.); Alexandra Segantin (Palmas.); e Luiza Trajano. (Palmas.)

 

 

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- É entregue a homenagem.

 

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A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Peço que vocês permaneçam para a gente fazer o registro fotográfico. (Vozes fora do microfone.) Seja bem-vinda, então, Rejane. A gente vai fazer isso no momento final. Eu vou pedir, então, para que todas se acomodem novamente nos seus lugares.

Parabenizamos a todas pelas homenagens aqui recebidas e eu retorno agora a palavra para a deputada estadual.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - A gente gostaria de ouvir agora a palavra das nossas homenageadas. A primeira pessoa que eu vou chamar, com muita alegria, por estar aqui com a gente compondo a Mesa, Jandaraci, é com você.

 

A SRA. JANDARACI ARAÚJO - Bom dia. Bom dia a todos e a todas aqui presentes. É uma honra estar participando aqui desta Mesa, nesse lugar tão emblemático, falando nessa jornada e nessa importância que o grupo tem, não só para quem compõe a diretoria, para quem está aqui no dia a dia, para quem vai para a sala de reunião ali no Paraíso e conhece aquela casa acolhedora, mas falando para todas as mulheres brasileiras, que acho que é muito importante. 

É Mulheres do Brasil, mas é um grupo que está para além das fronteiras do País e que vem ajudando muito as mulheres, inclusive fora do Brasil, as brasileiras que estão fora do Brasil, a terem esse lugar de acolhimento, de conversa e de união para transformar a realidade de mulheres brasileiras, onde quer que elas estejam.

O que mais me admira nesse grupo, desde quando eu entrei e passei por aquela porta, na primeira reunião que eu fui, é esse lugar de grande escuta e acolhimento, independente da sua origem, de onde você veio, da cor da sua pele.

É um lugar onde nós chegamos com o nosso CPF. Nós não entramos naquela casa pelo lugar ou cargo que a gente ocupa. Nós entramos Janda, Rê, Bruna, Maria, Antônia, Sônia, Tieco, a gente entra com o primeiro nome.

Isso é um de transformação. E ali, em horas, a gente discute planos mirabolantes que a princípio parecem impossíveis de se realizarem, mas a gente consegue fazer juntas. Como a Luiza bem fala, no caos a gente começa a transformar vidas de milhares de pessoas. Talvez muitas não saibam o lugar de impacto que cada projeto tem, o quanto de resgate de vidas e de sonhos se tem, às vezes, em cada reunião. 

Muitas que chegam lá já desesperançadas, cansadas, desiludidas, seja no Comitê de Combate à Violência, seja no 88, seja no Comitê de Igualdade Racial, em qualquer um deles, todo mundo tem a oportunidade de ajudar a transformar e fazer um mundo melhor para todos e, principalmente, para nós, mulheres, que ainda temos uma jornada imensa de transformação em busca de equidade. 

Eu aqui falo em nome de várias mulheres negras, indígenas, do norte e sul do País. Eu, como nordestina, é importante falar, que chego nessa cidade, encontrei e formei uma nova família, amigas que hoje carrego para a vida inteira. Pessoas que me acolheram, independente do meu cargo, da minha função e do que eu podia contribuir. 

Que a gente carregue o símbolo e o que é a real sororidade como referência, que é o que acontece naquela casa, ali na rua Tomás Carvalhal, no Paraíso. É um lugar, um ponto de transformação, para que todo mundo tenha certeza de que você não precisa estar em grandes lugares para ajudar a transformar a realidade das pessoas, que a gente precisa de intenção, de coragem e, principalmente, de união. 

Muito obrigada, Marina, por essa homenagem a mulheres tão visionárias que estão aqui ao meu lado, que tiveram a grande ideia de juntar mulheres. Tão simples quanto isso, juntar mulheres que poderiam estar tocando suas vidas, cuidando das suas famílias, dos seus negócios, mas resolveram se juntar para transformar a realidade de tantas outras.

Muito obrigada a todos e que a gente possa seguir esse exemplo aqui hoje.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - O Talibã proibiu, há duas semanas atrás, no Afeganistão, que as mulheres falem uma com as outras. Isso é extremamente simbólico do poder e da potência que a nossa conexão tem de transformação das realidades.

E aqui a gente tem que ter a responsabilidade de lidar com o nosso privilégio de podermos ocupar a política, de podermos falar umas com as outras para nos responsabilizarmos por essa transformação e é isso que vocês têm feito. 

Por isso que eu tenho muita alegria agora de passar a palavra para esse furacão de mulher, que faz tanta coisa acontecer: Alexandra Segantin.

 

 A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - Primeiro, agradecer imensamente. Eu compartilho muito da sua emoção, Marina, (Inaudível.) deputada, de acompanhar a sua trajetória, de acompanhar essa trajetória de tantas mulheres que foram aumentando a representatividade desta Casa. 

Eu queria começar primeiro lendo a placa que foi dada para todas nós, que fala: "Em sessão solene de reconhecimento pelo compromisso com a luta pela igualdade de gênero da política, a deputada estadual Marina Helou presta homenagem ao Grupo Mulheres do Brasil - Protagonismo que transforma, pelo trabalho desempenhado em defesa da liderança de mulheres, para a construção de um país mais justo e igualitário". Eu acho que é exatamente isso que a gente faz. 

Então, eu queria dedicar a minha fala àquelas primeiras 40 mulheres que tiveram essa ideia, à Luiza Helena Trajano sempre, porque se não tivesse uma força que falasse "vamos nos unir numa coisa tão inovadora"...

Como até hoje, 11 anos depois, é uma inovação social juntar mulheres que já têm tantos pratinhos fazendo acontecer. A gente cuida de família, de sociedade, a gente cuida de filhos, do trabalho, e pega mais um prato importante de deixar legados. 

Como que a gente começa a modificar primeiro uma sociedade, depois um país e agora a gente transforma o mundo, sim, deixando um legado de como mulheres podem fazer a diferença, de como juntas a gente tem poderes de buscar novas diversidades para essa sociedade mais igualitária, com mais justiça social, com mais diversidade.

Então, quando a gente se transforma dentro do Grupo Mulheres Brasil, que eu acho que é o principal legado, a gente transforma o nosso entorno e a gente transforma o mundo. 

É a busca de um grupo político. Sim, um grupo político suprapartidário, mas onde que é? Que as mulheres estejam nos espaços de poder, nos espaços de tomada de decisão.

Parecia uma batalha meio épica e, ao mesmo tempo, a gente já colhe resultados. A gente colhe resultados já sendo 130 mil mulheres, praticamente, em todo o mundo, nos cinco continentes e também no País, mais de 150 núcleos formados. 

Então, assim, esse sonho era grande, mas era possível, só precisava de coragem. Então, obrigada a todas que tiveram essa coragem inicial, que é o nosso agradecimento em estar aqui hoje, que é a nossa sede, é a nossa cidade, sendo reconhecidas. E também tendo essa simbologia de ver mulheres sentadas no plenário e que poderia ser um sonho de um plenário não só feminino, mas equitativo e colorido. 

Então, a gente consegue ver que é possível, é capaz, nós vamos conseguir fazendo o nosso trabalho, aumentando ainda mais a nossa potência, porque nós estamos juntas para transformar e cada mulher conta.

Então, parabéns a todas nós, Mulheres do Brasil, parabéns a todas as nossas fundadoras. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - É muito grande o Grupo Mulheres do Brasil, 150 núcleos? 

 

A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - Cento e cinquenta núcleos. 

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - É uma CEO de respeito, muito legal.

 

A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - É grande, não é? 

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - É grande, o impacto é grande, isso é muito legal. Para terminar a nossa fala aqui, eu vou chamar... Quando eu comecei a minha carreira na Natura, trabalhei nove anos lá e eu trabalhava na área de diversidade, comecei a trabalhar na área de diversidade. A gente participava de um grupo que se chamava Reis, Rede Empresarial de Inclusão Social, para a inclusão de pessoas com deficiência, e o Magazine Luiza participava.

Eu lembro a primeira vez que eu fui numa reunião que a Luiza estava. Eu fiquei com o coração na mão, me sentindo muito privilegiada de poder estar na mesma reunião e ela trazendo com tanta clareza a importância da inclusão.

O Magazine foi superimportante para a Natura naquele momento, para a gente ampliar o número de pessoas com deficiência trabalhando, ampliar as regras, possibilitar realmente espaços inclusivos. 

Ela era uma referência no Brasil inteiro já como empreendedora, como empresária, em espaços muitas vezes tomados só por homens, mas trazendo e transformando a forma de fazer isso, eu vi aquilo acontecendo e eu já admirei muito naquele momento. Os anos passaram, eu saí e entrei na política. A gente viu a necessidade dessa discussão acontecer no Brasil. 

Quando eu vi o início do surgimento do Grupo Mulheres do Brasil, liderado por essa mulher incrível, que é uma referência para tantas mulheres no Brasil, para tantas meninas poderem sonhar em ocupar os espaços que elas quiserem e que transformou já tantos espaços por onde passou, eu tinha certeza de que esse grupo ia ser muito potente. É com muito orgulho e muita alegria que eu chamo agora a Luiza Trajano, para falar aqui para a gente.

Com vocês, Luiza Trajano.

 

A SRA. LUIZA TRAJANO - Bom dia a todos e todas. Homens, a gente ama vocês, mas nós somos a favor das mulheres e sei que vocês também são a favor de nós. Muito obrigada à equipe da câmera aqui, que eu sei que trabalha nos bastidores. Eu fico pensando...

Eu acho assim, a única palavra que me vem é muita gratidão pela vida, é muita gratidão por tudo que nós temos vivido. Apesar de todos os desafios, agora cresceu um pouco mais na semana passada, mas eu tenho visto tanta coisa, nós temos visto tanta coisa. Muita gratidão a cada uma que tem o Grupo Mulheres do Brasil. 

Vou rapidamente falar algumas premissas que foram importantes para nós. Como elas dizem, eu trabalho um pouco no caos, mas de repente vem a ordem. A gente foi para Brasília, 40 mulheres.

Por isso que eu fiz questão de homenagear a Rejane aqui agora, porque a gente, naquela época, sem nem saber se era grupo, convidou... Mandaram levar umas empreendedoras lá para trabalhar "Minha Casa, Minha Vida", e a gente se reuniu antes. 

Eu tinha certeza de que nenhuma reunião em Brasília podia existir se a gente não tivesse a representação da sociedade de modo geral. Então, naquela época, eu convidei a Rejane, que já estava lá, e a Lisandra, para poderem ir conosco.

Isso foi um ponto muito importante para a primeira premissa do grupo, que é ter mulheres de todas as camadas e de todas as representações, porque a gente acreditava que um grupo só elitizado, só de executivas não ia dar certo e a gente tem hoje muitas mulheres de comunidade. 

A outra premissa que a gente tinha, muito forte, é que política pública é o que muda o País. A gente estar nesta Casa aqui, onde é feita política pública, e receber... É muito importante para a gente ter políticas públicas. Então, a gente tem 20 causas, a gente trabalha 20 causas, mas nós somos um grupo político. Até eu, que carrego muitas vezes as entrevistas, sou malvista: "Ela é de um partido ou do outro". 

A gente tem um partido que se chama Brasil. A gente luta... Se um lado está fazendo bem para o Brasil, nós estamos com ele. Se outro está fazendo, nós estamos fazendo. Quem convive sabe muito bem disso. Então, nós trabalhamos... A gente não inventa a roda, que eu acho que foi outra coisa muito séria. A gente apoia movimentos que já estão trabalhando.

Porque quando... Eu trabalho nessa área de voluntariado há muitos anos, desde Franca. Então a gente vê, como a gente vê no Amazonas, muitos barcos remando, mas na mesma direção, só que cada um num barco.

O meu sonho é colocar isso tudo num grande navio. É o que a gente tem tentado fazer com todas as coisas que a gente faz, reunir todos os movimentos que trabalham com cada causa que a gente faz. Outra era não ser contra os homens, mas a favor das mulheres. Então, está escrito nas nossas premissas isso, porque a gente acredita muito nessa junção.

Mediante isso, quando eu vejo, nesses 11 anos, o que todos, cada uma... A Xanda falou que também tinha uma premissa muito séria, aqui vai entrar com CPF. Porque eu, que vivo num mundo profundamente corporativo, sei que para você perder o crachá, você perde um pouco da sua identidade.

E, muitas vezes, a Xanda sabe disso, o grupo acolheu mulheres que eram presidentes e perderam o quadro, que fez isso e perdeu. Isso era uma coisa muito importante que a Xanda falou.

Marina, quando eu vejo... Eu tenho visto muito, tanto aqui como em Brasília, como nos lugares que a gente tem andado, e as minhas colegas que andam comigo também sabem disso, tantas mulheres como você.

Quando a gente vê você pegar o microfone e falar, eu até me emociono também, a gente percebe que é uma coisa verdadeira, que é de dentro e que tem a coragem de se expor e falar. 

Então, você pode ter certeza de que nós vamos pular para cinquenta. Eu vou no meio da minha fala, eu sou muito marqueteira, colocar uma musiquinha do Pula para 50 aqui, que na última hora eu falo. Então, assim, porque nós estamos já há muito tempo em políticas públicas trabalhando o "Pula pra 50". 

Tenha nosso apoio, que nós vamos daqui rapidamente pular para 30, 40, na próxima eleição para deputado estadual e federal. E, na próxima eleição, nós vamos ter presidentes das Câmaras mulheres, porque nós vamos lutar para isso, pode ter certeza. Então, vamos pôr o "Pula pra 50" aí.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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A gente sabe que não é fácil, mas nós chegamos lá, não é, gente? (Palmas.) Nós vamos chegar lá. Nós vamos pular para cinquenta. Assim, a gente tem muitos homens conosco. Eu já fui, muitas vezes, a única mulher de um conselho, porque precisava de uma mulher. Independentemente de ser eu, eu vejo o equilíbrio que é ter uma mulher e um homem.

A Sônia fala muito claramente que tem mais de 46 situações de guerra no país e nenhuma tem cara de mulher. Eu acho que essa junção da mulher e do homem, que a gente tem tão bem no Magazine, faz toda a diferença. Então, pode ter certeza disso. 

Eu também queria cumprimentar a cantora, Malú. Muito obrigada, que voz linda. Isso é ser mulher, canta com paixão, não é? Quero dizer para a Letícia que você nos deu uma aula hoje, porque é muito bom a gente receber uma placa, Letícia, e saber de onde ela vem. Muito obrigada. 

Eu queria, Marina, te agradecer de coração. Conte conosco para que a gente possa ter mais mulheres nas assembleias, não só nós, mas ter mais mulheres. Conte conosco para as suas causas e muita gratidão.

Eu queria que você também agradecesse o presidente da Casa, o deputado André, e todos os deputados que votaram para que a gente pudesse ter esse lugar hoje. Diga a eles que o Grupo Mulheres do Brasil se sente muito lisonjeado e muito agradecido. 

Todo mundo falou uma coisa e eu quero pegar um pouquinho do seu discurso: sonho que se sonha só é só um sonho, mas juntos nós vamos chegar lá, mesmo com todas as dificuldades e tendo os homens conosco.

Muito obrigada, gratidão.

 

A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - Aproveitar também para entregar para a deputada Marina Helou o nosso relatório de atividade de impacto. O primeiro que a gente fez, porque a gente vai do caos para a ordem, é o modelo caótico da Luiza. Para explicar como acontece, é fácil. Na bandeira, está "ordem e progresso". A Luiza progride, depois põe ordem. Vai fazendo, vai fazendo e a gente vai entendendo o caminho. (Vozes fora do microfone.) 

É o que já está feito. Em um ano, foram mais de 200 projetos, com começo, meio, continuidade, de impacto que tivemos no Grupo Mulheres do Brasil...

 

A SRA. LUIZA TRAJANO - A gente homenageia também a Fabiana, que é muito responsável por isso.

 

A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - Muito responsável. Conseguiu fazer esse compilado todo. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Eu adoro relatórios, adoro coisas organizadas, bonitas. Então, adorei.

 

A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - E não é simples chegar nisso, não.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Valorizo.

 

A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - Que bom.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Obrigada. 

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradeço também a fala da Mesa. Passo então a palavra para a deputada Marina Helou, para que proceda ao encerramento da sessão.

 

A SRA. LUIZA TRAJANO - Você tem muito jeito para ser cerimonialista, parabéns. Uma salva de palmas para ela, gente. (Palmas.)

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - A Mayara tem jeito para ser cerimonialista, mas ela é doutora em Segurança Pública no estado de São Paulo, defende a questão das mulheres e toca vários temas aqui na Casa com a gente.

 

A SRA. LUIZA TRAJANO - Eu só falei assim, porque as mulheres têm muito medo de microfone. A gente está lutando para que cada vez mais elas peguem o microfone, por isso que eu te elogiei nesse cargo.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Que para ela tem sido... Foi um passo, não é, Mayara? Fazer ela falar no microfone também. Foi muito bom ter vocês aqui hoje.

Foi muito bom a gente conseguir essa homenagem, a gente garantir esse momento de parada, mesmo para a gente olhar para os avanços, olhar para o que tem de lindo no nosso Brasil, para o que tem de lindo nas nossas mulheres, para esse grupo incrível que está fazendo essa transformação.

Queria agradecer vocês por terem vindo até aqui nesta assembleia abrilhantar esta Casa hoje, porque a gente vai ter grandes disputas nessa semana, vai ser uma semana intensa.

Mas já começa com uma energia ótima de vocês, para que a gente não perca de vista o papel de cada representante aqui, de cada deputado aqui, que é o compromisso em melhorar a vida das pessoas, o compromisso em melhorar o nosso País. Esse compromisso a gente não vai abrir mão e a força de vocês vai nos inspirar em continuar fazendo isso: defendendo as mulheres. 

Muito obrigada pela presença, muito obrigada pelo trabalho, pela organização, mas pelo ir fazendo, pela coragem de todas vocês. Muito obrigada pela generosidade, porque tem uma generosidade em a gente trabalhar pelo outro e pelo nosso País. Contem comigo para que a gente vá cada vez mais longe juntas. Obrigada.

E agora eu preciso fazer aqui.

Esgotado o objeto da presente sessão...

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Marina, a gente vai ter uma música da Malú.

 

A SRA. PRESIDENTE - MARINA HELOU - REDE - Mas eu não chamo depois? Aqui está escrito isso. Esgotado o objeto da presente sessão, agradeço a todos os envolvidos na realização dessa solenidade, assim como agradeço a presença de todas. Para encerrar a nossa linda homenagem ao Grupo Mulheres do Brasil, a gente vai convidar a cantora Malú Lomando para uma apresentação que encerra esta cerimônia e que permite que a gente possa celebrar juntas essa bela manhã.

Obrigada. (Palmas.)

 

A SRA. MALÚ LOMANDO - Peço licença para trazer uma música autoral para nós hoje, que tem tudo a ver com o que nós conversamos. Acho que aqui a gente está falando de não pedir licença para habitar os lugares que nos pertencem, que sempre nos pertenceram.

Então, que a gente possa seguir assim.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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A SRA. ALEXANDRA SEGANTIN - Malú, a gente vai pedir licença para te convidar para estar no nosso alinhamento, dias sete e oito. Amamos.

 

A SRA. MALÚ LOMANDO - Já topei, para mim vai ser uma honra!

 

A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Pessoal, a gente vai fazer uma foto, primeiro a gente vai fazer um registro daqui da Mesa e depois a gente organiza aqui na frente para todo mundo também tirar uma foto.

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 09 minutos.

 

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