17 DE FEVEREIRO DE 2023
13ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO
ADICIONAL
Presidência: JANAINA PASCHOAL e
GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a
sessão.
2 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz
pronunciamento.
3 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do
deputado Gil Diniz. Agradece a todos os pares que aprovaram o PL 668/21.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz
pronunciamento.
5 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
6 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz
pronunciamento.
7 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Parabeniza a deputada Janaina
Paschoal pelo PL 668/21.
8 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz
pronunciamento.
9 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência.
10 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz
pronunciamento.
11 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz
pronunciamento.
12 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz
pronunciamento.
13 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz
pronunciamento.
14 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz
pronunciamento.
15 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da
sessão, por acordo de lideranças.
16 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Defende a
instauração de CPMI para apurar os atos do dia 08/01, ocorridos em Brasília.
Recomenda à população cuidado no Carnaval. Convoca os Srs. Deputados para a
sessão ordinária do período adicional do dia 23/02, à hora regimental, sem
Ordem do Dia. Levanta a sessão.
*
* *
- Assume a Presidência e
abre a sessão a Sra. Janaina Paschoal.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa tarde a
todos. Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a
leitura da ata da sessão anterior e recebe o expediente. Imediatamente, dou por
aberto o Pequeno Expediente.
Chamando à tribuna a nobre deputada
Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Paulo
Fiorilo. (Pausa.) Deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Itamar Borges.
(Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Raul. (Pausa.) Deputado
Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Janaina. Sigo na
Presidência. Deputada Daniela Braga. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputada Marta Costa. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. Vossa Excelência tem o prazo regimental de
cinco minutos.
Deputado Gil Diniz encaminhando-se à
tribuna.
O
SR. GIL DINIZ - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, presidente, nobre deputada Janaina Paschoal; boa
tarde, nobre deputado Carlos Giannazi; boa tarde a todos os assessores, aos
policiais militares e civis, público que nos assiste pela Rede Alesp; fui
praticamente obrigado a subir aqui à tribuna pela nobre deputada Janaina
Paschoal.
Confesso que
nessa última semana, essa última semana foi de muito trabalho, deputada Janaina
Paschoal, V.Exa. tem acompanhado há muito tempo, V.Exa. que é autora do Projeto
668, que foi votado nesse plenário e sancionado agora pelo governador, e
ficamos aí cheios de dúvidas quanto à questão da sanção, agora sua
regulamentação.
Para quem não
sabe, esse projeto, essa lei, agora, no estado de São Paulo proíbe a exigência
do passaporte vacinal, proíbe a exigência desse famigerado passaporte, deputada
Janaina, que acabou por vitimar os trabalhadores, por exemplo, coisa que a
esquerda não fala, que muita gente aí foi perseguida em seus trabalhos,
professores respondendo a processos administrativos, policiais militares e
civis respondendo a processos administrativos, estudantes, deputada Janaina
Paschoal, de universidades públicas sendo caçados nas salas de aula, não
podendo estudar.
Você, que está
em casa, mãe, pai, que viu aí o seu filho estudar para um vestibular tão
concorrido como das nossas universidades aqui no estado de São Paulo, viu aí o
seu filho ser perseguido nesses últimos anos se por ventura ele não
apresentasse esse passaporte com essa comprovação de uma, duas, três, quatro
vacinas, esse esquema vacinal completo.
E antes que
nosso colega, deputado Giannazi, suba aqui e nos acuse de negacionista, não é
isso, nós queremos apenas dar liberdade ao estudante, ao professor, de escolha,
se assim ele quiser se vacinar, o Estado tem que garantir essa vacina. Mas esse
estudante não pode ser perseguido, deputada Janaina Paschoal, esse professor
não pode ser perseguido, esse policial não pode ser perseguido, perder o seu
salário, perder o seu emprego por conta desses especialistas que muitas vezes
acabam aí levando as autoridades para um erro. Eu acredito que esse erro está
sendo corrigido aqui em São Paulo.
O governador já
deixou claro também que ele não é antivax, que ele é favorável à vacinação, que
ele mesmo se vacinou e estimula a população a se vacinar, que o governo do
estado de São Paulo fará a propaganda devida não só da vacina da Covid-19, mas
de todas as vacinas também, porque parece que esse povo esqueceu que há uma
cobertura vacinal com outras vacinas, mas nesse último período só se ouviu
falar disso. Haja lobby de empresas aí como a Pfizer e outras mais.
Sei que os parlamentares
aqui que são contrários à minha fala não estão ganhando nada para me criticar,
mas a gente sabe que tem muito jornalista, tem muito especialista aí que tem
seus interesses garantidos quando nos atacam, quando nos silenciam, mas a gente
vai continuar seguindo aqui em São Paulo, tentando garantir a liberdade dessas
pessoas, trabalhando junto ao governador, deputada Janaina Paschoal, para que
deixe claro à população, para que regulamente via decretos, como já fez esta
semana, justamente essa questão. E para que os estudantes, os trabalhadores, o
povo, de um modo geral, não seja perseguido.
E eu deixo aqui
a pergunta na tribuna para o nobre deputado Carlos Giannazi, que provavelmente
vai me suceder aqui na tribuna, se ele é favorável ao uso de máscaras neste
momento, se ele vai pular carnaval agora nos bloquinhos aqui, em São Paulo.
Porque, pelo o que eu estou acompanhando, ninguém está de máscara, esses
milhões de foliões pelas ruas de São Paulo estão de máscaras.
Nós estamos
pedindo aqui justamente para o governador derrubar a exigência do uso de
máscaras no estado de São Paulo, visto que o CFM já disse que praticamente não
teve serventia alguma, mas muitos trabalhadores hoje são obrigados a usarem
essas máscaras.
Se quiserem
usar, for facultativo, podem usar à vontade, mas nós somos contra essa
obrigatoriedade. Mas muitos hipócritas aqui que exigem desses trabalhadores em
transporte público estão pulando carnaval neste momento, neste final de semana,
neste feriado prolongado em São Paulo, aos milhares, aos milhões. Hipócritas.
Obrigado,
deputada Janaina Paschoal.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Hoje recebi um relato bastante emocionante de uma
senhora que foi impedida de fazer um tratamento de saúde para um câncer facial,
porque não tinha uma das doses, não queria tomar essas tais doses de reforço.
Ela escreveu agradecendo ao meu gabinete, mas, neste momento, eu estendo esse
agradecimento a todos os deputados autores e deputados que votaram favoravelmente
ao projeto, que hoje é lei, aqui nesta Casa.
Sigo com a lista dos oradores inscritos
chamando à tribuna o nobre deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Deputado
Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo
regimental de cinco minutos.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, em momento oportuno, deputado Gil Diniz, eu vou
entrar nesse tema, embora já tenha feito um pronunciamento, inclusive acionado
o Ministério Público Estadual pedindo que o MP entre com uma Adin, com uma ação
para revogar, para anular a lei sancionada pelo negacionista governador
Tarcísio de Freitas.
Mas eu quero,
antes, Sra. Presidente, mais uma vez, através da tribuna da Assembleia
Legislativa, exigir que o secretário estadual da Educação, Renato Feder,
empresário, dono da Multilaser, que tem contratos milionários com o estado de
São Paulo, inclusive com a Secretaria da Educação, flexibilize, resolva a questão
das famosas APDs, que são as atividades pedagógicas diversificadas, que são as
atividades feitas fora da sala de aula pelos professores, impostas pela
perversa, sádica e nefasta Lei 1.374, lei aprovada, infelizmente, aqui, na
Assembleia Legislativa, que representa a farsa da nova carreira.
O fato é que
essas APDs, que são obrigatórias agora, a secretaria está exigindo que elas
sejam realizadas dentro da escola, isso está acabando com o Magistério, porque
uma ampla maioria não tem condições. O Magistério não tem condições, os
professores não têm condições de cumprir essas aulas dentro da escola.
E elas nem
deveriam ser cumpridas dentro da escola, na verdade, porque essas atividades
podem ser feitas em outros lugares, na casa do professor. É a hora em que ele
faz a pesquisa, que ele prepara as suas aulas, que ele faz as leituras, que ele
prepara as avaliações, corrige as avaliações.
Primeiro que as
escolas estão lotadas, sem infraestrutura. Nós não temos lugares para que os
professores possam realizar essas aulas dentro da escola. Esse é um ponto
importante, não existem materiais nas escolas.
Mas o pior é
que muitos professores, por conta dessa exigência da realização dessas APDs na
escola, não poderão mais acumular cargos. Professor que trabalha na prefeitura
da sua cidade e no estado não vai ter mais condições, ele vai ter que optar
pela exoneração de um dos cargos. Isso está dificultando, a exigência das APDs
dentro das escolas se tornou um grande pesadelo, uma tortura psicológica,
mental para uma boa parte do Magistério estadual.
Por isso que nós exigimos uma solução imediata para essa
questão, que essas aulas, essas atividades, sejam flexibilizadas, no sentido de
que o professor possa fazer de acordo com as suas condições. Ou seja, em local
de livre escolha.
É
isso que o Magistério estadual está reivindicando, e a secretaria tem que criar
essas condições, como já criou no ano passado. Percebendo que a lei era
inviável, publicou uma resolução flexibilizando essa cobrança, isentando os
professores dessa cobrança no ano passado, e pode fazer isso nesse ano. E nós
queremos mudar a lei. Essa lei tem que ser alterada.
Eu
apelo para que o secretário encaminhe, em regime de extrema urgência, um
projeto de lei para a Assembleia Legislativa, para que nós possamos revogar,
não só essa medida, essa perversidade da farsa da nova carreira, mas outras
também, como a falta à aula, que é um outro absurdo sem precedentes na rede
estadual, que está prejudicando, não só o Magistério, mas prejudicando também
os nossos alunos.
Porque
hoje mesmo recebi o relato de uma professora, que ficou presa num
engarrafamento, no trânsito. Ela tinha sete aulas.
E
a escola comunicou à professora: “Se a senhora não chegar dentro do horário, a
senhora nem venha.”
Mas
a professora: “Mas eu vou chegar. Eu vou perder a primeira aula, mas eu vou dar
seis aulas.”
Ela
falou: “Não, nós não vamos. A senhora vai ficar com falta nas sete aulas.”
Ou
seja, acabou a falta à aula. Olha o absurdo deste plano de carreira, da Lei nº
1.374, que tem que ser amplamente modificada. Então faço o apelo, a exigência,
que o secretário da Educação resolva essa questão das APDs, flexibilize.
A
nossa defesa é para que elas sejam feitas em local de livre escolha dos
professores. Porque elas são inviáveis, do ponto de vista operacional, do ponto
de vista concreto, é difícil realizar essas atividades dentro das escolas.
Estão lotadas e não têm espaços pedagógicos para isso.
Ela
impõe uma sobrecarga de trabalho desnecessária ao Magistério. E mais ainda: faz
com que muitos professores tenham que exonerar cargos, ou da prefeitura, ou do
Estado.
Tem
professor que tem dois cargos no Estado, e tem que exonerar um, porque senão dá
acúmulo de cargo. Olha só o absurdo. É uma legislação contra o Magistério,
contra a Educação. Eu não vejo o secretário se manifestando, tomando uma
atitude. Ele pode mudar isso. Então, qual é a saída? Uma nova resolução,
estendendo o prazo, flexibilizando a realização dessas aulas, em local de livre
escolha.
E
ao mesmo tempo, a apresentação de um projeto de lei, que venha do próprio
Executivo, para que nós possamos alterar, banir da lei, essa exigência
desnecessária, cruel, sádica, contra o Magistério, que representa toda a
política de ódio dos tucanos, do PSDB, contra os professores. Mas, se permanecer,
esse atual governo, do Tarcísio de Freitas, estará dando continuidade ao que o
tucanato fez contra o Magistério estadual.
Peço
para que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas ao governador,
Tarcísio de Freitas. E também ao secretário estadual da Educação, Renato Feder,
para que as providências sejam tomadas. Nós queremos uma Educação pública de
qualidade. Agora, se o governo continuar com uma legislação contra o
Magistério, nós não teremos Educação de qualidade no estado de São Paulo.
Muito
obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB -
Nós agradecemos, Sr. Deputado. Solicito à assessoria que faça os
encaminhamentos, conforme pleiteado pelo parlamentar na tribuna. Neste momento,
passo a Presidência dos trabalhos ao Excelentíssimo Sr. Deputado Gil Diniz.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Gil
Diniz.
* * *
O SR.
PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Seguindo a lista de oradores inscritos
no Pequeno Expediente, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Castello
Branco. (Pausa.)
A Lista
Suplementar. Convido a fazer uso da tribuna a nobre deputada Janaina Paschoal.
Vossa Excelência tem o tempo regimental de cinco minutos.
A SRA. JANAINA
PASCHOAL - PRTB -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimento todas as pessoas que nos acompanham, V.
Exa., Sr. Presidente, colegas deputados, senhores funcionários. Venho mais uma
vez tentar ajudar aquelas pessoas que, em alguma medida e por alguma razão,
vinham sendo constrangidas nos seus ambientes de trabalho, nos seus ambientes
de estudo, nos equipamentos de Saúde, na condição de pacientes.
Venho
orientar essas pessoas a buscarem a documentação - a lei que foi aprovada na
data de ontem e o decreto que também foi publicado na data de ontem. No caso,
temos aqui: a Lei no 17.629, de 2023, que foi publicada ontem, e o
decreto, publicado na mesma data, que dão o direito, no estado de São Paulo,
para que os cidadãos decidam se vão se vacinar ou não e quantas doses de
reforço tomarão. O número do decreto revogado é 66.421, de 2022.
É
importante pegar o decreto que revogou o decreto do governador João Doria, a
lei que foi publicada ontem e levar - vou utilizar um termo antigo aqui, mas
todo mundo vai entender - à sua repartição, ao órgão em que trabalha, e mostrar
que essas normas estão em vigor.
Hoje
pela manhã... Na verdade, ontem à noite; eu é que repliquei pela manhã: o
governador Tarcísio, inclusive, fez a seguinte postagem: “Boa noite a todos.
Importante esclarecer que, com a revogação do Decreto no 66.421, de
2022, que previa anteriormente a obrigatoriedade da vacina de Covid-19 para
agentes públicos, todos os processos de responsabilização de servidores que
tenham por base o referido decreto serão arquivados”. Então, peguem essas
normativas e levem à repartição.
“Ah,
sou policial, tem um procedimento na corregedoria”. Vá com essas normas à
corregedoria. “Sou professor, tem um procedimento na diretoria de ensino
competente”. Já leve essa normativa. Eu acredito, pelas publicações que vêm
saindo no Diário, alguns atos, já, de Srs. Reitores, de Srs. Dirigentes, que a
observância da nova legislação vai ser automática. Mas, se não for, é
necessário que cada um vá buscar o seu direito. A gente sempre tem que buscar
os direitos, mas com a lei vigente fica mais fácil.
Todos
sabem - porque eu falo sobre isso desde o dia em que o governador João Doria
publicou o tal decreto - que eu sempre sustentei, e sustento, que esse decreto
não tinha fundamentação nem constitucional, nem legal. Era um decreto
absolutamente ilegal. Esse é meu ponto de vista, sempre foi. Mas hoje isso está
claro, está oficializado por uma lei e por um outro decreto, que revogou.
Então, peguem essas normas e vão buscar esses direitos. Isso é muito
importante.
Pela
fala do governador, os processos instaurados com base no decreto revogado serão
extintos. Algumas autoridades estão interpretando que são aqueles processos que
estão em andamento, ou seja, o funcionário foi chamado para tomar a quarta
dose. Falou: “mas eu já tomei três, eu não quero tomar a quarta”, por alguma
razão. Esse processo que está em andamento vai ser encerrado. Algumas
autoridades estão entendendo que aqueles casos que já foram julgados, não; ou
seja, que não teria uma aplicação retroativa da lei que foi aprovada ontem e do
decreto que revogou.
A
minha concepção, como professora de Direito, é que, face à ilegitimidade do que
aconteceu até agora, à luz da Constituição Federal, à luz da legislação
federal, à luz do princípio de que não se pode punir sem prévia previsão legal,
as pessoas prejudicadas precisam ser chamadas para
a situação ser revertida.
Reitero: não estou falando de
indenização, não estou falando de vingança. Estou falando do seguinte: se o
funcionário foi demitido, tem que ser readmitido; se o aluno foi expulso, tem
que ser chamado a ocupar a vaga que conquistou mediante a aprovação em um
difícil vestibular; se o aluno não chegou a ser expulso, mas tem uma apuração
em curso, vai extinguir a apuração, mas, se ele teve as notas apagadas, as notas
que foram conquistadas precisam relançadas.
Eu sei que isso vai ser um pouco
polêmico, então estou dando a seguinte orientação para as pessoas prejudicadas
e os colegas advogados – daqui a 15 dias estarei de volta à advocacia, posso
falar colegas – para os colegas que eventualmente estejam representando essas pessoas.
Se processo está em andamento, tem que ser imediatamente arquivado. E os casos
que já foram – com todo o respeito a interpretação divergente e à autonomia de
cada profissional – entendo que cabe, sim, discutir.
Cabe discutir porque as pessoas não
podem ser demitidas sem lei prevendo que não vacinar implica demissão. As
pessoas não podem ser jubiladas, reprovadas sem uma legislação clara – estou
falando de lei, não é portaria, não é resolução, é lei –, sem uma legislação clara
que diga que cabe esse tipo de sansão por força de negativa de vacinação.
Então, assim, eu tenho colocado isso
nas minhas redes. As pessoas seguem ligando. Eu sei que já tem público,
deputado Gil, recebendo e-mail, sendo chamado a ocupar seu cargo. Porque tem os
dois lados: também tem repartições em que a pessoa não comparecia para
trabalhar. “Ah, não sou vacinado.” Então todo mundo agora pode e deve voltar ao
trabalho, porque este é o Estado do trabalho, não é isso?
Muito
obrigada, presidente.
O SR. PRESIDENTE -
GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputada Janaina Paschoal, mais uma vez lhe parabenizando pela iniciativa
de sua propositura do PL 668, que foi aprovado neste plenário e se tornou lei,
garantindo a liberdade ao povo de São Paulo.
Dando seguimento à lista de oradores inscritos no Pequeno Expediente,
Lista Suplementar, convido a fazer uso da tribuna o nobre deputado Castello
Branco. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi. Vossa Excelência tem o prazo regimental
de cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, eu quero repercutir e divulgar uma carta aberta em defesa da Sucen,
que é a Superintendência de Controle de Endemias no Estado de São Paulo, pelo
retorno imediato do controle de endemias. Esta carta foi apresentada, foi feita,
foi elaborada pela sociedade civil e por servidores públicos. Como todos sabem,
o ex-governador Doria, em 2019, apresentou aquele famigerado Projeto de lei 529,
extinguindo a Sucen e extinguindo também os institutos Florestal, de Botânica e
Geológico.
A Sucen, Sr. Presidente, é – era, né? –
uma instituição do SUS, do Sistema Único de Saúde, que fazia o combate das
endemias no nosso estado, como a dengue, como a zika, como a febre amarela, como
a doença de Chagas, dando orientação para as prefeituras do nosso Estado,
sobretudo para aquelas prefeituras que não tinham condições de manter um corpo
técnico, um corpo de funcionários.
Lembrando inclusive – e a carta relata isto
muito bem – que São Paulo tem 350 municípios que têm menos de 15 mil habitantes.
Esses municípios não têm condições de fazer essa prevenção, não têm corpo
técnico, não têm pesquisadores, não têm condições orçamentárias. Então a Sucen
cumpria um papel fundamental fazendo esse trabalho, dando assessoria, dando
orientação, fazendo pesquisa junto a esses municípios para combater todas essas
endemias.
No entanto, a Sucen foi extinta em
plena pandemia. O projeto foi aprovado em 2020. Ele foi aprovado no auge da
pandemia, com as pessoas morrendo no mundo todo, inclusive no estado de São
Paulo. Lembrando que o estado de São Paulo foi o estado onde nós tivemos o
maior número de mortes da América Latina, o estado de São Paulo, e a cidade de
São Paulo, sobretudo.
O fato é que
ela foi extinta, e nós estamos em uma luta imensa para que ela seja recriada. Ela
tem que voltar ao Sistema Único de Saúde com todos os seus servidores, os seus funcionários,
os seus pesquisadores científicos, porque ela foi praticamente diluída,
pulverizada, a Sucen não existe mais. É um absurdo que isso esteja acontecendo
no estado mais populoso e mais rico da nossa Federação.
Então, a carta
é muito importante. Ela é bem didática, ela explica todo esse contexto do PL
529. Eu gostaria só de ler alguns trechos aqui, dando conta da gravidade da
situação.
“O fim da Sucen
deixa um grave vazio, pois o governo paulista não possui um plano para o
atendimento das demandas de controle da dengue, deixando milhões de pessoas
entregues à própria sorte, em relação a essa e outras endemias”.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra.
Janaina Paschoal.
*
* *
Olha só
situação do estado de São Paulo, que não tem mais combate à dengue, e a dengue
voltou com tudo, está matando pessoas no nosso Estado.
Prosseguindo
ainda, um outro trecho da carta: “O resultado do desmonte começa a ser sentido
agora, mais cedo do que se esperava, com o retorno do avanço da dengue no
Estado. Nunca é demais lembrar que em 2019 São Paulo enfrentou um surto de
febre amarela, que foi rapidamente debelado, graças ao empenho dos
pesquisadores científicos e dos agentes de controle de vetores da Sucen, que, com
a detecção e mapeamento das áreas de risco de transmissão, permitiu a vacinação
dos moradores, evitando a perda de muitas vidas”.
A Sucen salva
vidas, e ela foi extinta. Então, nós queremos aqui novamente exigir que o
governo estadual recrie, que ele traga de volta a Sucen. Isso é importante para
a saúde pública de todo o estado de São Paulo, para os 45 milhões de habitantes,
para os 645 municípios do nosso Estado.
E não só a
Sucen tem que ser recriada, mas nós temos também que recriar o Instituto
Florestal, o Instituto de Botânica e também o Instituto Geológico, três
institutos importantes de pesquisa, e nós estamos vivendo uma crise climática
sem precedentes no mundo e no estado de São Paulo, com queimadas e incêndios em
nossas florestas, com tempestades de areia, crise hídrica sem precedentes. Nós
tivemos a crise da água, com o agravante que o governador Tarcísio quer vender,
quer privatizar a Sabesp. Aí a situação fica pior ainda.
Mas então, a
nossa luta aqui na Assembleia Legislativa é para que a Sucen seja recriada em
caráter de extrema urgência, juntamente com os Institutos Florestal, de
Botânica e o Geológico. É fundamental isso. Nós apelamos, Sra. Presidente, deputado Gil Diniz, que é da base
do governo, leve essa proposta para o governador Tarcísio. Recriação da Sucen, recriação
imediata do Instituto Florestal, recriação imediata do Instituto de Botânica e
do Instituto Geológico.
Isso é
fundamental para o estado de São Paulo. Nós temos que fazer uma reparação
histórica contra as maldades feitas pelo ex-governador Doria, pelos tucanos,
pelo tucanistão. Felizmente, nós nos livramos dele. Agora nós temos que reconstruir,
fazer a reparação, e fazer uma reparação é também trazer e recriar a Sucen e os
Institutos Florestal, Botânico e Geológico.
Então, peço
também que cópias do meu pronunciamento sejam encaminhadas ao governador
Tarcísio de Freitas, para que ele tome as providências.
Muito obrigado,
Sra.
Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado, e rogo à assessoria que faça os encaminhamentos,
conforme pleiteado pelo parlamentar na tribuna.
Seguindo aqui com a lista dos oradores
inscritos de forma suplementar, chamo novamente à tribuna o nobre deputado Gil
Diniz, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado mais
uma vez, presidente. Retorno aqui a esta tribuna para repercutir um pouco
também da tragédia que é o início do governo Lula, governo que o deputado
Carlos Giannazi apoia.
E
convidá-lo também a tecer comentários, deputado Giannazi, sobre os 18 reais
aumentados no salário mínimo dos trabalhadores aqui no Brasil, se realmente era
isso que o ex-condenado, o descondenado e agora presidente da República, só
isso já é uma vergonha para o nosso povo, mas essas ações que ele vem tomando
diariamente.
É
uma tragédia de governo, não sabem o que fazer, deputada Janaina Paschoal, não
sabem para onde ir, só sabem acusar uma, duas, três, dez vezes o presidente
Bolsonaro, como se o presidente Bolsonaro ainda governasse o País. Estão
perdidos.
Um
exemplo disso é o ministro da Justiça, o Flávio Dino, e a sua caçada aos CACs,
a sua luta, sua cruzada contra os homens e mulheres de bem deste País que
querem ter uma arma legalizada para o desporto, para a sua defesa, para
garantir a segurança de si, da sua família, do seu patrimônio.
Esse
senhor que hoje é ministro da Justiça, obviamente chancelado, tem ali a digital
de Luiz Inácio, todos os dias que ele vem a público ele praticamente
criminaliza esses homens e mulheres. Revogaram uma série de decretos do
presidente Bolsonaro que davam uma mínima liberdade ali para o nosso povo ter
acesso à arma de fogo e esses incompetentes conseguiram proibir a blindagem de
carros no País. Incompetentes. Não sabem o que fazer.
E
agora, com as redes sociais, quando o Lula entrou para presidente, a gente
tinha uma rede social ainda muito incipiente, hoje não, hoje temos aí Twitter,
Instagram, Facebook, WhatsApp, Telegram, Signal, várias redes sociais para
comunicar o que o governo vem fazendo. E é uma catástrofe.
Dezoito
reais para você, trabalhador, está aumentando aí no seu salário, mas bilhões de
reais para captação de artistas via Lei Rouanet, outros bilhões de reais,
deputada Janaina Paschoal, para as ditaduras aliadas desse governo. Ditaduras
essas que já deram calote no País. A ditadura cubana, isso está no contrato,
não é o deputado Gil Diniz que está inventando, deu um calote em bilhões de
reais no porto de Mariel e, no contrato, eles tinham garantido... a garantia do
pagamento do contrato era em charuto. Era em charuto.
Dizem
tanto, falam tanto em democracia, se arrogam aqui defensores da democracia,
convido aqui também, nobre deputado Carlos Giannazi, a condenar o ditador da
Nicarágua, que agora condenou um bispo católico a 28 anos de prisão. Cadê a
nossa CNBB?
Lançaram
uma notinha bem calma, bem zelosa com as palavras. Ah, se fosse, sei lá, um
deputado aqui perdendo a cabeça da tribuna e ofendendo alguma autoridade
religiosa, o que não aconteceria. Vinha até bispo na época, aqui, pedindo a
cabeça do deputado, mas para condenar uma ditadura, um ditador que persegue o
seu povo, que persegue a igreja, silêncio. Amigo de Lula, amigo de Luiz Inácio.
Maduro, amigo de Luiz Inácio. Gostaria de saber a opinião do deputado Carlos
Giannazi sobre esses ditadores amigos daquele que ele apoiou aí para a
Presidência da República.
Então
para você, trabalhador, você que está em casa, 18 reais. Para você que fez o L
não vai ter picanha não, não vai ter cervejinha não, porque 18 reais, meu
amigo... Se você comprar uma dúzia de ovos, talvez, e olhe lá. Então fica aqui
a pergunta, a questão ao nobre deputado Carlos Giannazi, se ele está satisfeito
com os 18 reais de Luiz Inácio para o trabalhador brasileiro.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sra.
Presidente. Para uma comunicação?
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Quero dizer ao deputado Gil Diniz, responder à provocação
dele. Deputado Gil Diniz, só o fato de o Brasil ter retirado da Presidência,
derrotado um governo nazifascista, genocida, destruidor da Educação Pública, do
SUS, da democracia, do processo civilizatório, é um grande avanço.
Esse governo
que V. Exa. defendeu até ontem, o governo Bolsonaro, do ex-presidente fugitivo,
covarde, que organizou um golpe contra a República e fugiu, ele não tem moral
nenhuma, deputado Gil Diniz. Vossa Excelência sabe muito bem que ele deixou uma
grande herança maldita para o próximo governo. Nós vivemos agora um governo de
reconstrução nacional.
Inclusive, esse
Orçamento que foi aprovado é o Orçamento da gestão do governo Bolsonaro. Então,
V. Exa. cobre um reajuste do salário mínimo do governo do Bolsonaro. Aliás,
nunca vi V. Exa. reclamando, em quatro anos, do não reajuste do salário mínimo
na gestão do governo Bolsonaro.
Então, acho
complicado V. Exa. fazer essa explanação, desviando o foco. Olha, o governo
federal acabou de aumentar as bolsas de pesquisa de pós-graduação, que o
ex-presidente e ex-presidiário também... Bolsonaro foi presidiário e vai ser um
futuro presidiário do Brasil. Aguarde, deputado Gil Diniz. Vossa Excelência vai
visitá-lo em alguma penitenciária, porque com certeza ele vai responder pelos
crimes de genocídio durante a pandemia e também em relação às comunidades
indígenas.
Então, o Brasil
tem avançado com mais investimentos na Educação, na Saúde, na volta de
programas sociais. Hoje nós temos um governo. O que tínhamos antes era uma
milícia, era o crime organizado na Presidência da República.
Muito obrigado.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Uma breve comunicação, para dialogar.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regimental,
colega.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Olha, presidente, é duro. O deputado Giannazi mistura “lé
com cré” aqui. Fez uma salada nesses dois minutos.
De miliciano o
governo Lula entende bem, tem uma ministra do Turismo ligada à milícia do Rio
de Janeiro e tem abaixo dela... Abaixo, não, mas é parceiro dela, na Embratur,
o Freixo, companheiro de partido, do PSOL.
Como eu disse:
sempre que o PT precisa, o PSOL está aqui para defendê-lo. Não tem um petista
neste plenário para defender esse governo, mas tem sempre o Giannazi, que é do
PSOL, mas o coração dele arde pelo Partido dos Trabalhadores.
Agora, deputado
Giannazi, o senhor falar que vou visitar o presidente na prisão... Olha, tenho
muita consideração pelo presidente e seja lá onde ele estiver obviamente sempre
vai ter o meu apreço e minha consideração, mas fico surpreso com a sua sanha de
encarceramento, V. Exa. que sempre defendeu aqui justamente... Eu acredito que
o senhor defenda o desencarceramento. “Essas prisões lotadas” que nós vimos.
Nunca vi o
senhor falar sobre os presos lá de Brasília, mulheres, senhoras, algumas foram
agora diagnosticadas com câncer. Não tem um pio da bancada de esquerda,
daqueles que dizem defender os Direitos Humanos. Esqueceram os Direitos Humanos
aqui no país.
De direito eu
sei que eles não entendem muito, como, por exemplo, a questão da
individualização da pena. Não, colocaram lá, arrolaram onze crimes, entre eles
terrorismo, por senhoras de 60 ou 70 anos estarem acampadas em frente a um
quartel general. Hoje estão em um presídio em Brasília e não há sequer a
intenção dessa esquerda em verificar esse tipo de condição desumana em que
essas pessoas vivem. Eles aplaudem isso por quê? Porque são adversários
políticos, só por conta disso. Golpe, deputado Giannazi? Pelo amor de Deus, que
golpe?
Que
golpe que aquelas senhorinhas ali poderiam dar no País? Que golpe? Nenhuma ali tinha
arma sequer. A gente está querendo agora uma CPI do dia 8 de janeiro. A senhora
apoia a CPI do dia 8 de janeiro? Ninguém do PSOL assinou a CPI do dia 8 de
janeiro.
Nós
já conseguimos as assinaturas regimentais dos senadores no Senado Federal;
faltam ainda os deputados. Então convido o senhor aqui a fazer coro e pedir
para os deputados do PSOL assinarem esse pedido de CPI para investigar quem
financiou, quem quebrou ali o Congresso Nacional, o STF, o Palácio do Planalto.
Porque
simplesmente misturar e jogar na cadeia, deputado Giannazi, novecentas, mil
pessoas, eu acho que não é de bom tom. Então a sanha encarceradora da esquerda
é gritante, porque cometeram um crime? Não, porque são adversários políticos.
Então,
enquanto a gente estiver aqui neste plenário, a gente vai estar desmascarando
aqui algumas hipocrisias e colocando, obviamente, para a nossa população o rumo
correto dessa narrativa que tentam nos pichar: nazista, fascista. Vossa
Excelência sabe que não, mas tenho certeza de que V. Exa. se orgulha de ser um comunista.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela
ordem, Sra. Presidente. Só para mais uma comunicação? A última do dia.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É
regimental, deputado.
O SR. CARLOS GIANNAZI
- PSOL - PARA
COMUNICAÇÃO - Eu queria responder novamente ao deputado Gil Diniz. Eu acho
estranho o deputado Gil Diniz se preocupando com encarceramento, com pessoas
presas. Nunca ouvi o deputado Gil Diniz condenando as prisões que foram feitas
durante a ditadura militar no Brasil, a tortura que virou política do Estado da
ditadura empresarial militar.
Nunca
se pronunciou. Milhares de pessoas foram torturadas, foram presas durante o
regime militar. Mulheres grávidas foram violentadas e até mortas, além da tortura.
As pessoas foram exiladas, tiveram que sair do Brasil. Nunca V. Exa. se
manifestou em defesa daquelas pessoas que foram mortas.
As
pessoas que participaram dessa intentona golpista nazifascista do dia 8, em
Brasília, muitas delas envolvidas com o tráfico de drogas. Aquela senhora de
Santa Catarina estava envolvida, foi condenada por tráfico de drogas, deputado
Gil Diniz. São pessoas que sabiam o que estavam fazendo sim.
Essas
pessoas estão sendo punidas, mas estão lá numa prisão cinco estrelas. Não tem
tortura; elas têm direito à defesa; os advogados estão lá. A Defensoria Pública
da União está acompanhando, o Ministério Público. Elas têm todo o suporte, mas
durante a ditadura militar foi tortura. Nós tivemos mortes, perseguições e
nenhum tipo de direito, e nunca vi V. Exa. se manifestar.
Agora,
as pessoas estão tendo tratamento vip, aqueles presos golpistas de extrema
direita que V. Exa. apoia. Agora, espero que os organizadores, os financiadores
do golpe, do terrorismo praticado em Brasília no dia 8 sejam identificados e
punidos com todo o rigor da lei. Lembrando que muitas pessoas já foram soltas.
Foram fichadas e já foram...
Pessoas
doentes, pessoas idosas já foram libertadas pela Polícia Federal. Então é uma
diferença enorme entre quem está preso hoje na Polícia Federal por conta dos
atos nazifascistas, terroristas, contra a República, e as pessoas que V. Exa.
nunca defendeu, que foram mortas e torturadas no Brasil.
Muito
obrigado.
O SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente. Para finalizar, não passo de um minuto. Para uma breve comunicação?
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É
regimental, deputado.
O SR. GIL DINIZ - PL -
PARA
COMUNICAÇÃO - Olhe, prisão cinco estrelas para quem está na Papuda mostra que o
deputado Giannazi não sabe o que é um presídio aqui no Brasil; na Papuda ou na
Colmeia, onde essas mulheres estão (Inaudível.) dos homens ali.
Prisão
cinco estrelas, deputado Giannazi? Pelo amor de Deus! Não sei de onde o senhor
tirou. Eu sei que o senhor se empolga aqui na narrativa, mas isso não existe.
Essas pessoas... Quem cometeu algum crime ali tem que ser punido; concordo com
o senhor. A quem financiou os atos criminosos, quem cometeu crimes ali naquele
dia. O meu total repúdio. Como eu disse, nós queremos investigar. O governo que
o senhor defende já colocou sigilo nas imagens do Palácio. Vocês é que diziam
tanto sobre sigilo e tudo mais, o governo colocou sigilo nessas imagens. Nós
queremos investigar. Vocês não querem tratar esses prisioneiros, esses homens e
mulheres que não cometeram crime algum, crime algum, simplesmente jogá-los em
uma cadeia por serem adversários políticos, olha, Alexandre de Moraes fez
escola nesse plenário aqui, colocando aqui a defesa dessas arbitrariedades.
Então, enquanto
nós tivermos voz e estivermos aqui, vamos, sim, defender a Justiça, defender o
direito. Quem cometeu algum crime ali, que pague; agora, generalizar, colocar
mil pessoas na cadeia porque alguns elementos ali cometeram alguns crimes não é
razoável, não é de bom tom. Mas, seremos aqui, deputada Janaina Paschoal, por
quatro anos, um crítico ao governo Lula, um deputado do PL crítico ao governo
Lula e um deputado do PSOL obviamente apaixonado pelo Partido dos Trabalhadores,
defendendo esse desgoverno.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, se houver acordo
aqui entre as lideranças, levantar a presente sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É
regimental. Independentemente dos posicionamentos de cada qual, essa CPMI
poderá trazer maiores esclarecimentos sobre o que exatamente aconteceu, como
aconteceu, por que aconteceu, com a colaboração de quem aconteceu, seja por
ação, seja por omissão. Então acredito que seja uma investigação pública,
transparente, a que o País tem direito. Com certeza, a CPMI sanará muitas
dúvidas. CPMI - Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. Por que mista? Porque
congrega Câmara e Senado, porque nem sempre as pessoas que nos acompanham têm
esse conhecimento.
Bom, hoje é sexta-feira de carnaval,
teremos aí muitos dias. Para quem vai brincar o carnaval, como diziam os meus
avós, são muitos dias de folia. Eu queria pedir para todos, e obviamente aqui
não tem nenhum tipo de pregação, nem discurso moralista, não é isso, mas que
sejam responsáveis. Sejam responsáveis. Como é que a gente é responsável? Pode
namorar? Pode. Pode dançar? Pode. Mas não precisa, vamos dizer assim, perder o
controle sobre o próprio corpo, sobre a própria mente.
A música já tem um efeito maravilhoso
sobre todos nós, então não precisa de agentes externos, porque, às vezes, a
pessoa vai para um baile de carnaval, não sei como se chama agora, vai para a
balada, vai para a festa, e acha que para poder se soltar, para poder
aproveitar, tem que usar droga, tem que beber para perder a vergonha, por
exemplo. Esse tipo de situação normalmente tem consequências muito nefastas
para a saúde, para a segurança, seja homem, seja mulher.
Não tem nenhum discurso aqui só para
mulheres ou só para homens. Você perde a consciência, pode ser vítima de um
abuso inclusive sexual, tanto mulher, como homem. Pode praticar um abuso,
porque quando se usa droga, lícita ou ilícita, você pode perder também a
capacidade de entender os seus limites. Se pegar o carro para dirigir, pode
causar um acidente, sofrer lesões, morrer, matar, pode ser atropelado.
Comportamento sexual irresponsável também.
Não sei, parece que é moda beijar
várias pessoas na mesma noite, fazer sexo com várias pessoas no mesmo período.
Isto aqui não tem nenhum discurso religioso, ninguém está aqui dizendo que tem
que casar virgem, seja para o homem, seja para a mulher. Mas será que precisa
tanto parceiro assim? E, se for ter um relacionamento sexual aí no meio do
carnaval, preservativo é passível de ser retirado em todos os postos de saúde.
Evita-se contrair uma doença sexualmente transmissível, evita-se uma gravidez
não planejada; automaticamente se evita aborto, evitam-se crianças depois de
nove meses indesejadas. Eu sei que essa frase é pesada, mas eu que estudo
questões de violência, de Segurança
Pública, sei que tem impacto.
Então, acho
assim, são quatro ou cinco dias que podem ser muito bem aproveitados, podem ser
importantes para a cultura, para o lazer, para a interação. Vamos aproveitar
com responsabilidade. O nosso plenário volta apenas na próxima quinta-feira,
está bom?
Sras. Deputadas
e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar
por levantados os nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
quinta-feira, dia 23 de fevereiro, dia de nascimento da minha avó, à hora
regimental, sem Ordem do dia. Está levantada a presente sessão. Bom carnaval a
todos.
*
* *
- Levanta-se a
sessão às 15 horas e 5 minutos.
*
* *