21 DE MAIO DE 2025
68ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: EDUARDO SUPLICY e DANILO CAMPETTI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h13min.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
4 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
6 - DANILO CAMPETTI
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - DANILO CAMPETTI
Assume a Presidência.
8 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - FABIANA BOLSONARO
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Cumprimenta o coronel da PM Alexandre Roldan, presente no plenário.
11 - GUILHERME CORTEZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - FABIANA BOLSONARO
Para comunicação, faz pronunciamento.
13 - GUILHERME CORTEZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
14 - PRESIDENTE DANILO CAMPETTI
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 22/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 15h04min.
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-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Eduardo Suplicy.
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-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Vamos passar ao Pequeno Expediente. Tem
a palavra a deputada Solange Freitas. Ausente. Deputado Itamar Borges. Ausente.
Deputado Delegado Olim. Ausente.
Deputado Carlos Cezar. Ausente. Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. Ausente.
Deputado Antonio Donato. Ausente. Deputado Reis. Presente, tem a palavra pelo
tempo regimental.
O
SR. REIS - PT -
Cumprimento o presidente, deputado Suplicy, o público presente, os integrantes
da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica.
Quero cumprimentar também todos os funcionários desta Casa e todos aqueles e
aquelas que estão nos acompanhando em seus afazeres pela Rede Alesp.
Sr. Presidente,
hoje nós estamos aqui com déficit de deputados. O plenário está vazio porque
está tendo a eleição das comissões. Inclusive acabei de participar de uma
eleição em que o deputado Major Mecca e o deputado Olim foram reconduzidos para
presidir a Comissão de Segurança Pública, isso por um acordo da Casa.
Então se faz lá
a conta da proporcionalidade, de acordo com o tamanho do partido, e aí cada
partido tem a sua participação nas comissões e na quantidade de presidentes, de
vice-presidentes.
Então, dentro
desse acordo que a gente tem que respeitar... Inclusive a deputada Ediane se
colocou também para presidir, mas, como tem esse acordo, a gente tem que seguir
o acordo que os partidos fazem, né? Por mim eu até votaria na deputada Ediane
Maria, mas, como a gente tem que seguir a disciplina partidária, por isso nós
reconduzimos o Major Mecca e também o deputado Olim.
Mas,
presidente, eu quero deixar registrado esse projeto que foi aprovado aqui, e
inclusive eu sou coautor dele. Eu acho que o deputado Campetti também deve ser,
vários deputados assinaram o projeto criando um programa de moradia segura para
os policiais.
Foi a Lei nº
18.025, de setembro de 2024, que autorizou o Poder Executivo a criar um
programa habitacional para policiais civis, militares, técnico-científicos,
penais, agentes de segurança penitenciária, agentes de escolta e vigilância.
Quais são os policiais penais? São os vinculados à Secretaria de Segurança
Pública e à Secretaria de Administração Penitenciária.
Inclusive o
secretário Guilherme Derrite esteve aqui, e eu o cobrei. Eu falei: “Mas e aí?”.
Ele falou: “Não, mas valorizar também, um programa de moradia é valorizar os
policiais”. É preferível pagar salário, né? Porque aí paga um bom salário, o
policial vai lá e compra a sua casa, não precisa de programa do governo.
Como o governo
paga um salário irrisório... Um salário líquido de quatro mil reais para um
soldado é irrisório, né? Para quem tem que dar a sua vida pelo povo, tem que
sustentar a sua família, garantir a sua moradia com quatro mil reais é
humanamente impossível.
Então criou-se
esse programa, foi alardeado, propagandeado. Eu comecei a perguntar nos
batalhões se alguém já tinha tido acesso a essa moradia segura, a essa carta de
crédito de 300 mil reais. Não encontrei um até agora. Não encontrei um. Pode
ser que eu esteja falando aqui e tenha vários policiais da Polícia Civil, da
Polícia Militar, da Polícia Penal e Técnico-Científica com essa carta de
crédito de 300 mil reais.
Talvez o
governo esteja deixando para o ano da eleição, né? Porque político só pensa em
eleição. Nunca vi um negócio desse. Em vez de fazer as coisas agora, não, fica
esperando o ano da eleição. Mas o fato é que eu estou encaminhando um
requerimento de informação para que o governador Tarcísio de Freitas possa nos
informar.
Então eu narro
aqui sobre o programa, sobre as resoluções que já foram aprovadas, uma
resolução intersecretarial aprovada pelas Secretarias de Habitação, de
Segurança, de Administração Penitenciária. E eu pergunto: Quantos policiais ou
servidores já conseguiram uma carta de crédito para aquisição de um imóvel?
Quais são os próximos passos para divulgar e promover efetivamente o programa
Moradia Segura?
Trata-se de
interesse público, porque se tem um projeto que foi aprovado, se tem uma lei
que já foi regulamentada, se tem portarias que já foram expedidas, mas não
temos até agora nenhum policial, nenhum servidor da Segurança Pública que teve
acesso a essa carta de crédito com relação a esse programa “Moradia Segura”.
Então a gente
quer que o governo acelere esses procedimentos. Não dá para o governo fazer o
faz de conta. Nós não vivemos de faz de conta, nós não vivemos de promoção
pessoal, de autopromoção, de o governo fazer projeto para se autopromover. Esse
não é o objetivo.
Se tem um
projeto, virou lei, foi regulamentado, tem portarias disciplinando, qual que é
a dificuldade que o governo tem de colocar ele em prática, para que realmente
os servidores da Segurança Pública possam ter acesso a essa carta de crédito de
300 mil reais para adquirir a sua moradia segura?
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Reis.
Tem agora a palavra o deputado Marcelo
Aguiar. (Pausa.) Dr. Jorge do Carmo. Ausente. Rafa Zimbaldi. Ausente. Fábio
Faria de Sá. Ausente. Thainara Faria. Ausente. Enio Tatto. Ausente. Rogério
Santos. Ausente. Emídio de Souza. Ausente. Rômulo Fernandes. Ausente. Sebastião
Santos. Ausente.
Paulo Mansur. Ausente. Maria Lúcia
Amary. Ausente. Gil Diniz. Ausente. Andréa Werner. Ausente. Felipe Franco.
Ausente. Ediane Maria. Ausente. Edson Giriboni. Ausente. Atila Jacomussi.
Ausente. Deputado Caio França. Ausente. Deputada Beth Sahão. Ausente.
Agora eu sou o próximo que está na
lista. Solicito ao deputado Daniel Campetti que presida a sessão, por favor,
uma vez que eu sou o próximo orador inscrito.
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* *
- Assume a Presidência o Sr. Danilo
Campetti.
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O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI -
REPUBLICANOS - Deputado Eduardo Suplicy, V.Exa. tem a palavra pelo tempo
regimental.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
deputado Danilo Campetti; o governador Tarcísio de Freitas hoje anunciou um
SPA, um programa de erradicação da pobreza que, segundo reportagens da “Folha”,
de Bruno Ribeiro, deverá ser um contraponto ao “Bolsa Família” e às políticas
assistenciais do governo do presidente Lula.
Muitos
prefeitos estiveram lá, 210 prefeitos, cerca de um terço do total dos
mandatários municipais que estiveram presentes. O programa foi denominado
“Superação São Paulo”, se propõe a romper o ciclo da pobreza de 35.000 famílias
em dois anos.
Segundo o
governador, o objetivo é atingir inicialmente 1% de seu público alvo, que são
as famílias do Estado registradas no Cadastro Único. O Cadastro Único tem hoje
3,2 milhões de famílias em municípios paulistas, sendo que 2,5 milhões destas
famílias são beneficiárias do “Bolsa Família”.
O Auditório
Ulisses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes, com a capacidade para 1.000
pessoas, estava lotado quando ele chegou às 10 horas e 30 minutos para o
evento.
Foi um evento
de alta significação para um propósito importante, que é o da erradicação da
pobreza. Mas eu gostaria aqui de ponderar, com o governador Tarcísio de
Freitas, que o Congresso Nacional aprovou uma lei para instituir a renda básica
de cidadania.
Esta lei foi
aprovada por todos os partidos no Congresso Nacional, em dezembro de 2002; e no
Senado e na Câmara dos Deputados, em novembro de 2003. E foi então sancionada
pelo presidente Lula em 8 de janeiro de 2004, há 21 anos.
Também quero
dizer que o presidente Lula, em julho de 2023, promulgou a Lei nº 14.601, que
extinguiu o Auxílio Brasil, criado pelo presidente Jair Bolsonaro, e reinstitui
a o programa “Bolsa Família”, que tem tido bons resultados.
Ela define que
o “Bolsa Família” constitui um passo na direção da universalização e
incondicionalidade da renda básica de cidadania, conforme previsto já na
Constituição Brasileira no Art. 6º e também na Lei nº 10.835, de 2004, que,
portanto, precisa ser colocada em prática. Era outubro de 2023.
Encaminhei ao
presidente Lula, ao vice-presidente Itamar, ao Geraldo Alckmin e aos ministros
mais afins com esta área, tanto Fernando Haddad, quanto Wellington Dias, quanto
Marina Silva, quanto o Luiz Marinho, e o ministro de Direitos Humanos, também,
algo que foi substituído.
Mas, na carta
que eu enviei ao presidente Lula, em outubro de 2023, eu propus que ele
formasse um grupo de trabalho para estudar como será aquilo que está previsto
em lei: a transição do programa “Bolsa Família” para a renda básica universal.
O Brasil é o primeiro país do mundo que aprovou uma lei desta natureza e tem
tudo para ser um exemplo para todas todos os países.
E é importante
ressaltar que experiências municipais estão acontecendo sobre a utilização de
moedas sociais, como a moeda Palmas, a Mombuca e também experiências municipais
de renda básica de cidadania, como as que acontecem em Maricá e Niterói, que
foram escolhidas para serem a sede do 24º Congresso Internacional da Renda
Básica Universal, da renda básica de cidadania.
Então eu
certamente vou estudar o conteúdo dessa lei, mas considero muito importante que
tenhamos a perspectiva de, em breve, termos a realidade da renda básica
universal e incondicional, cujas qualidades têm sido ressaltadas como uma das
maneiras mais eficazes para prover dignidade e liberdade real a todos os seres
humanos. Isso poderá perfeitamente acontecer em nosso Brasil, no estado de São
Paulo.
Um abraço.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI -
REPUBLICANOS - Muito obrigado, deputado Eduardo
Suplicy. Seguindo a lista de oradores, convido o deputado Mauro Bragato.
(Pausa.) Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.)
Deputado Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Lucas
Bove. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio.
(Pausa.) Deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.)
Solicito ao deputado Eduardo Suplicy
que assuma a Presidência para que eu possa fazer uso da palavra, por favor.
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* *
- Assume a Presidência o Sr. Eduardo
Suplicy.
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* *
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem
a palavra pelo tempo regimental o deputado Danilo
Campetti.
O
SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, presidente,
deputado Eduardo Suplicy. Quero cumprimentar as Sras. Deputadas, os Srs.
Deputados, os servidores da Casa, as assessorias, os policiais civis,
militares, penais, das superintendência técnico-científica, os amigos que nos
acompanham aqui nas galerias, os amigos que estão nos acompanhando pela Rede
Alesp, senhoras e senhores.
Sr. Presidente,
com muita alegria, ontem estivemos no Palácio dos Bandeirantes para o anúncio
do maior programa social do Brasil. Eu digo isso com muita alegria, porque foi
um programa construído durante vários meses e a várias mãos. É um programa
intersecretarial, são várias secretarias, são mais de 29 políticas públicas
consubstanciadas nesse programa.
Eu quero deixar
aqui os meus cumprimentos ao governador Tarcísio de Freitas por ter um projeto
para o estado de São Paulo. Estender também meus cumprimentos à secretária
Andrezza Rosalém, a toda a sua equipe, que liderou a elaboração do programa
“Superação SP”.
Estendo os
cumprimentos a todos os servidores da Secretaria Estadual de Desenvolvimento
Social e o faço nas pessoas das diretoras regionais Patrícia Azevedo, lá de São
José do Rio Preto; e Ana Paula de Almeida, de Fernandópolis.
Quero dizer,
Sr. Presidente, que esse programa foi baseado na experiência de mais de 60
iniciativas em diversos países. Quero dizer também que ele fecha o ciclo da
assistência; ele trabalha não só com a entrega do que é necessário àquele que
está em condição de vulnerabilidade, mas também capacita, ou seja, confere
emancipação, autonomia e inclusão produtiva àqueles que necessitam.
Então programa
é inovador; são soluções novas, inovadoras, para problemas antigos, uma marca
da gestão do governador Tarcísio. Serão 150 milhões o aporte inicial, para 105
famílias; esse investimento chega a 350 milhões em 2025 e fecha o ciclo com
investimento de meio bilhão - 500 milhões de reais para todo esse programa.
Concomitantemente
a esse programa, também foi anunciado um outro programa, liderado pela nossa
querida primeira-dama, Cristiane Freitas, que se chama “Caminho da
Capacitação”, que vem complementar, vem se aliar a esse programa social - que é
o maior do Brasil - e contempla a capacitação de pessoas acima de 16 anos,
pessoas essas que estão desempregadas, ou estão no CAD Único ou, também, que
são mulheres chefes de família - chefe de família monoparental.
Então é um
programa inovador, é um programa que traz, realmente, solução ao problema que
já existe. E uma das marcas desse programa é o atendimento personalizado, ou
seja, é a busca ativa: nós não temos um programa como aqueles convencionais,
que são modulados, e o cidadão vai, se apresenta e adere ao programa.
Não, existe uma
busca ativa, que será feita por esses agentes de superação, que vão trazer um
atendimento individualizado, humanizado, vendo realmente as dores de cada
família, para que essa família tenha acesso - que é o mais importante - aos
direitos sociais inerentes a todo brasileiro.
Então, aqui em
São Paulo, nós temos hoje um programa que, com certeza, trará muitas pessoas a
uma condição laboral, trará autonomia para essas pessoas, trará condições
econômicas de essas pessoas conseguirem sustentar a sua própria família.
E aí temos
também uma participação muito ativa do secretário de Desenvolvimento Social,
Jorge Lima, que trabalhou muito, também, na perspectiva econômica dessas
famílias. Então é um ciclo que se fecha.
E só para
concluir, Sr. Presidente, na nossa posição aqui na Alesp, eu fico muito feliz,
porque tive reuniões com a secretária Andrezza Rosalém, tive reuniões com a
primeira-dama. E o nosso projeto de empregabilidade, relacionado a mulheres em
condição de vulnerabilidade, foi totalmente contemplado nesse programa.
Então eu fico
muito feliz, porque tivemos acesso... Os secretários, também com o secretário
Jorge Lima, ouviram os nossos pleitos, as nossas demandas e incluíram também
aquela nossa sugestão nesse programa, o que me deixou muito feliz. Projeto de
lei que foi aprovado aqui pelos Srs. Deputados e Sras. Deputadas.
Então, Sr.
Presidente, eu quero aqui reiterar os cumprimentos, dizer que São Paulo segue
na direção certa, São Paulo segue no caminho certo, também, para a Assistência
Social, fechando todo o ciclo de entrega àqueles que mais necessitam,
capacitando essas pessoas e entregando emancipação, autonomia e inclusão
produtiva à população mais vulnerável do estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Danilo Campetti. Peço a gentileza, se puder ocupar a
Presidência para que eu possa, ainda, realizar mais um pronunciamento, agora na
Lista Suplementar.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Danilo
Campetti.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Enquanto o deputado Eduardo Suplicy segue à tribuna, eu vou continuar com a
lista de oradores, convidando o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Agente
Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor.
(Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputada Monica Seixas do Movimento
Pretas. (Pausa.)
Entrando agora na Lista Suplementar,
convido a deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputada Fabiana Bolsonaro. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputada Thainara Faria.
(Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do
Consumidor. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Altair Moraes.
(Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)
Deputada Professora Bebel. (Pausa.)
Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado
Guilherme Cortez. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy, V. Exa. tem a palavra pelo
tempo regimental.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Danilo Campetti, eu gostaria
de informar que na manhã de hoje, no final da manhã, tivemos uma reunião muito
significativa do grupo de trabalho que foi formado pelas comissões de Direito
Humanos da Câmara Municipal de São Paulo e da Assembleia Legislativa de São
Paulo para estudar o tudo que acontece com a Cracolândia.
E então esse
grupo de trabalho começou em 2022, 2023, 2024, e agora no quarto ano já, 2025,
e queremos transmitir que foram feitas análises e considerações a um documento,
porque tantas pessoas foram ouvidas por este grupo, e há um documento de 400
páginas que estará à disposição de todos os interessados.
E hoje foi
exposta uma síntese deste documento na reunião e então... Mas eu quero aqui
ainda ressaltar, é importante o propósito anunciado pelo governador Tarcísio de
Freitas de contribuir para a erradicação da pobreza em nosso estado.
Mas eu quero
reafirmar que a melhor forma de efetivamente erradicar a pobreza, melhorar a
distribuição da renda e prover dignidade e liberdade real para toda a população
será a instituição para valer da renda básica de cidadania quando tiver o
caráter universal e incondicional.
E isto já é lei
aprovada por todos os partidos no Congresso Nacional e também, quando em
outubro de 2023 o presidente Lula promulgou a Lei nº 14.601, esta diz que fica
extinto o programa que havia sido criado pelo presidente Jair Bolsonaro, o
Auxílio Brasil, e reinstituiu o programa “Bolsa Família”, que vem tendo uma
repercussão positiva, não apenas no Brasil, mas internacionalmente.
Mas é
importante ressaltar que temos já a Lei nº 10.835, de 2004, que prevê a gradual
implementação, partindo dos que mais necessitam, portanto, do programa “Bolsa
Família”, até chegarmos à universalização da renda básica e inclusive para toda
e qualquer pessoa, não importa sua origem, raça, sexo, idade, condição civil ou
mesmo socioeconômica, mas vai ser pago isso a todo e qualquer morador de rua,
para aqueles que hoje estão na Cracolândia e também para o mais bem-sucedido
empresário brasileiro, para o Pelé, se fosse vivo, sim. Obviamente, nós que
temos mais colaboraremos para que nós próprios e todos os demais venham a
receber.
Será a maneira
de prover dignidade e liberdade reais para todas as pessoas em um país,
conforme ressaltam Philippe Van Parijs e Yannick Vanderborght em seu livro
“Renda Básica: Uma proposta radical para uma sociedade livre e economia sã”.
Inclusive, foi publicado em português pela Cortez Editora e pela Editora
Fundação Perseu Abramo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Convido a deputada Fabiana Bolsonaro.
Vossa Excelência tem a palavra pelo tempo regimental.
A
SRA. FABIANA BOLSONARO - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Quero primeiramente falar dos
escândalos que andam acontecendo no nosso País e dizer sobre a minha revolta
diante de tudo isso. A gente vê o quanto os aposentados trabalharam a vida
inteira sustentando a Previdência Social, sustentando o INSS com os seus
recursos, com parte dos seus salários, para na velhice poder usufruir desse bem
que essa pessoa mesma guardou para si - vamos dizer assim.
A gente sabe
que não é assim que o INSS funciona. O INSS funciona da seguinte forma: você
trabalha hoje para sustentar as pessoas que não trabalham mais hoje, mas
acredita-se que é como se fosse uma poupança - vamos tratar dessa forma.
Porque,
querendo ou não, a pessoa trabalha a vida inteira, contribui a vida inteira
para, no final, poder ter a tranquilidade de saber que está tudo certo. Aliás,
afinal, é um lugar de seriedade, de respeito, de princípios, de valores ou não?
O que aconteceu
nesses últimos dias, essas denúncias que estão acontecendo, que estão sendo
mostradas, gente, carros de luxo com estrelinhas no teto, carros de luxo com
valores milionários, relógios caríssimos, tudo isso com dinheiro de quem
precisa comprar remédio.
Gente, isso é
um absurdo. Estou admirada, inclusive, de ver que a Rede Globo ainda anunciou
que o irmão do Lula tem envolvimento. O que está acontecendo? Não estou
entendendo direito.
Mas assim, o
irmão do Lula ser presidente de uma associação que está envolvida com esse
assunto, que faz descontos nos pagamentos dos idosos, que não conseguem nem
acessar o sistema, porque presencialmente estão superlotados todos os INSS.
A gente sabe
que através de ligação é um pouco mais devagar. Eu fui estagiária, trabalhei
diretamente como estagiária de Direito e ia todos os dias ao INSS para ver
sobre essa situação. Então eu vejo, é muita tristeza ver o rombo, o estouro que
fizeram no INSS.
E agora a
pergunta é: quem vai devolver esse dinheiro? E sabe quem vai devolver esse
dinheiro? É você que está nos assistindo, que trabalha, trabalha, trabalha. Já
trabalha para esse dinheiro cair na sua conta quando você se aposentar. Agora,
é você quem vai ter que trabalhar mais ainda, por causa desses traidores que
traem a Pátria e colocam o dinheiro suado no bolso, dinheiro de gente honesta
no bolso. Isso é um absurdo.
O governo vai
pagar isso, vamos deixar bem claro. E quem sustenta o governo? O povo. Então o
povo vai ter que pagar a conta duas vezes. Vai ter que pagar a conta
simplesmente para se aposentar e agora a conta dos ladrões.
Meu Deus do
céu, por que o pessoal do 8 de janeiro está morrendo na cadeia sem direito
nenhum, nem de defesa? Eu não posso nem comentar juridicamente os problemas que
tem ali, porque um estuprador tem direito que o pessoal ali não tem. Esse que é
o problema. O problema é o direito, são as leis sendo violadas.
Agora eu quero
ver se tem um desses fraudadores, desses ladrões, bandidos, na cadeia. Esses
bilionários que roubaram do povo o seu dinheiro suado, não tem nenhum ainda na
cadeia. Eu espero, de verdade, que eles encontrem o seu cantinho nada
aconchegante em uma cela, porque isso é desumano, desrespeitoso. Não vamos
tolerar esse tipo de atitude e vamos sempre denunciar.
Havia também
uma denúncia da senadora Damares Alves, da senadora e ex-ministra da Mulher,
que ela viu que no prédio em que ela tem escritório também tem diversos carros
de luxo guardados, escondidos lá, que fazem parte de uma sociedade do “careca
do INSS” - careca é um termo pejorativo, porém é o apelido que deram a esse
rapaz. Bom, estou decepcionada mais uma vez com tudo que vem acontecendo.
A gente sabe
também que esse desgoverno está indo de mal a pior. Vimos também, através do
Janjômetro, que a Janja já gastou 117 milhões de reais em viagens, uma mulher
que nem primeira-dama quer ser, porque ela acha que é uma desonra. É uma
infelicidade o que vivemos hoje, as mulheres sentem desonra em serem tão
honradas assim? Meu Deus do céu, o mundo está de ponta-cabeça.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS -
Muito obrigado, deputada Fabiana Bolsonaro. Seguindo a lista de oradores,
convido o deputado Guilherme Cortez para fazer o uso da palavra.
Gostaria de saudar o coronel Alexandre
Roldan, que está aqui. Muito obrigado, viu, coronel? Por tudo o que o senhor
faz aqui na gestão na Assembleia Legislativa, na Assessoria Policial Militar. E
leve o nosso abraço a todos os policiais militares aqui da Casa. Muito
obrigado.
Vossa Excelência tem a palavra,
deputado Guilherme Cortez.
O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigado, Sr. Presidente, meus colegas deputados,
servidores desta Casa e o público que nos acompanha através da Rede Alesp.
Presidente, eu venho aqui para falar de alguns temas hoje,
mas para começar eu tenho que responder à deputada Fabiana Bolsonaro, que é uma
deputada que eu tenho o maior carinho, respeito do mundo e que concordo com
ela. Por isso que eu queria vir aqui e dizer que concordo com ela, que quem
roubou os aposentados, desde lá do governo Bolsonaro, tem que estar na cadeia.
Pode contar com todo o meu apoio, do nosso partido, porque
quem fez isso com pessoas aposentadas, idosos que contribuíram a vida inteira
com a Previdência para serem lesados agora, tem que ser punido. Agora
felizmente que a gente tem um governo que não aparelha a Polícia Federal, não
aparelha os órgãos de investigação.
Esse escândalo começou lá atrás, no governo Bolsonaro, que
vamos lembrar que era o governo que interferiu na Polícia Federal para proteger
os próprios filhos de investigações. Agora esse escândalo pode vir à tona,
agora a gente tem um governo que se compromete a ressarcir as pessoas que
sofreram com esse prejuízo.
Agora não dá para a gente comparar com as pessoas do 8 de
janeiro, porque se faz uma “passação” de pano para essas pessoas, que todo
mundo lembra que não foram coitadinhos - que estão na cadeia por um motivo, que
estão sendo julgados por um motivo -, porque no dia 8 de janeiro, de 2023,
foram até Brasília e defecaram em prédios públicos, quebraram janelas,
quebraram patrimônio público, também pago com o dinheiro do pagador de impostos
do povo do estado de São Paulo.
Essas pessoas têm mais é que serem punidas pelos crimes que
elas cometeram, a mesma regra tem que valer para elas e para qualquer outra
pessoa que comete esse tipo de crime. Então não adianta, não dá para fazer esse
tipo de comparação ao tentar endeusar... Sabe?
Vocês que tanto acusam do mimimi, do coitadismo e tal, fazem
a mesma coisa agora para defender esses baderneiros, esses terroristas que, sob
a ideia de tentar dar um golpe de Estado, mudar o resultado da eleição, foram
até Brasília depredar patrimônio público. O lugar dessas pessoas é, sim, na
cadeia e que a justiça seja feita.
Seguindo, Sr. Presidente, hoje está acontecendo a eleição de
várias comissões aqui nesta Casa. Como líder do PSOL, eu preciso dizer que a
dita proporcionalidade, que tantos falam aqui nesta Casa, não é uma realidade.
Na verdade, o que existe aqui é um acordo do qual fazem parte todos os
partidos, exceto o PSOL - que paga muito caro para manter a sua independência,
a sua coerência -, que começa lá na eleição para presidente da Casa, da Mesa
Diretora, e vai passando por cada uma das comissões.
Porque o PSOL e a Rede, que é uma bancada com seis
parlamentares, são deixados completamente de fora da Mesa Diretora, das
comissões. Tem bancada que tem um deputado e que está presente na presidência e
na vice-presidência das comissões. O PSOL e a Rede não estão presentes em
nenhuma.
Mas tudo bem, a gente não precisa disso para fazer o nosso
trabalho de oposição, para manter a nossa posição, mas também não contem com a
gente para respaldar
essa suposta festa da democracia, que vai todo mundo lá e fala do acordo, e
todo mundo fala da proporcionalidade, porque é uma proporcionalidade de
faixada.
Na verdade, é
proporcionalidade para quem aceita fazer parte desse acordo para dividir cargo,
para dividir verba, para dividir as posições aqui dentro desta Casa. E por
isso, nós, da bancada do PSOL, não fazemos parte desse acordo.
Tivemos
candidatura própria para a Presidência da Casa e hoje estamos tendo candidatura
para todos os cargos das comissões permanentes, dos quais não estamos sendo
contemplados, apesar da proporcionalidade e do tamanho da nossa bancada.
Mas saindo da
realidade da Assembleia, presidente, indo lá para o Senado Federal - porque é
importante que a gente se posicione sobre as coisas que vêm de fora mas que vão
nos atingir -, está para ser votado, no Senado Federal, o PL 2.159, que é o PL
para você acabar com o licenciamento ambiental no Brasil.
Um absurdo sem
tamanho, que, dentre outras coisas, fragiliza, desmonta o sistema de proteção
ambiental no nosso país, e dá até mesmo - pasmem - o direito de empresas
mensurarem o impacto ambiental das suas atividades. Olha só, é a galinha
cuidando do galinheiro.
Então a empresa
que polui vai poder dar a nota, dizendo se a atividade dela é nociva ou não
para o meio ambiente. A mineradora vai poder dar a nota, dizendo se a extração
que ela faz vai ser prejudicial ou não. É um absurdo. Existe sistema de
proteção ambiental brasileiro, licenciamento ambiental no nosso país,
justamente para colocar um freio na atividade de empresas que poluem, que degradam
o nosso meio ambiente, os nossos recursos naturais.
Esse projeto,
se for aprovado, só vai intensificar ainda mais os desastres ambientais que a
gente vê acontecendo no nosso País: as queimadas aqui em São Paulo, a inundação
e as enchentes lá no Rio Grande do Sul e também aqui no litoral norte de São
Paulo.
É inacreditável
que, em plena crise ambiental como a que a gente está vivendo, ao invés de
avançar para uma legislação de proteção ambiental, a gente está demonstrando o
sistema que a gente tem.
Então me somo
aqui nessa mobilização contra o PL da devastação ambiental, que quer acabar com
o sistema de proteção do nosso meio ambiente, do nosso país, porque é um
absurdo incoerente sem tamanho e criminoso, se a gente levar em consideração os
impactos que vão ter para toda a população de São Paulo e do Brasil.
Seguindo,
presidente, eu estive recentemente na cidade de Jundiaí, participando de uma
audiência pública, porque o que nós estamos vendo hoje, no estado de São Paulo,
é um processo de ataque à Ciência, à pesquisa científica no nosso Estado, por
dois motivos.
No governo de
São Paulo, o governador Tarcísio - que nunca teve muito apreço, assim, nunca
demonstrou apreço pela coisa pública, não à toa só sabe falar de privatizar e
militarizar, privatizou a Sabesp, privatizar tudo o que ele pode - agora também
quer acabar com a pesquisa científica do nosso estado que, aliás, é o estado
que mais produz pesquisa científica no Brasil inteiro graças ao investimento
público da USP, da Unesp, da Unicamp, do Instituto Federal, das faculdades
federais e da Fapesp.
Agora tudo isso
está ameaçado porque o governo mandou um projeto de lei para cá para arregaçar
com a carreira do pesquisador científico. Porque ele diz que vai reestruturar a
carreira, mas, na verdade, vai desestruturar a carreira, acabar com a
progressão da carreira dos nossos pesquisadores científicos, que não são
privilegiados, não. A vida de quem ganha, se sustenta, ganha dinheiro fazendo
pesquisa científica nesse país é muito difícil.
E olha que se hoje
a gente pôde sair da pandemia de covid-19, quando a gente tinha até presidente
negacionista, que não queria comprar vacina, que não queria que as pessoas
usassem máscara, foi por conta da pesquisa científica produzida aqui em São
Paulo pelo Instituto Butantã, pelos nossos pesquisadores. Por isso a gente pôde
interromper a pandemia.
Agora, como que
esses pesquisadores são retribuídos? Com um projeto do governo para acabar com
a carreira deles, para precarizar ainda mais esse trabalho fundamental que eles
fazem, que, na verdade, tinha que ser mais valorizado.
Nós lutaremos,
aqui nesta Casa, contra esse projeto de lei. Mas, também, contra uma outra
medida do governo que, cansado de privatizar a água, de privatizar o transporte
público, de privatizar a energia elétrica, agora está privatizando até mesmo os
nossos institutos de pesquisa, áreas públicas que são utilizadas pelas nossas
universidades, pelas nossas instituições de pesquisa.
Como o IAC, o
Instituto Agronômico de Campinas, que não fica só em Campinas, fica espalhado
por várias cidades, e agora o governo está querendo leiloar, privatizar essas
áreas.
Inclusive já
fez isso, leiloando uma dessas fazendas para quem? Para o Paulo Skaf,
ex-presidente da Fiesp. Não à toa, não por coincidência, apoiador do governador
Tarcísio.
E que de
presente, em troca do seu apoio, recebeu uma oferta no leilão para comprar uma
das fazendas públicas dos institutos de pesquisa de São Paulo pela metade do
preço. Esse que era o governo que dizia que a mamata ia acabar, mas é o governo
que, para os seus amigos, a mamata só se intensifica.
E por último,
presidente, porque já excedi o meu tempo, eu estou vendo uma grande discussão
assim, supérflua, na internet sobre os negócios dos bebês reborn. Como se não
tivesse coisa mais importante para discutir nesse país com tanto problema, não
é? E daí vem deputados, parlamentares, que vêm falar do bebê reborn, fazer
projeto de lei sobre o bebê reborn.
Os deputados da
extrema-direita, que sempre fazem questão de vir aqui nesta tribuna, falar o
quanto que eles se preocupam com as crianças, com os bebês, pois bem, a ONU,
Organização das Nações Unidas, anunciou que neste momento, enquanto a gente
está aqui, 14 mil crianças lá na Faixa de Gaza, na Palestina, estão morrendo de
fome.
E que, se em 48
horas o Estado de Israel não suspender o bloqueio alimentar - não é bloqueio de
armas, é bloqueio alimentar, impedir de passar comida pro território da Faixa
de Gaza -, 14 mil bebês e crianças vão morrer desnutridas, de fome.
Essa é a cara
desse genocídio que a gente convive há mais de um ano, e que com o tempo eu fui
parando de ouvir os deputados que vinham aqui defender, que vinham aqui falar
sobre, parar de falar.
Nós passamos a
tolerar, a conviver bem, a aceitar a notícia de 14 mil crianças que poderiam
ser nossos filhos, que poderiam ser brasileiras, mas que só por terem nascido,
por infelicidade, em um território que está sofrendo sobre uma ocupação e sobre
um genocídio, elas vão morrer de fome, crianças morrendo de fome.
Essa é a cara
do genocídio, do crime de guerra, do crime contra a humanidade que está em
curso na Faixa de Gaza. E eu digo, presidente, que se a humanidade, se o mundo
não for capaz de deter cenas como essa, impedir que bebês recém-nascidos morram
de fome, aí é porque a humanidade não é uma humanidade pela qual vale a pena
lutar.
Obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Obrigado,
deputado Guilherme Cortez.
A
SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma breve
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Uma
breve comunicação, deputada Fabiana Bolsonaro.
A
SRA. FABIANA BOLSONARO - PL -
PARA COMUNICAÇÃO - Como diz o
deputado Guilherme Cortez, entendemos que temos ideias opostas, mas nos
respeitamos extremamente como parlamentares. E aqui, uma das minhas ideias
opostas é primeiro em relação à Faixa de Gaza e todas essas crianças estarem
morrendo de fome. Eu também acho isso muito cruel. Mas lembramos que a
crueldade vem do lado do Hamas.
Porque teve um
acordo de paz, porque Israel precisa também receber as famílias de volta.
Lembrando que o Hamas colocou bebês no forno para as mamães assistirem. Eu nem
sei o que seria de mim se fizesse isso com a minha filha.
Então, tem um
acordo de paz, mas o Hamas não cumpre, e eles também ficam se escondendo atrás
dessas famílias, dessas pessoas, justamente para a gente ter uma ampla comoção,
que, sim, é de se comover.
Realmente, é
algo muito triste, mas nós nunca nos calamos aqui, e nós sabemos a situação
complicada em que Israel está, porque o Hamas faz essa pressão diante de
Israel, manda eles se calarem, mas simplesmente, na hora de cumprir o combinado
e parar com a guerra, o Hamas não para, e ainda usa a Palestina de instrumento
para poder se vitimizar.
E também tem a
situação sobre o nosso querido presidente, ex-presidente Jair Bolsonaro, que
sobre essa situação do INSS, na gestão dele em 2019, ele sancionou um projeto
de lei que acabava e que monitorava ainda mais essa situação do INSS, para
acabar com esses roubos lá dentro.
Em 2022, também
temos que deixar isso bem exposto, o Congresso, que era a maioria de
centro-esquerda, que não era junto com o nosso presidente Bolsonaro,
simplesmente derrubou essa lei.
Então a gente
vê que o projeto foi parado, e olha o estouro que deu tudo isso hoje. É uma
triste consequência do passado, e eu agradeço por ter o presidente Bolsonaro, e
peço a Deus que ele volte.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Muito
obrigado, deputada Fabiana Bolsonaro.
O
SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - Pela ordem,
presidente. Havendo acordo de lideranças, eu peço o levantamento da sessão.
O
SR. PRESIDENTE - DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela
ordem, deputado Guilherme Cortes. É regimental o pedido de Vossa Excelência.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Eu agradeço aos amigos que nos
acompanharam pela Rede Alesp. Cumprimento novamente os servidores da Casa,
assessorias, Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Fiquem todos com Deus.
Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 04 minutos.
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