17 DE DEZEMBRO DE 2024

72ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA

        

Presidência: ANDRÉ DO PRADO e ALEX MADUREIRA

        

RESUMO

        

ORDEM DO DIA

1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Abre a sessão 17h22min. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PLC 148/23.

        

2 - PAULO FIORILO

Solicita verificação de votação.

        

3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

4 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

5 - ITAMAR BORGES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.

        

6 - PAULO FIORILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

7 - CARLOS CEZAR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

8 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

9 - RICARDO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

10 - DANILO CAMPETTI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

11 - PAULO CORREA JR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

12 - VINICIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

13 - MARCIO NAKASHIMA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PDT.

        

14 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 148/23, salvo emendas.

        

15 - PAULO FIORILO

Solicita verificação de votação.

        

16 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido.

        

17 - BARROS MUNHOZ

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

18 - PAULO FIORILO

Retira o pedido de verificação de votação.

        

19 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Declara aprovado o PLC 148/23, salvo emendas.

        

20 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário ao PLC 148/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

21 - PAULO FIORILO

Declara voto contrário ao PLC 148/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

22 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Coloca em votação e declara rejeitadas as emendas.

        

23 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável às emendas da Federação PT/PCdoB/PV ao PLC 148/23, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

24 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável às emendas da Federação PSOL REDE ao PLC 148/23, em nome da Federação PSOL REDE.

        

25 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Coloca em discussão o PL 712/24.

        

26 - REIS

Discute o PL 712/24 (aparteado pelo deputado Alex Madureira).

        

27 - TEONILIO BARBA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

28 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Cumprimenta autoridades de Itapecerica da Serra e Fábio Faria de Sá, suplente do deputado Gerson Pessoa, presentes no plenário.

        

29 - ALEX MADUREIRA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

30 - DR. JORGE DO CARMO

Discute o PL 712/24.

        

31 - ALEX MADUREIRA

Assume a Presidência.

        

32 - THAINARA FARIA

Discute o PL 712/24.

        

33 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Discute o PL 712/24.

        

34 - CARLOS GIANNAZI

Discute o PL 712/24.

        

35 - EDUARDO SUPLICY

Discute o PL 712/24.

        

36 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA

Discute o PL 712/24.

        

37 - SIMÃO PEDRO

Discute o PL 712/24.

        

38 - EDIANE MARIA

Discute o PL 712/24.

        

39 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Assume a Presidência.

        

40 - GUILHERME CORTEZ

Discute o PL 712/24.

        

41 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Encerra a discussão ao PL 712/24. Coloca em votação e declara aprovado o método de votação ao PL 712/24. Coloca em votação o PL 712/24, salvo emendas e subemendas.

        

42 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Encaminha o PL 712/24, salvo emendas e subemendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

43 - ENIO TATTO

Encaminha o PL 712/24, salvo emendas e subemendas, em nome da Minoria.

        

44 - ALEX MADUREIRA

Encaminha o PL 712/24, salvo emendas e subemendas, em nome do PL.

        

45 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Coloca em votação e declara aprovado o PL 712/24, salvo emendas e subemendas.

        

46 - PAULO FIORILO

Solicita verificação de votação.

        

47 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.

        

48 - PAULO CORREA JR

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.

        

49 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS

Para questão de ordem, faz pronunciamento.

        

50 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Acolhe a questão de ordem da deputada Monica Seixas do Movimento Pretas, para respondê-la oportunamente.

        

51 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.

        

52 - PAULO FIORILO

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

53 - CAIO FRANÇA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.

        

54 - VINICIUS CAMARINHA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.

        

55 - ALEX MADUREIRA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.

        

56 - DR. EDUARDO NÓBREGA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.

        

57 - ALTAIR MORAES

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.

        

58 - CAPITÃO TELHADA

Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PP.

        

59 - GILMACI SANTOS

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

60 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Dá conhecimento do resultado da verificação de votação, que confirma a aprovação do PL 712/24, salvo emendas e subemendas. Coloca em votação e declara aprovada a emenda "A".

        

61 - PAULO FIORILO

Declara voto contrário à emenda "A", em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

62 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto contrário à emenda "A", em nome da Federação PSOL REDE.

        

63 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

 Coloca em votação e declara aprovadas as emendas "A" a "S", restando prejudicadas as respectivas emendas.

        

64 - PAULO FIORILO

Declara voto contrário às emendas "A" a "S", em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

65 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Registra as manifestações. Coloca em votação e declara aprovada a emenda nº 24.034. Coloca em votação e declara rejeitadas as demais emendas englobadamente.

        

66 - PAULO FIORILO

Declara voto favorável às demais emendas englobadamente ao PL 712/24, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.

        

67 - CARLOS GIANNAZI

Declara voto favorável às demais emendas englobadamente ao PL 712/24, em nome da Federação PSOL REDE.

        

68 - PAULO CORREA JR

Solicita a suspensão da sessão por cinco minutos, por acordo de lideranças.

        

69 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO

Defere o pedido. Convoca a comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas e 44 minutos. Suspende a sessão às 19h44min, reabrindo-a às 19h46min. Convoca uma segunda sessão extraordinária a realizar-se dez minutos após o término da primeira. Encerra a sessão às 19h50min.

        

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

Ordem do Dia.

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

                                                                

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Votação do Projeto de lei Complementar nº 148, de 2023, de autoria do Sr. Governador, com requerimento de método em fase de votação adiada.

Em votação o requerimento de mérito de votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao requerimento permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Solicito uma votação nominal. Uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Uma verificação de votação.  É regimental o pedido de V. Exa., deputado Paulo Fiorilo, então vamos fazer uma verificação de votação.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL REDE em obstrução.

 

O SR. ITAMAR BORGES - MDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o MDB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em obstrução.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PL em obstrução.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em obstrução.

 

O SR. RICARDO FRANÇA - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em obstrução.

 

O SR. DANILO CAMPETTI - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o Republicanos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução.

Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não” ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar o PSD em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. MARCIO NAKASHIMA - PDT - Pela ordem, Sr. Presidente. PDT em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PDT em obstrução.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente. Colocar em obstrução o Cidadania e o PSDB.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado Vinicius Camarinha já colocou, deputado Barros. Mas está reafirmado o pedido de V. Exa. também, colocando o PSDB-Cidadania em obstrução.

Não havendo mais deputados interessados em fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, vamos abrir então os microfones de aparte, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados possam assim fazer o seu voto.

Mais algum das Sras. Deputadas e Srs. Deputados gostaria de registrar o seu voto nos microfones de aparte? Não havendo deputados interessados em registrar o seu voto nos microfones de aparte, passaremos agora à alteração de voto. Consulto o plenário, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, algum dos senhores gostaria de alterar o seu voto?

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

Não havendo Sras. Deputadas e Srs. Deputados interessados em alterar o voto,

passaremos à proclamação do resultado. Votaram “sim” 57 deputados, “não” 16 deputados, mais este presidente, total de 74 votos, quórum que aprova o método de votação.

Em votação o projeto, salvo emendas. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Solicitar uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de V. Exa. também. Vamos fazer a verificação de votação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir deste momento estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Barros Munhoz.

 

O SR. BARROS MUNHOZ - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Deputado Paulo Fiorilo, com todo respeito, faria um apelo a Vossa Excelência. Nós já votamos, não vai ser alterado o resultado da votação. Será que não pode ser deixada de lado essa verificação de votação? Porque vai coincidir; ser verificada a mesma votação. É um apelo que eu faço a V. Exa., para o andamento melhor dos trabalhos, com todo respeito. (Palmas.)

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Sr. Presidente, eu ouvi atentamente o apelo e o pedido do deputado Barros Munhoz, como aqui alguns disseram, um ancião. Eu não diria dessa forma, mas o melhor deputado desta Casa, o decano. Nada contra, até porque aqui nós temos todos, ou muitos, já cabelos brancos, sem cabelos, e assim por diante.

Sr. Presidente, a minha tentativa era ajudar a base, porque possivelmente deputados que não votaram serão cobrados porque não estavam aqui, mas, como o deputado está fazendo o apelo, consulto o presidente, se é possível, eu retiro o meu pedido.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É possível, sim, porque ainda nós não demos o comando do sistema eletrônico. Vossa Excelência está retirando, deputado Paulo Fiorilo?

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Retirando, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então, a pedido do deputado Paulo, que retira a verificação de votação, fica aprovado o Item 1, projeto, salvo emendas.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para manifestar o voto contrário da bancada do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Giannazi. Está registrado voto contrário da bancada do PSOL.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, registro voto contrário da bancada da Federação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Também está registrado o voto contrário da bancada Federação PT/PCdoB/PV.

Item 2 - Em votação as emendas, englobadamente. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem contrários, queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Registro voto favorável nas emendas da Federação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de Vossa Excelência.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente. Quero declarar voto favorável às emendas apresentadas pela nossa Federação PSOL Rede.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado também, deputado Carlos Giannazi, o pedido de Vossa Excelência.

Item 2 - Discussão e votação do Projeto de lei nº 712, de 2024, de autoria do Sr. Governador. Em discussão. Para discutir a favor, deputado Reis.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Só uma questão de ordem, Sr. Presidente. Desculpe. Desculpe, deputado Reis.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Gilmaci Santos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, nós encerramos agora a votação do projeto da Controladoria, o 1.448. É isso?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Isso.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - E agora nós estamos iniciando a discussão de qual projeto, Sr. Presidente? Por favor.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Do Orçamento, da Lei Orçamentária Anual.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Nós já estamos iniciando a discussão da LOA.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Da LOA.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Gilmaci.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Saudar o público presente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, cumprimentar o presidente, deputado André do Prado, e falar sobre essa questão, o Orçamento, a Lei Orçamentária que começa então, eu aqui inaugurando este debate.

Sobre as emendas, nós apresentamos várias emendas, os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas, mais de 29 mil emendas que foram apresentadas, mas eu gostaria de ressaltar, quer dizer, eu quero ressaltar aqui as emendas que nós apresentamos para Segurança Pública e que não foram aceitas. 

Então apresentamos emenda para a Polícia Penal, para a valorização dos policiais penais, emenda que foi rejeitada pelo relator. Apresentamos emenda, eu apresentei emenda para a formação dos policiais civis. É muito importante investir na formação dos policiais civis e precisa de recursos para isso. 

E nós tivemos, nessa questão da Segurança Pública, um crescimento no Orçamento, mas muito aquém daquilo que é necessário. Então apresentamos também emendas para garantir o reajuste dos policiais civis, dos policiais militares, dos policiais penais, dos policiais técnico-científicos.

Nós não tivemos no ano de 2024 nenhum reajuste para os policiais. O governo chegou em 2023, mandou um projeto de reajuste para esta Casa, fez um reajuste escalonado.

Nós tivemos um prejuízo para os veteranos, os policiais militares aposentados, os terceiros sargentos, que tiveram 13% de aumento, o 2° tenente, que até hoje, cerca de 14% de aumento, que até hoje eles vêm reclamando, eles vêm reclamando desse reajuste escalonado que alguns tiveram...

 

O SR. TEONILIO BARBA - PT - Uma questão de ordem, Sr. Presidente. Sr. Presidente, questão de ordem. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Teonilio Barba.

 

O SR. TEONILIO BARBA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Muito rápido assim, é só que tem um orador na tribuna, pedir para o povo aqui ajudar, para ver se a gente consegue entender o que o orador da tribuna está falando. 

Só pedir a colaboração dos deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Peço ao plenário que fique em silêncio para ouvir o nosso orador Reis.

 

O SR. REIS - PT - Muito obrigado, deputado Barba. Muito obrigado, deputado Barba. Eu não queria pedir esse pela ordem, mas V. Exa. me ajudou bastante. Então o que aconteceu? 

Eu vi aquele aumento escalonado, várias categorias tiveram reajustes bem aquém, vários deputados aqui da base do Governo vieram esse ano todo à tribuna falando que o governador Tarcísio tinha dado o maior aumento da história, e eu fui pesquisar, eu fui pesquisar os reajustes desde 1994. 

E nós tivemos governadores que chegaram a conceder reajustes para os policiais em torno de 170%, 95%, 38%, então esse reajuste que foi dado, que varia de 13% a 32%, que foi concedido em 2023, não é o maior reajuste da história, é uma falácia. O soldado tem um salário muito baixo, o salário do soldado, o padrão do soldado era em torno de mil e quinhentos reais, aí se deu 32% de reajuste nesse padrão, ele foi para cerca de dois mil reais. 

Quando você soma com o RTP, chega a quatro mil reais, aí tudo bem, quatro mil reais, tem lá insalubridade, 700 e uns quebrados, auxílio alimentação. Quando tira os descontos, previdência, Imposto de Renda, caixa beneficente, tem soldado que ganha menos de quatro mil reais, então o salário é muito baixo. O Governo paga mal para os seus funcionários públicos, o Governo é um péssimo patrão. 

E a gente esperava valorização, porque na campanha foi pregado isso, foi pregado que as forças de segurança seriam revalorizadas, reconhecidas. Investigador, essa semana, visitando uma delegacia, ele mostrou o holerite dele, cinco mil e seiscentos reais, exigência de curso superior.

O salário líquido cinco mil e seiscentos reais é o que ganha o investigador de polícia. E agora teve concurso, as pessoas foram lá, passaram, fizeram academia e estão assumindo os seus cargos nas delegacias, mas vários desses já estão dizendo que vão pedir exoneração.

Então o Governo não consegue também recompor o efetivo, ele não consegue recompor o efetivo da Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica e agora a Polícia Penal vem também com a exigência de curso superior para ser policial penal, só que o salário R$ 4 mil e poucos reais, a exigência de curso superior para cuidar dos presos, bater grade, cuidar da grade.

Então nós esperávamos que em 2024 o Governo mandasse para esta Casa um projeto de reajuste para os policiais, porque é a principal base desse governo, ele ganhou as eleições com esses policiais fazendo campanha.

Eu ia pedir voto para o Fernando Haddad, deputada Ana Perugini, e eles falavam: “Aqui nós estamos fechados com o Tarcísio”. Então o Tarcísio os traiu, o Tarcísio deixou eles à deriva, porque R$ 4 mil para o soldado, R$ 5.600,00 para o investigador é muito pouco. Então não veio esse reajuste em 2024.

Bom, estamos esperando que em 2025 haja essa valorização, mas aí quando a gente pega a Peça Orçamentária e vai olhar, nós não encontramos nenhuma rubrica, nós não encontramos em nenhum lugar a previsão de reajuste para os servidores públicos, para os servidores públicos de uma forma geral, mas também para cumprir aquela promessa de campanha do governador Tarcísio, que era valorizar as forças de segurança pública, também não tem uma linha dizendo isso.

Tem lá, sim, uma reserva de recursos para pagamento dos policiais que foram nomeados, dos que foram contratados agora, mas reajuste salarial não existe. Não existe. Então nós fizemos, olha, vamos fazer emendas e esperar que o relator acate essas emendas, prevendo reajustar o salário dos policiais das forças de segurança.

Fizemos emenda para a Polícia Civil, a emenda não foi aceita. Então quero dizer para os meus colegas, meus colegas que trabalham diuturnamente aí nas delegacias, que a Lei Orçamentária não trouxe previsão de reajuste para eles para 2025, não teve reajuste em 2024, não trouxe previsão para 2025 e a emenda que nós fizemos propondo reajuste para os policiais civis não foi aceita.

Também fizemos a emenda propondo reajuste para os policiais militares, porque, gente, eu queria ver qualquer um de vocês aqui que pudesse viver com R$ 4 mil por mês, pudesse viver com... Qualquer um de vocês que são deputados aqui, falar: “Esse mês eu vou tirar R$ 4 mil e eu vou viver com esses R$ 4 mil”, se vocês realmente vão conseguir pagar a escola do filho, pagar o aluguel, fazer a despesa de casa, farmácia, se com R$ 4 mil vocês podem conseguir fazer tudo isso. É um sacrifício que esse governo impõe aos seus funcionários e aos seus policiais.

Aí o policial tem que fazer bico. Então ele faz, ele trabalha 12 horas, aí vai para o bico. Aí no outro dia ele vai fazer lei delegada, porque aqui em São Paulo tem a lei delegada. A prefeitura é o bico oficial, a prefeitura paga uma quantidade de dinheiro para os policiais fazerem aquele policiamento ali no centro, na Praça da Sé. “Melhorou bastante a segurança, fazer policiamento ali na região da Cracolândia, melhorou bastante”, mas aquele policial que está lá está trabalhando no dia da folga dele.

Aquele dia não era para ele estar lá, ele está de folga e está prestando esse serviço. Aí ele sai dessa lei delegada e volta para o outro bico. No outro dia, volta para o seu plantão.

Então ele tem que trabalhar 30 dias no mês. Então, o adoecimento policial, o stress que tem na polícia também se dá por esse excesso, por essa carga horária, esse excesso de carga horária, essa dedicação exclusiva, essas escalas extras a que o policial, muitas vezes, está submetido.

Então, seria justo que o governo pudesse pagar pelo menos um salário de 10, 12 mil reais para um policial. Quatro mil reais é muito pouco. E mesmo sendo muito pouco, nem a inflação o governo quer reajustar.

Então, o governo não reajustou em 2024 e não tem previsão, senhores policiais militares que me ouvem, não há previsão de reajuste para 2025. A emenda que fizemos prevendo esse reajuste foi rejeitada, não foi acatada pelo governo e por seu relator. A mesma coisa fizemos para os policiais técnico-científicos, também propondo reajuste. Não teve reajuste em 2024, também não terá em 2025.

E fizemos emenda para reestruturar as delegacias, os batalhões. Então, temos previsão de reforma para batalhões, mas temos muita dificuldade em reforma de delegacias. O governo anterior vinha reformando as delegacias, mas o governo atual paralisou. Você não vê mais reformas. As que existem foram aquelas que começaram no governo anterior.

Então, também são emendas que não foram aceitas, emendas para aparelhamento ao combate à criminalidade, para reestruturação, emendas de políticas para as mulheres, várias emendas que fizemos e que não foram aceitas.

O governo aceitou algumas emendas como subemendas, mas não são só minhas, mas de vários deputados. Aceitou cinco milhões para o aprimoramento de políticas públicas em Direitos Humanos e aceitou algumas emendas para o Hospital do Servidor Público, que é outro problema que temos aqui.

O Hospital do Servidor Público... Além de o governo não dar condições para os nossos servidores, não dar reajuste, não valorizar, a saúde dos nossos servidores está na UTI. Todos os que vão ao Hospital do Servidor Público reclamam: “Olha, falta remédio, a gente fica horas e horas para ser atendido.” Então, o governo tem que ter um olhar também para o Hospital do Servidor.

Então, eu agradeço aos meus pares, inclusive ao relator, que pelo menos nessa questão do Hospital do Servidor eles colocaram algum dinheiro, porque não tinha. Colocaram lá cerca de 100 milhões para o Hospital do Servidor, o que vai ajudar, mas ainda é insuficiente, pelo atendimento que o Hospital do Servidor faz, pela quantidade de servidores que usam aquele hospital.

Eu mesmo sou usuário do Hospital do Servidor. Eu sei quantas vezes eu vou àquele hospital e às vezes fico quatro, cinco, seis horas para ser atendido.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Deputado Reis, só para agradecer o reconhecimento do senhor. Obrigado.

 

O SR. REIS - PT - Eu agradeço, porque foi uma emenda que foi... Algumas emendas que foram acatadas do Hospital do Servidor. Mas ainda precisa de mais. O governo tinha que por paridade. Se nós arrecadamos 2,4 bi do servidor, o governo teria que colocar 2,4 bi para poder realmente ter uma saúde de excelência para os nossos servidores públicos.

E outra emenda que quero agradecer também à bancada do PT, porque hoje tivemos uma discussão e a bancada do PT acatou uma indicação minha, que foi colocar uma emenda de cinco milhões para compras de equipamentos de informática - computadores, impressoras - para a Polícia Civil, que hoje tem um sistema muito precarizado, muito sucateado.

Então, eu agradeço que houve a discussão na bancada e eles encaminharam ao relator e ao líder do Governo e foi aceita essa indicação nossa, da bancada do PT, de cinco milhões para a compra de equipamentos de informática para a Polícia Civil.

Teria outros assuntos para continuar, mas o tempo já me foi cortado. Então eu agradeço a todos vocês, e vamos continuar aqui participando deste tão importante debate sobre o Orçamento para 2025.

Muito obrigado, seu presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Reis. Dando sequência à lista de oradores inscritos para discutir contrariamente, com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo.

Antes, porém, gostaria também de dar as boas-vindas aqui ao prefeito eleito da cidade de Itapecerica da Serra, Ramon Corsini; ao vice-prefeito, Alan Dias; ao vereador Cícero, a todos os seus amigos aqui, o secretário de obras Fernando, Michael, pastor Marcio, Neto, Mateus, sejam todos bem-vindos vocês, a pedido do nosso deputado Dr. Eduardo Nóbrega. Estamos saudando todos vocês.

E aproveitar também para saudar o nosso próximo deputado que estará presente entre nós a partir do dia 1º de janeiro, dia 6 de janeiro, o Fábio Faria de Sá, nosso suplente aqui. Seja bem-vindo, Fábio, nesta Casa. Vai ser uma honra, você que vai estar na suplência do nosso amigo Gerson Pessoa. Estaremos aqui de portas abertas para ajudar a fazer que seu mandato seja profícuo, como foi o do nosso deputado Gerson Pessoa.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Alex Madureira.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Para uma breve comunicação, Sr. Presidente, de um minuto.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não, deputado.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Nós estamos falando aqui, o senhor acabou de falar de novos deputados que estão chegando a esta Casa, não é? Vão chegar aí no próximo ano, vão ser bem-vindos aqui entre nós, mas eu queria deixar uma palavra de gratidão a Deus pela vida do deputado Edmir Chedid.

O Edmir está aqui nesta Casa desde os anos 90, quando chegou, e nós estamos tendo a alegria e a tristeza ao mesmo tempo de primeiro estar vendo ele cumprir seu papel mais uma vez na vida pública, eleito prefeito da sua cidade, seguindo o legado da sua família, principalmente falando do seu pai, seguindo o legado do grande prefeito Jesus. Ao mesmo tempo, deixando essa tristeza para nós, que vamos perder um grande parceiro, um grande amigo aqui, que é o deputado Edmir Chedid.

Então, Sr. Presidente, deixar esta palavra de gratidão pela vida do deputado Edmir Chedid e dizer a ele que nós nos sentimos - falo aqui em nome dos 94 deputados - felizes por essa nova fase na sua vida, mas ao mesmo tempo tristes por perder um companheiro, um amigo que vai estar um pouquinho distante de nós.

Mas nós esperamos, deputado Edmir, que você venha muito para cá pedir recurso aqui para os deputados, pedir atendimento. Eu sei que você sabe o caminho das pedras, mas nós estamos aqui para lhe auxiliar, para lhe ajudar naquilo que for possível, então parabéns a você e que Deus te abençoe nessa nova caminhada. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Alex. Uma salva de palmas para o deputado Edmir Chedid. (Palmas.) Com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo, para discutir contra. 

 

O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Boa noite, Sras. Deputadas e Srs. Deputados; boa noite, público presente, assessores. Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, hoje é o dia em que nós vamos discutir, penso eu, o projeto mais importante que esta Casa pode discutir e aprovar, que é o Orçamento.

Todos os projetos, seja do governo, seja de cada deputada e deputado aqui, são importantes, mas penso que nenhum deles é mais importante que o Orçamento, que é exatamente a autorização desta Casa para que o governador possa executar o Orçamento.

E olha que o Orçamento é da monta de 372 bilhões. No exercício 2024, salvo melhor juízo, foram 328 bilhões, ou seja, um acréscimo fabuloso no Orçamento que tramita aqui, sob o Projeto de lei 712, de 2024.

E aí, Sr. Presidente, queria que o Machado fosse passando. Eu vou ser muito breve aqui, porque eu sei a importância de a gente aprovar este Orçamento ainda hoje, mas eu queria dizer que o funcionalismo é sempre desvalorizado pelo governador.

Apesar de um orçamento desse tamanho, dessa monta, a gente vê que o que está previsto para o funcionalismo é apenas 4,6% de reajuste. Eu penso que o governador, que tanto fala em valorizar os funcionários públicos, deveria pensar com mais carinho e deveria apresentar uma proposta um tanto melhor.

E aí, se a gente for falar de cortes, aí sim a lista é grande. Vamos lá: na Cultura, a correção é muito pequena, apenas 2,3%; Justiça e Cidadania 1,6%; Agricultura, menos 18%; Políticas para a Defesa da Mulher, menos 60%; Desenvolvimento Social, menos 9%; Pessoa com Deficiência, menos 4,6 por cento.

Quando fala das áreas mais sensíveis, aí é só menos, menos, menos, menos. E aí o relator que falou agora aqui, o deputado Alex Madureira, eu quero mencionar que, no caso da Justiça e Cidadania, tem a proposta de remanejamento de um milhão. E, no caso da Agricultura e Abastecimento, também tem uma proposta de remanejamento.

Mas vamos lá à Saúde. Passando aí o próximo. Saúde, outro problema. Recurso para atendimento ambulatorial e hospital, e unidades contratadas e conveniadas. Aí tem um reajuste grande, mais 154 por cento. Recurso para as unidades gerenciadas pelas OES, as famosas OES que tanto são privilegiadas.

Aí, sim, não é menos, aí é mais 17 por cento. Atendimento ambulatorial próprio, corte de 600 milhões. Santas Casas, aí também tem um corte de 50 por cento. E, na verdade, o relator propõe aqui um acréscimo de valores.

Vamos à Educação. Sendo mais rápido aí, por favor. A gente batalhou tanto aqui... Próximo slide, por gentileza. A gente falou tanto aqui dos cortes pela Educação. A PEC 09, 11,3 bilhões. A queda de 13% na Educação, ou seja, menos 246,9 milhões na rede de ensino básico.

Professora Bebel, que é deputada, deputado Carlos Giannazi, que são militantes dessa área, tanto batem, fazem o embate aqui exatamente na defesa da Educação, que deveria ser papel de todos os deputados e todas as deputadas, deputado Carlos Giannazi.

E, infelizmente, muitos deles votaram, tiveram coragem de colocar aqui suas digitais para votar. Menos 11,3 bilhões para a Educação no próximo ano. Queda de 7% no recurso da gestão da educação especial, ou seja, 37 milhões a menos.

E por aí vai, gente. Se a gente for falar de tantos cortes... Corte do Desenvolvimento Social, está lá, 113 milhões para 2025. Apenas 0,3% do Orçamento do estado. O programa “Vivaleite”, corte de 60,6 por cento. Corte de três milhões, ou seja, 6% a menos. E aí o relator vai lá e propõe um acréscimo ínfimo de 20 milhões.

Imaginem, corte para o programa “Vivaleite”, um programa sensível, aí corta 50% e depois propõe um acréscimo mínimo de 20 milhões, o que não é nada para a demanda e a necessidade tão importante.

Habitação. Próximo aí. Habitação, vamos lá, corte de dois milhões na verba para urbanização e melhorias. Aí quer remanejar cinco milhões, remanejamento de cinco milhões para regularização fundiária. Veja bem, deputado Rômulo, o que são cinco milhões para regularização fundiária em um estado como São Paulo?

Um estado que tem tantas demandas da CDHU, tantas áreas que precisam ser regularizadas, e as pessoas não têm escritura, não têm segurança jurídica. E aí o Governo e o relator têm coragem de propor aqui cinco milhões de remanejamento, porque, na verdade, está se propondo muito corte. Agora vamos lá. Próxima.

Agora aí é fabuloso, viu? Quando fala de comunicação e propaganda, aí realmente o Governo é muito generoso e o relator também. Vamos lá, aumenta 133% da verba para comunicação; as despesas chegam a 262 milhões. Enquanto isso, no “Bom Prato”, o corte é de 250 milhões.

Na publicidade institucional e propaganda, a despesa foi de 100,1 milhões; para 2025, a previsão é de 161 milhões. Então é muito generoso quando fala de divulgar, de fazer propaganda, já pensando evidentemente em 2026.

Vamos lá, Defesa Civil, que a gente tanto falou aqui e batemos sobre a importância de fazer um fundo para a Defesa Civil.

 Olha o que está sendo proposto aqui, corte de 76 por cento. Aí pega, propõe o remanejamento aqui de ínfimos 2 milhões e meio. É uma vergonha propor isso aí em uma demanda tão importante, tão premente que é a questão da Defesa Civil do nosso Estado.

Verba para o monitoramento de prevenção de áreas ficou ainda menor, 16 por cento. Aí propõe um milhão, como se tivesse, com isso, ajudando a resolver o problema dessa demanda que é tão importante.

A Secretaria de Governo - essa também é premiada - que é a secretaria do secretário de governo Gilberto Kassab, 600% de aumento na verba, de 2024 para 2025. Ou seja, os convênios com as prefeituras, os convênios que têm relação com o secretário, esses são importantes.

Seguindo aí. Transporte Metropolitano, a pasta também sofre 32 por cento. Isso aqui tem a ver com as privatizações da CPTM, as privatizações dos serviços que a gente já sabe. Agora vamos à última... Renúncia fiscal é a próxima. Renúncia fiscal, 76,2 bilhões de renúncia fiscal. É essa a crítica que a gente sempre fez aqui ao Orçamento.

Agora é importante garantir que foram feitas diversas audiências públicas por todo o Estado e em todas as áreas administrativas e foi aprovado lá um orçamento de emendas em cada cidade, em cada região, de 40 bilhões. É muito importante garantir esse recurso.

E eu vou citar aqui um caso em que um prefeito me procurou, e teve uma audiência pública lá no município de Santa Isabel, prefeito Dr. Carlos Chinchilla falou: “Olha, deputado, foi aprovado aqui na audiência para a regularização fundiária, para a Apae e para a aquisição de ambulâncias”.

É importante garantir esse recurso que foi proposto lá em Santa Isabel, bem como todos os recursos que foram propostos nas audiências públicas. Porque senão, não tem sentido fazer audiência pública, mobilizar as pessoas, mobilizar a população e depois não aprovar exatamente nada daquilo que foi proposto nas audiências públicas.

Sr. Presidente, era isso. Eu quero agradecer a oportunidade e dizer que um Orçamento com tantos cortes não é possível votar a favor, por isso, certamente o nosso líder vai propor que votemos contra esse Orçamento, porque achamos que ele é injusto, é mal distribuído e não atende principalmente as questões sociais.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, chamando o deputado Enio... Não, desculpa. Deputada Monica Seixas... Para discutir a favor, a deputada Thainara. Desculpa, deputada Thainara, é que eu não imaginava que havia discussão a favor aqui, por isso que eu não vi o nome da senhora, desculpa.

 

A SRA. THAINARA FARIA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, Alex Madureira, muito boa tarde aos servidores desta Casa, aos senhores policiais, aos deputados, às deputadas, a todos aqueles que trabalham nesta Casa e quem nos acompanha. Muito boa tarde ao estado de São Paulo.

É muito importante que eu use a fala neste momento, mas eu fui completamente contemplada pela fala do Dr. Jorge Carmo. Mas a minha indignação vem, neste momento, porque, nas centenas de páginas do Orçamento de 2025, se procurar com lupa, se procurar com óculos, com qualquer objeto que aumente a visão, você não encontrará nenhum termo sobre o combate à discriminação racial, combate ao racismo, nenhuma sigla LGBTQIAPN+, com o governador do estado ignorando completamente a existência da nossa população LGBTQIAPN+.

Então eu venho aqui registrar o meu total desconforto com esse Orçamento que ignora a existência de pretos e pretas, a existência de LGBTs no estado de São Paulo. Então já começa mal. Não tem como esse Orçamento proteger os direitos de todas as pessoas, não cuidando daquelas que são vulnerabilizadas pelo Estado.

E falando em vulnerabilizadas pelo Estado, acredito que cada deputado, cada deputada - o estado de São Paulo - vem acompanhando a crise da Segurança Pública. Nós não podemos deixar essa política de morte, exercida pelo Derrite com o aval do governador Tarcísio, continuar.

E na minha concepção, Segurança Pública precisa de investimento, primeiro, no Desenvolvimento Social, na Cultura, no Esporte, na Educação, o nosso Estado só garantirá Segurança Pública se tiver investimento em todas as outras áreas, mas o que a gente vem acompanhando neste Orçamento que foi enviado para esta Casa é o corte.

Será o Tarcísio mãos de tesoura, que corta das principais secretarias, das principais pautas? Para não ser repetitiva, porque, brilhantemente, Dr. Jorge do Carmo colocou aqui as reduções, eu já coloquei a falta de menção de parte da população neste Orçamento.

Quero dizer que sobre nós, mulheres, para a Secretaria da Mulher, nós temos o orçamento destinado às políticas para a mulher de apenas 9,68 milhões, 60% abaixo do que foi no ano de 2024. Nós acompanhamos um “boom” de feminicídio na gestão Tarcísio de Freitas, e a resposta dele para isso não é um maior investimento na política para a mulher, é o corte de 60% do Orçamento. Isso aqui é inadmissível. Na Cultura, nós também temos um corte de seis milhões para as oficinas culturais, o que representa 17% de corte.

Nós podemos falar sobre o Desenvolvimento Social, a política que anteriormente eu mencionei, que nós não queremos apenas assistência. O Desenvolvimento Social é importante para dar autonomia ao cidadão para ele viver a vida dele, para ele conquistar o emprego dele, para ele estudar, para ele ter acesso à cultura, esporte e lazer, e nós temos aqui a redução de 113 milhões em recursos na pasta de Desenvolvimento Social para 2025.

E friso aqui a queda na ação de cofinanciamento de cestas básicas na proteção social de 25 por cento. A gente tem mais redução, sendo que temos mais famílias em necessidade no estado de São Paulo. Isso não dialoga com as necessidades do nosso povo e também é completamente reprovável.

E, para partir para o final da minha intervenção, que eu tenho certeza de que alguns companheiros e companheiras colocaram em suas falas o quão absurdo é este Orçamento, o governo também reduziu o recurso para ações ligadas à preparação dos desastres e à percepção de desastres ambientais e riscos em 76 por cento.

Quem não se lembra de que, neste ano de 2024, nós assistimos ao estado de São Paulo pegando fogo? Cidades como Ribeirão Preto, Sertãozinho, tantas outras pegaram fogo, famílias com dificuldades de respirar. Nós tivemos Upas superlotadas, e a resposta do governador Tarcísio é um corte de 76% na percepção a desastres ambientais. E também a ação Água Limpa tem um corte de 6 milhões, o que representa 18 por cento.

São alguns pontos que eu queria frisar com vocês que nós estamos atentos ao Orçamento. Nós não aceitamos este Orçamento que não dialoga com as necessidades do povo do estado de São Paulo. Enquanto nós não tivermos um investimento sério em Desenvolvimento Social, em Educação, na Saúde, na Cultura, nós não teremos o desenvolvimento, de fato, de todo o povo do estado de São Paulo.

Enquanto membro da comissão de Infraestrutura e de Assuntos Econômicos e presidente de algumas frentes parlamentares, eu sou completamente contrária ao Orçamento do jeito que está e friso mais uma vez: é inadmissível que o governador Tarcísio não mencione no seu Orçamento as pessoas LGBTQIAPN+ e as pessoas pretas do estado de São Paulo.

Obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Agradecer à deputada Thainara. Seguindo a ordem dos oradores inscritos, deputada Monica Seixas, para discutir contra.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Bom, esta votação deve encerrar o ano, um ano em que infelizmente o governo do estado de São Paulo não respondeu a nenhuma das expectativas e urgências do povo de São Paulo. Mais um ano em que, apesar da CPI da Enel, a gente não conseguiu avançar sobre a qualidade do serviço de energia para a população do estado de São Paulo.

O primeiro ano da privatização da Sabesp, que, ao contrário do que o governador anunciou, não teve redução da tarifa. E o CEO da empresa inaugura sua gestão dizendo que não é sua responsabilidade avançar com política pública, que o discurso era levar 100% de saneamento básico à população, inclusive a população em situação de pobreza.

Um ano em que a Educação do estado de São Paulo está em colapso, continua faltando tudo, professor a papel higiênico, na Educação. De muitas crises nas terceirizadas, com merendeiras deixando seu posto de trabalho por falta de pagamento, com trabalhadores da Educação ganhando um salário mínimo ou menos à crise da Segurança Pública que assusta a população periférica do estado de São Paulo, que se generalizou, chegou aos bairros centrais, chegou aos estudantes de Medicina, que choca a população.

Na Saúde, mais de sete mil leitos foram fechados, enquanto o serviço de acolhimento às pessoas que gestam vai ficando cada vez mais delicado. A gente discutiu bastante o fechamento do Cachoeirinha aqui na Capital, mas o hospital regional de Santos também corre o risco de fechar sua maternidade e o serviço de aborto legal.  Enquanto isso a gente tem um Orçamento que não corresponde às expectativas da necessidade.

Isso sem falar na crise climática. Não parece que o Estado está passando sucessivamente por desabastecimento de água, seguido de enchentes e alagamentos, seguidos de desabastecimento de água. Mais de uma centena de cidades desabastecidas de água, e o Estado não tem um plano de contingência, o que pode afetar o desenvolvimento econômico e social do estado de São Paulo.

Estava aqui conversando com a deputada Paula agorinha, e aí ela falou: “Ah, hoje vão servir pizza no jantar”. E a gente estava rindo inclusive, porque parece uma piada de mau gosto. Nada mais simbólico do que o ano legislativo terminar em pizza. Eu acho que é o resultado do Orçamento que a gente vai votar aqui.

Vou pedir para a técnica colocar o slide que eu preparei para a gente se debruçar um pouquinho sobre o Orçamento. Um Orçamento que cresceu 14% em relação ao ano passado. Poderia ter crescido mais, mas, por escolha do governador, que abre mão de boa parte da arrecadação, cresceu 14 por cento.

Aqui eu destaco onde ele mais colocou dinheiro, onde mais cresceu: o TJ, apesar dos aumentos das custas judiciais, vou falar de novo. A Comunicação, Parcerias em Investimentos, a “Secretaria de Privatização”, que eu continuo me perguntando: por que essa nova secretaria, responsável por privatizações, vai ficar com 4,5 bi?

Quantos imóveis, contas de água, servidores tem para pagar essa secretaria que vai ficar com esse valor? Continuo me perguntando se isso aí é o valor das festas depois do leilão ou do martelo de diamante do Tarcísio, porque nada justifica esse valor para essa secretaria. E a “Secretaria do Orçamento Secreto” que fica com mais dois bilhões.

Agora onde há corte e onde não existe dotação orçamentária. Quero começar por lamentar, porque hoje eu me desdobrei. Apesar do salto alto, eu vim com pique de atleta para participar de todas as oitivas, estudei todas as matérias, estudei como colaborar com cada um dos secretários e secretárias que deveriam ter passado por aqui, mas a Comissão de Direito das Mulheres resolveu derrubar o quórum hoje, não ouvir a secretária Valéria para, minutos depois, no congresso de comissões, ter quórum.

Seria importante ouvir a secretária, porque eu quero saber: ela vai ser secretária do que, se essa secretaria continua sem recursos, continua uma secretaria fake do governo do Estado de São Paulo? Então a única pergunta que eu tinha separado para a secretária Valéria, e não pude fazer, porque a base do governo derrubou o quórum, é: vai ser secretária do quê?

A Secretaria de Desenvolvimento Social perde recurso, 9%, e Pessoas com Deficiência, que eu considero outra secretaria figurativa, porque também tem um dos mais baixos recursos de toda a Administração Pública, perde. Pessoas com Deficiência também, Thainara, que não é citada no Orçamento como deveria. A começar, a dificuldade de integração das pessoas com deficiência em outra pasta cara, que é a Educação.

Continuo reafirmando: Feder priva as crianças neurodivergentes de aprender. As telas são incompatíveis com a neurodivergência, e por isso priva as crianças de aprender na escola pública, além de não ter previsão de contratação de profissionais especialistas para acompanhá-los.

Próximo, por favor.

O grosso do Orçamento, o maior Orçamento, isso é um recorde na história do estado de São Paulo. Eu vivo repetindo aqui: quando o Doria bateu 20 bilhões em benefícios fiscais, foi capa de jornal. O Tarcísio passa da média de 20 bilhões do Doria para 70 bilhões, 76, segundo o Jorge.

O problema não é só o tanto que o governo deixa, abre mão de arrecadar. O maior problema do benefício fiscal no estado de São Paulo é que ele não tem nenhuma transparência. É a maior transferência de dinheiro público para a iniciativa privada sem nenhum critério.

Ninguém aqui sabe dizer quais são as empresas e empresários que estão recebendo benefício fiscal. Ninguém aqui consegue ter certeza de que os benefícios fiscais vão ser revertidos em mais emprego, desenvolvimento, ou o que quer que seja.

Exemplo claro dos benefícios fiscais usados para maneiras escusas, eu vou citar aqui a votação do IPVA para o motor híbrido, ou de hidrogênio que se votou semana passada, que só tem um modelo de veículo e fica explícito, resta explícito que esse benefício foi direcionado à montadora Toyota, e não para uma mudança de matriz energética.

Por isso, no próximo ano, o nosso mandato quer convidar os deputados e deputadas a protocolar e aprovar aqui na Assembleia Legislativa uma lei que crie critérios para benefícios fiscais. O pobre paga o IPVA do seu HB20, do seu Celtinha velho. O pobre paga o ICMS a cada compra que faz no arroz, no feijão, no serviço. Não tem abatimento de impostos para quem ganha dois, três, um salário mínimo.

Por que o governador tem a liberdade de dar benefícios fiscais para quem ele quiser, sem dar satisfação a ninguém? Uma pergunta que eu me faço é: para que serve o Poder Legislativo se a gente não tem a capacidade de fiscalizar a maior fatia do Orçamento?

Sabe por quê? Benefício fiscal, gente, junto, é maior do que o orçamento somado de Saúde e Educação. Tudo, tudo, tudo, somado, Saúde e Educação não bate o valor de benefícios fiscais, e ninguém aqui sabe dizer quem é que vai receber.

Maior transferência de dinheiro público para a iniciativa privada da história do Estado, sem nenhuma fiscalização.

Próximo. Por favor.

E aí, quando a gente abre mão de receber esse montante em dinheiro, falta dinheiro para as políticas públicas, é óbvio. E aí o governador faz escolha: vai sustentar o agronegócio, porque se restam dúvidas que o agro quem paga é você com o seu imposto, se vai sustentar o agronegócio, a educação de jovens e adultos vai ser extinta no estado de São Paulo. Ele nem cita a EJA, não tem uma rubrica para a Educação de Jovens e Adultos no estado de São Paulo.

Educação de indígenas, quilombolas, ribeirinhas, também está zerada no Orçamento do estado de São Paulo. Ele tem recursos reservados para a privatização das escolas, o que torna o recurso da Educação, o passe da Educação mais caro, mas não mais amplo, mais efetivo.

Próximo.

Saúde. Quanto a gente gritou aqui, brigou aqui pela PEC do Corte da Educação, e eu queria listar o nome dos deputados que ousaram vir aqui e dizer: “Vai para a Saúde, precisa ir para a Saúde, quem é contra colocar recurso na Saúde, etc.” Gostaria de listar aqui para eles dizerem onde foi parar o recurso.

Porque, assim, o recurso da Saúde cresceu exatos 14%, o mesmo que o Orçamento, ou seja, proporcionalmente, dentro do seu mínimo, mínimo constitucional, nenhum centavo a mais do que o mínimo constitucional. Não houve nenhuma suplementação para a Saúde.

E além da barbárie, da chantagem que fizeram com as pessoas, né, Mansur, de vir aqui e dizer que ia tirar da Educação para colocar na Saúde, mentindo para as pessoas, a única suplementação e incremento, quem leva mais grana, no recurso da Saúde aí, são as OSs. Mais dois bilhões para as privatizações, mas o recurso geral da Saúde não subiu um centavo.

Eu me pergunto se não dá vergonha de ter vindo aqui há poucas semanas dizer que estava cortando de uma Educação precária para colocar na Saúde, para apresentar isso daqui no Orçamento.

O maior corte do orçamento, se não cita negros e negras, LGBTs, pessoas com deficiência, mulher está cravado no Orçamento. Tem uma pasta: vazia. Vazia. É deboche. Eu considero deboche essas rubricas com 40 reais. Política para as mulheres, 40 reais.

Não é 40 mil reais, não é 40 milhões de reais, não é 40 bilhões, é 40 reais. Saúde da mulher, saúde da mulher gestante, um monte de gente que vem aqui dizer que é contra o aborto, que não sei o quê, que não sei o que lá.

Saúde da mulher gestante, empreendedorismo feminino, enfrentamento à violência contra a mulher, todas essas rubricas com dez reais. Vou repetir, não são dez mil, não são dez milhões, não são dez bi: são dez reais. Dez reais. É deboche. Deboche.

Justiça e cidadania. Essa é uma batalha que a gente deu, vai seguir dando e acha muito importante para evitar o recrudescimento do crime organizado no estado de São Paulo. O governador Tarcísio foi à televisão durante o segundo turno dizer que o Boulos era envolvido com o PCC, mas a polícia, sob o seu comando, é que está cheia de gente envolvida com o PCC.

A privatização da Fundação Casa pode representar um salto na organização criminosa. Quem aqui tem dúvidas de que a organização criminosa pode concorrer a editais públicos e vencer licitações para administrar a Fundação Casa e as penitenciárias, onde eles formam a maior parte do seu contingente de trabalhadores, de onde tiram a sua mão de obra.

Colocar trinta reais para a Fundação Casa sinaliza que o governo quer avançar na privatização da Fundação Casa. E assim como o transporte da cidade de São Paulo, é óbvio que a Segurança Pública do estado de São Paulo pode acabar na mão do crime organizado.

Habitação, dez reais. Dez reais para a construção sustentável em áreas de risco, num momento em que a gente vive uma crise climática. Meio ambiente é uma tragédia. A pasta de Meio Ambiente e Infraestrutura cresceu, mas todo o dinheiro vai para a obra.

Deputados aqui gostam de obra porque corta faixa, tira foto, diz na sociedade que inaugurou e etc. Mas Meio Ambiente está zerado. É outra pasta que tem dez, vinte, trinta reais para tudo.

Olha só: fundo de prevenção à poluição, investigação de áreas contaminadas: quarenta reais. Política de sustentabilidade de microbacias: vinte reais. Educação ambiental, cuidado com espécies em extinção: os deputados que cuidam do cachorrinho aqui não se importam com os animais silvestres? Fundo estadual de saneamento, dez reais. Dez reais. Dez reais.

Para concluir: o Orçamento do estado de São Paulo dá o estado mínimo para quem precisa. O povo pobre, o meio ambiente, mulheres gestantes, demais mulheres. Por quê? O agronegócio quem vai sustentar é você com seus impostos. É a maior transferência de dinheiro público para a iniciativa privada com um orçamento de deboche, com várias rubricas de dez reais para serviços essenciais.

Obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da TV Assembleia, venho à tribuna para debater contrariamente à aprovação da lei orçamentária representada pelo PL, pelo Projeto de lei 712, de 2024, primeiro porque é um projeto antipopular e antidemocrático, que deixa as verdadeiras necessidades e os verdadeiros interesses da população do nosso Estado de fora desse Orçamento.

Várias áreas foram deixadas de fora, não foram contempladas, apesar de todo o debate feito nas regiões, nas audiências públicas, colhendo sugestões e propostas para a incorporação na lei orçamentária, sem contar as nossas emendas.

Centenas, talvez milhares de emendas tenham sido apresentadas, e elas não foram incorporadas. Por isso que é um projeto também antidemocrático, porque ele não incorpora as nossas propostas, e, sobretudo, antipopular, porque deixa o povo do estado de São Paulo de fora, sobretudo as pessoas que mais precisam do Estado, na área da Educação, da Saúde, da Assistência Social e de tantas outras áreas fundamentais.

Eu destaco aqui o nosso, eu vou colaborar, até porque nós queremos votar ainda nesta sessão, Sr. Presidente, então vou reduzir bastante o meu tempo e sintetizar aqui alguns pontos que, para nós, são importantíssimos, e não foram contemplados.

Nós apresentamos emendas para serem incorporadas, mas, infelizmente, elas não foram aprovadas na Comissão de Finanças. Mas nós temos ainda uma chance de reverter essa situação, votando nas emendas aqui no plenário. Agora chegou o momento derradeiro, em que nós podemos ainda incorporar várias emendas.

Eu destaco aqui emendas que nós apresentamos para o Iamspe, que está sucateado, degradado, com falta de investimento. Neste ano a situação é mais grave, porque o orçamento total do Iamspe foi reduzido em 20 milhões de reais em relação ao ano passado.

Ou seja, o Iamspe, que precisa de mais investimento, na prática está tendo uma redução no seu investimento, são 20 milhões a menos.

Imaginem, se o Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo já vive numa condição de precarização, de terceirizações de vários espaços, que não consegue dar um atendimento para os servidores, sem contar ainda a falta de convênios no Interior paulista, na Baixada Santista, na Grande São Paulo, mesmo aqui, na Capital, convênios com Santas Casas, com hospitais regionais, com clínicas e com laboratórios, então com esse orçamento vai ser inviável o funcionamento minimamente digno do Iamspe para os servidores de todo o estado de São Paulo. Repito, esse Orçamento está reduzindo em 20 milhões o orçamento do Iamspe em relação ao ano passado.

Nós apresentamos também emendas que não foram incorporadas, mas podem ser incorporadas agora, na hora da votação, para que o governo reserve dotação orçamentária para devolver o confisco das aposentadorias e pensões, aquele criminoso confisco do Doria que nós derrubamos depois, aqui, no plenário, através da aprovação de um projeto de lei.

Só que tem que devolver o que foi confiscado durante dois anos para todos os aposentados e pensionistas. Essa lei orçamentária não incorporou a emenda que nós apresentamos.

Em relação ainda aos servidores públicos, por exemplo, nós apresentamos emendas para elevar o vale-refeição, conhecido no estado de São Paulo como vale-coxinha, que ainda é de doze reais, que é um absurdo, é uma afronta à dignidade humana dos servidores. A emenda não foi incorporada ao projeto de lei.

A questão do respeito ao reajuste da data-base. Este ano o governo não deu um centavo de reajuste ou de reposição das perdas inflacionárias para os servidores do estado de São Paulo e não há previsão também para o ano que vem. Ou seja, o governo está afrontando, tanto no ano de 2024, como também deve afrontar em 2025 a lei da data-base salarial e a Constituição Federal, no seu Art. 37.

Nós temos também uma questão gravíssima, que já foi colocada aqui, que é a questão das isenções fiscais para os grandes grupos econômicos do estado de São Paulo, que não geram empregos, que não dão nenhum tipo de retorno para o povo de São Paulo, como empresas de agrotóxicos, de agronegócios e empresas que são, muitas delas, inclusive, devedoras da dívida ativa do estado de São Paulo, que devem bilhões de reais. Nós já apresentamos aqui a lista dessas empresas. E o governo insiste nessa isenção, que não tem transparência nenhuma.

Quero destacar aqui, e manifestar o nosso apoio, por exemplo, para que o governador Tarcísio de Freitas faça a renovação do decreto que deu isenção fiscal, há 30 anos, ainda lá no governo Fleury, para o setor de bares e restaurantes.

Esse setor tem que ter isenção fiscal, porque ele gera emprego, reduz o custo da alimentação para a população, sobretudo os trabalhadores, que se alimentam, sobretudo na hora do almoço, nesse setor de bares e restaurantes.

Nós queremos destacar, ainda, Sr. Presidente, a questão - já estou finalizando, porque são tantas coisas - na área da Educação, a previsão do corte de 11 bilhões e 300 milhões de reais na área da Educação. A Educação precisa de mais investimento. E o governo aprovou uma PEC aqui; aprovou, através da sua base de sustentação, um corte de 5% no orçamento da Educação, numa rede que já está sucateada, degradada, abandonada e sem investimento, com escolas de lata, com escolas sem quadras, sem oficinas, sem laboratórios.

Destaco, ainda, Sr. Presidente, para concluir, mais dois temas. Tem a questão das universidades: não houve aumento, deputado Carlos Cezar, para as nossas três universidades públicas; não houve aumento do orçamento para as Etecs e Fatecs e, sobretudo, para a TV Cultura, que está sendo atacada sistematicamente.

O governo Tarcísio quer instrumentalizar a TV Cultura, mas não consegue, então ele vai asfixiar do ponto de vista orçamentário. Tanto é que tem uma previsão só de dez reais para a TV Cultura, uma TV que tem uma projeção internacional.

E por fim, também, Sr. Presidente - agora finalizando, para colaborar com o tempo -, a questão do Tribunal de Justiça. Eu apresentei várias emendas para a valorização dos servidores do Tribunal de Justiça, para os escreventes, técnicos, para os oficiais de Justiça, por exemplo.

E uma delas foi uma emenda sobre a implantação do nível superior para os escreventes técnicos do Judiciário. Inclusive, tem um projeto de lei, já aprovado em todas as comissões, com regime de urgência, que implanta, que autoriza o Tribunal de Justiça a implantar o nível universitário.

Eu apresentei aqui uma emenda com o Orçamento, para que tenha uma previsão orçamentária. E peço o apoio de todos os deputados e deputadas para que essa emenda seja aprovada e nós possamos dar essa contribuição para a valorização de todos os servidores técnicos, escreventes técnicos do Judiciário.

E tantas outras emendas que, infelizmente, não foram incorporadas, Sr. Presidente. Por isso que nós nos manifestamos contrariamente à aprovação desse projeto de lei, desse Orçamento antidemocrático e antipopular.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Deputado Carlos Giannazi. Vamos chamar o próximo orador inscrito para discutir contra. Deputado Eduardo Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Alex Madureira, Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Com respeito ao Projeto de lei nº 712, de 2024, referente ao Orçamento anual, que hoje votaremos, eu cumprimento o relator, que agora nos preside, o deputado Alex Madureira, pelo empenho em estudar as mais de 30 mil emendas apresentadas por nós, deputados e deputadas.

Em minha trajetória política, sempre colaborei com as vozes que lutam e defendem políticas de interesse coletivo, com ênfase nos Direitos Humanos, combatendo desigualdades sociais, raciais, de gênero, econômicas e culturais.

Infelizmente, a proposta orçamentária que estamos debatendo não atende às necessidades mais latentes de nosso povo. O Orçamento de 2025 é marcado pelo subfinanciamento sistemático das políticas sociais.

A estratégia é simples: ano após ano, diminui-se o orçamento de secretarias finalísticas importantes, e transfere parte das responsabilidades do Estado para outros setores. Os números demonstram.

A receita prevista para o ano que vem é de 372,5 bilhões, um aumento de 13,53% sobre 2024. No entanto, ao examinarmos atentamente, percebemos um desalinhamento do princípio de interesse público como fiador das ações. Aqui destaco alguns elementos.

A propaganda institucional, gasto com publicidade do governo, aumentou 133 por cento, 342 milhões. Já a Secretaria de Políticas para a Mulher, como já assinalado aqui pelas deputadas, tem 60% a menos de recursos comparados com 2024. É preocupante. Gastos com a comunicação de 2025 correspondem a 35 vezes o orçamento para as mulheres na proposta original do governador.

As políticas de Assistência Social sofreram um corte geral de 9 por cento. Sendo que algumas delas tiveram uma queda extremamente brusca, como o cofinanciamento da proteção social básica, com redução de 25 por cento.

Fiz um apelo ao deputado Alex Madureira para rever, e ele atenuou esse corte para 7,15% ao qual agradeço. Também o parabenizo, pois, outro apelo meu foi o corte de 16% no programa “Bom Prato Móvel”.

O deputado Alex não só atendeu a esse meu pedido, como incrementou para 10 milhões de reais. Muito obrigado! Na pasta da Justiça e da Cidadania, importantes ações tiveram um corte significativo, como o controle de políticas públicas por meio dos conselhos de cidadania, que é o orçamento de seis conselhos estaduais e teve uma redução de 97 por cento, sendo praticamente zerado, e infelizmente não contemplado no relatório final.

A ação de aprimoramento das políticas públicas em Direitos Humanos executa ações com ênfase para as coordenações de políticas públicas para os povos indígenas, a população negra, LGBTQIA+, formação de leitores e programa de paz nas escolas. Ela teve um corte de 90% do orçamento de 2024, sendo recomposto parcialmente pelo relator em 60%, ficando no valor de 1 milhão de reais.

Como presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, fiquei extremamente preocupado com esses números. Apesar dessas pequenas vitórias, é triste perceber a inversão de valores entre a necessidade política de quem comanda o estado mais rico da Nação e a demanda real das pessoas.

Na Segurança Pública, o enfoque sendo pela ostensividade, ao invés da inteligência. Perícias criminalísticas, laudos de medicina legal e investimento na Polícia Civil passam ao largo da proposta orçamentária.

Sob minha autoria, nosso gabinete cadastrou 57 propostas de emendas de remanejamento orçamentário, totalizando um pleito por notificação de valores da monta de 1,5 bilhões de reais. O foco foi recompor o orçamento de políticas sociais esvaziadas e qualificar temas relevantes que não receberam a devida atenção.

Lamento que só tivemos acesso ao relatório poucas horas antes da sessão, não havendo o tempo hábil para uma análise mais aprofundada. Prezando pela transparência e por um trabalho de qualidade, o ideal era termos acesso ao relatório com ao menos dois dias de antecedência.

Finalizo fazendo o apelo para que nesta data avancemos com um Orçamento que respeite o combate às desigualdades e tenha foco na necessidade real da população.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Obrigado, deputado Eduardo Suplicy. Seguindo a ordem dos oradores inscritos, para discutir contra, deputada Paula da Bancada Feminista.

 

A SRA. PAULA DA BANCADA FEMINISTA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa noite, Sr. Presidente, boa noite aos deputados e deputadas presentes e às pessoas que nos acompanham pela galeria e também pela Rede Alesp.

Sr. Presidente, este é um debate muito importante. Na verdade, a gente vem aqui mais um ano discutir o Orçamento do estado de São Paulo, e o Orçamento do estado de São Paulo é meramente político. Eu queria falar sobre alguns aspectos do Orçamento aqui no Estado que eu acho que são fundamentais.

O primeiro deles é o fato de que o governador Tarcísio, ao apresentar para esta Casa um projeto de Lei Orçamentária para o próximo ano ele deixa a nítido qual é a sua intenção. Valorizou secretarias como a Secretaria de Governo, como a Secretaria de Parceria em Investimentos, em detrimento de secretarias que tratam de aspectos sociais e políticos importantíssimos para o estado de São Paulo.

Mesmo quando a gente analisa o orçamento da Secretaria de Segurança Pública, nós vemos também que o governador tem uma predileção, a predileção de tentar fortalecer aspectos da Polícia mais ostensiva em detrimento da Inteligência.

Enfim, questões que devem ser muito bem trabalhadas e muito bem pensadas por nós. Não é à toa que nós da oposição viemos aqui, subimos aqui e discutimos esse projeto de Lei Orçamentária para o próximo ano.

É porque a gente tem nitidez de que, na verdade, o governador tem um projeto político, o projeto político de fortalecer as privatizações, de fortalecer a sua Secretaria de Governo, de tirar orçamento, por exemplo do Meio Ambiente, e tentar ali remanejar e colocar o orçamento na construção de estradas, algo que poderia ser destinado, sim, para o Meio Ambiente, já que a gente está falando da mesma secretaria.

Então tem diversos aspectos que querem ser tratados. Por conta do meu pouco tempo aqui do que foi discutido, eu quero falar especificamente sobre o orçamento da Secretaria de Segurança Pública.

O Fórum Popular de Segurança Pública apresentou uma série de emendas que foram protocoladas em coautoria por diversos deputados, e duas delas foram acatadas, a emenda que diz respeito à Delegacia de Combate à Violência contra Mulher, dentro da Secretaria de Política para Mulheres, que infelizmente tem um orçamento ínfimo.

E aí é importante dizer que dentro da Secretaria de Política para Mulheres foi reduzido a zero o orçamento que diz respeito às delegacias 24 horas. A gente sabe que existe uma lei federal que luta pela implementação das Delegacias da Mulher 24 horas, sete dias por semana, e o governador reduziu a zero esse orçamento.

Não tem nenhum interesse em fortalecer e manter a política das DDMs 24 horas aqui, infelizmente, mas a gente segue lutando aí para que as mulheres tenham atendimento adequado quando o assunto é o combate à violência.

Mas ainda falando sobre a Segurança Pública, tem um elemento que eu acho que chama muita atenção. O governador desmontou o programa “Olho Vivo” das câmeras de monitoramento nos uniformes das policiais, e colocou tudo no bojo do programa “Muralha Paulista”.

Inflou o Orçamento do “Muralha Paulista”, que são as câmeras que existem por toda a cidade por todas as cidades, na verdade, integrou quase todos os municípios e reduziu substancialmente a zero o programa “Olho Vivo”, que diz respeito especificamente às câmeras de monitoramento.

Ao fazer isso, misturou tudo e permitiu que a gente não pudesse mais distinguir qual vai ser o orçamento exato destinado às câmeras de monitoramento nos uniformes dos policiais.

E tudo o que vem acontecendo aqui no Estado, nos últimos dias, mas também nos últimos anos, mostra que é fundamental que exista uma política séria de monitoramento via câmeras nas fardas dos policiais. Quero falar também sobre o sistema prisional e encerro com isso aí, com o meu pouco tempo diante do acordo que foi feito.

O sistema prisional provavelmente vai colapsar. Alguns deputados, inclusive o próprio secretário de Segurança Pública, lutou muito pelo “PL das saidinhas”, o PL que impede as saidinhas e, inclusive, um dos critérios para que haja saidinha é o tal, progressão de regime, é o tal do exame criminológico. 

Atualmente nós não temos, não temos, repito, e diante do orçamento não teremos profissionais de assistência social e psicologia suficientes para dar conta dos exames criminológicos.

O que significa que nós teremos um regime fechado, completamente inflado e pessoas que teriam direito à progressão de regime não o terão. Nós não temos um sistema penitenciário que dê conta da quantidade de pessoas que precisariam progredir de regime e não vão, porque o orçamento está completamente reduzido, além de uma falta de política séria para egressos do sistema prisional e seus familiares. 

Então deixo aqui, na verdade, o meu repúdio a esse orçamento, que é um orçamento que tem um interesse nítido em fortalecer a parceria público-privada, em fortalecer os projetos de privatizações, reduz substancialmente os projetos sociais do Governo do Estado e, no tema da Segurança Pública, fortalece o recrudescimento da política em detrimento de uma política que investigue, uma política técnico-científica e não trata com a seriedade que precisaria o sistema prisional.

Obrigada, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Próximo orador inscrito, para discutir contra, Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Alex Madureira, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, público que nos acompanha. Inscrevi-me, Sr. Presidente, para também falar contra e votarei contra esse projeto do Orçamento para o ano de 2025, porque é um projeto de lei muito inconsistente, cheio de problemas. 

Ele, como já foi falado aqui, eu quero reforçar para que fique bem claro, é um “orçamento Frankenstein”. O governo, ele se preocupou, por exemplo, de aumentar, deputado Rômulo, em quase 200% o orçamento da comunicação. Agora, por quê? Porque ele quer aumentar a publicidade das suas poucas ações.

Essa semana o governo falou que quer, o governador falou que quer ficar no estado em 2026, porque ele quer entregar bastante coisa. Fiquei pensando, o que ele entregou até agora? Entregou quase nada.

As grandes obras estruturais, eles dependem do governo federal, financiamento do BNDES: é o caso da linha 7 da CPTM, é o caso da linha 6 do Metrô, é o caso do túnel Santos-Guarujá. As obras de infraestrutura, ele não tem feito nada.

A não ser que ele queira entregar, por exemplo, o Metrô, a CPTM e outras empresas públicas, como ele vem fazendo. Aí sim, eu acho que ele está sendo honesto. Mas é o seguinte, 372 bilhões é o orçamento previsto, um crescimento de, em média, 15% em relação a 2024, mas ele não colocou esses 14, 15% de ajuste em algumas áreas fundamentais.

Vou citar aqui, foi 13,5% o aumento, o reajuste do orçamento em relação a 2024. É um orçamento que antecede um ano eleitoral. Ele, evidentemente, está muito preocupado com a política, com o seu projeto político. Está preocupado com o bem-estar da população, com a melhoria da qualidade da política pública. 

Ele está preocupado, por exemplo, em atender prefeitos. Então, as secretarias do secretário Kassab, do secretário André, Casa Civil, Relações Institucionais, aumentos gigantescos do Orçamento.

Então ele quer atender de forma picada, né? Isso é um estrago na construção de políticas públicas mais consistentes na área da Educação, na área da Saúde. E aqui, nós apontamos assim, cortes terríveis, por exemplo, na Secretaria de Agricultura. Nós temos um contingente da população passando fome, um aumento inflacionário da área de alimentos.

Então, o que você tem que fazer? Produzir alimentos, melhorar a produção de alimentos, não um corte na Secretaria de Agricultura. Há cortes nas secretarias ligadas aos temas de cidadania, mulheres, na área da Justiça, ações referentes aos quilombolas, na Educação.

Como bem falou aqui a deputada Monica, isso tudo é ignorado. Há cortes na área Ambiental. Por exemplo, nós vivemos uma emergência climática. No ano passado sofremos com os problemas de desabamentos em Ferraz de Vasconcelos, Ubatuba, São Sebastião, mas o governo corta recursos dessas áreas e ele reforça algumas outras, como eu já disse.

Então, é um Orçamento que não temos condições de votar a favor. E nós vamos ter que fiscalizar a aplicação daquilo que minimamente foi colocado aqui na área da Habitação, por exemplo, e na área de Infraestrutura. Vamos ter que fazer uma fiscalização enorme, porque isso aqui é um cheque em branco terrível.

E, fora esse problema dos cortes, somando às isenções fiscais, que é um escândalo, 70 bilhões de reais para as isenções e cortes em programas importantes na área da Segurança, Meio Ambiente, Saúde e ações ligadas aos Direitos Humanos e à Cidadania.

Então, meu líder, vou seguir a vossa orientação e votar contra, e fico por aqui para a gente poder concluir os debates nessa noite.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ALEX MADUREIRA - PL - Seguindo a ordem dos oradores inscritos, chamar a deputada Ediane Maria, para discutir contra.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Quero saudar todos os parlamentares aqui presentes, os funcionários desta Casa. E, bom, hoje se encerra um ciclo aqui no estado de São Paulo, um ciclo bem triste aqui para todos nós que estamos debatendo a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Mas o que é isso? Gente, é todo investimento, todo investimento público, são todos os seus impostos que foram gastos agora, em 2024, que vão ser usados em 2025. Mas, bom, o governador Tarcísio de Freitas mostra que ele não aprende muito com os erros e com todos os desafios que é governar o estado de São Paulo.

Quero saudar todas as falas que me antecederam, falas muito boas que dialogam com, primeiro, o estado real, que cada um entrou aqui com o seu propósito para defender a Educação, defender a Saúde, defender políticas públicas.

É isso que estamos fazendo aqui nesse debate da LOA. Mas, bom, eu não poderia deixar de ressaltar, diante de vários retrocessos relatados pelos meus companheiros de partido e do nosso campo progressista, eu não poderia deixar passar batido sobre o EJA. É impressionante o ataque, a violência.

E eu tenho certeza de que todos os parlamentares que estão aqui nesta Casa, inclusive o próprio governador Tarcísio de Freitas, conseguiram terminar o seu Ensino Fundamental, conseguiram fazer sua faculdade, conseguiram fazer todo o caminho que deveria ser um caminho real para todos nós.

Mas, bom, sabemos que esse caminho para as trabalhadoras domésticas, as diaristas, os nordestinos que saem da sua cidade para construir o estado de São Paulo, nós sabemos que para nós o caminho é mais difícil. É mais difícil porque existem essas barreiras que vão colocando para todos nós.

Barreiras essas que é negar uma coisa que é fundamental, que é o direito à Educação, à Saúde, à qualidade de vida, tão sonhada qualidade de vida que a periferia não conseguiu acessar ainda.

A gente está falando aqui e debatendo a LOA, debatendo sobre descentralizar, para que o Orçamento também chegue à periferia e que, de fato, a gente consiga ver uma creche, a gente consiga ver uma delegacia da mulher, a gente consiga ver o EJA, mas com investimentos, EJA esse que foi sacrificado. Sacrificado na LOA. Zero. Foi exatamente isso: zero de investimento na LOA em 2025.

E ainda há aqueles que irão falar “Ah, eu defendo a Educação, eu defendo a Saúde”, mas não olham para o pronto-socorro. “Ah, eu defendo a Educação”, mas não olham para as escolas de lata.

Então, gente, enquanto tivermos que lidar com a violência do estado, que nos retira todos os dias... A partir do momento em que compro um pãozinho, que tomo um café, que faço a minha compra, eu estou investindo, estou gerando renda, estou gerando impostos, grana. Mas por que não cai na periferia? Por que nada vai para nós?

O que vai para nós é a tal bala perdida. O que vai para nós são mulheres que estão sacrificadas, com crianças dentro de casa, e que têm que sair para fazer uma faxina no centro e que muitas vezes têm que dividir esse dinheiro da faxina que fazem. É aquela que muitas vezes não sai da sua casa nem sequer no final de semana porque não tem um transporte gratuito.

Estamos, com essa Lei de Diretrizes Orçamentárias, com esse Orçamento para 2025, mais uma vez condenadas a ficar dentro de nossas casas, ou ter que, como sempre, sacrificar aquele que, muitas vezes, para nós, trabalhadoras domésticas...

Muita gente me perguntou: “Ediane, o que mudou, o que mudou quando a presidenta Dilma sancionou a PEC das Domésticas? O que mudou?” Mudou pouca coisa para nós, mas nós tivemos uma coisa chamada, de fato, uma política voltada para as trabalhadoras domésticas que, infelizmente, no estado de São Paulo e em vários estados, a gente não consegue enxergar ainda.

Precisamos descentralizar o Orçamento. Precisamos garantir que essas trabalhadoras domésticas consigam terminar o ensino fundamental. A maioria delas não terminou e não irá terminar, porque é isso que está colocado e posto nesse Orçamento do governador Tarcísio de Freitas. Não vai chegar, porque o EJA vai ser fechado. Uma parcela não vai conseguir finalizar.

Eu tenho muito orgulho de dizer que terminei meu ensino fundamental pelo EJA. Foi a minha porta de entrada. Foi ali que pude falar que tinha um currículo para apresentar, foi ali que eu poderia procurar outro emprego, outra porta de emprego, porque tinha meu ensino fundamental completo.

Até quando? Essa é a pergunta. Até quando este espaço vai fechar os olhos e não debater sobre questões reais? Questões ancestrais. Se todos têm direito, por que uma grande parcela não tem? É essa a pergunta.

Por que eu posso comprar o pão, posso comprar o leite, posso fazer minha despesa, posso pagar meu aluguel, posso pagar minhas contas, minha água, minha luz, e por que isso não volta em forma de políticas públicas? Por que não olham para a periferia com esse Orçamento e falam: “vamos descentralizar um pouco, vamos dividir.

Agora vamos colocar também, vamos mapear as comunidades que não têm uma creche próxima, vamos olhar para esse canto, vamos olhar para a política de habitação, vamos olhar para o combate à fome.”

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.

 

* * *

 

Eu vejo muita gente falando mal do presidente Lula: “Olha, o presidente Lula falou que iria dar picanha e deu abóbora.” O presidente de vocês nem abóbora deu. Nem abóbora. Várias de nós - assim como eu - tivemos que ir para a feira pegar resto de feira.

E sobrevivia com dignidade, dignidade essa que eu sabia que não viria no governo Bolsonaro. Então, estar aqui hoje é para dizer que bom o que a gente está aqui vendo, mas é muito dolorido ver que o investimento na periferia novamente está fadado ao fracasso.

Mas, bom, o governador se arrependeu. Ele falou que se arrependeu, que agora ele olha... Já estou indo concluir, deputado. Que agora ele olha para as câmeras corporais que a gente tanto falou...

Gente, nós nos esgoelamos aqui neste plenário... Mas que agora ele se arrependeu, mas que também no Orçamento dele, apesar de todo o seu arrependimento, não está escrito que vai vir investimento para as câmeras corporais. Bom, essa é a LOA, é o investimento todinho do estado de São Paulo para 2025.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada Ediane Maria. Dando sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o deputado Guilherme Cortez.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Olá, muito boa noite, meus colegas deputados e deputadas, o público presente, servidores desta Casa e quem acompanha a gente através da Rede Alesp neste apagar das luzes de mais um semestre legislativo nesta Casa.

Como de praxe, no final do semestre legislativo, a gente vota a Lei Orçamentária Anual, que é uma das leis mais importantes do estado de São Paulo, porque sem dinheiro as políticas públicas não podem sair do papel.

Então não adianta nada a gente votar uma série de leis, políticas públicas para o estado, se a gente não prever qual é o recurso necessário para que essa política seja aplicada. E por isso a LOA é muito importante.

E eu quero dizer que essa proposta de Lei Orçamentária Anual, apresentada pelo governo e pelos seus deputados da base de apoio, é uma proposta decepcionante, porque é uma proposta que não prepara o estado de São Paulo, que é o maior estado do País, para a emergência climática.

Dois mil e vinte e quatro foi um ano em que a gente não pôde mais falar, não pôde mais negar a realidade nua e crua da mudança climática. Pelo que a gente viu acontecer no Rio Grande do Sul, pelo que a gente viu acontecer no interior de São Paulo, que bateu o recorde histórico de queimadas no período de agosto e setembro desse ano.

E o que a gente deveria esperar diante dessa realidade? Que o governo estipulasse um investimento público adequado para prevenir e para proteger o estado de São Paulo do avanço da emergência climática.

Mas não é isso que a gente está vendo. Na contramão, a gente está vendo o governo apresentar nessa proposta de Lei Orçamentária um corte de um milhão de reais; um milhão de reais a menos que o governador Tarcísio vai deixar de investir no combate e na prevenção das queimadas.

Meus colegas deputados, alguns meses atrás, a gente estava aqui falando que São Paulo estava batendo o recorde de queimada. E na contramão da gente aumentar o investimento para que isso não se repita no ano que vem, vocês estão votando para reduzir o pouco investimento que São Paulo ainda tem para o combate dos incêndios e das queimadas.

Meus colegas deputados, eu queria saber onde estão os deputados que, quando o Rio Grande do Sul estava debaixo d'água, vieram aqui se solidarizar com o Rio Grande do Sul, pedir doação para o Rio Grande do Sul, mas que agora não falam nada quando o governo prevê um corte de 56 milhões de reais nas obras de combate à enchente aqui no estado de São Paulo.

Aí não adianta nada se solidarizar com o Rio Grande do Sul, mas não votar, não fazer o que está ao nosso alcance aqui em São Paulo para que aquelas cenas lastimáveis não se repitam no nosso Estado.

Mas a gente está aqui prestes a aprovar mais uma Lei Orçamentária negacionista. Porque uma Lei Orçamentária que acontece em plena emergência climática, quando a natureza dá todas as demonstrações para a gente da seriedade da crise ambiental e que prevê esse investimento pífio em política de adaptação e prevenção, é uma Lei Orçamentária negacionista.

E os deputados que votarem a favor dessa lei, dessa maneira, vão estar colocando as suas digitais, daqui a alguns meses, quando chover mais forte e as pessoas perderem tudo por conta da enchente; vão estar colocando as suas digitais no próximo período de estiagem, quando ficar mais seco e as pessoas perderem as suas plantações por conta da queimada. Vão estar colocando as suas digitais no adoecimento da população, através das doenças respiratórias provocadas pelas queimadas.

Então, por conta disso, presidente, eu e nós da bancada do PSOL não podemos votar a favor desse Projeto de lei Orçamentária, porque o estado de São Paulo deveria dar exemplo.

A gente não pode deixar mais para depois uma política séria, uma política estruturada, uma política com investimento público para proteger a população do estado de São Paulo do efeito da crise ambiental, do efeito da crise climática, para que a gente não tenha que vir aqui depois chorar pelo leite derramado, solidarizar-se pelas vítimas dos eventos climáticos extremos.

A gente precisa votar agora um investimento público, uma Lei Orçamentária que dê conta de proteger a população do estado de São Paulo, e não é disso que esse projeto de LOA trata.

Por isso, nós da bancada do PSOL vamos votar contra esse projeto negacionista e anticlimático.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputado Guilherme Cortez.

Dando sequência aos oradores inscritos, com a palavra a deputada Professora Bebel. Ausente. Não havendo mais oradores inscritos, está encerrada a discussão.

Há sobre a mesa o método de requerimento de votação apresentado pelo líder do Governo. Em votação o requerimento de método de votação.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis ao requerimento permaneçam como se encontram. (Palmas.) Aprovado o requerimento.

Item 1 - Em votação o projeto salvo emendas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para encaminhar o projeto, a Federação indica o deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

O deputado Luiz Claudio Marcolino fará encaminhamento pela Federação PT/PV/PCdoB.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados; na Comissão de Finanças e Orçamento, Sr. Presidente, nós apresentamos diversos itens para fazer adequação ao relatório do Orçamento, principalmente em algumas áreas sensíveis que o governador simplesmente tinha desconsiderado ao encaminhar para a Assembleia Legislativa.

Então, tínhamos colocado alguns itens em relação à Secretaria de Saúde, à Secretaria de Políticas para Mulher, em relação ao Tribunal de Justiça, Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Agricultura e Abastecimento, Secretaria de Gestão do Hospital do Servidor, que é o IAMSPE, Desenvolvimento Social, Secretaria de Desenvolvimento e Habitação, Secretaria de Infraestrutura, Meio Ambiente e Logística, Secretaria de Esportes, de Turismo e na Secretaria de Cultura.

Boa parte que nós tínhamos indicado à Secretaria de Pessoa com Deficiência e na Defensoria Pública e também na Secretaria de Tecnologia, no Centro Paula Souza, na Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, que foi a questão do Cemec, Conciliação e Mediação de Conflitos.

Todos esses itens nós apresentamos ao relator e à Comissão de Finanças e Orçamento justamente para fazer uma adequação ao Orçamento ora apresentado. Só que o remanejamento que nós estamos fazendo agora, nesse momento, é em torno de um bilhão e 300 milhões de reais. Nós estamos falando, nobre deputada Ediane, do Orçamento de 372 bilhões de reais. Esse é o Orçamento que nós estamos discutindo no dia de hoje.

Estamos remanejando um bilhão e 300 milhões de reais. Para ser exato, nós estamos remanejando, pela proposta apresentada, um bilhão, 336 milhões de reais, só que, ao mesmo tempo, nobre deputado Enio Tatto, o governo vai ter a liberdade de, durante todo o ano de 2025, fazer um remanejamento na ordem de 193 milhões de reais. É a ordem de remanejamento que o governador terá para fazer no ano que vem.

Por isso que, quando nós apresentamos aqui, a oposição, a bancada do PT, PCdoB e PV, era para fazer uma adequação mais robusta. Nós olhamos e vimos as secretarias que o governo apresenta e coloca como prioridade, ele trabalha e investe muito nas PPPs, trabalha na Secretaria de Desenvolvimento e Infraestrutura, mas deixa de fora algumas secretarias importantes, como a Secretaria de Assistência Social, da Cultura, da Habitação, Secretarias da Mulher, Secretaria da Pessoa com Deficiência e a própria Secretaria da Saúde.

Ou a Secretaria da Educação, como nós olhamos e observamos que o crescimento do orçamento da Secretaria da Educação é apenas um pouco mais de dois por cento.

O crescimento do orçamento para 2025, nós estamos falando na casa de catorze por cento. Enquanto o orçamento de 2024 para 2025 aumenta 14%, é o aumento da receita, o governo apresenta uma adequação de apenas dois por cento na Secretaria da Educação, secretaria essa que é muito importante aqui no estado de São Paulo. E nós acabamos de passar por uma polêmica, onde o governo tira 11 bilhões da Educação, apontando que iria indicar esse recurso para a Saúde.

E olhando, nobre deputado Jorge do Carmo, o recurso da Saúde, a gente percebe que não está apontado pelo governo do estado de São Paulo um acréscimo significativo para a área da Saúde. Cresce nas OSs, cresce nas parcerias público-privadas, mas não faz a adequação necessária para a Saúde do estado de São Paulo, como nós sabemos que é uma necessidade.

Então a Bancada do Partido dos Trabalhadores, da Federação PT/PCdoB/PV, apresentou um voto em separado hoje na Comissão de Finanças e Orçamento, colocando o nosso posicionamento contrário à forma pela qual o secretário encaminhou o orçamento para a Assembleia Legislativa.

Nós sabemos que tem questões importantíssimas que foram incluídas. É importante valorizar o avanço que houve em relação à Saúde - melhorou a questão das santas casas, recompusemos a Secretaria da Mulher, recompusemos a questão do Simec em dez milhões na área que é importante, na PGE, incluímos recursos da Secretaria de Segurança Pública, na Secretaria da Agricultura, no Iamspe, na Assistência Social, na Infraestrutura, no Esporte, no Turismo, entre outras áreas.

Mas o maior problema, nobre deputado Enio Tatto, que a gente percebe de um orçamento de 370 bilhões, com 193 bilhões de remanejamento, remanejar apenas um bilhão e 300 milhões: demonstra que o governo do estado de São Paulo não tem uma preocupação com as mais de 30 mil emendas apresentadas pelo Legislativo, por esta Assembleia Legislativa.

Então, a nossa bancada vai encaminhar contrariamente à proposta apresentada pelo governador na Assembleia Legislativa, mesmo sabendo que conseguimos conquistar alguns avanços. Mas este é um orçamento insuficiente para o desenvolvimento do estado de São Paulo que nós precisamos. Então a nossa bancada vai indicar voto contrário à proposta apresentada pelo governador Tarcísio neste momento.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, nobre deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - O presidente é paciencioso. Eu queria encaminhar pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. O deputado Enio Tatto fará encaminhamento pela Minoria.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos assiste, estamos votando a lei mais importante que um parlamento vota, entre tantas coisas importantes, que é o Orçamento do Estado.

 Eu percebo que fizeram uso da palavra aqui alguns deputados da oposição e ninguém da base do governo. E é interessante, é a lei mais nobre. Talvez o trabalho mais nobre de todos os deputados desta Casa seja a votação do Orçamento, porque mexe com as famílias, mexe com a vida das pessoas, em todas as áreas.

E a gente tem um orçamento, que já foi um relatório do deputado Alex Madureira, que se esforçou bastante, deu para perceber, ele procurou a gente, mas ele tinha um limite muito pequeno para mexer no orçamento, isso por orientação do governo.

Agora eu queria falar de um assunto aqui que me chamou muito a atenção: a concentração de dinheiro em três secretarias. “Ah, é a Secretaria de Transporte? É da Saúde? É do Meio Ambiente? É da Agricultura?” Não.

Três secretarias políticas, a Secretaria de Relações Institucionais, a Secretaria de Comunicação, a Casa Civil e uma que é adjunta da de Relações Institucionais, que é a de parcerias com os municípios: 571% de aumento na de Relações Institucionais, 133% na de Comunicação e 3.233% na articulação municipal.

Esse dinheiro vai ficar na Casa Civil, no governo, para barganhar, para negociar o tempo todo com o Parlamento, com os prefeitos, com as Santas Casas e com as entidades. Quem apoiar o governo vai ter dinheiro, quem não apoiar vai ter uma dificuldade enorme para ter esse dinheiro. Isso é falta de transparência. Isso é falta de transparência.

É um absurdo que a Secretaria de Governo e Relações Institucionais, que tinha 328 milhões, agora tenha passado para dois bilhões e duzentos. O relator mexeu nessa pasta, tirou um bilhão, mas mesmo assim fica 1 bilhão e 200 para o governo e para o secretário de governo negociar e toda hora fazer com que diversos segmentos da sociedade, principalmente prefeitos, vão lá comer na mão do secretário e na mão do governador. Isso a gente não pode admitir.

Qual o custo disso? O custo disso é você diminuir 35% do Desenvolvimento Econômico, é você diminuir 18% da Secretaria da Agricultura. Quem é que vai ser atingido na Secretaria da Agricultura, é o agronegócio? Não, eles se viram, eles têm vida própria. Quem vai ter pouco dinheiro para financiamento, para linhas de crédito, é a agricultura familiar, é o pequeno produtor.

Não dá para admitir que a Secretaria da Mulher, como já foi dito aqui, tenha 60% a menos. E aí o relator coloca 20 milhões, 10 milhões, para dizer que está compensando. Se tirou 60%, qual a diferença que vão fazer cinco, dez milhões? E a gente percebe que são em diversas pastas, em diversos programas que acontece isso.

A Secretaria de Desenvolvimento Social, 9% a menos, já era uma secretaria que não tinha nem 0,5% do Orçamento do Estado. E aí o relator coloca cinco milhões a mais para o “Leve Leite”, dez milhões a mais para o “Bom Prato”.

O que significa isso? Se o governo diminuiu 113 milhões da Secretaria da Assistência Social, que tem as parcerias com as Apaes, que é a cesta básica, as pessoas que passam fome, que têm necessidades, a pessoa com deficiência, como foi colocado aqui, já não tinha dinheiro, e tira 4,5 por cento.

Então não dá para acreditar, Sr. Presidente, ter um orçamento tímido, um orçamento que privilegia a política para fazer campanha eleitoral em 2026. E a Secretaria de Comunicação, o que ele fez? Ele aumentou 133 por cento. Qual é a jogadinha?

Todo mundo sabe aqui que para o ano de 2026 é a média dos últimos três anos. Por que que ele colocou, injetou tanto dinheiro na Secretaria de Comunicação? Para fazer a média em 2025, para fazer a propaganda em 2026.

Então, Sr. Presidente, não podemos aceitar um orçamento desses, por isso que nós vamos votar no nosso parecer, votar contra esse orçamento, já que o nosso parecer foi derrotado na Comissão de Finanças e Orçamento.

E parabenizar a luta da Defensoria Pública, a luta do pessoal do Simec, da Ouvidoria. Conseguimos colocar uma verba para a feira do MST, alguns valores para o TEA, mas muito tímidos, porque essas pastas tinham que ter a garantia no Orçamento.

Esse dinheiro que está na Secretaria de Governo, Secretaria de Comunicação e nas parcerias municipais, já tinha que ter sido distribuído na Educação, na Saúde, no Meio Ambiente, no Transporte, no orçamento, e não ficar na mão do governo, para cada um ir lá comer na mão do governo e negociar cada item que for votado no ano que vem, aqui na Assembleia.

Era isso, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente, para encaminhar pela bancada do Partido Liberal, eu indico o relator do Orçamento, deputado Alex Madureira.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido. Deputado Alex Madureira, para encaminhar pelo Partido Liberal.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente, deputadas e deputados desta Casa. Com muita alegria e com o sentimento de dever cumprido, nós entregamos o relatório na Comissão de Orçamento desta Casa, Finanças, Orçamento e Planejamento, para que fosse votado o relatório que nós apresentamos na manhã de hoje. Esse relatório foi aprovado, por sete votos a dois, e agora está sendo contemplado aqui no plenário desta Casa, para discussão.

Eu quero só deixar, Sr. Presidente, algumas informações importantes das movimentações que foram feitas no Orçamento do Estado, atendendo às bancadas e atendendo aos deputados desta Casa.

Nós fizemos um esforço grandioso, porque eram mais de 29 mil emendas que foram apresentadas ao Orçamento, de poder analisá-las de forma técnica, e não de forma partidária ou de forma ideológica. Ao contrário disso: nosso olhar foi para as emendas de forma técnica. E a nossa busca foi em atender à maioria das secretarias que fosse possível.

Então só alguns dados importantes aqui para a gente dizer, Sr. Presidente. Por exemplo, a Secretaria de Saúde do Estado. Então, para subvenções das Santas Casas, entidades filantrópicas e também os convênios com as prefeituras, nós colocamos 150 milhões de reais a mais na pasta da Saúde, daquilo que já estava garantido no Orçamento do Estado.

Na Secretaria de Meio Ambiente, por exemplo, em que estão contemplados alguns programas da Cetesb, que vai fazer grandes projetos ambientais ao longo do ano que vem. Também, a garantia de amparo e proteção ao bem-estar animal.

Também, a operação da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo e a implantação de pavimentação de rodovias, que são os programas do DER, principalmente garantindo recursos para a fase nove. Foram 225 milhões de reais aportados à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, que, na sua maioria, contemplam o DER, o Departamento de Estradas e Rodagem.

Na Secretaria de Segurança Pública, é importante nós frisarmos aqui: uma grande cobrança de alguns deputados foi com relação às câmeras corporais. Isso já está garantido em edital, feito neste ano de 2024, e a contratação dessas câmeras já foi feita, iniciando 2025 com 12 mil câmeras já ativas e funcionando no estado de São Paulo.

E a garantia de que até o final do ano que vem nós tenhamos 15 mil câmeras em operação no estado de São Paulo, todas elas garantidas dentro de um programa maior, que é o programa “Muralha Paulista”.

Mas nós colocamos mais 55 milhões de reais na Secretaria de Segurança Pública, inclusive para atendimento da saúde do policial e assistência jurídica prestada aos policiais. E também para fortalecer a construção de quartéis, reforma de quartéis e aquisição de imóveis. E também as delegacias da mulher, que estão garantidas dentro desse Orçamento do Estado.

Além disso, Sr. Presidente, mais algumas coisas importantes que foram garantidas e acho importante destacar aqui: o atendimento das audiências públicas, deputado Barba.

Essa Comissão de Finanças fez um esforço grandioso e realizou mais de 15 audiências públicas em todo o estado de São Paulo, capitaneadas pelo deputado Gilmaci Santos e também pelo deputado Enio Tatto e o deputado Marcolino, que é vice-presidente da Comissão de Finanças.

E nós garantimos, no Orçamento do Estado, 40 milhões de reais, que estão alocados na Secretaria da Casa Civil para atendimento dessas demandas das audiências públicas. Isso é uma inovação desta Casa e do governo do estado de São Paulo, que faz com que nós possamos realizar esse grande trabalho a partir do ano que vem.

Minha gratidão, Sr. Presidente, ao presidente da Comissão de Finanças, deputado Gilmaci Santos; também ao meu líder do partido, deputado Carlos Cezar; ao Sr. Presidente, que nos deu todo o apoio, amparo e todo o capital humano para que nós pudéssemos fazer um trabalho técnico no Orçamento.

E sem esquecer, aqui, de agradecer o governo e ao governador do estado de São Paulo, que nos deu essa missão que nós estamos entregando hoje e cumprindo da melhor forma possível que nós pudemos fazer.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

Muito obrigado aos nobres pares.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o projeto, salvo emendas e subemendas. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente. Solicito uma verificação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.

A partir desse momento, estamos fazendo soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as senhoras e senhores deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação que se realizará.

 

O SR. PAULO CORREA JR. - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. Para colocar o PSD em obstrução

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em obstrução.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - Pela ordem. Não quis atrapalhar o debate, mas eu posso apresentar uma questão de ordem agora, enquanto está tocando o aparte?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pode ser, deputada Monica.

 

A SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Eu venho a V. Exa., nos termos do Art. 65 do Regimento Interno, apresentar a seguinte questão de ordem.

É sobre a tramitação do pedido apresentado coletivamente, por diversos parlamentares desta Casa, referente ao pedido de impedimento do secretário de Estado de Segurança Pública, Guilherme Derrite. O referido documento foi protocolizado na Presidência no dia 6 desse mês, e desde então não tivemos qualquer informação sobre sua tramitação.

Quais ritos serão observados? E quando haverá qualquer satisfação, à opinião pública e aos autores do requerimento? É inaceitável que o ano legislativo seja concluído sem que haja a transparência e conhecimento do trâmite da solicitação apresentada.

Diante disso questiono a Vossa Excelência:

1) O requerimento protocolizado dirigido a V. Exa., referente ao pedido de impeachment do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, foi recebido pela sua Presidência? Em caso afirmativo, qual o status atual do pedido? E por fim, qual o andamento, protocolo e datas para a tramitação dos pedidos apresentados por nós?

Nesses termos, assina a deputada Mônica Seixas.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado, deputada. Recebo sua questão de ordem, e vamos responder oportunamente. Pela ordem, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem. Para colocar a Federação PSOL Rede em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL Rede em obstrução. Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem. Colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PT/PCdoB/PV em obstrução. Pela ordem, deputado Caio França.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - Pela ordem, presidente. Colocar a bancada do PSB em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em obstrução. Pela ordem, deputado Vinicius Camarinha.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, presidente. Federação PSDB Cidadania em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB Cidadania em obstrução. Pela ordem, deputado Alex Madureira.

 

O SR. ALEX MADUREIRA - PL - Pela ordem, presidente. Com anuência do deputado Carlos Cezar, nosso líder do PL, colocar o PL em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Liberal em obstrução. Pela ordem, deputado Dr. Eduardo Nóbrega

 

O SR. DR. EDUARDO NÓBREGA - PODE - Pela ordem, Sr. Presidente. Podemos em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em obstrução. Pela ordem, deputado Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.  Republicanos em obstrução, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos em obstrução. Pela ordem, deputado Capitão Telhada.

 

O SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem, presidente. Com anuência do líder do Progressistas, colocar o PP em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PP em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tendo transcorrido os quatro minutos, o sistema eletrônico então ficará aberto para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados votem “sim”, “não”, ou registrem “abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Sr. Presidente, pela ordem.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Gilmaci Santos.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Eu sei que nós estamos no processo de votação, mas eu poderia fazer uma comunicação?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não.

 

O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA COMUNICAÇÃO - Só avisar as Sras. Deputadas e Srs. Deputados aqui presentes neste momento no plenário que após esta sessão extraordinária teremos a segunda sessão extraordinária, que votaremos alguns projetos, e entre eles o principal, que são as contas do governador.

Então, seria necessário pedir a compreensão de todos os deputados e deputadas para permanecerem na segunda extra, porque teremos essa votação importante também, que são as contas do governador.

Obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo mais deputados interessados em fazer o voto pelo sistema eletrônico, vamos abrir então os microfones de aparte para que as Sras. Deputadas e Srs. Deputados possam assim fazê-lo.

 

* * *

 

- Verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mais algum dos Srs. Deputados e Sras. Deputadas gostaria de fazer o seu voto pelos microfones de aparte? Não havendo deputados interessados fazendo seus votos pelo microfone de aparte, pergunto se os senhores gostariam de alterar os seus votos.

Não havendo deputados interessados em alterar votos, passaremos à proclamação do resultado: votaram “sim” 63 deputados, “não” 22 deputados, mais esse presidente, total do quórum 86 votos, quórum que aprova o projeto, salvo emendas e subemendas.

Item 2 - Em votação a emenda “A”, apresentada pela Comissão de Finanças. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, queiram conservar-se como se encontram. Aprovada.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Registro voto contrário da Federação. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Voto contrário registrado pelo deputado Paulo Fiorilo, pela Federação PT/PCdoB/PV. 

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Voto contrário também da Federação PSOL REDE.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Carlos Giannazi também registra voto contrário. 

Item 3 - Em votação as subemendas “A” a “S”, apresentadas pela Comissão de Finanças. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem favoráveis, queiram conservar-se como se encontram. Aprovadas, prejudicadas as respectivas emendas. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Paulo Fiorilo. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Para registrar voto contrário da Federação.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Voto... Está registrado o pedido de V. Exa., deputado Paulo Fiorilo. 

Item 4 - Em votação a emenda n° 24.034, com parecer favorável da Comissão de Finanças. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem favoráveis, queiram conservar-se como se encontram. Aprovada. 

Item 5 - Em votação as demais emendas, englobadamente com parecer contrário da Comissão de Finanças. As Sras. Deputadas e Srs. Deputados que forem contrários, queiram conservar-se como se encontram. Rejeitadas.

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Fiorilo. 

 

O SR. PAULO FIORILO - PT - Registro voto favorável da Federação PT/PCdoB/PV.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado o pedido de V. Exa., deputado Paulo Fiorilo.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem deputado Carlos Giannazi. 

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Para registrar voto favorável da Federação PSOL REDE. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Também está registrado o pedido de V. Exa., deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Paulo Correa Jr. 

 

O SR. PAULO CORREA JR - PSD - Para solicitar, de V. Exa., a suspensão dos trabalhos por cinco minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de V. Exa., antes, porém, convoco as Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso 3º, alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5°, ambos do Regimento Interno, para uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, às 19 horas e 44 minutos, no Salão Nobre Campos Machado, com a finalidade de oferecer a redação final ao Projeto de lei nº 712, de 2024, de autoria do Sr. Governador.

Está suspensa a sessão por cinco minutos.

 

* * *

 

- Suspensa às 19 horas e 42 minutos, a sessão é reaberta às 19 horas e 46 minutos, sob a Presidência do Sr. André do Prado.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma segunda sessão extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

* * *

 

- NR - A Ordem do Dia para a 73a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 18/12/2024.

 

* * *

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem, deputado Vinicius Camarinha.

 

 O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Só solicitar a V. Exa. se é possível o encaminhamento neste momento.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O encaminhamento não. Uma comunicação do deputado Vinicius, com certeza.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Cinco minutos?

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nós temos quatro minutos para finalizar a nossa sessão.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Então, presidente, eu vou falar por dois minutos e vou passar dois minutos para o Edmir Chedid também.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nós temos a segunda sessão extraordinária também, deputado Vinicius Camarinha, que vamos começar dez minutos após o término desta, em que será possível ter mais tempo para poder...

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Eu aguardo o encaminhamento na próxima sessão, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Então está bom.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSDB - Então eu aproveito a oportunidade, havendo acordo de líderes, pedir o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o pedido de V. Exa., deputado líder Camarinha, havendo acordo entre as lideranças para o levantamento da presente sessão.

Está levantada a sessão.

 

* * *

 

- Encerra-se a sessão às 19 horas e 50 minutos.

 

* * *

 

- É INSERIDA QUESTÃO DE ORDEM, NÃO LIDA EM PLENÁRIO.

 

* * *

 

Senhor Presidente,

 

Apresentamos a Vossa Excelência, nos termos do artigo 65 do Regimento Interno, a presente Questão de Ordem, sobre a tramitação do pedido apresentado coletivamente por diversos parlamentares, referente ao impedimento do Secretário de Estado da Segurança Pública.

Referido documento foi protocolizado à Presidência em 06/12/24, e desde então não tivemos qualquer informação sobre sua tramitação, quais ritos serão observados ou quando haverá qualquer satisfação à opinião pública e aos autores do requerimento.

É complicado, para não dizer inaceitável, que o ano legislativo seja concluído sem que haja transparência e conhecimento do trâmite da solicitação apresentada.

Diante disto, questiona-se a Vossa Excelência:

1- o requerimento protocolizado, dirigido a Vossa Excelência, referente ao pedido de impeachment do Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, foi recebido pela Presidência?

2- em caso afirmativo, qual o status atual do pedido?

3- qual o andamento a ser adotado pela Presidência para o mencionado requerimento?

São estes os termos postos em questionamento.

Sala das Sessões, em 17-12-2024

a)      Deputada Monica Seixas do Movimento Pretas

 

* * *

 

- É INSERIDA DECLARAÇÃO DE VOTO, NÃO LIDA EM PLENÁRIO.

 

* * *

 

Declaração de voto contrário ao PLC 148, de 2023

 

São Paulo, 18 de dezembro de 2024

 

Excelentíssimo Senhor Presidente

 

Por intermédio do presente, com fulcro no caput do artigo 200 do Regimento Interno, venho, respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar voto contrário ao Projeto de lei complementar n° 148, de 2023, de autoria do Sr. Governador do Estado, que institui a carreira de Auditor Estadual de Controle, do Quadro da Controladoria Geral do Estado, e dá providências correlatas, aprovado na 72ª Sessão Extraordinária, em 17 de dezembro de 2024.

 

Atenciosamente,

 

Leonardo Siqueira

Deputado

 

* * *