
8 DE AGOSTO DE 2024
99ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, EDIANE MARIA e EDUARDO SUPLICY
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min.
2 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - EDIANE MARIA
Assume a Presidência.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
6 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - EDIANE MARIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - EDIANE MARIA
Assume a Presidência.
9 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - PAULO MANSUR
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
12 - PRESIDENTE EDIANE MARIA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 09/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h45min.
* * *
- Assume a Presidência
e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
*
* *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de senhoras deputadas e senhores deputados, sob a proteção de
Deus, iniciamos nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente. Damos início à lista de oradores
inscritos do Pequeno Expediente. Com a palavra o deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Com a palavra a deputada Thainara Faria. (Pausa.) Com a palavra a
deputada Carla Morando. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rogério Santos. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Com a palavra o deputado Conte Lopes.
(Pausa.)
Com a palavra o deputado Barros Munhoz.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Donato. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Valdomiro Lopes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Reis. (Pausa.) Com a palavra
a deputada Leci Brandão. (Pausa.) Com a palavra o deputado Sebastião Santos.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Maurici. (Pausa.) Com a palavra a deputada
Solange Freitas. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rafael Silva. (Pausa.) Com a
palavra a deputada Andréa Werner. (Pausa.) Com a palavra o deputado André
Bueno. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Rafael
Saraiva. (Pausa.) Com a palavra a deputada Dani Alonso. (Pausa.) Com a palavra
a deputada Beth Sahão. (Pausa.) Com a palavra o deputado Atila Jacomussi.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Danilo Campetti. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Dr. Elton. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Major Mecca. (Pausa.)
Com a palavra a deputada Delegada
Graciela. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Com a palavra o deputado Luiz Claudio
Marcolino. (Pausa.) Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Com a
palavra a deputada Professora Bebel. (Pausa.) Com a palavra o deputado Suplicy,
que fará uso regimental da tribuna. Vossa Excelência tem o direito de usar a
tribuna pelo Pequeno Expediente, por até cinco minutos.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, público presente na galeria, funcionários desta
Casa, somos do estado de São Paulo, mas quando problemas ocorrem, como os que
prejudicaram tanto o Rio Grande do Sul e agora o Mato Grosso. É importante que
nós expressemos nossa solidariedade.
“Um estudo
sobre as mudanças climáticas indicou que agravaram em 40% as condições de seca,
calor e vento no Pantanal, que levam aos incêndios recorde que assolam o bioma
neste ano, aponta estudo divulgado nesta quinta-feira.
A pesquisa,
realizada pela rede internacional de cientistas ‘World Weather
Attribution’ concluiu, também, que as alterações no
clima causadas pelas ações humanas aumentaram de quatro a cinco vezes as
chances de ocorrerem no Pantanal as queimadas catastróficas de junho, mês
utilizado para a análise.
A ‘Folha de S.
Paulo’ esteve em Corumbá, Mato Grosso do Sul, em junho, enquanto a cidade se
preparava para comemorar as festas juninas, cercada de fogo e fumaça. Um vídeo
da celebração do Arraial do Banho de São João, com labaredas queimando a vegetação
ao fundo, viralizou à época.
De acordo com Filippe Lemos Maia Santos, cientista brasileiro que
participou do estudo, os incêndios massivos estão se tornando a nova realidade
do bioma. A área alagada, característica da região, está diminuindo, diz ele, à
medida que as temperaturas aumentam, tornando a vegetação mais seca e
inflamável.
‘Esses fatores
combinados criaram condições perfeitas para os incêndios florestais de grandes
proporções, pois a vegetação seca se torna altamente inflamável e as condições
meteorológicas são favoráveis à propagação rápida das chamas’, afirma Santos.
A temporada de
seca ainda não chegou no seu auge, por isso a situação crítica pode se manter
nos próximos meses, ressaltam os pesquisadores. Tradicionalmente, o pico das
queimadas no Pantanal ocorre em setembro, mas, em 2024, a temporada de fogo
está antecipada.
‘A temporada
atual de incêndios no Pantanal geralmente ocorre entre julho e novembro e está
frequentemente associada a ignições humanas. Segundo nossos estudos, somente 1%
dos incêndios florestais são associados a raios’, frisa Santos.
Para frear os
efeitos das mudanças climáticas, os cientistas destacam a urgência da
substituição dos combustíveis fósseis por energia renovável, além de reduzir o
desmatamento e reforçar as proibições de queimadas controladas para enfrentar o
impacto dos incêndios florestais, que afetam comunidades indígenas e
agricultores.
A atribuição
climática busca determinar a influência do aquecimento global em eventos
climáticos extremos. O grupo WWA é pioneiro nesse campo, realizando estudos
rápidos com a participação de cientistas globais. Primeiro, é verificado se o
evento foi extremo comparado a registros históricos.
Depois, os
cientistas usam um método revisado por pares para comparar cenários, com e sem
a influência humana, no aquecimento global. Eventos extremos fazem parte da
variabilidade climática natural e sempre têm várias causas.
Mas é possível
montar modelos porque se sabe a quantidade exata de gases de efeito estufa que
foram jogados na atmosfera pelas atividades humanas, principalmente pela queima
de combustíveis fósseis e pelo desmatamento desde a Revolução Industrial.
Assim, basta
criar um cenário, com e outro sem essa variável, e verificar a frequência e a
intensidade com que aquele evento extremo ocorre em cada um deles. Como a única
diferença entre os dois é o aumento da temperatura, pode-se apontar o tamanho
da culpa das mudanças climáticas em cada caso.
Antes das
mudanças climáticas, que já deixaram o mundo ao menos 1,2% mais quente em
relação à Era Pré-Industrial, as condições de clima para incêndios observadas
em junho eram extremamente raras - esperadas apenas cerca de uma vez a cada 161
anos. Agora são quase cinco vezes mais prováveis, estimadas para ocorrer cerca
de uma vez a cada 35 anos. Se o aquecimento global alcançar dois por cento,
como é previsto por estudiosos, condições semelhantes de clima para incêndios
em junho se tornarão 17% mais intensas e ocorrerão em média cerca de uma vez a
cada 18 anos.
‘À medida que
as emissões de combustíveis fósseis aquecem o clima, o pântano está
esquentando, secando e se transformando em um barril de pólvora. Isso significa
que pequenos incêndios podem rapidamente se transformar em devastadores’,
explica a pesquisadora Clair Barnes, do Instituto Grantham
do Imperial College de Londres. Os incêndios no Pantanal começaram no fim de
maio, mais cedo que o normal, aponta WWA, após uma temporada de chuvas
extremamente fraca.
De janeiro até
esta terça-feira, o bioma registrou 6.655 focos de calor, um aumento de 1.973%,
comparado com o mesmo período do ano passado, que teve 321, de acordo com o
programa ‘BDQueimadas’, do Inpe. O acumulado atual
supera também o de 2020, que somou 5.466 focos em sua temporada até agosto. O
ano é considerado o mais crítico da história, quando teve 30% do total do bioma
consumido pelo fogo.
Em relatório
mais recente, o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas informou que
a área queimada no Pantanal, neste ano, é na faixa de 1.027.075 a 1.245.175
hectares, 6,8% a 8,3% do território total do bioma. A análise foi feita com
dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais da Universidade
Federal do Rio de Janeiro”. Aqui, portanto, externo minha solidariedade e
preocupação com o que ocorre no Pantanal.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Ediane
Maria.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - EDIANE MARIA - PSOL - Muito
obrigada, deputado Suplicy. Com a palavra, Professora Bebel. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra a deputada Analice
Fernandes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Tomé Abduch. (Pausa.) Com a palavra o deputado Carlos
Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente desta sessão, deputada Ediane, deputado
Suplicy, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, nós estamos
acompanhando aqui aflitos, indignados e revoltados o processo de escolha dos
professores que foram aprovados no último concurso público da rede estadual.
Aflitos porque, Sra. Presidente, deputada Ediane, está um verdadeiro caos.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.
* * *
A Secretaria da
Educação, a Seduc - um desrespeito, uma falta de organização total -, está
penalizando os professores nesse processo de escolha de aulas com atrasos. O
sistema cai, o professor fica o dia todo, os professores estão saindo à noite.
O professor foi convocado para estar às oito horas da manhã - ficou o dia todo.
Em várias
regiões do Estado, nos diversos polos, há problemas sérios de organização, de
falta de logística. Ou seja, mostrando que a secretaria não tem nenhuma
preocupação com esse processo de atribuição, com o bem-estar das professoras e
dos professores que estão fazendo parte nesse primeiro momento das poucas vagas
que foram oferecidas no concurso público de provas e títulos para o Magistério
estadual.
É grave essa
situação, e nós estamos denunciando isso já exaustivamente e exigindo que a
secretaria tome providências, porque esse processo vai se alongar durante
vários dias. Tem um calendário para a escolha de aulas do novo concurso
público. Do novo não, velho já, porque só agora que o concurso foi homologado e
só agora que os professores estão escolhendo as vagas, o que já é um verdadeiro
absurdo.
E o governo só
está disponibilizando 15 mil vagas, quando nós temos mais de 80 mil vagas, na
verdade; no mínimo 80 mil, que são os professores contratados pela Lei nº
1.093, os professores categoria “O”. O governo está disponibilizando uma
quantidade mínima de aulas, que não atende a essa necessidade de efetivar, de
dar estabilidade aos professores, porque os professores categoria “O”, do contrato
precarizado, que são vítimas da quarentena, da duzentena, que são privados de
vários direitos, inclusive trabalhistas, eles foram aprovados nesse concurso.
Eles devem ser efetivados.
Então, é por
isso que a nossa luta é para que haja o aumento do número de vagas, não só 15
mil. É um absurdo, é uma afronta ao bom senso. A Seduc tem que aumentar e ela
pode fazer isso, ela tem dispositivo legal, porque os cargos... Existem cargos
vagos na rede estadual e outros que vão ficar vagos, porque muitos professores
estão se aposentando. Então, tem as vagas. Se nós temos mais de 80 mil
professores contratados precariamente pela Lei nº 1.093, significa que essas
vagas existem concretamente. Então, a nossa exigência, Sr. Presidente, é que o
governo aumente o número de vagas de todas as disciplinas, porque elas existem
concretamente.
Eu fico
chocado, Sr. Presidente, porque os novos professores que irão assumir os novos
cargos agora, eles infelizmente serão já colocados compulsoriamente na nova
carreira, que chamo de nova velha carreira, que foi aprovada pela gestão Doria
e Rossieli. Foi um desastre, essa nova carreira, que destruiu, ajudou a
destruir ainda mais a carreira do Magistério. E esse governo aderiu a essa
maldade do governo do Tucanistão. Eu me refiro aqui à Lei nº 1.374, aprovada
aqui no plenário. Nós não votamos nessa lei, nós a denunciamos.
Então, esse
professor que vai entrar agora, Sr. Presidente - isso me preocupa bastante -,
ele já ingressa na rede sem os quinquênios, sem sexta-parte, sem vários direitos,
porque ele não vai ter um salário, esse professor. É um absurdo, ele tem
subsídio, que não tem sentido na Educação. Então, ele já vai ingressar,
obrigatoriamente, compulsoriamente, por força dessa lei, nessa nova velha
carreira, já com direitos suprimidos. Ele não terá o direito nem ao quinquênio,
por exemplo, nem à sexta-parte.
Isso é grave,
porque o governo não garante reajuste salarial, nem a reposição das perdas
inflacionárias. Agora mesmo, neste ano, a nossa data-base do funcionalismo
público venceu exatamente no dia 1º de março. Hoje, estamos já no dia 8 de
agosto e nada, não teve reajuste, não teve reposição das perdas inflacionárias
para o funcionalismo em geral e muito menos para os servidores da Educação.
Então, os servidores, os professores que estão ingressando agora já ingressam
com perdas desses direitos, porque a nova carreira não permite mais a
existência, não há nela mais quinquênio, nem sexta-parte. Mas nós estamos aqui
na luta, Sr. Presidente, ainda para revogar, para ainda tentar anular ou
reformular essa famigerada farsa da nova carreira do Magistério.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Carlos Giannazi. Agora, passamos a palavra ao deputado
Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. Está presente. Tem a palavra
pelo tempo regimental.
O
SR. PAULO MANSUR - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Sr. Presidente. Hoje saiu uma notícia em
todos os meios de comunicação. Vou pegar aqui. Eu fui pego de surpresa, estava
vindo ao plenário e foi chamado o meu nome.
“Lula quer
mandar no TCU.” Lula quer mandar no TCU, porque falaram que sim, ele pode
continuar com o relógio dele, de 100 mil reais, só que o Lula, ele ganhou
diversas joias e relógios dentro do seu mandato quando presidente da República,
em oito anos.
E, acusou o
Bolsonaro, toda a imprensa acusando o Bolsonaro, que ele tinha recebido joias.
Joias de presente. Sim, quando você vai em um país... Muitos países, eles
acabam dando, presenteando, como o Lula foi presenteado pelo presidente da
França com um relógio francês, de uma marca francesa, que o valor era de 60 mil
reais.
Então, quando o
presidente Bolsonaro foi para o mundo árabe, ele acabou sendo presenteado lá
com uma joia lá do seu país. Por meses e meses, se não por anos já, eu acho que
já passou de um ano isso, o presidente Bolsonaro apanhando da imprensa, falando
que ele sonegou impostos com uma joia que ele recebeu de presente de um xeique
árabe, que era o presidente do país na época.
Então, fica bem
claro que, sim, o TCU, hoje, decidiu a verdade, que bens que podem ser usados
pelo presidente ficam com ele. É claro que se o presidente ganhar um perfume,
ele não vai deixar lá na presidência, mas sim vai levar com ele. Então, existem
bens que, quando o presidente ganha no cargo, ele pode levar consigo.
Uma outra coisa
que eu acabei levantando aqui, uns dados, porque eu fui ontem conversar com o
Guilherme Derrite sobre o meu projeto da tornozeleira eletrônica. Inclusive,
fui falar com o Arthur Lima. São os dados que impressionam a gente.
Olhem só: 68%
dos casos de violência sexual são contra crianças de zero a nove anos de idade
dentro do Brasil. Sessenta e nove por cento. Ou seja, eu recebi diversas
mensagens depois que eu fiz esse projeto de lei, que visa que o estuprador, o
abusador, ele siga com uma tornozeleira eletrônica se ele for para o semiaberto
ou para o aberto.
Eu conversei
com o Derrite, que é 100% favorável ao meu projeto, porque, se a gente tem 70%
dos casos em que o pai, o tio ou o avô abusa de uma criança de zero a nove
anos, no estupro de vulnerável, e ele sai da cadeia no semiaberto, muitas das
vezes, essa criança, esse adolescente, muda de cidade. Então, estão ao
contrário as coisas. Quem tem que estar protegida é a criança. Quem não tem que
estar com medo é quem foi abusado.
Então, com a
tornozeleira eletrônica, a gente monitora, a gente faria esse monitoramento
desses estupradores que saem no semiaberto, para aquela vítima ter uma
segurança. Eu conversei com o chefe do Deinter, e ele aplaudiu o meu projeto na
realidade. Ele falou: “Paulo, tomara que dê certo, tomara que passe”.
Então, fui falar
com o Arthur Lima. Hoje, estou trabalhando, vou para o governo hoje. Eu vou
tentar bater na porta do governador Tarcísio para conversar com ele. Nós
tivemos muitos projetos vetados dentro do Parlamento. Isso é uma decisão,
claro, do Executivo, mas eu estou com esperança de que o meu projeto passe no
estado de São Paulo e que mude essa forma.
É uma grande
oportunidade para o governador Tarcísio, porque dentro do Parlamento, aqui, a
gente, todos os deputados serem favoráveis a passar esse projeto, de que na
saidinha, no semiaberto, dentro do estado de São Paulo, os estupradores sejam
monitorados com tornozeleira eletrônica, é um pedido que a Assembleia faz para
o governo. Olhe: “Vamos sancionar esse projeto”.
Então, é um
projeto que eu tenho falado todos os dias dentro das minhas redes sociais.
Quando posso falar dentro do meu programa de televisão no SBT, para 502 cidades
que a gente fala, eu falo sobre o projeto. Até porque, é na semana que vem que
vai para o governador Tarcísio, porque já passou na Assembleia Legislativa, e
ele terá 15 dias para sancionar ou não esse projeto tão importante.
Eu já falei que
se esse projeto passar, eu acho que, desses quatro anos de mandato. Não que eu
já tenha feito muito, mas já deixei um legado para hoje e para o resto da vida
do estado de São Paulo com esse projeto de lei passando dentro do Governo do
Estado.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Paulo Mansur. Tem a palavra agora a deputada Fabiana
Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Ana Perugini.
(Pausa.) Lista Suplementar: Delegado Olim. (Pausa.)
Deputada Ediane Maria, tem a palavra
pelos cinco minutos regimentais.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente. Boa tarde a todos os
deputados e deputadas, a todos os funcionários desta Casa. Que honra e que
alegria, posso falar que fiquei com saudade de estar trabalhando aqui dentro da
Assembleia Legislativa de São Paulo. Voltamos do recesso, voltamos com tudo e
com grandes novidades, não é?
Hoje acordamos,
gente, com uma excelente notícia, até porque tinham muitos rumores de que “ah,
agora vai vir a taxação para os nossos medalhistas? Como que vai entrar no
Brasil quem recebeu medalha de bronze, de ouro, de prata?”, aí o nosso
presidente Lula, como sempre dando respostas muito claras, assinou uma medida
provisória que isenta os atletas olímpicos de pagarem impostos de renda sobre
os prêmios recebidos nos jogos olímpicos de Paris.
Eu quero saudar
aqui as nossas guerreiras, mulheres pretas, meninas que vêm de periferias,
meninas muitas vezes que vêm de um cenário onde nós, mulheres negras, sabemos
as dificuldades que nós enfrentamos e as travessias que são necessárias para
que a gente consiga chegar a lugares de disputa de iguais. Então, é uma honra
muito grande poder falar da Rebeca Andrade, na ginástica olímpica, que ganhou
ouro, que é de Guarulhos. Uma guarulhense! Que honra, que orgulho poder falar
dessa menina! Eu tenho a honra também de falar que trabalhei muito, fiz uma
militância muito forte ali pelo MTST na cidade de Guarulhos.
Também quero
saudar a nossa medalhista no judô, Bia Souza. Aí, diante de tantas fake news,
de tantas histórias, nós vimos uma violência muito grande, deputado Suplicy, que
aconteceu nos últimos tempos, porque muita gente falava dessa invisibilidade,
inclusive de falta de investimento nos jogos olímpicos. Aí nós vimos claramente
governos que realmente tiraram recursos, para que nossos atletas conseguissem
se qualificar e chegar nesse lugar de disputa de igual.
Então, os
nossos guerreiros mostram que, independente de governo, eles conseguem avançar,
mas quão importante é o investimento público para os nossos atletas, para os
nossos jovens, para as nossas crianças, para que a periferia consiga se ver,
enxergar-se também, podendo sonhar com outros espaços na sociedade?
Vamos aqui
alavancar, colocar alguns... Porque muita gente fala mal do governo Lula, mas
vamos mostrar quem foi que mais fez pelo esporte olímpico. Bom, entre 2010 e
2011, sabe quanto foi destinado? Foram mais de seis milhões para a preparação
das olimpíadas de Londres em 2012.
E aí mais um
dado maravilhoso: teve um aumento, aí, não para surpresa nossa, porque nós já
sabemos quem novamente estava lá no poder, era a nossa presidenta Dilma. Ela
estava lá e levou esse legado para as olimpíadas do Rio de Janeiro. Em 2016,
foram destinados quase oito milhões aos nossos atletas, e aí, não para a nossa
surpresa, mas houve uma quebra muito grande nos últimos quatro anos: apenas
três milhões foram liberados para que atletas brasileiros pudessem participar
das competições.
Ou seja, sem
investimento, a gente vê que os nossos atletas são guerreiros, eles vão para
cima, porque nós, brasileiros, não nos cansamos, a gente continua acreditando e
competindo independentemente de fato do investimento público para o esporte,
para os nossos atletas. Por isso é que a medida do nosso presidente Lula foi
fundamental, assim como na disputa dos demais recursos.
Precisamos
lutar. Esta Casa precisa se mobilizar e lutar para que, de fato, tenha
investimento para os nossos atletas, tenha investimento de espaços de
preparação, porque é necessário. Os nossos atletas também, muitas vezes, se
abstêm da sua vida, porque a vida do atleta é, de fato, virar um profissional e
concorrer a uma Olimpíada e trazer o prêmio maior, que é o nosso ouro, a nossa
prata. Então a gente está falando sobre isso.
Então falar do
nosso presidente Lula é falar que nós estamos, de fato, reconstruindo todos os
campos da sociedade que foram destruídos. Vários espaços não tiveram... É
importante falar que os nossos atletas não tiveram esse espaço, não tiveram
investimento, e agora estão tendo. Teve uma quebra muito grande.
Teve até uma
grande polêmica do Mion, porque ele falou sobre a falta de investimento, e eu
concordo. Essa quebra de investimento teve, sim, no governo Bolsonaro. O nosso
presidente Lula está dando respostas muito claras. Precisamos de mais
investimento para que os nossos atletas continuem avançando e trazendo ouro
para o Brasil.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Muito bem,
deputada Ediane. Se puder presidir a sessão, para que eu possa ainda falar
outra vez, agradeço.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Ediane
Maria.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - EDIANE MARIA - PSOL - Continuando a
Lista Suplementar, com a palavra o deputado Simão Pedro. (Pausa.) Com a palavra
o deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Querida deputada Ediane, presidente desta
sessão, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, há uma matéria hoje no UOL que acho
que merece uma resposta mais adequada por parte do prefeito Ricardo Nunes. Diz
Adriana Ferraz, que escreveu essa matéria: “Uma das principais vitrines
eleitorais do prefeito Ricardo Nunes, do MDB, o programa de recapeamento de
ruas e avenidas de São Paulo tem variações de preço que chegam a 608 %.
Levantamento
feito pelo UOL em 790 contratos firmados desde junho de 2022 indica que o valor
pago pelo metro quadrado de asfalto refeito vai de 135 a 957 reais. Os
documentos estão disponíveis no Portal da Transparência do site da Prefeitura.
A pesquisa foi realizada entre 15 de junho e 7 de agosto. O UOL levou em conta
contratos originais publicados na página, desconsiderando transações envolvendo
pavimento rígido, concreto, cobertura de paralelepípedo e os aditamentos, que
são as revisões previstas por lei.
Consultada, a
Prefeitura alega que os contratos sofrem variações de acordo com as
especificidades de cada trecho e que a definição do tipo de reparo é definida
com a ajuda de equipamentos que mensuram a quantidade de patologias e deflexões
a serem corrigidas”. E aí é mostrada uma fotografia de trecho da Marginal
Pinheiros, onde o recapeamento custou 957 reais o metro quadrado.
“De 2013 a
2020, antes do início da gestão Nunes, a prefeitura investiu 2,2 bilhões em
programas de recapeamento. Nunes triplicou esse valor de 2021 para cá. O
candidato à reeleição gastou mais de 6,7 bilhões de reais para reparar 15
milhões de metros quadrados da malha viária da cidade, segundo os dados da
Secretaria Municipal da Fazenda, 8% da área total.
Especialistas
consultados chamam a atenção para a disparidade entre os contratos. A
expectativa era de que vias com fluxo intenso tivessem um custo maior de
manutenção. As marginais, por exemplo, têm um tráfego mais pesado e, em função
disso, o custo é muito maior em relação a uma rua de bairro, explica o
professor Adalberto Faxina, do Departamento de Engenharia de Transportes da USP
de São Carlos.
A análise dos
acordos mostra que os serviços executados em endereços de tráfego pesado nem
sempre foram de custo mais elevado. Dos 100 trechos com o reparo mais caro,
somente 22 são vias que funcionam quase como estradas, como as marginais, a
Radial Leste e Avenida do Estado.
Gastos com o
recapeamento em São Paulo, na gestão de Fernando Haddad, somaram 126,1, mais
R$184,5 milhões. Durante a gestão João Doria, 407 milhões; Bruno Covas, 1,4
bilhão e, na gestão Ricardo Nunes, 3,93 bilhões, mais 1,32 bilhões de 2022 para
2024.
O UOL visitou
os endereços pela cidade. Na rua Quinta de São Miguel, em Guaianazes, a
Prefeitura gastou 769,26 reais por cada metro quadrado recapeado da via, que
tem apenas 50 metros de extensão e tráfego tranquilo. A explicação oficial é
que foi identificado o desgaste profundo do pavimento local, próximo ao
terminal de ônibus do bairro e da estação de trem da CPTM.
Enquanto isso,
moradores da rua Benedito Leite de Ávila, que fica ao lado, ainda pisam na
terra. Já pedimos várias vezes para a prefeitura resolver, e nada. “O pouco
asfalto que tem aqui fui eu mesmo que coloquei”, diz Sebastião Rocha de
Almeida.
Em outro
recorte, dois trechos da marginal Pinheiros contratados no mesmo dia, 5 de
agosto de 2023, colados um ao outro, registraram 133% de diferença. O primeiro
perímetro de cinco mil metros quadrados fica na (Inaudível.), que custou 278,00
por metro quadrado. O segundo ocupa 4.841 metros quadrados da rua Antônio Bordeli, e saiu por 649,00 por metro quadrado. Ambos são
parte da pista local e sequenciais na altura do bairro do Jaguaré, na zona
oeste.
O recapeamento
mais caro identificado pela reportagem também é de um trecho da pista local da
Pinheiros, próximo ao acesso da ponte do Morumbi, na zona sul.
Assinado em 2
de agosto de 2023, o contrato estipula o pagamento de 297.298 reais pela
manutenção de 324 metros quadrados de via, que, segundo a Prefeitura, precisou
de reparo estrutural profundo.
Cada metro
quadrado custou 957 reais, em valores corrigidos. A empresa que realizou o
serviço é a mesma, Jofege, um dos gigantes do setor,
com sede em Itatiba, São Paulo. Há outras seis contratadas para executar os
contratos, Sueb, Fremix,
FPS, Souza, Tríade e Arvec.
Assim, a
reportagem ainda é mais longa. Acho que aqui já registrei algumas disparidades
muito grandes, e espero que possa o governo Ricardo Nunes esclarecer muito bem
esse assunto e caminhar na direção mais correta possível.
Obrigado.
A
SRA. PRESIDENTE - EDIANE MARIA - PSOL - Muito
obrigada, Sr. Suplicy.
Próximo inscrito, continuando a Lista Suplementar,
deputado inscrito Paulo Mansur. É a suplementar ainda. Tem a palavra o deputado
Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Olha, a gente recebeu uma notícia muito feliz hoje. O
governo Lula, após críticas, fez uma medida provisória isentando o prêmio da
medalha olímpica. E todo mundo fica feliz, claro, porque vai isentar impostos
de uma medalha olímpica que um atleta ganhou no nosso País, ou seja, está fazendo
uma medida provisória para diminuir impostos.
E aí os deputados vêm aqui com orgulho: “olha,
o presidente Lula fez uma medida provisória tirando imposto de uma medalhista
que está vindo aqui para o Brasil que ganhou, tirou em primeiro lugar, tirou ouro”.
E quantas medidas provisórias presidente Bolsonaro fez para diminuir imposto no
nosso Brasil? Que saudade do nosso presidente Bolsonaro.
Ele, sim,
trabalhou com medida provisória dentro do seu governo, porque a gente sabe que
para aprovar dentro do Parlamento demora muito. Então, ele fez medidas
provisórias para baixar impostos no nosso Brasil; conseguiu diminuir a
gasolina. A gente pagava R$ 4,60 na época do presidente Bolsonaro. Hoje está um
absurdo, já bateu seis e pouco, nem sei se está a sete reais a gasolina.
Mas você ganha
praticamente o mesmo valor de antigamente, o salário mínimo aumentou
pouquíssimo, só que o preço do alimento aumentou praticamente 60, 50 por cento.
Tem preço de alimento que... o arroz era 16 reais e está 32 reais. Então, o povo
sofre. E quem sofre mais é o povo, porque o salário não aumentou; ele estagnou,
na realidade.
Então, a gente
teve um presidente que diminuiu realmente o imposto. E, quando a gente fala em
diminuir imposto, é diminuir imposto de alimentos da cesta básica, tudo com
medida provisória; diminuir o imposto do skate, do jet ski. Aí você fala: “Jet
ski?”. Você tem aquela pessoa que está lá na náutica, lá onde fica guardado o
jet ski, que é uma pessoa que recebe lá os seus três mil reais e que depende
também do dinheiro para sobreviver, para alimentar sua família.
Então, você
mexe em toda uma cadeia quando você diminui o imposto daquele produto. Então...
investimentos, também, que o presidente Bolsonaro fez no nosso País, diminuíram
a máquina pública: vinte e dois ministros, agora a gente tem 39 ministérios. Ou
seja, temos uma máquina pública inchada, temos aumento de imposto.
E agora o
presidente Lula jogou uma boia, depois que o cara está quase morrendo lá
afogado, falando que ele fez uma medida provisória para ajudar as pessoas que
ganharam medalha a não pagar imposto. É uma palhaçada, é uma brincadeira que a
gente tem que é realmente escutar da imprensa brasileira.
Muito obrigado.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Gostaria de solicitar
o levantamento da sessão. (Vozes fora dos microfones.)
A
SRA. PRESIDENTE - EDIANE MARIA - PSOL - Não havendo
acordo, não... Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada esta sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 45
minutos.
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