
7 DE AGOSTO DE 2025
99ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI e LETÍCIA AGUIAR
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h.
2 - LETÍCIA AGUIAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - LETÍCIA AGUIAR
Assume a Presidência.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
7 - PRESIDENTE LETÍCIA AGUIAR
Defere o pedido. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 08/08, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão às 14h19min.
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* *
ÍNTEGRA
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- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Carlos Giannazi.
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-
Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
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O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Sras. Deputadas, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Dando início à lista de oradores
inscritos no Pequeno Expediente, com a palavra deputada Delegada Graciela.
(Pausa.) Com a palavra, deputada Márcia Lia. (Pausa.) Com a palavra, deputado
Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra, deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.)
Com a palavra, deputado Paulo Fiorilo.
(Pausa.) Com a palavra, deputado Delegado Olim. (Pausa.) Com a palavra,
deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Com a palavra, deputado Luiz Fernando
Teixeira Ferreira. (Pausa.) Com a palavra, deputada Paula da Bancada Feminista.
(Pausa.) Com a palavra, deputado Marcelo Aguiar. (Pausa.) Com a palavra,
deputado Alex Madureira. (Pausa.)
Com a palavra, deputado Enio Tatto.
(Pausa.) Com a palavra, deputada Thainara Faria. (Pausa.) Com a palavra,
deputado Reis. (Pausa.) Com a palavra, deputada Leci Brandão. (Pausa.) Com a
palavra, deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Com a palavra, deputado Donato.
(Pausa.)
Com a palavra, deputado Rafael Saraiva.
(Pausa.) Com a palavra, deputada Dani Alonso. (Pausa.) Com a palavra, deputado
Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Com a palavra, deputado Guilherme Cortez. (Pausa.)
Com a palavra, deputado Atila Jacomussi. (Pausa.)
Com a palavra, deputada Letícia Aguiar,
que fará uso da tribuna pelo tempo regimental.
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PL
- Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa. e cumprimento todos que me
acompanham.
Se tem uma
coisa que é unanimidade nesta Casa, é a proteção da mulher. Qualquer ato de
violência contra a mulher é repudiado nesta Casa, e que bom que temos esta
unanimidade. Dito isto, completamos 19 anos da Lei Maria da Penha.
É uma lei
importante para a proteção e o resguardo da mulher vítima de violência
doméstica. E também, que a gente possa utilizar a lei com o propósito de inibir
agressores, educar homens e mulheres, orientar, aconselhar, para que nós
possamos reduzir.
O sonho seria a
gente zerar a violência contra mulher. Mas que a gente possa, minimamente, utilizar
a lei para a proteção das mulheres. Pensando nisso, eu tenho um projeto aqui,
nesta Casa, junto com a ex-deputada Janaina Paschoal, que versa justamente
sobre isso.
É o Projeto de
lei nº 643, de 2019, que determina que uma das aulas semanais de educação
física seja destinada ao ensino de alguma modalidade de luta corporal às
alunas, tanto no ensino fundamental como no ensino médio. Nós vimos
recentemente uma mulher que foi brutalmente agredida, dentro de um elevador,
sem chance de defesa.
Então nós entendemos
que um projeto como esse é importante para que a gente possa ensinar as
meninas, as mulheres, a saberem como se defender e como perceber se estão em
alguma situação de risco.
Portanto, eu
gostaria de pedir aos colegas, aos parlamentares desta Casa, já que é uma pauta
unânime, nesta Casa, a proteção da mulher, que nos ajudem a aprovar o Projeto
nº 643, de 2019.
E fica também o
meu incentivo, para que câmaras municipais apresentem esse projeto também. Em
São José dos Campos, nosso vereador Senna já está apresentando esse projeto,
justamente, entendendo a importância de proteger e dar ferramentas de proteção
à mulher. E a legítima defesa é essencial para isso. Além disso, apresentei
nesta Casa um projeto que institui o Dia da Guardiã Maria da Penha.
Muitas guardas
municipais, no estado de São Paulo e no Brasil, fazem um brilhante trabalho de
Segurança Pública. Falando de proteção da mulher, existe esse programa “Guardiã
Maria da Penha”, que busca proteger e servir as mulheres que têm medidas
protetivas, e que precisam de proteção pelas guardas municipais ou pela Polícia
Militar.
Então nós
instituímos aqui, apresentamos esse projeto, para que a gente possa reconhecer
as guardiãs Maria da Penha, as guardas municipais que fazem esse trabalho
importantíssimo, essencial, de proteção da mulher.
E a você,
mulher, que, assim como eu, sabe da importância de termos uma legislação cada
vez mais eficiente, cada vez mais protetora da mulher, mas também, uma
legislação que iniba novas agressões e que também coloque o agressor atrás das
grades, acompanhe o nosso trabalho para que a gente possa fortalecer a proteção
da mulher, a proteção das crianças, a proteção do lar, da família, porque
proteger a mulher é proteger a sociedade.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Gostaria de
chamar V. Exa. para continuar presidindo a sessão. Enquanto isso eu adianto a
lista. Tem a palavra o deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o
deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra a deputada Professora Bebel.
(Pausa.)
Tem a palavra o deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Tem a palavra o deputado Emídio de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o
deputado Caio França. (Pausa.) Tem a palavra o deputado Bruno Zambelli.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Letícia
Aguiar.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - LETÍCIA AGUIAR - PL - Seguindo os
trabalhos aqui no Pequeno Expediente, chamo para fazer uso da palavra a
deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Ana
Perugini. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.)
Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado
Dr. Elton. (Pausa.) Deputado Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
(Pausa.) Deputado Thiago Auricchio. (Pausa.) Deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.)
Deputada Andréa Werner. (Pausa.)
Na lista suplementar, Deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi.
Tem V. Exa. o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, deputada Letícia Aguiar,
telespectador da TV Assembleia, é inaceitável o que está acontecendo aqui na
Capital, aqui na Prefeitura de São Paulo. Todos sabem que agora o prefeito da
cidade de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes, assumiu de vez que é
bolsonarista, aderiu agora à extrema-direita.
Agora ele é o “Bolsonunes”
e vem colocando em prática uma política extremamente fascista de ataque à
cultura da cidade de São Paulo, fechando teatros, como ele fez com a demolição
do Teatro Vento Forte, aqui no Parque do Povo. Agora ele está desocupando o
Teatro de Contêiner, que fica no centro da cidade, um teatro reconhecido
nacionalmente, que tem o apoio de toda a classe artística.
Inclusive há
uma carta da grande atriz Fernanda Montenegro pedindo ao prefeito que mantenha
o teatro naquele local. O prefeito, ainda recentemente, boicotou, sabotou a
realização de uma feira literária aqui na Capital, no espaço público da Praça
das Artes, que é um espaço do povo de São Paulo, alegando questões ideológicas
e eleitorais, quando nós sabemos que houve uma interferência do sionismo de
extrema-direita, porque haveria palestras sobre o tema, defendendo a Palestina.
O prefeito simplesmente proibiu na última hora, mas a festa será realizada
mesmo contra a vontade do prefeito.
Mas agora o
prefeito chegou ao máximo do boicote, do ataque à cultura aqui da cidade de São
Paulo, mas eu diria que não é mais só contra a cidade de São Paulo, agora ele
mexeu com o Brasil inteiro, porque ele acaba de boicotar, de sabotar, uma
grande homenagem, que será feita no próximo dia 21, ao grande artista Raul
Seixas, que neste ano completa exatamente 80 anos. Existe já uma passeata, uma
festa, aqui em São Paulo, na Capital, na festa da Capital.
Essa festa
recebe pessoas do Brasil inteiro em comemoração ao Raul Seixas. Essa seria já a
36.ª passeata em homenagem ao Raul Seixas, essa passeata que sai lá do Teatro
Municipal e vai até a Praça da Sé, onde lá tem o seu encerramento, com o show.
Ele simplesmente sabotou a realização desse evento na Praça da Sé. Eu tenho
aqui, ele sabotou a lei, porque há uma lei municipal, inclusive, que é de minha
autoria, quando eu ainda era vereador, eu aprovei essa lei em 2007.
Eu me refiro à
Lei Municipal n.º 14.373, de 2007, que coloca esse dia no calendário oficial da
cidade de São Paulo. Inclusive, no seu Art. 3º na lei, há a obrigação da prefeitura
em disponibilizar ali os recursos orçamentários. O Art. 3º da lei é muito claro
em relação a isso.
Então, o
prefeito está descumprindo a legislação ao não garantir os recursos mínimos,
até porque é uma festa da cidade de São Paulo que tem conotação nacional, por
conta do nome do Raul Seixas, que tem uma penetração no Brasil e fora do
Brasil.
Então, a lei
tem que ser respeitada, e é por isso que nós estamos também já acionando o
Ministério Público Estadual pelo não cumprimento da lei. É um absurdo o que
está acontecendo. É a segunda vez que esse evento é boicotado, é sabotado pela
Prefeitura de São Paulo, aqui pela gestão Ricardo Nunes.
Então, nós
vamos tomar essas providências agora. O Ministério Público tem que agir
imediatamente para garantir que o evento seja realizado também na Praça da Sé,
porque a passeata ocorrerá, mesmo sem o apoio da prefeitura. Mas a finalização
dessa passeata, que sempre foi na Praça da Sé, com shows, essa parte está sendo
sabotada e boicotada pela gestão Ricardo Nunes. Então, Ricardo Nunes contra o
Raul Seixas.
Olha só que
absurdo, a que ponto chega o bolsonarismo, a que ponto chega a extrema-direita.
O prefeito aderiu mesmo à ideologia protofascista, atacando a cultura. Repito,
atacou, mandou demolir o Teatro Vento Forte, no Parque do Povo, está
desapropriando, está desocupando, pedindo a desocupação.
Inclusive, hoje
chegou uma ordem administrativa da Subprefeitura da Sé, já dando apenas 15 dias
para que o espaço seja desocupado, um espaço histórico, um teatro reconhecido,
que já ganhou vários prêmios, vai ser praticamente destruído, retirado do seu
lugar histórico.
A Flipei, que é
essa feira literária, que foi proibida de ser realizada lá no espaço público, e
assim vai, um governo contra a cultura, um governo, nesse caso agora, contra o
Raul Seixas.
Quero aqui
fazer uma homenagem à Gabriela Mussi, professora, uma das grandes articuladoras
desse movimento e dessa festa, desse evento que é realizado, exatamente lá na
Praça da Sé, onde é a celebração final dessa grande passeata, dessa grande
homenagem, dessa festa que é na cidade de São Paulo, porém é uma festa do
Brasil inteiro.
Viva o Raul
Seixas, que faria 80 anos nessa cidade, neste ano de 2025.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - LETÍCIA AGUIAR - PL - Deputado Carlos
Giannazi, o senhor está na lista suplementar. Tem a palavra pelo tempo
regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Bom, de volta a esta tribuna, deputada Letícia Aguiar, eu
queria aqui informar a todos o ataque que o governo estadual tem feito à
Educação no estado de São Paulo, através de várias medidas, fazendo leilão de
escolas públicas, leilão na Bolsa de Valores, privatizações das nossas escolas,
das nossas escolas da rede estadual, uso indiscriminado de plataformas
digitais, assédio quanto a professores, transferência em massa e demissão em
massa de professores e, sobretudo, também de diretores de escolas cujas escolas
não estão atingindo as metas de utilização dessas plataformas.
São vários
ataques que nós estamos denunciando exaustivamente. Ontem eu falei aqui sobre a
nova modalidade de EJA, de Educação de Jovens e Adultos, que o Estado vai
implantar, que é o EJA flexível, uma destruição dessa modalidade de ensino,
onde o aluno só vai uma vez por mês na escola. E serão montadas salas de até
500 alunos, turmas de até 500 alunos e só haverá quatro professores nesse curso.
Olha só, o absurdo que nós estamos vivendo, não é?
Enfim, mas eu
queria destacar aqui mais um ataque agora, que, infelizmente, teve o apoio do
Tribunal de Justiça. Eu fiquei chocado, porque nós entramos como ação popular
para impedir que o governo estadual, que a Seduc, contratasse com dinheiro
público militares aposentados para lecionarem, para trabalharem nas escolas
estaduais, para lecionar aulas de ética e de política, e com outras atividades
extracurriculares, no famigerado projeto de escola cívico-militar, que está
sendo debatido ainda no Supremo Tribunal Federal por conta de uma Adin que nós
protocolamos.
Entramos,
através do nosso coletivo, Educação em Primeiro Lugar, que é constituído pela
deputada Luciene Cavalcante, deputada federal, pelo vereador Celso Giannazi, da
Câmara Municipal de São Paulo e pelo nosso mandato aqui da Alesp.
Então, nós
entramos com uma Adin, através do PSOL, logicamente, e esse debate está sendo
feito ainda no Supremo Tribunal Federal. O ministro Gilmar Mendes está com a
nossa Adin, com uma outra Adin também, que foi depois protocolada, foi
protocolada posteriormente pelo Partido dos Trabalhadores.
Essa questão
ainda está sendo debatida, mas na ânsia de mostrar resultados para o eleitorado
de extrema-direita bolsonarista do estado de São Paulo, o governador já quer
implantar o projeto às pressas, a toque de caixa agora, no meio do ano. Então,
ele também, de uma forma autoritária, manipulou em várias escolas a adesão da
escola cívico-militar.
Nós recebemos
muitas denúncias de que as escolas foram praticamente obrigadas a aderir a esse
modelo de escola, que é uma escola com partido, uma escola doutrinadora de
extrema-direita, que doutrina para o protofascismo, para os valores fascistas,
nós sabemos disso, já há estudos mostrando exatamente qual é o papel da escola
cívico-militar no Brasil.
Eu disse isso
lá no Supremo Tribunal Federal, em audiência pública, não só no plenário, mas
disse também em uma reunião que nós tivemos com o próprio Gilmar Mendes. Mas o
fato é que aqui o governador, através da Seduc, já começou a contratar os
militares aposentados, que vão ter um salário superior ao salário dos
professores.
Então, o
militar aposentado que não tem pedagogia, não tem experiência na área da
Educação, não tem licenciatura plena, vai ganhar mais que o professor e talvez
mais que o diretor da escola. É um absurdo, isso é uma afronta ao Magistério
estadual.
Nós, então,
entramos com uma ação popular contra as contratações, ganhamos a liminar, mas,
estranhamente, o governo foi ao presidente do TJ, do Tribunal de Justiça, e o
presidente do Tribunal de Justiça, que isso só acontece em caso excepcional,
caçou a nossa liminar, olha só.
E tem também uma
liminar de uma Adin da Apeoesp, que agora está sendo atacada também, de tal
forma que o governo está desesperado para implantar esse famigerado projeto e
contratar militares aposentados. Deixando claro que nós não temos nada contra
os militares.
Os militares
são importantes na área da Segurança Pública, devem ter bons salários, como nós
defendemos aqui, sempre, na Assembleia Legislativa. Mas, na escola, quem tem
que trabalhar na escola, quem cuida da Educação, são os profissionais da
Educação. Então, vamos colocar os professores nos quartéis também, os
professores nos hospitais. É um vale-tudo que está acontecendo aqui em São
Paulo.
Então, nesse
sentido, eu queria só aqui discordar e dizer que, para nós, é um retrocesso
essa cassação de uma liminar que nós conseguimos aqui no Tribunal de Justiça,
suspendendo a contratação e impedindo, na prática, a implantação desse
famigerado projeto doutrinador e ideológico, protofascista de escola
cívico-militar.
Era isso, Sra.
Presidente.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre
as lideranças, eu solicito o levantamento desta sessão.
A
SRA. PRESIDENTE - LETÍCIA AGUIAR - PL - Obrigada, Sr.
Deputado. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por
levantado os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à
hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
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- Levanta-se a sessão às 14 horas e 19
minutos.
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