20 DE AGOSTO DE 2025
106ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: SOLANGE FREITAS, THAINARA FARIA, LUCAS BOVE, BETH SAHÃO, GIL DINIZ, PAULO MANSUR e GILMACI SANTOS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - SOLANGE FREITAS
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h01min.
2 - THAINARA FARIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - THAINARA FARIA
Assume a Presidência.
4 - SOLANGE FREITAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PAULO CORREA JR
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - PRESIDENTE THAINARA FARIA
Cumprimenta os familiares do deputado Paulo Correa Jr, presentes no plenário.
7 - LUCAS BOVE
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - LUCAS BOVE
Assume a Presidência.
10 - FABIANA BOLSONARO
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - THAINARA FARIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
12 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
14 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
15 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Cumprimenta os alunos do Centro Acadêmico de História da Unifesp, presentes no plenário.
17 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Para comunicação, faz pronunciamento.
18 - EDIANE MARIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Pede uma salva de palmas para os alunos do Centro Acadêmico de História da Unifesp.
20 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
21 - FABIANA BOLSONARO
Para comunicação, faz pronunciamento.
22 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - PRESIDENTE LUCAS BOVE
Cumprimenta os alunos da E.E. Prof. Antônio Brasílio Menezes da Fonseca, de Suzano/SP, presentes nas galerias.
24 - DR. JORGE DO CARMO
Por inscrição, faz pronunciamento.
25 - BETH SAHÃO
Assume a Presidência.
26 - REIS
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - PRESIDENTE BETH SAHÃO
Determina um minuto de silêncio em respeito ao falecimento de Márcio Luiz da Costa.
28 - CAIO FRANÇA
Por inscrição, faz pronunciamento.
29 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
30 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
31 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
32 - PAULO MANSUR
Por inscrição, faz pronunciamento.
33 - PRESIDENTE GIL DINIZ
Cumprimenta Jurandyr Bueno, diretor de Relações Governamentais do Hospital de Base de São José do Rio Preto, presente nas galerias.
34 - BETH SAHÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
35 - PAULO MANSUR
Assume a Presidência. Cumprimenta o ex-deputado Mário Ladeia da Rocha, presente no plenário.
36 - GIL DINIZ
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
37 - CAPITÃO TELHADA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
38 - CAPITÃO TELHADA
Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.
39 - PRESIDENTE PAULO MANSUR
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h13min.
40 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h30min. Convoca sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término da presente sessão.
41 - CARLOS CEZAR
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
42 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 21/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 16 horas e 40 minutos. Levanta a sessão às 16h30min.
* * *
ÍNTEGRA
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra.
Solange Freitas.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
recebe o expediente.
Vamos então à lista de oradores do
Pequeno Expediente. Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo.
(Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputado Rafa Zimbaldi. (Pausa.)
Deputado Reis. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputada Thainara Faria.
A senhora tem cinco minutos, tempo regimental.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde,
Sra. Presidenta, senhores e
senhoras servidores, servidoras, policiais, aos funcionários desta Casa. Muito
boa tarde ao estado de São Paulo.
A minha
pergunta agora é: “por que o governador Tarcísio de Freitas, junto com o
secretário Feder, não estão presos?”. Nós estamos em meio à discussão da
adultização de crianças e adolescentes, da exploração do trabalho infantil, e o
governo é condenado a pagar dois milhões de indenização por danos morais e
coletivos por explorar cerca de 300 crianças em Porto Feliz, que fica a 130
quilômetros da Capital, perto de Itu.
O que me
surpreende é que a mídia golpista, ao lado e defensora deste governador,
colocou na página de economia ou na página de cotidiano esta discussão. Por
favor, passem aqui para nós darmos uma olhadinha. “Cotidiano” do “UOL”. É uma
coisa cotidiana que acontece, explorar crianças e adolescentes. “Cotidiano”.
O governo de
São Paulo é condenado a pagar dois milhões por incentivar trabalho infantil.
Não põe a cara do cidadão - vou avisar o povo do estado de São Paulo, o
governador se chama Tarcísio de Freitas - e nem a cara do secretário da
Educação, o Feder.
Então,
“Cotidiano” do “UOL” está assim. E a “Economia” do Globo está como? A próxima
imagem. “O Globo”, “Economia”. Então, a economia é explorar crianças e
adolescentes agora. Tinha que estar na página policial, gente. Olha aí.
“Justiça condena o governo de São Paulo a pagar dois milhões por incentivar
trabalho infantil em contratos irregulares de menores”.
O governo,
junto com a Secretaria de Educação, comportou-se como cafetão das crianças,
comportou-se como algoz. De que maneira? Intermediando a contratação de
crianças de 14 anos para trabalhar na construção civil, em oficinas mecânicas,
na marcenaria, com jornadas diárias de até dez horas e sem nenhum tipo de
contrato.
E isso não sou
eu que estou dizendo, vou ler para vocês a matéria do “Cotidiano”, do “UOL”,
que diz o seguinte. “O governo do estado de São Paulo, comandado por Tarcísio
de Freitas, do Republicanos” - não é do PT, não, viu, gente? - “foi condenado a
pagar uma indenização de dois milhões em danos morais e coletivos por fomentar
o trabalho infantil em escolas estaduais do interior”.
E por que ele é
cafetão das crianças? Por que ele é o algoz? Porque a Secretaria Estadual
intermediou essas contratações. “A Secretaria da Educação de São Paulo estava
intermediando a contratação de crianças e adolescentes de maneira irregular em
Porto Feliz. De acordo com o inquérito, cerca de 300 crianças, 300 alunos,
trabalhavam em situações fora da lei.
Não tinham o
registro de Menor Aprendiz, trabalhavam jornadas acima do permitido ou
estudavam com atestados irregulares. Parte dos estudantes trabalhavam em
atividades que constam na lista de piores formas de trabalho infantil.
Segundo o MPT,
o Ministério Público do Trabalho, os alunos trabalhavam em construção civil,
fazendas, mecânicas, indústria têxtil, marcenaria e uma empresa de borracha.
Menores de 18 anos não podem trabalhar em período noturno nem em atividades
consideradas perigosas ou insalubres.”
Então, este é o
governo Tarcísio de Freitas, essa é a Secretaria da Educação comandada pelo
Feder. Eles disfarçam, eles fingem que os alunos estão fazendo estágios e
exploram trabalho infantil à luz do dia, à luz dos olhos de qualquer um. Nós
queremos saber quando eles serão penalmente responsabilizados por esse crime
que rouba o futuro das nossas crianças.
Eu disse nesta
tribuna ontem e volto a repetir: o governador Tarcísio de Freitas não pode
tratar o povo do estado de São Paulo como cliente. Ele precisa tratar o povo do
estado de São Paulo como cidadãos, cidadãs, detentoras de direitos e deveres.
Essa lógica está errada.
Muito
corretamente, o influencer Hytalo, que prendia crianças e explorava a imagem
delas, foi preso. Por que o Tarcísio e o Renato Feder também não estão sendo
presos por intermediar a contratação irregular de crianças e adolescentes com
jornadas maiores do que as devidas, sem contrato?
Por que isso
não causa indignação da base do governo Tarcísio aqui? Por que o jornal não
fala o nome dele, não coloca a cara dele? Isso é um crime contra as nossas
crianças e adolescentes e nós não podemos permitir.
Muito obrigada,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Obrigada,
deputada.
Continuando a nossa lista de oradores,
deputado Fábio Faria de Sá. (Pausa.) Jorge do Carmo. (Pausa.) Alex Madureira.
(Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Luiz Fernando Ferreira. (Pausa.) Paulo
Mansur. (Pausa.) Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Danilo Campetti.
(Pausa.) Edson Giriboni. (Pausa.) Rômulo Fernandes. (Pausa.) Professora Bebel.
(Pausa.) Carla Morando. (Pausa.) Beth Sahão. (Pausa.) Delegada Graciela.
(Pausa.) Vitão do Cachorrão. (Pausa.) Atila Jacomussi. (Pausa.) Dirceu Dalben.
(Pausa.) Major Mecca. (Pausa.) Monica Seixas. (Pausa.) Caio França. (Pausa.)
Rafael Saraiva. (Pausa.) Letícia Aguiar. (Pausa.)
Guilherme Cortez. (Pausa.) Eduardo
Suplicy. (Pausa.) Rogério Santos. (Pausa.) Carlos Cezar. (Pausa.) Capitão
Telhada. (Pausa.) Andréa Werner. (Pausa.) Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Carlão
Pignatari. (Pausa.) Donato. (Pausa.) Prof.ª Camila Godoi. (Pausa.) Jorge
Wilson. (Pausa.) Marcos Damasio. (Pausa.) Dr. Elton. (Pausa.) Conte Lopes.
(Pausa.) Bruno Zambelli. (Pausa.) Ana Perugini. (Pausa.) Valdomiro Lopes.
(Pausa.) Márcia Lia. (Pausa.) Tenente Coimbra. (Pausa.) Gil Diniz. (Pausa.)
Teonilio Barba. (Pausa.)
Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)
Beth Sahão. (Pausa.) Sebastião Santos. (Pausa.) Jorge Wilson. (Pausa.) Itamar
Borges. (Pausa.) Capitão Telhada. (Pausa.) Gil Diniz. (Pausa.) e Solange
Freitas.
Deputada Thainara, pode assumir aqui,
por favor?
Obrigada.
*
* *
- Assume a Presidência a Sra. Thainara
Faria.
*
* *
A
SRA. PRESIDENTE - THAINARA FARIA - PT - Nobre deputada
Solange Freitas, tem o tempo regimental de cinco minutos para fazer o uso da palavra.
A
SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos, mais uma vez. Hoje eu gostaria de
falar que vale muito a pena a nossa luta por várias causas, mesmo que demore
muito para as coisas acontecerem, porque aos pouquinhos a gente vai fazendo
muitas conquistas para a população.
E hoje eu
gostaria de falar sobre a questão dos pedágios, a polêmica dos pedágios que
serão implantados na Padre Manuel da Nóbrega, na Rio-Santos, atingindo muitos
moradores da Baixada Santista; não só os turistas, mas principalmente os
moradores da Baixada Santista.
Eu sou contra a
instalação de pedágios, já me manifestei várias vezes, mas que se eles forem
implantados realmente, que os moradores não paguem essa conta. Não é justo o
morador que circula dentro da cidade, porque muitas vezes a Padre Manuel da
Nóbrega e a Rio-Santos, para muitos moradores, essas estradas servem como
avenidas para os moradores, porque eles precisam circular por essas estradas
para irem para o trabalho, para irem para a faculdade, para a escola, para ir
de um bairro a outro. Tem alguns que usam a estrada até para ir a um mercado
que fica em outro bairro, muito longe.
Então,
protocolei, antes do recesso da Alesp, um projeto de lei para que, se os
pedágios forem realmente instalados e começarem a funcionar, os moradores não
paguem essa conta, que eles sejam isentos de pagar pelo menos por um tempo,
porque não é justo que eles fiquem com esse pagamento, não é justo que eles
precisem pagar para circular dentro da própria cidade.
E já tem um
avanço: o governador anunciou ontem que vai isentar os moradores de Ana Dias.
Ana Dias é um distrito, como se fosse um bairro da cidade de Itariri, no Vale
do Ribeira.
Ontem foi
anunciado que os moradores de Ana Dias vão ter isenção total dos pedágios que
serão provavelmente instalados na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega. Já se está
estudando para essa isenção também ser ampliada para os moradores de Caruara,
que é na área continental de Santos, uma comunidade também muito carente;
também há a possibilidade de serem isentos.
A gente apela
para a sensibilidade do governador para que essa isenção se estenda para os
moradores de todas aquelas cidades onde serão instalados os pedágios. O que a
gente sabe até agora? Na Padre Manoel da Nóbrega, por exemplo, que atinge
moradores da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, de Praia Grande até
Peruíbe, os pedágios não vão ser instalados agora, só daqui a três anos.
Então a gente
ainda tem tempo para brigar por esses pedágios, mas os pedágios que estão sendo
instalados, cujos pórticos já estão sendo instalados em Itariri, Pedro de
Toledo e Miracatu, no Vale do Ribeira, a informação que a gente tem é de que
vão começar a funcionar em novembro.
A gente apela
para que o governador e para que a Artesp refaçam esses cálculos, porque, no
Vale do Ribeira, o trecho da Padre Manoel da Nóbrega ainda não é duplicado. Os
moradores não têm para onde fugir, como fugir do pedágio. Em alguns trechos, se
já fossem duplicados e tivesse pelo menos as marginais, e os morados
conseguissem “fugir”, digamos assim, do pedágio para circular na cidade pelas
marginais, aí seria uma situação. Mas hoje não tem. É uma estrada complicada,
porque é de mão dupla. A duplicação vai acontecer? Vai, mas ainda não tem.
Então, não é
justo que os moradores paguem essa conta antes de essas melhorias acontecerem
na Padre Manoel da Nóbrega. A gente apela para o governador, para a
sensibilidade de que esses pedágios não comecem a funcionar, mas, se isso
acontecer, que os moradores não paguem essa conta. E também peço aqui aos
nobres deputados desta Casa que verifiquem o meu projeto de lei para isentar os
moradores de pagarem essa conta.
Muito obrigada.
A
SRA. PRESIDENTE - THAINARA FARIA - PT - Nós que
agradecemos, nobre deputada Solange Freitas, com uma fala extremamente
importante em defesa do povo do estado de São Paulo. Nós queremos seguir a
nossa lista de oradores desta tarde...
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem, Sra.
Presidente. Para uma comunicação?
A
SRA. PRESIDENTE - THAINARA FARIA - PT - Tem V. Exa. o
tempo de dois minutos.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - PARA COMUNICAÇÃO - É
com imenso prazer que registro a presença aqui dos meus líderes, meus
genitores, apóstolo Paulo Corrêa, meu pai, pastora Eliane Corrêa, minha mãe, e
Diene, minha esposa.
É um prazer tê-los aqui hoje, eles que
representam uma nação. É presidente da instituição Igreja Evangélica Assembleia
de Deus Ministério de Santos, que são mais de 800 igrejas, mais forte ali no
litoral de São Paulo, uma grande representatividade, aqui representando, na
verdade, uma nação evangélica.
É um prazer recebê-los aqui hoje nesta
Casa em que a gente trabalha.
Então, muito obrigado, presidente, pela
oportunidade e é um prazer ter meus pais aqui, e minha esposa.
A
SRA. PRESIDENTE - THAINARA FARIA - PT - Nós que
agradecemos V. Exa., nobre deputado. Para nós é uma honra receber sua família
belíssima aqui, que muito enobrece esta Casa. Parabéns pelo belíssimo filho
criado, um esposo honroso, que é muito respeitoso com todas nós. Então, meu
abraço a todos vocês, sejam sempre bem-vindos a esta Casa.
Seguindo a lista de oradores, quero
chamar agora o nobre deputado Lucas Bove para fazer uso da palavra. Tem V. Exa.
o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. LUCAS BOVE - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde. Boa tarde, Sra. Presidente, Thainara
Faria, líder da Minoria. Boa tarde à família do deputado Paulo Correa, sejam
sempre bem-vindos à Casa do povo. Dizer que é uma honra ladear aqui as nossas
batalhas com o Paulo Correa, que é um deputado realmente diferenciado, faz um
excelente trabalho.
Toda a Baixada
Santista, quanto a Assembleia, o Ministério de Santos, como todo o povo de São
Paulo, pode contar com o Paulo Correa: muito bem representados.
Cumprimentar os
meus pares; meus amigos deputados; meus colegas das assessorias parlamentares;
situação; oposição; nossa querida Polícia Militar - sempre nos ladeando aqui -;
e quem nos ouve através da TV Alesp.
E nos ouve hoje
- ou começa nos ouvindo hoje -, infelizmente, com a deputada Thainara trazendo
aqui, com todo respeito, um assunto tão importante, sempre de maneira
politizada.
Ela inicia
dizendo que o Governo do Estado foi condenado; portanto, ela está pedindo uma
condenação sobre algo que já ocorreu. E vamos aos fatos: a Diretoria Regional
de Ensino de Itu tentou, de boa-fé - isso foi comprovado -, apoiar aqueles
alunos, a maioria deles, aliás, de 14 a 16 anos, já em idade onde eles podem
fazer tanta coisa, segundo a esquerda, porém trabalhar não podem.
E eles estavam
ajudando ali a arrumar para esses estudantes uma posição: uma posição de
trabalho, uma posição para poder ajudar no sustento da sua família.
Fizeram algo
equivocado? Fizeram. O governo está pagando por isso? Está pagando por isso,
segundo o juiz - porque eu confesso que não tenho acesso aos detalhes dos
autos.
Isso decorre,
infelizmente, no final das contas, porque - se tem alguém que tem que estar
preso, esse alguém é o atual presidente, que já foi preso inclusive vai ser de
novo, se Deus quiser -, porque o trabalho infantil no Brasil decorre muito mais
de uma situação econômica degradante de décadas de governos de esquerda, que
obrigam as nossas crianças a trabalhar desde pequenas.
Não só pela
condição de suas famílias, como também pela terrível condição de educação no
Brasil inteiro, inclusive no estado de São Paulo, governado por Geraldo
Alckmin, que, hoje, volta à cena do crime como vice-presidente da República. A
gente sabe das “escolas de lata”, da progressão continuada, de tudo o que vinha
acontecendo.
Os números não
mentem: a Secretaria da Educação vem trazendo a educação paulista para níveis
altíssimos, assim como foi feito no Paraná, sob a gestão de Renato Feder. E o
grande problema disso tudo advém de quem também? Do governo federal, que é o
responsável por fiscalizar.
É o
responsável. Só que o governo vem desmontando: os auditores são menos de dois
mil, deputada Thainara, hoje. Menos de dois mil auditores para verificar a
situação do trabalho em todo o país. É claro que vai dar ruim.
E não é só aqui
em São Paulo, onde uma Diretoria de Ensino tentou fazer um trabalho de apoiar
esses cidadãos, esses jovens cidadãos. Não, é no Brasil inteiro. Porque o Lula,
que diz ter acabado com a fome e com o trabalho infantil, tem, sob o seu
governo, um milhão e 600 mil crianças trabalhando de maneira equivocada, de maneira
escrava, de maneira semi-escrava, o que é uma vergonha.
Isso também nos
traz o estarrecimento, porque o Lula, o próprio presidente Lula, senta à mesa
com empresários acusados e condenados por trabalho infantil, por trabalho
análogo à escravidão.
Então, é a
hipocrisia da esquerda sempre: vive num mundo de faz-de-conta e vem aqui falar
coisas que são irreais. Aliás, começa a sua fala dizendo que a mídia é uma
mídia golpista. Gente, os caras estão usando o verde e amarelo e falando que a
mídia é golpista agora. Vejam que inversão de valores nesse país.
Mas eu queria
finalizar minha fala aqui, aproveitar. Gostaria de parabenizar a Secretaria da
Educação por estar colocando em prática um projeto de minha autoria. Eu não sou
ligado a sindicato de professores, não sou ligado à pauta da Educação com esse
viés ideológico, mas eu criei um projeto de lei aqui, aprovado e sancionado
pelo governador, que institui o programa “Viva Bem”, programa de apoio
psicológico aos professores.
Foram 500 mil
consultas no primeiro semestre de 2025, deste ano. Consultas “online”,
agendadas, com retorno a cada 15 dias, com horário marcado, com apoio. E eu fui
conversar com professores e todos eles estão adorando o programa. A expectativa
é que isso seja ampliado.
Inclusive, o
Centro Paula Souza já está fazendo o programa também. É o maior programa de
teleatendimento de medicina da América Latina. Um programa aprovado por um
deputado de direita e sancionado e colocado em prática por um governo de
direita. Essa é a realidade dos fatos.
A gente
trabalhando para ajudar os professores que tanto precisam desse apoio
psicológico. E vem mais por aí: vem vale “pass” para academias, vêm cursos de
pós-graduação, vêm cursos de inglês, vêm outros tipos de cursos e de benefícios
para os professores, que são uma classe tão esquecida durante anos e anos.
Haja vista que
os professores das universidades federais, sob um governo de esquerda que diz
tanto defender o ensino, já fizeram greves em 2023, 2024, enquanto o presidente
Bolsonaro, na sua gestão, deu 33% de aumento para os professores.
Então, aqui,
nós estamos deixando posta e clara a diferença entre a narrativa e a realidade.
Muito obrigado,
Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - THAINARA FARIA - PT - Seguindo a
Lista Suplementar de oradores desta tarde, quero chamar agora o nobre deputado
Reis. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos para fazer uso da
palavra.
O
SR. REIS - PT -
Troca de comando? Está saindo a deputada Thainara, e o deputado Lucas Bove
assumindo a Presidência dos trabalhos.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Lucas Bove.
* * *
Fazer a
saudação aqui aos integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia
Penal, da Polícia Técnico-Científica. Também todos os funcionários desta Casa e
todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pelas redes sociais. Eu
quero continuar falando aqui neste Pequeno Expediente.
Eu acho que a
oposição tem que vir aqui todos os dias e falar do escândalo bilionário, do mar
de lama de corrupção que tomou conta do governo Tarcísio de Freitas. Então, a
gente percebe que a mídia está blindando. A gente não vê os meios de
comunicações repercutirem esse escândalo. E mesmo a investigação lá no
Ministério Público, a gente percebe que está muito tímida.
Por isso que
nós protocolamos um pedido de CPI, para instalar aqui uma Comissão Parlamentar
de Inquérito, para apurar esse escândalo às pessoas envolvidas que estão ali no
cerne de mando, no núcleo de poder da Secretaria da Fazenda.
E agora nós
descobrimos que quem assumiu para advogar para o Artur Gomes da Silva Neto é o
advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, o mesmo que está advogando para o
Bolsonaro.
O mesmo que
está advogando para o Bolsonaro, por conta do golpe, da tentativa de golpe, da
tentativa de abolição do Estado Democrático Direito, assumiu, então, como
patrono do Artur Gomes da Silva Neto, o auditor fiscal que, em tão pouco tempo,
conseguiu desviar bilhões. Não é um bilhão, não, porque só na conta da genitora
dele já tem cerca de mais de dois bilhões.
Ora, se apenas
aquele agente que praticou o ato lesivo aos cofres públicos é detentor de uma
quantidade de dinheiro dessas, imagine os beneficiários, imagine as empresas
que estão envolvidas. Imagine a Ultrafarma, a Oxxo, a Kalunga, a Fast Shop,
entre outras empresas. Por isso a importância de que realmente possamos
instalar a CPI.
E agora as matérias
nas mídias de internet trazem aqui que tem um delator. Tem um delator que
também foi investigado, ele diz que a Ultrafarma vende num preço inexplicável e
que as empresas dele sonegavam cerca de 10% de impostos, mas que a Ultrafarma
chegava a sonegar, então, 60% dos impostos.
E a outra coisa
que vemos com preocupação é que o governador tirou as investigações da PGE, da
Procuradoria Geral do Estado, que é formada por procuradores de carreira, e
passou para a Controladoria, onde o núcleo é cargo de confiança.
Então a gente
vê que dentro do próprio governo a investigação é muito frágil. Dentro do
próprio Ministério Público a investigação é muito tímida. E por isso que nós
temos que, sim, instalar uma CPI para apurar esse desvio bilionário,
bilionário, que a gente...
As informações,
traz do auditor, mas não trouxeram ainda a quantidade de recursos que foram
desviados para essas empresas, para esse esquema da máfia do ICMS, que está
concentrada ali no Difis, no departamento de fiscalização, que tinha a obrigação
de fiscalizar da Secretaria da Fazenda, que o seu subsecretário respondia no
modo virtual, lá de Milão.
Então, é uma
série de irregularidades que tomou conta da Secretaria da Fazenda, e que é um
escândalo que tem que ser falado todos os dias aqui. Eu, até um tempo atrás,
questionei o secretário do governo Tarcísio sobre os cinco por cento que ele
deu de reajuste para os servidores.
E ele falou
para mim: “não, deputado, é porque a arrecadação está caindo, não dá para dar
mais que cinco por cento. Nós estamos com dificuldade arrecadatória”.
Obviamente que vocês estão com dificuldade arrecadatória, porque o dinheiro que
se está arrecadando está se esvaindo pelo ladrão da Secretaria da Fazenda.
Obviamente, se
tem um escândalo desse, um tamanho escândalo bilionário desse, o “show do
bilhão”, como as redes sociais têm reportado, obviamente que dificilmente tem
dinheiro para melhorar o vale-refeição, que hoje está em torno de R$ 12,00,
para melhorar o salário dos servidores públicos, não tem dinheiro para isso,
mas tem dinheiro para a corrupção.
Por isso que eu
peço aos meus pares para que assinem o pedido. Nós estamos com cerca de 18
assinaturas, precisamos de mais 14 assinaturas para chegar a 32 assinaturas, e
eu quero entender que mesmo aqueles deputados que são da base de sustentação do
governador Tarcísio de Freitas não estão aí coniventes com a corrupção. Pelos
discursos que eles fazem aqui, seria contraditório eles não assinarem esse
pedido de corrupção.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
Quero corrigir:
esse pedido de CPI.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Ato falho.
Obrigado, Sr. Deputado.
Seguindo a lista de oradores inscritos,
agora chamamos à tribuna, pela Lista Suplementar, a nobre deputada Fabiana
Bolsonaro.
A
SRA. FABIANA BOLSONARO - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde a todos. Muito obrigada pela palavra,
presidente. Primeiramente, eu gostaria de falar sobre o que eu ouvi aqui na
tribuna em relação a jovens aprendizes estarem trabalhando ou algo do tipo.
Eu tenho
certeza de que o governo é muito prudente em tudo que eles colocam essa
juventude para fazer e eu também tenho certeza de uma coisa: o crime não
perdoa. Essas crianças que querem emprego, querem dinheiro, querem alguma
coisa, infelizmente, a esquerda acabou tirando isso.
Trabalho
infantil é crime, eu concordo, não tem que trabalhar mesmo, mas não é 100%
isso, gente, porque, se a gente fizer isso... Eu conheço diversos adolescentes
- não estou falando de crianças, estou falando de adolescentes - que querem o
seu dinheiro próprio, que querem conseguir comprar o seu brinquedo, o seu
videogame, algo assim, e querem ser, entre muitas aspas, “independentes”.
Quando não
conseguem comprar aquele tênis novo, quando não têm oportunidade, eles vão lá e
vendem drogas e aí conseguem, porque o crime está aí aberto, as portas abertas
para a juventude vender droga, entrar nisso, começar a usar, começar a se
perder na vida, infelizmente.
Então, a gente
tem que sim trazer esses jovens para nós, mostrar que aqui, fazendo o que é certo,
eles também conseguem ter o dinheiro deles para se manterem. Ensiná-los a gerir
essas finanças é de extrema importância.
Mas eu vim
falar aqui de um assunto extremamente grave que aconteceu no governo federal.
Eu, como mãe de uma bebê de dez meses, gente, sei o quanto a vida dentro do
ventre é de extrema importância.
A gente tem que
ter um olhar muito forte para essa vida. E isso não está sendo o que está
acontecendo no governo federal, porque eles relativizam o bebê mais delicado.
Porque quando nasce, meu Deus, vira um tesouro.
Mas, gente, um
segundo antes de nascer não é nada? Um segundo antes de nascer só é um negócio
de células, que o pessoal fala, que é um aglomerado de células. Não, gente, é
uma vida, minutos de diferença entre dentro da barriga e fora da barriga. Por
isso, eu preciso dizer a minha manifestação pública, em defesa da vida, desde a
concepção.
Como deputada
estadual de direita, comprometida com a dignidade humana e os valores que
sustentam a vida desde o seu início, manifesto a minha profunda preocupação com
o conteúdo do Decreto nº 12.574, de 2025, que institui a Política Nacional
Integrada da Primeira Infância.
Embora
reconheça a importância de políticas públicas voltadas à proteção da criança,
não posso ignorar que esse decreto omite deliberadamente o reconhecimento da
vida desde a gestação. Revoga diretrizes anteriores que garantiam a proteção ao
nascituro. Ou seja, não estão mais de olho no ventre.
Essa exclusão
representa um grave retrocesso ético, jurídico e civilizacional. Essa palavra é
nova para mim, mas da nossa civilização, das pessoas, da população. Eu gosto de
simplificar a palavra.
A Constituição
Federal, em seu Art. 1º, consagra o princípio da dignidade da pessoa humana. A
vida é o primeiro e mais fundamental direito. E negar proteção ao ser humano em
formação é negar-lhe a própria dignidade.
A ausência dos
termos gestação e nascimento, no novo texto, não é um detalhe técnico. É uma
escolha política que abre espaço para a relativização do direito à vida, o
direito mais sagrado que tem.
Rejeito
qualquer tentativa de avançar agendas que fragilizem o valor da vida humana em
seus estágios mais vulneráveis. O estado tem o dever de proteger todos,
especialmente aqueles que ainda não podem se defender: os nascituros.
Com isso,
convoco a direita para que exijamos: a imediata revisão do Decreto nº 12.574,
de 2025; a reintegração da proteção à vida, desde a concepção, nas políticas
públicas; o respeito aos princípios constitucionais que garantem a
inviolabilidade do direito à vida.
Porque a vida
começa no ventre, e é lá que o Estado deve começar a protegê-la. Pelo direito à
vida, pela dignidade humana e pela verdade.
Conto com todos
vocês por esse apoio.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado,
deputada.
Deputada Thainara, eu vou só chamar o
próximo orador à tribuna e já passo a palavra para a senhora. Monica Seixas do
Movimento Pretas, seguindo a Lista Suplementar, tem V. Exa. cinco minutos
regimentais.
Porém, antes, uma breve comunicação
para a deputada Thainara Faria, líder da Minoria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente.
Só para trazer
luz a esta Casa, que é uma Casa de Leis, eu queria lembrar os nobres deputados
e as nobres deputadas da Lei de Estágio, no Brasil, que é a Lei nº 11.788, de
2008.
Primeiro,
colocar aqui que não sou contrária ao estágio, de maneira nenhuma. Eu só quero
que o governo do estado, assim como qualquer outra instituição, pública ou
privada, siga a lei, se o governador Tarcísio foi condenado pelo Ministério
Público do Trabalho por situação análoga à escravização dessas crianças, que
estavam trabalhando em fazendas, oficinas mecânicas, construção civil.
Elas não
estavam, nobre deputada Monica, mãe, que sabe, e eu tenho certeza de que não
colocaria seus filhos para trabalhar em fazendas... Eles não estavam
trabalhando em escritórios. Eles não estavam trabalhando a aprendizagem que é
prevista na Lei de Estágio.
E eu duvido
muito que a nobre deputada Fabiana Bolsonaro, que é mãe, que é recentemente
mãe, colocaria a sua filha para trabalhar em construção civil, menor de 16 anos
ou 14 anos, para trabalhar em oficina mecânica.
Eu não sou
contra o estágio. Eu não sou contra aquilo que é previsto na lei. Agora, o
governador Tarcísio foi condenado porque as crianças não estavam sendo
assistidas pela lei.
A senhora
colocaria a sua filha para trabalhar mais de dez horas na construção civil, em
oficinas mecânicas, com 14 anos de idade? É questão de bom senso. Não estou falando
que não tem que trabalhar. Estágio é diferente de uma jornada de trabalho de
oito horas.
Se nós ficamos
exaustos, imagina uma criança que tem direito à Educação. Eu não sou contra o estágio, eu não sou
contra a lei, eu sou contra isso que foi flagrado: um crime. Por isso o governo
foi condenado a pagar dois milhões de reais.
Então não
deturpem a minha fala. Eu não sou contra crianças de 14 a 16 anos, conforme a
lei, prestarem estágios. Mas trabalho infantil e exploração, não. E se os
senhores são a favor, coloquem seus filhos para fazer isso, porque o povo de
periferia quer estudar.
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Deputada
Monica, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Eu vou
seguir nesse tema, Itu, minha cidade, e a diretoria de ensino responsável pela
intermediação de estudantes de Porto Feliz com trabalhos não compatíveis com a
sua idade. Pela regra geral, adolescente não pode trabalhar noturno, não pode
trabalhar em atividades insalubres ou em risco.
E a delegacia
de ensino que deixou a escola intermediar estudantes a uma borracharia,
estudantes com fazendas e etc., respondeu ao Ministério Público, quando tentou
fechar um acordo, que essas crianças precisavam do trabalho para sobreviver; a
mesma diretoria de ensino que anunciou que vai fechar o ensino noturno da
escola Rogério Lázaro Tochetton, em Itu.
E agora eu
quero me somar às famílias, aos estudantes que pedem a manutenção do ensino
noturno na escola do bairro São Luiz, em Itu, justamente para conseguirem fazer
estágios regulares, trabalharem.
E aí o estado
de São Paulo diz que não há necessidade do ensino noturno. está fechando, ao
mesmo tempo que impossibilita aquele que está no estágio regular, no programa
“Jovem Aprendiz”, de acessar a educação no período noturno, intermedia. É
balcão que leva adolescentes para trabalhos insalubres e de risco.
Foi condenado
em dois milhões de reais, e agora eu oficio a Secretaria de Educação, a Diretoria
Regional de Ensino, porque eu quero saber quais medidas serão tomadas para o
acolhimento desses jovens que estavam nessa situação.
Se eles estão
em situação de vulnerabilidade, cadê o “SuperAção” de marketing do governo
Tarcísio? Cadê os programas assistenciais do Governo do Estado de São Paulo?
Cadê o ensino noturno para essas crianças e adolescentes que fazem o programa
“Jovem Aprendiz” poderem começar a sua jornada laboral de forma digna e
decente? Para além disso, eu quero corrigir uma informação que eu dei ontem.
Eu disse que
era difícil calcular, e peço desculpas, foi difícil mesmo. Quando a gente está
falando de 15 módulos rurais da Lei de Terras do Tarcísio, não são 350 mil
metros, são 750 mil metros, desculpe, 75 quilômetros quadrados. Eu tive muita
dificuldade de calcular.
A partir de 75
quilômetros quadrados, as fazendas que serão vendidas pelo Tarcísio, a partir
de 49 mil reais. É muito fácil ganhar imóvel de luxo - não foi só o Sr. Derrite
- no governo Tarcísio.
Pense bem,
poder comprar 75 quilômetros quadrados por 49 mil reais. Abra um leilão do BTG,
governador Tarcísio, abra um lance. Quantos de nós estaríamos dispostos a
entrar num financiamento para pagar pelo menos o triplo disso daí? Vale 50 mil
reais, 49 mil reais, 75 quilômetros de terra no saldão do Tarcísio, das terras
devolutas do estado de São Paulo? Eu acho que esse é o maior acinte, essa é a
maior violência.
No governo
Tarcísio, em que a Ultrafarma deixou de pagar cerca, sei lá, o escândalo do
ICMS, um bilhão de reais e ainda tem nome em estação de metrô. No governo
Tarcísio, em que crianças em situação de vulnerabilidade são empurradas a
trabalhar na construção civil, em canavial, em borracharia, porque precisa. No
governo Tarcísio, em que o ensino noturno para os adolescentes que estão no
programa “Jovem Aprendiz” é negado.
Para o governo
Tarcísio, em que as favelas e periferias recebem bala de borracha. Para o
governo Tarcísio, em que o patrimônio público, como a Sabesp, é vendido para
terra de banana, rico vai ganhar tudo do Estado. As concessionárias podem tacar
praça de pedágio e “Free Flow” na porta da sua casa, em que o governo Tarcísio
vai achar legítimo ele ganhar dinheiro.
Quanto dinheiro
os ricaços estão levando no governo Tarcísio? Estado mínimo é só para você, que
precisa da escola pública, para você, que precisa da maternidade, para você,
que precisa do hospital, da internação, da cirurgia, que é pobre. Para você é
mínimo, é zero, porque os ricaços vão ficar cada vez mais ricos, porque o
governo Tarcísio está doando tudo.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, presidente. Para
uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Só vou
chamar o próximo orador à tribuna. Nobre deputado Conte Lopes. Enquanto ele se
dirige, tem V. Exa. o tempo regimental de dois minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL
- PARA COMUNICAÇÃO - Presidente, eu não sei onde a esquerda, aqui no estado de
São Paulo e no Brasil, em que mundo que eles vivem. Quando nós falamos da
questão do ensino profissional ou de adolescentes aprenderem uma profissão, nós
não queremos tornar esses adolescentes vulneráveis.
Vulneráveis,
presidente, eles estão hoje, quando o crime organizado está cooptando crianças
e adolescentes. O mundo real e não o mundo da imaginação. Esse admirável mundo
de Bobby em que eles vivem não existe.
Aqui próximo da
Assembleia Legislativa, nós temos aqui presente, em frente à Assembleia
Legislativa, adolescentes furtando celulares. Aqui do lado. Se na Assembleia
Legislativa, em frente à Assembleia Legislativa, adolescentes furtando
celulares... Aqui do lado. Se na Assembleia Legislativa, em frente à
Assembleia, está dessa maneira, imagina nas nossas periferias.
Então a
periferia existencial do cérebro de alguns aqui parece que funciona da seguinte
maneira: se nós defendemos que o adolescente possa se profissionalizar desde
cedo, saiba o valor que o trabalho traz na vida de um homem, de uma mulher, de
uma família, aí nós somos exploradores. Não, não somos.
Agora, o que
eles defendem é que a criança e o adolescente sejam abduzidos pelo Estado, obrigados
a ouvir, sobre uma cadeira cativa, um professor esquerdista que vai
doutriná-los desde a tenra infância, que trabalhar é ruim, porque o patrão é um
explorador e ele é uma vítima da sociedade. E, ao final, jogar essas crianças e
adolescentes para onde? Para o crime. E é justamente aquilo que nós combatemos,
presidente.
Então não
posso. Meus filhos hoje podem ser aprendizes, um tem 14, um tem 16 anos, mas,
desde cedo, eu ensino a eles o valor do trabalho. Eu ensino eles, dois meninos,
homens, a serem homens e a valorizarem o trabalho do meu avô caminhoneiro, do
meu pai, que já fez muito asfalto pelas avenidas de São Paulo.
E o meu
trabalho também, presidente. Fui carteiro com muito orgulho. E não, não
defendemos a exploração de crianças e adolescentes. Agora vivemos em um mundo
real, e não nesse mundo imaginário que eles criaram para si, mas não existe
presidente.
Muito obrigado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para uma comunicação, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado,
deputado Gil Diniz. Com a anuência do orador que está na tribuna, posso?
O
SR. CONTE LOPES - PL - Como ele foi
vereador comigo na cidade de São Paulo, sim.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Dois minutos
tem V. Exa., o tempo regimental. Depois passo ao orador, e se alguém mais
quiser fazer uma comunicação, na sequência do deputado.
O
SR. PAULO FIORILO - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Primeiro, agradecer ao deputado Conte, com quem eu fui
vereador na Câmara Municipal de São Paulo. Independentemente das nossas
divergências, em nenhum momento o então vereador, hoje deputado, me vaiou ou
fez qualquer tipo de coisa que pudesse desabonar a minha relação. Aliás, sempre
uma relação muito cordial, independentemente das nossas posições políticas, até
porque o deputado Conte fez parte da base do governo, se eu não estiver
enganado.
Bom, mas eu
ouvi aqui atentamente a deputada Thainara, ouvi agora o deputado Gil, ouvi a
deputada Monica, e eu estou impressionado, porque deputado da base vem aqui no
microfone fazer uma defesa enfática do governo Tarcísio, fico aqui me
perguntando se os deputados da base estão muito felizes com o governador,
porque devem estar liberando emenda para todo mundo.
Aliás, eu tenho
visto deputados aqui, quando eu viajo, falando: “Ah, o deputado mandou emenda
para fazer a praça”, dá o nome do santo tal, santo tal. Nem sei quem são, mas
tem gente fazendo isso. Então eu tenho a impressão de que as defesas que fazem
aqui alguns são movidas ou pela ideologia, ou pelo pragmatismo financeiro.
Eu fico feliz
de ver aqui o deputado Gil fazer a defesa, a importância do trabalho. O
deputado Gil eu acho que ainda não esteve, mas eu vou propor que ele possa
visitar um campo de concentração. Em todos eles têm uma frase em alemão, eu vou
traduzir para facilitar, mas a frase diz: “O trabalho liberta”.
Deputado Gil,
venho de uma família de costureiras, motorista do serviço público, e a lógica
era muito essa que o senhor falou aqui, mas vou dizer. Tanto eu como o senhor
temos filhos muitos próximos de idade, e a gente sabe a importância que tem a
educação de base. O senhor mesmo encaminhou os filhos do senhor para uma escola
militar, não sei se estão.
Mas, assim,
qual é a grande divergência aqui? É que a secretaria encaminhou jovens para
onde eles não poderiam ir. Então nós precisamos reconhecer aqui, foi um erro
crasso. Nem vocês podem defender isso, e vou continuar insistindo. É melhor a
educação de qualidade do que o trabalho na hora errada.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado,
nobre deputado.
Deputado Conte Lopes, obrigado pela paciência.
Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, realmente, o PT e o PSOL estão
cumprindo determinação que foram feitas por José Dirceu, quando completava 79
anos, lá em Brasília, no seu aniversário.
E no seu
discurso, comemorando os 79 anos... José Dirceu foi um companheiro meu na
Assembleia em 1986, fomos deputados juntos em 1987 até 1990. E José Dirceu,
naquela época, falou: “Gente, o nosso adversário político é Tarcísio de
Freitas”. O José Dirceu é o mago do PT, da esquerda, e já falou aquele dia.
Tenho falado isso constantemente. É importante que o nosso time entenda isso.
Não será fácil ganhar
a eleição do ano que vem como muitos pensam. Se o Lula, preso 580 dias, ganhou
a eleição passada, está solto agora e tem a administração na mão... Então o PT
cumpre com o PSOL o que foi determinado, vão atacar o governador Tarcísio de
Freitas. E se o nosso time não o defender, obviamente, nós vamos de mal a pior.
É bom colocar que Tarcísio de Freitas está no Republicanos.
Vou até contar
uma história: a única vez que fui visitar o Bolsonaro em Brasília. Fui eu, o
Coronel Telhada, o Frederico d’Ávila. E naquele momento, em que estava lá, que
o presidente Bolsonaro falou em lançar o Tarcísio de Freitas candidato a
governador, alguns até foram contra. Houve discussão, aquele negócio todo.
Bom, conclusão:
o Tarcísio foi lançado a governador, havia já trabalhado com a Dilma, não sei o
que e tal, tal. E foi lançado governador. Só que, quando lançaram o Tarcísio
governador e cheguei aqui na Casa, fiquei sabendo que o Tarcísio de Freitas
sairia pelo Republicanos.
Veja bem, nós
estamos parecendo o time do Santos, vende os caras bons e fica contratando
ruim, depois quer bater na torcida, não é? É igual. Nós vendemos o cara, demos
o cara de graça para o Republicanos. Agora nós mesmos queremos ir contra o
cara. Nós queremos ir na Paulista, o Malafaia, que quase a gente saiu no pau
lá. Fala o vereador, fala a vereadora, fala não sei quem, e a gente não pode
nem abrir a boca.
Pede para a
gente ir lá, levar gente e o caramba e depois não quer que a gente fale. Não
sei se é só crente que fala ou determinado grupo, o outro grupo não fala. Bom,
devia ter que brigar lá para ter um resto.
Ouvi falar lá:
“Por que o Tarcísio não xinga o Xandão, o Alexandre de Moraes?”. Vai xingar o
Lula? Porque quem vai disputar a eleição ano que vem é o Lula, não é o
Alexandre de Moraes. Quem vai disputar a eleição ano que vem é o Lula, é o PT,
não é o Alexandre de Moraes.
E você xingar o
Alexandre de Moraes, hoje, ou qualquer um ministro, você está arriscado a ficar
inelegível. É uma questão de inteligência. Mas nós não temos essa inteligência,
nós achamos que qualquer um que colocar ganha do Lula, pode ser a tia do cara,
a avó do cara, a prima, “Ponha ela aí que vai”. Eleição não é assim, já ganhei
dez eleições e já perdi também eleições. Não é fácil, não.
Se não for para
a periferia de São Paulo para ganhar a eleição, não ganha, falei isso na
campanha. “Não, a periferia é do PT”. Está aí o Ricardo Nunes, foi para a
periferia e ganhou a eleição com o apoio do Tarcísio. Porque, se o Tarcísio não
apoiasse, o Ricardo Nunes não ganhava, não.
E aqui, nesta
Casa, na última reunião que o Bolsonaro esteve aqui com o PL, ainda eu falei
para o presidente Bolsonaro - ex-presidente, que já tinha perdido a eleição, já
não era mais presidente. Falei: “Presidente, é melhor ser cabeça de sardinha do
que rabo de baleia. Nós temos que lançar um candidato a prefeito de São Paulo,
que é a maior cidade do Brasil, é o terceiro orçamento”. Falei na frente de
todo mundo aqui.
“Não, vamos
lançar o vice”. Vice não nomeia nem a vó dele, ele não assina nada. E nós
continuamos na mesma forma. E se nós entrarmos divididos, nós vamos complicando
os candidatos. Nós temos que ter condição de ganhar a eleição.
Então o PSOL e
o PT estão fazendo a parte deles. É lógico, estão atacando aquele que o guru do
PT, José Dirceu, acha que é o candidato que vai enfrentar o PT e o Lula o ano
que vem.
Obrigado, Sr.
Presidente.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL -
Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado,
deputado Conte Lopes.
Só vou chamar o próximo orador à
tribuna, nobre deputado Gil Diniz. Também comunicar - se a senhora me permitir,
vou passar a palavra à senhora - a presença hoje dos alunos do Centro Acadêmico
de História da Unifesp. Dizer que vocês que são o futuro do nosso país, são
sempre muito bem-vindos nesta Casa. Estamos aqui todos à disposição e parabéns
pela luta, a gente sabe que não é fácil ser estudante neste país.
Tem V. Exa., deputada Monica, o tempo
regimental de dois minutos para uma comunicação.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu quero
auxiliar o Gil, se me permitir, respeitosamente. Antes que o senhor volte a
defender isso, eu vou ler para o senhor, está bem? “A Secretaria da Educação do
Estado de São Paulo estava intermediando...”, ou seja, era ali na escola, o
balcão de relação, “a contratação de crianças e adolescentes de maneira
irregular em Porto Feliz”, cidade da minha região, Itu.
“De acordo com
o inquérito, 300 alunos trabalhavam em situação fora da lei. Não tinham
registro de menor aprendiz ou qualquer outro registro. Trabalhavam em jornadas
de trabalho acima do permitido até para CLT. E apresentavam atestados
irregulares na escola.
O Ministério
Público mostrou que os estudantes trabalhavam em trabalhos que constam na lista
de piores formas de trabalho infantil. Os trabalhos eram trabalhar nas
fazendas, mecânicas, indústria têxtil, marcenaria, borracharia, babás. Menores
de 18 anos, pela lei brasileira, não podem trabalhar em atividades consideradas
perigosas e insalubres.”
A Secretaria da
Educação respondeu ao Ministério Público que estava “da hora” deixar assim, não
disse: “Vamos cuidar para que tenha registro, vamos cuidar para que cumpra
horas melhores, vamos cuidar para que seja fora de postos insalubres, vamos
proporcionar condições de trabalho, já que eles estão em situação de
vulnerabilidade, para que possam ingressar nos programas assistenciais do
estado de São Paulo”.
Disse: “É isso
mesmo! É isso daí. É isso daí. Eles precisam. O empregador vem aqui, pede
alguém para colher cana no canavial, a gente manda um menino de 14 anos”.
É isso que
estava acontecendo.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado,
deputada Monica.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO -
Muito obrigada, Sr. Presidente. Muito obrigada, Gil Diniz.
Eu quero saudar aqui, queria que se
levantasse o Centro Acadêmico de História da Unifesp de Guarulhos, que veio
hoje aqui nesta Casa na audiência pública que foi convocada pela Professora
Bebel, para que a gente pudesse discutir e debater sobre professores, sobre a
aula de história, sobre profissionais que estão sendo assediados, perseguidos,
que estão tendo suas aulas reduzidas, inclusive.
Então esse debate é fundamental. Sejam
muito bem-vindos a esta Casa. E quero saudar também o movimento que vocês
representam aqui hoje, que é a Juventude Fogo no Pavio. Sejam bem-vindos.
Muito obrigada, viu, pela presença?
E esta Casa é nossa, viu?
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Parabéns,
deputada Ediane. Queria pedir aos parlamentares uma salva de palmas para os
nossos estudantes aqui, independentemente de qualquer questão
político-partidária. (Palmas.)
São todos bem-vindos à Casa de Leis,
sem dúvida nenhuma. Parabéns. Que a senhora traga sempre mais estudantes para
esta Casa, porque eles abrilhantam e dão cada vez mais força para que
continuemos.
Tem o deputado Gil Diniz, que já ocupa
a tribuna, o tempo regimental de cinco minutos no Pequeno Expediente.
O
SR. GIL DINIZ - PL -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, deputado Lucas Bove, que presidencia aqui os
trabalhos no Pequeno Expediente. Cumprimentar todos os deputados presentes
aqui, nossos assessores, policiais militares e civis, público aqui na galeria,
quem nos assiste pela Rede Alesp.
Presidente,
venho aqui à esta tribuna, hoje, com o verde e amarelo estampado no peito. O
deputado Paulo Fiorilo quem me deu esse adesivo, presidente. É engraçado que
semanas atrás quem usava o verde e amarelo defendia Deus, Pátria, família e liberdade,
e era considerado um fascista; e hoje, dos microfones aqui, os deputados querem
trazer frases de campos de concentração.
O verde e
amarelo agora está liberado, deputado Caio França. Isso é muito bom, a
valorização dos símbolos nacionais. A nossa bandeira, deputado Conte Lopes, que
aprendemos, aí, a respeitá-la desde a mais tenra infância, o nosso Hino
Nacional, também tão valorizado.
Talvez se eu
perguntar aqui algumas estrofes do Hino Nacional esses que carregam o verde e
amarelo no peito sairão correndo como o diabo corre da cruz. Mas seguimos aqui,
fazendo o nosso trabalho, sim.
Defendendo o
interesse do povo brasileiro, o interesse nacional, combatendo, combatendo essa
esquerda internacionalista aqui neste Parlamento, deputado Lucas Bove, que defende,
por exemplo, a boa relação de Luiz Inácio com Nicolau Maduro, agora cassado
pelos democratas, pelo mundo livre. E, se Deus quiser, vai cair, porque é um
presidente ilegítimo.
Mas,
presidente, o que me move a vir aqui a esta tribuna neste momento é a pauta que
vários deputados estão defendendo no estado de São Paulo - que é, deputado Caio
França, uma pauta de V. Exa. -, que é a questão dos pedágios.
Pedágios
realizados pelas estradas de São Paulo. Por exemplo, Baixada Santista. Por
exemplo, Mogi-Bertioga. Por exemplo, a Raposo Tavares, deputado Dr. Jorge, que
está sendo agora pedagiada de uma maneira, a meu ver, sem controle algum.
Não só
pedágios, deputado Lucas Bove, mas radares também. Nós, deputados -
principalmente nós aqui à direita -, nós sempre fomos contra a fábrica de
pedágios que o governo tucano criou aqui, a indústria de pedágios e a indústria
de radares que o PSDB criou aqui em São Paulo.
Então agora a
gente não pode fingir que nada está acontecendo porque é uma preocupação
legítima da nossa população. Todas as vezes que nós queremos discutir aqui a
questão de redução de impostos, reduzir tributos, taxas para a população do
estado de São Paulo é um verdadeiro parto para conseguir.
O deputado
Lucas Bove tem um projeto aqui, e também tenho um projeto com um teor
semelhante da questão do ITCMD com a redução de impostos, ali, quando você vai
fazer o seu inventário, quando você tem esse patrimônio que é familiar, o
Estado, que não participou em nada, deputado Lucas Bove - pelo contrário,
atrapalhou -, quer se meter ali. Vossa Excelência colocou esse projeto de 0 a
4%, excelente.
Eu me lembro,
também, deputado Conte Lopes, de que o deputado Frederico d’Avila apresentou um
projeto desse teor e foi aprovada a redução de impostos. Questão da tramitação
ali do inventário, a causa mortis, e foi vetado por esse governo. Vetado,
deputado Lucas Bove.
Mas agora
pedágios de todos os lados aqui em São Paulo. E eu, que moro na cidade de
Cotia, estou vendo ali a preocupação dos populares de Vargem Grande, Cotia,
Itapevi, Carapicuíba, que usam a Raposo Tavares como uma avenida. Não tem outra
opção, nós não temos outra opção. Na região de Cotia, não temos transporte
público.
Deputados, convido
vocês a pegar um ônibus ali na Raposo Tavares em direção aqui à Assembleia
Legislativa. Vossas Excelências vão demorar 2, 3, 4 horas para chegar aqui. Nós
não temos metrô, e o metrô tem se expandido, foi anunciado que vai chegar em
Taboão da Serra, deputada Fabiana. Cotia está ao lado e a única opção, deputado
Lucas Bove, que nós damos à população, principalmente à população dessa região,
são os pedágios agora. São os radares. Nós não estamos fornecendo
investimentos.
Eu vi que o deputado Caio França foi agora em Cotia, falou com o prefeito Formiga, recém-eleito, se colocou ali à disposição. Então, nós não damos essa opção à população de um transporte público, ônibus, trem. Nós não temos Metrô, e agora a única opção a essa população que já sofre com o trânsito violento dessa região é a questão dos pedágios e dos radares indiscriminados na Raposo Tavares.
Deste deputado aqui não terão o apoio, e faço coro aqui que nós possamos pautar e aprovar o PDL, Projeto de Decreto Legislativo, do deputado Vitão do Cachorrão, para derrubar esses pedágios, neste momento, presidente.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado deputado Gil Diniz.
A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Uma breve comunicação.
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Uma breve comunicação. Só para informar, encerrado o Pequeno Expediente, já abrimos o Grande Expediente.
* * *
- Passa-se ao
* * *
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Tem V. Exa. o tempo regimental de dois minutos.
A SRA. FABIANA BOLSONARO - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Eu só queria fazer uma correção aqui, que teve um mau entendimento. Eu, em nenhum momento da minha fala, citei sobre trabalho infantil no município de Porto Feliz.
Eu estou citando coisas que vivenciei na minha juventude, que vi a juventude que não tinha o que fazer, que ficava à toa, que não tinha trabalho, estágio, nada disso e foi para a droga, porque os traficantes não perdoaram essas pessoas e deram a droga para eles poderem vender, comprar videogame, comprar o tênis que elas queriam. E são pessoas que nunca mais conseguiram sair das drogas, muitas se suicidaram.
Então essa é a minha colocação. Em nenhum momento eu quis deturpar a fala de ninguém e nem referir ao município de Porto Feliz. Só disse que, sim, é importante o estado de São Paulo incentivar os estágios, e, sim, a minha filha vai ser a primeira a trabalhar quando ela puder, quando ela iniciar e puder fazer estágio também.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, presidente. O senhor quer chamar o orador?
O SR. PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Pela ordem, deputado Fiorilo. Só antes vou chamar à tribuna o deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo, por permuta com o deputado Emídio de Souza.
Enquanto ele se dirige à tribuna, tem V. Exa., nobre deputado Paulo Fiorilo, o tempo regimental de dois minutos.
O SR. PAULO FIORILO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, Sr. Presidente.
Sr. Presidente, só para fazer aqui uma comparação e uma diferenciação. O deputado Gil pediu que eu desse a ele um adesivo. No adesivo está escrito: “Sou 100% Brasil”. Por que a gente está usando esse adesivo e o Gil se dispôs a usar?
Primeiro quero falar da diferença, o deputado Gil Diniz tem uma lógica, do patriota que apoia o Trump. Aliás, tem lá inclusive um grande amigo do deputado Gil que está lá nos Estados Unidos, fazendo um excelente trabalho no Texas, um excelente trabalho para prejudicar o agro, para prejudicar o pessoal que trabalha com aço, com alumínio, para prejudicar o estado de São Paulo.
Cidades como Piracicaba, Araraquara, Matão, queria dizer para vocês, serão as cidades mais prejudicadas, mas o deputado Gil Diniz utiliza o “100% Brasil” e, ao mesmo tempo, faz a defesa da intervenção do Trump aqui no Brasil, contra a nossa soberania.
O que está escrito aqui é “100% Brasil”. A gente defende o Brasil, a gente não usa a bandeira brasileira para colocar nas costas e falar assim: “Olha, sou patriota”. Patriota é quem defende o País, e não quem quer entregar o País.
Aliás, é impossível a gente permitir que um outro governo queira interferir no Judiciário, no Executivo, no Legislativo, em qualquer outro lugar. Isso significa entregar, colocar o país de joelhos, o que não será feito, até porque nós vamos continuar defendendo não só a nossa bandeira, mas o nosso país.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR.
PRESIDENTE - LUCAS BOVE - PL - Obrigado, deputado Paulo Fiorilo.
Antes de passar a palavra ao orador, eu gostaria também de anunciar a presença
dos alunos da Escola Estadual Antônio Brasílio Menezes da Fonseca, da cidade de
Suzano. Sejam todos sempre muito bem-vindos a esta Casa de Leis. As portas
estão sempre abertas. Queria que os deputados dessem uma salva de palmas aos
nossos queridos alunos. (Palmas.)
Tem o deputado Dr. Jorge do Carmo tempo regimental
de dez minutos, neste Grande Expediente.
O SR. DR.
JORGE DO CARMO - PT - Obrigado, Sr. Presidente.
Boa tarde, Sr. Presidente, deputado Lucas Bove,
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público da TV Alesp, assessores presentes,
policiais. Sr. Presidente, antes
de começar aqui o assunto que propriamente iria falar e vou falar, eu quero
falar também que sou 100% brasileiro. Viu, deputado Gil?
Cem por cento brasileiro,
defensor da soberania nacional, defensor do nosso país, e está certo o
presidente Lula, em não deixar, na defesa da soberania e do Brasil, não deixar que qualquer outra
nacionalidade, outro país intervenha em nosso país, sobretudo e principalmente
para prejudicar os brasileiros.
É por isso que
estamos firmes e fortes na defesa da soberania e do Brasil. Quem manda neste
país são os brasileiros, não são os estrangeiros ou aqueles que vão para lá
para intervir ou querer atrapalhar a nossa economia, principalmente.
Sr. Presidente,
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, eu também quero falar, muito rapidamente,
sobre o assunto do dia, as tais praças de pedágios do governador Tarcísio de
Freitas. A Raposo Tavares, por exemplo, que foi falada agora pelo deputado Gil,
é uma vergonha.
Ele mesmo, que
é governista, que é defensor do governador, defensor do governo, está
exatamente dizendo que é contra, porque é um absurdo a quantidade de praças que
o governador está instalando na Raposo Tavares, como ele bem mencionou.
As pessoas que
utilizam daquela Raposo “Travares”... A gente já chama de Raposo “Travares” por
conta da quantidade de trânsito que tem todos os dias; agora vai ter muito mais
pedágios para piorar a vida das pessoas que vão utilizá-la. Além da Raposo
“Travares”, ou Tavares, temos também a quantidade de pedágios, a farta
implantação de praças de pedágios na Mogi-Dutra, na Mogi-Bertioga, na Padre
Manoel da Nóbrega.
Se você
perguntar para os moradores, para a população que transita e que mora na região
do Alto Tietê se tem alguma obra, alguma melhoria que o governador trouxe para
o Alto Tietê, certamente eles vão ter dificuldade de apresentar, mas se
perguntar se o pedágio é uma realidade, é uma realidade.
O governador,
quando candidato, disse que não iria implantar pedágios naquelas rodovias.
Prometeu, se comprometeu em campanha e hoje estamos vendo que já foi
determinado que, tanto na Mogi-Dutra, na Mogi-Bertioga e na Padre Manoel da
Nóbrega, lá na Baixada Santista e região, serão implantadas várias praças de
pedágios. Esse é o presente do governador Tarcísio de Freitas para aquela
região.
Então, hoje
pergunto lá para a região do Alto Tietê: “Tem alguma coisa que o governador
fez”? Tem. Pedágio. Várias praças de pedágio para piorar a vida das pessoas e
encarecer ainda mais a passagem de uma cidade para outra.
A pessoa sai de
uma cidade, vai para um bairro da mesma cidade e tem que passar por um pedágio,
porque será cobrado de forma automática com o chamado “Free Flow”, de que todos
vocês têm conhecimento.
Mas quero falar
também, Sr. Presidente - e daqui a pouco quero pedir para passar algumas
imagens -, que na semana passada estive no município de Paulínia, na região de
Campinas. Lá tem um vereador, o vereador Fábio da Van. Queria passar as
imagens. Pode, por gentileza?
Visitando
várias intervenções que foram feitas naquela cidade através do vereador Fábio
da Van, que é um vereador bastante atuante, que está no seu segundo mandato lá
na região, estive com ele para visitar obras da UBS São José, que foi recurso
de emenda parlamentar deste deputado, e a obra do P.A., que é o Pronto
Atendimento de Monte Alegre, que também foi importante visitar e que está sendo
importante para a Saúde daquela cidade e do município de Paulínia.
* * *
- Assume a
Presidência a Sra. Beth Sahão.
* * *
E mais importante também, tão importante
quanto, melhor dizendo, o Cartório de Registro de Imóveis. Foi uma luta muito
grande do vereador e deste deputado, e da população de Paulínia, para implantar
um Cartório de Registro de Imóveis naquele município.
As pessoas, se
quisessem registrar um imóvel, teriam que se dirigir até Campinas, e municípios
menores do que Campinas já têm registro de imóveis. O exemplo deles é
Cosmópolis. Cosmópolis é um exemplo, é um município menor do que Paulínia e que
tem Cartório de Registro de Imóveis. Por que Paulínia não deveria ter?
Fizemos essa
luta, fomos até a Corregedoria do Tribunal de Justiça e a Corregeria do
Tribunal de Justiça entendeu a importância e a necessidade e mandou um projeto
de lei para esta Casa.
Foi aprovado,
tornou-se lei e hoje já existe o Cartório de Registro de Imóveis, assim como
tem o cartório de lá também foi implantado, que é o Protesto. Então, os dois
Cartórios que não tinham - dois serviços que não tinham na cidade - agora tem a
serviço daquela população.
E essa luta,
aqui em continuidade, temos... Quero falar agora para a população de Cidade
Tiradentes. Ao tempo que nós estávamos fazendo essa luta para implantar o
Cartório, lá, de Registro de Imóveis, lá nesse município de Paulínia, nós
também fizemos uma luta para implantar um Cartório de Registro Civil lá no
nosso bairro Cidade Tiradentes.
Cidade
Tiradentes é maior do que muitas cidades de porte médio deste estado: tem cerca
de 250 a 300 mil habitantes lá no bairro Cidade Tiradentes, que é no extremo da
zona leste, onde eu moro.
A nossa luta
tem que continuar. Quero me dirigir à população, aos moradores de Cidade
Tiradentes: que eles não podem, não devem, eles têm o direito de ter um
Cartório lá.
Se precisar
fazer um reconhecimento de firma, um registro de uma criança, se precisar fazer
uma lavratura de escrituras, um casamento, um divórcio, qualquer serviço de um
Cartório de Registro e de Notas, não tem, não tem na Cidade Tiradentes.
As pessoas têm
que se dirigir à Guaianazes, à São Mateus, à Ferraz de Vasconcelos, à Itaquera,
para enfrentar filas, sendo que é direito da população poder ter um Cartório de
Registro na Cidade Tiradentes.
Então, nossa
luta vai continuar em defesa desse serviço, que é um direito da população e que
está sendo negado, porque os interesses particulares dos cartorários das
regiões - seja de Guaianazes, onde as pessoas têm que enfrentar fila, seja dos
outros bairros, ou até do município de Ferraz - talvez isso seja superior aos
interesses deles, seja superior ao interesse da população.
E nós não
podemos permitir que o interesse particular, econômico, individual de cada um
seja maior que o interesse público, que o interesse de um serviço que é
necessário para a nossa população.
Por isso, Sr.
Presidente, eu quero conclamar aqui a população de Cidade Tiradentes - de onde
eu moro, onde moro, de onde eu sou com muito orgulho - que nós temos que
continuar essa luta, para que na Cidade Tiradentes tenha um Cartório de
Registro Civil, para que esse serviço, que é importante para cada um e cada um
- que não são baratos, que não são gratuitos -, eles tenham que acontecer no
nosso bairro Cidade Tiradentes.
Era isso, Sr.
Presidente.
Muito obrigado
pela oportunidade.
A
SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Obrigada,
deputado Dr. Jorge. Dando sequência à nossa... aos nossos oradores inscritos.
O
SR. REIS - PT - Pela ordem, Sra. Presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Pela ordem,
deputado Reis.
O
SR. REIS - PT - É uma comunicação.
A
SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Pois não.
O
SR. REIS - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Presidenta,
deputada Beth Sahão, eu quero dizer que hoje eu recebi uma notícia muito
difícil, que foi a partida do meu querido companheiro de tantas batalhas, o
companheiro Márcio Luiz da Costa.
Irmão de luta, Márcio sempre esteve ao meu
lado. Homem íntegro, dedicado e incansável, foi peça fundamental na prestação
de contas, na organização do trabalho, sobretudo na construção de um mandato
coletivo, honesto, comprometido com o povo.
Firme e generoso, Márcio ensinava todos
os dias que a política só vale a pena quando é feita com a entrega. É difícil
imaginar a caminhada sem sua presença, sua força e sua amizade, mas sei que sua
memória seguirá viva.
Desejo paz e conforto à sua família
nesse momento de dor, que eles encontrem força para seguir adiante, lembrando
sempre do grande homem que ele foi. Márcio seguirá presente em todo o nosso
coração, em todas as nossas lutas.
Eu peço um minuto de silêncio por conta
da passagem do nosso companheiro do Partido dos Trabalhadores - companheiro
esse que foi chefe de gabinete da Subprefeitura de Santo Amaro, chefe de
gabinete da Subprefeitura de M’Boi Mirim, que foi assessor meu na Câmara
Municipal e também assessor meu, aqui na Assembleia Legislativa.
Eu peço um minuto de silêncio pela sua
passagem, Sra. Presidenta.
A
SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Pois não.
*
* *
- É feito um minuto de silêncio.
*
* *
Nossos sentimentos, deputado Reis, a
todos os familiares por essa perda tão sentida. Dando sequência aqui aos
oradores inscritos, deputado Caio França. Tem, V. Exa., o tempo regimental de
dez minutos.
O
SR. CAIO FRANÇA - PSB
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra.
Presidente, colegas deputados, o que me traz aqui a esta tribuna, mais uma vez,
é o tema da instalação de novos pedágios organizados pelo Governo do Estado e
que a nossa mobilização começa a surtir algum efeito.
O deputado Gil
falou aqui sobre o tema, mas eu quero ser ainda mais enfático sobre esse
assunto. Ontem, o Governo do Estado anunciou a primeira fase do recuo de um
tema importante. Para quem não sabe, o Vale do Ribeira está colado à Baixada
Santista e a primeira cidade, quando você entra no Vale do Ribeira, é Itariri.
Itariri tem um
distrito chamado Ana Dias. E, para quem mora em Ana Dias, os pedágios já estão
instalados para você ir ao centro de Itariri e voltar para a sua cidade,
deputado Gil, era um pedágio para ir e um pedágio para voltar. E a gente falava
sobre isso desde o início, que além do absurdo que é a instalação de 11
pedágios, tinham moradores que não tinham outras possibilidades de acesso.
Diferente do
que o governador tem falado, que serão construídas marginais, para essa
população não tem a possibilidade de marginais. E já vão começar a cobrar os
pedágios agora em novembro. Ou seja, a nossa pressão tem surtido efeito. Ontem,
foi anunciado que os moradores de Ana Dias terão isenção.
Eu confesso que
não sei qual será o formato para isso. Peço que o pessoal possa me ajudar com a
matéria, para não parecer que estou falando a troco de nada. Então, a Artesp, a
concessionária CNL, anunciaram que o distrito de Ana Dias terá isenção. Eu não
sei como será feito isso, se será distribuída uma tag, se serão cadastrados os
veículos desses moradores.
Mas ainda não é
o que a gente quer, deputado Gil. O que a gente quer é a não instalação. Nós
somos contra a instalação de pedágio. Principalmente em trechos em que as
contrapartidas demorarão muito a acontecer. A previsão para as principais obras
é início de 2030.
E vai começar a
cobrar agora em novembro. Mas qualquer recuo, ainda que não seja o principal, é
preciso ser comemorado. E mais do que comemorar, é importante que a gente possa
nos manter mobilizados e aumentar ainda mais a mobilização. Porque assim, o
governo precisa entender que ninguém está satisfeito, ninguém está feliz, ninguém
está contente com a instalação de tantos pedágios no litoral.
Talvez o
governo desorganizado não sabia que Ana Dias era um distrito de Itariri. Achou
que talvez fosse ali uma extensão de Peruíbe. E aí você podia imaginar, não,
mas está mudando de uma cidade para outra, mas não. E aí eu já quero antecipar
o que tem que acontecer também. Na área continental de Santos, os moradores do
Caruara e do Iriri também sofrerão o mesmo problema.
Porque, caso o
governo não saiba, a área continental de Santos está isolada do centro da
cidade, dos principais serviços. Então, todos os dias, a esmagadora maioria dos
moradores saem para trabalhar, para estudar, para ter algum tratamento de
saúde. E aí vão ter que pagar também.
Nesse caso,
pagarão dois pedágios para chegar até o centro de Santos e mais dois para
voltar para a sua casa. É justo isso? Tem justiça nisso? Moradores que já são
isolados da sociedade, porque são bairros mais afastados, e com isso todas as
dificuldades de quem mora afastado dos centros urbanos têm, para além disso,
agora, tem que pagar dois para sair e dois para voltar de casa.
Então, o
governador, o pessoal da Artesp, que ainda não entendeu direito o mapa de como
é que funciona o estado, e nesse caso da Rio-Santos, Rodovia Manoel Hipólito do
Rego, volta logo atrás também desses dois. Pelo menos para os moradores do
Iriri e do Caruara. Porque, se essa foi a justificativa para voltar atrás do
trecho de Ana Dias, a regra tem que ser a mesma para todas, ou algumas cidades
ficarão isoladas e outras, não.
O governador
está percebendo que a pressão popular está acontecendo. Toda vez que ele vai à
Baixada Santista, é claro que vai ter mobilização contra os pedágios. Ninguém
vai aceitar pagar 11 pedágios para sair de casa - quem mora ali nesse trecho
que eu estou falando - e mais 11 para voltar, e vai aceitar calado isso, sem
ver nada acontecer.
No texto da
Padre Manuel da Nóbrega, deputados, já é um trecho que é duplicado. A
concessionária instalou lá duas ambulâncias, colocou um “guard rail”, tem
alguns funcionários passando por ali com aquela luminária, com um carro
adesivado, e já começaram as melhorias.
Vocês estão
imaginando que vão fazer as marginais antes de começar a cobrar? No trecho do
Vale do Ribeira, onde tem uma duplicação prevista? Pode esperar sentado. Espera
dormindo, que vai demorar. Primeiro cobra do povo, para depois, quando der, se
der, a concessionária faz as obras. Gente, não tem sentido.
Nós vamos fazer
uma grande mobilização lá no litoral, nós vamos fazer uma mobilização aqui
também, na Assembleia Legislativa e, nesse caso, deputados, não interessa quem
é do partido “a”, “b”, “c” ou “d”. Nessa hora, é preciso ter coerência;
coerência. Não é justo que os moradores paguem para sair da sua casa.
Deputado Gil,
não sei se V. Exa. tem essa noção, mas é importante a gente poder trazer essa
reivindicação. Muita gente de Peruíbe, de Itanhaém, de Mongaguá, eles fazem
tratamento de saúde em Santos. Pessoas que precisam de um tratamento de um
padrão mais elevado, e as cidades não têm suporte para aguentar esse tipo de
tratamento. Essas pessoas vão ter que pagar para sair de casa e fazer um
tratamento.
Ah, mas
deputado, os pedágios, que eles chamam de “Free Flow”, mas “Free Flow” é um
nome bonitinho para falar “pedágio”. “Free Flow” é pedágio, esquece “Free
Flow”. Esse negócio de exagerar no americano quer confundir as pessoas. “Free
Flow” é pedágio.
Então, esses
pedágios começarão com R$ 1,50, deputado Caio. É R$ 1,50 vezes oito. E, veja
só, começa com 1,50 reais. Quer apostar que daqui a três meses vai ter um
aumento do pedágio, e daqui a mais seis meses um outro aumento? A gente vê como
é que funciona na Imigrantes. Hoje, quase R$ 40,00 para descer a serra.
Ou seja, gente,
o governo está sentindo que a população não quer pagar esse preço, não quer
pagar esse pato. Então, ele já recuou de trechos inteiros no Circuito das
Águas. E por que o litoral vai pagar essa conta? Ou, eventualmente, lá a Raposo
Tavares, e o entorno da Raposo vai pagar essa conta? Bom, se ele está recuando
para alguns, por que uns são mais prejudicados e outros não?
No mínimo,
deputado Gil, no mínimo, para a gente começar a discutir, a meu ver, é assim:
faço todas as obras antes, obras com recurso da iniciativa privada, e aí depois
de tudo, fazendo um cálculo bem milimétrico, aí nós podemos discutir
eventualmente cobrar as melhorias que foram feitas.
Agora, não é
isso que o governador está apresentando. O que ele apresenta é o seguinte: paga
primeiro, daqui a quatro anos eu começo as obras. Até lá, uma ambulância aqui,
outra acolá, pinto uma faixa aqui, ilumino um pouquinho mais ali. Coloca um
plebiscito para você ver se as pessoas estão felizes e se elas querem desse
jeito que está hoje. Eu garanto que quase 100% da população é contra.
A gente não vai
aceitar calado a instalação de pedágios no litoral, e eu quero estender essa
minha fala, claro, para outras regiões do Estado que estão pagando um preço
altíssimo sem ter nenhuma melhoria de volta. Eu peço que o governador, que a
Artesp, que a secretaria responsável possa colocar a mão na consciência e
entender que está fazendo um mal gigante para muita gente.
As marginais
não estão preparadas para receber tanta gente. As pessoas, se tiverem que usar
marginal, vão ter que acordar uma hora, duas horas antes, sair uma hora ou duas
horas mais cedo do que saem normalmente, porque tem semáforos, porque tem
cruzamentos. Enfim, não tem preparação para receber tanta gente. O litoral não
merece pagar essa conta.
É isso,
presidente.
Agradeço aqui
pela gentileza do tempo de fala.
A
SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Obrigada,
deputado Caio França. Próximo orador inscrito, deputado Gil Diniz. Tem V. Exa.
o tempo regulamentar de dez minutos.
O
SR. GIL DINIZ - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Retorno a esta tribuna,
corroborando a fala do deputado Caio França. E até convido a quem nos assiste,
a entrarem na tua rede social, no teu Instagram, acessarem na tua biografia,
onde tem um abaixo-assinado contra os pedágios aqui em São Paulo.
Acho que a
população tem que manifestar sim o seu descontentamento com essas medidas.
Lembrando que não foi uma promessa de campanha isso, pelo contrário. Nós
falamos que diminuiríamos impostos e taxas, e não, que colocaríamos.
Vossa
Excelência disse aqui do Circuito das Águas. Lembrando que, em Piracicaba, foi
tirada a instalação de vários pedágios. Salvo engano, todos. Talvez isso
explique a Cosan, Rubens Ometto, esses cortes que estão acontecendo nesse
momento, grandes jantares, grandes almoços para decidir, talvez, o futuro da
política brasileira. Mas decidem também em qual pele do cidadão paulista vai
ser arrancada, fatiada via mais taxas e impostos.
E corroborando
também Vossa Excelência. Vossa Excelência disse da questão das marginais, que
vão ser saturadas. Os únicos marginais que nós temos, na região de Cotia, são
os bandidos que assaltam à luz do dia, em todo momento. Nossos policiais tentam
dar o enfrentamento, mas a gente não consegue. Lembrando que hoje nós temos um
dos menores efetivos da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Mas esses
policiais aqui fazem milagres. Nós temos os melhores números, mas o menor efetivo.
A gente precisa também se debruçar sobre isso. Porque não adianta ser apenas
defensor de gogó, dos nossos policiais, da nossa população. A gente precisa se
posicionar. Eu tento manter essa coerência, que me trouxe até aqui em 2019, e
me trouxe novamente no segundo mandato, justamente mostrando esse anseio
popular.
Raposo Tavares
não comporta a quantidade de pedágios e radares que vão ser instalados ali. E o
morador de Cotia, Vargem Grande, quem está ali em Embu das Artes? O governador
tem frequentado muito Embu das Artes. Nossos policiais estão vendo a boa
relação que ele tem com o ex-prefeito de Embu das Artes, o Nei Santos. Não vai
passar despercebida essa boa relação, essa divisão de palanque.
Então, você
também, que é de Embu das Artes, terra do Nei Santos, você está vendo esses
pedágios sendo colocados na Raposo Tavares, esses radares sendo colocados na
Raposo Tavares. Então, você, que vai sair de casa, no domingo, para ir no seu
culto, ou na sua paróquia, na Santa Missa, vai ser pedagiado para ir e voltar.
Isso é
inadmissível. A gente vai manter essa coerência e criticar, sim, quem levou
isso ao governador. E já que o governador está colocando em prática, a gente
quer demovê-lo. Sentar novamente, conversar com ele, mostrar para ele o anseio
popular que tem incomodado, e muito, o nosso eleitor.
Não só o
eleitor do Caio França, do deputado Reis, da deputada Beth, o meu eleitor. É
uma forma generalizada de indignação do eleitor no estado de São Paulo, que a
gente tenta externar aqui da tribuna, presidente.
Para
complementar a minha fala, eu gostaria de responder ao deputado Jorge do Carmo.
Ele não está aqui. Deputado Paulo Fiorilo também, que falava sobre a questão do
patriotismo. Ver um esquerdista patriota é como achar que um peixe-boi come
capim. O peixe-boi não come capim. Ele é um peixe. Ele nos acusa aqui de
nazistas, de fascistas, a todo momento.
Nos colocamos,
a todo momento, contra a esquerda. Eles nos colocam no mesmo patamar de
Mussolini e de Hitler. E hoje eles querem se pintar de verde e amarelo, como se
fossem os defensores nacionais, como se nós lutássemos contra a nossa Pátria.
Eles dizem
tanto sobre o presidente Trump, eles criticam tanto o Eduardo Bolsonaro na
questão das taxas. Mas eu desafio aqui qualquer petista a vir hoje aqui nesta
tribuna e criticar, por exemplo, o Nicolás Maduro, que taxou o Brasil também, e
muito mais do que o próprio presidente Trump.
Gostaria de
trazer aqui só uma lista, não tão breve assim, dos investimentos que poderiam
ter sido feitos no Brasil e foram feitos em outros países, principalmente nos
países da companheirada do Foro de São Paulo e os seus aliados pela América
Latina e pelo mundo, dinheiro esse que poderia ser investido aqui no País e não
foi, deputado Paulo Mansur.
Porto de
Mariel, Cuba, à época: 957 milhões de dólares. Empresa responsável: Odebrecht,
a empresa da companheirada denunciada aí na Lava Jato, grandes esquemas de
corrupção. Hidrelétrica de São Francisco, no Equador, 243 milhões de dólares.
Talvez seja uma
coincidência, mas a Odebrecht estava ali também. Hidrelétrica Manduriacu,
Equador, 124 milhões, BNDES. Hidrelétrica de Chaglla, Peru, 1,2 bilhão,
deputado Paulo Mansur, Odebrecht.
Metrô na cidade
do Panamá, Odebrecht, um bilhão. Não temos metrô que chegue em Cotia, que
chegue em Vargem Grande, mas o Panamá tem metrô. Caracas também tem metrô.
Dinheiro suado
do povo brasileiro. Eu poderia, senhoras e senhores, colocar várias obras aqui
que a companheirada do Foro de São Paulo, capitaneada por Luiz Inácio e os
governos petistas que nós tivemos aqui na história recente do Brasil,
financiaram em outros países, deputado Paulo Mansur, literalmente lesando a
nossa pátria.
Poderia dizer
aqui sobre o escândalo criminoso que foi a diretoria do PT, quando dirigia ali
e voltaram à cena do crime, palavras de Geraldo Alckmin. Quando dirigiam o PT,
eles investiram bilhões de reais em papéis podres da Venezuela e deram um rombo
gigantesco nas contas do Correios, que, até hoje, não se recuperaram e o pobre
do carteiro tem um desconto em seu salário até hoje.
Além de pagar o
INSS, a previdência privada, o Postalis, eles que já pagavam, tiveram uma
sobretaxa. E eu digo aqui, nesta tribuna: você, funcionário do Correios, você,
carteiro que vota no PT, não é vítima, você é cúmplice. Então continue pagando
aí esse desconto adicional no seu contracheque em silêncio, se for possível,
porque você apoiou esse projeto de poder...
O SR. REIS - PT - Vossa Excelência me concede um aparte?
O SR. GIL DINIZ - PL - No momento oportuno, deputado
Reis. Você apoiou esse projeto de poder. Poderia falar aqui das refinarias da
Bolívia, que foram tomadas pelo companheiro do Foro de São Paulo, pelo Evo
Morales, e que Luiz Inácio não tomou nenhuma atitude naquele momento.
Então quem são
os lesas-pátrias? São eles que todos os dias nos acusam daquilo que eles são.
Agora, é interessante esse movimento do Partido dos Trabalhadores de colocar o
verde e amarelo.
O Partido dos
Trabalhadores que, nesta Casa, apoia tanto o governador Tarcísio, Dimitre. Nós
falávamos aqui, dias atrás, no Twitter, sobre algumas investigações sob o
governo Tarcísio, que estão fazendo, e têm que fazer sim. Vagabundo tem que ir
para a cadeia.
Eu defendo sim
a investigação, mas eu dizia ao Dimitre que talvez esses escândalos, essa
aproximação de alguns entes do governo com o Primeiro Comando da Capital,
talvez explique o apoio, muitas vezes, do Partido dos Trabalhadores aqui neste
plenário ao Governo do Estado de São Paulo. E isso eu acho, muitas vezes,
engraçado, porque, quando falta voto, está aqui o PT para salvar o governo.
Muito obrigado,
presidente.
A
SRA. PRESIDENTE - BETH SAHÃO - PT - Obrigada,
deputado Gil Diniz.
O próximo orador inscrito é o deputado
Paulo Mansur. E eu pediria para o deputado Gil Diniz para me substituir nessa
tribuna.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Deputado, antes da
sua fala, o senhor me permite um pequeno aparte?
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. Gil Diniz.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Só para saber o que
V. Exa. vai pedir agora.
O
SR. PAULO MANSUR - PL - Eu estou muito à
vontade aqui com meus dois amigos deputados bolsonaristas, Lucas Bove e
deputado Gil Diniz. Concedo esse aparte ao deputado Lucas Bove. Não, aparte
não. Faz uma comunicação, meu amigo.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Vou fazer uma
comunicação, então. É melhor.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Para uma breve
comunicação então, deputado Lucas Bove. Era essa dúvida regimental que eu teria
a questionar.
O
SR. LUCAS BOVE - PL
- PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente. Este plenário é a demonstração do
que é a realidade: a direita trabalhando, a esquerda falando umas groselhas aí
e indo embora.
Eu só queria
trazer um tema que talvez eu já falei no Pequeno Expediente, eu não tinha visto
a notícia ainda, talvez o senhor possa até abordar, o senhor, que é um defensor
dos nossos valores, de eleições justas, democráticas, que já não serão de forma
alguma caso o presidente Bolsonaro não esteja nas urnas, caso Eduardo Bolsonaro
não esteja livre para voltar ao Brasil e fazer a sua campanha para senador, ou
quem sabe até aqui para governador do estado, com o presidente Bolsonaro,
enfim.
O fato é: o
Senado acabou de aprovar, na reforma eleitoral, adivinha o quê, deputado
Mansur? Urnas eletrônicas auditáveis. Então, é aquilo, né? Quando, na época, a
Dilma sancionou o projeto de lei que previa o voto auditável, o Supremo o
derrubou, o Congresso se calou.
Agora, mais uma
vez, o Congresso busca, através do seu Senado, corrigir um erro e colocar o
voto impresso auditável, para que tenhamos minimamente condições de apurar
qualquer tipo de desvio que possa ser considerado aqui.
E não com que
um partido faça um pedido de simplesmente informação e um juiz monocraticamente
ainda tire sarro e coloque uma multa de 22 milhões, como fez o Sr. Alexandre de
Moraes, que não faz nada além de perseguir os seus adversários políticos,
aliás, como Gleisi Hoffmann falou na sabatina deste mesmo ministro em 2015,
2016, não me recordo quando o Michel Temer o indicou para a vaga, depois da
misteriosa morte do ministro Teori Zavascki.
Dali em diante
a Lava Jato foi anulada, dali em diante a direita começou a ser cada vez mais
perseguida, enfim. E nós estamos vendo a situação onde nós estamos hoje, que
estamos aí na iminência de uma guerra com os Estados Unidos.
Quem acha que
isso aqui é terraplanismo, lembre-se de quando o Eduardo dizia que nós iríamos
virar uma Venezuela, que iriam ter sanções dos americanos e todo mundo tirava
sarro. Os americanos já estão chegando aqui na Venezuela e para o Brasil é um
pulo.
Então, mais uma
medida do Senado, o que mostra a hipocrisia daqueles que dizem defender a
democracia, mas só defendem quando é conveniente. Obrigado, deputado, pela
paciência, mas eu não podia deixar de registrar aqui esse passo do Senado rumo
ao lado certo, em que pese provem a sua hipocrisia.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Com a palavra o
nobre deputado bolsonarista Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, Gil Diniz. Muito bem colocado pelo deputado
Lucas Bove. A gente precisa ter o voto impresso no Brasil, além de auditável.
Então, na
realidade, eu sou totalmente contra a maquininha. Eu sou a favor de que tenha o
voto como é nos Estados Unidos, como é no país número um do mundo, que é os
Estados Unidos.
Ainda mais
agora: o Donald Trump fez uma declaração de que ele quer fazer uma votação para
acabar o voto por correio, porque lá nos Estados Unidos, além de o voto ser
manual, ele também pode ser por correio. E o Donald Trump falou que pode estar
tendo votos errados pelo correio, e ele é contra esse sistema.
E nós estamos
no caminho contrário. Estamos no caminho da maquininha digital que pode ser
mexida, pode ser hackeada. Isso não sou eu que estou falando, são especialistas
que falam através de tecnologia. Então fica essa preocupação.
E Nicolás
Maduro, que tem um STF na mão dele, autorizou o voto impresso, só que o voto
impresso não foi contado para a população. Então não adianta nada a gente ter
um voto impresso no Brasil também se esse voto não for contado para todos os
brasileiros de uma forma explícita.
Agora, mudando
de assunto, deputado Gil Diniz, hoje eu estou muito feliz. Estou muito feliz
porque eu aprovei um projeto hoje aqui na Casa, que é o Dia do Comunicador, que
homenageia Silvio Santos.
Silvio Santos,
um homem do povo, foi aprovado pela esquerda, pela direita, pelo centro, todos
os deputados foram a favor na comissão do projeto que institui na data do dia
17 de agosto, o Dia do Comunicador, que foi o dia do falecimento de Silvio
Santos.
Então estará estabelecido
no calendário oficial do estado de São Paulo, no dia 17 de agosto, o Dia do
Comunicador. Muito merecido, Silvio Santos levava alegria para todos os
brasileiros, o maior comunicador do mundo e que deixa saudades.
A minha família
é afiliada do SBT na cidade de Campinas, interior do estado de São Paulo,
Campinas e Região. É a VTV SBT. Também é afiliada no litoral paulista e no Vale
do Ribeira. Também sou comunicador, estou apresentando um programa no SBT há 14
anos. Na realidade, é 13 mais um, porque vai fazer 14 anos, então é 13 mais um
pouquinho que em novembro agora deste ano faz catorze.
Estou no
programa em 502 cidades do estado de São Paulo e a presença do Silvio Santos
nos corredores do SBT é muito presente. A família Abravanel, as filhas do
Silvio Santos tocam o SBT da maneira que o Silvio tocava, dando valor a seus
funcionários. A Patrícia Abravanel, seguindo os passos do Silvio Santos,
fazendo um trabalho e deixando o Programa Silvio Santos em segundo lugar de
audiência.
Então fico
muito feliz que esse projeto tenha passado hoje na Assembleia Legislativa e o
governador tem 15 dias para sancioná-lo. Tenho certeza que o governador
Tarcísio, com o respeito que tem à família Abravanel e com o carinho que tem ao
Silvio Santos irá sancionar.
E também o
projeto de lei que corre na Casa, que possivelmente vá passar, que pedi regime
de urgência, que é o Complexo Viário Silvio Santos, que vai ser na frente do
SBT.
Então todo
mundo que entrar e sair do SBT vai passar pelo Complexo Viário Silvio Santos.
Mais uma homenagem que a gente deixa aqui no estado de São Paulo para o maior
comunicador do mundo.
Então, seguindo
na política, já que tenho esse tempo, ainda esses cinco minutos, quero falar,
Gil Diniz, uma postagem que fiz hoje que é uma vergonha como Hugo Motta vem
conduzindo os trabalhos no Congresso Nacional.
Quando foi
candidato ao Congresso Nacional como presidente, nos corredores falou que
pautaria a anistia. Subiu na cabeça dele, Gil Diniz, tomou a Presidência, não
pauta a anistia de maneira nenhuma.
Agora os
deputados pediram para pautar para não ter foro privilegiado para os deputados
serem julgados por um juiz comum, porque os deputados não querem ser julgados
pelo STF. Aqui os deputados estaduais não têm problema, porque somos julgados
pelo TJ, mas no TJ teve anos e anos do PSDB, agora com o governador Tarcísio,
mas nenhuma pessoa que foi colocada no TJ é um radical de esquerda.
Nós temos hoje
no STF juízes declarados comunistas, como o Dino. Então os deputados federais
ficam com receio, realmente, de serem julgados pelo STF, por isso que querem o
fim do foro privilegiado.
Então essas
pautas Hugo Motta não pauta, mas ontem fiquei assustado como ele pôs em regime
de urgência, e nós que somos deputados sabemos disso, que é o projeto do PL da
mordaça. Que é aquele PL que aproveita o vídeo que o Felca fez para poderem
manipular as redes sociais, deixar na mão do governo federal para poder regular
as redes sociais.
É isso que
passou ontem à noite e os deputados foram para cima querendo que o Hugo Motta
voltasse atrás e não votou e passou em regime de urgência. Uma vergonha para o
Brasil. Uma vergonha para o Brasil. Sorte que temos aqui dentro do estado de
São Paulo deputados, e temos uma organização, pelo menos aqui.
É lógico que a
gente tem a esquerda, temos o centro, temos os bolsonaristas. Mas a gente tem o
André do Prado, que preside esta Casa, que tem um consenso com todos nós,
respeita a esquerda, respeita a direita.
O que está
acontecendo no Congresso Nacional é um desrespeito à população. E também no
Senado, que tivemos 41 assinaturas para o impeachment de Alexandre de Moraes, a
maioria da Casa.
E, também,
Alcolumbre falou que, mesmo se tiver 81 assinaturas, não pauta. É um
desrespeito. Mas Eduardo Bolsonaro, fazendo o trabalho dele nos Estados Unidos,
está assustando, está fazendo a diferença. E é a única esperança do povo
brasileiro.
O Alexandre de
Moraes vai cair, não tem jeito. Ele já tem nas costas dele a Lei Magnitsky, que
a Lei Magnitsky o impede de ter conta em bancos ligados a instituições
americanas, que impede Alexandre de Moraes a usar Visa, a usar Mastercard. E
essa sanção é muito forte e abrangente, não tem como se livrar.
Ele não
consegue sair do Brasil, do território brasileiro, pensando que não pode ser
preso, porque essa é uma lei americana que prende o cidadão. Quando a pessoa
tem a Lei Magnitsky nela, ela corre risco de ser presa pela América. Então, o
Alexandre de Moraes, se sai do Brasil, corre o risco de ser preso. A realidade
é essa.
E nenhum
ministro quer ser sancionado, mas, pelo que o Dino está fazendo, ele vai ser o
próximo, porque ele fez o mercado, ontem, do Ibovespa perder 41 bilhões de
reais pela declaração dele que os bancos vão seguir a lei brasileira, sendo que
os bancos, muitos deles, estão sediados nos Estados Unidos, não no Brasil. Ou
eles deixam o Brasil e vão para os
Estados Unidos, ou eles ficam para o Brasil e seguem a lei americana. Esse é o
cenário que temos, Gil Diniz, no Brasil.
Eduardo
Bolsonaro tem feito um papel brilhante fora do País, e eu falo e vou além. Se
ele conseguir fazer com que paute a anistia... Porque ele já falou: “Eu quero
que o Hugo Motta e o Davi Alcolumbre venham para os Estados Unidos fazer essa
triangulação”.
Ele se colocou,
o Eduardo Bolsonaro, para fazer essa triangulação entre Davi Alcolumbre, entre
Hugo Motta para falar com Donald Trump, para resolver esse caos no Brasil. E
para a gente seguir, gente. Eduardo Bolsonaro propôs isso.
E se ele
conseguir, ele volta para o Brasil para ser presidente da República, Eduardo
Bolsonaro, porque é tão forte a popularidade dele hoje. Ele está ganhando 100
mil seguidores por dia, Eduardo Bolsonaro.
Então, quando a
gente fala do nome de Eduardo Bolsonaro, é isso. O povo está com ele, o Brasil
está com ele. São pessoas chorando quando o veem na rua nos Estados Unidos, ele
falou. São pessoas dando força para ele. O nosso agradecimento a Eduardo
Bolsonaro e a nossa solidariedade a Jair Bolsonaro.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GIL DINIZ - PL - Obrigado,
nobre deputado Paulo Mansur. Chamar para usar a tribuna a nobre deputada Beth
Sahão, com permuta com a deputada Ana Perugini.
Antes, porém, cumprimentar o assessor
parlamentar Eric Roma, foi assessor do deputado Eduardo Bolsonaro, hoje está na
assessoria do Mansur. Estava junto aqui com o nosso amigo, grande amigo
Jurandyr Bueno, da diretoria de Relações Governamentais do Hospital de Base, em
São José do Rio Preto.
O Hospital de Base, deputada Beth, que
salva milhares de vidas aqui no estado de São Paulo, no Brasil e em toda a América
Latina. Então, o nosso reconhecimento a todo o trabalho do Jurandyr Bueno e dos
profissionais do Hospital de Base de São José do Rio Preto.
Com a palavra a nobre deputada Beth
Sahão.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigada, deputado Gil Diniz.
Desnecessário
V. Exa. dizer a respeito do Hospital de Base, porque, afinal de contas, eu sou
dali, conheço profundamente o Hospital, destino anualmente recursos para aquele
hospital, não só através do meu mandato, mas, sobretudo, parcerias importantíssimas
com o governo federal, especialmente com o Ministério da Saúde, que tem também
destinado verbas vultuosas para aquele hospital para custear os inúmeros
programas que vão desde grandes cirurgias, transplantes, atendimento a uma
região enorme. Portanto, é sempre um hospital digno do nosso respeito.
Mas eu queria,
antes de entrar no meu assunto propriamente dito, dizer que tem pessoas que vão
para fora do País fazer um papel para trair o nosso país, para poder prejudicar
o nosso país, para poder estragar a nossa economia, para poder simplesmente
achar que pode fazer barganhas com o sacrifício do nosso povo.
Ainda bem que a
nossa soberania está sendo mantida pelas nossas autoridades não só pelo governo
brasileiro, mas pelo Supremo Tribunal Federal e outros órgãos que têm sido
colocados como baluartes, não só na defesa da democracia, mas sobretudo na
defesa da nossa autonomia e da nossa soberania.
E eu tenho
certeza de que continuaremos nessa mesma toada, nessa mesma linha. Não só isso:
hoje acabei de ver, agora há pouco, que a China já disse para os Estados Unidos
que vai deixar de comprar soja dos Estados Unidos e vai passar a comprar todo o
seu consumo de soja do Brasil. Só isso já fez aumentar, nas últimas semanas,
mais de 13% a exportação de soja brasileira para a China.
A China já é o
principal parceiro do Brasil, comercial, e certamente essa parceria vai ampliar
ainda mais, ganhando outras áreas, ganhando outros segmentos da nossa economia,
fortalecendo a nossa economia. Às vezes a gente vê um limão e faz uma limonada.
E às vezes esse
tarifaço certamente vai servir para que nós possamos abrir novos mercados, como
o governo brasileiro tem feito. Não só na Europa, na América Latina, como no
continente asiático, que é um continente que cresce em progressão geométrica. E
assim será.
Mas eu queria
pedir para a técnica, já que ontem se falou muito disso e daquilo, de
Bolsonaro, disso, queria pedir para a técnica colocar um material que nós
preparamos lá no gabinete a respeito de que o governo Tarcísio, esses dias
atrás, disse que o Brasil não aguentava mais o governo Lula.
Então nós vamos
fazer, aqui, uma apresentação das manchetes de jornais - volta na primeira, por
favor - em relação ao governo Tarcísio. Então vamos lá.
“Apagão em São
Paulo. Agência de Tarcísio admite não ter gente para fiscalizar ENEL.”
Outra, embaixo:
“Promotoria entra com ação para que Tarcísio recomponha quadro de professores e
diretores em São Paulo”.
“Privatização
da Sabesp: governo Tarcísio vende ações 44% abaixo do valor da empresa.”
“’Efeito
colateral horrível’, diz Tarcísio sobre o despejo de esgoto sem tratamento do
rio Tietê”. Esse é o resultado da privatização da Sabesp. O próximo, por favor.
“Governo de São
Paulo edita áudio e apaga fala de Tarcísio criticando denúncias da PGR contra
Bolsonaro”. É um tal de vai, não vai, uma hora fala, outra hora desfala aquilo
que falou.
“Por que
Tarcísio quer retirar até nove bi?” É, por que não? Já retirou, na verdade. Já
foi retirado, infelizmente, embora nós, aqui, da nossa bancada, tenhamos votado
contra, mas essa tragédia já foi, infelizmente, efetuada.
“Governo
Tarcísio troca de uma só vez 20 dos 91 dirigentes da educação de São Paulo”.
Próximo, por favor.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Paulo Mansur.
* * *
“Tarcísio diz
que errou e agora defende câmeras corporais para a polícia”. Depois que muita
gente, muita gente acabou sendo morta, muitas delas certamente de forma
inocente. E aliás, ninguém pode ser morto, ninguém pode tirar a vida de
ninguém.
Para isso tem a
Justiça, para isso tem investigações, para isso tem as polícias, para que
exatamente as pessoas possam ser detidas, presas, julgadas e, se forem
consideradas culpadas, vão definitivamente para a prisão.
“Governo
Tarcísio congela número de câmeras corporais e uniformes de PM em São Paulo.”;
“Tarcísio diz que estava completamente errado sobre câmeras corporais da PM”.
Isso porque, após uma avaliação da opinião pública, ele percebeu que a opinião
pública era favorável ao uso de câmeras, então ele resolveu entrar na mesma toada.
“Tarcísio diz
que errou e agora defende câmeras corporais”, essa aí já foi.
“Tarcísio corta
98 milhões de ações de Segurança Pública em São Paulo e tira 15 milhões da
verba de programas de câmeras corporais.”
“Tarcísio diz
que contratos do governo de São Paulo com empresa ligada a secretário foram
feitas ‘dentro da regra do jogo’, mas proíbe novas contratações”. Quer dizer,
então não foi tão transparente assim, e não foi tão dentro das regras do jogo,
porque se fosse, ele não teria tomado a atitude de proibir novos contratos.
“PEC de
Tarcísio que pode tirar 11 bi da educação...” aí já foi. Pode passar, por
favor.
“Com
feminicídio em alta, Tarcísio congela verba de violência contra mulher”.
“Gestão Tarcísio congelou a maior parte da verba de combate à violência contra
a mulher em São Paulo, em 2024”. “Tarcísio congela 96% do orçamento” - que já é
muito pequeno, diga-se de passagem - “de combate à violência contra a mulher”.
“Pode ir na ONU, no raio que
parta, não estou nem aí, diz Tarcísio, sobre denúncias de abuso da PM no
litoral”. Essa frase foi emblemática, infelizmente. Doeu no coração quando eu
vi o governador do estado de São Paulo falando isso.
“Tarcísio tira 17,1 milhões de
Delegacias da Mulher 24 horas e corta 35% da verba para câmeras e uniformes da
PM”. Lembrando bem que eu tenho um projeto de lei aqui nesta Casa, que foi
aprovado, para o funcionamento das Delegacias da Mulher 24 horas, antes até do
presidente Lula sancionar uma lei nesse sentido.
“Tarcísio ironiza denúncia por
violência policial na ONU: Não estou nem aí”. Vamos lá. Continuando. “Tarcísio
é denunciado na ONU por operações letais em São Paulo”. “Tarcísio é humilhado
ao tentar culpar o governo Lula por apagão em São Paulo”. Próximo. “Policiais
de serviço mataram 40% mais pessoas no primeiro ano do governo Tarcísio”.
Aquilo eu já falei. Com Tarcísio, a violência policial em São Paulo cresceu 60%
em dois anos.
Vamos ver se tem mais, porque tem
tantos que não sei se vai dar conta de eu falar nos poucos minutos que eu tenho
aqui. “Tarcísio tira 15 milhões de câmeras corporais para pagar bico dos PMs”.
“MP São Paulo investigará a decisão de Tarcísio de recusar livros didáticos do
MEC”. “Com Tarcísio e Derrite, mortes de PMs aumentaram 98% em São Paulo”.
Na verdade, não foram só as
pessoas, o cidadão comum. Os PMs também, infelizmente, foram mortos, já que as
câmeras... É sempre importante ressaltar, que as câmeras não protegem só a
população da violência policial, mas protege os próprios policiais também. E
isso é muito importante a gente ressaltar.
Aí acabou. “Tarcísio veta projeto
de lei que cria programa de proteção a professor vítima de violência em
escolas”. Porque aumentou muito a violência contra professores nas escolas
públicas e estaduais. “Tarcísio diz que não irá demitir Derrite após
crescimento dos casos de violência policial”.
E, por fim, “Tarcísio vende
fazenda de pesquisa empreiteira de Paulo Skaf pela metade do preço”. Essa
fazenda foi em Pindamonhangaba. O valor do hectare, o valor correto por
hectare, era de 130 mil reais, foi vendida por 50 mil reais. Quer dizer, com um
deságio absurdo. E foi vendida, aliás, sem qualquer aprovação aqui por esta Casa,
que deveria acontecer.
A Assembleia Legislativa tinha
que aprovar essa venda. É o mínimo, porque, afinal de contas, quando o Estado
vai abrir mão de algum patrimônio, a Assembleia obrigatoriamente tem que
deliberar sobre esse assunto e votar a esse respeito, e isso não aconteceu.
E ele entregou essa fazenda, que
era destinada à pesquisa científica, que era vinculada aos institutos de
pesquisa, no caso, à Secretaria Estadual de Agricultura, e colocou esta fazenda
à venda, sem qualquer publicidade, e acabou sendo entregue a um amigo dele,
Paulo Skaf, seus familiares e seus sócios.
Essa denúncia já foi, inclusive,
publicada há alguns meses, e já foi encaminhada também, da nossa parte.
Encaminhamos para uma representação que foi feita no Ministério Público, junto
com a Associação de Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo.
De modo que esse é um cenário. A
gente vai entrar depois, amanhã, se houver tempo, com outro, dizendo porque a
pesquisa que sai hoje apresenta mais um crescimento do presidente Lula, a
diminuição da rejeição do governo, e, segundo os estudiosos, os analistas de
pesquisas, esse é um caminho que me parece sem volta, ou seja, o governo já
consegue crescer.
Grande parte da população, a
maioria, hoje, considera que as atitudes do presidente Lula e do seu staff são
corretas em relação ao tarifaço, ao passo que uma pequena minoria ainda atribui
ao ex-presidente.
Portanto, por isso que nos
orgulha andar com esse selo aqui no peito, que diz que “Sou 100% Brasil”. Ser 100% Brasil é lutar contra
isso tudo que acabei de colocar. Ser 100% Brasil é lutar a favor de uma
Educação de qualidade.
O SR. PRESIDENTE - PAULO MANSUR - PL - Para concluir, deputada.
A SRA. BETH SAHÃO - PT - Vou concluir.
Ser 100% Brasil
é lutar por uma Saúde de qualidade, é o fortalecimento do SUS. Ser 100% Brasil
é a gente poder impedir que teatros, como o de ontem, sejam ocupados de uma
forma brutal pela Guarda Civil Metropolitana a mando do prefeito, que é tão
aliado assim do governador do estado. E tem tantas outras razões para que a
gente seja 100% Brasil. Teremos novas oportunidades para apresentar isso desta
tribuna.
Obrigada, Sr.
Presidente.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Como vice-líder do Partido Liberal, falar pelo Art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO MANSUR - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. O deputado tem cinco minutos para falar, mas antes
eu gostaria de cumprimentar o deputado estadual, sempre deputado, Sr. Mário
Ladeia Rocha, e familiares que estão aqui presentes. Foi deputado na 9ª
Legislatura aqui no Parlamento.
Com a palavra, o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PELO
ART. 82 - Obrigado, nobre presidente. Cumprimentar aqui o deputado e seus
familiares que muito nos honram com suas presenças. É sempre uma alegria enorme
ter aqui, deputado Capitão Telhada, os deputados que fizeram a história deste
Parlamento.
Vossa
Excelência tem um pai que foi deputado conosco e fez um excelente mandato, que
rendeu frutos. Vossa Excelência está aqui. Então, é muito bom honrar aqueles
que nos sucederam.
Mas subo agora,
Sr. Presidente, motivado pela fala da deputada Beth Sahão. Eu dizia aqui à
nossa assessoria que não consigo entender o discurso da deputada Beth Sahão de
independência, de patriotismo, de não submissão, e, ao mesmo momento, elogiar a
China, que influencia diretamente até mesmo a política nacional.
Senhoras e
senhores, este deputado aqui abriu uma Frente Parlamentar São Paulo-Taiwan e
foi censurado publicamente pelo Consulado da China. Ora, isso não é uma
interferência de uma potência estrangeira em um Parlamento que representa mais
de 40 milhões de paulistas, de brasileiros que vivem aqui em São Paulo? E não
tive nenhuma solidariedade de nenhum deputado de esquerda.
Soberania para
eles é uma palavra que não faz sentido. É o duplipensar. Notem, senhoras e
senhores: a deputada Beth diz aqui agora sobre a compra de soja do Brasil pela
China. Lembrando que a China tem partido único, é uma ditadura comunista.
A gente pode
trazer aqui milhares, milhões de vítimas de Mao Tsé-Tung. Nós podemos trazer
aqui, hoje, as vítimas do Tibete, de Taiwan, de Hong Kong. Mas a esquerda
brasileira vive no mundo da Lua.
Mas me chamou
atenção quando ela disse: “A China vai comprar a soja brasileira; do limão, uma
limonada”. Senhoras e senhores, quem produz soja no Brasil? Ah, ela está
defendendo o grande latifundiário, o grande produtor.
Ela está
defendendo aqueles que eles criticam ao mesmo tempo. Não dá para entender. Ou é
o MST que está produzindo soja aqui em São Paulo e no Brasil? É o pequeno
produtor que está produzindo a soja exportada, commodity que o Brasil exporta?
Ah, não, aí
tudo bem. Para China, vamos ajoelhar. A bancada de esquerda ajoelha, louva,
porque tem um compromisso umbilical com o Xi Jinping e toda a esquerda, não só
latino-americana, do Foro de São Paulo, como os seus companheiros do outro lado
do mundo.
Então, é
impressionante o modo como eles se colocam aqui como defensores da soberania
nacional e atacam o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que vem alertando, tá?
O martelo hoje
está sob a direita aqui; a corda do deputado Paulo Mansur está no nosso
pescoço. Mas Alexandre de Moraes - esse Ministro que sem a toga não é nada -,
há pouco tempo, era violentamente criticado pela esquerda também: ele era
taxado de fascista, de nazista; ele era tocado para fora de...
Lembro da
Paulista aqui, a esquerda tocando ele para fora de uma manifestação ali, e hoje
ele é louvado e adorado pela esquerda brasileira. Mas é uma dissonância
cognitiva muito grande.
Mas é muito bom
ver os “patriotas de sofá” - que, se souberem cantar aqui a primeira estrofe do
Hino Nacional, já teremos um grande avanço neste Parlamento -, defenderem aí o
verde e amarelo. Daqui a pouco vão fazer arminha, tentando enganar o eleitor
mais desavisado, não é? Só falta isso, deputado Paulo Mansur, pintar a
bandeira...
Lembre-se de
que, nas eleições aí, o PT tirou o vermelho, começou a colocar algumas cores
mais neutras. Estão colocando agora o verde e amarelo, e daqui a pouco vão
fazer arminha e defender Deus, Pátria e liberdade. Essa é a esquerda
brasileira: um poço de dissonância cognitiva e, muitas vezes, de hipocrisia,
presidente.
Muito obrigado.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO MANSUR - PL - Pela ordem,
deputado Telhada.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Vou solicitar fazer
uso da palavra como vice-líder do Progressistas, pelo art. 82.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO MANSUR - PL - O pedido de V.
Exa. é regimental. Vossa Senhoria tem cinco minutos.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP
- PELO ART. 82 - Muito obrigado, presidente.
Excelente tarde
de quarta-feira a todos que nos acompanham pela TV Alesp, pela plataforma do
YouTube, aos amigos que nos acompanham pela galeria, funcionários civis e
militares.
Gostaria de
trazer um assunto esta tarde na tribuna da Assembleia Legislativa, mais uma vez
salientando a pauta da Segurança Pública. Chegou ao meu conhecimento - através
de amigos, através de secretários de Segurança da Baixada Santista - uma
matéria recente que saiu no Diário lá da Baixada.
Eu gostaria de
solicitar a colocação da matéria aqui ao meu lado, salientando esse importante
avanço: que Bertioga e Peruíbe têm o menor índice de furtos e assaltos na
Baixada Santista. Dois municípios da Baixada. Bertioga, ali, quase litoral
norte; Peruíbe, extremo lá do litoral sul, quase o Vale do Ribeira, ambos
alcançando diminuições históricas de furtos e roubos.
Então, pessoal,
eu trago este assunto por quê? Dá orgulho de a gente poder falar que, hoje, São
Paulo, o estado de São Paulo, consegue liderar a pauta de Segurança Pública no
cenário nacional.
O nosso
governador Tarcísio junto com o nosso secretário Derrite conseguem encarar com
transparência e com coragem o enfrentamento ao crime organizado, procurando
ferramentas que levem, de verdade, segurança ao cidadão de bem e que não
escondam o problema da violência embaixo do tapete.
Não se
acovardam diante da necessidade de enfrentar, mas, pelo contrário, criam
ferramentas, criam maneiras de, justamente, levar segurança ao cidadão de bem.
E não à toa a gente vê esse tipo de notícia sendo mais comum no dia a dia. Os
noticiários não têm como deixar de destacar esses avanços.
Peruíbe e
Bertioga foram somente dois municípios da Baixada Santista. Dos nove
municípios, seis tiveram, justamente, esses índices criminais reduzidos; apenas
três tiveram aumentos.
E, com muito
orgulho, o nosso mandato aqui na Assembleia Legislativa, o mandato do Capitão
Telhada, contribui com essas duas cidades. Não posso deixar de trazer o meu
reconhecimento como capitão da Polícia Militar, que tem uma trajetória no
enfrentamento ao crime.
E que hoje,
como deputado estadual, contribui justamente nessa bandeira. Não posso deixar
de destacar as figuras dos prefeitos dessas cidades, o prefeito Felipe de
Peruíbe, o prefeito Marcelo de Bertioga, junto com seus secretários, o
secretário Cristhian Rodrigues, de Peruíbe, a secretária Thalita Walperes, de
Bertioga.
Porque quando
os poderes constituídos, senhoras e senhores, dão as mãos, quando o governador
de estado, o secretário de estado, coloca as suas polícias, Polícia Militar,
Polícia Civil, para trabalhar em conjunto com os municípios, e os prefeitos,
por sua vez, entendem essa responsabilidade de levar a segurança para o seu
cidadão, para o seu munícipe.
Os secretários
municipais abraçam essa causa e conhecem do assunto. É isso que acontece. O
crime não tem vez. E a gente, como deputado, consegue dar esse suporte,
ajudando na equipagem, ajudando na quantidade de viaturas e motocicletas,
ajudando na tecnologia. E aí você vê que, nesses dois municípios, qual foi a
fórmula para alcançar essa diminuição nos índices criminais?
Não tem
segredo, não tem fórmula mágica. Além de muito trabalho, encabeçado pelos prefeitos
e pelos secretários de segurança municipal, tem o quê? Abertura de concurso
para as Guardas Civis, junto com a valorização do efetivo, equipamento
individual, viatura, armamento, armamento longo, inclusive.
Além disso, tem
o investimento em tecnologia, com câmeras de monitoramento, com o conveniamento
com a Muralha Paulista e a integração, a integração de efetivo, a integração
das guardas, com a Polícia Militar, com a Polícia Civil trabalhando com a
inteligência e trocando informações e atuando de maneira conjunta, inclusive
com a secretaria, que fiscaliza posturas no município.
E integrando
também tecnologia a toda essa questão, porque hoje nós sabemos que não existe
Segurança somente com efetivo, com recurso humano. A gente precisa aliar a
tecnologia às nossas condições que são, que têm seus limites.
Então, os meus
parabéns, o meu reconhecimento a esses dois municípios, essas duas cidades,
Bertioga, Peruíbe, ao prefeito Marcelo e à secretária Thalita, ao prefeito
Bernardo e ao secretário Cristhian, pelo trabalho que têm feito.
O meu
reconhecimento à Polícia Militar, todos os CPI-6 que têm aumentado o efetivo,
têm se desdobrado para garantir a segurança do cidadão da Baixada Santista, do
Vale e do Ribeira, o meu reconhecimento ao Deinter 6 também, a toda a polícia
civil, o meu muito obrigado em nome.
Não só em meu
nome como deputado, mas em nome de todo cidadão de bem que quer ver as suas
forças policiais valorizadas, reconhecidas e com autonomia de trabalho, em
conjunto com as guardas, em conjunto com os agentes de trânsito, levando o que
tem de melhor de política pública para o cidadão de bem.
Meus parabéns,
o meu reconhecimento, continue contando com o nosso apoio, com o nosso
trabalho.
Muito obrigado,
presidente.
O
SR. CAPITÃO TELHADA - PP - Acredito que, tendo
acordo aqui entre as lideranças, solicito a suspensão da presente sessão, até
as 16 horas e 30 minutos, por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - PAULO MANSUR - PL - O pedido de
V. Exa. é regimental.
Então, está encerrada a sessão...
Suspensa até as 16 horas e 30 minutos.
*
* *
- Suspensa às 16 horas e 13 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci
Santos.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS -
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento
Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária, a realizar-se hoje,
dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia:
Item 1 - Projeto de lei Complementar nº
20, de 2025, de autoria da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.
* * *
-
NR - A Ordem do Dia para a 30ª Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
21/08/2025.
* * *
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Havendo acordo de lideranças, requeiro o levantamento da presente
sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- É regimental.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão extraordinária a
realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão.
Está levantada a sessão.
*
* *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 30
minutos.
*
* *