5 DE ABRIL DE 2024
39ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CONTE LOPES e EDUARDO SUPLICY
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CONTE LOPES
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h11min.
2 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
4 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
6 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - EDUARDO SUPLICY
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
8 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido. Parabeniza a Polícia Federal por completar 80 anos. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 08/04, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h39min.
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Conte Lopes.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO
EXPEDIENTE
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus,
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Passamos à lista dos deputados
inscritos no Pequeno Expediente. Nobre deputado Ricardo Madalena (Pausa.) Nobre deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.) Nobre deputado Enio Tatto.
(Pausa.) Nobre deputado Reis. (Pausa.) Nobre deputado Leonardo Siqueira.
(Pausa.) Nobre deputada Leci Brandão. (Pausa.) Nobre deputado Donato.
(Pausa.)
Nobre
deputada Professora Bebel. (Pausa.) Nobre deputado Capitão Telhada. (Pausa.)
Nobre deputada Andréa Werner. (Pausa.) Nobre deputado Carlos Giannazi (Pausa.)
Nobre deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Nobre deputado Eduardo Suplicy. Nosso senador
Eduardo Suplicy tem a palavra pelo tempo regimental.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,
deputado Conte Lopes, agradeço sua
atenção. Primeiro, gostaria de aqui registar um requerimento de informação.
“Nos termos do Art. 20, inciso XVI,
da Constituição do Estado de São Paulo, combinado com Art. 166 do Regimento Interno,
requeiro que seja oficiado ao Sr. Secretário de Segurança Pública, Guilherme Muraro
Derrite, para que preste as seguintes informações sobre os assessores policiais
militares vinculados à Secretaria da Segurança Pública.
Primeiro, qual o número total do
efetivo da Polícia Militar hoje no estado de São Paulo, ano a ano, nos últimos cinco
anos, incluindo 2024? Qual a atual distribuição do efetivo por município no
estado de São Paulo? Qual o número total de assessores militares, ano a ano,
nos últimos cinco anos? Qual o número total de assessores policiais militares
prestando serviços na Secretaria de Segurança Pública ou em outros órgãos?
Em que locais os assessores policiais
militares estão prestando serviço e que funções realizam? Qual o impacto da
gratificação desses assessores no orçamento da Secretaria de Segurança Pública,
ano a ano, nos últimos cinco anos, incluindo o valor projetado para 2024?”
Conforme matéria publicada pela “Folha
de S. Paulo”, em 2 de abril passado, intitulada “Exército de Derrite é maior do
que o efetivo de 91,2% das cidades de São Paulo”, o número de assessores
policiais militares à disposição do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite,
é superior ao efetivo empregado pela Polícia Militar em 558 municípios paulistas, o que
representa 91,2% das 645 cidades do Estado.
É imperativo
que se conheça os motivos pelos quais o número de assessores militares no Governo
do estado desviados, portanto, de suas funções precípuas é tão expressiva e crescente
quando comparado a outras gestões.
Em um quadro em
que a Segurança Pública, a violência e as polícias são reconhecidamente por especialista
em institutos de pesquisa uma das maiores preocupações dos brasileiros, é
preciso que fiquem muito evidenciadas e transparentes as escolhas políticas que
o Governo do Estado de São Paulo tem feito na Segurança Pública.
A designação de
um altíssimo número de assessores policiais militares que deixam de estar na
função de policiamento nas ruas, as declarações do secretário de Segurança
Pública afirmando que as câmeras corporais inibem o trabalho policial, a
audiência da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Alesp em
seis de março...
As várias
declarações de desconhecimento por parte do secretário quanto às inúmeras
denúncias de violência policial nas operações Escudo e Verão, na Baixada
Santista, a mudança de mais de metade da cúpula da Polícia Militar com a
substituição de coronéis favoráveis ao uso de câmeras corporais e contrários à
instrumentalização política das polícias demandam a atenção desta Casa
Legislativa.
Pelo exposto,
solicito as informações acima detalhadas em função de sua alta relevância para que
se possa dar transparência e para que se possa permitir os devidos e
necessários controles externos que conferem maior legitimidade aos órgãos do
estado na perspectiva do aprofundamento democrático.
Sr. Presidente,
eu gostaria de registrar a carta que o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias,
ministro durante o governo Fernando Henrique Cardoso, enviou ao presidente do Senado,
o senador Rodrigo Pacheco, do PSD de Minas Gerais, em que se diz: “‘extremamente
preocupado’ com a PEC - Proposta de Emenda à Constituição que criminaliza o
porte e a posse de drogas.
O projeto foi
apresentado pelo próprio Rodrigo Pacheco e é visto como um contra-ataque do Congresso
ao Supremo Tribunal Federal, que discute a descriminalização do porte de drogas
para uso pessoal a partir da interpretação da Lei nº 11. 343, de 2006, chamada Lei
de Drogas. A PEC coloca no texto da Constituição que é crime possuir ou
carregar qualquer tipo de droga, mesmo que seja para consumo próprio.
Na carta, José
Carlos Dias afirma que a proposta é inconstitucional e, se aprovada,
significaria um ‘retrocesso inacreditável’. A classificação do indivíduo é
orientada pela discricionariedade, o que leva a pessoas com ínfimas quantidades
de droga serem enquadradas como traficantes, sendo a população negra e
periférica a que é mais letalmente impactada, afirma o ex-ministro.
E segue: ‘A
proposta de mudança se faz a partir de uma Emenda à Constituição Federal, no Art.
5, dos Direitos e Garantias Fundamentais, a espinha dorsal do Estado Democrático
de Direito.
Algo sem
precedentes em outros países democráticos. É ainda pior que tal artifício terá
como efeito a interdição de um debate urgente, que vem acontecendo mundialmente
diante dos efeitos nefastos da guerra às drogas.
Essa discussão
fundamental está longe de ser simples, mas precisa ser encarada com coragem e
responsabilidade’. Rodrigo Pacheco recebeu representantes de entidades de
direitos humanos em reunião na quarta-feira, dia três.
O objetivo do
encontro também foi alertar o parlamentar sobre os riscos na aprovação desta
proposta. A carta de Carlos Dias foi entregue na ocasião. O texto da PEC ainda
será levado ao plenário do Senado, onde precisa do voto de ao menos 49 dos 81
senadores, em dois turnos. Se for aprovado, será enviado à Câmara dos
Deputados.
O principal
argumento de Pacheco e do grupo favorável à PEC é o de que a decisão do Supremo
pode liberar o chamado tráfico em pequenas quantidades. No caso da maconha,
parte dos ministros do STF defende um limite em gramas para diferenciar o
usuário do traficante, como 10, 25 ou 60 gramas. A PEC, por outro lado, não
define critérios objetivos para a distinção e mantém a Lei Antidrogas de 2006.”
Eu quero
assinalar que estou de pleno acordo com as recomendações do ex-ministro da
Justiça, José Carlos Dias, que inclusive foi ministro do presidente Fernando
Henrique Cardoso, que tem mostrado, nessas últimas décadas, que tem uma
compreensão bem mais adequada e mais de acordo com a palavra de seu ministro da
Justiça com respeito às drogas.
Então acho
muito importante que até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faça a sua
recomendação pessoal, inclusive para que mais e mais pessoas tenham o acesso à
Cannabis medicinal e ao cânhamo industrial.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Agradecemos as
palavras do nobre deputado Suplicy e solicitamos que ele assuma a Presidência
dos trabalhos. Continuando a chamar os deputados inscritos, nobre deputado Rui Alves.
(Pausa.) Nobre deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)
Nobre deputado Conte Lopes, que vai
fazer uso da tribuna.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Eduardo Suplicy.
* * *
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT -
Tem o tempo regimental, deputado Conte Lopes.
O
SR. CONTE LOPES - PL -
Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, eu acompanhava atentamente as
colocações do deputado Eduardo Suplicy sobre cobrar algumas coisas em relação à
Secretaria de Segurança Pública.
É importante
colocar que, hoje, a “Folha de S.Paulo” também fez umas críticas ao governador
do Estado, Tarcísio de Freitas, que, sendo indagado que algumas organizações de
direitos humanos foram à ONU reclamar da ação da polícia de São Paulo na
Baixada contra o crime organizado, contra o PCC, o governador falou: “E daí?”.
Vai reclamar onde quiser, vai na China, vai onde quiser reclamar. Então, por
que a crítica? Ele respondeu à pergunta do jornalista.
Primeiramente,
é bom colocar aqui que, no direito, o que não está nos autos não está no mundo.
Então não adianta falar que um parente de um morto falou isso, um vizinho falou
aquilo, tem que constar.
Se o cara tem
certeza de que o policial errou, cadê ele? Procurar a Corregedoria da Polícia
Civil, Militar, o Ministério Público e a própria imprensa, mas dando fatos.
Hoje em dia, todo mundo tem um celular na mão, filmando tudo. Filme uma
execução. Estão falando que teve execução; filme a execução. E a partir daí
você vai ter uma prova concreta contra os policiais. Agora, simplesmente por
ouvir dizer?
A população de
São Paulo está apoiando o governador Tarcísio de Freitas, o secretário Derrite,
a polícia de São Paulo, que pela primeira vez... Eu entrei na polícia como
soldado em 67, olha quanto tempo. Em 67: 50 e tantos anos. É a primeira vez que
eu vejo a polícia de São Paulo sendo comandada por policiais.
Está lá o
capitão Derrite, está o delegado-geral, Dr. Artur Dian, está lá o
comandante-geral, coronel Cássio. São homens da polícia que estão comandando
para dar segurança ao povo. Não são mais promotores públicos, não são mais
juízes, não são mais generais.
Então, o
governador teve essa coragem: como se coloca secretário médico na medicina,
professores na Educação, evidentemente ele colocou pessoas especializadas na
Segurança Pública.
E que não se
assuste, realmente; essas pessoas não se assustam. “Ah, morreu um bandido”. E
daí? Qual o problema? Quantas vezes eu fui criticado, “deputado matador”; o
Caco Barcellos escreveu um livro, deu um capítulo para mim, “O Deputado
Matador”. Foram bandidos que morreram.
Eu escrevi
outro: “Matar ou Morrer”. Ou matava ou morria. E graças a Deus, para aquelas
pessoas que eu salvei na mão de bandidos... De sequestro, foram sete, em que ou
o bandido morreu ou foi preso.
Mas em nenhum
houve bala perdida, nenhuma vítima que eu salvei foi baleada ou morreu; não.
Graças a Deus. Então, é o trabalho da polícia. A polícia faz o trabalho dela, e
está certo o governador. Quer que ele responda o quê? Que ele chore, porque
foram reclamar na ONU? O que a ONU tem com isso? Já começa por aí, né. O que a
ONU tem com o trabalho da polícia?
A polícia
existe para combater o crime. Se a pessoa não quer cometer crime, não vai para
a cadeia. Se a pessoa não enfrentar a polícia, não vai morrer. Agora, deduções
não adiantam. Tem que haver é a prova, tem que apresentar. “Ah não, porque a
mãe do bandido falou que ele não tinha força, porque ele tinha bebido, ele só
usava drogas...”. Mas isso não é problema, isso não está nos autos. Tem que
constar testemunha, as armas do bandido, as armas do policial, e o policial vai
responder.
Eu respondi
dezenas e dezenas de processos na minha vida - de tiroteio com bandido, nenhum
de corrupção, de rolo. Sempre de tiroteio com bandido. E inclusive, quando eu
virei deputado, o que eu acho um absurdo é que eu fui responder no pleno. Até
um caso de uma menininha de 75 dias, a Thabata, em Mogi das Cruzes, que foi
esfaqueada duas vezes por dois sequestradores, ex-estudantes de engenharia do
ITA.
Não eram negros
nem pobres; eram amarelos. E os dois morreram em tiroteio comigo. Eu era
deputado nesta Casa. Fui responder no pleno: vinte e cinco senhores
desembargadores. Foi normal a ocorrência.
Então, é bom se
colocar que o governador não tem que se assustar com essas perguntas mesmo,
como o próprio secretário. Não tem que se assustar. Então, na verdade é isso: a
polícia tem que estar dando segurança para a população, tem que perguntar para
a população da periferia se está certo ou se está errado.
Com relação ao
que também falava o nobre deputado Suplicy: o quanto vai considerar se o cara é
traficante ou viciado. Vinte e cinco gramas... Eu não consigo entender isso aí.
Porque eu volto
a repetir: eu entrei na polícia como soldado em 67, fui cabo, fui para a
academia. Eu nunca usei uma balança de precisão na rua, para pesar quanto de
droga a pessoa tem.
Eu acho que
isso aí não cabe ao policial, na minha opinião. “Ah, se tinham 16 gramas, é
tráfico; 15 não é”. Pô, pera aí. Quer dizer, se a balança do policial estiver
errada, coitado do cara, ou pode favorecer o cara.
Então, eu acho
que não é isso aí. O tráfico de drogas é claro: é quem vende, quem dá, isso aí
que é o tráfico. Então, Sr. Presidente, é o que nós queríamos colocar na tarde
de hoje.
Obrigado, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - e o deputado Conte Lopes puder presidir
ainda um pouco mais, eu agradeço. Porque assim terei a oportunidade
de, mais uma vez, usar a tribuna no Pequeno Expediente.
Então
agora, na Lista Suplementar, estão inscritos o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Lucas Bove. (Pausa.)
Deputado Eduardo Suplicy.
* * *
-
Assume a Presidência o Sr. Conte Lopes.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - Com a palavra então, na
Lista Suplementar, o nobre deputado e sempre senador Eduardo Suplicy. Vossa
Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT
- SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente deputado Conte Lopes, eu tive a honra de ter sido convidado, nesta manhã, para
participar do Congresso de Direito da Cannabis Medicinal e Cânhamo, promovido
pela Ordem dos Advogados do Brasil, pela OAB de Pernambuco.
Eu quero transmitir a minha saudação a todos,
parabenizando os organizadores, em nome do presidente da Comissão de Direito
Canábico, o doutor Sérgio Urt. E ali expus como é fundamental a exposição de
eventos como aquele, sobre o tema da Cannabis medicinal.
Pois tenho a convicção de que, quanto mais e mais
pudermos ampliar o debate, mais avançaremos para tornar esse medicamento
acessível para toda a população. Como deputado estadual defensor da causa,
considero imperativo reconhecermos a necessidade premente de avançarmos na
regulação da produção nacional dos medicamentos derivados da Cannabis.
Estamos diante de uma oportunidade única para promover
políticas que visem o acesso seguro e legal a tratamentos alternativos e
eficazes para uma ampla gama de condições médicas.
A Cannabis medicinal é uma promissora alternativa
terapêutica para pessoas que sofrem com doenças crônicas, dores intensas,
distúrbios neurológicos, o Alzheimer ou a doença de Parkinson, síndrome de
Dravet, e muitas outras condições debilitantes.
Os estudos científicos demonstram consistentemente os
benefícios medicinais dos compostos presentes na planta, como o CBD
(canabidiol) e o THC (tetraidrocanabinol) na redução dos sintomas e melhora na
qualidade de vida de muitos pacientes. A dependência de importações onerosas,
burocráticas, muitas vezes inacessíveis, tem limitado o acesso dos pacientes
aos tratamentos adequados.
Nesse sentido, considero fundamental que possamos
democratizar o acesso à Cannabis terapêutica, independentemente da condição socioeconômica
das pessoas. Diminuindo o estigma relacionado ao uso, além de garantir a
desburocratização da realização de pesquisas sobre as aplicações de Cannabis no
âmbito da saúde, e de melhora na qualidade de vida.
Nos últimos anos, pude constatar que as associações
canábicas, como a Flor da Vida, Maria Flor, Cultive, e tantas outras, vivem uma
situação de fragilidade e insegurança jurídica, já que mantêm as suas
atividades através de decisões judiciais. Sem contar aquelas que ainda vivem sem o respaldo jurídico.
Um grande
entrave observado é que a RDC/327, da Anvisa, que trata da produção do
medicamento de Cannabis, deixou de fora o trabalho das associações de
pacientes.
Por isso,
proponho que olhemos para soluções que não apenas permitam a produção nacional
desses medicamentos, mas que também incentivem a participação de diversos
setores da sociedade nesse processo.
Uma dessas
soluções reside na cooperação com as cooperativas do Movimento Sem Terra. As
cooperativas do Movimento Sem Terra representam uma força significativa na
agricultura brasileira, tem um profundo conhecimento da terra e dos métodos de
cultivo.
Ao envolvê-las
na produção de Cannabis medicinal, não apenas estaremos promovendo uma economia
mais inclusiva e sustentável, mas também garantindo uma fonte confiável e ética
de matéria-prima para os medicamentos.
Além disso, ao
permitir que as cooperativas participem ativamente da produção, estamos criando
oportunidade de emprego e renda para as comunidades que muitas vezes são
marginalizadas. Estamos promovendo a inclusão social e econômica, ao mesmo em
que fortalecemos a cadeia produtiva de Cannabis medicinal no Brasil.
Se a
criminalização da Cannabis teve um impacto desproporcional em determinadas
comunidades, devemos considerar as políticas que busquem a reparação histórica,
como a eliminação de registros criminais relacionados à posse de Cannabis ou à
promoção de oportunidades econômicas nas comunidades afetadas.
Além disso, é
necessário que tenhamos o envolvimento de diversos entes federativos, como o
Ministério da Justiça, a Casa Civil, o Ministério da Agricultura e Pecuária,
Ministério da Saúde, entre outros.
Por fim, como
parlamentar e também paciente, dou todo o meu apoio à aprovação do Projeto de
lei nº 399, do deputado Fábio Mitidieri, que hoje é governador de Sergipe,
relatado favoravelmente pelo deputado Luciano Ducci, na Comissão Especial,
presidida pelo então deputado Paulo Teixeira, hoje nosso querido ministro do
Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.
É fundamental
que o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, coloque logo em votação pelo
plenário o recurso apresentado pela bancada conservadora.
Era isso que eu
gostaria de dizer.
Pergunto ao deputado
Conte Lopes se quer que presida para que... Não precisa?
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Presidente Conte
Lopes, havendo concordância de todos os líderes e partidos, peço que seja
levantada a sessão.
O
SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, antes queria... Só uma lembrança do policial
Maurício. Hoje a Polícia Federal está completando 80 anos, então os nossos
cumprimentos desta Casa à Polícia Federal pelos bons serviços prestados ao povo
no Brasil.
Havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantado os trabalhos, convoca V. Exas. para a
sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 39
minutos.
* * *