
4 DE NOVEMBRO DE 2025
157ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: EDUARDO SUPLICY, LETÍCIA AGUIAR, ANDRÉ DO PRADO e GILMACI SANTOS
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência e abre a sessão às 14h02min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 16 horas e 30 minutos ou dez minutos após o encerramento da presente sessão.
2 - PROFESSORA BEBEL
Para comunicação, faz pronunciamento.
3 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - LETÍCIA AGUIAR
Assume a Presidência.
6 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência.
8 - LETÍCIA AGUIAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY
Tece comentários sobre o pronunciamento da deputada Letícia Aguiar a respeito das Guardas Municipais.
10 - LETÍCIA AGUIAR
Solicita a suspensão da sessão, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.
11 - PRESIDENTE EDUARDO SUPLICY
Defere o pedido e suspende a sessão às 14h51min.
ORDEM DO DIA
12 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h32min. Convoca reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 40 minutos. Convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 40 minutos. Coloca em votação e declara aprovados, separadamente, os requerimentos de criação de comissão de representação dos deputados: Dr. Elton, de criação de comissão de representação com a finalidade de representar a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo no Encontro Nacional de Líderes em Diabetes, promovido pelo Instituto Diabetes Brasil e pela Frente Parlamentar Mista de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Diabetes, no dia 11/11, em Brasília/DF; Marina Helou, de criação de comissão de representação com a finalidade de participar do "Encontro de Parlamentares - Diálogos Locais", evento preparatório para a COP30, a realizar-se no dia 04/11, na cidade do Rio de Janeiro/RJ. Cumprimenta a ex-deputada estadual Vanessa Damo e sua família, presentes no plenário.
13 - CARLOS CEZAR
Para comunicação, faz pronunciamento.
14 - CARLOS CEZAR
Solicita a suspensão da sessão até as 17 horas e 10 minutos, por acordo de lideranças.
15 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido e suspende a sessão às 16h36min.
16 - GILMACI SANTOS
Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h10min.
17 - CARLOS CEZAR
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
18 - PRESIDENTE GILMACI SANTOS
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 05/11, à hora regimental, com Ordem do Dia. Lembra sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 17 horas e 20 minutos. Levanta a sessão às 17h10min.
* * *
ÍNTEGRA
* * *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Eduardo Suplicy.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Presente o número regimental de
Sras. Deputadas e Sras. Deputados, sob a proteção de Deus iniciamos os nossos
trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
recebe o expediente. Pela ordem, deputada Bebel.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - Eu gostaria de fazer uma
comunicação, mas não sei se antes V. Exa. tem que chamar os deputados, para
depois eu fazê-la.
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Eu preciso, antes, fazer uma
convocação. Nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco as
Sras. Deputadas e Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, a realizar-se
hoje, às 15 horas e 30 minutos, ou 10 minutos após o término da presente
sessão, em cumprimento ao interstício mínimo previsto no parágrafo 3º do Art.
100 do Regimento Interno, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do
Dia.
* * *
- NR - A
Ordem do Dia para a 48a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O.
de 05/11/2025.
* * *
Tem
a palavra, pela ordem, a deputada Bebel. Quer que chame alguns do Pequeno
Expediente? Então, vamos, primeiro, chamar os oradores inscritos no Pequeno
Expediente. Tem a palavra a Profª Camila Godoi. Ausente.
Tem
a palavra, o deputado Reis, do Partido dos Trabalhadores, um dos mais assíduos
presentes nas sessões da Assembleia Legislativa. (Pausa.) Depois, V. Exa.,
deputada Beth, tem a palavra, com a licença do deputado Reis, nosso colega.
A SRA. PROFESSORA BEBEL - PT
- PARA COMUNICAÇÃO - Eu sou a Professora Bebel. E, com satisfação, estou nessa
sessão, do Pequeno Expediente, por conta, agora, de que teremos, inclusive,
Comissão de Educação.
Eu pedi, inclusive, com a anuência do deputado Reis para que eu desse esse
informe, que é de suma importância para os professores. Nós estamos passando aí
um período de muita, muita, muita pressão. Imagina: agora, por exemplo, se
faltasse, não poderia contar para o ingresso no estágio probatório.
Então, o que a
gente conseguiu? Nós conseguimos: faltas de efetivo exercício não podem ser
consideradas para afetar negativamente a avaliação de desempenho no estágio
probatório dos ingressantes.
Ingressamos com
recurso para que as notas do Saresp também não afetem os resultados, porque nós
entendemos que são fatores externos ao estágio probatório. O estágio probatório
é quando comprova a efetividade de um servidor público que passou pelo concurso
público.
Então,
consideramos isso uma vitória, como a anterior, de não demitir professores que
estavam nas salas de leituras e, porque foram tirar licença-médica, acabaram
perdendo, deputado Reis, até o cargo.
No caso da
categoria “O”, perdeu o emprego. E nós fizemos reintegrar. Veio uma lista de
400 pessoas, nós comprovamos para o juiz... Aliás, 400 profissionais da
Educação. E os profissionais da Educação foram reintegrados, graças à nossa
ação.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
Muito obrigada,
deputado Reis.
O
SR. REIS - PT -
Dar os parabéns à deputada Professora Bebel, pela sua luta em prol da Educação.
Cumprimentar também o deputado Carlos Giannazi, o deputado Suplicy...
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Deputado Reis, só para confirmar
que V. Exa. está chamado para falar no Pequeno Expediente. Pode prosseguir.
O SR. REIS - PT - Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Deputada Bebel, toda a força.
O SR. REIS - PT - E também cumprimentar o público presente, os integrantes
da Polícia Civil, da Polícia Técnico-Científica, da Polícia Penal, da Polícia
Militar, e também todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp. E
a todos os funcionários públicos, porquanto eu tenho uma notícia muito boa para
os funcionários públicos, deputado Suplicy, deputado Carlos Giannazi. Tenho uma
notícia boa.
Desde quando eu
cheguei aqui, o primeiro projeto que eu apresentei foi o PLC 61, um dos
primeiros, por conta de que os policiais civis, quando pediam aposentadoria, se
não tivessem cinco anos ali na classe, eles eram despromovidos.
Isso acontece
também com os policiais penais, que têm nível. E acontece com vários servidores
públicos, inclusive servidores públicos do Judiciário, do Tribunal de Contas,
da Defensoria Pública. Esse termo “classe ou nível” é um termo perturbador.
Obviamente, nós apresentamos o projeto, e o governador Tarcísio de Freitas,
mais conhecido como “vetador-geral do estado”, vetou o projeto. Ele vetou esse
PLC.
Mas isso fez
com que, deputado Suplicy, nós procurássemos o Partido dos Trabalhadores, na
época a presidente Gleisi Hoffmann, para entrar com Adin no Supremo Tribunal
Federal.
Eu pedi a ela,
expliquei para ela detalhadamente o que estava acontecendo com essa Lei nº
1.354, de 2020, com a Emenda Constitucional nº 49, uma emenda que foi feita à
Constituição do Estado de São Paulo, que trata da questão previdenciária, das
aposentadorias. E a Gleisi Hoffmann, de pronto, determinou ao jurídico do
Partido dos Trabalhadores que ingressasse no Supremo Tribunal Federal com esta
Adin, a Adin nº 7.676, de 2024.
E não foi
fácil, porque tem lobby de todos os lados, mas nós tivemos aqui a Assembleia
Legislativa se defendendo, o Governo do Estado de São Paulo se defendendo;
tivemos lá o parecer da Advocacia Geral da União, reconhecendo a
inconstitucionalidade desse termo “classe ou nível”; tivemos o parecer da
Procuradoria Geral da República, também reconhecendo a inconstitucionalidade.
Eu sei que,
após todo esse processo, eu estive em Brasília para conversar com o relator, o
ministro Flávio Dino, e também com o ministro Gilmar Mendes, porque em um dado
momento ele pediu vista do julgamento desta ADIN, mas, depois de muito tempo de
sua tramitação, hoje, encerrando o seu processo de julgamento, de votação, nós
vencemos o Governo do Estado de São Paulo por dez a zero.
Foi uma votação
unânime, reconhecendo o Supremo, reconhecendo a inconstitucionalidade do termo
“classe” e “nível”, que está na Lei nº 1.354, de 2020, e que está ali na Emenda
Constitucional nº 49, que prejudicou inúmeros funcionários públicos que tiveram
que ingressar na Justiça, gastar dinheiro com advogado para fazer sua defesa,
esperar para que fosse derrubado ali no controle repressivo de
constitucionalidade na primeira instância.
Mesmo assim,
deputado Carlos Giannazi, a SPPREV recorre em todas as instâncias, chegando ao
Supremo, porque a SPPREV vai se locupletando com o dinheiro dos servidores
públicos, vai fazendo caixa ali com o dinheiro dos servidores públicos, mas
isso acabou. Isso acabou.
Hoje, com a
finalização do julgamento, todos os ministros do Supremo Tribunal Federal
reconheceram a inconstitucionalidade do termo “classe” ou “nível” no estado de
São Paulo.
E o governador
de São Paulo, que poderia até ter saído de herói se ele tivesse sancionado o
projeto, e se caso ele entendesse que tinha visto iniciativa, ele poderia ter
mandado um projeto para esta Casa para corrigir essa distorção, para corrigir
essa ilegalidade, essa inconstitucionalidade, mas ele fez de conta que não era
com ele.
Mais uma vez,
se acovardou, se calou, e apenas na sua lógica de vetador geral, que ele veta
os projetos como se fosse um “Ctrl+V e Ctrl+C”, ou um “Ctrl+C e Ctrl+V”, como
queiram, ele não fez o papel que ele deveria fazer. Ele jurou cumprir a
Constituição, ele jurou cumprir as leis. Então, uma lei inconstitucional, o governador
não pode fazer vista-grossa, mas nessa lei ele fez vista-grossa.
Muitos
policiais são prejudicados no dia a dia, quando perdem a aposentadoria, muitos
servidores públicos são prejudicados, eles são despromovidos, aí tem que
ingressar com a ação da Justiça, mas nós vencemos a inércia do governador de
São Paulo.
Nós vencemos o
descaso do governo do Tarcísio de Freitas com os servidores públicos, que se
diz defensor da polícia, mas que não tem feito nada para dar resposta para os
servidores, para valorizar os policiais, para garantir que os policiais possam
ter uma vida digna.
Então, eu quero
dar os parabéns a todos os servidores públicos do estado de São Paulo por essa
conquista, essa vitória que nós tivemos hoje no Supremo Tribunal Federal.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Reis, por sua sempre positiva atuação.
Tem a palavra agora o deputado Luiz
Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Fábio Faria
de Sá. (Pausa.) Deputada Marina Helou. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli.
(Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.)
Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado Dr.
Jorge do Carmo. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi, pelo tempo
regimental que for necessário.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Eduardo Suplicy, Srs. Deputados,
Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia.
Sr. Presidente,
há muito tempo que estamos denunciando a sabotagem em relação ao fechamento de
salas e turnos da rede estadual de ensino. A gestão Tarcísio tem intensificado,
de uma forma jamais vista, o fechamento de salas do ensino noturno das escolas
estaduais, tanto na área do ensino médio regular, como também na área de
Educação de Jovens e Adultos, conhecida como a modalidade EJA.
E foi publicada
uma matéria, inclusive aqui, Sr. Presidente, no “Metrópoles”, olha: “Ensino
noturno: o número de turmas para adultos despenca 67% em dez anos”.
Nós estamos
assistindo um verdadeiro desmonte da Educação, um verdadeiro ataque, Sr.
Presidente, ao direito à educação, sobretudo, de alunos trabalhadores. Os
filhos da classe trabalhadora, das camadas populares, que moram na periferia,
não estão tendo mais a oportunidade de cursar o ensino médio noturno, porque o
Estado está sabotando esse direito, como determina -, é um direito determinado,
garantido pela Constituição Federal e pela LDB.
Mais ainda, não
contente em sabotar, em impedir que os alunos trabalhadores possam estudar no
período noturno, o governo, Sr. Presidente, está também sabotando a educação de
jovens e adultos, que são aquelas pessoas que não tiveram a oportunidade de
estudar na idade própria.
Hoje, pela
legislação, LDB, Constituição Federal, Constituição Estadual, elas têm o
direito de voltar a estudar. Então eu tenho denunciado exaustivamente,
inclusive citando nome de escolas que estão passando por esse processo, que são
obrigadas a fechar salas e turnos. Então tem essa matéria do “Metrópoles” que
ilustra o que está acontecendo.
E hoje eu
quero, Sr. Presidente, também apresentar mais uma escola que está passando por
esse processo, que é a Escola Estadual Professor Simão Mathias, que está,
inclusive, fazendo aqui um movimento, denunciando publicamente. A comunidade
escolar se organizou, está indo às redes sociais, fazendo abaixo-assinado na
comunidade, buscando a imprensa para denunciar o fechamento de salas.
Essa Escola
Professor Simão Mathias é lá da Leste 3, do Jardim Três Marias, Sr. Presidente,
uma escola de periferia tendo todo o seu período noturno fechado na área do
ensino médio e na área de educação de jovens e adultos.
Então esse
exemplo da escola que eu estou citando hoje, Professor Simão Mathias, Leste 3,
ilustra, essa escola, o que está acontecendo com ela, o que vem acontecendo em
várias escolas da rede estadual.
Há um projeto
desse governo, da gestão Tarcísio/Feder, em destruir a educação estadual. Não
foi à toa que o governo reduziu o orçamento da Educação de 30% para 25 por cento.
Não é à toa que esse governo promove a demissão em massa de professores da
categoria “O”.
Não é à toa,
Sr. Presidente, que esse governo afasta diretoras e diretores cujas escolas não
atingem aquelas famigeradas metas de utilização de plataformas digitais. É o
projeto do governo. Isso não é incompetência, não é inabilidade administrativa.
É projeto de destruição da maior rede de ensino do Brasil, Sr. Presidente.
Por
coincidência, no ano agora de 2025, nós estamos completando 10 anos das
vitoriosas ocupações ocorridas em 2015, quando o ex-governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, e o seu secretário de Educação anunciaram o fechamento de
dezenas e dezenas de escolas no estado de São Paulo. Então houve uma grande
movimentação de alunos secundaristas, do ensino médio, sobretudo, que ocuparam,
no Estado, mais de 200 escolas.
Aquelas
ocupações tiveram uma repercussão positiva, com o apoio da sociedade, da
imprensa, da opinião pública, de artistas, e o movimento foi vitorioso: obrigou
o governador a exonerar, na época, o secretário da Educação e a recuar do seu
projeto de fechamento de escolas da área do ensino médio.
Então houve um
recuo, foi uma vitória importante. Eu quero saudar aqueles estudantes, aqueles
professores, aqueles pais e todas as pessoas que participaram e apoiaram aquele
movimento, Sr. Presidente.
Mas tenho que
reconhecer agora que o governador Tarcísio de Freitas está fazendo o fechamento
de uma forma mais sofisticada e a conta-gotas, fechando salas e turnos do
período noturno em várias escolas de ensino médio em todo o estado de São
Paulo. Todos os dias, praticamente, nós recebemos denúncias.
Eu quero, Sr.
Presidente, aproveitar para, aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, acionar
o Ministério Público Estadual em relação a todas essas denúncias, e também ao
Tribunal de Contas, para que haja uma apuração rigorosa, uma devassa nesse
procedimento, nessa ação criminosa, tenebrosa, da gestão Tarcísio/Feder contra
a educação do estado de São Paulo e, sobretudo, fechando turnos e salas.
Então, Sr.
Presidente, eu gostaria que cópias do meu pronunciamento fossem enviadas ao
Ministério Público Estadual, ao Tribunal de Contas do Estado, ao governador
Tarcísio de Freitas e também ao secretário da Educação, Renato Feder, para que
providências sejam tomadas imediatamente e o direito do aluno da educação no
Ensino Médio, o aluno que trabalha, seja garantido. E também aos alunos de
Educação de Jovens e Adultos, nenhum turno fechado, nenhuma sala fechada no
estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Meus
cumprimentos, deputado Carlos Giannazi. Agora tem a palavra o deputado Marcelo
Aguiar. (Pausa.) Deputado Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.)
Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Atila Jacomussi.
(Pausa.) Deputado Oseias de Madureira. (Pausa.)
Queria ver se a deputada Letícia
poderia assumir a Presidência para que eu possa usar da palavra.
* * *
- Assume a Presidência a Sra. Letícia
Aguiar.
* * *
A SRA. PRESIDENTE - LETÍCIA AGUIAR - PL -
Boa tarde a todos. Seguindo a nossa lista complementar de oradores inscritos no
Pequeno Expediente, chamo a tribuna o deputado Eduardo Suplicy.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Prezada deputada Letícia Aguiar, presidenta desta sessão.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nós tivemos ontem dois falecimentos, sobre os
quais eu irei falar em seguida, mas recebi uma mensagem com urgência pois há
boas e más notícias a respeito do meio ambiente no nosso Estado.
Primeiramente
gostaria de celebrar o comunicado que o governo estadual decidiu criar para o
Parque Estadual Morro Grande, em Cotia. A oficialização desta nova unidade de
conservação ocorre as vésperas da COP-30 em Belém do Pará. O decreto foi
assinado hoje com a presença de diversas autoridades no evento.
Estudos
científicos realizados pelo professor Jean-Paul Metzger, da USP, desde os anos
2000 atesta uma relevância ecológica crítica da reserva Morro Grande e
destacando sua elevada biodiversidade, importância como corredor ecológico e
serviços ecossistêmicos estratégicos em sua função essencial na segurança
hídrica da metrópole.
Em virtude
dessa importância, tratando-se do último maciço florestal da Região
Metropolitana de São Paulo, fui procurar por pesquisadores da área e decidimos
protocolar no dia 1º de julho o Projeto de lei nº 666, de 2025, que altera a
redação da Lei estadual nº 1.949, de 4 de abril de 1979, recategorizando a
reserva florestal do Morro Grande como uma unidade de conservação, no caso o
parque estadual, adaptando-se à Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000,
que cria o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, o SNUC.
A reserva
atualmente possui área de 10.870 hectares e situa-se na bacia hidrográfica Alto
Cotia, abrangendo as matas que envolvem as represas da Cachoeira das Graças e
Pedro Beicht.
Fico feliz que
o governo esteja conectado às demandas da sociedade civil e tenha se debruçado
sobre essa proposta que é tão relevante para o bem-estar da metrópole de São
Paulo.
Por outro lado,
hoje também fui comunicado que a incorporadora Tegra iniciou a devastação de
diversas árvores no Bosque dos Salesianos. Estive ali no ato para a sua
preservação no último sábado. A área de sete mil metros quadrados, com árvores
centenárias e nativas, é alvo de um projeto habitacional que prevê a retirada
dessas espécies arbóreas.
O fato ocorreu
após a concessão de um alvará pelo secretário do Verde e do Meio Ambiente,
Rodrigo Ashiuchi, que aprovou a compensação ambiental proposta pela Tegra. É
relevante destacar que esta ação desrespeita o Decreto Estadual nº 30.443, de
1989, que considera as árvores do Bosque dos Salesianos um patrimônio ambiental
e as declara imunes de cortes.
É lamentável
que a Prefeitura de São Paulo compactue com tamanho retrocesso ambiental na
cidade, ainda mais às vésperas do evento ambiental mais importante do planeta,
a COP30.
É urgente que a
Justiça considere essa devastação ilegal no momento que diversos moradores
estão ao redor do bosque protestando e lutando para que o desmatamento seja
interrompido. Portanto, sigamos lutando em defesa da proteção e regeneração de
nossos biomas.
Sra.
Presidente, gostaria de registrar e, inclusive, prestar uma homenagem a uma
mulher muito importante e a um grande artista brasileiro, se me permite.
Tivemos a perda de duas pessoas muito queridas: a Sra. Clara Charf ontem e Lô
Borges no domingo.
Clara Charf foi
uma das maiores militantes de esquerda no nosso país. Faleceu aos 100 anos de
idade por causas naturais após alguns dias de internação, segundo a organização
Mulheres Pela Paz, que presidia. Clara era alagoana, mas cresceu no Recife e se
mudou para o Rio de Janeiro em 1946, aos 21 anos. Desde jovem, esteve ligada a
lutas sociais, militou no Partido Comunista Brasileiro, onde conheceu o seu
futuro parceiro de vida e militância, Carlos Marighella. Integrou a ALN, Ação
Libertadora Nacional, fundada em 1967 por Marighella.
O relacionamento dos dois durou 21 anos, de
1948 a 1969, até o assassinato do companheiro pela ditadura militar. Clara se
exilou em Cuba depois da morte de Marighella e só voltou ao Brasil em 1979,
após a promulgação da Lei da Anistia. Antes de atuar como presidente da
Associação Mulheres Pela Paz, integrava o Conselho Nacional dos Direitos da
Mulher e a Secretaria de Mulheres do PT.
Tenho boas
lembranças de nossa caminhada juntos durante a fundação do PT e em tantas lutas
por justiça social e em defesa dos direitos humanos. Clara foi uma mulher
excepcional e deixou um legado de força, gentileza e resistência.
Quero ler agora
um lindo texto publicado hoje por Frei Beto.
“Na véspera do
dia em que o Brasil comemora o assassinato de Carlos Marighella, tombado em 4
de novembro de 1969 pela ditadura militar, partiu Clara, sua companheira de vida
e de lutas, aos 100 anos.” Ela parte.
“É como se o
tempo, cúmplice do afeto, a tivesse esperado completar o ciclo inteiro - um
século de resistência e dignidade - para que, enfim, os dois voltassem a se
encontrar além dos riscos e da ausência.” Frei Beto, aqui, está prevendo o
bonito encontro de Carlos Marighella com Clara Charf.
“Clara viveu a
história por dentro, mas sem jamais buscar o palco. Foi testemunha da
perseguição, do exílio, da solidão imposta a quem amou – um homem tornado
símbolo de insurgência revolucionária. Enquanto o nome de Marighella era
cassado, difamado, proibido, ela guardava o seu com serenidade e firmeza,
sustentando a memória e a esperança, tecendo com gestos miúdos a grandeza
cotidiana da resistência.
Ser mulher de
um revolucionário é, muitas vezes, ser silenciada pela narrativa dos heróis.
Mas Clara não coube nesse silêncio. Fez da vida um território de cuidado e, da
lembrança, um ato político.
No corpo frágil
e na voz doce, morava uma força que não se media em armas, mas em fidelidade à
justiça. Ao longo das décadas, acolheu jovens, militantes, artistas e
pesquisadores que buscavam entender o Brasil profundo que Marighella sonhou – e
que ela, sem alarde, continuou a cultivar.
Sua
transvivenciação, na véspera do martírio do companheiro, não é acaso: é gesto
poético da história. Dois corpos que o poder tentou separar se reencontram
agora no tempo da liberdade infinda. Clara atravessou cem anos de perseguições
e esperanças, exílios e terror de Estado, carregando a chama acesa de um país
por vir. Seu nome se junta ao de Marighella não como sombra, mas como claridade
– porque, graças a Clara, Marighella enfrentou a luta, estimulado por uma
companheira sensível e lúcida.
Hoje o Brasil
despede-se dessa mulher que não empunhou fuzis, mas manteve viva a chama que
ilumina utopias. Tomara que sua passagem inspire novas gerações a compreender
que a revolução começa no coração, na ternura, na coragem de não se calar, na
fé teimosa, no amor e na justiça.”
Sra.
Presidenta, eu quero dizer que eu tive muita vontade de, ontem, estar presente
no velório de Clara Charf. Mas aconteceu que tive um acidente ontem, na minha
casa, ao descer a escada do primeiro para o térreo.
E eis que, ao
chegar no quase último degrau, tive uma dificuldade, uma tontura, e bati com a
cabeça muito fortemente, ferindo a minha testa, o que fez o maior galo que eu
já tive na minha vida e que eu tenha visto.
E avaliaram que
era importante que eu fosse ao Hospital Sírio-Libanês, onde, das três às sete e
pouco da tarde, me cuidaram e as médicas e os médicos que me cuidaram, na hora
que souberam que eu ia ao velório de Clara Charf, e disseram: “Olha, é melhor
você ir para a sua casa e repousar diante do que aconteceu”.
E, felizmente,
os exames que foram feitos no cérebro e no corpo todo mostraram que não houve
qualquer ferimento interno no cérebro que pudesse causar mais problemas e,
eventualmente, exigir uma cirurgia no cérebro. Felizmente, não aconteceu e eu
pude ir para casa e, inclusive, estar hoje aqui, mas quero apenas dizer que só
não fui ao velório dela por causa desse acidente.
E gostaria
também de dizer que ontem também perdemos Lô Borges, músico e compositor, aos
73 anos, por falência múltipla dos órgãos após internação por intoxicação
medicamentosa. Lô foi um dos nomes mais inventivos da música popular brasileira
das últimas décadas e um dos formadores do Clube da Esquina, um movimento
musical que integrava influências de música mineira, rock, samba e até uma
pitada de psicodelia.
Faziam parte,
além do Lô, seu irmão Márcio Borges, Fernando Brant, Ronaldo Bastos - esses
três letristas -, os cantores e compositores Beto Guedes e Flavio Venturini, o
guitarrista Toninho Horta, o pianista e arranjador Wagner Tiso e o baixista
Novelli. A frente do grupo quem estava? Nada menos do que Milton Nascimento, a
quem eu mando um grande abraço de solidariedade.
E Milton
Nascimento escreveu nas suas redes: “Foram décadas e mais décadas de uma
amizade e cumplicidade lindas, que
resultaram em um dos álbuns mais reconhecidos da música no mundo. Lô nos
deixará um vazio e uma saudade enormes, e o Brasil perde um de seus artistas
mais geniais, inventivos e únicos”, que coisa bonita.
Sua produção seguia forte nos últimos anos: lançou sete
álbuns de canções inéditas em sete anos. Sua partida é uma perda inestimável
para a música brasileira. Assim, meus sentimentos a todos os amigos e
familiares de Clara Charf e de Lô Borges. Se me permite, Sra. Presidenta, eu
gostaria de pedir um minuto de silêncio em homenagem à Clara Charf e ao Lô
Borges.
*
* *
- É feito um
minuto de silêncio.
*
* *
Presidenta
Letícia Borges, se desejar usar da tribuna no Pequeno Expediente, posso
presidir a sessão.
A SRA. PRESIDENTE - LETÍCIA BORGES - PL - Por favor. Vou convidá-lo para se
colocar aqui no meu lugar para assumir a Presidência novamente, para que eu possa
fazer uso da tribuna.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Com o maior prazer.
A
SRA. PRESIDENTE - LETÍCIA AGUIAR - PL - Antes de dar
sequência aos oradores inscritos, quero fazer apenas uma retificação sobre a
convocação da sessão extraordinária de hoje.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esta
Presidência retifica a convocação da sessão extraordinária de hoje para constar
seu horário de início às 16 horas e 30 minutos, ou dez minutos após o término
da presente sessão, mantendo as demais condições.
Seguindo a ordem dos oradores
inscritos, convido a Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti.
(Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.)
Deputada Solange Freitas. (Pausa.)
Passo agora a Presidência para o
deputado Eduardo Suplicy.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Eduardo
Suplicy.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Tem a palavra
a deputada Solange Freitas. (Pausa.) Tem agora a palavra a querida deputada
Letícia Aguiar, representando o Partido Liberal, pelo tempo regimental e mais
aquele que avaliar como necessário.
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PL -
Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., cumprimento a todos que estão
aqui no plenário e a todos que nos acompanham pela Rede Alesp.
Estamos aqui no
plenário, na tribuna, local de voz, de representatividade, local de a gente
opinar, se posicionar, defender aquilo que somos compromissados a fazer, mas eu
queria trazer uma reflexão importante: por qual motivo e a quem interessa
qualquer desgaste, atrito, entre as instituições policiais? A quem interessa ou
a que ego interessa, a que vaidades interessa colocar instituições umas contra
as outras?
Porque vejam:
dentro das cidades, no dia a dia das operações policiais, todas as instituições
de segurança são essenciais e já fazem esse trabalho em conjunto. As polícias
dos municípios, a polícia do estado, a União, os órgãos de polícia e de
Segurança Pública estão todos unidos, ou deveriam estar unidos, com o mesmo
propósito: combater o crime e fortalecer as instituições policiais, já que
somos coirmãos.
“E por que,
deputada, você fala ‘somos’? Você é policial?” Não sou. Sou uma parlamentar,
uma mulher que aprendeu em casa, com a família, com pai e mãe, que temos que
defender o que é certo, que temos que honrar as nossas autoridades policiais e,
claro, na posição em que estou, como parlamentar, tenho que entrar nessa
trincheira, já que sou defensora da ordem, do progresso, das coisas certas, e
não dá para fazer ordem e progresso se não tivermos as nossas instituições
policiais estruturadas, valorizadas, integradas.
“Ora, mas,
deputada, aqui na tribuna você fala, você reforça o seu apoio a todas as
instituições policiais...” Mas eu preciso fazer um destacamento. Eu sou
presidente da Frente Parlamentar de Valorização das Guardas Municipais do
Estado de São Paulo. “Mas por que, deputada? Por qual objetivo?” Vejam, eu
trabalhei com a Guarda Municipal. Eu estive lá e pude ver de perto a
importância que tem esses homens e mulheres que estão fazendo parte das nossas
polícias dos municípios.
“Mas, deputada,
por que você está falando que é polícia do município? É Guarda Municipal!”
Porque a atividade é policial. E a quem
interessa desconstruir isso, ou não apoiar isso, ou não ajudar para que essa
nomenclatura seja clara para a população e para todos os entes públicos?
Porque se, na
ponta, no dia a dia, isso já acontece na prática - trabalhamos em conjunto,
todas as instituições policiais -, por que quando é para que a gente possa
mudar a Constituição, dar a certeza de que na Constituição vai estar lá
previsto, por que eles podem ter o ônus da profissão, mas não podem ter o
bônus?
E quando eu
falo “bônus”, é com muitas aspas, porque só quem veste uma farda policial, seja
de qual cor ela seja, sabe o desafio que é estar nessa profissão. Tem que ter
muita vocação, tem que ter muita vontade, porque pelo salário não é. É porque
tem missão empenhada nisso.
Aí a gente vê
atores políticos tentando impedir o crescimento de uma instituição policial,
que são as guardas municipais, que são parceiras, que ajudam as cidades, que
trazem Segurança Pública aos municípios.
Como que eu vou
dizer? Como que eu vou visitar uma tropa de Guarda Municipal que está lá
combatendo a violência contra a mulher, que está lá combatendo o tráfico de
drogas, que está pegando o ladrão, que está cuidando do comércio e dizer para
ela “Guardinhas, vocês são só vigilantes patrimoniais e está tudo bem”?
O que é isso?
Que desinteligência é essa não utilizar essa força qualificada, profissional a
favor da Segurança Pública dos municípios? E quem se coloca contra isso está se
colocando contra a segurança das cidades, está se colocando contra o dia a dia
de segurança que as cidades tanto precisam.
Cuidar de
patrimônio público, cuidar de escolas, cuidar de unidades de saúde é essencial
e importantíssimo, porque patrimônio público é patrimônio da cidade e é patrimônio
das pessoas.
Agora,
subutilizar homens e mulheres que estão formados, capacitados para o emprego da
ação policial, é burrice ou interesses escusos, porque é só o que me passa pela
cabeça. Vou sim continuar apoiando aquilo que vejo todos os dias com os
resultados das ocorrências das guardas municipais no Brasil, não apenas no
estado de São Paulo.
Vou seguir aqui
utilizando esta tribuna, minha voz para defender e apoiar as forças de
segurança. E não se fala de Segurança excluindo guardas municipais. Ao contrário,
Segurança Pública se faz primeiro nos municípios e, quando se fala “Segurança
Pública”, é dever de Estado.
Quando a gente
fala de Estado, nós não estamos falando de Estado estadual, não. Nós estamos
falando da União, nós estamos falando dos governos de estado e nós estamos
falando do Estado nos municípios, que são as prefeituras. É dever de todos,
sim, participar, atuar, ajudar, contribuir.
O cliente é um
só, não importa a cor da farda. O ser humano por detrás da farda, seja
cinza-bandeirante, seja preta, seja azul-marinho, é um homem e uma mulher
disposto a combater o crime.
Agora, ficar se
digladiando por ego, por vaidade, porque “Não, somente eu posso ter a
nomenclatura de polícia”... Talvez essa tenha sido uma visão antiga. Talvez
porque, antigamente, nós não tínhamos uma guarda tão eficiente e propositiva
como temos hoje, preocupados cada vez mais com a sua qualidade técnica.
Mas não apenas
isso. Qualidade humana, qualidade vocacional, preparo físico, preparo
intelectual, prefeitos entendendo a importância de investir nas suas guardas,
nos seus municípios. E eu, como parlamentar, tenho a honra de ter sido a
deputada mais atuante em defesa das guardas municipais, e não só pela voz, pelo
compromisso, mas também com investimentos.
Levo investimento
para as cidades, para as guardas municipais, para que os homens e mulheres
estejam estruturados, para que eles possam nos proteger de forma adequada.
Mas, tudo isso,
de nada adianta somente fazer isso, se onde se decide a legislação que envolve
o dia a dia das ações dos nossos policiais, sejam guardas, sejam policiais
militares, policiais civis, não estiver decidido claramente que eles são, sim,
agentes policiais.
Nós queremos os
nossos guardas municipais respaldados juridicamente para que os prefeitos
também possam dar a eles autonomia de ação, para que possam contribuir na
proteção, na cidadania das nossas cidades. Por que é que eles podem ser
policiais na hora do “front”, na hora do combate ao crime, mas na hora de
discutir aposentadoria especial: “Não, aí eles não têm direito”?
Por favor, onde
que tem cabimento uma coisa dessas? Não entra na minha cabeça, e com isso
jamais vou concordar. Estarei lá para defender qualquer farda que seja: a
preta, a cinza-bandeirante, a azul-marinho. Estou ao lado de defender os nossos
policiais, valorizá-los, equipá-los, reestruturá-los e, claro, defender o lado
certo.
A quem
interessa o não crescimento das guardas municipais? Ou a quem incomoda tanto
esse crescimento? Guardas municipais do estado de São Paulo, do Brasil, mais do
que a madrinha, mais do que uma defensora, vocês têm uma cidadã e uma
parlamentar que está aqui todos os dias auxiliando, contribuindo, fortalecendo
e ecoando uma voz em defesa da nossa nação sangue azul-marinho.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Cumprimento
a deputada Letícia Aguiar por expressar tão bem a problemática que hoje
caracteriza as guardas municipais.
A
SRA. LETÍCIA AGUIAR - PL - Sr. Presidente,
peço a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos.
O
SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Sim. Havendo
entendimento entre todas as lideranças, sim, concordamos em suspender a sessão,
por sua sugestão, até as 16 horas e 30 minutos.
Muito obrigado.
* * *
- Suspensa às 14 horas e 51 minutos, a
sessão é reaberta às 16 horas e 32 minutos, sob a Presidência do Sr. André do
Prado.
* * *
O SR. PRESIDENTE -
ANDRÉ DO PRADO - PL - Reaberta a sessão.
Convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso III
da alínea “d”, combinado com o Art. 45, § 5º, ambos do Regimento Interno,
convoco uma reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e
Planejamento a realizar-se hoje, 16 horas e 40 minutos no Salão Nobre Campos
Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.049 de 2025 de
autoria do Sr. Governador.
Mais
uma convocação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 18, inciso
III da alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, para
uma reunião conjunta também das comissões de Constituição, Justiça e Redação;
Defesa e Direitos da Pessoa Humana; Finanças, Orçamento e Planejamento a
realizar-se hoje, às 16 horas e 40 minutos também, no Salão Nobre Campos
Machado, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei nº 1.048 de 2025, de
autoria do Sr. Governador.
Ordem
do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Há sobre a
mesa o requerimento do nobre deputado Dr. Elton, com o número regimental de
assinaturas, nos termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de
uma comissão de representação com a finalidade de participar do Encontro
Nacional de Líderes em Diabetes, a realizar-se no dia 11 de novembro do
corrente ano, em Brasília, a ser
custeada via verba de gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado o requerimento.
Há sobre a mesa, também, o requerimento
da nobre deputada Marina Helou, com o número regimental de assinaturas, nos
termos do Art. 35 do Regimento Interno, para a constituição de uma comissão de
representação com a finalidade de participar do “Encontro de Parlamentares - Diálogos
Locais”, evento preparatório para a COP30, a realizar-se no dia 4 de novembro
do corrente ano, na cidade do Rio de Janeiro, a ser custeada via verba de
gabinete parlamentar.
Em votação. As Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.)
Aprovado.
Gostaria, também, de... Antes do
deputado Carlos Cezar fazer a sua solicitação, gostaria de agradecer a presença
da sempre deputada Vanessa Damo, aqui presente conosco, ao lado da sua irmã
Vanelli também, a sua filha Rúbia, sua filha Eduarda e a sua sobrinha Sophia.
Vanessa, quando você estava grávida,
quem que é? A Rúbia ou a Eduarda? Eduarda? A Rúbia! A mais velha. Então sejam
todas vocês bem-vindas, sua mãe foi uma grande deputada aqui nesta Casa, que
sempre honrou, com muita dedicação, lutando pela população do estado de São
Paulo.
Podem ter muita honra que ela foi uma
excelente parlamentar aqui nesta Casa e, por isso, sua presença hoje nos honra
muito, Vanessa. Seja sempre bem-vinda, aqui é sua casa também.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem
deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente,
fazendo minhas palavras as de V. Exa. com relação à deputada Vanessa Damo,
sempre deputada, da sua irmã Vanelli. Eu requeiro à V. Exa. a suspensão dos
trabalhos da presente sessão até as 17 horas e dez minutos.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Havendo então acordo entre as lideranças, está
suspensa a sessão.
* * *
- Suspensa às 16 horas e 36 minutos, a
sessão reaberta às 17 horas e 10 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci
Santos.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Reaberta a sessão.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- Pela ordem, deputado Carlos Cezar.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Sr. Presidente,
havendo acordo de lideranças, eu requeiro o levantamento da presente sessão.
O
SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS
- É regimental o pedido de Vossa Excelência.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora
regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje, lembrando-os ainda da sessão
extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente
sessão.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 17 horas e 10
minutos.
* * *