9 DE AGOSTO DE 2024

44ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOS 60 ANOS DA ABIQUIM

         

Presidência: LUIZ FERNANDO

         

RESUMO

         

1 - LUIZ FERNANDO

Assume a Presidência e abre a sessão às 10h14min.

         

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes.

         

3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene em "Comemoração aos 60 Anos da Abiquim", por solicitação deste deputado.

         

4 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

         

5 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Tece considerações sobre a relevância desta solenidade. Lista atividades da indústria química. Ressalta iniciativas de seu mandato a favor do setor.

         

6 - RÔMULO FERNANDES

Deputado estadual, faz pronunciamento.

         

7 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo institucional da Abiquim.

         

8 - AIRTON CANO

Membro da CUT - Central Única dos Trabalhadores, faz pronunciamento.

         

9 - HERBERT PASSOS FILHO

Membro do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical, faz pronunciamento.

         

10 - MILTON REGO

Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química, faz pronunciamento.

         

11 - AROALDO OLIVEIRA

Presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, faz pronunciamento.

         

12 - HÉLIO RODRIGUES

Vereador à Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.

         

13 - DANIELA MANIQUE

Presidente da Rhodia Solvay e do Conselho Executivo da Abiquim, faz pronunciamento.

         

14 - ANDRÉ PASSOS CORDEIRO

Presidente Executivo da Abiquim, faz pronunciamento.

         

15 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia exibição de vídeo institucional da Abiquim.

         

16 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 11h22min.

         

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Luiz Fernando.

 

* * *

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Mais uma vez, muito bom dia. Sejam todas muito bem-vindas, sejam todos muito bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de comemorar os 60 anos da Associação Brasileira da Indústria Química, a Abiquim. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.

Convido para que componha a Mesa Diretora o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, proponente e presidente desta sessão solene. Convidamos o deputado estadual Rômulo Fernandes, membro da Frente Parlamentar da Química. Convidamos André Passos Cordeiro, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria Química. Convidamos Daniela Manique, presidente da Rhodia Solvay e presidente do Conselho Executivo da Abiquim.

Com a palavra o proponente desta sessão solene, deputado estadual Luiz Fernando Teixeira.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Bom dia a todas, bom dia a todos. Queria saudá-los e agradecer. Em uma sexta-feira, às dez horas da manhã, começando a esfriar, a Casa cheia, a Casa do povo de São Paulo. Quero dar as boas-vindas a todas e todos, agradecer muito pela presença.

Hoje nós nos reunimos aqui para que não passe em branco um momento complexo para a indústria química. A associação que luta pelo progresso desta indústria faz 60 anos, e todos nós estamos aqui reunidos na Assembleia Legislativa de São Paulo para cumprimentar a Abiquim e todos os seus associados. Neste momento, nós iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais, dispensando a leitura da Ata da sessão anterior.

Senhoras e senhores, esta sessão foi convocada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado André do Prado, atendendo minha solicitação, com a finalidade de comemorar os 60 anos da Abiquim. Um pouco antes de passar ao mestre de cerimônias, eu queria também convidar para a Mesa extensora aqui o vereador de São Paulo Hélio Rodrigues, que também preside o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química de São Paulo e Grande São Paulo. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos a todos os presentes para, em posição de respeito, acompanharmos a execução do Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro subtenente Calisto.

 

* * *

 

- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

* * *

 

Agradecemos à Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo pela execução do Hino Nacional, sob a regência do maestro subtenente Calisto.

Nós gostaríamos de registrar e agradecer a presença dos senhores: Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cloro e Álcalis e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química; Virgílio Carvalho, representante do secretário de Estado de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena.

Airton Cano, representante da Central Única dos Trabalhadores; Herbert Passos Filho, presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical; Roberto Bischoff, presidente da Braskem. Sejam todos muito bem-vindos.

Com a palavra o deputado Luiz Fernando Teixeira.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Senhoras e Senhores, saúdo a todos. Quero cumprimentar aqui o nobre deputado Rômulo Fernandes, que conosco compõe a frente parlamentar. O Rômulo é deputado do estado de São Paulo, mas tem a sua origem em Mauá, onde foi vereador, foi secretário, hoje deputado estadual. Nós temos, em Mauá, o nosso Polo Petroquímico de Capuava, que sofre grandes ataques e tem sido, ao nosso lado, ao lado da deputada Ana Carolina, de Santo André, também um baluarte na defesa da indústria química.

Quero saudar o André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Associação Brasileira de Indústria Química, a Abiquim. Meu amigo pessoal, que muito me honrou com a convocação para dirigir e presidir a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Química aqui na Assembleia Legislativa. Quero saudar - deveria tê-lo feito antes de saudar até o André - a Daniele Manique, que é presidente da Rhodia Solvay e presidente do conselho executivo da Abiquim.

Quero saudar também o meu amigo, irmão, vereador Hélio Rodrigues. Vereador junto à Câmara Municipal de São Paulo, também um dos baluartes na defesa da importante indústria química, o Hélio, que é presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores Químicos na Capital e grande região. Saudar Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Cloro, Abiclor, e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química.

Saudar Virgílio Carvalho, representando Roberto de Lucena, meu amigo e secretário de Estado do Turismo, que hoje se encontra no interior. Saudar meu amigo e irmão Ayrton Cano, que representa a Central Única dos Trabalhadores neste ato.

Saudar o Herbert Passos, representante do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical, meu grande amigo também. Saudar o Roberto Bischoff, presidente da Braskem, em nome de quem eu quero cumprimentar todos os presidentes, diretores e membros de empresas presentes.

Senhoras e senhores, presidentes do sindicato e associação do ramo da indústria química, membros da Abiquim, profissionais, estudantes da Química. Hoje é um dia de festa para a Abiquim, que completou recentemente 60 anos, mas também para relembrarmos a importância desta indústria no Brasil, a indústria química, pensando no desenvolvimento.

Não nos cansamos de dizer que a indústria química é a mãe das indústrias. É fundamental na petroquímica, agroquímica, produtos farmacêuticos, polímeros, tintas, conservantes alimentícios, defensivos agrícolas, fertilizantes, cosméticos, têxtil e tantos outros. Não há outras indústrias sem indústria química. Por esse e outros motivos que é fundamental e necessário fortalecê-la.

Como coordenador da Frente Parlamentar em Apoio à Indústria Química e Farmacêutica na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, tenho ido à Brasília constantemente para dialogar com o vice-presidente, com o ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin, sobre a importância desse fortalecimento, bem como dialogando com os órgãos estaduais sobre as demandas desse importante setor.

Lutamos muito, por exemplo, contra o fim do regime especial na indústria química no Governo passado, como também lutamos pelo retorno do Reiq no atual Governo. Também estamos na luta contra as recentes perdas de fábricas por outros estados, por conta das altas alíquotas de ICMS aqui em São Paulo, acarretando na queda de arrecadação e, consequentemente, em menos postos de trabalho.

Nosso estado precisa ser competitivo e não pode aceitar passivamente tanto fechamentos de empresa como nos últimos anos. Quero destacar, e aqui, neste momento, me solidarizar com as indústrias químicas no nosso País, pelo forte ataque que vêm sofrendo, por conta da guerra, por conta das importações predatórias...

E muito preocupado, porque hoje, a caminho daqui, vinha vendo, lendo jornais, e todos traziam essa queda... ou no prejuízo de uma grande indústria química, talvez a maior do nosso País, que é a Braskem, e isso, se não houver uma medida do governo federal e do governo estadual, nós poderemos ver muitas indústrias do nosso ramo sendo fechadas, muitos postos de trabalho - que são postos de qualidade - sendo cortados.

E eu dizia, antes de sermos convidados para compor a Mesa com o André, quantas indústrias terão que fechar para que o governo federal e o governo estadual possam agir. Eu acho que nós precisamos, ao passo que estamos aqui comemorando 60 anos de Abiquim, termos uma clareza, que nós temos que ir à radicalidade com o governo federal, com o governo estadual.

Chega de vermos indústrias fechando, grandes indústrias tendo prejuízo. Eu, que represento também o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química... E por que eu faço? Porque essa indústria oferece empregos de muita qualidade, e por isso eu aceitei coordenar essa frente na defesa da indústria, porque, na minha região do ABC, essa é a indústria mais forte, é a indústria que mais emprega e é a indústria que mais gera riquezas para o nosso estado e para o nosso País, na minha região, que é a região do ABC.

Então, assim, não poderia deixar de registrar, de deixar nos Anais desta Casa, a todos que nos acompanham através da TV Alesp, mas, sobretudo, a todos nós que aqui hoje estamos reunidos: nós estamos vivendo uma crise profunda, sobretudo por conta dessas importações predatórias, e nós precisamos reagir. Que nenhuma empresa feche as suas portas, que nenhum posto de trabalho seja cortado por falta de ações dos nossos governos, sejam federais, sejam estaduais e sejam municipais.

Hoje o Polo Petroquímico de Capuava sofre um forte ataque, porque gestores públicos não cuidaram, e a cidade chegou ao lado da indústria. A indústria nasceu ali naquele polo há 50 anos e, há 50 anos, gestores públicos municipais e estaduais não se preocuparam com a cidade chegando ao polo. E, pasmem, hoje o polo petroquímico passa a incomodar a cidade. Olhe que absurdo!

Nasceu ali, chegou ali há 50 anos e a Prefeitura Municipal de São Paulo licenciou um empreendimento com 18 andares, várias torres. Imagine a hora que o flare, que é uma medida de segurança, for ligado. Eu estou falando na defesa dessas pessoas. Nós estamos nos instalando ao lado da indústria química, e não é ali.

Nós não temos e não tivemos nenhum histórico de grandes acidentes ou de até acidentes que pudessem alertar, mas não é correto. A cidade hoje incomoda o polo e nós temos que chamar atenção, sim, das autoridades públicas municipais. E aqui eu quero registrar as ações dos prefeitos Paulo Serra e Marcelo Oliveira, de Santo André e Mauá, respectivamente, que se posicionaram, definiram no seu plano diretor que, ao lado do polo, nenhum empreendimento do tipo seja daqui para frente aprovado.

Mas nós temos ainda uma grande missão para discutir com São Paulo, porque isso não acontece. Então nós falamos do governo federal na questão dos benefícios, na questão da defesa da nossa indústria. Nós precisamos defender a indústria brasileira e coibir essas importações predatórias.

Quero me colocar, André, a você e toda a Abiquim, à disposição para dialogarmos com o ministro Geraldo Alckmin, nosso vice-presidente, mas também com o presidente Lula. Nós precisamos olhar com muito respeito e muito carinho para a principal indústria de São Paulo, que é a indústria química.

Eu não poderia deixar de ressaltar que essa indústria está representada de forma especial, como eu já disse, na região do ABC, com o Polo Petroquímico de Capuava em Mauá e Santo André, além da indústria de tintas em São Bernardo, Basf, AkzoNobel, Lukscolor, dentre tantas outras.

Ainda temos outros ramos, como espuma com a Ortobom; de cosméticos, especialmente em Diadema, dentre tantas indústrias no nosso ABC. Pensando em reindustrializar ou neoindustrializar, como o nosso vice-presidente vem falando, sobretudo na questão da indústria da Saúde, nosso País se faz necessário cuidar, estimular e ampliar essa indústria de ponta necessária para os demais ramos industriais e essencial para o crescimento e desenvolvimento do nosso País.

E tudo isso só será possível com o apoio e o intenso trabalho da Abiquim, que nos últimos 60 anos se dedicou a esse ramo tão fundamental para o Brasil. Não se pode pensar um país desenvolvido sem uma indústria química forte.

Parabéns a Abiquim, que venham mais 60 anos de muito trabalho.

Parabéns, André. Força, vida longa a Abiquim, vida longa ao nosso País.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao deputado Luiz Fernando Teixeira. E a seguir convidamos a todos a assistir...

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Você me permite? Eu queria passar a palavra, se você me permitir, ao deputado Rômulo para que, antes do vídeo, ele possa tecer as suas palavras e os seus comentários. Estou aqui para defender esse deputado, sou servo dele. Imagine a bronca que eu vou levar se eu não passar a palavra devidamente ao meu líder.

 

O SR. RÔMULO FERNANDES - PT - Bom dia a todos, bom dia a todas, o líder aqui é quem está sentado no meio, ok, gente? Então, eu sou obediente aqui. Queria agradecer pelo convite, Luiz Fernando, Daniela, André. Em nome desses, eu saúdo a todos os participantes, o Hélio, o pessoal do sindicato, representando os trabalhadores.

Rapidamente: eu nasci no interior do estado de São Paulo, eu sou de uma cidade chamada Santa Fé do Sul. É bastante longe, talvez alguns de vocês conheçam. Eu fui morar em Santo André na década de 70, fui morar ao lado do polo. O polo já estava instalado lá. E eu convivi bastante com isso e eu lembro - o Luiz Fernando falou - que a gente morria de medo quando o flare acendia, que fazia um barulho danado, não é?

Então, eu tenho uma convivência com aquilo, e foi muito bacana, porque, no decorrer do tempo, o polo inclusive começou a fazer um trabalho de conscientização com a população dali. Eu achei aquilo muito interessante; a gente morria de medo, porque a gente não entendia direito o que estava acontecendo. Falava: “Vamos explodir aquilo ali”. E não era, era o contrário daquilo.

Então, aprendi a conviver e eu lembro que a indústria química que estava ali ao redor de onde a gente morava teve essa preocupação; então, tenho uma relação de convivência, de juventude, de adolescência muito próxima disso.

Hoje é um dia de festa, como disse o Luiz Fernando, a gente tem que parabenizar os 60 anos de uma indústria, das indústrias, e a gente já tem feito uma série de agendas. Fomos para Brasília, visitamos a Braskem; a última visita a gente fez a Cubatão. A gente sabe da importância quando a gente começa olhar os números. São dois milhões de empregos diretos; é o terceiro mercado industrial. Então, é um fator muito importante.

O que eu queria ressaltar é que o Brasil está vivendo um momento bastante importante. Com todos esses problemas que o Luiz falou - e são verdadeiros -, a gente está em um momento de avanço de novos mercados; avanços na tecnologia; avanços das novas fontes de energia; avanço, inclusive, na ciência e no incentivo à Educação neste País, com universidades, Etecs, Fatecs.

Por isso, eu acho que é um momento virtuoso que estamos vivendo no País, mas, ao mesmo tempo, nós temos que colocar todos os atores juntos nesta evolução, nesta construção, porque senão não vale a pena. A indústria química tem o seu papel fundamental na história deste País, na história do mercado. É um dos mercados que pagam melhor, que exigem melhor qualificação.

Então, é por isso que a gente está aqui - Luiz, André, Daniela - prestigiando este evento, exatamente por reconhecimento da importância da Abiquim neste tempo. Por isso, parabéns a todos, parabéns a todas as pessoas, aos atores que fazem parte dessa cadeia.

Muito obrigado, Luiz, que terá uma missão logo, logo, pela frente, bastante... E eu desejo toda sorte do mundo para ele. É o nosso professor aqui na Assembleia Legislativa.

Um forte abraço a todos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao deputado Rômulo Fernandes. E agora sim convido a todos para assistirem ao vídeo institucional da Abiquim.

 

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- É exibido o vídeo.

           

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Nós gostaríamos de registrar e agradecer a presença do Sr. Javier Constante, presidente da Dow Química, e também Manfredo Rubens, presidente da Basf. Neste momento, convidamos a fazer uso da palavra Airton Cano, representante da Central Única dos Trabalhadores.

 

O SR. AIRTON CANO - Bom dia a todos e todas. Eu queria saudar a Mesa aqui em nome do deputado Luiz Fernando; do deputado Rômulo; do presidente da Abiquim, o André; da companheira Silvia, se não me engano, se não errei o nome, me desculpa.

Queria cumprimentar também o meu vereador químico aqui do estado de São Paulo, o Hélio Rodrigues, meu companheiro da Força Sindical; o companheiro Passos, também o companheiro presente que nos soma ao debate, e a gente está trazendo para esses 60 anos da indústria química a importância que nós temos nesse papel.

A Central Única, a qual me deu o papel de representar aqui nesta Mesa, com muita honra, do estado de São Paulo, e a Central se estende também pelo nível nacional dos trabalhadores.

Nós temos o papel de representar os trabalhadores na qualificação de emprego e renda, e destacando o meu papel, que é negociar a convenção coletiva no estado de São Paulo, conjuntamente à Fequimfar, que é um trabalho permanente que nós temos aqui, principalmente, para defender os empregos, defender a renda e trazer aqui, com essa responsabilidade de construção permanente.

Eu dou destaque a isso, porque eu estava fazendo um aquecimento de manhã, conversando com muitos aqui, que representam as grandes empresas, não quero citar nomes para não errar, não vou deixar de citar para também errar, mas a minha trajetória como trabalhador: eu venho da base da indústria química-petroquímica, e eu estava me relembrando de como que era o trabalhador lá atrás na construção disso.

Então, isso passa na memória quando a gente olha para o vídeo e consegue ter uma reprodução da evolução e da importância que nós temos no mundo químico, eu digo, não só no Brasil, mas no mundo todo. E aqui eu queria dar um destaque aos deputados também na minha fala, porque eu tenho usado a seguinte fala: a química não está somente na química; a química está na molécula, como todos nós sabemos, porque, como somos químicos, nós estudamos a molécula.

Então, não tem como nós não defendermos a indústria química também na borracha, no plástico, no aço, na mineração, em todo processo em que você vai trabalhar. Você tem a indústria química presente dentro da produção, e essa produção nos orgulha muito. E eu estava aqui também, e eu queria destacar, deputado, que nós precisamos...

É lógico que tem um trabalho muito forte em Brasília, o qual nós estamos acompanhando... O processo aí de negociações de sensibilizar o Governo, sensibilizar os parlamentares, sensibilizar a população da importância de desenvolver o processo e principalmente quando o deputado dá um destaque, como o deputado Rômulo, de como foi o papel da indústria química na referência no destaque no Polo Petroquímico do ABC.

Há muitos anos, na década de 70, teve uma grande explosão, e isso marcou muito a indústria química no passado. E de lá para cá a indústria vem, com os seus 60 anos, construindo esse desenvolvimento da indústria, principalmente com a capacitação dos trabalhadores que compõem a indústria petroquímica, no caso aqui do polo petroquímico, mas também que se estende a outros segmentos da indústria química que o trabalhador faz parte da construção.

Então, aqui nesses 60 anos nós temos um papel fundamental. Esse papel fundamental é manter a demanda da indústria, é defender os empregos, é defender as empresas e, principalmente, com isso nós vamos conseguir distribuir renda e fazer um papel social perante o Brasil.

Por isso, eu me orgulho muito de estar aqui fazendo essa fala e principalmente parabenizando os 60 anos da Abiquim, que é uma associação que sempre esteve e estará aqui à parte de todos esses processos de desenvolvimento e, principalmente, de sustentação dos empregos e da renda, que a CUT tem muito orgulho de estar fazendo essa fala aqui.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Os nossos agradecimentos ao Sr. Airton Cano. Convidamos para fazer uso da palavra o representante do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical, Herbert Passos Filho. (Palmas.)

 

O SR. HERBERT PASSOS FILHO - Bom dia a todos. Saudar o nosso deputado, meu amigo Luiz Fernando, deputado Rômulo, André, Daniela; satisfação estar com vocês neste dia, que é um dia festivo. Milton, também aqui conosco, o Hélio e o meu amigo Airton Cano.

Todos nós aqui, lógico, participamos desse crescimento, desse trabalho, muitos há menos tempo, outros há mais tempo. Estou há 51 anos no setor, então, quanto nós trabalhamos para chegarmos hoje nesses 60 anos da indústria química.

Eu venho de Cubatão. Atualmente, sou presidente do sindicato lá e eu vejo que Cubatão em uma parte mostra o que é a indústria química, principalmente nesse momento que discutimos os novos caminhos do ambiente no mundo, em uma situação que era quase catastrófica, aliás, era catastrófica em termos ambientais.

E hoje é símbolo da resiliência, símbolo da recuperação ambiental, mostrando que a indústria química é um caminho de recuperação ambiental do mundo, não só no nosso local de trabalho. Sem indústria química, o mundo não tem caminho para a recuperação ambiental. Nós somos o caminho, e isso é extremamente importante.

Logico, é importante em geração de empregos, em geração de renda, em geração de impostos. Tudo isso é importante, mas é esse caminho do desenvolvimento desses 60 anos que foram construídos por todos que estão aqui, participaram dessa construção, que nós hoje temos que parabenizar, temos que nos congratular. Mas, principalmente, nós temos que saudar, como bem falou o deputado Luiz Fernando, nós temos que saudar os próximos 60 anos.

Os próximos 60 anos vão ser difíceis? Sim, estão começando muitos difíceis. Há quanto tempo a gente discute o preço de gás, o excesso de tributos interestaduais? Isso tem dificultado tanto a nossa situação, mas estamos no caminho, nunca paramos de brigar por isso.

Há quantos anos a Frente Parlamentar da Química, tanto a nacional quanto a estadual, agora principalmente com o deputado Luiz Fernando, tem trabalhado para conseguirmos criar um grau de competitividade na indústria química? Como bem falado e muito repetido, é a mãe de todas as indústrias. Não teremos outras se não tivermos a indústria química.

Então, neste momento, não vou me alongar, é realmente um momento de festa, na qual eu parabenizo a todos, mas os lembro que o nosso trabalho são os próximos 60 anos.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

 O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Os nossos agradecimentos ao Sr. Herbert Passos Filho. E convidamos para as suas palavras o Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados, e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química.

 

 O SR. MILTON REGO - Bom dia a todas e a todos. Eu saúdo o meu amigo, deputado Luiz Fernando, em nome do qual eu saúdo todos os parlamentares. E saúdo o André também, um grande amigo, companheiro de caminhada, em nome do qual saúdo todos os colegas da indústria química.

As instituições, diferente das pessoas, se tornam mais robustas com a idade. É o que acontece, por exemplo, com a Abiquim. A Abiquim chega aos seus 60 anos fazendo um papel importantíssimo para a indústria brasileira.

Eu estou aqui como representante do IDQ, Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química. O IDQ é uma entidade que congrega nove outras associações, dentre as quais a Abiquim, e visa justamente a discussão e a colocação de temas fundamentais para toda a indústria química.

Estão conosco - além da Abiquim e da Abiclor, da qual eu faço parte - também as associações das indústrias de limpeza, associação das indústrias farmacêuticas - tanto dos Ifas, quanto dos medicamentos -, associações da indústria química para produtos da agropecuária, associações de tintas, enfim, várias outras. E, também o CFQ, Conselho Federal de Química.

Eu gostaria de estar aqui em uma situação melhor do ambiente da indústria brasileira. Nós... a indústria química, as nossas associações, estão extremamente pressionadas por uma tempestade perfeita, um ciclo de baixa no mercado internacional, junto a uma série de outros fatores que vieram pressionar muito a competitividade das nossas indústrias.

E o que está acontecendo no Brasil é um pouco... na indústria química, é um pouco emblemático do que está acontecendo na indústria do Brasil. Nós estamos perdendo complexidade e nós estamos perdendo setores de maior tecnologia. Isso é ruim. Não é isso que faz um país das próximas gerações.

O estado de São Paulo tem um papel fundamental disso, é o estado mais competitivo, é o estado que inova mais, é o estado que tem um ecossistema industrial mais desenvolvido, mas a solução para a indústria química não é uma solução estadual, é uma solução de país. Por outro lado, o estado de São Paulo tem o papel de liderar essas questões, de liderar a grande discussão sobre qual é o País que queremos.

Neste momento, eu não quero me alongar, porque não é o meu papel; o meu papel é o de bater palmas para a Abiquim, de bater palmas para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que fez esta sessão, e dizer que o Instituto do Desenvolvimento da Química está com vocês, está com todos os públicos aqui presentes, com o único objetivo de ter uma indústria química mais competitiva, mais sustentável e mais segura.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nossos agradecimentos ao Sr. Milton Rego. Nós gostaríamos de registrar a presença e convidar para a sua saudação o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, Aroaldo Oliveira. (Palmas.)

 

O SR. AROALDO OLIVEIRA - Primeiro, bom dia a todas e todos. É um prazer estar aqui nesta atividade dos 60 anos da Abiquim e de toda a indústria química. Cumprimentar aqui o meu grande companheiro e amigo Luiz Fernando, presidente da frente que tem desempenhado um papel tão importante aqui dentro da Alesp, com tantas outras frentes e tantos debates.

Cumprimentar o Rômulo, também um grande amigo e companheiro, que vem desempenhando um papel importante também aqui dentro da Alesp; o André, presidente da Abiquim; e aqui o Hélio, o Cano, o Passos, todos os outros membros aqui da Mesa e tantas outras autoridades aqui no plenário.

Acho que falar, e aqui me antecedeu o representante IDQ, a gente vive um momento difícil da indústria no Brasil. E a gente vem debatendo muito sobre qual que é esse futuro e como o Brasil vai se posicionar perante esse futuro. A gente só vai ter futuro de fato se a gente reorganizar a nossa indústria, se a gente fortalecer a nossa indústria. A gente tem clareza sobre isso.

E esse é o momento de oportunidade para a gente fazer esse debate. A gente ainda está no meio de grandes transformações que trazem dificuldades, obstáculos, mas trazem oportunidades. Nesse momento, tem toda a retomada do debate sobre a nova política industrial, a nova indústria do Brasil. Todos os setores da indústria vêm fazendo um debate muito forte com o próprio governo federal, de forma setorial, sobre os seus problemas, os seus obstáculos.

O mundo está se reorganizando, e a gente tem assistido muito sobre isso. Sempre é um número importante de ser citado, antes da pandemia a gente tinha, no mundo, algo em torno de 200 políticas industriais. Hoje, se a gente pegar, tem mais de 1.500 políticas industriais sendo feitas ao redor do mundo, de todos os tipos.

Então, a gente tem que pegar essas transformações e recolocar a indústria na posição que ela merece, porque a gente precisa ter de fato junto à indústria... E aqui deixar claro, porque tem muitos representantes da indústria aqui, o papel da indústria; recolocar a indústria nesse papel central da disputa geopolítica, econômica, e para a indústria ser o carro-chefe desse novo projeto de desenvolvimento nacional.

Desenvolvimento esse que deve ser tecnológico, produtivo, mas não podemos esquecer do social. Tem que ter um fim para elevar a qualidade de vida de todo o povo brasileiro. Então, nessa reorganização global, a gente precisa fazer o debate. E a indústria química tem um papel importante nesse debate. Como sempre, todos aqui reforçam, a indústria química, a petroquímica, é a mãe de todas as indústrias, é o início de todas as cadeias produtivas.

A gente precisa pegar essas oportunidades e recolocar a indústria nesse papel central e desse motor de desenvolvimento econômico. A gente precisa pegar as oportunidades e debater de forma conjunta, porque o projeto tem que ser nacional.

O estado de São Paulo tem muita responsabilidade, por ser o maior estado do País, o estado mais pujante economicamente, a maior economia. Mas a gente tem que ter uma visão só: com qual indústria a gente quer reconstruir o Brasil? E que ambiente a gente vai criar para essa indústria no Brasil?

Mas a gente tem que criar em uma visão só, em um único projeto de desenvolvimento, porque, de novo, os países estão desenvolvendo política industrial, os países estão se fechando. É só olhar o que os Estados Unidos estão fazendo no último período, o que a União Europeia está fazendo no último período... Eu não preciso nem citar a China aqui.

Então, se a gente não consolidar uma visão única da nossa indústria e do que a gente quer construir, se a gente ficar nas nossas diferenças, a gente não vai para lugar nenhum. Então a gente precisa criar as convergências, construir esta nova política industrial que faça desenvolver o País.

E, como eu falei, a indústria química tem um papel fundamental. Todos os que estão aqui - tanto na Mesa, como neste plenário - têm um papel fundamental nessa reconstrução. Então, vamos caminhar com as nossas convergências, vamos valorizar a indústria como ela precisa, vamos criar as políticas públicas necessárias para a gente, de fato, desenvolver o Brasil como um todo.

Obrigado e desculpe me alongar.

Um abraço. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos para a sua saudação o vereador Hélio Rodrigues, presidente licenciado do Sindicato dos Químicos do Estado de São Paulo. (Palmas.)

 

O SR. HÉLIO RODRIGUES - Bom dia a todos, a todas e a todes. Queria saudar os presentes aqui. Queria saudar a Mesa, toda a Mesa, em nome do meu deputado, amigo, companheiro de muitas batalhas, proponente desta sessão, Luiz Fernando. O nosso querido deputado, também combativo, companheiro Rômulo.

Muito grato em estar com vocês aqui. O André, a Daniela, também, que estão aqui; o meu companheiro Airton Cano, aqui presente; o companheiro Passos, que eu já não via há algum tempo; o Milton também e o Aroaldo. Muito bom estar com vocês aqui nesta cerimônia e parabenizar a Abiquim pelos seus 60 anos, essa associação que vem lutando em defesa dos interesses da indústria química brasileira.

E eu queria reiterar uma saudação especial ao deputado Luiz Fernando, porque nós, que dirigimos sindicatos dos trabalhadores e trabalhadoras, nem sempre sentamos confortavelmente à Mesa junto aos representantes da indústria para defender interesse da indústria.

E o deputado Luiz Fernando, quando assumiu a frente aqui, fez questão de juntar - olha a capacidade que esse deputado tem - esses dois atores importantes - como o Aroaldo falou aqui -, que têm muita convergência, mas têm dificuldade ali, um pouco, de se sentar junto. É um pouco incômodo, porque as mentes julgadoras do outro lado vão estar sempre pensando o que disso?

Então, o deputado Luiz Fernando fez isso lá na frente, continuou fazendo recentemente na eleição do presidente Lula, na reunião que nós tivemos lá na Abiquim, com o nosso vice-presidente da República Geraldo Alckmin, para tratar de interesses da indústria farmacêutica.

Lembrar também do esforço do nosso atual ministro Paulo Pimenta, que também foi muito atuante nesse processo, e que a gente pudesse chegar na eleição do presidente Lula com uma pauta muito clara sobre a indústria química no Brasil. Então acho que está de parabéns, deputado, esse esforço.

Esse esforço está sendo extremamente recompensado, porque o governo federal do presidente Lula hoje pensa muito em reativar a indústria química do País. Por mais estranho que pareça, por mais estranho que seja, nós nunca deixamos de fazer essa discussão, porque nós sabemos que na indústria são gerados os melhores empregos.

Nós precisamos da indústria para poder motivar o sistema educacional deste País, para ter mais tecnologia, para disputar de fato - de fato - no mundo capitalista, nós precisamos ter uma indústria competitiva. E a indústria química, que ao longo dos seus anos teve muito problema ambiental, chega em um estágio, em um patamar hoje, em que ela pode se tornar uma indústria verde.

Então, lógico que nós queremos essa indústria aqui. Nós queremos essa indústria que hoje faz teste do combustível sintético usando água e monóxido de carbono, para produzir combustível que emite 96% menos poluentes na atmosfera.

Então nós queremos essa indústria aqui, nós precisamos dessa indústria. E, como falou o deputado, aqui no município de São Paulo - eu, deputada, assim como você, votou contra a privatização da Sabesp, sabendo que, para atingir o saneamento básico, nós precisamos de muito cloro, nós precisamos muito da indústria química brasileira.

Também na revisão do Plano Diretor Estratégico desta cidade, também na Lei de Zoneamento, infelizmente o atual prefeito optou por deixar construir moradia ao lado do polo, aqui por parte de São Paulo. Um equívoco gigantesco mesmo, deputado, tanto para o polo como para as pessoas que vão morar lá, porque lá não é habitação de alto padrão. Lá é habitação de interesse social.

Como é que a gente vai colocar a população mais pobre deste País diante de um flare que, quando é acionado para exatamente não deixar o polo colapsar, solta uma fuligem, solta um clarão muito grande? Para que colocar as pessoas lá? Nós temos muito espaço em São Paulo, mas, infelizmente, esta Prefeitura atual não olha a indústria.

Eu tenho feito, na tribuna da Câmara Municipal, deputado, muita queixa sobre o olhar que a cidade de São Paulo tem com a indústria, porque nós temos muita indústria aqui, inclusive a indústria que eu represento os trabalhadores, que é a Nitro Química, que está há mais de 90 anos lá em São Miguel Paulista e é responsável por São Miguel Paulista ser um lugar tão mais avançado do que algumas regiões do município de São Paulo.

Então, Abiquim, por mais desconfortáveis que sejam as nossas parcerias, quero dizer que, independentemente de qualquer coisa, o nosso objetivo é fortalecer a indústria deste País, porque, com o fortalecimento da indústria deste País, nós temos autonomia.

Como o Aroaldo falou aqui, hoje nós estamos sem autonomia. Nós queremos ter autonomia, nós queremos disputar internacionalmente com as nossas indústrias, gerar emprego de melhor qualidade, para que a indústria ganhe, mas que os trabalhadores ganhem também.

Obrigado, deputado.

Parabéns, Abiquim, pelos 60 anos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Os nossos agradecimentos ao vereador Hélio Rodrigues. Convidamos a fazer uso da palavra Daniela Manique, presidente da Rhodia Solvay e presidente do Conselho Executivo da Abiquim.

 

A SRA. DANIELA MANIQUE - Bom dia, muito obrigada. Bom dia a todos, a todas aqui, aos senhores deputados, vereadores, presidentes dos nossos sindicatos. É uma honra receber esta homenagem da Alesp. A Abiquim está há 60 anos nessa jornada, tendo o estado de São Paulo como o maior polo industrial do País.

Mais de 60% da indústria química do País está no estado de São Paulo, como uma referência, uma referência que está no Brasil há mais de 100 anos e que vem construindo muitos pontos de pioneirismo. Por exemplo, a alcoolquímica começou no Brasil, no mundo, vinda dos campos do estado de São Paulo prioritariamente, e que agora pode crescer enormemente com o uso de etanol, de biomassa.

A Abiquim, que nesses 60 anos virou referência mundial em programas como o “Atuação Responsável”, desenvolvendo parâmetros de altíssimo padrão na parte de segurança, na parte de sustentabilidade, de meio ambiente, para todos os associados que fazem parte do corpo de direção e do comitê executivo da associação. Então, é uma honra estarmos aqui.

Essa indústria, como todos disseram e eu ressalto novamente, é a mãe de todas as indústrias. Nós não temos segurança hospitalar, segurança alimentar... Nós não temos materiais de proteção para as nossas casas se nós não tivermos a indústria química. Nós estamos no alimento, na roupa, no remédio, na tinta, no carro. Estamos em tudo.

É por isso que alguns países do mundo têm até um ministério da indústria química, porque mostra o quanto isso é fundamental na construção de um país em desenvolvimento forte, com potencial de crescimento.

Neste momento, como falamos, é uma indústria que sofre vários ataques. Então, é muito, muito importante a Frente Parlamentar da Química. Muito obrigada, deputado Luiz Fernando, deputado Rômulo, por todo o apoio.

Nós estamos em uma batalha, porque realmente é muito difícil a gente manter todos os “standards” altos que hoje a indústria química tem - em termos de segurança, de investimento, de tecnologia, uso de inteligência artificial - quando nós temos a matéria-prima mais cara do mundo; quando nós temos um ataque, em termos tributários, de produto importado, e uma competição desleal que realmente traz um prejuízo enorme para a indústria local, de algumas empresas que não têm sequer um funcionário em solo brasileiro.

Nós temos mais de dois milhões de empregos sendo gerados, e podem ser multiplicados por três, quatro vezes, empregos indiretos sendo gerados, empregos de alta renda, em que as nossas empresas treinam os funcionários, ensinam idiomas, ensinam tecnologia, ensinam como trabalhar em painéis de controle avançados.

Então, é isso que o Brasil tem que ver: a indústria química forte, não só é uma base importante, como ela também traz a possibilidade de ter um trabalho assalariado de alta renda, que contribui ainda mais para o crescimento do País.

Eu espero que a gente consiga, nessa neoindustrialização, demonstrar isso para o Governo, que investir na indústria química é investir no crescimento sustentável do País. E que a gente consiga ser a indústria química verde do mundo.

O Brasil tem todo potencial para sermos realmente disruptivos nessa direção e para sermos uma referência no mundo como uma indústria segura, sustentável, que está trazendo crescimento e vai tornar o Brasil um nome expoente na economia mundial.

Então, mais uma vez o meu muito obrigada. Agradeço muito por esta homenagem, e que venham as próximas décadas de um crescimento muito importante para a indústria química e para o Brasil.

Obrigada. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ouviremos André Passos Cordeiro, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química, Abiquim.

 

O SR. ANDRÉ PASSOS CORDEIRO - Bom, em primeiro lugar, cumprimentar o deputado Luiz Fernando, agradecer pela iniciativa de convidar-nos para esta sessão solene em homenagem aos 60 anos da Abiquim. Cumprimentar o deputado Rômulo, dois grandes amigos pessoais e dois grandes amigos da indústria química brasileira, da indústria química do estado de São Paulo.

Cumprimentar o vereador Hélio, também é um grande companheiro de luta pela indústria química brasileira. Dizer que, da minha parte, não há desconforto algum, mas se há desconforto vamos tratá-lo, para que fique mais confortável, porque a luta é importante e todos os parceiros são muito importantes nessa luta. Cumprimentar a Daniela Manique, nossa presidente do conselho diretor, que compõe aqui a Mesa conosco.

Cumprimentar o Milton, colega de Instituto de Desenvolvimento da Química e, em nome dele, cumprimentar todas as associações que compõem o sistema produtivo da química, que estão no Instituto de Desenvolvimento da Química construindo esse projeto que é o IDQ, que a gente tem certeza de que vai crescer, crescer, crescer e dar bons frutos, frutos ainda maiores do que os que estão sendo dados agora. Cumprimentar o secretário Virgílio Carvalho, representante do secretário de estado de Turismo e Viagens.

Cumprimentar o Airton Cano, também nosso colega, aqui representante da Central Única dos Trabalhadores, presente em todas as lutas em prol da indústria química brasileira. Cumprimentar o Herbert Passos. A gente deve ser parente em algum ponto, não é, Herbert? Nós vamos ter que pesquisar isso ainda, mas cumprimentá-lo e, em nome dele, todos os trabalhadores e trabalhadoras do Sindicato dos Químicos de São Paulo, da Força Sindical.

Aroaldo. Aroaldo, que é também um grande lutador, um lutador do ABC, um lutador da indústria química, dos metalúrgicos, nosso parceiro também das agendas da indústria química. Cumprimentar os nossos associados aqui presentes: Javier Constante, presidente da Dow; Manfredo Rübens, presidente da Basf; Roberto Bischoff, presidente da Braskem e, em nome deles, cumprimentar todos os nossos mais de 100 associados da Associação Brasileira da Química, que foram os criadores dessa associação, sem os quais a gente não teria chegado a esses 60 anos de existência desta grande instituição, que é a Associação Brasileira da Indústria Química. 

Cumprimentar meu colega, também parceiro de lutas da indústria química há mais tempo do que eu, presidente do Sinproquim, Dr. Nelson Pereira dos Reis, agradecer a presença dele e, em nome dele, agradecer a todos os sindicatos, a todo o sistema de sindicatos patronais que constitui o sistema de representação da indústria química no Brasil e no estado de São Paulo. 

Eu vou quebrar um pouquinho o protocolo, deputado Luiz Fernando, e pedir que os meus colegas, colegas da Abiquim, levantem, porque eu queria pedir uma salva de palmas para eles. E, ao pedir a salva de palmas para eles, reconhecer o trabalho de todos os colaboradores e colaboradoras da Abiquim, que são os verdadeiros responsáveis por esses 60 anos de existência da Associação Brasileira da Indústria Química. (Palmas.)

Cumprimentar todos os presidentes de sindicatos e associações do ramo da indústria química; profissionais e estudantes da indústria química; Conselho Federal da Química, que também é um grande parceiro nosso em toda essa trajetória de 60 anos.

Bom, é com extrema alegria que a Abiquim recebeu o convite do deputado Luiz Fernando Teixeira, presidente da Frente Parlamentar da Química, para celebrar o importante marco dos 60 anos de atuação da Associação Brasileira da Indústria Química, a Abiquim.

Saúdo o deputado Luiz Fernando Teixeira novamente pelo honroso convite e agradeço a presença de todos que estão aqui nesta manhã. Deputado, muito obrigado por ter aceito o convite de presidir a Frente Parlamentar da Química e da Indústria Farmacêutica no Estado de São Paulo. Sabemos todos que não é uma tarefa fácil, mas lhe agradeço por toda essa trajetória e por toda a articulação entre empresários, trabalhadores e trabalhadoras do setor químico, que já deu muitos e muitos frutos.

Há 60 anos, a Abiquim vem trabalhando continuamente para auxiliar na construção de um Brasil melhor, mais saudável, mais sustentável, seguro, moderno e próspero, por meio de uma indústria química forte, capaz de prover soluções para as mais diversas necessidades do povo brasileiro.

 Nosso trabalho, enquanto representantes desse importante setor, não apenas para a economia, mas para a sociedade como um todo, tem por objetivo promover avanços, fortalecer a indústria como um todo e contribuir ativamente para o bem-estar de todos, baseado em ciência, inovação e tecnologia. 

Celebrar os 60 anos de atuação da Abiquim é também celebrar o importante fato de que a indústria química brasileira é a mais sustentável de todo o mundo. Nossos esforços em Saúde, Segurança e Meio Ambiente resultam diariamente em operações cada vez mais eficazes, mais limpas, diretamente conectadas com as demandas de ESG e cada vez mais atentas às necessidades de um mundo em constante mudança.

A Abiquim aguarda com ansiedade o momento em que o mundo começar a considerar para as suas decisões de investimento, de forma sólida, de forma sustentada, de forma consistente, de forma sistemática e de forma regulamentada, os elementos de circularidade e de sustentabilidade, em particular o tema do clima. 

Nós temos certeza que, quando o mundo se aliançar definitivamente em torno desses temas, se dará conta de que a melhor plataforma produtiva para investir no planeta é o nosso País, em particular na indústria química. Investir e produzir no nosso País químicos significa reduzir as emissões de gases de efeito estufa de todo o planeta. Aqui é o melhor lugar para produzir de maneira sustentável. 

Todo esse trabalho, no entanto, tem sido bastante desafiador. Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da história do setor, que sofre com os impactos geopolíticos, com o surto predatório de importações de produtos químicos, fábricas operando com índices perigosíssimos de ociosidade - algumas delas, inclusive, paralisando suas operações -, além do alto custo das operações no cenário brasileiro, em particular no que tange, paradoxalmente, ao elevado custo das matérias-primas utilizadas pela indústria química.

O Brasil precisa urgentemente rever seu modelo primário exportador, o seu modelo baseado exclusivamente na produção e exportação de bens originários do extrativismo, e também aplicar a sua capacidade de produção de energias renováveis e sustentáveis para o desenvolvimento e para a competitividade do seu setor industrial.

Essa é a pauta central que a indústria química, junto do Instituto de Desenvolvimento da Química, junto das irmãs e dos irmãos da indústria energointensiva neste País, tem defendido, em direção - deputado Luiz Fernando, deputado Rômulo, presidente Daniela Manique - ao governo federal e aos governos estaduais, onde nós temos bases produtivas importantes, como é o caso do estado de São Paulo.

No decorrer da nossa extensa trajetória na Abiquim, no entanto, uma das maiores conquistas dessa instituição e da indústria química é a capacidade de se reinventar. Superar desafios e estabelecer planos de ação, especialmente, é um trabalho conjunto, realizado com o comprometimento do próprio setor, entidades públicas e de toda a sociedade.

Somente com uma grande união é possível eliminar as adversidades de toda a cadeia e aproveitar os recursos naturais do nosso País para resgatar o poder de crescimento do setor e oferecer insumos e produtos cada vez mais assertivos para toda a sociedade, como bem disse aqui o Aroaldo na sua manifestação que me antecedeu.

Quero lembrar que o Brasil tem vantagens competitivas expressivas em relação ao resto do mundo. Para além da biomassa, gás natural, fontes renováveis de energia e, mais uma vez, foco no trabalho em conjunto - todos esses setores são essenciais para o que definimos como neoindustrialização brasileira - a Abiquim comemora a volta de uma política industrial ativa no nosso País.

Mas essa política industrial ativa precisa ser mais extensa, mais profunda, mais intensa e ir para além das linhas de financiamento somente. E avançar, como eu disse e disseram alguns dos que me antecederam aqui, em um plano estruturante da indústria brasileira, em um plano regulatório adequado para a geração de um ambiente efetivamente competitivo no Brasil, que faça uso dessas vantagens e desses potenciais que o nosso País tem.

Adicionalmente à celebração dos 60 anos da Abiquim, este ano tem sido muito especial para todos os representantes da indústria química. No final do mês de junho, colocamos no ar uma campanha de comunicação nas principais mídias, com o objetivo de reforçar a essencialidade da química na vida das pessoas.

Bem, para finalizar a minha mensagem, reforço que a nossa capacidade de resiliência aos desafios do setor e a nossa busca para a construção de um mundo melhor são o motor que nos move, e continuará movendo a Abiquim em um único destino: fortalecer a indústria química brasileira e elevar o nível de bem-estar do povo brasileiro.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Antes de passarmos a palavra ao deputado Luiz Fernando para o encerramento desta sessão, vamos assistir a um filme da nova campanha institucional da Abiquim, lançada no final do mês de junho.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Passamos a palavra ao deputado Luiz Fernando Teixeira para o encerramento desta solenidade.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Queria, mais uma vez, agradecer a todos e a todas, parabenizar a Abiquim, dizer, André, que temos muito trabalho na disputa dos governos para que possam efetivamente respeitar mais, atender mais à indústria química.

Quero parabenizar o André e toda a diretoria da Abiquim pelo esforço que têm feito, pela luta que têm travado na defesa dessa importante indústria, inclusive pelos avanços que têm conquistado. Retomamos o Reiq, e eu ajudei, eu participei dessa batalha, sei das dificuldades, sei das suas constantes negociações.

Eu acho que tem alguns membros do Governo que já não conseguem ver a cara do André, porque o tempo todo está ali: “olha, mas e isso, e aquilo”. Participei várias vezes de reuniões nos mais distintos órgãos de governo, governo federal, junto a ministérios; também no Governo do Estado, junto desde a Secretaria de Governo, mais secretário de Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Meio Ambiente, autoridade portuária e várias ações aqui na Assembleia.

Quero agradecer muito também ao deputado Rômulo Fernandes por essa parceria, temos feito uma parceria importante, a deputada Ana Carolina se soma a nós. Ela é de Santo André, o Rômulo é de Mauá e eu sou de São Bernardo, então assim... Agradecer muito a parceria também do vereador Hélio Rodrigues. Temos muita coisa a trilhar, temos muita coisa a fazer, mas eu quero dizer que tem sido uma honra trabalhar ao lado da Abiquim junto do André, visto a sua luta, visto o seu desprendimento.

É aquela coisa, não é? Eu sou do interior, às vezes a gente pergunta: “e aí, como você está?”, o André responde: “eu estou apanhando mais do que batendo”, mas tem batido também, tem trabalhado muito, e só me resta aqui render a minha homenagem a você, também junto à Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Química Federal, dirigida pelo Afonso Motta, também com o deputado aqui de São Paulo Kiko Celeguim se somando e sempre presente.

Quero, por último, render minhas homenagens ao presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química do ABC, o meu querido amigo Evandro, e também ao meu xará Fernando, que coordena a Regional de Diadema, meus respeitos a vocês.

Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade, agradeço aos operadores da TV Alesp, ao pessoal da taquigrafia, aos demais servidores da Alesp, em especial aos membros da Abiquim, assim como agradeço a presença de todos.

Está encerrada a presente sessão. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 22 minutos.

 

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