9 DE AGOSTO DE 2024
44ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AOS 60 ANOS DA ABIQUIM
Presidência: LUIZ FERNANDO
RESUMO
1 - LUIZ FERNANDO
Assume a Presidência e abre a sessão às 10h14min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes.
3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene em "Comemoração aos 60 Anos da Abiquim", por solicitação deste deputado.
4 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
5 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO
Tece considerações sobre a relevância desta solenidade. Lista atividades da indústria química. Ressalta iniciativas de seu mandato a favor do setor.
6 - RÔMULO FERNANDES
Deputado estadual, faz pronunciamento.
7 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a exibição de vídeo institucional da Abiquim.
8 - AIRTON CANO
Membro da CUT - Central Única dos Trabalhadores, faz pronunciamento.
9 - HERBERT PASSOS FILHO
Membro do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical, faz pronunciamento.
10 - MILTON REGO
Presidente da Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química, faz pronunciamento.
11 - AROALDO OLIVEIRA
Presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico do ABC, faz pronunciamento.
12 - HÉLIO RODRIGUES
Vereador à Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.
13 - DANIELA MANIQUE
Presidente da Rhodia Solvay e do Conselho Executivo da Abiquim, faz pronunciamento.
14 - ANDRÉ PASSOS CORDEIRO
Presidente Executivo da Abiquim, faz pronunciamento.
15 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia exibição de vídeo institucional da Abiquim.
16 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 11h22min.
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* *
- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Luiz Fernando.
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* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Mais uma vez, muito
bom dia. Sejam todas muito bem-vindas, sejam todos muito bem-vindos à
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a
finalidade de comemorar os 60 anos da Associação Brasileira da Indústria
Química, a Abiquim. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo
transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.
Convido para que componha a Mesa Diretora
o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, proponente e presidente desta
sessão solene. Convidamos o deputado estadual Rômulo Fernandes, membro da
Frente Parlamentar da Química. Convidamos André Passos Cordeiro, presidente
executivo da Associação Brasileira da Indústria Química. Convidamos Daniela
Manique, presidente da Rhodia Solvay e presidente do Conselho Executivo da
Abiquim.
Com a palavra o proponente desta sessão
solene, deputado estadual Luiz Fernando Teixeira.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Bom dia a
todas, bom dia a todos. Queria saudá-los e agradecer. Em uma sexta-feira, às
dez horas da manhã, começando a esfriar, a Casa cheia, a Casa do povo de São
Paulo. Quero dar as boas-vindas a todas e todos, agradecer muito pela presença.
Hoje nós nos reunimos aqui para que não
passe em branco um momento complexo para a indústria química. A associação que
luta pelo progresso desta indústria faz 60 anos, e todos nós estamos aqui
reunidos na Assembleia Legislativa de São Paulo para cumprimentar a Abiquim e
todos os seus associados. Neste momento, nós iniciamos os nossos trabalhos nos
termos regimentais, dispensando a leitura da Ata da sessão anterior.
Senhoras e senhores, esta sessão foi
convocada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado André do Prado,
atendendo minha solicitação, com a finalidade de comemorar os 60 anos da
Abiquim. Um pouco antes de passar ao mestre de cerimônias, eu queria também
convidar para a Mesa extensora aqui o vereador de São Paulo Hélio Rodrigues,
que também preside o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química de São
Paulo e Grande São Paulo. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos a todos os
presentes para, em posição de respeito, acompanharmos a execução do Hino
Nacional Brasileiro, executado pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar
do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro subtenente Calisto.
*
* *
- É executado o Hino Nacional
Brasileiro.
*
* *
Agradecemos à Banda do Corpo Musical da
Polícia Militar do Estado de São Paulo pela execução do Hino Nacional, sob a
regência do maestro subtenente Calisto.
Nós gostaríamos de registrar e
agradecer a presença dos senhores: Milton Rego, presidente da Associação
Brasileira da Indústria de Cloro e Álcalis e diretor do Instituto Nacional do
Desenvolvimento da Química; Virgílio Carvalho, representante do secretário de Estado
de Turismo e Viagens, Roberto de Lucena.
Airton Cano, representante da Central
Única dos Trabalhadores; Herbert Passos Filho, presidente do Sindicato dos
Químicos de São Paulo e da Força Sindical; Roberto Bischoff, presidente da
Braskem. Sejam todos muito bem-vindos.
Com a palavra o deputado Luiz Fernando
Teixeira.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Senhoras e
Senhores, saúdo a todos. Quero cumprimentar aqui o nobre deputado Rômulo
Fernandes, que conosco compõe a frente parlamentar. O Rômulo é deputado do
estado de São Paulo, mas tem a sua origem em Mauá, onde foi vereador, foi
secretário, hoje deputado estadual. Nós temos, em Mauá, o nosso Polo Petroquímico
de Capuava, que sofre grandes ataques e tem sido, ao nosso lado, ao lado da
deputada Ana Carolina, de Santo André, também um baluarte na defesa da
indústria química.
Quero saudar o André Passos Cordeiro,
presidente-executivo da Associação Brasileira de Indústria Química, a Abiquim.
Meu amigo pessoal, que muito me honrou com a convocação para dirigir e presidir
a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Química aqui na Assembleia
Legislativa. Quero saudar - deveria tê-lo feito antes de saudar até o André - a
Daniele Manique, que é presidente da Rhodia Solvay e presidente do conselho
executivo da Abiquim.
Quero saudar também o meu amigo, irmão,
vereador Hélio Rodrigues. Vereador junto à Câmara Municipal de São Paulo,
também um dos baluartes na defesa da importante indústria química, o Hélio, que
é presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores Químicos na Capital e
grande região. Saudar Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da
Indústria do Cloro, Abiclor, e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento
da Química.
Saudar Virgílio Carvalho, representando
Roberto de Lucena, meu amigo e secretário de Estado do Turismo, que hoje se
encontra no interior. Saudar meu amigo e irmão Ayrton Cano, que representa a
Central Única dos Trabalhadores neste ato.
Saudar o Herbert Passos, representante
do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical, meu grande amigo
também. Saudar o Roberto Bischoff, presidente da Braskem, em nome de quem eu
quero cumprimentar todos os presidentes, diretores e membros de empresas
presentes.
Senhoras e senhores, presidentes do
sindicato e associação do ramo da indústria química, membros da Abiquim,
profissionais, estudantes da Química. Hoje é um dia de festa para a Abiquim,
que completou recentemente 60 anos, mas também para relembrarmos a importância
desta indústria no Brasil, a indústria química, pensando no desenvolvimento.
Não nos cansamos de dizer que a
indústria química é a mãe das indústrias. É fundamental na petroquímica,
agroquímica, produtos farmacêuticos, polímeros, tintas, conservantes
alimentícios, defensivos agrícolas, fertilizantes, cosméticos, têxtil e tantos
outros. Não há outras indústrias sem indústria química. Por esse e outros
motivos que é fundamental e necessário fortalecê-la.
Como coordenador da Frente Parlamentar
em Apoio à Indústria Química e Farmacêutica na Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo, tenho ido à Brasília constantemente para dialogar com o
vice-presidente, com o ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviço, Geraldo Alckmin, sobre a importância desse fortalecimento, bem como
dialogando com os órgãos estaduais sobre as demandas desse importante setor.
Lutamos muito, por exemplo, contra o
fim do regime especial na indústria química no Governo passado, como também
lutamos pelo retorno do Reiq no atual Governo. Também estamos na luta contra as
recentes perdas de fábricas por outros estados, por conta das altas alíquotas
de ICMS aqui em São Paulo, acarretando na queda de arrecadação e,
consequentemente, em menos postos de trabalho.
Nosso estado precisa ser competitivo e
não pode aceitar passivamente tanto fechamentos de empresa como nos últimos
anos. Quero destacar, e aqui, neste momento, me solidarizar com as indústrias
químicas no nosso País, pelo forte ataque que vêm sofrendo, por conta da
guerra, por conta das importações predatórias...
E muito preocupado, porque hoje, a
caminho daqui, vinha vendo, lendo jornais, e todos traziam essa queda... ou no
prejuízo de uma grande indústria química, talvez a maior do nosso País, que é a
Braskem, e isso, se não houver uma medida do governo federal e do governo
estadual, nós poderemos ver muitas indústrias do nosso ramo sendo fechadas,
muitos postos de trabalho - que são postos de qualidade - sendo cortados.
E eu dizia, antes de sermos convidados
para compor a Mesa com o André, quantas indústrias terão que fechar para que o
governo federal e o governo estadual possam agir. Eu acho que nós precisamos,
ao passo que estamos aqui comemorando 60 anos de Abiquim, termos uma clareza,
que nós temos que ir à radicalidade com o governo federal, com o governo
estadual.
Chega de vermos indústrias fechando,
grandes indústrias tendo prejuízo. Eu, que represento também o Sindicato dos
Trabalhadores da Indústria Química... E por que eu faço? Porque essa indústria
oferece empregos de muita qualidade, e por isso eu aceitei coordenar essa
frente na defesa da indústria, porque, na minha região do ABC, essa é a
indústria mais forte, é a indústria que mais emprega e é a indústria que mais
gera riquezas para o nosso estado e para o nosso País, na minha região, que é a
região do ABC.
Então, assim, não poderia deixar de
registrar, de deixar nos Anais desta Casa, a todos que nos acompanham através
da TV Alesp, mas, sobretudo, a todos nós que aqui hoje estamos reunidos: nós
estamos vivendo uma crise profunda, sobretudo por conta dessas importações
predatórias, e nós precisamos reagir. Que nenhuma empresa feche as suas portas,
que nenhum posto de trabalho seja cortado por falta de ações dos nossos governos,
sejam federais, sejam estaduais e sejam municipais.
Hoje o Polo Petroquímico de Capuava
sofre um forte ataque, porque gestores públicos não cuidaram, e a cidade chegou
ao lado da indústria. A indústria nasceu ali naquele polo há 50 anos e, há 50
anos, gestores públicos municipais e estaduais não se preocuparam com a cidade
chegando ao polo. E, pasmem, hoje o polo petroquímico passa a incomodar a
cidade. Olhe que absurdo!
Nasceu ali, chegou ali há 50 anos e a
Prefeitura Municipal de São Paulo licenciou um empreendimento com 18 andares,
várias torres. Imagine a hora que o flare, que é uma
medida de segurança, for ligado. Eu estou falando na defesa dessas pessoas. Nós
estamos nos instalando ao lado da indústria química, e não é ali.
Nós não temos e não tivemos nenhum
histórico de grandes acidentes ou de até acidentes que pudessem alertar, mas
não é correto. A cidade hoje incomoda o polo e nós temos que chamar atenção,
sim, das autoridades públicas municipais. E aqui eu quero registrar as ações
dos prefeitos Paulo Serra e Marcelo Oliveira, de Santo André e Mauá,
respectivamente, que se posicionaram, definiram no seu plano diretor que, ao
lado do polo, nenhum empreendimento do tipo seja daqui para frente aprovado.
Mas nós temos ainda uma grande missão
para discutir com São Paulo, porque isso não acontece. Então nós falamos do
governo federal na questão dos benefícios, na questão da defesa da nossa
indústria. Nós precisamos defender a indústria brasileira e coibir essas
importações predatórias.
Quero me colocar, André, a você e toda
a Abiquim, à disposição para dialogarmos com o ministro Geraldo Alckmin, nosso
vice-presidente, mas também com o presidente Lula. Nós precisamos olhar com
muito respeito e muito carinho para a principal indústria de São Paulo, que é a
indústria química.
Eu não poderia deixar de ressaltar que
essa indústria está representada de forma especial, como eu já disse, na região
do ABC, com o Polo Petroquímico de Capuava em Mauá e Santo André, além da
indústria de tintas em São Bernardo, Basf, AkzoNobel,
Lukscolor, dentre tantas outras.
Ainda temos outros ramos, como espuma
com a Ortobom; de cosméticos, especialmente em
Diadema, dentre tantas indústrias no nosso ABC. Pensando em reindustrializar ou
neoindustrializar, como o nosso vice-presidente vem
falando, sobretudo na questão da indústria da Saúde, nosso País se faz
necessário cuidar, estimular e ampliar essa indústria de ponta necessária para
os demais ramos industriais e essencial para o crescimento e desenvolvimento do
nosso País.
E tudo isso só será possível com o
apoio e o intenso trabalho da Abiquim, que nos últimos 60 anos se dedicou a
esse ramo tão fundamental para o Brasil. Não se pode pensar um país
desenvolvido sem uma indústria química forte.
Parabéns a Abiquim, que venham mais 60
anos de muito trabalho.
Parabéns, André. Força, vida longa a
Abiquim, vida longa ao nosso País.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao
deputado Luiz Fernando Teixeira. E a seguir convidamos a todos a assistir...
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Você me
permite? Eu queria passar a palavra, se você me permitir, ao deputado Rômulo
para que, antes do vídeo, ele possa tecer as suas palavras e os seus
comentários. Estou aqui para defender esse deputado, sou servo dele. Imagine a
bronca que eu vou levar se eu não passar a palavra devidamente ao meu líder.
O
SR. RÔMULO FERNANDES - PT - Bom dia a todos, bom
dia a todas, o líder aqui é quem está sentado no meio, ok, gente? Então, eu sou
obediente aqui. Queria agradecer pelo convite, Luiz Fernando, Daniela, André.
Em nome desses, eu saúdo a todos os participantes, o Hélio, o pessoal do
sindicato, representando os trabalhadores.
Rapidamente: eu nasci no interior do
estado de São Paulo, eu sou de uma cidade chamada Santa Fé do Sul. É bastante
longe, talvez alguns de vocês conheçam. Eu fui morar em Santo André na década
de 70, fui morar ao lado do polo. O polo já estava instalado lá. E eu convivi
bastante com isso e eu lembro - o Luiz Fernando falou - que a gente morria de
medo quando o flare acendia, que fazia um barulho
danado, não é?
Então, eu tenho uma convivência com
aquilo, e foi muito bacana, porque, no decorrer do tempo, o polo inclusive
começou a fazer um trabalho de conscientização com a população dali. Eu achei
aquilo muito interessante; a gente morria de medo, porque a gente não entendia
direito o que estava acontecendo. Falava: “Vamos explodir aquilo ali”. E não
era, era o contrário daquilo.
Então, aprendi a conviver e eu lembro
que a indústria química que estava ali ao redor de onde a gente morava teve
essa preocupação; então, tenho uma relação de convivência, de juventude, de
adolescência muito próxima disso.
Hoje é um dia de festa, como disse o
Luiz Fernando, a gente tem que parabenizar os 60 anos de uma indústria, das
indústrias, e a gente já tem feito uma série de agendas. Fomos para Brasília,
visitamos a Braskem; a última visita a gente fez a Cubatão. A gente sabe da
importância quando a gente começa olhar os números. São dois milhões de
empregos diretos; é o terceiro mercado industrial. Então, é um fator muito
importante.
O que eu queria ressaltar é que o
Brasil está vivendo um momento bastante importante. Com todos esses problemas
que o Luiz falou - e são verdadeiros -, a gente está em um momento de avanço de
novos mercados; avanços na tecnologia; avanços das novas fontes de energia;
avanço, inclusive, na ciência e no incentivo à Educação neste País, com
universidades, Etecs, Fatecs.
Por isso, eu acho que é um momento
virtuoso que estamos vivendo no País, mas, ao mesmo tempo, nós temos que
colocar todos os atores juntos nesta evolução, nesta construção, porque senão
não vale a pena. A indústria química tem o seu papel fundamental na história
deste País, na história do mercado. É um dos mercados que pagam melhor, que
exigem melhor qualificação.
Então, é por isso que a gente está aqui
- Luiz, André, Daniela - prestigiando este evento, exatamente por
reconhecimento da importância da Abiquim neste tempo. Por isso, parabéns a
todos, parabéns a todas as pessoas, aos atores que fazem parte dessa cadeia.
Muito obrigado, Luiz, que terá uma
missão logo, logo, pela frente, bastante... E eu desejo toda sorte do mundo
para ele. É o nosso professor aqui na Assembleia Legislativa.
Um forte abraço a todos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao
deputado Rômulo Fernandes. E agora sim convido a todos para assistirem ao vídeo
institucional da Abiquim.
*
* *
- É exibido o
vídeo.
*
* *
Nós gostaríamos de registrar e
agradecer a presença do Sr. Javier Constante, presidente da Dow Química, e
também Manfredo Rubens, presidente da Basf. Neste momento, convidamos a fazer
uso da palavra Airton Cano, representante da Central Única dos Trabalhadores.
O
SR. AIRTON CANO - Bom dia a todos e todas. Eu
queria saudar a Mesa aqui em nome do deputado Luiz Fernando; do deputado Rômulo;
do presidente da Abiquim, o André; da companheira Silvia, se não me engano, se
não errei o nome, me desculpa.
Queria cumprimentar também o meu
vereador químico aqui do estado de São Paulo, o Hélio Rodrigues, meu
companheiro da Força Sindical; o companheiro Passos, também o companheiro
presente que nos soma ao debate, e a gente está trazendo para esses 60 anos da
indústria química a importância que nós temos nesse papel.
A Central Única, a qual me deu o papel
de representar aqui nesta Mesa, com muita honra, do estado de São Paulo, e a
Central se estende também pelo nível nacional dos trabalhadores.
Nós temos o papel de representar os
trabalhadores na qualificação de emprego e renda, e destacando o meu papel, que
é negociar a convenção coletiva no estado de São Paulo, conjuntamente à
Fequimfar, que é um trabalho permanente que nós temos aqui, principalmente,
para defender os empregos, defender a renda e trazer aqui, com essa
responsabilidade de construção permanente.
Eu dou destaque a isso, porque eu
estava fazendo um aquecimento de manhã, conversando com muitos aqui, que
representam as grandes empresas, não quero citar nomes para não errar, não vou
deixar de citar para também errar, mas a minha trajetória como trabalhador: eu
venho da base da indústria química-petroquímica, e eu estava me relembrando de como
que era o trabalhador lá atrás na construção disso.
Então, isso passa na memória quando a
gente olha para o vídeo e consegue ter uma reprodução da evolução e da
importância que nós temos no mundo químico, eu digo, não só no Brasil, mas no
mundo todo. E aqui eu queria dar um destaque aos deputados também na minha
fala, porque eu tenho usado a seguinte fala: a química não está somente na
química; a química está na molécula, como todos nós sabemos, porque, como somos
químicos, nós estudamos a molécula.
Então, não tem como nós não defendermos
a indústria química também na borracha, no plástico, no aço, na mineração, em
todo processo em que você vai trabalhar. Você tem a indústria química presente
dentro da produção, e essa produção nos orgulha muito. E eu estava aqui também,
e eu queria destacar, deputado, que nós precisamos...
É lógico que tem um trabalho muito
forte em Brasília, o qual nós estamos acompanhando... O processo aí de
negociações de sensibilizar o Governo, sensibilizar os parlamentares,
sensibilizar a população da importância de desenvolver o processo e principalmente
quando o deputado dá um destaque, como o deputado Rômulo, de como foi o papel
da indústria química na referência no destaque no Polo Petroquímico do ABC.
Há muitos anos, na década de 70, teve
uma grande explosão, e isso marcou muito a indústria química no passado. E de
lá para cá a indústria vem, com os seus 60 anos, construindo esse
desenvolvimento da indústria, principalmente com a capacitação dos
trabalhadores que compõem a indústria petroquímica, no caso aqui do polo
petroquímico, mas também que se estende a outros segmentos da indústria química
que o trabalhador faz parte da construção.
Então, aqui nesses 60 anos nós temos um
papel fundamental. Esse papel fundamental é manter a demanda da indústria, é
defender os empregos, é defender as empresas e, principalmente, com isso nós
vamos conseguir distribuir renda e fazer um papel social perante o Brasil.
Por isso, eu me orgulho muito de estar
aqui fazendo essa fala e principalmente parabenizando os 60 anos da Abiquim,
que é uma associação que sempre esteve e estará aqui à parte de todos esses
processos de desenvolvimento e, principalmente, de sustentação dos empregos e
da renda, que a CUT tem muito orgulho de estar fazendo essa fala aqui.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Os nossos
agradecimentos ao Sr. Airton Cano. Convidamos para fazer uso da palavra o
representante do Sindicato dos Químicos de São Paulo e da Força Sindical,
Herbert Passos Filho. (Palmas.)
O
SR. HERBERT PASSOS FILHO - Bom dia a todos.
Saudar o nosso deputado, meu amigo Luiz Fernando, deputado Rômulo, André,
Daniela; satisfação estar com vocês neste dia, que é um dia festivo. Milton,
também aqui conosco, o Hélio e o meu amigo Airton Cano.
Todos nós aqui, lógico, participamos
desse crescimento, desse trabalho, muitos há menos tempo, outros há mais tempo.
Estou há 51 anos no setor, então, quanto nós trabalhamos para chegarmos hoje
nesses 60 anos da indústria química.
Eu venho de Cubatão. Atualmente, sou
presidente do sindicato lá e eu vejo que Cubatão em uma parte mostra o que é a
indústria química, principalmente nesse momento que discutimos os novos
caminhos do ambiente no mundo, em uma situação que era quase catastrófica,
aliás, era catastrófica em termos ambientais.
E hoje é símbolo da resiliência, símbolo
da recuperação ambiental, mostrando que a indústria química é um caminho de
recuperação ambiental do mundo, não só no nosso local de trabalho. Sem
indústria química, o mundo não tem caminho para a recuperação ambiental. Nós
somos o caminho, e isso é extremamente importante.
Logico, é importante em geração de
empregos, em geração de renda, em geração de impostos. Tudo isso é importante,
mas é esse caminho do desenvolvimento desses 60 anos que foram construídos por
todos que estão aqui, participaram dessa construção, que nós hoje temos que
parabenizar, temos que nos congratular. Mas, principalmente, nós temos que
saudar, como bem falou o deputado Luiz Fernando, nós temos que saudar os
próximos 60 anos.
Os próximos 60 anos vão ser difíceis?
Sim, estão começando muitos difíceis. Há quanto tempo a gente discute o preço
de gás, o excesso de tributos interestaduais? Isso tem dificultado tanto a
nossa situação, mas estamos no caminho, nunca paramos de brigar por isso.
Há quantos anos a Frente Parlamentar da
Química, tanto a nacional quanto a estadual, agora principalmente com o
deputado Luiz Fernando, tem trabalhado para conseguirmos criar um grau de
competitividade na indústria química? Como bem falado e muito repetido, é a mãe
de todas as indústrias. Não teremos outras se não tivermos a indústria química.
Então, neste momento, não vou me
alongar, é realmente um momento de festa, na qual eu parabenizo a todos, mas os
lembro que o nosso trabalho são os próximos 60 anos.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS -
Os nossos agradecimentos ao Sr. Herbert Passos Filho. E convidamos para as suas
palavras o Milton Rego, presidente da Associação Brasileira da Indústria de
Cloro, Álcalis e Derivados, e diretor do Instituto Nacional do Desenvolvimento
da Química.
O SR. MILTON REGO - Bom dia a todas e a
todos. Eu saúdo o meu amigo, deputado Luiz Fernando, em nome do qual eu saúdo
todos os parlamentares. E saúdo o André também, um grande amigo, companheiro de
caminhada, em nome do qual saúdo todos os colegas da indústria química.
As instituições, diferente das pessoas,
se tornam mais robustas com a idade. É o que acontece, por exemplo, com a
Abiquim. A Abiquim chega aos seus 60 anos fazendo um papel importantíssimo para
a indústria brasileira.
Eu estou aqui como representante do IDQ,
Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química. O IDQ é uma entidade que
congrega nove outras associações, dentre as quais a Abiquim, e visa justamente
a discussão e a colocação de temas fundamentais para toda a indústria química.
Estão conosco - além da Abiquim e da
Abiclor, da qual eu faço parte - também as associações das indústrias de
limpeza, associação das indústrias farmacêuticas - tanto dos Ifas, quanto dos medicamentos -, associações da indústria
química para produtos da agropecuária, associações de tintas, enfim, várias
outras. E, também o CFQ, Conselho Federal de Química.
Eu gostaria de estar aqui em uma
situação melhor do ambiente da indústria brasileira. Nós... a indústria
química, as nossas associações, estão extremamente pressionadas por uma
tempestade perfeita, um ciclo de baixa no mercado internacional, junto a uma
série de outros fatores que vieram pressionar muito a competitividade das
nossas indústrias.
E o que está acontecendo no Brasil é um
pouco... na indústria química, é um pouco emblemático do que está acontecendo
na indústria do Brasil. Nós estamos perdendo complexidade e nós estamos
perdendo setores de maior tecnologia. Isso é ruim. Não é isso que faz um país
das próximas gerações.
O estado de São Paulo tem um papel
fundamental disso, é o estado mais competitivo, é o estado que inova mais, é o
estado que tem um ecossistema industrial mais desenvolvido, mas a solução para
a indústria química não é uma solução estadual, é uma solução de país. Por
outro lado, o estado de São Paulo tem o papel de liderar essas questões, de
liderar a grande discussão sobre qual é o País que queremos.
Neste momento, eu não quero me alongar,
porque não é o meu papel; o meu papel é o de bater palmas para a Abiquim, de bater
palmas para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que fez esta
sessão, e dizer que o Instituto do Desenvolvimento da Química está com vocês,
está com todos os públicos aqui presentes, com o único objetivo de ter uma
indústria química mais competitiva, mais sustentável e mais segura.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Nossos
agradecimentos ao Sr. Milton Rego. Nós gostaríamos de registrar a presença e
convidar para a sua saudação o presidente da Agência de Desenvolvimento
Econômico Grande ABC, Aroaldo Oliveira. (Palmas.)
O
SR. AROALDO OLIVEIRA - Primeiro, bom dia a
todas e todos. É um prazer estar aqui nesta atividade dos 60 anos da Abiquim e
de toda a indústria química. Cumprimentar aqui o meu grande companheiro e amigo
Luiz Fernando, presidente da frente que tem desempenhado um papel tão
importante aqui dentro da Alesp, com tantas outras frentes e tantos debates.
Cumprimentar o Rômulo, também um grande
amigo e companheiro, que vem desempenhando um papel importante também aqui
dentro da Alesp; o André, presidente da Abiquim; e aqui o Hélio, o Cano, o
Passos, todos os outros membros aqui da Mesa e tantas outras autoridades aqui
no plenário.
Acho que falar, e aqui me antecedeu o
representante IDQ, a gente vive um momento difícil da indústria no Brasil. E a
gente vem debatendo muito sobre qual que é esse futuro e como o Brasil vai se
posicionar perante esse futuro. A gente só vai ter futuro de fato se a gente
reorganizar a nossa indústria, se a gente fortalecer a nossa indústria. A gente
tem clareza sobre isso.
E esse é o momento de oportunidade para
a gente fazer esse debate. A gente ainda está no meio de grandes transformações
que trazem dificuldades, obstáculos, mas trazem oportunidades. Nesse momento,
tem toda a retomada do debate sobre a nova política industrial, a nova
indústria do Brasil. Todos os setores da indústria vêm fazendo um debate muito
forte com o próprio governo federal, de forma setorial, sobre os seus
problemas, os seus obstáculos.
O mundo está se reorganizando, e a
gente tem assistido muito sobre isso. Sempre é um número importante de ser
citado, antes da pandemia a gente tinha, no mundo, algo em torno de 200
políticas industriais. Hoje, se a gente pegar, tem mais de 1.500 políticas
industriais sendo feitas ao redor do mundo, de todos os tipos.
Então, a gente tem que pegar essas
transformações e recolocar a indústria na posição que ela merece, porque a
gente precisa ter de fato junto à indústria... E aqui deixar claro, porque tem
muitos representantes da indústria aqui, o papel da indústria; recolocar a
indústria nesse papel central da disputa geopolítica, econômica, e para a
indústria ser o carro-chefe desse novo projeto de desenvolvimento nacional.
Desenvolvimento esse que deve ser
tecnológico, produtivo, mas não podemos esquecer do social. Tem que ter um fim
para elevar a qualidade de vida de todo o povo brasileiro. Então, nessa
reorganização global, a gente precisa fazer o debate. E a indústria química tem
um papel importante nesse debate. Como sempre, todos aqui reforçam, a indústria
química, a petroquímica, é a mãe de todas as indústrias, é o início de todas as
cadeias produtivas.
A gente precisa pegar essas
oportunidades e recolocar a indústria nesse papel central e desse motor de
desenvolvimento econômico. A gente precisa pegar as oportunidades e debater de
forma conjunta, porque o projeto tem que ser nacional.
O estado de São Paulo tem muita
responsabilidade, por ser o maior estado do País, o estado mais pujante
economicamente, a maior economia. Mas a gente tem que ter uma visão só: com
qual indústria a gente quer reconstruir o Brasil? E que ambiente a gente vai
criar para essa indústria no Brasil?
Mas a gente tem que criar em uma visão
só, em um único projeto de desenvolvimento, porque, de novo, os países estão
desenvolvendo política industrial, os países estão se fechando. É só olhar o
que os Estados Unidos estão fazendo no último período, o que a União Europeia
está fazendo no último período... Eu não preciso nem citar a China aqui.
Então, se a gente não consolidar uma
visão única da nossa indústria e do que a gente quer construir, se a gente
ficar nas nossas diferenças, a gente não vai para lugar nenhum. Então a gente
precisa criar as convergências, construir esta nova política industrial que
faça desenvolver o País.
E, como eu falei, a indústria química
tem um papel fundamental. Todos os que estão aqui - tanto na Mesa, como neste
plenário - têm um papel fundamental nessa reconstrução. Então, vamos caminhar
com as nossas convergências, vamos valorizar a indústria como ela precisa,
vamos criar as políticas públicas necessárias para a gente, de fato,
desenvolver o Brasil como um todo.
Obrigado e desculpe me alongar.
Um abraço. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos para a sua
saudação o vereador Hélio Rodrigues, presidente licenciado do Sindicato dos
Químicos do Estado de São Paulo. (Palmas.)
O
SR. HÉLIO RODRIGUES - Bom dia a todos, a
todas e a todes. Queria saudar os presentes aqui. Queria saudar a Mesa, toda a
Mesa, em nome do meu deputado, amigo, companheiro de muitas batalhas,
proponente desta sessão, Luiz Fernando. O nosso querido deputado, também
combativo, companheiro Rômulo.
Muito grato em estar com vocês aqui. O
André, a Daniela, também, que estão aqui; o meu companheiro Airton Cano, aqui
presente; o companheiro Passos, que eu já não via há algum tempo; o Milton
também e o Aroaldo. Muito bom estar com vocês aqui nesta cerimônia e
parabenizar a Abiquim pelos seus 60 anos, essa associação que vem lutando em
defesa dos interesses da indústria química brasileira.
E eu queria reiterar uma saudação
especial ao deputado Luiz Fernando, porque nós, que dirigimos sindicatos dos
trabalhadores e trabalhadoras, nem sempre sentamos confortavelmente à Mesa
junto aos representantes da indústria para defender interesse da indústria.
E o deputado Luiz Fernando, quando
assumiu a frente aqui, fez questão de juntar - olha a capacidade que esse
deputado tem - esses dois atores importantes - como o Aroaldo falou aqui -, que
têm muita convergência, mas têm dificuldade ali, um pouco, de se sentar junto.
É um pouco incômodo, porque as mentes julgadoras do outro lado vão estar sempre
pensando o que disso?
Então, o deputado Luiz Fernando fez
isso lá na frente, continuou fazendo recentemente na eleição do presidente
Lula, na reunião que nós tivemos lá na Abiquim, com o nosso vice-presidente da
República Geraldo Alckmin, para tratar de interesses da indústria farmacêutica.
Lembrar também do esforço do nosso
atual ministro Paulo Pimenta, que também foi muito atuante nesse processo, e
que a gente pudesse chegar na eleição do presidente Lula com uma pauta muito
clara sobre a indústria química no Brasil. Então acho que está de parabéns,
deputado, esse esforço.
Esse esforço está sendo extremamente
recompensado, porque o governo federal do presidente Lula hoje pensa muito em
reativar a indústria química do País. Por mais estranho que pareça, por mais
estranho que seja, nós nunca deixamos de fazer essa discussão, porque nós
sabemos que na indústria são gerados os melhores empregos.
Nós precisamos da indústria para poder
motivar o sistema educacional deste País, para ter mais tecnologia, para disputar
de fato - de fato - no mundo capitalista, nós precisamos ter uma indústria
competitiva. E a indústria química, que ao longo dos seus anos teve muito
problema ambiental, chega em um estágio, em um patamar hoje, em que ela pode se
tornar uma indústria verde.
Então, lógico que nós queremos essa
indústria aqui. Nós queremos essa indústria que hoje faz teste do combustível
sintético usando água e monóxido de carbono, para produzir combustível que
emite 96% menos poluentes na atmosfera.
Então nós queremos essa indústria aqui,
nós precisamos dessa indústria. E, como falou o deputado, aqui no município de
São Paulo - eu, deputada, assim como você, votou contra a privatização da
Sabesp, sabendo que, para atingir o saneamento básico, nós precisamos de muito
cloro, nós precisamos muito da indústria química brasileira.
Também na revisão do Plano Diretor
Estratégico desta cidade, também na Lei de Zoneamento, infelizmente o atual
prefeito optou por deixar construir moradia ao lado do polo, aqui por parte de
São Paulo. Um equívoco gigantesco mesmo, deputado, tanto para o polo como para
as pessoas que vão morar lá, porque lá não é habitação de alto padrão. Lá é
habitação de interesse social.
Como é que a gente vai colocar a
população mais pobre deste País diante de um flare
que, quando é acionado para exatamente não deixar o polo colapsar, solta uma
fuligem, solta um clarão muito grande? Para que colocar as pessoas lá? Nós
temos muito espaço em São Paulo, mas, infelizmente, esta Prefeitura atual não
olha a indústria.
Eu tenho feito, na tribuna da Câmara
Municipal, deputado, muita queixa sobre o olhar que a cidade de São Paulo tem
com a indústria, porque nós temos muita indústria aqui, inclusive a indústria
que eu represento os trabalhadores, que é a Nitro Química, que está há mais de
90 anos lá em São Miguel Paulista e é responsável por São Miguel Paulista ser
um lugar tão mais avançado do que algumas regiões do município de São Paulo.
Então, Abiquim, por mais desconfortáveis
que sejam as nossas parcerias, quero dizer que, independentemente de qualquer
coisa, o nosso objetivo é fortalecer a indústria deste País, porque, com o
fortalecimento da indústria deste País, nós temos autonomia.
Como o Aroaldo falou aqui, hoje nós
estamos sem autonomia. Nós queremos ter autonomia, nós queremos disputar
internacionalmente com as nossas indústrias, gerar emprego de melhor qualidade,
para que a indústria ganhe, mas que os trabalhadores ganhem também.
Obrigado, deputado.
Parabéns, Abiquim, pelos 60 anos.
(Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Os nossos
agradecimentos ao vereador Hélio Rodrigues. Convidamos a fazer uso da palavra
Daniela Manique, presidente da Rhodia Solvay e presidente do Conselho Executivo
da Abiquim.
A
SRA. DANIELA MANIQUE - Bom dia, muito obrigada.
Bom dia a todos, a todas aqui, aos senhores deputados, vereadores, presidentes
dos nossos sindicatos. É uma honra receber esta homenagem da Alesp. A Abiquim
está há 60 anos nessa jornada, tendo o estado de São Paulo como o maior polo
industrial do País.
Mais de 60% da indústria química do
País está no estado de São Paulo, como uma referência, uma referência que está
no Brasil há mais de 100 anos e que vem construindo muitos pontos de
pioneirismo. Por exemplo, a alcoolquímica começou no Brasil, no mundo, vinda
dos campos do estado de São Paulo prioritariamente, e que agora pode crescer
enormemente com o uso de etanol, de biomassa.
A Abiquim, que nesses 60 anos virou
referência mundial em programas como o “Atuação Responsável”, desenvolvendo
parâmetros de altíssimo padrão na parte de segurança, na parte de
sustentabilidade, de meio ambiente, para todos os associados que fazem parte do
corpo de direção e do comitê executivo da associação. Então, é uma honra
estarmos aqui.
Essa indústria, como todos disseram e
eu ressalto novamente, é a mãe de todas as indústrias. Nós não temos segurança
hospitalar, segurança alimentar... Nós não temos materiais de proteção para as
nossas casas se nós não tivermos a indústria química. Nós estamos no alimento,
na roupa, no remédio, na tinta, no carro. Estamos em tudo.
É por isso que alguns países do mundo
têm até um ministério da indústria química, porque mostra o quanto isso é
fundamental na construção de um país em desenvolvimento forte, com potencial de
crescimento.
Neste momento, como falamos, é uma
indústria que sofre vários ataques. Então, é muito, muito importante a Frente
Parlamentar da Química. Muito obrigada, deputado Luiz Fernando, deputado
Rômulo, por todo o apoio.
Nós estamos em uma batalha, porque
realmente é muito difícil a gente manter todos os “standards” altos que hoje a
indústria química tem - em termos de segurança, de investimento, de tecnologia,
uso de inteligência artificial - quando nós temos a matéria-prima mais cara do
mundo; quando nós temos um ataque, em termos tributários, de produto importado,
e uma competição desleal que realmente traz um prejuízo enorme para a indústria
local, de algumas empresas que não têm sequer um funcionário em solo
brasileiro.
Nós temos mais de dois milhões de
empregos sendo gerados, e podem ser multiplicados por três, quatro vezes,
empregos indiretos sendo gerados, empregos de alta renda, em que as nossas
empresas treinam os funcionários, ensinam idiomas, ensinam tecnologia, ensinam
como trabalhar em painéis de controle avançados.
Então, é isso que o Brasil tem que ver:
a indústria química forte, não só é uma base importante, como ela também traz a
possibilidade de ter um trabalho assalariado de alta renda, que contribui ainda
mais para o crescimento do País.
Eu espero que a gente consiga, nessa
neoindustrialização, demonstrar isso para o Governo, que investir na indústria
química é investir no crescimento sustentável do País. E que a gente consiga
ser a indústria química verde do mundo.
O Brasil tem todo potencial para sermos
realmente disruptivos nessa direção e para sermos uma referência no mundo como
uma indústria segura, sustentável, que está trazendo crescimento e vai tornar o
Brasil um nome expoente na economia mundial.
Então, mais uma vez o meu muito
obrigada. Agradeço muito por esta homenagem, e que venham as próximas décadas
de um crescimento muito importante para a indústria química e para o Brasil.
Obrigada. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Ouviremos André
Passos Cordeiro, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria
Química, Abiquim.
O
SR. ANDRÉ PASSOS CORDEIRO - Bom, em primeiro
lugar, cumprimentar o deputado Luiz Fernando, agradecer pela iniciativa de
convidar-nos para esta sessão solene em homenagem aos 60 anos da Abiquim.
Cumprimentar o deputado Rômulo, dois grandes amigos pessoais e dois grandes
amigos da indústria química brasileira, da indústria química do estado de São
Paulo.
Cumprimentar o vereador Hélio, também é
um grande companheiro de luta pela indústria química brasileira. Dizer que, da
minha parte, não há desconforto algum, mas se há desconforto vamos tratá-lo,
para que fique mais confortável, porque a luta é importante e todos os
parceiros são muito importantes nessa luta. Cumprimentar a Daniela Manique,
nossa presidente do conselho diretor, que compõe aqui a Mesa conosco.
Cumprimentar o Milton, colega de
Instituto de Desenvolvimento da Química e, em nome dele, cumprimentar todas as
associações que compõem o sistema produtivo da química, que estão no Instituto
de Desenvolvimento da Química construindo esse projeto que é o IDQ, que a gente
tem certeza de que vai crescer, crescer, crescer e dar bons frutos, frutos
ainda maiores do que os que estão sendo dados agora. Cumprimentar o secretário
Virgílio Carvalho, representante do secretário de estado de Turismo e Viagens.
Cumprimentar o Airton Cano, também
nosso colega, aqui representante da Central Única dos Trabalhadores, presente
em todas as lutas em prol da indústria química brasileira. Cumprimentar o
Herbert Passos. A gente deve ser parente em algum ponto, não é, Herbert? Nós
vamos ter que pesquisar isso ainda, mas cumprimentá-lo e, em nome dele, todos
os trabalhadores e trabalhadoras do Sindicato dos Químicos de São Paulo, da Força
Sindical.
Aroaldo. Aroaldo, que é também um
grande lutador, um lutador do ABC, um lutador da indústria química, dos
metalúrgicos, nosso parceiro também das agendas da indústria química.
Cumprimentar os nossos associados aqui presentes: Javier Constante, presidente
da Dow; Manfredo Rübens, presidente da Basf; Roberto
Bischoff, presidente da Braskem e, em nome deles, cumprimentar todos os nossos
mais de 100 associados da Associação Brasileira da Química, que foram os
criadores dessa associação, sem os quais a gente não teria chegado a esses
60 anos de existência desta grande instituição, que é a Associação
Brasileira da Indústria Química.
Cumprimentar meu colega, também
parceiro de lutas da indústria química há mais tempo do que eu, presidente
do Sinproquim, Dr. Nelson Pereira dos Reis, agradecer a presença dele
e, em nome dele, agradecer a todos os sindicatos, a todo o sistema de
sindicatos patronais que constitui o sistema de representação da indústria
química no Brasil e no estado de São Paulo.
Eu vou quebrar um pouquinho o
protocolo, deputado Luiz Fernando, e pedir que os meus
colegas, colegas da Abiquim, levantem, porque eu queria pedir uma
salva de palmas para eles. E, ao pedir a salva de palmas para
eles, reconhecer o trabalho de todos os colaboradores e colaboradoras da
Abiquim, que são os verdadeiros responsáveis por esses 60 anos de
existência da Associação Brasileira da Indústria Química. (Palmas.)
Cumprimentar todos os presidentes de
sindicatos e associações do ramo da indústria química; profissionais
e estudantes da indústria química; Conselho Federal da Química, que
também é um grande parceiro nosso em toda essa trajetória de 60 anos.
Bom, é com extrema alegria que a
Abiquim recebeu o convite do deputado Luiz Fernando
Teixeira, presidente da Frente Parlamentar da Química, para celebrar
o importante marco dos 60 anos de atuação da Associação Brasileira da
Indústria Química, a Abiquim.
Saúdo o deputado Luiz Fernando Teixeira
novamente pelo honroso convite e agradeço a presença de todos que estão
aqui nesta manhã. Deputado, muito obrigado por ter aceito o convite de presidir
a Frente Parlamentar da Química e da Indústria Farmacêutica no Estado de
São Paulo. Sabemos todos que não é uma tarefa fácil, mas lhe agradeço
por toda essa trajetória e por toda a articulação entre
empresários, trabalhadores e trabalhadoras do setor químico, que já
deu muitos e muitos frutos.
Há 60 anos, a Abiquim vem trabalhando
continuamente para auxiliar na construção de um Brasil melhor, mais
saudável, mais sustentável, seguro, moderno e próspero, por meio de uma
indústria química forte, capaz de prover soluções para as mais diversas
necessidades do povo brasileiro.
Nosso trabalho, enquanto
representantes desse importante setor, não apenas para a economia, mas
para a sociedade como um todo, tem por objetivo promover avanços,
fortalecer a indústria como um todo e contribuir ativamente para o
bem-estar de todos, baseado em ciência, inovação e tecnologia.
Celebrar os 60 anos de atuação da
Abiquim é também celebrar o importante fato de que a indústria
química brasileira é a mais sustentável de todo o mundo. Nossos esforços
em Saúde, Segurança e Meio Ambiente resultam diariamente em operações cada
vez mais eficazes, mais limpas, diretamente conectadas com as demandas de
ESG e cada vez mais atentas às necessidades de um mundo em constante
mudança.
A Abiquim aguarda com ansiedade o
momento em que o mundo começar a considerar para as suas decisões de
investimento, de forma sólida, de forma sustentada, de forma
consistente, de forma sistemática e de forma regulamentada, os
elementos de circularidade e de sustentabilidade, em particular o tema do
clima.
Nós temos certeza que, quando o mundo
se aliançar definitivamente em torno desses temas, se dará conta de que a
melhor plataforma produtiva para investir no planeta é o nosso País, em
particular na indústria química. Investir e produzir no nosso País
químicos significa reduzir as emissões de gases de efeito estufa de
todo o planeta. Aqui é o melhor lugar para produzir de maneira
sustentável.
Todo esse trabalho, no entanto, tem
sido bastante desafiador. Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis da
história do setor, que sofre com os impactos geopolíticos, com o surto
predatório de importações de produtos químicos, fábricas operando com índices perigosíssimos
de ociosidade - algumas delas, inclusive, paralisando suas operações -, além do
alto custo das operações no cenário brasileiro, em particular no que tange,
paradoxalmente, ao elevado custo das matérias-primas utilizadas pela indústria
química.
O Brasil precisa urgentemente rever seu
modelo primário exportador, o seu modelo baseado exclusivamente na produção e
exportação de bens originários do extrativismo, e também aplicar a sua
capacidade de produção de energias renováveis e sustentáveis para o
desenvolvimento e para a competitividade do seu setor industrial.
Essa é a pauta central que a indústria
química, junto do Instituto de Desenvolvimento da Química, junto das irmãs e dos
irmãos da indústria energointensiva neste País, tem defendido, em direção -
deputado Luiz Fernando, deputado Rômulo, presidente Daniela Manique - ao governo
federal e aos governos estaduais, onde nós temos bases produtivas importantes,
como é o caso do estado de São Paulo.
No decorrer da nossa extensa trajetória
na Abiquim, no entanto, uma das maiores conquistas dessa instituição e da
indústria química é a capacidade de se reinventar. Superar desafios e
estabelecer planos de ação, especialmente, é um trabalho conjunto, realizado
com o comprometimento do próprio setor, entidades públicas e de toda a
sociedade.
Somente com uma grande união é possível
eliminar as adversidades de toda a cadeia e aproveitar os recursos naturais do
nosso País para resgatar o poder de crescimento do setor e oferecer insumos e
produtos cada vez mais assertivos para toda a sociedade, como bem disse aqui o
Aroaldo na sua manifestação que me antecedeu.
Quero lembrar que o Brasil tem
vantagens competitivas expressivas em relação ao resto do mundo. Para além da
biomassa, gás natural, fontes renováveis de energia e, mais uma vez, foco no
trabalho em conjunto - todos esses setores são essenciais para o que definimos
como neoindustrialização brasileira - a Abiquim comemora a volta de uma
política industrial ativa no nosso País.
Mas essa política industrial ativa
precisa ser mais extensa, mais profunda, mais intensa e ir para além das linhas
de financiamento somente. E avançar, como eu disse e disseram alguns dos que me
antecederam aqui, em um plano estruturante da indústria brasileira, em um plano
regulatório adequado para a geração de um ambiente efetivamente competitivo no
Brasil, que faça uso dessas vantagens e desses potenciais que o nosso País tem.
Adicionalmente à celebração dos 60 anos
da Abiquim, este ano tem sido muito especial para todos os representantes da
indústria química. No final do mês de junho, colocamos no ar uma campanha de
comunicação nas principais mídias, com o objetivo de reforçar a essencialidade
da química na vida das pessoas.
Bem, para finalizar a minha mensagem,
reforço que a nossa capacidade de resiliência aos desafios do setor e a nossa
busca para a construção de um mundo melhor são o motor que nos move, e
continuará movendo a Abiquim em um único destino: fortalecer a indústria
química brasileira e elevar o nível de bem-estar do povo brasileiro.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Antes de passarmos a
palavra ao deputado Luiz Fernando para o encerramento desta sessão, vamos
assistir a um filme da nova campanha institucional da Abiquim, lançada no final
do mês de junho.
* * *
- É exibido
o vídeo.
* * *
Passamos a palavra ao deputado Luiz Fernando
Teixeira para o encerramento desta solenidade.
O
SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Queria, mais
uma vez, agradecer a todos e a todas, parabenizar a Abiquim, dizer, André, que
temos muito trabalho na disputa dos governos para que possam efetivamente
respeitar mais, atender mais à indústria química.
Quero parabenizar o André e toda a
diretoria da Abiquim pelo esforço que têm feito, pela luta que têm travado na
defesa dessa importante indústria, inclusive pelos avanços que têm conquistado.
Retomamos o Reiq, e eu ajudei, eu participei dessa batalha, sei das
dificuldades, sei das suas constantes negociações.
Eu acho que tem alguns membros do Governo
que já não conseguem ver a cara do André, porque o tempo todo está ali: “olha,
mas e isso, e aquilo”. Participei várias vezes de
reuniões nos mais distintos órgãos de governo, governo federal, junto a
ministérios; também no Governo do Estado, junto desde a Secretaria de Governo,
mais secretário de Desenvolvimento Econômico, Secretaria de Meio Ambiente, autoridade
portuária e várias ações aqui na Assembleia.
Quero agradecer muito também ao
deputado Rômulo Fernandes por essa parceria, temos feito uma parceria
importante, a deputada Ana Carolina se soma a nós. Ela é de Santo André, o
Rômulo é de Mauá e eu sou de São Bernardo, então assim... Agradecer muito a
parceria também do vereador Hélio Rodrigues. Temos muita coisa a trilhar, temos
muita coisa a fazer, mas eu quero dizer que tem sido uma honra trabalhar ao
lado da Abiquim junto do André, visto a sua luta, visto o seu desprendimento.
É aquela coisa, não é? Eu sou do
interior, às vezes a gente pergunta: “e aí, como você está?”, o André responde:
“eu estou apanhando mais do que batendo”, mas tem batido também, tem trabalhado
muito, e só me resta aqui render a minha homenagem a você, também junto à
Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Química Federal, dirigida pelo Afonso
Motta, também com o deputado aqui de São Paulo Kiko Celeguim se somando e
sempre presente.
Quero, por último, render minhas
homenagens ao presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química do
ABC, o meu querido amigo Evandro, e também ao meu xará Fernando, que coordena a
Regional de Diadema, meus respeitos a vocês.
Esgotado o objeto da presente sessão,
eu agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade, agradeço aos
operadores da TV Alesp, ao pessoal da taquigrafia, aos demais servidores da
Alesp, em especial aos membros da Abiquim, assim como agradeço a presença de
todos.
Está encerrada a presente sessão. (Palmas.)
*
* *
- Encerra-se a
sessão às 11 horas e 22 minutos.
*
* *