27 DE JUNHO DE 2025
28ª SESSÃO SOLENE PARA OUTORGA DE COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO AO EX-PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO, SR. MILTON LEITE
Presidência: RAFAEL SARAIVA
RESUMO
1 - RAFAEL SARAIVA
Assume a Presidência e abre a sessão às 10h36min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia as autoridades presentes. Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
3 - PRESIDENTE RAFAEL SARAIVA
Informa que a Presidência efetiva convocou a presente sessão solene, para realizar a "Outorga de Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Sr. Milton Leite", por solicitação deste deputado, na direção dos trabalhos. Tece elogios à atuação política de Milton Leite, destacando a justeza de prestar-lhe esta homenagem.
4 - ATILA JACOMUSSI
Deputado estadual, faz pronunciamento.
5 - RAFA ZIMBALDI
Deputado estadual, faz pronunciamento.
6 - REIS
Deputado estadual, faz pronunciamento.
7 - SOLANGE FREITAS
Deputada estadual, faz pronunciamento.
8 - PASTORA SANDRA ALVES
Vereadora de São Paulo, faz pronunciamento.
9 - SILVINHO LEITE
Vereador de São Paulo, faz pronunciamento.
10 - SILVÃO LEITE
Vereador de São Paulo, faz pronunciamento.
11 - ELISABETE FRANÇA
Secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento de São Paulo, faz pronunciamento.
12 - RODRIGO MANGA
Prefeito de Sorocaba, faz pronunciamento.
13 - RICARDO TORRES
Conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, faz pronunciamento.
14 - EDUARDO TUMA
Conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, faz pronunciamento.
15 - RICARDO TEIXEIRA
Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.
16 - MILTON LEITE FILHO
Deputado estadual, faz pronunciamento.
17 - ALEXANDRE LEITE
Secretário municipal de Relações Institucionais de São Paulo, faz pronunciamento.
18 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a apresentação de vídeo sobre a trajetória de Milton Leite, ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, seguida da outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao homenageado.
19 - MILTON LEITE
Ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, faz pronunciamento.
20 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia apresentação da bateria da Escola de Samba 3º Milênio.
21 - PRESIDENTE RAFAEL SARAIVA
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 12h34min.
*
* *
-
Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Rafael Saraiva.
*
* *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras, senhores,
bom dia. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao
Mérito Legislativo do Estado de São Paulo ao ex-presidente da Câmara Municipal
de São Paulo, Milton Leite. (Manifestação nas galerias.)
Milton Leite é figura de grande
relevância no cenário político paulistano. Construiu uma trajetória pautada na
dedicação à vida pública, tornando-se uma liderança com forte atuação nas
periferias da Capital.
É reconhecido pela condução firme, pela
capacidade de articulação política e pela defesa de pautas voltadas ao Desenvolvimento
Urbano, à Habitação, à Infraestrutura e às melhorias sociais. Esta homenagem
reconhece sua contribuição e trabalho para a cidade de São Paulo.
Convidamos para compor a Mesa Diretora
o deputado estadual Rafael Saraiva, proponente e presidente da sessão solene.
(Palmas.) O presidente do União Brasil Municipal, vice-presidente do União
Brasil Nacional e ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo, nosso grande
homenageado, Milton Leite. (Palmas.) O deputado estadual Milton Leite Filho.
(Palmas.)
O secretário municipal de Relações
Institucionais de São Paulo, Alexandre Leite. (Palmas.) O presidente da Câmara
Municipal de São Paulo, vereador Ricardo Teixeira. (Palmas.)
O conselheiro do Tribunal de Contas do
Município de São Paulo, Eduardo Tuma. (Palmas.) E o também conselheiro do
Tribunal de Contas do Município de São Paulo, Sr. Ricardo Torres. (Palmas.)
Convidamos para compor a Mesa a
extensora a Sra. Bete França, secretária municipal de Urbanismo e
Licenciamento da cidade de São Paulo. (Palmas.) O prefeito de Sorocaba, Sr.
Rodrigo Manga. (Palmas.) A vereadora por São Paulo, Pastora Sandra Alves.
(Palmas.) E os vereadores por São Paulo, Silvão Leite e Silvinho Leite.
(Palmas.)
Anunciamos,
na composição da tribuna de honra e também aqui deste plenário, os deputados
estaduais Dr. Elton, Felipe Franco, Solange Freitas, Rafa Zimbaldi, deputado
estadual Reis, o vereador Rubinho Nunes, o vereador por Boituva, Jônatas Alves,
o sempre deputado Antonio Goulart, o sempre vereador Eli Corrêa, o deputado
estadual Atila Jacomussi, a primeira-dama de Sorocaba, Sirlange, o vereador
Adrilles.
Convidamos a
todos agora para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro,
executado pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São
Paulo, sob a regência do maestro subtenente PM Calixto.
* * *
- É
executado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
A Alesp
agradece à Banda do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na
pessoa do maestro subtenente PM Calixto. Muito obrigado.
Podem todos
se acomodar, por favor.
E agora tem
a palavra o deputado Rafael Saraiva, para que proceda à abertura oficial desta
sessão solene.
O SR. PRESIDENTE - RAFAEL SARAIVA
- UNIÃO - Iniciamos os nossos trabalhos nos termos
regimentais. Senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta
Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo à minha solicitação, com a
finalidade de “Outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo ao Sr. Milton
Leite”. (Palmas.)
Senhoras e
senhores, autoridade presentes, Miltão, hoje esta Casa para prestar uma
homenagem a um homem que fez história e que ajudou a escrever a história de
muitos de nós. Muita gente, ao longo da vida pública, escolhe atalhos. E eu,
particularmente, escolhi continuar na estrada. Uma estrada que foi iniciada,
que começou com o Milton.
Se hoje eu
estou aqui, com coragem para lutar pelas minhas pautas, pelos animais, por
aqueles todos que não têm voz, é porque eu aprendi contigo, Milton, que a
política de verdade se faz com firmeza, mas também com o coração. Porque a
palavra vale mais do que qualquer holofote. E lealdade não é moeda de troca, ela
é alicerce.
Milton, a
sua trajetória inspira, transforma e ensina a muitos de nós. Ter a oportunidade
de hoje prestar esta homenagem, para mim é muito mais do que um gesto
institucional; é um acerto de contas pessoal com a gratidão. Você confiou em
mim em momentos decisivos, me estendeu a mão.
E eu não me
esqueço das vezes em que me deu respaldo, sem plateia, sem alarde; apenas com a
sua confiança. Para quem está começando na política, isso vale mais do que
qualquer discurso. Você me fez sentir parte, e essa confiança me guiou nos dias
mais difíceis.
Eu me lembro
de um dia, Milton, antes de eu assumir o meu mandato, quando você estava como
prefeito em exercício e me chamou para tomar um café na prefeitura. Naquela
conversa, eu recebi mais do que conselhos; eu recebi um norte.
Eu sou muito
ansioso, né Miltinho. Antes do mandato, mais ansioso ainda. Você olhou para mim
e falou: “Calma, pega esse contato aqui que eu estou te passando e
liga para o Miltinho, ele é bom, ele vai te ajudar”.
E
aí eu liguei para o Miltinho, vim aqui na Assembleia, marquei com ele e eu
queria agradecer porque ali eu ganhei não só um parceiro de bancada, mas um
amigo, um irmão que me ajuda diariamente. E assim é com o Alexandre também, que
também no começo do mandato, ansioso, me ajudou em muitas oportunidades.
Obrigado por esse dia, por tantos
outros dias, Milton, que me ajudaram e me ajudam ainda a moldar minha própria
trajetória. Obrigado por tudo o que fez pelo estado de São Paulo. Obrigado por
tudo o que você fez pela cidade de São Paulo.
Obrigado por tudo o que você fez pelas
pessoas. E, especialmente, obrigado pelo que fez por mim e pelos nossos.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do deputado Rafael Saraiva. E gostaríamos de registrar e agradecer a
presença do secretário-executivo de estado de Desenvolvimento Urbano e
Habitação, Eli Corrêa Filho; do sempre deputado Adalberto Freitas; do vereador
de Sorocaba, João Donizeti; e do conselheiro estadual da Ordem dos Advogados do
Brasil, Ricardo Vita Porto.
E, no momento, convidamos para fazer o
uso da palavra o deputado estadual Atila Jacomussi.
O
SR. ATILA JACOMUSSI - UNIÃO - Bom dia a todos e a
todos os presentes. Para mim é uma alegria muito grande estar aqui participando
deste grande evento, nesta manhã, na Alesp. Mais do que isso, queria estar
parabenizando todas as autoridades em nome do meu amigo, meu grande irmão,
companheiro de bancada, Rafael Saraiva, que, através dele, teve a iniciativa do
reconhecimento, através dessa medalha de honra ao mérito ao trabalho de um
homem incansável.
Um homem que dedicou a sua vida pelo
estado de São Paulo, pela cidade de São Paulo. Um homem que é um grande exemplo
e que eu tenho muito orgulho de dizer que é meu amigo, que é o nosso querido,
eterno presidente da Casa, da Câmara Municipal de São Paulo, nosso amigo e
grande companheiro Milton Leite. Milton, quero dizer que eu tenho muito orgulho
de ser seu amigo, tenho uma gratidão enorme. Não poderia deixar de estar aqui,
viu, Porto?
E reconhecer tudo o que esse homem fez
durante a minha carreira política, todas as oportunidades. Quero falar e
testemunhar que, se hoje estou aqui, se eu continuo firme e forte ao lado do
Rafael, ao lado do Miltinho e do Alexandre, que são seus filhos, Milton, é
porque você me deu a oportunidade de estar aqui. A oportunidade de continuar
sonhando com a política, de apresentar uma política pública voltada aos mais
necessitados.
O Milton é um político que não escolhe
cor, raça, crença. Ele abraça a todos. Ele é um grande professor. E ter o
Milton como um grande professor é, principalmente, se sentir realmente
acolhido.
Milton, quero dizer aqui que, em nome
de todos os deputados, da iniciativa desse grande amigo Rafael Saraiva - viu,
Miltinho? -, que é meu grande amigo, e eu quero crer que nós estaremos de volta
aqui - viu, Rafael? - para que a gente possa continuar defendendo aqui o União
Brasil, defendendo a boa política paulista e, principalmente, defendendo quem
mais precisa.
O Milton me ensinou uma coisa: fazer
política para rico é fácil. Agora, quero ver fazer política para o trabalhador
e para a trabalhadora. E foi isso que o Milton sempre fez, olhando pelo
trabalhador, pela trabalhadora e pelas periferias da cidade de São Paulo.
Então, Milton, tenho um grande orgulho
de estar aqui hoje, de te abraçar e dizer que você tem um amigo leal. Aonde
você estiver, eu estarei com você. Porque você é um dos poucos políticos.
Porque tem muitos que se dizem políticos, mas não socorrem feridos. Você
socorre a todos e é por isso que você é o que é. E você é grande e você está no
coração de todos nós. Está bom, Miltão?
Grande abraço a todos.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do deputado estadual Atila Jacomussi. Gostaríamos de registrar e
agradecer a presença do secretário municipal de Habitação de São Paulo, Sr.
Sidney Cruz; do presidente da Cohab, Sr. Diogo Soares; e convidamos para fazer
uso da palavra o deputado Rafa Zimbaldi.
O
SR. RAFA ZIMBALDI - CIDADANIA - Bom dia, gente. Bom,
primeiramente, agradecer a Deus por esta oportunidade. Cumprimentar aqui o
nosso deputado Rafael Saraiva, que preside esta sessão, esta justa homenagem.
Cumprimentar aqui o nosso líder, Miltinho Leite. Agradecer aqui o nosso
deputado Alexandre Leite, todos os deputados aqui já nominados, lideranças,
vereadores.
Milton, eu não poderia deixar de estar
aqui. Conheci o Milton não faz muito tempo. Poderia aqui discorrer toda a
história que convivi com o Milton, mas hoje, na política, se tem algo que está
difícil de encontrar, Milton, infelizmente, são pessoas que têm honra e têm
palavra.
Hoje, muitas vezes, lideranças
políticas não assumem nem aquilo que assinam. Mas, quando tive a oportunidade
de conhecer essa pessoa, não só pela história política, por tudo que fez, pela
construção de São Paulo, de todo o estado de São Paulo, contribuindo, sendo
como vereador, como secretário, como liderança política, como presidente de
partido, eu pude conhecer um outro homem, uma outra pessoa que a palavra não
faz curva.
E é por isso, eu, sendo do Cidadania,
do partido, estou pavimentando já a minha estrada para o União Brasil. Quero
agradecer a história, Milton, e lhe parabenizar. Esse gesto feito aqui na
Assembleia Legislativa é um gesto muito pequeno perto daquilo que você
representa a São Paulo e ao estado de São Paulo. Então quero agradecer a
confiança que você teve, acreditou em mim. Só você sabe o que isso significou,
e eu também.
Então, quero te agradecer desde já e
reassumir aqui o meu compromisso e a minha lealdade. Vamos juntos.
Parabéns.
Que Deus o abençoe.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos o uso da
palavra do deputado estadual Rafael Zimbaldi e convidamos para fazer uso da
palavra o deputado estadual Reis.
O
SR. REIS - PT - Bom dia a todos. Quero
cumprimentar a Mesa aqui, o Torres, o vereador Ricardo Teixeira, o Miltinho, o
Rafael Saraiva, o Tuma, também o Alexandre e o grande homenageado nesta data,
nesta sexta-feira, que é o Milton, o Milton Leite.
Eu não poderia deixar de vir aqui tecer
algumas palavras ao Milton Leite, até porque a origem do Milton Leite e a minha
é a mesma, que é a região do Piraporinha, a região da M’Boi Mirim, e todo o
nosso trabalho sempre foi para melhorar aquela região.
A gente tem que entender o que foi a
zona sul antes do Milton Leite e o que é a zona sul depois do Milton Leite.
Muita coisa mudou naquela região, e mudou para melhor. Entender a história do
Milton Leite desde quando ele chegou à Câmara Municipal, em 1996, sete mandatos
de vereador ininterruptos.
Foi o vereador que mais comandou, na
história de São Paulo, a Câmara Municipal. Ele presidiu a Câmara por seis
mandatos. Fez uma gestão muito produtiva, uma gestão que devolveu para o poder
municipal mais de um bilhão de reais, uma gestão de resultados.
Nesse período, vamos entender a
influência do Milton Leite na articulação política, quando ele assumiu a prefeitura
por mais de 100 vezes na ausência do titular. Vamos entender a contribuição
dele para a questão do meio ambiente, dos mananciais; a contribuição para o
transporte público; a contribuição do Milton Leite no Plano Diretor, na Lei de
Zoneamento. Então a cidade é bastante devedora de Vossa Excelência.
Sem contar que eu fui vereador por 8
anos e 75 dias, e tivemos enfrentamentos, a vida não foi fácil. Mas muitas
vezes o Milton Leite falava: “Não, vereador, vamos sentar aqui. Isso aqui nós
vamos fazer”. Vou dar um exemplo: o Viaduto Dona Marisa Letícia.
Nós travamos a Câmara por três meses.
Eu falei: “Se não votar o Marisa Letícia, não se vota mais nada aqui”. E aí o
Milton me chamou e falou: “Não, nós vamos fazer um acordo e nós vamos sancionar
o projeto”. E é aquilo que já foi falado aqui: quando o Milton Leite dá a
palavra, ela não faz curva.
Então eu não poderia deixar de vir aqui
a esta homenagem que o deputado Rafael Saraiva propôs: o Colar do Mérito
Legislativo, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo, ao Exmo. Sr. Milton Leite, de participar, de dar o meu depoimento e de
agradecer por aqueles momentos em que nós precisávamos de decisão e a palavra
do Milton Leite foi decisiva no processo.
Agradecer porque eu participei da Mesa,
eu fui primeiro-secretário na Câmara e participei da Mesa junto com o Eduardo
Tuma e junto com Milton Leite. Quando via aquele calhamaço de papel para
assinar, eu perguntava: “O Milton Leite já assinou? Bom, se ele assinou, eu
assino. Se ele não assinou, eu não assino”.
Então parabéns, Milton Leite. Parabéns
a todos e parabéns aos seus seguidores, aos seus apoiadores, porque tem pessoas
que fazem história e as pessoas esquecem, mas tem pessoas que constroem a
história e se perpetuam nela. Vossa Excelência tem um legado e, com certeza, se
perpetuará na história.
Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos
as palavras do deputado estadual Reis. Gostaríamos de agradecer a presença do
deputado estadual Guto Zacarias e também do Sr. Luiz Augusto Thomaz, da equipe
da primeira-dama do município de São Paulo, Sra. Regina Nunes. Muito obrigado
pela presença.
No momento, gostaríamos de chamar para
fazer uso da palavra, representando o União Mulher, a deputada estadual Solange
Freitas. (Palmas.)
A
SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Bom dia a todos.
Quero cumprimentar Milton Leite e Rafael Saraiva, parabéns pela essa
iniciativa. Mas a primeira coisa, quando eu cheguei aqui, eu perguntei para o
Milton: “Milton, você ainda não tinha recebido o Colar de Honra ao Mérito
Legislativo, que é a maior honraria da Alesp, nestes anos todos?” Mas eu acho
que Deus tem tempo para tudo, e acho que esta era a hora de ele receber.
Quando eu conheci o Milton... Eu sou
nova na política. Eu sou uma jornalista que durante 30 anos trabalhou duro,
lutando pela população, cobrando as autoridades. Quando eu decidi ser candidata
a deputada estadual, procurando um partido, o pessoal falou: “O Milton Leite
quer conversar com você”. E aí eu já fiquei preocupada, né? A gente conhece o
Milton Leite, um vereador respeitado, um líder respeitado.
Aí vim para São Paulo. Eu sou da
Baixada Santista, vim para São Paulo conversar com ele, mas ele é danado. Na
primeira linha de conversa, ele já me ganhou e eu falei: “Eu estou no partido
certo, no União Brasil”. Graças a Deus eu vim candidata a deputada e ganhei.
Estou na primeira eleição e tenho muito orgulho de estar no União Brasil,
porque o Milton é um líder.
Não é fácil ser líder, é como se fosse
um presidente de uma empresa. Você administrar tantos funcionários, tantas
pessoas, não é fácil. E você se posicionar também em qualquer luta que a gente
tenha também não é fácil, porque a gente ganha uma turma, mas a gente compra
briga com outra turma. E o líder tem que ser ousado, corajoso, visionário, e isso
o Milton Leite é.
Então eu tenho muito orgulho hoje, como
presidente do União Brasil Mulher do estado de São Paulo e como única deputada
estadual mulher aqui representando o União Brasil. Tenho muito orgulho de falar
que o União Brasil também dá esse espaço para nós, mulheres, porque para as
mulheres na política também não é nada fácil, mas nós estamos construindo esse
caminho.
Tenho certeza, viu, Milton, de que no
ano que vem, aqui na Alesp, vamos ter mais mulheres representando o União
Brasil aqui no estado de São Paulo.
Muito obrigada e parabéns pela
homenagem. (Palmas.)
O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos
as palavras da deputada estadual Solange Freitas e gostaríamos de convidar para
fazer uso da palavra a vereadora por São Paulo, Pastora Sandra Alves. (Palmas.)
A
SRA. PASTORA SANDRA ALVES - Posso falar? Ah,
coração cheio de alegria. Quero agradecer primeiramente a Deus por tudo o que
ele tem feito e ainda vai fazer por nós. Na pessoa do Dr. Rafael Saraiva, quero
agradecer a todos que aqui se fazem presentes.
Eu quero agradecer à família Leite pelo
carinho que tem externado a cada um de nós que fazemos parte, não só do União
Brasil, mas daqueles que se propõem a fazer uma política limpa, justa e
verdadeira.
Falar do Milton Leite é falar de
família. Eu lembro que no nosso primeiro encontro o Milton me abraçou de uma
forma tão maravilhosa e falou: “Vem, pastora, eu estarei do teu lado te
ajudando”. E nisso eu senti o que está escrito no Salmo 37, versículo três, que
diz: “Confia no Senhor e faze o bem”. Milton Leite, você é um homem que confia
em Deus e não esquece de fazer o bem, independentemente de quem.
Parabéns pela sua atuação. Parabéns
pelo legado que você tem deixado para o Miltinho e para o Alexandre. Parabéns
por tudo que você tem ensinado a nós, que sermos justos, verdadeiros e com
palavra nos levará com exatidão e força a conquistar lugares altos. Quanto mais
alto nós estivermos, que nós possamos aprender com você a carregar a bandeira
da humildade que você carrega. Eu admiro e respeito a sua direção do partido.
Obrigada por essa fala. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras da vereadora e Pastora Sandra Alves, e convidamos para fazer o uso da
palavra o vereador por São Paulo, Silvinho Leite. (Palmas.)
O
SR. SILVINHO LEITE - Pessoal.
(Manifestação das galerias.) Bom dia a todos e todas, neste momento gostaria de
agradecer primeiramente a Deus por esta oportunidade, uma oportunidade ímpar de
poder estar em um momento tão importante hoje, que é homenagear meu amigo,
sempre vereador e presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton
Leite.
Na pessoa do deputado Rafael Saraiva, o
qual eu parabenizo por esta homenagem ao nosso grande vereador. Você realmente
foi uma pessoa muito iluminada, que Deus continue te iluminando.
Foi o que nós falamos ali atrás, o mais
bonito de tudo isso é homenagear as pessoas em vida, isso é muito importante,
faz toda a diferença. Parabenizar e, aqui, cumprimentar todas as autoridades
presentes na pessoa do nosso deputado Rafael Saraiva.
É que, com muita... Muito emocionado,
gente, são anos de vida com esse homem, de trabalho e de luta. É com imensa
honra e alegria que hoje estou na Alesp para prestar uma justa homenagem a um
vereador ícone da política nacional, um líder nato, um amigo querido, vereador
por sete mandatos, 28 anos na Câmara Municipal, seis como presidente da Câmara
Municipal de São Paulo.
Por várias vezes ele subiu naquela
cadeira desta megalópole cidade de São Paulo, como prefeito, e fez toda a
diferença com a caneta na mão. Nunca correu de nenhuma situação e resolveu os
problemas todas as vezes em que sentou naquela cadeira. O senhor faz falta lá,
viu, chefe? Ao longo de tantos anos de sua vida brilhante, de sua trajetória
brilhante, sempre demonstrou um compromisso inabalável com São Paulo.
Sua gestão foi marcada pela
transparência, pela eficiência e pela busca incansável pelo aprimoramento do
processo legislativo, e sua vida pública é um espelho de dedicação, de ética e
de trabalho incansável. Você, chefe, compreende as necessidades da nossa
cidade, da população e se dedica de corpo e alma para que as políticas públicas
cheguem nas pessoas que mais precisam, aquelas mais necessitadas.
Mas, além de suas qualidades como
gestor público, eu quero falar do Miltão, que eu conheço há quase 40 anos, o “neguita
do Figueira Grande”. Um homem e um ser excepcional desde os anos 90, quando
começou o nosso trabalho na Creche Figueira Grande lá com a Gisele, com a Cris,
com o Tonhão, com o seu time Sete de Setembro, que não era fácil, mas nós
construímos um trabalho muito bacana lá.
Fizemos vários trabalhos juntos: as
entregas dos ovos de Páscoa, dos brinquedos quando a gente via aquelas crianças
olhando tão carentes, tão necessitadas, aquele brilho no olhar, que ele também
se emocionava várias vezes.
As bolsas das faculdades, as formaturas
gratuitas para as pessoas mais necessitadas, as cestas básicas nos momentos
mais difíceis, a Covid, não é? Naquela época o senhor já fazia isso, e o
hospital do M'Boi Mirim foi um marco.
Hoje é conhecido como o rei do campo da
grama sintética, mas, mais do que isso, no seu primeiro mandato era conhecido
como o rei da viela, porque aquelas pessoas que usavam mais de duas horas para
chegar no seu trabalho, usavam três sapatos, três sacolas de plástico no pé. Só
quem está na periferia sabe o que é essa dificuldade.
Queria destacar aqui também, chefe,
algumas pessoas que fizeram a diferença naquele momento. A minha mãe, dona Teresa
- e o respeito e o carinho que o senhor sempre teve por ela -, a dona Nir, a
Dorinha, o Acir, o Sr. Lormando, o Periquito, o Bene, a dona Iraci, a dona
Júlia e tantas outras lideranças que se fazem presentes aqui hoje e que fizeram
com que nós estivéssemos aqui.
Aprendi muito com esse time e fez toda
a diferença na construção da minha carreira profissional ao longo desses anos
até a minha chegada na Casa do povo, honrando o seu legado e de todas as
quebradas periféricas da cidade de São Paulo.
Meu mentor, meu líder e amigo leal, sua
simplicidade, humildade e o bom humor são características que o tornam ainda
mais admirado e respeitado por todos aqueles que tem o privilégio de conviver
com o senhor, jogar uma partida de truco, acompanhá-lo em uma pescaria e, com
certeza, ir no jogo do nosso glorioso timão. Vai, Corinthians! (Manifestação
nas galerias.)
Em nome de todos que acreditam na sua
política, de que ela é feita de seriedade e paixão, muito obrigado por sua
dedicação, por sua liderança e por ser essa pessoa tão especial que tenho a
honra de chamar de amigo. Miltão é família, acolhe e protege.
A honraria que hoje lhe é concedida é
um reconhecimento mais do que merecido, é um tributo à sua perseverança, à sua
integridade e a um legado que você constrói diariamente a favor de São Paulo.
Chefe, eu tenho certeza de que seus
filhos, os nossos grandes deputados Alexandre Leite, Milton Leite Filho e os
demais filhos que estão aqui... Todos os seus parentes, tenho certeza de que
vocês se orgulham muito desse paizão, avô, amigo e mentor.
Ao longo da vida de vocês, tanto
pessoal quanto pública, eu aprendi isso no momento mais difícil da minha vida,
em 2014, quando eu perdi meu pai biológico e vi que Deus havia me preparado um
pai da vida, que é o senhor, chefe. Eu entendi. Muito obrigado por isso. Com
toda certeza, a dona Nathalia, sua mãe, estará no céu neste momento te olhando
muito orgulhosa e te abençoando pelo filho amado e querido por todos.
Se hoje eu sou quem sou, cheguei aonde
cheguei, devo aos ensinamentos dos meus familiares, dos meus pais - meu pai e
minha mãe -, da educação, da criação e por toda oportunidade, respeito, carinho
e ensinamentos que o senhor me deu, que o senhor me deixou.
Chefe, muito obrigado.
Gratidão sempre e juntos aqui a
quebrada sempre vai ter voz.
Muito obrigado a todos e um bom dia.
(Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do vereador Silvinho Leite. Gostaríamos de registrar e agradecer a
presença dos secretários municipais: do Verde e Meio Ambiente, Rodrigo
Ashiuchi; e dos Direitos Humanos, Regina Santana. Muito obrigado pela presença.
Registrar também a presença do vereador por São Paulo, Sansão Pereira.
Em nome de todos os vereadores do interior
que estão aqui, gostaríamos de agradecer a presença do presidente da Câmara
Municipal de Mogi Mirim, vereador Cristiano Gaioto. Muito obrigado pela presença.
Gostaríamos de convidar agora para
fazer o uso da palavra o vereador Silvão Leite. (Palmas.)
O
SR. SILVÃO LEITE - Bom, vamos lá, são só umas dez
páginas aqui, é bem rapidinho, tá, pessoal? Bom dia a todas as lideranças
políticas de peso aqui presentes, e muito bom dia as nossas lideranças que
trabalham e fazem a diferença. (Manifestação das galerias.) Bom dia, pessoal.
Bom dia, Miltão.
Eu vou começar contando para vocês que,
no começo, eu achava estranho quando ouvia as pessoas se referindo ao Milton
leite como “Miltão”, mas hoje acho que esse nome se encaixa perfeitamente com a
pessoa que ele é: um homem gigante, com um coração gigante.
É claro que, depois de tudo o que vimos
e ouvimos aqui, a capacidade de articulação política do Milton e o tamanho da
liderança que ele se tornou são indiscutíveis. Por isso, eu queria destacar
mais o ser humano que ele é.
Quando fui chamado para trabalhar com
ele e contribuir com o trabalho que começava a ser feito na zona sul, no
Grajaú, em Parelheiros, em Santo Amaro, na Capela do Socorro, claro que já
tinha ouvido falar da lenda Milton leite, mas confesso que os grandes
aprendizados que tive ao longo dos últimos 20 anos foram lições de vida, mesmo.
Modificar bairros inteiros sem uma visão humana seria muito mais difícil.
Eu vi muitas vezes o Miltão andar na
rua de terra ao lado do povo, sujando o sapato de poeira e sentindo, ali, a
necessidade de todos. Vi muitas vezes ele aceitar todos os cafés oferecidos nos
copos mais simples. Eu o vi voltar no carro, depois de muitas agendas, com os
olhos cheios de lágrimas por não conseguir fazer tudo o que a gente queria para
melhorar determinada comunidade.
Nessa trajetória juntos, a gente mudou
a realidade de muita gente para melhor, e demos alegria também, já que a nossa
parceria ultrapassou a questão dos bairros e da preservação das represas e
chegou ao Carnaval. Na Escola de Samba Estrela do 3º Milênio, o Miltão, que é o
presidente de honra, literalmente se joga. O samba e a cultura estão no sangue,
e essa visão tem feito um bem enorme para o Carnaval de São Paulo.
Claro que não... Para encerrar esta
fala, agradeço por você ser o meu líder maior, ter me ajudado a chegar até o
cargo de vereador. Continuar o seu legado, Miltão, é uma grande honra para mim.
Conte sempre com a minha lealdade e amizade, Miltão. Um grande abraço.
Obrigado. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do vereador Silvão Leite. Convidamos para fazer o uso da palavra a
secretária municipal de Urbanismo e Licenciamento, Elisabete França.
A
SRA. ELISABETE FRANÇA - Bom dia a todos e a
todas, autoridades todas aqui presentes.
Eu sou a primeira não-parlamentar a
falar, então eu não tenho esse tino parlamentar para o discurso. Mas eu
gostaria de dizer, ali, ao Milton: eu me sinto muito emocionada, muito feliz.
Não há uma homenagem mais justa para esse que eu conheci em 1996. Eu era
coordenadora do Programa Guarapiranga, e o Milton...
Eu conheci o Milton em uma urbanização
de favelas, e desde 96 ele segue com muito esforço para essas comunidades mais
pobres da cidade de São Paulo terem atendimento, terem infraestrutura, terem um
cuidado especial com as nossas represas. Isso foi crescendo para todas as áreas
de São Paulo. Hoje, programas de urbanização são comuns, novas unidades habitacionais,
transporte. Sempre cheio de ideias.
O que mais me impressiona no Milton é
que hoje ele é líder de uma federação, aqui no estado, enorme, que é o União
Brasil, mais o Partido Progressistas, e mesmo assim ele continua ligando quase
todos os dias: “Olha, tem uma rua ali que ainda não está ‘não sei o quê’. Você
não está cuidando”.
Agora é a Teresa quem cuida, mas ele
liga todos os dias para ela também. Então é impressionante como uma pessoa, um
líder tem essa capacidade de estar junto aos mais pobres, aos mais
necessitados, criar políticas públicas ao mesmo tempo em que tem essa presença
fundamental nos rumos da política brasileira.
Então, Milton, estou muito feliz. Estou
olhando aqui pela televisão. Parabéns, parabéns para toda a família, Miltinho,
Alexandre, noras, netos. É um dia muito feliz para todos nós que acompanhamos a
sua trajetória política e pessoal.
Muito obrigada. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras da secretária Elisabete França.
Gostaríamos de registrar e agradecer a
presença dos seguintes prefeitos que aqui se encontram: de Itapecerica da
Serra, o prefeito Ramon Corsini (Palmas.); de Mirandópolis, Grampola; de Barra
do Chapéu, o prefeito Ivan (Palmas.); de Cananéia, Andre Sanches (Palmas.); de
Quadra, a Lheonides (Palmas.); de Cordeirópolis, a prefeita Cristina Saad
(Palmas.); o vice-prefeito de Iporanga, Sr. Edmundo (Palmas.); o vice-prefeito
de Buri, Sr. Ronaldo. (Palmas.)
E para falar em nome de todos os
prefeitos presentes, convidamos o prefeito de Sorocaba, o Sr. Rodrigo Manga.
(Palmas.)
O
SR. RODRIGO MANGA - Bom dia. Bom dia a
todos. É uma alegria muito grande poder estar aqui hoje. Quero cumprimentar o
deputado Rafael Saraiva e parabenizar por essa justa homenagem em seu nome,
deputado, todos os demais deputados aqui presentes.
Quero cumprimentar a Pastora Sandra, o
Silvão, o Silvinho, meu amigo vereador João Donizeti, na pessoa deles todos os
vereadores aqui presentes, na pessoa da secretária Bete e do meu amigo Dr.
Porto, as demais autoridades e cada um da população que está aqui presente.
(Palmas.) Parabéns por vocês virem aqui homenagear o nosso tão querido e amado
Milton Leite.
Milton, fiz questão de estar aqui,
nesta que é a maior honraria que a Assembleia Legislativa pode oferecer a um
cidadão, porque eu quero dizer em nome de todo cidadão sorocabano que, se
Sorocaba é uma cidade que tem se destacado hoje, tem se desenvolvido, é porque
você sempre teve um olhar amigo, você sempre ajudou a nossa cidade. Então meu
muito obrigado em nome de cada cidadão sorocabano, e fico feliz de ver esse
plenário lotado, aqui, hoje, de pessoas que amam você, de pessoas que você, de
alguma maneira, ajudou a construir a história.
E eu tenho a certeza de que se a gente
pudesse espelhar em você e multiplicar ainda mais pessoas que tenham o seu
posicionamento político, a maneira de você ajudar, em especial, aqueles que
mais precisam, nós vamos fazer não só do estado de São Paulo, mas do Brasil o
melhor país do mundo para se viver.
Deus abençoe a todos, e muito obrigado,
Milton Leite. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do prefeito Rodrigo Manga e gostaríamos de convidar para fazer o uso
da palavra o conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, o Sr.
Ricardo Torres.
O
SR. RICARDO TORRES - Bom dia a todos.
Dizer que é motivo de muito orgulho estar presente nesta homenagem tão justa. A
exemplo do que foi feito aqui pelos demais, vou fazer uma breve fala conectando
com a nossa experiência juntos na administração pública, a minha e a do
presidente Milton Leite.
Antes de tudo, agradecer ao deputado
Rafael Saraiva pela oportunidade de estar aqui, por tão honrosa homenagem dada
ao nosso sempre presidente, ele que eu conheci, também - o Rafael - antes de
ser deputado, e logo percebi que seria um grande parlamentar.
Mas o prefeito Bruno Covas me convidou,
certa feita, presidente, para ser diretor presidente da agência reguladora - e
eu sei o carinho que o senhor tinha pelo prefeito Bruno Covas, assim como eu
também tinha -, e me recomendou que, naquela oportunidade, assim, antes de
assumir a função, fosse falar com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo
em 2021, que eu não tinha tido, ainda, a oportunidade de conhecer.
E aqui um depoimento pessoal do seu
espírito público. Eu fui lá, um homem dessa estatura, sete mandatos, para além
dos sete mandatos de vereador, para além dos seis como presidente da câmara,
para além dos seus frutos que estão aqui, cheguei lá como presidente para me
colocar à disposição e falei: “puxa, ele vai me trazer as demandas do
Legislativo”.
Ele me disse o seguinte. “Ricardo,
estou te conhecendo agora, mas se o Bruno confia em você, eu também confio,
porque eu sou um parceiro da gestão dele, e eu quero te dizer uma única coisa.
Trabalhe pela nossa cidade, faça um excelente trabalho nessa agência”.
E ao longo de toda a minha trajetória
na Prefeitura de São Paulo, as inúmeras vezes que eu tive a oportunidade de
falar com o presidente, ele me ligava, e sempre era alguma demanda relacionada
à população mais necessitada e mais carente da cidade. Então, compromisso com o
espírito público, com as pessoas mais pobres.
E aí, em caráter pessoal, que é muito
relevante. O que fez o presidente Milton Leite e o procedimento dele, após o
falecimento do prefeito Bruno Covas, com todos que integravam a sua
administração, a solidariedade demonstrada, isso me tocou profundamente.
Depois tive a oportunidade, por
indicação do prefeito Ricardo Nunes, a quem o presidente Milton Leite muito
ajudou na câmara, diz ser conduzido ao Tribunal de Contas com o apoio do
Legislativo, em especial com o seu apoio, sendo muito grato. E, de novo, mais
uma vez, ao encontrá-lo, qual foi a frase que ele me disse? “Continue fazendo o
bom trabalho que você vinha fazendo e conte comigo para que trabalhemos por São
Paulo”.
Então, muito honrosa essa homenagem,
muito justa. Parabéns, presidente, nosso sempre presidente Milton Leite, pela medalha
de Mérito Legislativo. Se tem alguém que tem mérito Legislativo no município de
São Paulo, é V. Exa., presidente. Sucesso.
Muito obrigado a todos, bom dia.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do conselheiro Ricardo Torres e convidamos para fazer o uso da palavra
o conselheiro do Tribunal de Contas do Município de São Paulo, o Sr. Eduardo
Tuma.
O
SR. EDUARDO TUMA - Bom dia às mulheres, cumprimento
em nome da Pastora Sandra Alves, aqui presente. Parabéns. Parabéns ao Dia
Internacional das Mulheres, que são todos os dias do ano. Não é isso? Parabéns
ao Rafael Saraiva pela propositura de, mais do que uma homenagem, mais um
reconhecimento de uma vida de serviços públicos prestados ao próximo à
sociedade paulistana, paulista e brasileira.
Vou, aqui, 11 horas e 28 minutos, não
vou falar 13 minutos, mas tinha um discurso escrito, vou preferir falar do
coração, daquilo que me vem à mente, porque temos história juntos, o presidente
Milton Leite e eu, e em três partes eu faço a minha manifestação.
A primeira é destacar as qualidades do
Milton Leite, essa capacidade que ele tem de, ao se debruçar sobre um assunto,
dominar esse assunto. Então, na Câmara Municipal, independentemente do tema que
se achegava com o projeto, seja da prefeitura, seja dos vereadores, o Milton se
fechava na salinha dele, ali no sétimo andar, estudava, aprendia sobre o tema,
fosse ele jurídico, relacionado à engenharia, ao meio ambiente.
Depois de dois dias, fazíamos uma
reunião de líderes e o Milton passava a explicar aquele projeto. Então, é uma
capacidade que eu não encontrei em outra pessoa, não tenho medo de errar ao
afirmar isso.
O segundo ponto é esse relacionamento
pessoal que eu pude, tive a oportunidade de desenvolver com o presidente Milton
Leite, Miltinho. Em 2013, primeira... Fui eleito em 2012, em 2012 ainda, no
final do ano.
Meu hoje falecido e saudoso pai me
pegou pela mão, fomos ao sétimo andar e meu pai fez um pedido ao Milton: “Cuide
do meu filho, é novo”. Eu era o mais novo da legislatura, 31 anos. “Está
chegando agora, não deixa ele errar, não deixa ele fazer besteira”.
E foi exatamente assim que o Milton
conduziu o relacionamento comigo. Ele foi me orientando, me alinhando, e
naquele primeiro mandato eu era um vereador de oposição, então tinha que ter um
“calibramento” adequado, não podia ir muito além, nem muito aquém, e o Milton
foi quem me orientou. E para resumir essa tratativa que é em hábito pessoal,
minha com o presidente Milton Leite, eu pude chegar à vice-Presidência da
Câmara Municipal, Milton presidente.
Eu cheguei com o apoio dele à Presidência
da Câmara Municipal nos anos de 19 e 20, e pude ser conduzido ao Tribunal de
Contas, com o apoio do presidente Milton Leite, escolhido pelos vereadores,
votado pelos vereadores, e ali também continuei, porque eu acho que é
inteligente a gente sempre absorver aqueles que têm mais cabelos brancos, mais
autoridade do que nós.
Eu pude chegar à vice-Presidência e à
Presidência do Tribunal de Contas de igual forma. Esse é o relacionamento que
eu julgo importante, porque a vida dele ajudou a moldar a minha vida, e eu sei
que isso é assim também com muitas e muitos aqui presentes. Não seria diferente
aqui parlamentares de todos os âmbitos da nossa Federação, em vários municípios
do nosso estado, Ricardo Teixeira.
Então isso demonstra o carinho que nós
temos por ele, mas, na verdade, somos nós que somos influenciados e
presenteados pela vida dele, por aquilo que ele deposita sobre nós.
E, finalmente, para encerrar aqui o meu
discurso e manter a minha promessa de uso racional do tempo, dois pilares que
foram aqui mencionados, Ricardo Torres, e que eu julgo essenciais para a vida
de uma pessoa.
“Empenhou a palavra, cumpre”. “Disse
que vai fazer, faça”. Não arrede, não mude, não deixe a sua palavra fazer
curva. Isso demonstra falha de caráter. Mas isso nós não encontramos no Milton
Leite, porque quando ele fala que vai fazer, que vai te apoiar, que vai votar
em você, que vai ter você como um aliado, você pode - como se diz em um jargão
um pouco mais popular - ir dormir tranquilo, porque sabe que essa palavra vai
se concretizar. Esse é o primeiro pilar.
E o segundo pilar, que também aqui foi
mencionado mais de uma vez, pelo Rafa Zimbaldi, pelo Rafael Saraiva, por todos,
pelo Paulo Reis, pela deputada Solange. Lealdade. A lealdade, diferente da
fidelidade, que tem compromisso com aquele projeto específico, e você se
compromete com aquele projeto, pontual, temporário, por vezes, vai até o fim,
cumpre, entrega, a fidelidade daquele projeto acabou.
Lealdade é diferente. Lealdade é um
compromisso constante, e mesmo independentemente da pessoa que está do outro
lado. Muitas vezes você é leal a alguém e aquela pessoa é desleal a você. Só
que porque é lealdade, você continua agindo, ainda que em malefício, ainda que
em prejuízo próprio, porque você tem esse pilar da lealdade muito bem
fundamentado no seu ser.
E o Milton me ensinou isso na câmara.
Tenha lealdade. Às pessoas, em primeiro lugar. Tenha lealdade aos projetos nos
quais você se envolve e você se dispõe pessoalmente, com o seu nome, com a sua
personalidade, com o seu caráter. E isso eu nunca mais esqueço. Cumprimento de
palavra e lealdade, e essas são qualidades abundantes no presidente Milton
Leite.
Permita-me aqui, com respeito à sua
família, aos seus filhos, e eu sei que você tem filhos naturais, que têm o seu
DNA, mas, Miltinho, ele também tem filhos por adoção. Dois filhos, como ele diz
aqui, e tem gente querendo entrar na fila, para também ser sua filha e seu
filho. (Palmas.) Prova disso.
Então, eu vou acabar com três palavras
que eu sei que vocês também querem falar para o Miltão: Miltão, eu te amo.
(Palmas.) Miltão, eu te amo.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do conselheiro Eduardo Tuma. Gostaríamos de convidar para fazer uso da
palavra o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Ricardo
Teixeira.
O
SR. RICARDO TEIXEIRA - Bom dia, bom dia a
todos, bom dia a todas. Olha, eu tinha preparado, minha assessora, que está
aqui, a Ana, me filmando, eu tinha preparado um texto aqui para fazer a
leitura. Mas o clima é de emoção, acho que o clima é para falar de coração.
Então, em primeiro lugar, agradecer ao
deputado Rafael por ter essa lembrança e dar a maior honraria do estado de São
Paulo para o vereador Milton Leite, o nosso amigo vereador, presidente Milton
Leite.
Eu tenho dito, e vocês acompanham aí a
leitura pela imprensa, que sempre que eu cito o Milton, eu falo que é um mito
que aconteceu na cidade de São Paulo. O Miltão, como a gente conhece, é ímpar,
dificilmente vai aparecer um outro parlamentar na cidade com a dedicação, com a
lealdade, com a palavra, com o trabalho, com o empenho, com tudo o que vocês já
ouviram e conhecem do Miltão.
Mas a minha relação com ele, e aí eu
vou lembrar ao Alexandre Leite, que estava na sala nesse dia, presidente
estadual do meu partido, e junto com ele o presidente municipal, Milton Leite,
eles me chamam no dia do meu aniversário, 22 de dezembro do ano passado,
reunidos, o diretório fala assim: “Olha, nós vamos te indicar para ser
presidente da Câmara”. Eu parei, olhei para os dois e falei: “Vocês estão
loucos? Vocês estão malucos?”
O Milton, esse mito, seis anos de
Presidência, eu nunca participei da Mesa Diretora da Casa, vocês querem que eu
vá para ser presidente. E os dois ali me convenceram. Bom, eu passei ali umas
semanas sem dormir direito. Como é que eu ia suceder o maior vereador que a
Casa já teve? Como é que seriam os meus primeiros dias?
Bom, a minha família ia viajar em
janeiro e eu não viajei. Fiquei lá trabalhando em janeiro para aprender. Fiquei
horas com o Milton lá no escritório dele aprendendo o que era o dia a dia da
Casa. E hoje, com certeza, depois desses seis meses que eu estou lá, quase todo
dia eu ligo para ele. Tem dia que é difícil ligar, viu, Alexandre? Porque ele
está em alto mar, mas, mesmo assim, de vez em quando ele me atende.
E o meu prefeito de Cananéia, que está
aqui, o Dr. Andre, ou ele está na Ilha Comprida, ou está em Cananéia, ou está
em São Paulo, a gente liga. “Dr. Andre, ele está por aí?” “Não, ainda não vi o
Miltão por aqui.” Mas, olha, gente, é uma honra eu estar sucedendo o Milton na
Câmara Municipal de São Paulo. É um desafio para mim todo dia.
E eu posso dizer para vocês que todo
dia eu ligo para ele, todo, todo dia, porque sempre acontece alguma coisa nova.
Outro dia eu liguei para ele e falei assim: “Eu estou numa rua sem saída,
chefe.
E agora? Essa aqui eu nunca consegui
ainda, nesses seis meses aqui, é um problema novo.” E ele, com aquela calma,
com aquela paciência, ele fala assim: “Não, vai por aqui, conversa com aquele,
puxa aquele outro, ele está sempre nos orientando”.
Todos aqui, gente, todos aqui, estamos
aqui por causa do Miltão. Todos aqui, como disse o meu querido Tuminha, nós
amamos o Miltão. A gente tem uma relação de carinho e de respeito.
Eu não posso falar que ele é meu pai,
porque ele é quase da minha idade, nós temos quase a mesma idade, mas eu o
tenho como irmão mais velho, uma pessoa que só me orientou.
Desde o primeiro dia que eu cheguei na
Câmara, 20 anos atrás, o Miltão me chamou e sempre me orientou, ele sempre foi
meu amigo, sempre foi meu parceiro. Então hoje, estar aqui, neste dia de
honraria e estar sucedendo o Milton na Câmara Municipal de São Paulo, é uma
honra muito grande. Olha, chefe, meu amigo, meu irmão, que eu nunca lhe
decepcione lá na Câmara Municipal de São Paulo.
Parabéns, Rafael. Parabéns, Miltão.
Hoje o dia é seu. Parabéns. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos as
palavras do vereador Ricardo Teixeira, presidente da Câmara Municipal de São
Paulo, e convidamos para fazer o uso da palavra o deputado estadual Milton
Leite Filho. (Palmas.)
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Bom dia a todos, bom
dia a todas. Obrigado pelas palavras daqueles que me antecederam, Bete,
Silvinho, Silvão, Manga, Pastora Sandra, Eduardo Tuma, Saraiva, Ricardo
Teixeira, Ricardo Torres. Em especial um abraço a todos e todas vocês aqui, que
tornam esse dia hoje muito especial. Muito obrigado a todos e todas, gente.
Rafa, obrigado por estar prestando essa
justa e merecida homenagem ao meu pai, vereador Milton Leite. Podia falar muito
aqui de coisas que eu aprendi, que já aprendi e sempre continuo aprendendo com
o vereador, que ele é, sem brincadeira, um poço de sabedoria. Você pode falar
assim: “Campanha é fácil de se fazer”, mas a primeira regra dele: nunca faça
uma campanha prometendo nada.
Disputei cinco eleições já, todas elas
eu e meu irmão nunca prometemos nada para ninguém durante o período eleitoral.
E nunca prometa nada que você não vá poder cumprir. Assuma o seu compromisso de
trabalho diário em prol da população, sempre. Cumpra com isso, mas não prometa
nada.
O Hospital do M’Boi Mirim, gente, para quem
não conhece, quando ele começou a pensar nesse hospital, não tinha smartphone,
era só o telefone, não tinha nem o Google Maps. Ele abria aquele mapa da
Geomapas em cima da mesa e ficava procurando um terreno. Onde que pode ser que
vai acontecer aquele hospital? Lembra, Silvinho? A gente ficava em cima da mesa:
“Ah vai ser ali, vai ser ali.” Demorou, custou muito tempo. Não vendeu falsa
esperança a ninguém, mas o hospital saiu.
Outra coisa que marcou muito a região:
o sítio Miami, Aracati. Quem conheceu aquela região lá sabe o que aquilo lá
mudou a vida das pessoas. Estou vendo a Mariana fazendo assim, ela trabalhou
junto com a Sabesp, sabe que foi pedreira aquilo ali. Não prometemos nada,
chegamos lá, assumimos o compromisso com a população, ele foi lá e cumpriu. A
dedicação dele em prol disso daí é ímpar.
Há poucos dias, eu estive no Jardim
União, né, Silvão? A gente estava lá entregando, o que a gente foi fazer lá?
Entregar o título de propriedade para aquelas pessoas.
Ele começou a trabalhar naquilo lá
desde quando era um assentamento, passou por urbanização, ele já não estava
mais como vereador, foi agora, há um mês, mas, mesmo assim, ele foi lá porque
ele sabe o que significa aquele pedacinho de papel, mas para aquelas pessoas é
muito, é poder colocar a cabeça no travesseiro e falar: “Esta casa aqui é minha”.
A maioria das famílias luta por aquilo
ali. Ele fez questão de estar lá presente com cada uma delas para falar assim:
“Esse é um sonho de cada um de vocês conquistado”. Ele ajudou a fazer isso. Não
só naquela região, mas em tantas outras regiões.
Esse é o exemplo que nós temos. Eu, meu
irmão, o Tuma sabe disso, o Torres, o Ricardo Teixeira também sabe, o Rafael
Saraiva sabe. Rafa, você não vai mudar de nome, não, não é? Rafael Saraiva
Leite, só para ter certeza.
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - Se vocês
autorizarem.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Brincadeiras à
parte, gente, é uma luta, são 20 e tantos anos de mandato. Agora, se vocês
forem olhar a dedicação à vida pública, quem já foi no meu gabinete, tem uma
foto lá. Ela é na Avenida de Pinedo, no ano de 80 e alguma coisa, se não me
engano, 87, 88, quando o João Leiva era candidato a prefeito de São Paulo. Ele
estava lá lutando por habitação naquela avenida. Ele nunca se esqueceu das
pessoas, nunca virou as costas para as pessoas.
E uma coisa que é importante, o Reis
estava aqui, ele falou algumas palavras, sempre soube dialogar com todos,
independe se é da base dele, se é da oposição; sempre teve um diálogo aberto,
isso eu aprendi muito com ele. Ele fala assim: “Saiba ouvir todos”. Você pode
ter opinião diferente, você pode ter opinião divergente, mas saiba ouvir e
saiba respeitar.
Isso daí é o ensinamento que eu e meu
irmão, nós levamos isso ao pé da letra. Você não pode querer que a sua opinião
seja maior que a dela. Pode ser igual; nem melhor, nem pior. Saiba ouvir. Você
pode discordar, você tem o direito disso, mas ouvir as pessoas, é assim que se
faz política.
Você não pode querer trabalhar pelas
pessoas se você não ouviu a demanda delas. Ninguém chega lá com bolinha,
caixinha de cristal, falando assim: “Ah, eu vou fazer o que eu quero”. Não é
assim. Estou vendo o Olim ali. O Olim está falando: “O que esse moleque está
falando?” Bonitão, presta atenção! Estou brincando, Olim.
Gente, é um trabalho ao longo de 27
anos. Tenho um carinho muito grande por cada um de vocês. Estou vendo o
subprefeito de Parelheiros, o Marco; Silvão, Vargem Grande, o que era e o que é
hoje também; é outra coisa que nós mudamos. Os campos de futebol, o gramado
sintético. Saindo daqui periga o Silvinho chamar a gente para passar lá no
Campo do Sabão, não é, Silvinho?
Vocês dão risada porque vocês não sabem
o que é a agenda da gente. Quem trabalha não tem dia. Eu e meu irmão sabemos.
Sábado, domingo, “Ah, o que estão fazendo?”. Pode procurar que estamos na rua
trabalhando. Não é fácil. O Silvinho e o Silvão sabem muito bem disso. A Bete
França também.
Quantas vezes, Bete, domingo, sábado de
manhã, a gente na rua anunciando obra, entregando obra? Assim é nossa vida. É
assim a vida de um parlamentar exemplar. É gratificante você poder falar de uma
pessoa de que você fala assim: “Onde ele está tal domingo?” “Ele está ajudando
as pessoas, está trabalhando em prol delas.”
Esse é o legado que ele deixa, não só
para mim, para o meu irmão, mas para todos os presentes. Eu agradeço a presença
de todos e todas aqui por poder fazer parte disso.
Muito obrigado, gente.
Boa sexta-feira. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convidamos para fazer
uso da palavra o secretário municipal de Relações Institucionais de São Paulo,
Sr. Alexandre Leite. (Palmas.)
O
SR. ALEXANDRE LEITE - Muito obrigado. Bom
dia a todos.
Agradeço a justa homenagem proposta
pelo deputado estadual Rafael Saraiva, no qual cumprimento todos os deputados
estaduais presentes, o meu irmão, companheiro Romeu Tuma, conselheiro Ricardo
Torres, vereadores aqui presentes, nos quais cumprimento o presidente Ricardo
Teixeira que, na minha humilde opinião, acho que é o homem que simboliza o
maior piano a ser segurado, ao assumir e suceder o vereador Milton Leite na
Presidência da Câmara Municipal de São Paulo.
Aqui, poderia falar de muitos feitos
desse legado. Meu discurso vai ser sobre legado, bem curto. Resumir mais de 30
anos de trabalho, sete mandatos dedicados à vida pública da nossa cidade,
dedicados às pessoas, em três minutos, é uma missão muito difícil, ainda mais
sendo filho, conseguindo conciliar um discurso político com os feitos públicos.
A gente começa fazendo um breve resumo
na Câmara Municipal de São Paulo. Seis mandatos na Presidência, mais de um
bilhão de reais devolvidos só da administração da Casa Legislativa Municipal. É
um feito histórico. Isso é o orçamento de muitas cidades do Brasil. Um dos
últimos feitos pelo vereador Milton Leite.
Lembro também do acordo feito com a
União, do Campo de Marte, que trouxe para a cidade de São Paulo mais de 23
bilhões de reais aos cofres públicos municipais; o acordo de investimento da
Sabesp, que não investia no saneamento básico, na canalização dos córregos, no
tratamento de água da Capital, mais de 20 bilhões de reais também para os
cofres públicos municipais.
Leis de toda ordem aprovadas na Câmara
Municipal. Cito a reforma administrativa, a reforma previdenciária, que trouxe
também outros vultosos bilhões de reais para a cidade de São Paulo, sem falar
naqueles investimentos locais que são os legados de obras que mudaram a vida de
tanta gente, e não só na zona sul; o legado do meu pai, do vereador Milton
Leite, que hoje é aqui reconhecido, ultrapassa essas pessoas que estão aqui.
Todos aqui, Tuma, são irmãos e irmãs e
aqueles que não são ainda querem ser adotados, porque o Miltão é aquele que não
é só um caçador de talentos políticos, ele ajuda pessoas a se elegerem, pessoas
com propósito, que têm propósito de almejar um cargo público, seja de prefeito,
seja de vereador, seja deputado estadual, deputado federal. Ele ajuda todos
aqueles que têm propósito, que querem alcançar algo para fazer algo de bom para
alguém.
Ao ser adotado pelo Miltão, a gente
sabe que, se perder uma eleição, ele vai estar lá. Ele não abandona aqueles
que, por ventura, não vencem uma eleição. Muitos amigos, principalmente
deputados federais, alguns do Executivo, passam por momentos de dificuldade na
vida pública. O nome exposto na TV, no jornal. Nessa hora, meu pai me liga e
fala: “Filho, liga para ele e dá um abraço, seja solidário”.
Na hora da vitória tem muita gente
junto. Isso ele ensinou para todos nós. Esse é um legado que o Miltão deixa
para cada um de nós. Ajuda as pessoas no momento em que elas precisam, no
momento de dificuldade. “Nas alegrias tem muita gente para estar do lado. Seja
companheiro.”
Por incrível que pareça, meu pai não me
ensinou a dar a palavra. Muito pelo contrário. Não dê. Palavra é pacto. Se você
der, vai morrer a defendendo. Isso é legado. Seu legado, pai, ultrapassa as
pessoas que estão aqui nesta Assembleia. Vai pela zona sul de São Paulo, pelo
interior do nosso estado. O resto do Brasil. Que cidade do nosso interior não
queria ter o Milton Leite como prefeito ou como vereador?
Estive na Bahia há pouco tempo. Uma
moradora da Bahia - ele estava lá descansando - me abordou e falou: “Olha, tem
uma pessoa de uma associação que queria fazer um serviço social.”
Eu falei: “Mas meu pai está aqui
descansando, ele não veio aqui fazer política”. Ela: “Nossa, quem dera ele
fosse candidato aqui e fosse prefeito da minha cidade”. O reconhecimento dele
ultrapassa as barreiras regionais.
Todos aqui têm uma história para contar,
que vivenciou com o Miltão, um aprendizado com o Miltão. Qualquer um aqui, pai,
daria tudo para ter dois minutinhos de conversa pessoal com o senhor, de pé.
Não é à toa que todo mundo vai ao
reduto, na zona sul, só para conversar com ele, só para ter esses dois
minutinhos, que sabe que, se ele adotar, não vai ser abandonado. A gente não
deixa ninguém para trás.
Esse é o legado que você deixa a cada
um de nós, pai. Todo mundo aqui, de certa forma, foi tocado direta ou
indiretamente nas suas vidas profissionais, e se tornaram pessoas melhores com
seus ensinamentos.
Esse é o legado que a dona Nathalia,
minha avó, deixou para você e que hoje, com muito orgulho, olha lá de cima e
aplaude, como todos nós aplaudimos tudo o que você deixou de herança, e deixa,
e continua construindo essa herança.
Futuro presidente da nossa Federação
União Progressista, fora do mandato político, ainda coordena as ações políticas
do nosso estado e ainda consegue dar os pitacos políticos, os conselhos
políticos àqueles que vão governar, àqueles que estão no poder e àqueles que
almejam o poder. O que você falou é verdade, Tuma.
Miltão, pai, nós te amamos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Gostaríamos de
registrar e agradecer a presença do prefeito Noel Castelo, de Eldorado; do
vice-prefeito da bela Campos do Jordão, o Sr. Leandro César; e também de toda a
comitiva de Campos do Jordão. E agradecer também a presença do secretário
municipal de Relações Internacionais em exercício, Sr. Fernando Ferreira.
Agradecemos as palavras dos membros da
Mesa e, neste momento, assistiremos a um vídeo sobre a trajetória inspiradora
do nosso homenageado.
*
* *
- É exibido o vídeo.
*
* *
Neste momento convidamos o nosso
homenageado Milton Leite e os demais membros da mesa solene para se
posicionarem à frente e ao centro da mesa. Também gostaríamos de convidar para
compor esse dispositivo honorífico a filha do nosso homenageado, a Sra.
Priscila, por favor.
Senhoras e senhores, neste momento o
deputado Rafael Saraiva concede aos filhos do nosso homenageado a honra de
outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo, a maior honraria da Assembleia
Legislativa do Estado de São Paulo, ao Sr. Milton Leite.
*
* *
- É feita a outorga do Colar de Honra
ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.
*
* *
O Colar de Honra ao Mérito Legislativo
é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Foi criado em 2015 e é concedido a pessoas naturais ou jurídicas,
brasileiras ou estrangeiras, civis ou militares que tenham atuado de maneira a
contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico de nosso estado,
como forma de prestar-lhes pública e solenemente uma justa homenagem.
Neste momento, o deputado Rafael
Saraiva também gostaria de oferecer presentes para o nosso homenageado Milton
Leite e também para os seus filhos.
*
* *
- É entregue a homenagem.
*
* *
Convidamos todos a retornarem aos seus
lugares, por gentileza. Senhoras e senhores, convidamos neste momento o nosso
homenageado Milton Leite para fazer uso da palavra. (Palmas.)
O
SR. MILTON LEITE - Bom dia, boa tarde a todas e a
todos. Agradecer, primeiro, a presença dos familiares aqui presentes, todos os
familiares, a todas as senhoras e os senhores. Agradecer esta homenagem à Assembleia
Legislativa pela figura do proponente, nosso deputado Rafael. Fico muito feliz,
Rafael.
Na mesa, eu tenho alguns filhos de
sangue e outros filhos brancos que eu tinha ali... Tuma, Rafael, Ricardo, que é
irmão, o Ricardo Torres também. Está uma família enorme aqui - e está
crescendo. E agradecer à família toda que está aqui presente, que é uma honra.
E eu quero mencionar aqui todos, que me passaram uma lista. Pode ser que... Se
eu me esquecer de alguém, eu peço desculpa.
O presidente, deputado Rafael; meu
filho, Alexandre Leite; a Bete, um amor de pessoa, muito importante; Eli
Corrêa; Silvão Leite; Silvinho; Pastora Sandra; Sidney Cruz; meu prefeito da
minha cidade, que tanto invisto lá, Rodrigo Manga, obrigado pela presença.
Manga, você é um grande prefeito, tem
um futuro brilhante. Fernando, secretário municipal; Delegado Olim, nosso
deputado, meu amigo, meu irmão. Estamos juntos na UP, União Progressista. Bruno
Zambelli, deputado também. Se quiser vir, está intimado.
Prefeitos do nosso interior: o Ramon; o
Grampola; o Ivan; o Andre Sanches, na Cananéia, que é uma cidade muito
importante, porque eu vou pescar muito lá. É muito importante essa cidade.
Lheonides, prefeita de Quadra; Cristina Saad; o nosso vereador Rubinho, outro
filho meu branco que tem aqui; Adrilles também; vereador Sansão.
Deputado Guto, meu outro filho, tem até meu
sobrenome. Cadê o Guto? Já foi. Deputado Elton, lá do Vale; Atila também, meu
outro filho. A família está grande. Deputado Reis, grande colega; deputada
Solange; deputado Felipe Franco; deputado Goulart, meu amigo, grande filho,
Rodrigo Goulart; deputado Adalberto também; vereador Adilson Amadeu, meu irmão,
em breve retorna à câmara; o vereador Eli Corrêa, em breve volta à Câmara.
Secretário do Meio Ambiente, nosso secretário
Rodrigo. Muito parabéns, obrigado pela presença. Regina, secretária municipal
de Direitos Humanos, obrigado pela presença. E a todos os demais aqui, um
agradecimento especial ao meu presidente, Ricardo Teixeira.
Gente, eu preparei um discurso enorme
aqui, mas grande parte dele foi contemplado pela fala de todos. Então eu vou
fazer uma palavra de agradecimento especial. Primeiro, aos meus filhos. Feliz
este dia, temos agora... A família recebe... Eu recebo dois novos netos, filhos
do Alexandre, graças a Deus. Obrigado, Mirela, obrigado. O Artur, nome do meu
avô, uma alegria. Dominic... Então os dois, se Deus quiser, não sei se vão
fazer carreira política ou não, mas será uma alegria enorme aqui.
Eu já vou ficando velhinho. Gente,
quando você vai fazer uma homenagem... Você começa a receber homenagem, me
preocupa. A vocês também. Sabe por quê? Você só recebe homenagem quando está
chegando na casa dos 70 ou mais. Começa a ficar preocupado.
O Silvão aprovou uma na Câmara ontem.
Agradecer à Câmara Municipal também pela homenagem que foi aprovada ontem.
Muito obrigado, Silvão, Silvinho, a todos os vereadores e vereadoras da Câmara.
Realmente eu estou muito lisonjeado. Vão aumentando essas homenagens, eu fico
preocupado, viu? Já viu um rapaz de 18, de 20 anos receber homenagem? Só se ele
ganhar uma medalha olímpica. Não ganha, só com a idade.
Gente, a nossa carreira política deve
ser pavimentada por uma coisa muito importante. Vários aqui fizeram menção e eu
faço questão de ressaltar. É a palavra. Pensem vocês, os senhores e as senhoras
lideranças aqui presentes. Demore. Procure não dar a palavra. Mas, se der,
honre. Então, reflita mil e uma vezes. (Palmas.)
Se der a palavra, honre essa palavra,
faça valer a sua palavra. Portanto, senhoras e senhores deputados, senhoras e
senhores vereadores, futuros governantes deste país, procure não dar, mas, se
der, cumpra. Eu ensino a meus filhos. Procure, não peça um outro ensinamento...
Agradecer ao nosso deputado Donato, amigo da região, obrigado pela presença.
Gente, uma coisa muito importante,
muito importante. Não... Nunca... Aqueles que se candidatam a cargos eletivos,
não peçam um voto em nome da mentira. Não peçam em nome da falsa promessa, só
para ter uma vantagem. Não façam isso com o povo. Não é preciso. É muito mais
bonito você falar a verdade. Você estará pavimentando o seu futuro com
brilhantismo, com brilhantismo.
Como um homem simples, como eu, chegou
à Presidência da Câmara Municipal de São Paulo, praticamente com votações
unânimes para ser reeleito no período em que fiquei lá? Defendendo, Tuma e
senhoras e senhores vereadores, a igualdade dos vereadores no plenário, do
direito de falar, do direito de fazer oposição, de ser situação, de serem
cumprida as emendas, ainda em momentos difíceis. Não é fácil. Tive crise
política e nós passamos.
Aqui o meu filho mencionou o Hospital
do M’Boi Mirim. Sabe como foi construído isso, gente? Era uma luta na nossa
região ali, uma região forte. O Adilson Amadeu deve estar aqui ainda, está
aqui. Acho que remontava àquilo. Nós criamos o centrão e houve uma espécie...
Naquele momento, havia o prefeito...
Acho que o prefeito era o Serra. Fizemos uma greve. Por que fizemos uma greve
na Câmara? Uma greve branca? Porque parou-se os investimentos na periferia da
cidade de São Paulo. Nós paramos a Câmara 90 dias. O secretário me procurou e
disse o seguinte: “Nós queremos construir um acordo.” “Que acordo?” “A cidade
precisa andar.” Eu falei: “Pois é, ela precisa que seja reinvestido na
periferia.”
E eu aqui, sem nenhum demérito, disse:
“Olha, vocês tucanos têm um olhar meio social central, dentro do centro
expandido. Nós precisamos quebrar essa regra.” “O que significa isso?” - era o
secretário Aloysio que estava dizendo. “Olha, é investir, voltar a reinvestir
tudo o que vocês pararam na periferia da cidade de São Paulo. É isso que os
vereadores querem. Ninguém está te pedindo o cargo. Ninguém te pediu o cargo.
Pediu que nós continuássemos os investimentos na região periférica, olhando
para os mais necessitados.”
E eu disse ao Serra: “Tudo bem, nós
concordamos em voltar. Primeiro, porque você vai andar comigo lá na M’Boi
Mirim, anunciar o hospital dali, em M’Boi Mirim.” Ele foi humildemente. Duvidou
do Programa Mananciais que ele havia paralisado. Fomos lá no Jardim
Independência e mostrou na pele para ele. “Está vendo aqui, Serra?” “Como é que
é isso aqui?” “É isso aqui a canalização do córrego, a habitação.”
Ele não sabia o que era o Campo da
Macaca, no Independência. “Está vendo isso aqui?” Vai lá ver hoje o que nós
começamos naquela época, Bete. Pedimos a ele que fizesse investimentos. Também
não deixei por menos, impus a ele uma caminhada de duas horas ao sol de 35
graus.
Já que quis ver, foi ver. Nunca mais
criou nenhum problema com relação aos investimentos que se faziam presentes aos
mais necessitados. Nunca mais. Alguns secretários desconfiados pediram uma
nova... Falei: está bem. Saímos da M’Boi Mirim e fomos lá para o Jardim
Campinas, secretário Mauro Ricardo, secretário Luna, Aloysio.
Enfiei eles numa vala cheia de esgoto a
céu aberto. Vocês querem andar? Vamos andar. Hoje está tudo canalizado, tudo
bonitinho, o povo satisfeito, as ruas calçadas, os esgotos ligados. Por que
essa luta, gente? Esse olhar para os mais necessitados? Eu sempre digo aos meus
filhos, aquele povo, a gente olhou para a cidade inteira.
Não vou mencionar esporte, lazer, que é
só uma breve fala. Temos uma luta antiga na região sul da cidade de São Paulo.
Temos dois lagos: o lago da Represa Guarapiranga e o lago da Billings.
Por isso que se chama Interlagos,
aquele autódromo, porque está aí interposto entre dois lagos. E vem sendo
poluído, poluído, poluído, poluído, poluído. Esgoto lá dentro. Ainda hoje,
Bete, nós temos 133 mil famílias que afluem esgoto dentro da represa.
E um dia quiseram entregar a Sabesp a
preço vil, passar para o estado sem custo nenhum. Eu ligo para o Breno e
pergunto: Breno, o que está passando? Vai passar a Sabesp. Eu desci, criei uma
confusão no plenário. Paramos a votação. Adilson sabe disso. Paramos a votação
e trouxemos para a cidade de São Paulo uma luta política de novo contra o
governo Serra, era o prefeito Kassab, ele era o governador.
Uma vitória de 16 bilhões de
investimento que traz hoje aos investimentos que nós fazemos nos mananciais
hoje. O Serra me chama contra o governador e diz o seguinte: por que você quer
dinheiro para a prefeitura? Para investir para os pobres. Ele chamou o Aloysio:
É justo. Aí nós aprovamos: sete bilhões de investimentos.
Foram privatizar a Sabesp hoje, a mesma
coisa, aumentamos a régua. Eu votei, mas aumentamos a régua de investimentos.
Compromisso, Bete, é que nós vamos acabar com essas 133 mil pessoas que jogam
esgoto dentro da Represa Guarapiranga e Billings. (Palmas.)
Por que que nós vamos acabar com isso?
Para olharmos... Estamos olhando. Aquilo lá é a caixa d'água da cidade de São
Paulo. São 5,3 milhões de pessoas que bebem dessa água aqui. São nossos filhos,
nossos netos.
Essa é a nossa luta: habitação para
essas pessoas. As pessoas não vão morar sob um córrego na periferia porque
querem. São empurradas pela sociedade. Você tem um acolher, dê a ele a
habitação, ele paga uma prestação pequenininha. Dê a ele a oportunidade,
canalize o córrego, tire o esgoto, limpe. É o que nós estamos fazendo.
E eu quero aqui, nessa homenagem que
recebo com muito orgulho hoje, dizer o seguinte: obrigado, Bete, essa carreira
nossa, que nós lutamos por esse povo. Eu, você, a Teresa, sua equipe, que nós
implementamos essa luta por muito tempo. E vamos continuar. Está aí o Silvinho,
o Silvão, que me sucedem. As pessoas perguntam, Milton, por que você parou?
Tudo na vida tem um ciclo.
Eu entendo que o ciclo meu venceu,
depois de 28 anos, seis vezes presidente da Câmara Municipal de São Paulo. Que
orgulho mais você quer? Eu tenho que voltar e fazer uma transição. A gente tem
empresas, a nossa família tem uma empresa, é uma luta terrível. Eu tenho que
ceder essa transição aos filhos e aos netos. É algo muito complexo, não é algo
simples que você faz da noite para o dia.
E tem que dar oportunidade para os
outros. Eu não posso me agarrar à cadeira e não mais soltar. Não tem sentido
isso. A prova disso está aqui. O Silvinho, o Silvão, eu falei: vamos mudar a
nossa equipe, vamos elegê-los. Eles têm que continuar com os mesmos propósitos,
as mesmas lutas. E vários outros deputados, o Rafael, aqui o Atila, expandimos
para o estado de São Paulo toda essa nossa luta.
Todos, o Guto, que chegou novo, o MBL,
nós demos grandes oportunidades, disputas políticas, nós tivemos na região
sempre limpa. Está aqui o deputado Donato, grande parceiro, mesmo estando do
outro lado, que algumas vezes nada nos impediu de sermos grandes amigos, que eu
tenho orgulho de tê-los como deputado. Deputado Reis, tive sempre o respeito de
todos eles, graças a Deus, graças a Deus.
Então, gente, eu recebo essa homenagem
hoje com uma gratidão enorme, mas pavimentado por uma história de lutas
políticas, pavimentado por uma história de lutas políticas em favor dos mais
necessitados. Esse é o objetivo de cada um. Eu cumpri essa tarefa muito bem
durante sete mandatos na câmara, muito tempo presidente, tem que dar outra
oportunidade.
Elegemos o Ricardo Teixeira, do União
Brasil. União Brasil fará a Presidência da Câmara nos próximos quatro anos. Há
um acordo político para isso. Fico na presidência do partido, da União
Progressista, que há um acordo nacional para isso.
Com compromisso de elegemos grandes
bancadas, tanto do PP, que vem junto, tanto do União Brasil, que vem junto. É
um compromisso, se aumenta o peso das minhas costas, a gente vai começar um
trabalho.
A convenção deve ocorrer em 9 de julho
agora, em Brasília, o que é importante para formalizarmos essa federação sobre
Ciro e sobre o Rueda. Estaremos lá, eu sou vice-presidente nacional.
Eu, deputado Alexandre, estaremos lá
para cumprirmos essa missão, e continuarmos. Eu fico na política mais esse
período, uma transição até a próxima eleição municipal que está há mais ou
menos três anos, e aí sim, os outros hão de vir e suceder.
Tenho que também me agarrar na política
do partido, em algum momento também vou deixar. Temos grandes prefeitos,
grandes amigos, e eu sempre digo o seguinte: as lutas políticas, o que eu faço?
Aqui está o prefeito Ramon, de Itapecerica, em uma região sul da cidade. Ele
perguntou: Milton, o que você precisa da cidade? Eu falei: lute pelos mais
necessitados, faça um bom trabalho pelos mais necessitados.
Ele é testemunha, não pedimos um cargo
de servente, nem queremos, está aqui ele como testemunha, nada. Pedi que ele
defendesse os mais necessitados. O prefeito de Jundiaí, a mesma coisa, não lhe
pedi um cargo, nem quero. Pedi que ele defendesse... O Andre Sanches, de
Cananéia, está aqui presente, a mesma coisa. Você tem que defender os mais
necessitados, deve defender os mais necessitados. Esses foram os nossos
pedidos.
Ricardo Teixeira me disse: olha,
Milton, precisamos eleger o Andre lá em Cananéia. Vamos eleger. Qual o pedido?
Queira ter nos mais necessitados. Ele está fazendo um bom trabalho, todos eles
estão fazendo um bom trabalho. Fico feliz por vocês, meus prefeitos.
Agradeço a presença de todos os
prefeitos aqui presentes, todos os vereadores, todas as vereadoras, as
prefeitas em especial, que se fazem presente. Muito obrigado. Toda assessoria,
nosso vice-prefeito Edmundo, de Iporanga, ele ficava muito perto de mim, aí a
família o tirou de perto para fazê-lo vice-prefeito. Já fiquei bravo, mas tudo
bem, era uma boa pessoa.
Gente, agradecer a Deus, que me deu
saúde para chegar até aqui, à minha mãe, dona Nathalia, que me faz falta até
hoje. Carrego comigo, vocês me dão esse colar, é verdade, mas um que eu não
tiro, até mandei fazer as medalhinhas para toda a família, este aqui, a imagem
da minha mãe no meu peito, que todo dia carrego comigo. (Palmas.)
Ela se foi, já mandei fazer essa
medalhinha para todos os familiares que possam carregar e lembrar sempre
daquela que nos orientou, nos guiou de uma maneira correta até aqui.
Uma carreira daquele que começou com
nove anos entregando pão na M’Boi Mirim, e eu tenho orgulho de dizer isso, não
tenho nenhum problema. Era eu e o Sr. Ferreira na cidade de M’Boi Mirim
entregando pão, um balaio de pão, quatro da manhã.
Eu era magro, feito aquele peixe que o
maior joga para fora. Agora estou um pouquinho mais gordinho. Já passei do
limite, vou emagrecer, viu, Olímpio? Fique tranquilo. Chegarei firme para as
eleições, para caminhar com vocês aí.
Gente, obrigado. Obrigado, dona Nathalia,
meus irmãos, meus filhos todos, muito obrigado mesmo. Eu não tenho uma palavra
que não seja a dizer a todos vocês aqui, todas as lideranças, gratidão,
gratidão a todos vocês. (Palmas.)
A todos, sem exceção, à Câmara
Municipal, ao Corpo de Funcionários e Colaboradores. Nós melhoramos a política
dentro da Câmara Municipal de São Paulo, de convivência entre a gestão e os
colaboradores. Entendo que eles estejam satisfeitos, é um ambiente muito
profundo.
No Tribunal de Contas também
conseguimos melhorar muito essa relação. Por proposituras minhas, melhoramos
muito, é um ambiente muito bom hoje de se trabalhar. Construímos também no
diálogo, eu, o tribunal, os funcionários da câmara, e assim, não precisou de um
sindicato vir nos apertar, estão aqui os nossos diretores.
Aliás, um dia eles vieram me reivindicar,
sabe o que eu disse a eles? “Vocês nem pedir sabem, nem pedir sabem”. E aí
melhoramos o atendimento, colocamos as coisas justas para que eles estivessem
justos, e hoje tenho orgulho de trabalhar na Câmara Municipal.
A Câmara Municipal, antes da minha
gestão, vivia na capa dos jornais com noticiários ruins, ou ruins e péssimos
sobre a gestão. Retiramos a câmara dessa página horrorosa e passamos a uma
página muito positiva.
Prefeito Manga, nos cinco primeiros
anos, nós somamos e devolvemos, sem nenhum prejuízo do serviço da Câmara
Municipal de São Paulo, mais de um bilhão de reais para a Prefeitura Municipal
de São Paulo executar obras e serviços. (Palmas.)
Batemos o recorde na história da
Câmara, Ricardo, fazendo a devolução em cinco anos de um bilhão, mais de um
bilhão de reais, sem nenhum prejuízo da gestão. Em outras gestões gastava-se
muito. Hoje não, conseguimos modernizar a câmara. Foi fantástico esse
resultado. Então, essa medalha vem coroar esse trabalho, esse reconhecimento,
que não é gastando, gastando, e me chamaram de “tesourão”.
Os funcionários não dizem isso, são
todos bem reconhecidos, estão todos bem felizes, eu não tenho nenhuma
reclamação. E não estão nas páginas dos jornais, naquela página de notícias
ruins. Graças a Deus, conseguimos fazer um bom trabalho em favor da sociedade,
respeitando sempre a oposição, sabendo ser oposição.
Está aqui o Donato, que foi secretário
de governo. Tive uma boa relação quando ele estava no governo da Prefeitura de
São Paulo, não tivemos problema nenhum. Lutei para que ele fosse o presidente
da Câmara. O presidente Donato, ele saiu da Prefeitura e eu falei: Donato, será
uma honra nós lutarmos para fazer você ser presidente. Conseguimos fazê-lo
presidente em uma aliança muito importante, num momento difícil da Câmara.
Eu me sinto orgulhoso, Donato, de ter
trabalhado com você naquele período, muito. Porque, foi uma luta, um embate
político que se faz, não é só situação, é o Parlamento, é a Casa comum. Para
fora você faz a sua política, mas dentro do Parlamento é isso.
Essa medalha vem honrar esse trabalho
que nós fizemos, sabendo respeitar todos os parlamentares. E não importa a
situação que estivesse, momentos bons, momentos ruins, nós conseguimos superar
isso. Trazendo o diálogo, o carinho a todos e não deixando ninguém na estrada.
Na hora boa e na hora ruim.
Principalmente na hora ruim. Gente, quando tiver um soldado ferido, estenda-lhe
a mão, não o deixe na estrada, vá atrás dele, pergunte se ele precisa.
Na hora boa, gente, para o churrasco,
aparece muita gente, viu? Até o vizinho que não gosta aparece. Mas na hora
ruim, difícil. Uma ligação para aquele amigo é muito importante, gente, é muito
importante você estar presente. Então, gente, é esse o perfil da política que
nós temos que empreender esse país, é empreender.
Esta semana eu fiz uma ligação para o
ministro da Fazenda, para que tentasse melhorar a Economia. Fiz a primeira
ligação, ele me atende. Ele falou: “Milton, estamos lutando”. Mas não custa
nada você ligar para o ministro da Fazenda e pedir que ajudasse, nos ajudasse.
Ele falou “Milton, estou lutando, se
vamos acertar ou não...”, mas eu fiz a contribuição, liguei. Na primeira
ligação, o Sr. Ministro atende. Veja a relação que ele tem, ele foi prefeito da
cidade de São Paulo. O que eu pedi é que ele continuasse lutando para que os
menos favorecidos não sofressem com a inflação, não sofressem com essa Selic de
15%, que está nos matando.
Então, gente, isso precisa ser
corrigido, esse país tem futuro, tem expectativa, tem bons políticos aqui nessa
Casa. Neste país, essa Casa está repleta de quadros bons aqui presentes hoje,
temos excelentes quadros.
Gente, de coração, aqueles deputados
aqui presentes, torço, luto e lutarei pela reeleição de vocês aqui, de todos
aqui. Não importa se está na União ou não. O que precisar, eu farei por vocês.
Eu tenho muitos amigos nesta Casa.
Obrigado, obrigado, Senhor Deus, por
ter me iluminado nesta caminhada até aqui. Obrigado mesmo, gente. Não custa
sair de casa, fazer uma oração e pedir que Ele continue te iluminando.
Rafael, mais uma vez, obrigado.
Obrigado a toda a Assembleia Legislativa por essa magnífica honraria. Não quero
recebê-la muito novo, espero chegar um pouco de tempo.
Obrigado a todas e a todos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E para celebrarmos
este momento, convidamos a bateria da Escola de Samba 3º Milênio para uma
apresentação especial ao nosso homenageado.
*
* *
- É feita a apresentação musical.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - RAFAEL SARAIVA - UNIÃO - Pessoal, já,
já a bateria vai continuar. Só proceder com o encerramento.
Foi falado pelo Milton, pelo Miltinho,
agradecendo a todos nós, mas eu tenho certeza de que eu fui só um instrumento
para essa homenagem, que eu tenho certeza de que todos vocês aqui gostariam de
conceder. Então, muito obrigado, Milton, Miltinho e Alexandre.
Muito obrigado não só em meu nome, em
nome de todos os presentes. Eu tenho certeza, cada vez mais, de que o legado da
família Leite, em cada canto do estado, se faz presente, porque, em todo o
canto que eu vou, eles me vêm com pedidos impossíveis. E, eu achando que é
impossível, todos vocês tornam por fazer esse pedido possível.
Então, esgotado o objeto da presente
sessão, agradeço a todos os envolvidos na realização desta solenidade. Gostaria
de registrar, em nome da Assembleia Legislativa, nosso respeito e admiração ao
Milton Leite - e, aqui, eu quebro o protocolo -, ao Alexandre Leite, ao
Miltinho e a toda equipe deles, em nome de Manuel e em nome do “Duzão”, e toda
a trajetória do Milton Leite.
Com esta solenidade, reafirmamos o
papel desta Casa Legislativa em valorizar aqueles que verdadeiramente se
dedicam à transformação da nossa sociedade.
Declaro encerrada esta sessão solene.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 12 horas e 34
minutos.
*
* *