5 DE DEZEMBRO DE 2024

171ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: REIS, GUILHERME CORTEZ e LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - REIS

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h05min.

        

2 - EDIANE MARIA

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

3 - PRESIDENTE REIS

Cumprimenta a vereadora eleita de São Carlos, Fernanda Castelano, presente no plenário.

        

4 - SIMÃO PEDRO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

6 - GUILHERME CORTEZ

Assume a Presidência.

        

7 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

8 - PRESIDENTE GUILHERME CORTEZ

Tece críticas às políticas adotadas pelo governo estadual, para a Segurança Pública.

        

9 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

10 - REIS

Assume a Presidência.

        

11 - GUILHERME CORTEZ

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

12 - CAIO FRANÇA

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

13 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

14 - CARLOS GIANNAZI

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

15 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Assume a Presidência.

        

GRANDE EXPEDIENTE

16 - EDUARDO SUPLICY

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

17 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado Conte Lopes).

        

18 - CONTE LOPES

Para reclamação, faz pronunciamento.

        

19 - REIS

Assume a Presidência.

        

20 - LUCAS BOVE

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

21 - PRESIDENTE REIS

Menciona matéria do jornal "Estadão", sobre o aumento nos índices de homicídios, estupros e latrocínios, no estado. Compara aumentos na remuneração de policiais militares concedidos pelos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e Tarcísio de Freitas.

        

22 - LUCAS BOVE

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

23 - CONTE LOPES

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

24 - ALTAIR MORAES

Pelo art. 82, faz pronunciamento.

        

25 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

26 - EDUARDO SUPLICY

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

27 - PRESIDENTE REIS

Anota o pedido. Parabeniza o governo federal por políticas adotadas na área da Economia.

        

28 - EDUARDO SUPLICY

Para comunicação, faz pronunciamento.

        

29 - PRESIDENTE REIS

Defere o pedido do deputado Eduardo Suplicy. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 06/12, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 16h03min.

        

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Reis.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente.

Vamos entrar, então, no Pequeno Expediente. Para fazer o uso da palavra chamo o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.)

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela ordem, deputada Ediane. Vossa Excelência quer fazer uma comunicação?

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Isso.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Tem o tempo regimental de dois minutos.

 

A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigada, Sr. Presidente. Eu quero saudar aqui a nossa mais nova vereadora eleita por São Carlos, Fernanda Castelano, que vai fazer um mandato, com certeza, maravilhoso, que vai defender a educação, a moradia digna para todos em São Carlos, também o projeto que é fundamental, que é do combate à fome em São Carlos, que é o projeto da “Cozinha Solidária”.

Dizer que essa mulher foi eleita pelo PSOL com 1.271 votos. É uma candidatura que, com certeza, vai representar a luta das mulheres, porque a Saúde tem que ser para todos, e nós, muitas vezes, somos deixadas de fora.

Então, ter você lá na Câmara de Vereadores em São Carlos, Fernanda, vai fazer com que a gente, de fato - a nossa luta, tudo que a gente luta fora, de fato - , seja representado dentro da Câmara de Vereadores.

Muito obrigada pela sua presença aqui, pela participação. Dizer que seja muito bem-vinda. Sempre que vier aqui em São Paulo, por favor, venha aqui, passe no nosso gabinete, vamos tomar um café e bater um papo.

É isso. A Fernanda ficou com dúvidas, presidente. A Fernanda: “Ediane, como é que faz política? Para aonde a gente vai?”. Política é isso, é articulação, diálogo, entender a diversidade, que tem no Parlamento, que tem na sociedade, mas que a gente consegue trazer tudo isso coletivamente.

Então, é da Revolução Solidária do PSOL.

Estamos juntos. “Simbora”, Fernanda.

Muito obrigada, mais uma vez.

Seja bem-vinda.  (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Parabéns à deputada Ediane Maria. Esta Presidência também cumprimenta a vereadora Fernanda Castelano, deseja um excelente mandato e não tenho dúvida que São Carlos estará muito bem representado com V. Exa. à frente do mandato de vereadora. Seja bem-vinda e parabéns.

Seguindo na lista de oradores do Pequeno Expediente, chamo para fazer o uso da palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputado Simão Pedro.

Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde, Sr. Presidente desta sessão, deputado Paulo Reis, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, sempre uma alegria ter entre nós, exercendo o seu mandato, presente no plenário, o deputado Eduardo Suplicy. Eu quero, também, cumprimentar todas as pessoas que nos acompanham das galerias, pelas redes sociais e pela TV Assembleia.

Sr. Presidente, eu quero me somar a todas a manifestações da sociedade, de vários setores, que vêm solicitando providências enérgicas contra o secretário de Segurança Pública, o Sr. Derrite, e o governador Tarcísio, por conta da violência policial que descambou no nosso estado com índices alarmantes, com situações de brutalidade, assim, coisas que nós nunca vimos: policial jogando um cidadão que foi abordado de cima de uma ponte, aqui na Zona Sul; um policial que estava paisana e, ao invés de prender um jovem que furtou itens de limpeza em um supermercado, atira pelas costas, 11 tiros, assassinando aquele rapaz, que já era conhecido, inclusive, ali; e recentemente uma criança de quatro anos também levou um tiro por conta de uma abordagem - que inclusive matou um outro cidadão - lá em Santos, foi agora há pouco.

Inclusive fui a uma missa, celebrada pelo padre Júlio, junto com a família daquela criança, o Ryan. Então assim, uma coisa absurda, e o governador - a gente sabe - deu o aval para isso. Ele deu carta branca para o Derrite, achando que esse tipo de política vai lhe dar dividendos políticos, avaliação positiva junto à sociedade, que vive amedrontada por conta do aumento da violência.

Ao em vez de incentivar a polícia a se equipar, do ponto de vista de inteligência... A gente sabe que, por exemplo, a Polícia Civil só elucida cinco por cento dos crimes que chegam para a polícia investigar. Ao invés de orientar a Polícia para uma abordagem dentro da lei, correta, não, ele liberou.

O Derrite aqui, quando a deputada Paula foi questioná-lo na Comissão de Segurança Pública a respeito da criança que tinha sido assassinada, de quatro anos, por conta de uma abordagem errada, falou para a deputada: “Deputada, pare de fazer discurso de vitimização”. Então agora qual é a situação que ele... Outra coisa: não usa, desincentiva o uso das câmeras corporais nas abordagens, nas ações que a polícia faz, para acobertar as práticas erradas que eles incentivam.

E agora, deputado Giannazi, deputado Suplicy, deputado Marcolino, ele inventou de criar uma ouvidoria paralela, porque a Ouvidoria das polícias... Aliás, quero aqui fazer um parêntese e parabenizar o ouvidor das polícias.

Faltam apenas 20 dias para ele concluir esse brilhante mandato que ele vem fazendo, Claudinho Silva. Ontem, inclusive, recebendo uma homenagem, uma menção honrosa da OAB de São Paulo, porque ele é advogado, junto com o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh.

A Ouvidoria tem sido a porta-voz... A voz da sociedade, das vítimas da violência policial. E não me venham aqui os deputados que são ligados às forças de segurança, ou que são ligados ao bolsonarismo, ou que são ligados... Que defendem aqui o Tarcísio, dizer que nós do PT somos contra a polícia. Isso não é verdade.

Nós somos a favor da polícia. Nós temos parentes que são policiais nas nossas famílias. Nós respeitamos o trabalho dos policiais que trabalham aqui conosco na Assembleia. Nós precisamos de uma polícia bem equipada, bem assalariada, bem paga; uma polícia bem treinada, capacitada, mas que haja de acordo com a lei, dentro daquilo que a lei determina e não fora da lei. Porque senão, nós vamos criando uma situação de inversão de papéis: policiais despreparados, policiais incentivados a cometerem crimes. Cometem o crime e vão pagar.

Por exemplo, esse policial jovem, que fez essa atrocidade de jogar o cidadão de cima de uma ponte, está preso, certamente vai ser expulso da polícia, porque o governador agora diz: “Não, isso é um fato isolado”. Não é. É uma política de incentivo que precisa ser parada, e nós vamos tomar providências. Vários deputados aqui já encaminharam providências junto ao Ministério Público para convocar aqui o secretário.

Nós também estamos buscando tomar providências para brecar essa situação de violência incentivada que o Governo do Estado, atrás de dividendos políticos, vem praticando aqui no estado, de forma ilegal, inconstitucional, incentivando a criminalização da nossa polícia. Isso não pode continuar.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo a lista de oradores, chamo, para fazer o uso da palavra, a deputada Beth Sahão. (Pausa.) O deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) O deputado Rafael Saraiva. (Pausa.) O deputado Atila Jacomussi. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente, telespectador da TV Assembleia, ontem eu estive fazendo uma diligência no Departamento de Perícias Médicas do Estado.

Nós estamos recebendo muitas denúncias, muitas reclamações, sobretudo dos professores ingressantes que foram aprovados no último concurso e estão ingressando agora.

Eles são obrigados a fazer perícias médicas, e nada contra fazer uma perícia médica, Sr. Presidente, mas o que está acontecendo lá no Departamento de Perícias Médicas é um absurdo, é desumano.

Os professores são humilhados o tempo todo, as perícias não são publicadas em tempo hábil, as publicações das perícias, do resultado das perícias demoram muito, de tal forma que os professores são prejudicados na atribuição, na transferência das escolas.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Guilherme Cortez.

 

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Então a situação lá é grave, de calamidade pública. Além do atraso do atendimento, da demora para a publicação das perícias, existem coisas absurdas acontecendo, como um professor, por exemplo, com 40 anos, que já leciona na rede e usa óculos, ser obrigado a fazer novos exames, a fazer novas perícias.

Tem professor que já foi lá duas ou três vezes, Sr. Presidente, professores do interior, professores de Presidente Prudente, de Piracicaba, de Americana, de várias regiões do estado que viajam duas ou três vezes tendo que pagar pedágio, gasolina, muitas vezes pagar estadia para conseguir fazer essa perícia, porque não há uma organização. Me parece que o governo não quer efetivar esses professores.

Lembrando que mais da metade da rede estadual de ensino, que é uma das maiores do mundo e a maior da América Latina, tem mais da metade da rede precarizada do ponto de vista dos contratos de trabalho. Tem mais professores da categoria “O” do que professores efetivos, concursados. E o governo, me parece, está boicotando que esses professores possam assumir.

Eles foram aprovados em um concurso extremamente difícil, que tinha até a exigência de vídeo aula, e agora eles estão sendo, de uma certa forma, impedidos de assumir, porque me parece que a Secretaria da Educação quer contratar um professor atleta. Tem denúncia de etarismo, de gordofobia.

Professor que usa óculos, por exemplo, muitas vezes é vetado. Professores são obrigados a fazerem vários exames complementares e pagam por isso três, quatro mil reais. Tem várias denúncias, Sr. Presidente. Estas fotos são de ontem, lá do Departamento de Perícias Médicas.

Então nós estamos exigindo que o Departamento de Perícias Médicas trate com humanidade, receba com humanidade os professores e todos os servidores que passam por perícias médicas, Sr. Presidente, e também que haja a publicação imediata dessas perícias, porque, quanto mais demora a publicação, mais o professor é prejudicado para tomar posse, para fazer atribuição de aulas. Aliás, a atribuição já foi praticamente... Então, já houve um grande prejuízo para uma boa parte dos professores da rede estadual de ensino.

Então é inadmissível que o Departamento de Perícias Médicas do Estado continue tratando de uma forma tão desumana não só os professores, todos os servidores. Eu já fiz muitas denúncias contra esse Departamento de Perícias Médicas, já apresentei um requerimento para instalar uma CPI, porque tem denúncias também de médicos que maltratam os servidores, tem várias denúncias.

Infelizmente, a base do governo nunca deixou que o requerimento fosse aprovado aqui ou, pelos menos, que a gente conseguisse as assinaturas dos deputados da base do governo, com medo de que houvesse uma investigação severa, que nós pudéssemos fazer uma devassa no procedimento do Departamento de Perícias Médicas, Sr. Presidente, que sempre foi considerado pelos servidores a casa dos horrores.

Uma pessoa que está doente e passa pelo Departamento de Perícias Médicas muitas vezes fica mais doente do que quando entrou lá dentro para buscar uma perícia, um atestado. Enfim, uma licença médica, um afastamento.

Então, mas isso agora se agravou muito em relação aos professores aprovados no último concurso. Eu quero aqui da tribuna da Assembleia Legislativa exigir providências.

Que o Departamento de Perícias Médicas trate com humanidade os servidores que estão buscando perícias e, sobretudo, que faça publicação imediata, Sr. Presidente, porque demora demais, e os servidores são prejudicados, sobretudo os professores da rede estadual.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito obrigado, deputado Carlos Giannazi. Assumo agora a Presidência desta sessão e passo a chamada do deputado Alex Madureira. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Andréa Werner. (Pausa.)

Deputado Reis, V. Exa. tem cinco minutos regimentais para uso da tribuna.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimentar o presidente deputado Guilherme Cortez que preside os trabalhos na data de hoje. Também cumprimentar o público presente, o deputado Luiz Claudio Marcolino, o deputado Suplicy, os funcionários da Alesp, também os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Militar, da Polícia Técnico-científica. E também cumprimentar aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pelas redes sociais, através da Rede Alesp, Sr. Presidente.

Bom, o tema violência policial está todos os dias em alta nos jornais, na imprensa televisiva, na imprensa escrita, nas redes sociais. E o que tem contribuído muito para isso é o controle externo, o controle externo exercido pelo cidadão. Não é nem o controle externo exercido...

A ouvidoria tem feito seu trabalho de excelência, mas o cidadão está acompanhando de perto e tem uma ferramenta, que às vezes as pessoas ainda não entenderam, que se chama isso aqui: smartphone. Então isso aqui grava tudo.

Então as pessoas que fazem parte da Segurança Pública quando forem praticar algum tipo de violência, lembrem-se disso, que todos nós estamos sendo monitorados “full time”, o tempo todo. Eu quero inclusive passar um vídeo de um dia de fúria que aconteceu em Jacareí, em uma adega, e que hoje estava logo cedo na imprensa televisiva. Vou pedir para o Machado passar o vídeo.

 

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- É exibido o vídeo.

           

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Um dia de fúria, tem até um filme a respeito disso. Quinze pauladas, imaginem vocês. E é um major da Polícia Militar, não é o baixo clero, é o alto clero.

O que está acontecendo, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, é que, além do descontrole que está havendo com relação às ações da polícia militar, nós temos um adoecimento. As pessoas estão num grau de estresse muito alto, porque não é possível que uma pessoa que tenha a formação que tem esse policial que passou pela Academia do Barro Branco, foi aspirante, foi aluno oficial, segundo-tenente, primeiro-tenente, capitão; chegou ao posto de major. Inclusive, ele pilota o Águia, do Águia I. Segundo as informações que tem, é do Águia.

Então uma pessoa formada, preparada, o que está acontecendo, para poder agir dessa forma, para poder pegar um porrete, um pedaço de pau e dar 15 paulada naquela pessoa que estava ali no balcão? Bom, se aquela pessoa cometeu algum tipo de ilícito administrativo ou penal, nós temos o nosso sistema de justiça. Nós temos lá o boletim de ocorrência, o inquérito policial; então existem as ferramentas para ele procurar, para ele usar, para ele se ater. Ele é conhecedor, ele é um operador da lei, um operador do direito.

Então esse é o estado em que se encontram vários policiais hoje integrantes da corporação Polícia Militar, que não têm acompanhamento psicológico, que não têm acompanhamento sobre o adoecimento policial, porque não é possível aceitar um negócio desses.

Não é possível que isso aí tenha virado uma prática normal. Olha, olho por olho, dente por dente, é a Lei de Talião. Então nós temos que vir aqui, sim, à tribuna, presidente Guilherme Cortez, assim como V. Exa. tem feito, o deputado Suplicy, o deputado Marcolino, em defesa da sociedade, em defesa da nossa população, mostrar todas essas atrocidades, essas barbáries, que estão sendo praticadas pelo Sr. Governador Tarcísio de Freitas, porque ele é o chefe. Ele é o chefe.

Não dá para aplicar a teoria do domínio do fato, mas tem que entender que a polícia segue as orientações de quem manda.

Muito obrigado, senhor presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - GUILHERME CORTEZ - PSOL - Muito obrigado, nobre deputado Reis. Gostaria de aproveitar o ensejo e da Presidência desta sessão e fazer um apelo pela destituição do secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Como o deputado Reis acabou de dizer, o estado de São Paulo tem assistido horrorizado a cenas de violência policial que têm tomado conta do nosso estado por conta de uma administração que tem isso como seu projeto de Segurança Pública: espalhar o medo e a violência contra a população civil, e colocando em risco a vida dos nossos próprios policiais.

Se alguma dignidade e razoabilidade ainda existem no governo estadual, o certo seria destituir esse secretário que, comprovadamente, não está à altura do seu cargo. Se assim o governo não o fizer, não tenha dúvidas de que nós, parlamentares da oposição, utilizaremos dos mecanismos que nós temos à disposição para fazê-lo.

O que a gente não pode aceitar é que o estado de São Paulo continue presenciando mortes, sangue inocente derramado, por conta do despreparo e de uma política criminosa de Segurança Pública. Agradeço por escutarem o meu apelo.

Sigo chamando os oradores da lista do Pequeno Expediente. Chamo agora o deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. O senhor tem cinco minutos regimentais para usar a tribuna, deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Guilherme Cortez, eu hoje gostaria de registrar a excelente reunião que aconteceu na manhã de hoje, da Frente Parlamentar de Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial. Foi a última deste ano.

O deputado Caio França, coordenador da frente, e eu, vice-coordenador, anunciamos as organizações selecionadas para receber as emendas parlamentares destinadas a projetos voltados a Cannabis medicinal e ao cânhamo industrial dessa frente parlamentar.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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São as seguintes entidades premiadas: Associação da Casa dos Deficientes Ermelino Matarazzo, AACD; Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoide, APMC; Associação Cultural Recreativa Esportiva Bloco do Beco; Instituto Articulação de Tecnologias Sociais e Ações Formativas, Adesaf; Instituto Arte no Dique; Instituto Fashion Revolution Brasil; Instituto Sophia Vercelli; e Unesp - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu. Essas organizações têm desempenhado um papel essencial na construção de políticas públicas inovadoras e na ampliação no acesso a tratamentos que transformam vidas.

Além disso, trarei aqui marcos importantes no tema da Cannabis neste ano, pois tivemos uma exposição aqui, na Assembleia Legislativa, sobre o cânhamo industrial, que aconteceu na mesma semana da audiência pública sobre o tema, uma importante homenagem ao nosso querido padre Chicão, além de uma ótima audiência pública sobre como a Cannabis pode ser uma estratégia de redução de danos para pessoas que têm problemas relacionados a outras substâncias psicoativas.

Vimos avanços significativos no País, como a votação no Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização do porte da maconha, ação fundamental que poderá contribuir com o desencadeamento de pessoas presas com pequenas quantidades de maconha, diminuir o estigma em relação ao uso da substância, além do respeito à liberdade e autonomia privada e nos limites que devem existir na interferência estatal sobre o indivíduo.

Em 2024, o Brasil alcançou a marca de 259 associações canábicas e 3 federações de associações canábicas, entidades criadas para organizar e reunir outras associações. Além disso, o País conta com 40 associações que receberam autorização para o cultivo da Cannabis.

Outro avanço foi a inclusão da Cannabis ativa na Farmacopeia Brasileira pela Anvisa, um passo que garante mais segurança e eficácia nos medicamentos à base da planta. Também testemunhamos um aumento na produção de óleos artesanais de qualidade, impulsionado pela pesquisa e dedicação das associações e dos profissionais da Saúde.

No campo do cânhamo industrial, os debates sobre a sua regulamentação estão ganhando força com o número crescente de iniciativas que demonstram o potencial econômico e ambiental desse setor.

Quero, mais uma vez, expressar a minha admiração e agradecimento por cada uma das organizações contempladas no edital da frente. Vamos continuar juntos, trabalhando por um futuro em que a saúde, a pesquisa e a sustentabilidade estão ao alcance de todos.

Eu quero, mais uma vez, cumprimentar o deputado Caio França, que, à frente como coordenador dessa Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e Cânhamo Industrial, tem tido um desempenho muito positivo.

Quero lhe transmitir que, quando ele me convidou para ser vice coordenador dessa frente, quando cheguei aqui, em 15 de março, eu aceitei, de muito bom grado. Mas estou muito feliz com o trabalho que temos realizado, colaborando um com o outro e com todas essas entidades.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Seguindo na lista chamo, para fazer uso da palavra, deputada Delegada Graciela. (Pausa.) Deputada Paula da Bancada Feminista. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Guilherme Cortez. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. GUILHERME CORTEZ - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa tarde presidente, meus colegas deputados, servidores desta Casa, e quem acompanha a gente através da Rede Alesp.

Presidente, lamentavelmente eu tenho que voltar a esta tribuna para falar do grande tema desta semana, que é o grau de corrosão democrática e da Segurança Pública que o nosso Estado chegou. Toda a população de São Paulo está assistindo alarmada, indignada e amedrontada os recorrentes casos de violência policial, acobertados e incentivados pelo governo Tarcísio e pelo secretário Guilherme Derrite.

Hoje a gente teve notícia de uma idosa que foi agredida com cassetete em uma abordagem policial. Nós tivemos o caso recente de uma pessoa que foi jogada de cima de uma ponte.

Fora os casos que a gente já vinha denunciando, do jovem Ryan, de quatro anos, que foi assassinado em uma operação policial. Depois a Polícia Militar foi acionada para impedir o cortejo e o velório.

Isso, muito longe de serem casos isolados, mostram uma política consciente de insegurança pública. Que, sob a premissa de combater, de maneira dura, o crime organizado, na verdade, só torna a Segurança Pública no nosso Estado mais despreparada, mais arbitrária e mais violenta. Isso precisa ter um fim.

Por isso, nós, deputados da oposição, estamos usando todos os mecanismos que a gente tem ao nosso dispor para tentar colocar um fim nesse reinado de violência e de arbitrariedade que se instalou na cúpula da Polícia Militar e na Secretaria de Segurança Pública, com o aval do governador Tarcísio.

O secretário Guilherme Derrite, que hoje é o principal responsável por esses casos nem um pouco isolados, mas bem pensados, precisa sair do seu cargo, porque já mostrou que não tem qualquer condição de estar à altura de zelar pela Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Se o governador Tarcísio e o próprio secretário não chegarem a essa conclusão, nós faremos isso por eles. Porque nós não podemos assistir a população civil do estado de São Paulo sofrendo sistematicamente com a violência, com a arbitrariedade, com os abusos por parte do Estado. E tampouco os nossos policiais militares sendo levados ao risco, ao adoecimento, ao suicídio, por conta de uma política de Segurança Pública que não é mais segura para ninguém. Mas isso não se limita só à Polícia Militar.

Nessa semana, nós recebemos o vídeo de um jovem, na Estação Carapicuíba, da ViaMobilidade. É uma das empresas que privatizou, que tem a concessão do transporte sobre trilhos em São Paulo. Lá, um jovem foi assassinado, foi morto por um segurança da estação da concessionária ViaMobilidade. Concessionária essa que, recorrentemente, a gente vem nesta tribuna para denunciar os abusos com a população.

Porque, desde que essas linhas foram entregues para a iniciativa privada, o que a gente viu foi um serviço muito pior, que tem mais atrasos, que é mais lento, e que frequentemente sofre com acidentes.

E agora, isso não fosse o bastante, a gente está vendo os seguranças da concessionária matando pessoas. Uma pessoa que estava visivelmente alterada, que tentou passar pela catraca sem pagar. E, por isso, estava errada, mas que, por conta disso, desses cinco reais, a pessoa perdeu a sua vida.

Um agente da segurança, que deveria zelar pela segurança dos usuários daquela estação asfixiou a pessoa com o seu joelho em cima das suas costas, assim como aconteceu alguns anos atrás com o George Floyd, nos Estados Unidos, e a gente está vendo isso acontecer aqui, diante dos nossos olhos.

Essa é a cara do governo Tarcísio, entregar tudo o que pode para a iniciativa privada, mas reforçar a violência contra a população. O Estado tem que ser brando para garantir serviço público para a população, mas ele tem que ser rígido, duro, autoritário para praticar a violência e amedrontar a mesma população.

Isso é lastimável, a gente está acionando o Ministério Público para investigar mais uma vez a ViaMobilidade, eu sou um defensor de que o contrato dessa concessão já devia, há muito tempo, ter sido revogado, porque o que não faltam, deputados, são demonstrações de que a ViaMobilidade não cumpre a sua responsabilidade. Pelo contrário, está levando para o bueiro mesmo o direito da população à mobilidade, ao Transporte público.

Em segundo lugar, presidente, no tempo que me resta, eu quero falar de uma outra situação muito alarmante aqui no estado de São Paulo. Nós recebemos a notícia de que a Escola Estadual São Paulo, que fica lá no bairro do Braz, uma escola centenária, do século XIX, pela qual já passaram várias pessoas muito importantes aqui para o nosso Estado, recebeu essa semana, de uma hora para outra, a notícia de que, a partir do ano que vem, ele ia ter que interromper as suas atividades, porque o governo não ia mais disponibilizar as aulas para os estudantes regulares.

Essa é a realidade do governo Tarcísio, da barbárie que a gente discute militarizar a escola, a gente discute fechar a escola, a gente discute tirar dinheiro da escola, isso é inacreditável.

Com os índices de Educação do nosso Estado, isso é inacreditável, com uma escola que já foi uma referência e que, nos últimos anos, vem sofrendo um processo de sucateamento justamente para levar o que a gente está vendo agora, para o governo de uma hora para outra chegar e falar: “acabou, vamos fechar a escola, não vão mais ter aulas ali”. E do dia para a noite, os estudantes, os seus pais, os servidores, os professores têm que se virar.

Isso é um absurdo. Nós também estamos oficiando a Secretaria de Educação e o Ministério Público para investigar as causas desse fechamento, para tentar impedir esse fechamento, porque o estado de São Paulo, sinceramente, não precisa de mais quartéis, e agora eles querem transformar as escolas em quartéis.

O estado de São Paulo precisa de mais escolas públicas de qualidade, que possam ensinar os nossos estudantes, onde os nossos professores sejam reconhecidos e sejam valorizados pelo trabalho importantíssimo que a gente faz.

Mas, lamentavelmente, este é o ano dois da Tarcisiolândia aqui em São Paulo, em que a gente vê escola fechando, privatização de serviços essenciais, militarização de serviços públicos e violência de estado contra a população. Espero que a gente consiga impedir isso, deputado Marcolino, antes que a gente não tenha mais volta desse caminho sombrio.

Muito obrigado, deputado Reis.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Chamo para fazer uso da palavra o deputado Altair Moraes. (Pausa.) Deputado Capitão Telhada. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Danilo Campetti. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputada Dani Alonso. (Pausa.) Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.)

Deputado Caio França. Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. CAIO FRANÇA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente, saudar V. Exa., meus colegas deputados. O que me traz aqui nesta tribuna hoje é um momento de alegria em poder, hoje pela manhã, ter vivenciado mais um momento especial para a gente, que está na luta pela democratização do acesso aos medicamentos à base de Cannabis.

Eu tive a honra de poder ser autor da Lei nº 17.618, sancionada pelo governador, que hoje garante a distribuição desses medicamentos para uma parcela da sociedade. É muito pequena a parcela ainda, a nossa luta é pela ampliação das patologias contempladas, mas eu fico muito contente em ver que o nosso projeto replicou em outros estados brasileiros.

Hoje tem 21 estados em que têm leis tramitando nesse sentido, projetos já aprovados aguardando a sanção do governador. Mas no dia de hoje, juntamente com o nosso vice-coordenador e referência nessa temática, Eduardo Suplicy, nós fizemos mais uma sinalização importante, que é o anúncio dos projetos selecionados do nosso edital de emendas, somando um milhão de reais para essa temática, garantindo que tem recurso público para financiar projetos, pesquisas sobre a cannabis medicinal. 

Afinal, não é justo que somente uma parcela da sociedade possa acessar esses produtos. Enquanto quem tem condições de pagar até dois mil reais por mês está comprando esse medicamento, importando para tratar temas diversos - como dor crônica, fibromialgia e tantas outras patologias e condições -, as pessoas que não têm acesso e não têm condições de pagar ainda não conseguem.

Então, a gente encontrou, através da frente parlamentar, um mecanismo de poder auxiliar e diminuir um pouco dessa distância entre as realidades. Mais do que o recurso em si, meu amigo deputado Suplicy, que é importante, obviamente, porque o recurso chega na ponta, e serão vários projetos contemplados - eu vou citar aqui eles. Mas, mais do que o recurso em si, eu costumo dizer que é a simbologia disso tudo.

O que significa para essas pessoas que trabalham com esse tema há tantos anos - e muitos deles são discriminados, sofrem preconceito por conta disso - poder vir aqui ao palácio da Assembleia Legislativa e falar sobre o tema, ter recursos no Orçamento de forma impositiva, constando no Orçamento que será votado até o final do ano, é, sem dúvida, muito simbólico. E essa ação também tem criado repercussão em outros estados.

Portanto, eu quero aqui, com muito prazer, primeiro, agradecer ao Conselho Deliberativo, que é responsável por escolher os projetos que foram selecionados. Não sou nem eu, nem o deputado Suplicy quem decide quais projetos serão contemplados, deputado Marcolino; é um grupo de médicos, de pesquisadores, de ativistas, de advogados que militam nessa área, que são responsáveis por escolher os projetos. Foram 32 projetos inscritos, sendo que foram oito selecionados.

E aí, me permitam aqui fazer a leitura e parabenizar a Associação da Casa dos Deficientes de Ermelino Matarazzo, ACDEM; a Associação Pan-Americana de Medicina Canabinoides, a APMC; a Associação Cultural Recreativa Esportiva Bloco do Beco; o Instituto Adesaf; o Instituto Arte no Dique; o Instituto Fashion Revolution Brasil; o Instituto Sophia Vercelli e a Unesp, que foram os vencedores do nosso edital. 

E é importante esclarecer também, presidente, que os projetos contemplados têm bastante diversidade dentro dessa temática, tem associações que têm o direito, garantido pela justiça, de produzir, ou seja, de cultivar cannabis para produzir o próprio medicamento e, com isso, vai poder ampliar a sua capacidade de oferta. 

Nós temos projetos aqui que vão garantir também testes para os óleos que estão sendo entregues por essas associações, para mostrar que os óleos associativos, muitos deles são de boa qualidade e garantem um potencial, como está aqui o próprio Eduardo Suplicy, para poder comprovar.

Tem projetos que vão fazer documentários para explicar e, também, educar a população a respeito desse tema, que ainda sofre muito preconceito, e o preconceito é fruto da pouca informação. 

Tem projetos ligados ao cânhamo, que recentemente o STJ autorizou o cultivo aqui no Brasil, porque ele tem um baixíssimo teor de THC, e nós vamos mostrar todo o potencial do cânhamo para a indústria têxtil, para a construção civil.

Então eu quero dizer com muito orgulho aqui que a Assembleia Legislativa de São Paulo, através da nossa frente parlamentar, tem sido referência no Brasil para que a gente possa colocar luz a essa discussão tão importante e tão pouco falada nas instituições públicas.

Enquanto o Congresso Nacional - para fechar minha fala, presidente - ainda não tem coragem de poder apresentar um tema, apresentar um projeto que atenda aos anseios da sociedade, as assembleias legislativas, iniciadas aqui por São Paulo, têm conseguido garantir que esse tema possa estar dentro dos governos. Afinal, como eu disse, não é justo que apenas uma parcela da sociedade, aquela que tem mais condições, possa acessar esses produtos.

A gente tem por obrigação fazer com que as pessoas mais simples possam ter esse mesmo acesso. E se tem um estado que tem esse dever para com a Nação, eu penso que São Paulo tem que estar sempre na vanguarda. 

Então eu quero mais uma vez agradecer à Assembleia pela possibilidade, agradecer ao meu parceiro de jornada, Eduardo Suplicy, pela caminhada e, mais uma vez, parabenizar as entidades que foram vencedoras, selecionadas no nosso edital de emendas parlamentares. 

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem. Chamo para fazer uso da palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.)

 Entrando na Lista Suplementar, deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários e funcionárias da Assembleia Legislativa, rapidamente, quero trazer aqui um tema que eu já falei durante a semana, do papel que o presidente Lula tem tido no desenvolvimento do País e do estado de São Paulo.

Porque quando nós assumimos um espaço de gestão pública, seja no Legislativo ou no Executivo, o papel do servidor público do Executivo e do Legislativo é de criar a condição de melhorar a vida das pessoas. Só que nem sempre a avaliação de uma gestão é feita de forma consensual, e é importante que entendamos como é que a dinâmica da economia tenta determinar o papel de um governador e de um presidente.

Então eu queria rapidamente, Machado, que pudesse passar aqui um vídeo para demonstrar um pouco para a população do estado de São Paulo, como é que é feita a avaliação, principalmente em relação ao mercado financeiro, em relação às gestões do Executivo.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Estamos falando, Sr. Presidente, de uma parcela de banqueiros, uma parcela de representantes do capital privado do nosso país. Se fizessem a mesma pergunta em relação ao governador Tarcísio, com certeza estariam aprovando o governador Tarcísio pelas privatizações, pelo desmonte do estado, por retirar recursos da Educação, como aprovou na semana passada.

Então, é um olhar de quem tem a estrutura do capital financeiro nas mãos, ao contrário do que a gente vê com a população do estado de São Paulo e do Brasil, o apoio positivo, porque tem feito a distribuição de renda, tem feito inclusão social, tem criado condição de incluir novamente o trabalhador e a trabalhadora no Orçamento do governo federal.

Então, é importante trazer informações como essa, porque não é uma pequena parcela da sociedade brasileira que vai determinar os rumos do nosso país, seja em relação ao sistema financeiro nacional, seja em relação ao agronegócio do nosso país.

Muito obrigado, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Chamo para fazer uso da palavra o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Pelo tempo remanescente do Pequeno Expediente, deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, deputado Reis, deputado Marcolino, deputado Suplicy, na semana passada, nosso coletivo “Educação em Primeiro Lugar”, composto pela deputada federal Luciene Cavalcante, do PSOL, pelo vereador Celso Giannazi, da Câmara Municipal, e pelo meu mandato, aqui da Assembleia Legislativa, nosso coletivo entrou com uma ação popular contra a Resolução nº 77, de 2024, da Seduc, da Secretaria da Educação, que representa um verdadeiro autoritarismo para as nossas escolas, contra o Magistério, contra uma Educação de qualidade, sobretudo contra a gestão democrática da escola pública.

Essa resolução tem dois artigos extremamente ditatoriais que dão amplos poderes, poderes imperiais para que a direção da escola possa decidir quem fica e quem não fica na escola. Mesmo que o professor tenha sido bem avaliado pelos alunos na Avaliação 360, quem decide é o diretor. O diretor da escola, ou a diretora, tem poder de vida e morte sobre os professores.

Nós ingressamos com uma ação popular no Tribunal de Justiça, o TJ, que pediu informações para o Ministério Público estadual, como sempre faz, e o Ministério Público acabou de dar um parecer para o Tribunal de Justiça dizendo que realmente os Arts. 25 e 26 devem ser revogados, ou seja, o Ministério Público do Estado de São Paulo concorda com a nossa ação popular, do nosso coletivo “Educação em Primeiro Lugar”.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.

 

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Está aqui o parecer publicado ontem, dia 4, do Geduc, dizendo exatamente o que nós colocamos na nossa ação popular, falando de todos os prejuízos para a Educação. O que está acontecendo é que os professores estão sendo dizimados das escolas. Escolas estão demitindo 20 professores, dez professores ao mesmo tempo, apenas porque um diretor acha que isso deve ser feito. É um dos instrumentos mais autoritários já publicados pela Secretaria da Educação.

Então agora estamos aguardando o julgamento da ação popular, que já tem, repito aqui, o parecer positivo do Ministério Público estadual dizendo que tem que revogar essa medida. Então, é um dado importante. Espero que o Tribunal de Justiça dê a liminar. Nós pedimos que haja uma liminar suspendendo os efeitos desses artigos autoritários, ditatoriais, que estão destruindo o magistério estadual e destruindo as escolas também.

Então, essa resolução é mais um ataque do governo, da gestão Tarcísio/Feder. Como o governo Tarcísio está destruindo a Segurança Pública através do Derrite, que foi inclusive afastado da Rota porque tinha mais de 16 mortes investigadas, e o mesmo acontece com a educação.

Nós estamos pedindo a exoneração do Derrite e também a exoneração do Renato Feder, da Educação, porque ambos estão destruindo as duas áreas: o Derrite destruindo a segurança pública do estado de São Paulo, e o Renato Feder destruindo a Educação com as plataformas digitais, com as demissões em massa de professores, com o fechamento de salas, de turnos, com o fechamento do ensino médio noturno, com o fechamento de educação de jovens e adultos, com o fechamento agora de escolas - a  Escola Estadual São Paulo, estive lá nestes dias.

Entrei já com representação no Ministério Público estadual. Nós já estamos tomando várias providências, porque ele está fechando agora escolas, não contente em fechar salas de aula. Está aqui, olha: “Gestão Tarcísio vai fechar escola centenária no centro para obras em parque”.

Só que tem o seguinte: “a Escola Estadual São Paulo deixará de receber alunos em 2025, mas intervenção no Parque Dom Pedro II só está prevista para 2026”, se é que vai existir essa reforma da praça.

O fato é que o desejo do governo é fechar escola. Não foi à toa que ele, Sr. Presidente, para concluir, aprovou aqui na Assembleia Legislativa, com os votos da base do governo e com o nosso voto contrário, com a nossa obstrução, a redução do orçamento da Educação.

Para concluir, Sr. Presidente, a Educação do estado de São Paulo nunca foi tão atacada como nesse governo do Tarcísio/Feder, mas a boa notícia é que o Ministério Público estadual deu um parecer favorável à nossa ação popular, à ação popular do nosso coletivo “Educação em Primeiro Lugar”.

Agora vamos torcer para que o Tribunal de Justiça dê uma liminar suspendendo essa resolução extremamente autoritária que está prejudicando todo o Magistério estadual.

Muito obrigado, Sr. Presidente. 

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Encerrando o Pequeno Expediente, damos início ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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 O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy, por permuta com o deputado Emídio de Souza. Vossa Excelência tem o tempo regimental de 10 minutos no Grande Expediente. Com a palavra o deputado Eduardo Suplicy. 

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro presidente, deputado Luiz Claudio Marcolino, eu quero primeiro cumprimentar a luta do deputado Carlos Giannazi em favor da boa educação e quero aqui registrar como os indicadores sociais divulgados hoje pelo IBGE informaram que emprego e programas sociais reduziram pobreza ao menor nível desde 2012.

“De 2022 a 2023, o percentual da população do País abaixo da linha de pobreza adotada pelo Banco Mundial, de US$ 6,85 PPC por dia ou R$ 665,00 por mês, caiu de 31,6% para 27,4 por cento. Foi a menor proporção desde 2012. Em um ano, 8,7 milhões de pessoas saíram da pobreza no País. Numericamente, essa população recuou de 67,7 milhões para 59 milhões, seu menor contingente desde 2012.

No mesmo período, a proporção da população na extrema pobreza, que era de US$ 2,15 PPC por dia ou 209,00 reais por mês, recuou de 5,9% para 4,4%, o menor percentual desde 2012. Pela primeira vez esse indicador ficou abaixo dos 5 por cento.

De 2022 a 2023, cerca de 3,1 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no País. A população na extrema pobreza recuou de 12,6 milhões para 9,5 milhões, menor contingente desde 2012. Em 2023, cerca de 51% das pessoas em áreas rurais viviam em domicílios beneficiados por programas sociais. Em áreas urbanas, essa proporção era de 24,5 por cento. Entre as pessoas de zero a 14 anos, 42,7%, ou seja, duas em cada cinco, viviam em domicílios com benefícios de programas sociais.

Em 2023, o total de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam e não estavam ocupados atingiu o menor número, 10,3 milhões de jovens, e a menor proporção, 21,2%, desde o início da série em 2012.

Entre 10,3 milhões de jovens de 15 a 29 anos que não estudavam nem estavam ocupados, as mulheres pretas ou pardas eram 4,6 milhões ou 45,2% desse total, enquanto as mulheres brancas eram 1,9 milhão ou 18,9 por cento. Já os homens pretos ou pardos eram 2,4 milhões, 23,4%, e os homens brancos, 1,2 milhão, 11,3 por cento.

O rendimento-hora dos trabalhadores da cor ou raça branca, 23,02 reais, era 67,7% maior do que o dos trabalhadores da cor ou raça preta ou parda, 13,73 por cento.

Em 2023, o rendimento médio por hora trabalhada dos homens, 18,81 reais, superou o das mulheres, 16,70 reais, em 12,6 por cento. A maior desigualdade estava entre pessoas com nível superior completo com o rendimento médio dos homens, de 42,60 reais, superando a das mulheres, 30,03 reais, em 41,9 por cento.

Então, eu quero aqui noticiar de maneira positiva e alegre que, felizmente, o governo do presidente Lula, tendo à frente Fernando Haddad, Simone Tebet, Valentim Dias, Luiz Marinho, Alexandre Padilha e outros, como ministros, Marina Silva, está realizando um trabalho de acordo com aquilo que o presidente Lula propugnou durante a sua campanha eleitoral.

Os objetivos de diminuir as desigualdades tão intensas do Brasil, os objetivos de melhorar a distribuição da renda, diminuir a pobreza absoluta, a pobreza extrema, estão sendo considerados, e acho isso muito positivo.

É importante que os parlamentares da base de governo, que por vezes criticam aqui as diretrizes econômicas do governo do presidente Lula, estejam atentos a esses dados que são bastante positivos.

E eu acredito que também o governo do presidente Lula conseguirá a maior estabilidade dos preços e diminuir a inflação.

Gostaria ainda de assinalar que o fim da escala 6 por 1, segundo informou a “Folha” de hoje, Joelmir Tavares, tem apoio de 70% da população e agrada a esquerda e a direita, segundo a pesquisa DataFolha.

O fim da escala 6x1 é apoiado por 70% da população e tem adesão tanto entre quem se diz de esquerda, 81,3%, quanto quem se define como direita, 59,4%, segundo o Projeto Brief, junto com a Plataforma Swayable, que ouviu 3.122 pessoas em todo o Brasil.

A simpatia à causa cresceu quando os responsáveis pelo levantamento apresentaram mensagens com argumentos favoráveis. O apoio foi a 91,3% na esquerda e 71,5% na direita, o que levou à conclusão de que, nesse debate, o aspecto humanitário pode ser mais relevante do que alinhamentos ideológicos. A simpatia à causa entre as mulheres é entre 07% e 10% maior do que entre os homens. Entre elas o apoio bate 86%, e entre eles, 76 por cento.

A proposta de acabar com a escala 6x1, que viralizou nas redes sociais no mês passado, está em debate na Câmara dos Deputados e é de conhecimento de 89% dos entrevistados.

Questionadas sobre motivações das empresas que se opõem à proposta, 65,8% das pessoas ouvidas disseram acreditar que há resistência, porque o modelo atual permite às companhias explorar mais os trabalhadores e maximizar os lucros. Já a ideia de que a elite econômica historicamente se posiciona contra avanços nos direitos trabalhistas tem a concordância de 68,1 por cento.

A maioria, 77,6%, entende que mais tempo para descanso aumentaria a produtividade dos trabalhadores, contrariando um dos principais argumentos usados por lideranças contrárias ao projeto. Entre os entrevistados que declararam ter votado em Jair Bolsonaro, PL, nas eleições de 2022, 44,6% dizem se identificar mais com a esquerda ao saberem que o fim da escala 6x1 é uma causa progressista.

Membros do PSOL puxaram a discussão inicialmente, e 64,6% do público de direita afirmam que sua visão sobre a direita piora ao saber que parte de seus representantes se opõem à pauta”.

Quero cumprimentar a Quid e a Swayable por esta pesquisa muito importante para nós conhecermos como é que estão os resultados da política econômica desenvolvida pelo presidente Lula e pelo ministro Fernando Haddad.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Muito obrigado, nobre deputado Eduardo Suplicy. Dando sequência aos oradores inscritos no Grande Expediente, com a palavra a nobre deputada Marina Helou. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Rogério Santos. (Pausa.)

Com a palavra o nobre deputado Reis. Tem V. Exa. pelo tempo regimental de dez minutos, por permuta com o nobre deputado Enio Tatto.

Nobre deputado Reis, tem V. Exa. pelo tempo regimental de dez minutos no Grande Expediente.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Luiz Claudio Marcolino, quero continuar o debate. Agora chegou o comandante deputado Conte Lopes, também, que provavelmente vai defender bastante o governador, que é da base de sustentação do governador Tarcísio de Freitas.

Mas temos que mostrar o que está acontecendo, a verdade real. Hoje eu acompanhei pela CBN a entrevista do Thorcísio, só que ele estava sem o martelo. Dava a impressão de que ele estava calçando as sandálias da humildade, não estava mais com aquele comportamento de rosnar, aquele comportamento agressivo. Então o Thorcísio reconheceu vários erros.

Inclusive, eu tenho um pedacinho da entrevista para passar aqui, peço para o Machado colocar no telão, em que ele fala, inclusive, de várias questões, deputado Conte Lopes, que nós falamos aqui durante esta semana. Por exemplo, ele falou do treinamento, porque eu... Falta de treinamento.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Está reconhecendo que não está funcionando, viu, deputado Conte Lopes. Vossa Excelência vem aqui e diz que está funcionando, ele está falando que não está. Punir, reciclar, ele fala de fortalecimento da Corregedoria, do controle interno. Então ele está reconhecendo, ele começou a reconhecer que realmente a coisa não está bem.

Ele falou, deputado Conte Lopes, eu parei o carro para ouvir a entrevista, o Thorcísio, hoje sem o martelo, porque quando ele vai vender os bens públicos, ele vai com aquela agressividade, ele vai com aquele martelo e dá 200 pancadas para vender a Sabesp, para privatizar as escolas públicas, mas hoje ele estava bem tranquilo para falar sobre isso.

Ele falou do treinamento, falou que, realmente, os policiais precisam ter treinamento. E eu tenho visto, eu tenho dito isso - já concedo um aparte para Vossa Excelência -, porque é muito importante que a polícia seja muito bem treinada. Aquele caso do médico mostrou a falta de treinamento.

O caso do policial que agora vai para a rua, vai ficar preso, não compensou nada do que ele fez, de ter dado 11 tiros pelas costas de um rapaz que pegou, naquele mercadinho, um pacote de sabão. O que vai acontecer com esse policial? Ele acabou com a vida dele.

Falta de treinamento. Inclusive, ele falou de protocolo, assim como eu falei aqui, esta semana, que tem os protocolos para serem seguidos. Mas, para que os policiais sigam os protocolos, tem que, na preleção, ter meia hora de preleção para falar com eles sobre os protocolos, tem que ter orientação, tem que ter os cursos.

Não dá para a polícia ficar polícia, bico, bico, polícia, polícia, bico. Não dá. Então ele falou... Eu vou dar um aparte para V. Exa., para eu poder continuar.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Eu agradeço que V. Exa. me citou, disse que, ao contrário do governador, eu falei que está tudo indo bem. Eu nunca falei isso. Eu também não acho que falte treinamento, nobre deputado. É o governador que está falando.

Vossa Excelência foi policial militar e é policial civil. Ora, V. Exa. foi treinado, nunca jogou ninguém da ponte. Vossa Excelência nunca pegou uma arma, um cara que está furtando o mercado, e saiu dando 11 tiros.

Eu respondi a vários processos, um monte. Acho que (Inaudível.) fui eu, mas entrevero com bandido. Agora, nós conhecemos as leis, então não é treinamento. Aí eu sou obrigado a falar que isso aí não é verdade.

Vossa Excelência colocou um major hoje aqui quebrando todo o comércio. Falta treinamento? O cara fez Academia. Vossa Excelência colocou que ele é piloto de helicóptero. O cara tem treinamento, o cara é major, fez Academia. Então não é o treinamento.

Então está alguma outra coisa errada, me perdoe o governador nesse aspecto. Estou apoiando, apoio o trabalho da polícia, não é verdade? Agora, aquele que erra, não erra generalizado. Nem todo policial sai jogando os outros da ponte. E nem todo major sai quebrando o comércio.

Então a gente defende a polícia firme, tipo Rota, combatendo o crime, defendendo a população dos bandidos. Esse é o nosso discurso, e vai ser sempre. É isso aí, se me permite.

Obrigado pelo aparte.

 

O SR. REIS - PT - Muito bem. Continuando, eu estou dizendo que o governador, na entrevista dele, ele falou hoje sobre a questão do treinamento. Ele falou do acompanhamento psicológico.

Então aquele stress, daquele major, de repente ele está precisando de um psicólogo, não é verdade? Então ele falou de reforçar... (Voz fora do microfone.) É, para fazer aquela pancadaria, quebrar... (Voz fora do microfone.)

É, eu também acho. Mas, quebrar tudo, quebrar o que ele quebrou ali, e dar 15 pauladas naquele balconista? Não foi uma paulada. E ele era muito forte. Ele nem precisava entrar com um pedaço de pau daquele jeito para dar 15 pauladas, 15 porretadas. Então o governador falou de acompanhamento psicológico. Vossa Excelência sabe que nós temos um alto índice de suicídios nas polícias. Na Polícia Civil é pandêmico.

Então realmente tem que reforçar o treinamento, tem que reforçar a reciclagem, tem que reforçar o acompanhamento psicológico. E ele falou de compras de armas, de investimento tecnológico.

E ele falou das câmeras, que ele errou. Ele admitiu o erro. Hoje, inclusive, já está na “Folha de S. Paulo”. Não sei se V. Exas. tiveram como ver a matéria. Tarcísio disse que estava completamente errado sobre as câmeras corporais dos PMs.

O governador de São Paulo afirma que está convencido da importância dos equipamentos. E que fará com que novo programa tenha sucesso. Então eu quero ver agora a base de apoio do governador defender as câmeras.

Porque eles passaram dois anos aqui falando contra as câmeras. Na Comissão de Segurança e Assuntos Penitenciários, todos os integrantes lá são contra. Claro, com exceção da oposição, são contra o uso de câmeras.

Toda a bancada de sustentação, que tem relação com a Segurança Pública, todos os discursos aqui foram feitos contra o uso de câmeras. Mas o governador hoje fez um “mea culpa”.

O governador disse que está convencido de que os equipamentos são importantes para proteger, tanto a sociedade quanto policiais. “O discurso de segurança jurídica que a gente precisa dar para os profissionais de segurança pública para combater, de forma firme, o crime não pode ser confundido com salvo conduto...”

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Mais um aparte?

 

O SR. REIS - PT - No momento oportuno, porque o meu tempo já está indo. Mas V. Exa. vai falar por 10 minutos, então eu vou pedir aparte. Então o governador faz sim a “mea culpa”. “Eu admito”, está aqui na “Folha de S. Paulo”. “Eu admito, estava errado. Eu me enganei.

E não tem nenhum problema eu chegar aqui e dizer para vocês que eu me enganei, que eu estava errado, que eu tinha uma visão equivocada sobre a importância das câmeras corporais.” Disse o governador. “Eu era uma pessoa que estava completamente errada nessa questão. Eu tinha uma visão equivocada...”

Ele falou repetidas vezes. Agora, a base do Governo segue a ordem unida: “Direita, volver!”; “Esquerda volver!”; “Ordinário, marche!”. Como a base do Governo segue a ordem unida, eu espero que a base venha agora defender as câmeras corporais. Assim como o governador está reconhecendo o seu erro, e disse que vai aperfeiçoar e aumentar o uso de câmeras corporais.

Só para terminar, eu quero dizer o seguinte. Ele falou de tudo isso. Mas tem uma coisa que ele não falou - e que é de suma importância para os policiais -, que é a valorização. Ele não falou de valorização. Teve um aumento que vêm aqui, e falam que é o maior aumento. Eu já provei que não é, porque eu trouxe toda a tabela de reajuste, desde 1994. Não tem reajuste em 2024 e não tem previsão, na Lei Orçamentária, de reajuste para 2025.

Então o governador falou de treinamento, de reciclagem, ele falou de acompanhamento psicológico, ele falou de investimento em tecnologia, ele falou de compra de armas, de melhorar as viaturas, mas ele não falou do que é muito importante, a valorização do servidor da Segurança Pública.

Ele não falou de garantir uma coisa que é bandeira dele, bandeira de campanha eleitoral, que é garantir os reajustes todos os anos para os policiais civis, policiais militares, policiais técnicos-científicos, policiais penais, porque o salário ainda é indigno.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Muito obrigado, nobre deputado Reis.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Pela ordem, Sr. Presidente. Para uma reclamação, porque eu fui citado pelo nobre deputado Reis.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Eu vou chamar o orador, e na sequência já passo para Vossa Excelência. Nobre deputada Carla Morando. (Pausa.) Nobre deputada Paula Bancada Feminista. (Pausa.)

Nobre deputada Thainara Faria. (Pausa.) Nobre deputado Rômulo Fernandes. (Pausa.) Nobre deputado Altair Moraes. (Pausa.) Nobre deputado Lucas Bove. Tem V. Exa. o tempo regimental de dez minutos, por cessão do deputado Marcos Damasio.

Então, com a palavra o nobre deputado Conte Lopes, para uma reclamação.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - PARA RECLAMAÇÃO - Sr. Presidente, eu queria colocar ao nobre deputado Reis que eu sou contrário às câmeras e vou continuar sendo, quando as câmeras são usadas para mandar para o “Fantástico”, da “Globo”, ocorrências policiais e dando versão da ocorrência como aconteceu em São José dos Campos. Então, eu sou contrário a isso.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Reis.

 

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As câmeras são para uso da Polícia, uso para o Ministério Público, da Justiça, se necessário for, não para se punir o policial dando a versão que a “Globo” quer, ou a imprensa quer. “Não, a hora que o policial atirou, ele pôs a mão na câmera, por isso que ninguém viu ele atirando”.

Então, nós somos contrários a isso. Nós não somos contra a tecnologia, porque ninguém consegue segurar. Infelizmente, as coisas mudam. Infelizmente, é assim. Hoje, todo mundo tem um celular na mão.

Na minha época, nobre deputado, até para namorar, a gente tinha que passar no jornaleiro, comprar uma ficha e procurar um orelhão onde não tinha muita gente. Então, hoje, você tem o celular na mão, pode ligar para quem você quiser. Então, mudou. Hoje, tem a tecnologia. O que eu acho errado é usar contra o policial.

Esse é o problema. Eu acho, por exemplo, que a Polícia trabalha para a população. Nenhuma diretora de escola, nenhuma professora vai ter coragem de denunciar um tráfico na porta da escola sendo gravada pela câmera do policial. Então, eu acho que tanto esquerda como direita, eu tento falar isso todo dia, teriam que se unir para ver que Polícia que a sociedade tem que ter, para melhor. Essa é a nossa colocação.

Quando eu entrei na Polícia Militar, em 67, eu entrei na Força Pública, não era Polícia Militar. Quando eu entrei nos militares, em 70, virou Polícia Militar, mas eu entrei na Força Pública, e fazia o trabalho de Segurança na época. Tanto é que a Brigada Militar, no Rio Grande do Sul, continua Brigada Militar.

Então, nós não somos contra a tecnologia. Agora, isso aí tem que favorecer principalmente a população.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem, deputado Conte Lopes. Vamos ouvir o deputado Lucas Bove.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, senhor presidente, deputado Reis. Boa tarde a todos os servidores desta Casa, amigos da imprensa, quem nos acompanha nas redes sociais, e uma boa tarde especial aos policiais civis e militares que fazem a nossa segurança aqui, e também a todos os policiais, a todos os componentes das Forças de Segurança Pública do Estado de São Paulo.

O que aconteceu nos últimos dias, em relação ao que parece ser, sim, um crime praticado pelo policial, vamos aguardar as apurações, mas é o que parece no vídeo, é uma situação lamentável, uma situação triste e condenável, e eu tenho certeza de que o secretário Derrite, que o coronel Cássio, que o governador Tarcísio, que o executivo, o Sr. Artur Dian, Dr. Artur Dian, não saem às manhãs e passam missões para as suas tropas saírem para matar.

Pelo contrário, a Polícia Militar do Estado de São Paulo sai às ruas todos os dias para defender a vida, para defender os cidadãos e para dar a sua vida, se preciso, para combater o crime e defender a vida de quem eles nem conhecem. Existem, sim, maus elementos que saem de manhã pensando em cometer crimes? Claro que existem. Existe na Polícia, existe na favela, existe no bairro rico, existe na política.

O político sai de manhã para roubar, deputado Reis? Não, mas tem político que rouba, tem político que sai de manhã para roubar, haja vista o presidente da República, que nós estamos vendo aí o que está fazendo com as estatais, com as contas públicas, com os cortes na Educação, que ninguém aqui falou nada, cinco bilhões e meio. Enfim, para falar do Tarcísio é muito fácil. 

Então, é isso que a esquerda faz, Sr. Telespectador, Sr. Eleitor, Sr. Cidadão. A esquerda se utiliza de situações para criar narrativas que tentem atacar quem faz realmente um bom trabalho em prol da Segurança Pública. Nós não somos contra as câmeras de maneira sistemática. 

Nos Estados Unidos, por exemplo, os republicanos, a direita é a favor das câmeras, porque nos Estados Unidos, onde se tem liberdade e se tem uma justiça muito mais justa, com o perdão da redundância, as câmeras são utilizadas para proteger vidas, para proteger gente honesta, seja um inocente abordado, o que é exceção, seja um policial militar fazendo o seu trabalho de maneira digna, o que, por sua vez, é regra. 

A Polícia Militar do Estado de São Paulo cumpre um papel fundamental, principalmente nos últimos 20, 30 anos, desde que o governador Alckmin, hoje vice-presidente, deixou a maior facção, uma das maiores facções criminosas do mundo, se instalar, crescer, amedrontar e aprisionar a população no estado de São Paulo.

A Polícia Militar ficou 30 anos pela centro-esquerda sendo sucateada nesse estado de São Paulo, sem salário, sem equipamento, sem alojamento, sem viatura, e os senhores vão agora querer generalizar e dizer que a Polícia Militar mata, é assassina, é isso, é aquilo? Quem sobe morro com cupincha é ministro do governo atual. Quem fala que pode roubar para tomar uma cervejinha é o presidente da República. 

Que conversa é essa? Não vão desmoralizar a Polícia Militar aqui, não no nosso turno, não enquanto nós tivermos um governador que tem um olhar especial para a Segurança Pública, que defende sim o cidadão de bem, não enquanto tivermos um secretário que é histórico, é policial militar, conhece as trincheiras, conhece o dia a dia, sabe o que é dar de cara com um vagabundo e ter que trocar tiro. É um absurdo o que estão fazendo aqui.

Não vão desmoralizar a nossa Polícia Militar. Quer resolver o problema da Segurança Pública, da letalidade policial? Põe as leis mais duras para criminosos, porque o menino que morreu outro dia e foi utilizado aqui para afrontar o secretário Derrite por uma esquerda nefasta, morreu quando a polícia estava se retirando do local e os vagabundos meliantes começaram a atirar e, na troca de tiro, infelizmente, o menino foi alvejado. 

Nem queiram imaginar a cabeça desse policial à noite, o policial que porventura tenha alvejado o menino. Nem queiram imaginar se vocês acham que ele está tomando uma cervejinha ou sambando. Não, não, não. Com certeza ele estava em casa, triste e preocupado com o que aconteceu e muito provavelmente estava rezando, porque deve ser temente a Deus.

Porque essa turma que põe a farda cinza bandeirante para defender, qualquer que seja, mesmo aqueles que gritam aqui pelo fim da Polícia Militar, são os verdadeiros heróis da nossa nação.

Não tem que vender camiseta com o Che Guevara, que matava homossexual. Não tem que vender camiseta com o símbolo do Hamas, que joga homossexual do prédio, que apedreja a mulher, que acorrenta a mulher, que não a deixa usar a roupa que ela quiser, que não deixa ela estudar. 

Tem que vender camiseta, sabe com o quê? Com o brasão da Polícia Militar. É disso que o povo de São Paulo tem que ter orgulho. É isso que os estudantes, que os jovens de São Paulo têm que exaltar. Os nossos heróis. Agora, as narrativas são construídas para tentar denegrir aquilo que são fatos.

Os índices de Segurança Pública no governo Bolsonaro atingiram os níveis mais baixos da história. Os índices mais baixos da história. A apreensão de drogas batendo recorde. As operações todas ocorrendo. Os homicídios reduziram.

A violência no campo cessou, senhoras e senhores. Em um país onde existe uma esquerda que usa milhões de pessoas como massa de manobra para invadir propriedades privadas produtivas, inclusive públicas, a violência no campo cessou. 

E vocês sabem a força do MST, do MTST, da Frente Nacional de Luta... Liberdade, todas essas siglas aí. Cessou. Os índices de violência contra a mulher se foram reduzidos aos mínimos. Presidente Bolsonaro foi o presidente que mais sancionou lei em favor das mulheres. Isso são números, não há discussão. Pode vir um deputado aqui e tergiversar sobre o maior aumento da história.

Agora, vamos comparar com o Alckmin, que é do governo deles lá. Quem deu mais aumento? O Tarcísio, em dois anos, ou o Alckmin? Acho que se você somar todos os anos que o Alckmin foi governador, que foram muitos, não dá o que o Tarcísio vai dar de aumento em quatro anos, sinceramente. Vamos aguardar.

Espero que aqui o PT vote a favor, não fique obstruindo como fez da outra vez, mas tudo bem, vamos aguardar. Agora, os índices do governador Tarcísio também são excelentes. Existe uma oscilação? Claro que existe. É um problema grave? Claro que é um problema grave. Nós estamos vendo o GCM se equipando e aumentando. Conte Lopes, não existia GCM.

Mal existia... Não existia Polícia militar. O senhor, que é um desses, que bravamente lutou nas trincheiras e sabe o que passa a Polícia Militar, sabe muito bem disso. Não existia, era a força de segurança e acabou.

Nós estamos tendo que, cada vez mais, criar barreiras para o crime. Agora, quando tem um governo federal que exalta o crime organizado, que é complacente com todo tipo de crime, inclusive deputado que admitiu em áudio que fazia rachadinha como o Janones, não sendo condenado. Isso é um exemplo para a população.

Que exemplo nós estamos passando para os jovens? Precisa, será, estudar? Precisa ser honesto? Então, é uma questão conceitual. Vocês que gostam de filosofar, a esquerda que gosta de citar palavras ao vento, é uma questão moral, conceitual. Nós temos que dar o exemplo aqui.

E não é condenando uma corporação inteira que nós vamos dar o exemplo. Não é denegrindo e atrapalhando todo o trabalho do secretário Derrite que nós vamos resolver o problema. O problema se resolve com políticas na prática, que é o que o presidente Bolsonaro fez e que é o que o governador Tarcísio está fazendo.

Morreu muita gente? Morreu muita gente. Nós gostaríamos que morressem menos? Gostaríamos. Eu sou a favor da pena de morte em alguns casos, mas tem que estar na lei.

É óbvio que nós não queremos que a polícia execute ninguém e a polícia não sai para executar ninguém. Agora, não dá para daqui da tribuna, do ar-condicionado, com o terninho e a gravata vir falar que o policial cometeu um excesso quando ele está ali trocando tiro com um vagabundo que não tem nada a perder.

E que, inclusive, ele sabe que vai ser solto na audiência de custódia e que provavelmente amanhã vai voltar para a favela, para a comunidade, onde possivelmente o policial ou parentes do policial moram.

Cadê a esquerda para defender os policiais pretos e pobres que morrem todo dia na mão da bandidagem? Então, se é preto e pobre, mas é policial militar, ou seja, funcionário público, não precisa de defesa da esquerda? Morre policial todo dia, toda hora.

É baleado, passa por violência, passa por humilhação, porque a câmera, como eu disse aqui no Brasil, é usada ao contrário. Não é usada para proteger o honesto, seja ele o policial ou o bandido, é usada para proteger o bandido em qualquer que seja a situação.

As estruturas públicas estão todas aparelhadas, inclusive as nossas polícias. Claro que os cargos de indicação não, o secretário Derrite, o coronel Cássio, mas existe aparelhamento. A Ouvidoria então nem se fala, tem que acabar a Ouvidoria do Estado de São Paulo, deputado Conte Lopes.

É uma vergonha o desserviço que ela faz, não só aos policiais militares, mas a toda a população do estado de São Paulo. Porque quando ela persegue, como ela persegue policiais militares, ela acaba com as forças de segurança pública, porque o policial militar vai ter que pensar duas, três, quatro vezes antes de tomar uma atitude.

Aí acontece o que aconteceu com aquele nosso bravo guerreiro, bravo policial - que disseram, alguns disseram, outros não -, mas que é perfeitamente possível que ele tenha hesitado por um segundo, porque ele sabia que aquilo ia se voltar contra ele.

Então, se a esquerda quer realmente defender a população, e quer realmente que haja menos mortes, seja de policiais, seja de bandidos, seja de inocentes, ela tem que trabalhar por leis mais duras, que é exatamente o oposto do que a bancada vermelha do PT, do PSOL e todos os seus penduricalhos fazem na Câmara dos Deputados.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Chamo para fazer a palavra o deputado André do Prado. (Pausa.) Deputado Dirceu Dalben. (Pausa.) Deputado Marcio Nakashima. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Conte Lopes, V. Exa. tem o tempo regimental de dez minutos.

Enquanto Vossa Excelência se dirige à tribuna, eu quero dizer para o deputado Lucas Bove que é verdade que os índices de roubos e furtos caíram, mas homicídios, latrocínio e estupros estão em alta. Isso não sou eu que estou falando, é o “Estadão”. Está aqui na matéria, acabei de abrir aqui. Acabei de abrir o “Estadão”. Vossa Excelência fez uma defesa enfática do governador e disse que os índices caíram.

Há uma subnotificação. Nós temos, dos 93 distritos policiais na capital, só 27 funcionam diuturnamente. Isso daí V. Exa. tem que entender que as pessoas muitas vezes vão à delegacia registrar uma ocorrência e não conseguem registrar porque a delegacia está fechada. Então, e para dizer para V. Exa. que só o governador Mário Covas, em 1996, deu 175% de aumento.

Então, para o governador que deu 20,02%, está muito distante de alcançar os índices do governador Mário Covas. E do governador Alckmin, se V. Exa. somar os dois mandatos dele, também está dando muito mais do que isso. Só em 2008, a polícia, os investigadores, que eu sou da carreira, nós tivemos 39% de aumento. Então, está muito distante ainda daquilo que precisa ser feito para garantir a valorização dos policiais em São Paulo.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - Deputado.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É que eu já passei a palavra para ele.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Conte, um aparte antes de o senhor começar? Eu vivi para ver o PT saudar o Mário Covas aqui. Que beleza. Mas só para deixar claro...

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Estamos falando de índices.

 

O SR. LUCAS BOVE - PL - O que o senhor está dizendo aí, só uma frase para resumir realmente essa questão da criminalidade: “Eles ainda vão sentir saudade da gente” Bolsonaro, Jair Messias. O senhor está com saudade do governo Bolsonaro, quando os índices eram muito mais baixos.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Boa sorte.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público que nos acompanha na tribuna da Assembleia, tenho acompanhado aqui os deputados do PT, do PSOL, criticando muito a política de segurança do estado de São Paulo.

Até a semana passada, ninguém discutia. Acho que começaram a discutir muito mais quando o governador Tarcísio de Freitas pôs a mão na cabeça de Ricardo Nunes, que tinha uma eleição perdida, e fez o Ricardo Nunes ganhar do Marçal e depois ganhar do candidato do PSOL, Guilherme Boulos.

Dali para cá, acredito que os partidos de esquerda estão meio assustados, porque, deputado Reis, se Bolsonaro continuar inelegível, já se fala na figura de Tarcísio de Freitas como candidato a presidente da República. Está muito longe a Presidência da República.

Agora, daqui a 15 dias, 20 dias, a eleição para presidente da República será no ano que vem, então vai estar bem pertinho. A partir de janeiro, já está pertinho a eleição. Então, não resta a menor dúvida, talvez o pessoal esteja assustado.

Falava até com o pessoal da imprensa sobre o secretário Derrite. Ora, quem escolhe o seu secretário é quem ganha a eleição. O Tarcísio de Freitas escolheu o capitão Derrite, que é deputado federal, para ocupar a Secretaria de Segurança Pública.

Foi ele que escolheu. E o elogio até, porque desde que entrei na polícia, em 67... Veja bem: quando entrei na polícia, em 67, cabo e soldado da Polícia Militar nem votar votavam, nem cidadãos eram. Passaram a votar depois de 88, com a Constituição, quando nós viramos deputados aqui.

Então veja: de lá até aqui, a Segurança Pública foi colocada nas mãos de generais do Exército, de coronéis do Exército, promotores, juízes, juristas. O Tarcísio de Freitas teve a coragem de colocar a Segurança Pública na mão de pessoas que entendem de Segurança Pública.

O Derrite entende. É policial militar, entende de Segurança Pública. O coronel Cássio é um grande comandante da Polícia Militar, como o Artur Dian é um grande delegado de polícia.

E até a semana passada, estava tudo normal. A polícia agindo, os índices caindo, combatendo o crime organizado. A polícia atuando, trabalhando. Essa semana, estourou um monte de pepino.

Vossa Excelência apresentou aqui, deputado Reis, um major que não pode dizer que tem problema psicológico. Se o cara pilota helicóptero, como é que ela pega um pau e quebra a adega toda lá? Então, o que dirá dele pilotando avião, helicóptero com gente dentro? Agora, o cara comete os delitos porque ele quer.

O policial que joga um cidadão de cima de uma ponte, ele jogou porque ele quis, então ele é criminoso e vai ter que responder por isso. Mas não é o governador que vai ser responsabilizado pelo cara jogar o outro da ponte.

É como um médico que pratica estupro. Às vezes a gente vê no Fantástico um médico, às escondidas, com a mulher sedada, praticando estupro. Eu nunca vi ninguém falar que o secretário da Saúde é culpado, que o governador é culpado. Não. O professor que comete abusos contra crianças. Eu nunca vi falar que o secretário da Educação é o culpado.

Por que, quando é na Segurança Pública, querem passar a bola para o secretário, para o governador? Então, é um absurdo que isso aconteça. Agora, tem erros e vão continuar existindo. Existiam quando entrei na polícia, há mais de 50 anos, estão existindo agora e vão existir. Infelizmente, é o ser humano, porque o cara que entra na PM, na Polícia Civil vai lidar com a violência.

Tem uns que vão para a banda de música. Eu não cantava bem, não tocava porcaria nenhuma, mas fui para a Rota combater crime. Respondi não sei quantos processos.

Vim parar aqui, deputado Reis, porque o Michel Temer não queria que nós da Rota combatêssemos o crime. E volto a dizer, a Rota, a Rota é Ronda Ostensivas Tobias de Aguiar.

É amada pela população, toda a população, pobre, rico, população da periferia, e odiada pelos bandidos, porque a Rota não tem acordo, não tem acerto, não tem toma lá, dá cá, na Rota não tem. Então, o bandido odeia mesmo a Rota, sabe que não tem acordo. Com a Rota é diferente, com o bandido é diferente, é cacete e bala mesmo, não tem moleza.

Então, veja bem, eu fui tirado do policiamento e jogado dentro do Hospital Militar para não combater o crime. E de lá para cá, não é por minha causa, quem sou eu. Em 1986 eu saí candidato, na mesma época que o candidato Lula saiu candidato a deputado federal e teve 600 mil votos, eu tive 26 mil votos.

Vim para cá, estou até hoje por aqui. Então, nós fomos afastados por combater o crime. De lá para cá, o crime cresceu. Chegou o Tarcísio aí e começou a combater o crime organizado. E estava todo mundo até apoiando.

Agora não, virou tudo, pega a “Globo”, é o dia inteiro, vão buscar ocorrência de agora, de antigamente, caso do Rambo. Então, virou meio política a coisa. E eu pergunto: o Tarcísio de Freitas está assustando o PT e o PSOL? Ele está assustando? Será que é isso? Estão percebendo que tem que ir, como ele pôs a mão na cabeça do Ricardo Nunes, que estava lá com cinco, seis, sete pontos lá na pesquisa, perdendo para o Marçal, perdendo para o Boulos. E ele encarou.

E vou dizer, eu não estou defendendo o governador, porque estou defendendo a política. Não tenho contato com ele, não vou lá, não peço nada. Ele encarou, falou, comprou a briga sozinho. Todo mundo xingando e ele ganhou a eleição. Ele ganhou a eleição.

Erros da Polícia? Cada um é responsável pelo seu ato. O cara errou, não falou o certo, que falta treinamento. Isso aí não falta. A única coisa que não falta na Polícia é treinamento. É um ano treinando para ser soldado. O dia inteiro com treinamento de tudo quanto é treinamento.

Agora, esse cara, por exemplo, que deu 11 tiros no furtador, aquele que estava furtando produto, um sabão lá no mercado, esse camarada foi reprovado no psicotécnico da Polícia Militar. Ele foi reprovado, aquele que está no mercado lá, fortão, que dá 11 tiros, ele foi reprovado. Só que o advogado dele entrou com recurso e ele conseguiu ser aprovado depois.

Eu pergunto: o Poder Judiciário vai responder pela morte do menino lá ou é só o governador que responde? Ou é só o governador que vai ter que responder? Então, são uns absurdos, não dá para entender. O policial tem treinamento. Se ele comete crime, é problema dele.

Por exemplo, na Rota, a gente chegava lá, ia sair de serviço sete horas, cinco horas, a gente dava uma hora de educação física e uma hora de ensinamento na sala de aula. Então, tem que dar o treinamento. Não resta a menor dúvida. Agora, o erro individual é isolado, sim. O que querem dizer é que tudo isso é o sistema do governador, como se o governador fosse o culpado.

Só que, no meu modo de ver, estão com medo das pesquisas, porque se Bolsonaro não for candidato, eu até torço, Bove. Eu até torço para que o Lula ligue lá para o pessoal do Supremo, o Tribunal Federal, os ministros, para liberar o Bolsonaro, porque o Bolsonaro tem mais jeito de brigar. O Tarcísio não tem muita coisa contra ele. É um engenheiro muito inteligente e muito competente.

A única coisa errada, que ele foi para o partido do nosso líder aqui, o Altair. Puseram no partido errado, Republicanos. O Bolsonaro não é o seu candidato. Vai ganhar a eleição, em vez de pôr no nosso partido, põe num outro partido. É igual você torcer por um time e jogar no outro time.

Então, é difícil, agora é difícil. Então, eu só acho isso, gente. Acho que tanto a esquerda quanto a direita teriam que ver o que é bom para a sociedade em termos de Segurança Pública, porque a polícia tem que servir ao povo; não é para o PT, não é para o PL, é para o povo.

Colocaram o nome Policia Militar e isso virou ódio. Quando eu entrei na polícia, nobre deputado Barros Munhoz, chamava-se Força Pública, em 1967. Em 1970, com a ditadura militar, a revolução militar, sei lá o quê, porque toda hora muda o nome. Eu já desfilei pela ditadura, eu já desfilei pela revolução. Cada dia era um desfile. O Reis também desfilava lá pela revolução de 64.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Eu não tinha nascido ainda, deputado. Em 64, eu não tinha nascido.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Não, mas até 84 tinha desfile no dia 31 de março.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Eu entrei na PM em 1988.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Então, quatro anos.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É.

 

O SR. CONTE LOPES - PL - Escapou por quatro anos. Parabéns. Obrigado, Sr. Presidente. Mas, eu acho isso aí. A Segurança Pública não é do PT, não é do PL, tem que ser do povo.

O povo, inclusive, juízes e promotores têm que ver o que é bom para o povo. Não é justo, só para terminar, a Justiça soltar sequestradores de um casal de idosos, como aconteceu há 15 dias, que são presos. Em flagrantes e armados, o casal é solto. No outro dia, o juiz libera todo mundo, porque a sequestradora falou que foi espancada pela polícia.

Ou, então, liberar o André do Rap, como o ministro liberou lá em Brasília, o maior traficante do mundo. A polícia fica seis anos para pegar o cara, quando pega, em um sábado, alguém entra com um “habeas corpus”, e um ministro do Supremo assina para soltar.

Quando ele ficou sabendo que era o André do Rap, ele mandou um documento para a polícia, nobre deputado Reis: “Prenda-se”, porque ele tinha soltado o cara errado. Que tristeza, não é?

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Um absurdo.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela ordem, deputado Altair Moraes.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Queria falar pelo Art. 82.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental. Tem V. Exa. cinco minutos.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, obrigado pela fala. Srs. Deputados e todos os que estão trabalhando aqui. Bom, hoje eu vou ser muito breve e objetivo em relação a tudo o que está acontecendo na Segurança Pública e falar sobre responsabilidade. Quem tem que se responsabilizar pelo que está acontecendo.

É incrível quando a gente vê algumas pessoas subindo aqui em plenário e colocando toda a culpa no governador do estado, no Sr. Tarcísio de Freitas. A pergunta é simples e objetiva: quando um médico erra no seu plantão, ele fez alguma coisa errada, a culpa é do dono do hospital?

Quando um professor na universidade faz besteira, como a gente tem visto muita porcaria dentro das universidades, dentro dos colégios, a culpa é do reitor? É porque aquele homem não tinha a capacidade? Não. Isso são culpas individualizadas. Isso é algo individual, que não se pode pegar aquele gestor e punir.

Agora, é claro, é óbvio... Eu agradeço até o elogio ao nosso governador aqui pelo Conte Lopes, ele fez a escolha muito certa em estar no Republicanos, e vai continuar, graças a Deus, porque ele tem dez dedos, não tem nove, ele tem caráter. Então, é importante a gente pontuar isso, deputado Conte.

São ações isoladas - ações isoladas. Está sendo feito aquilo que deve ser feito. Foi para a Corregedoria e, provavelmente, é claro, vai ser excluído da polícia e sentar no banco de réu, porque é isso que o governador quer.

Agora, nós não podemos ser levianos e mentirosos, e dizer que a culpa é de uma polícia mal preparada, porque a polícia do estado de São Paulo é a polícia mais bem preparada do Brasil - homens valentes e valorosos.

Não podemos pegar algumas situações isoladas de uma polícia de quase 200 anos, que tem prestado um serviço de excelência em nosso estado, e crucificar a força policial de forma alguma. Então, vamos colocar os pontos nos “Is”, os pingos nos “Is”.

O governador do estado tem feito, sim, um excelente trabalho. O secretário de Segurança Pública do estado tem feito, sim, um excelente trabalho. É claro que todos aqueles que estão errando pontualmente vão ser punidos, e têm de ser punidos, porque nós, como deputados, como representantes do povo, também não aceitamos isso, e, muito menos, a população.

Agora, o que a gente não pode é crucificar toda a força policial, toda a força de Segurança Pública, por causa de um caso ou outro isolado. Nós sabemos, muito bem, que existem em vários setores pessoas que dão certo e pessoas que dão errado, pessoas de boa índole e pessoas sem caráter, pessoas que fizeram alguma ação errada. Agora, a gente não pode condenar uma instituição e muito menos o governador do estado.

Mas sabe o que é isso? Minha avó dizia, deputado Conte Lopes, que: “Tem homens que têm medo e quando têm medo inventam histórias”. E é isso. Estão com medo do nosso governador - a verdade é essa.

 A gente está em um País que está indo de mal a pior: o Sr. Presidente, a cada dia, fazendo uma besteira atrás da outra; a economia afundando; a rejeição aumentando; e o nosso governador só acerta. O nosso governador está na linha correta.

Você não vê, em hipótese alguma, o governador deixando de dialogar com quem precisa dialogar. O governador Tarcísio de Freitas, um homem equilibrado, não é radical. De nenhum lado, muito pelo contrário, por isso que ele está no Republicanos, graças a Deus. Porque equilíbrio é o que a gente precisa, radicalismo não - de nenhum lado é bom. De nenhum lado é bom.

Mas o governador conversa com o presidente, se precisar conversar. O fato de ele ser o governador e saber que existe um presidente, ele troca ideia porque precisa fazer isso. Isso é questão de inteligência, isso é política.

A política é a arte do bom diálogo. O fato de eu dialogar com uma pessoa não quer dizer que eu sou amigo dela, vou bater papo, vou me casar com ela, não. Isso é política. E o governador sabe fazer muito bem isso.

Então parabéns ao governador por todo o trabalho; parabéns ao Guilherme Derrite, o nosso secretário de Segurança Pública; parabéns ao nosso comandante da força policial da PM; parabéns ao Artur Dian, o nosso DG, porque têm feito um trabalho de qualidade, sim. O crime está sendo combatido no estado de São Paulo.

A maior apreensão feita no Brasil de drogas foi agora, há pouco, na Polícia Rodoviária Federal - não sei se o senhor chegou a ver, deputado. Claro que o senhor acompanha muito bem.

A maior apreensão de todos os tempos; de todos os tempos. Então vamos elogiar quando tem que elogiar e vamos criticar quando tiver que criticar. Eu também sou contra esses atos isolados. Agora, eu não posso crucificar toda a força policial por causa de um ou outro.

Sr. Presidente, fica aqui a minha nota de repúdio a alguns que ficam criticando o governador do estado e o seu secretário Derrite. O que tem que acontecer é o seguinte: errou? Pague pelo erro. Agora, não crucifique a todos.

Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela ordem.

 

O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Não, eu vou deixar... Eu ia pedir o levantamento, mas eu acho que o deputado gostaria de falar. O deputado... Por respeito ao senhor.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Pela ordem, deputado Suplicy.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Caro, presidente Reis, agradeço a gentileza do deputado para pedir que eu pudesse falar mais. Mas acontece que a matéria de Bianca Gomes, do “Estadão”, não impresso, ainda provavelmente será impresso amanhã, há um tema que interessa a todos nós: “Em ano de eleição, deputados abandonam reuniões das comissões da Assembleia Legislativa de São Paulo”.

“Andar pelos corredores da Assembleia Legislativa quando não há um assunto polêmico em pauta, como a privatização da Sabesp ou a PEC da Educação, é, por vezes, esquecer que ali funciona o maior parlamento estadual da América Latina, com 94 deputados.

O histórico Palácio 9 de Julho, com seus 36 mil metros quadrados, exibe corredores silenciosos e sessões ocupadas por uma dúzia de parlamentares - retrato de uma Casa que passa parte do ano esvaziada.

As comissões permanentes, onde os deputados discutem e apreciam projetos de lei, emendas e outras proposições que depois serão votadas em plenário, são sintoma dessa realidade: segundo levantamento do “Estadão”, em 2024, mais da metade das reuniões dessas comissões não ocorreu, seja por falta de quórum ou cancelamento.

Das 286 reuniões programadas para as 22 comissões permanentes da Alesp, 156 (54,5%) foram canceladas ou ficaram sem quórum. Em 15 comissões, a ausência foi a regra, com mais da metade dos encontros ficando no papel.

Em nota, a Alesp ressaltou que, em 2024, foram aprovados diversos projetos importantes que impactam positivamente a vida da população paulista. Entre as propostas estão, por exemplo, proibição do uso de celulares em sala de aula, aumento do salário mínimo paulista, criação do ESMS.”

Trata-se de uma reportagem que, inclusive, depois traz a opinião de diversos deputados estaduais. E eu quero aqui dizer que essa notícia do “Estadão” é algo que devemos todos pensar com responsabilidade, e queria até transmitir ao presidente André do Prado que deveremos fazer um esforço para um melhor comparecimento de todos nós em cada uma das comissões.

Eu aqui, está registrado que eu normalmente telefono na véspera para os deputados estaduais, titulares e suplentes, para realizar um esforço, mas infelizmente nós fizemos apenas três reuniões de umas treze, pelo menos, que nós chamamos.

Então agradeço que outros deputados colaboraram, inclusive os da oposição, que de fato as minhas declarações são de acordo com o que eles percebem, ou seja, a minha insistência para que todos estejam presentes.

Achei importante, Sr. Presidente, registrar isso para reflexão de todos nós, 94 deputados.

Obrigado, presidente Reis.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Havendo acordo de todos os partidos, peço que seja levantada a sessão, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - É regimental o requerimento de V. Exa., mas, antes de levantar a sessão, eu quero mandar um forte abraço para o presidente Lula e para o ministro Haddad e parabenizá-los pela economia, porque nós estamos aí com um crescimento no PIB, o terceiro trimestre chegou à 0,9% com a projeção de chegar a 4% em 2024. E a menor taxa de desemprego desde o governo anterior, que chegava em torno de 13%, e nós estamos com 6,2 por cento.

Então o Brasil segue crescendo com responsabilidade, com desenvolvimento, com distribuição de renda, com geração de trabalho e renda. Então parabéns, presidente Lula, e parabéns, ministro Haddad.

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT – E diminuição da pobreza absoluta e pobreza extrema, muito importante.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Muito bem, parabéns, senador Suplicy. Havendo acordo de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a sessão, tenham todos uma excelente tarde.

 

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-Levanta-se a sessão às 16 horas e 3 minutos.

 

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