29 DE SETEMBRO DE 2025

55ª SESSÃO SOLENE PARA OUTORGA DE COLAR DE HONRA AO MÉRITO LEGISLATIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO À SRA. ANA DO CARMO

        

Presidência: LUIZ FERNANDO

        

RESUMO

        

1 - LUIZ FERNANDO

Assume a Presidência e abre a sessão às 19h31min.

        

2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".

        

3 - PRESIDENTE LUIZ FERNANDO

Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Outorga de Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo a Ana do Carmo", por solicitação deste deputado. Reflete sobre o apoio às candidaturas da homenageada. Tece considerações sobre a atividade parlamentar da ex-deputada estadual.

        

4 - EDUARDO SUPLICY

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

5 - JORGE CARUSO

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

6 - BEATRIZ BRAGA

Fundadora da Eletra, faz pronunciamento.

        

7 - ANA PAULA

Filha da homenageada, faz pronunciamento.

        

8 - ALAN

Filho da homenageada, faz pronunciamento.

        

9 - VANESSA

Filha da homenageada, faz pronunciamento.

        

10 - JOSÉ DIRCEU

Ex-deputado estadual, faz pronunciamento.

        

11 - RÔMULO FERNANDES

Deputado estadual, faz pronunciamento.

        

12 - VICENTINHO

Deputado federal, faz pronunciamento.

        

13 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo de pronunciamento de Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego.

        

14 - LUIZ FERNANDO

Anuncia a exibição de vídeo de pronunciamento do deputado estadual Donato.

        

15 - MESTRE DE CERIMÔNIAS

Anuncia a exibição de vídeo em homenagem a Ana do Carmo. Discorre a respeito das origens e da história política da homenageada. Informa a outorga de Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo a Ana do Carmo.

        

16 - ANA DO CARMO

Vereadora em São Bernardo do Campo, faz pronunciamento.

        

17 - LUIZ FERNANDO

Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão às 21h17min.

        

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ÍNTEGRA

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Luiz Fernando.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores, boa noite. Sejam todos bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Esta sessão solene tem a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo à sempre deputada Ana do Carmo, atualmente vereadora em São Bernardo do Campo.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.

Vamos formar a Mesa que presidirá os trabalhos nesta sessão solene. Convido para que componha a Mesa Diretora o deputado estadual Luiz Fernando Teixeira, proponente e presidente desta sessão. (Palmas.) Acompanhando o deputado, sua esposa Cristiana Ferreira. Convido também a sempre deputada Ana do Carmo, vereadora em São Bernardo do Campo e homenageada desta noite. (Palmas.)

Vamos formar a extensão da Mesa Diretora com os convidados. Convido agora o deputado federal Vicentinho. (Palmas.) Deputado estadual Eduardo Suplicy. (Palmas.) O também deputado estadual Rômulo Fernandes. (Palmas.) Vereador de São Bernardo do Campo, Getulio do Amarelinho. (Palmas.) Ex-ministro da Casa Civil, ex-dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores e sempre deputado José Dirceu. (Palmas.)

Agradecemos ainda a presença dos familiares presentes na tribuna de honra: Ana Paula, Vanessa e Alan, filhos da homenageada. (Palmas.) Ana Letícia e Bianca, netas da homenageada. (Palmas.) Lúcia Gomes, apoiadora e amiga da homenageada. (Palmas.)

Neste momento, convido a todos para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É reproduzido o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E eu gostaria de convidar para compor a extensão da Mesa a Sra. Beatriz Braga, empresária do ramo de Transporte Urbano. (Palmas.) Neste momento passo a palavra ao deputado Luiz Fernando Teixeira para que proceda à abertura oficial desta sessão solene.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Boa noite a todas, boa noite a todos. Antes de saudar mais alguém, queria saudar a sempre deputada... Ela sempre foi a minha candidata, em quem eu votava e fazia campanha, e nesta Casa aprendi muito com ela. Quero saudar a deputada Ana do Carmo, quero saudar a família, filhas, filhos, netas.

Eu sei que tem parentes da Ana do Carmo aqui, saudar a todos e todas. Queria cumprimentar o nosso querido deputado federal do ABC, Vicentinho. Pedir uma salva de palmas. (Palmas.) Quero saudar o nosso sempre senador e hoje eu tenho a honra de compor a bancada do Partido dos Trabalhadores ao lado dele, o nosso querido Eduardo Suplicy, deputado estadual. (Palmas.)

Quero saudar essa pessoa com quem eu tenho aprendido muito também, o nosso querido deputado estadual de Mauá, mas de todo o estado de São Paulo, que faz um trabalho fantástico nesta Casa, Rômulo Fernandes. (Palmas.)

Quero saudar o meu querido vereador de São Bernardo do Campo, que junto com a Ana compõe a nossa bancada, o querido Getulio do Amarelinho. (Palmas.) O tempo é senhor da razão e hoje, está no meio de nós, talvez uma das pessoas que sofreu uma das maiores injustiças neste País, mas o tempo mostrou que era um grande estadista.

Hoje o presidente Lula está onde está muito graças à articulação dessa pessoa e desse líder que foi ministro da Casa Civil, foi presidente do Partido dos Trabalhadores, foi deputado estadual nesta Casa, foi deputado federal, meu amigo José Dirceu. (Palmas.)

E eu deixei para saudar por último na Mesa, que está aqui ao lado uma pessoa que faz parte da história de São Bernardo do Campo. A família chegou ali há mais de 100 anos e tem feito um trabalho fantástico na área de Transporte, mas não é só na área de Transporte.

É uma empreendedora que atua junto com a família em várias áreas, muito amiga da deputada Ana do Carmo. E eu confesso a vocês que eu fiquei morrendo de ciúmes da Ana do Carmo porque, Max, eu vim de Brasília, ao lado da dona Beatriz, e ela veio falando bem da Ana de lá a aqui. Eu voltei morrendo de ciúmes, eu falei: “Pô, ela não falou nem uma vez de mim”.

E eu queria dar as boas-vindas a minha amiga, a amiga da Ana do Carmo, a querida Beatriz Braga. (Palmas.) Queria saudar o presidente do meu partido em São Bernardo do Campo, querido Max Pinho, esse jovem que toma posse. (Palmas.)

Saudar mais uma vez os filhos, familiares: o Alan, filho da Ana, a Ana Paula Rosseto e a Vanessa do Carmo Rosseto, filhas da Ana do Carmo. (Palmas.) E também essas duas joias, meninas maravilhosas, a Ana Letícia Araújo Rosseto e a Bianca Araújo Rosseto. Olha que meninas lindas. (Palmas.)

Saudar a Lúcia Maria que está com a Ana desde sempre e está na porta do meu gabinete também, Lucinha. (Palmas.) Saudar o Paulinho que foi vereador e propôs o título de cidadão de Serra Azul e hoje é secretário do Meio Ambiente de Serra Azul/SP, o Paulo Cesar Batista Junior, o Paulinho. (Palmas.)

Saudar a sempre vereadora e minha assessora lá de Diadema, Lilian Cabrera. (Palmas.) Quero saudar o ex-vereador da Capital, foi vereador só cinco vezes aqui da Capital. E foi deputado desta Casa, amigo e assessor, Ítalo Cardoso, uma honra tê-lo aqui também.

Quero saudar o diretor da Fundacentro e sempre assessor da deputada Ana do Carmo, José Cloves da Silva. Em nome dos demais aqui presentes, quero saudar o Gijo, com quem eu também tive a honra de homenagear nesta Casa e está lá no peito dele o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

Quero saudar toda a assessoria da Ana do Carmo, acho muito legal vê-los aqui, pessoas que... Ninguém faz nada sozinho e vocês ajudaram a Ana a construir essa carreira maravilhosa e eu quero cumprimentar todas as assessoras, todos os ex-assessores da deputada Ana do Carmo, sejam muito bem-vindos.

Vejo aqui também o sempre vereador, só oito vezes vereador, bateu no Ítalo. O Ítalo só foi cinco e o Zé Ferreira foi oito vezes vereador de São Bernardo, quero te saudar. E sejam todas e todos muito bem-vindos.

Iniciamos os nossos trabalhos nos termos regimentais. Senhores e senhoras, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de Leis, deputado André do Prado, atendendo a minha solicitação com a finalidade de outorgar o Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo a sempre deputada Ana do Carmo.

Senhoras e senhores, eu vou pedir licença para falar daqui, até porque eu engordei nos últimos dias 16 quilos e aí eu tenho muita dificuldade na mobilidade e eu vou falar daqui e dizer para vocês da honra. Eu entrei na política muito jovem, eu fui vereador em Casa Branca.

Ah, desculpe-me, gente. Eu quero saudar a minha esposa, Cristiana Ferreira. Pedir uma salva de palmas a essa mulher que me atura, minha companheira, ajudadora, e dizer na frente de todo mundo que eu te amo, amor.

Mas eu dizia que comecei na política muito cedo, sou filho de uma família política, e, para mim, voto sempre foi uma coisa muito séria, muito séria. Eu aprendi, minha mãe dizia que se uma pessoa morresse na porta da UBS por falta de um atendimento, o prefeito tinha a culpa, e, por acaso, o prefeito era meu pai.

Eu aprendi a política como um encargo, não como um bônus, mas como um ônus. E meus votos sempre foram muito bem escolhidos, nunca votei na pessoa porque é minha amiga, porque era uma pessoa legal. Eu sempre votei em uma pessoa que eu achava que faria diferença, que enfrentaria quando precisasse enfrentar, e eu tinha uma deputada estadual chamada Ana do Carmo, como eu já disse a vocês.

E por que eu votava na Ana? Ana do Carmo, de origem muito simples, era doméstica. Uma pessoa que deixou, muitas vezes, de cuidar dela, mas, ao mesmo tempo que dividia a família dela, filhos, filhas, marido, ela estava cuidando do vizinho que não tinha água, do vizinho que não tinha luz, do vizinho que não tinha onde morar.

E eu falei: “Meu, essa mulher, deixa eu ver se ela é tudo isso que eu ouço dizer dela”, e, assim, eu procurei conhecer a Ana do Carmo mais de perto, porque eu sou caipira e muito desconfiado, e, sobretudo, na política. E eu vi que a Ana do Carmo era mais do que eu achava que fosse.

E ali eu comecei a fazer campanha junto com a Ana, comecei a votar na Ana, pedir votos para a Ana em São Bernardo, mas também lá na minha região onde eu fui vereador, na minha região onde eu ajudei a construir a política do Partido dos Trabalhadores. E sempre fiz isso, porque eu entendia ser necessário essa baixinha, essa mulher guerreira, porreta, estar nesta Casa.

 Depois eu fui convocado para ser candidato a deputado. O principal motivo que eu não quis aceitar ser o candidato é porque eu tinha uma deputada, e que eu poderia atrapalhar essa deputada. E eu confesso a vocês que, para mim, foi uma coisa muito difícil deixar de votar nela.

O dia que eu fui votar na primeira vez em mim, eu quase votei 13.632, porque eu estava acostumado a votar nesse número, mas aí, Ana, eu confesso para você que, na hora, eu ainda peguei a colinha e votei em mim mesmo. Tive a oportunidade de ser deputado ao lado da Ana.

Uma mulher simples, mas simples. Quem conhece a Ana sabe o que eu estou dizendo, humilde, mas pensa uma mulher que enfrentou esta Casa, ela é composta... Tem muitos fazendeiros, muitos industriais, gente poderosa, mas a Ana sempre fez a boa luta aqui na Casa, enfrentando de igual para igual e sempre fazendo a diferença.

Nesta Casa, eu vi coisas tristes em relação à Ana. Eu me lembro que, um dia, o Sr. Orlando Morando começou a atingir a honra da Ana pelas condições sociais e econômicas dela, só que, na política, ela a deixava no chão muitas léguas.

Essa mulher, eu a vi enfrentar os mais variados temas aqui nesta Casa, propor leis fantásticas, colocar... Enfrentar governos, governadores que queriam destruir a Educação ou que não faziam o que deviam fazer na moradia, na parte social.

E ali estava uma baixinha, porque a Ana, de fato, não tem muita altura, não, mas a estatura dela na política nos deixava muitas vezes constrangido pela qualidade da guerra, da luta. Foram quatro mandatos de vereadora antes de ser deputada estadual; fez quatro mandatos de deputada estadual nesta Casa.

Uma Casa que é muito difícil chegar aqui, muito difícil, porque são pessoas muito poderosas, com muito dinheiro, que disputam a eleição para vir para cá. E a baixinha abria a urna, estava lá o nome dela eleita, Ana do Carmo, e sempre honrando muito o eleitorado dela.

Deixou de estar aqui, e o povo lá de São Bernardo falou assim: “Você não vai ficar quietinha, não”. E ela queria ir para Minas pescar, porque ela tem um pedacinho de terra lá e tem uns lagos lá, ela cria uns peixinhos. Ela queria ir pescar, o povo de São Bernardo disse “Que pescar que nada, vamos para a Câmara Municipal”, e ela foi reeleita para o sexto mandato de vereadora.

É uma história muito linda. Eu, em 2018, saí para fazer uma grande dobrada com a Ana do Carmo. Ela falou: “Eu não quero mais ser deputada estadual. Quero tentar ir para Brasília porque eu ainda não tive essa experiência”. Veio o federal, e eu vim estadual.

Fizemos uma dobrada quase que exclusiva, não é, Aninha? E aí eu ouvi as melhores histórias da Ana, sabe? A gente passava e falavam: “A senhora é que me fez isso. A senhora é que me fez aquilo. Eu só moro aqui graças à senhora ter puxado a lona, ter ajudado nisso, naquilo”.

Então, assim, ela é uma pessoa diferente, diferenciada. E eu tenho certeza, Ana, que esta honraria, que hoje você vai receber, não traduz a tua importância para a política e, sobretudo, para a vida daquelas pessoas que mais precisam da nossa sociedade.

Rapidamente: 70 anos de idade, mineira, está em São Bernardo desde 1966, construindo com os filhos, com o marido, e agora com as netas, uma nova vida, um novo momento. E eu quero dizer Ana, da honra que eu estou tendo no dia de hoje de te fazer esta homenagem.

O honrado aqui sou eu, minha esposa, o nosso mandato e, sobretudo, a Assembleia Legislativa. Porque, muitas vezes, a gente lembra de homenagear depois que a pessoa nos deixa. E a gente está podendo homenagear uma pessoa que ainda está com só 70 anos - e com uma vontade de viver até os 150.

Então Deus te abençoe, Ana. Continue com essa força. Nós precisamos muito do teu trabalho, da tua briga. Pensa uma mulher, gente, “braba”. Eu imagino o que os filhos passaram, porque, volta e meia, ela vem me puxar a orelha: “Eu já te falei isso. Eu falei aquilo”, não sei o quê e tal.

Ana... O movimento de moradia, a defesa das mulheres, o meio ambiente e os direitos foram as principais bandeiras que a Ana, aqui dentro desta Casa, defendeu com muita... O projeto... Na verdade, a Ana aprovou um projeto muito bonito, que foi a defesa dos alimentos orgânicos e a agroecologia. Isso é lei. E a Ana... Mas, dentre tantas outras leis que ela aprovou, dentre tantos outros projetos que ela apresentou e fez passar...

Eu, aqui, ainda luto pela derrubada de alguns vetos de algumas leis muito importantes. A gente vê muitos jovens se suicidando, violência nas escolas, muito bullying.

E a Ana tem o primeiro projeto. Depois eu vi alguns deputados federais apresentarem, outros estaduais apresentarem, mas a Ana chegou a aprovar um projeto, que infelizmente foi vetado, para colocar um assistente social e um psicólogo em todas as escolas. E, hoje, mais do que nunca, mostra que o Estado vem se equivocando em não manter, não implantar, não implementar...

Chega aqui mais um deputado que veio te homenagear. Deputado Caruso, queria te convidar... Caruso, faz um favor. Salva de palmas. (Palmas.) Nós já vamos arrumar um espaço para o Caruso estar aqui conosco na Mesa. Se você puder se sentar aqui, já a gente te chama aqui para cima, Caruso.

Dessa forma, gente, eu quero agradecer a presença de todos e todas. Se hoje não fosse uma segunda-feira, se esta sessão solene fosse em uma terça ou quarta-feira, eu diria que todos vocês talvez tivessem que estar lá em cima, porque aí embaixo estaria ocupado por deputadas e deputados, porque esta mulher sempre foi muito querida.

Muito obrigado.

Deus abençoe, Aninha.

Estamos juntos. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos ao deputado Luiz Fernando Teixeira. Neste momento, ouviremos os membros da Mesa extensora. O primeiro a usar a palavra é o deputado estadual Eduardo Suplicy. (Palmas.)

 

O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Caro deputado Luiz Fernando Teixeira, querida deputada e vereadora Ana do Carmo, que tanto tem honrado o povo paulista e brasileiro por sua atuação ali no ABC e com repercussão por todo o Brasil, toda a cidade, porque nós pudemos ouvir hoje o testemunho de tantas pessoas que reconheceram na Ana do Carmo uma pessoa que tanto batalhou pela dignidade da pessoa humana, pela libertação, cada vez mais forte, de cada mulher em nosso Brasil e de como precisamos avançar na direção de políticas importantes.

Eu vou citar duas pelas quais eu tenho batalhado bastante. Quero me juntar a vocês, porque, ali no ABC, no Sindicato dos Metalúrgicos, está havendo agora um entendimento entre a Associação Flor da Vida e a Prefeitura, seja de Ribeirão Pires, seja o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que estão provendo à população, aos metalúrgicos, por exemplo, a possibilidade de estarem consultando a respeito dos benefícios da cannabis medicinal.

E eu próprio sou testemunho e uma das pessoas que tem melhorado muito, porque eu tive um problema de saúde neste ano que passou e, felizmente, consegui, através de medicamentos, inclusive da cannabis medicinal, melhorar consideravelmente. E eu também continuo na batalha e convidando-a para estar sempre junto comigo nesta batalha pela Renda Básica de Cidadania, universal e incondicional.

O Brasil é o primeiro país do mundo que aprovou uma lei, há 21 anos, sancionada pelo presidente Lula numa belíssima cerimônia. Estava presente minha mãe, aos 95 anos. Estavam presentes tantas pessoas, inclusive o então ministro da Casa Civil, querido José Dirceu, que tem acompanhado essa batalha ao longo desses 21 anos.

Mas eu estou persuadido de que mais e mais a proposta de lei da Renda Básica Universal precisa apenas ser colocada, o seu barco, no mar, como o próprio Lula, uma vez, na cerimônia de sanção, disse que "há leis que pegam e outras que não pegam". Para fazer essa lei pegar, nós precisamos levá-la adiante.

E eu tenho a confiança de que, para nós efetivamente atendermos, por exemplo, às recomendações do papa Francisco de colocar em prática aqueles instrumentos de política econômica que venham a elevar o grau de justiça e o grau de liberdade para todos na sociedade, devemos, então, caminhar na direção da Renda Básica Universal.

Então, eu quero aqui me colocar à disposição, inclusive, de ali na sua cidade, se desejarem que eu venha conversar sobre esse tema, basta me convidar, está bem?

Um grande abraço e meus parabéns. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento, eu gostaria de passar a palavra para o deputado Caruso. (Palmas.)

 

O SR. JORGE CARUSO - MDB - Senhoras e senhores, eu fiz questão de adentrar aqui, viu, Ana, para dar um testemunho para essas pessoas todas que estão aqui. Eu tenho sete mandatos nesta Casa. A gente faz amigos ao longo dos anos, a gente se depara com pessoas que brigam muito: umas mais duras, outras mais gentis, algumas mais leais, outras não. Eu sou do MDB.

E, Luiz, quero te parabenizar por estar presidindo esta sessão, por esta homenagem. Cumprimentar meu colega também, deputado Eduardo Suplicy - eu costumo chamar de senador Suplicy. Quero fazer uma homenagem aqui a todos, na pessoa do meu amigo José Dirceu. É um privilégio estar aqui hoje. Cumprimentar a todos.

Mas, acima de tudo, viu, Ana, cumprimentar a cada pessoa que está aqui hoje. Que, numa segunda-feira à noite, em São Paulo, com trânsito, se essas pessoas estão aqui hoje para te homenagear, isso não é por acaso. Isso se deve à história de uma vida pública tua, das lutas, das alegrias, das tristezas, dos amigos que você construiu ao longo dos anos, como construiu aqui nesta Casa, independente do partido político.

Então, eu venho aqui em nome do MDB e em meu nome para te dar os parabéns por sua gentileza, por sua simplicidade, por sua luta no dia a dia. Você sempre foi uma pessoa muito leal, e isso não é fácil a gente encontrar. Então, nosso muito obrigado, enquanto cidadão, porque eu acho que a vida pública precisa de pessoas como você, e pessoas como você é que fazem a diferença.

É um privilégio ter dividido e dividir todas as formas de políticas públicas nas quais você estiver presente. Eu espero estar presente em muitas, se Deus assim permitir. O que eu posso aqui desejar em nosso nome é muitos, muitos anos de vida e muita saúde para que você continue retribuindo a todos aqueles que estão aqui todo esse carinho, todo esse trabalho, todo esse amor ao longo dos anos. Você é competente, mas, acima de tudo, você é um ser humano fantástico.

Então, parabéns por essa homenagem. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Quero muito agradecer ao deputado Caruso, que vai ter que se ausentar. Passou para dar um abraço, por isso a gente furou a fila para ele poder falar antes. Mas, agradecer a esse amigo, querido deputado Caruso.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento, eu quero agradecer a presença do vereador de São Bernardo do Campo, Ananias Andrade. (Palmas.) E eu convido agora, para fazer uso da palavra, a Sra. Beatriz Braga. (Palmas.)

 

A SRA. BEATRIZ BRAGA - Boa noite a todos. Senhoras e senhores, na verdade, deputados, senadores e pessoas que estão junto de nós aqui, e os nossos amigos são-bernardenses. Não podia de forma nenhuma deixar de estar presente, pessoalmente aqui, para dizer o quanto, Luiz Fernando, a sua homenagem é das mais verdadeiras possíveis para quem é uma mulher de verdade.

Mulher de verdade, como a Ana, são poucas as pessoas. Mulher de coragem, mulher de luta, mulher que eu via madrugadas inteiras. E nós estávamos no mesmo bairro, em Ferrazópolis, em São Bernardo, as pessoas a madrugada inteira iam para você internar nos hospitais, para você levantar a casa que tinha ruído com enchente, você estava na luta com ambulância, na luta com remédio para câncer, na luta por todas as coisas que são, na verdade, as nossas lutas das mulheres brasileiras. (Palmas.)

E você nunca se negou em nenhum momento. Eu, no mesmo bairro de São Bernardo que a Ana, eu via, na verdade, que nunca houve o impossível para Ana, nunca houve um “não” para ninguém. E você, nesses 50 anos que você chegou de Minas, e chegou em São Bernardo, eu pude assistir. Nós fomos amigas, e você estava toda hora comigo, eu com você, não importava partido, não importava o que fosse, Ana.

Você é uma mulher de verdade, solidária, generosa. Abriu mão da sua vida pessoal, familiar, de Minas, a Minas querida da sua vida, como o seu sítio, e você é uma mulher que representa mesmo, condignamente, a política brasileira. Principalmente que você, eu sempre te falo e não vou cansar de repetir, você é uma mulher política que trabalha pelo povo, para o povo e com o povo, acima de tudo. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E neste momento eu convido para fazer uso da palavra a Ana Paula, a Vanessa e o Alan, filhos da homenageada desta noite. (Palmas.)

 

A SRA. ANA PAULA ROSSETO - Boa noite a todos. Queria muito aqui agradecer, já em nome dos três filhos. Primeiramente ao deputado Luiz Fernando por essa homenagem, porque mais uma que essa baixinha recebe, muito mais do que merecida. Mas eu queria aqui falar um pouquinho, agradecer, claro, a presença de todos, a presença das autoridades, mas falar um pouquinho aqui em nome da família.

Como alguns já falaram, ela abdicou muitas vezes, desculpa se eu me emocionar, porque é muito... (Palmas.) Como alguns já falaram, ela muitas vezes abdicou da família, para estar sempre trabalhando. Trabalhando para estar sempre em prol da população, sempre ajudando o próximo.

E isso é difícil para a gente, como filhos, principalmente porque, apesar de ela estar ajudando sempre, assim eu digo, sempre falei que ela é o maior orgulho da minha vida. Não é porque é minha mãe, mas quem conhece realmente sabe o exemplo de mulher, o exemplo de caráter, o exemplo de ser humano que essa baixinha é, e estar aqui falando dela hoje, não tem como não se emocionar. Mas isso sempre foi muito difícil para a gente, como filhos, como família.

Muitas vezes, no almoço de domingo, ela sempre ia almoçar correndo com a gente. Ela falava, não, eu preciso ir, porque fulano está me esperando, ciclano está me esperando.

Então, realmente, o que as pessoas falam dela é verdade, é real. Para ela, não tem sábado, não tem domingo, não tem feriado. Se ela puder, enquanto ela estiver com saúde, enquanto Deus permitir, ela vai estar ajudando o próximo.

Então, isso para a gente, como filhos, é motivo de muito orgulho. Mas, ao mesmo tempo, também é difícil, porque a gente fica, no fundo, a gente sente aquela falta. Queria estar mais próximo, estar mais presente com a gente, mas algo maior fala para ela: não, eu preciso ir, eu preciso ajudar o próximo.

Então, mãe, queria te agradecer por tudo.

Você é o ser humano mais maravilhoso que eu já conheci nessa vida.

Te amo muito. (Palmas.)

 

O SR. ALAN RODRIGO ROSSETO - Vamos lá, né? Boa noite a todos, queria agradecer a todos que estão aqui. Luiz Fernando, por essa iniciativa maravilhosa. Minha mãe, todos conhecem, todos que estão aqui sabem da luta dela. Então, a gente fica muito satisfeito e esse orgulho imenso que a gente tem dela. E a gente fica feliz. A gente teve uma certa dificuldade, como a Ana Paula falou, mas é um privilégio.

Tudo o que ela fez, por todos que ela já ajudou, e todo mundo que ela ainda ajuda, e que, se Deus der saúde, ela ainda vai ajudar muita gente e ajudar o nosso País, a nossa cidade, o nosso Estado, a cada vez estar melhor. E a nossa população, e a nossa política cada vez ter uma qualidade melhor.

Que assim seja. E que Deus abençoe a todos, a todos nós. E vamos nessa, na luta sempre. E agora a Nessinha vai finalizar aqui, que é uma poeta, um poema de autoria dela. Ela vai finalizar a fala dos filhos e na luta sempre. Muito obrigada a todos e boa noite. (Palmas.)

 

A SRA. VANESSA DO CARMO ROSSETO - Mãe, minha raiz e meu mundo. Em você me encontro, de fato. No aconchego de seu abraço, minha alma se sente em casa. Você é o livro onde aprendi a ser forte, o porto seguro. Nas tempestades, sua sabedoria é meu maior tesouro, e seu amor é luz que me conduz. Seu riso, minha melodia favorita.

Seu olhar, meu refúgio e paz. Obrigada por dar cada lição, cada momento, por ser minha mãe e melhor amiga. Toda mulher é como uma rosa, rainha de todas as flores. Mas há a mulher que também é minha mãe e rainha, entre rainhas e todas as rosas.

Te amo, agradeço no fundo do meu coração. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E, neste momento, eu quero convidar para fazer uso da palavra o ex-ministro da Casa Civil, ex-dirigente nacional do Partido dos Trabalhadores e sempre deputado, José Dirceu. (Palmas.)

 

O SR. JOSÉ DIRCEU - Uma boa-noite a todos e a todas. Ana, um abraço afetuoso, de luta e combate sempre. O nosso deputado que preside essa sessão, Luiz Fernando. A Mesa que já foi mencionada aqui.

Eu conheci a Ana do Carmo... já faz mais de 40 anos, né, Ana? E fui à casa dela pela primeira vez e sou testemunha do que os filhos falaram aqui. Mais do que isso, o nosso presidente Lula, a candidata dele era Ana do Carmo, eu me lembro que ele falava isso. E nós, como o Luiz Fernando, fizemos muitas campanhas juntas; a Ana sempre me apoiou.

Se nós estamos aqui hoje, se nós governamos o Brasil de novo pela quinta vez, a terceira do presidente, e se o Brasil mudou tanto nessas últimas décadas, é exatamente por mulheres como a Ana do Carmo. Porque nem o PT, nem os nossos governos são produtos de nós que temos mandato de governo ou de partido. É o trabalho de mulheres, como a Ana, que construíram o PT e nos levaram ao governo.

E o que mais me... sempre me deixou atraído pela personalidade, pela força da Ana, é que ela, nos momentos duros, sempre estendeu a mão para mim. Eu me lembro. Sempre chegava para mim, quando eu estava preso, uma palavra da Ana do Carmo: que eu lembrasse que ela e milhares e milhões de petistas estavam com o presidente Lula, estavam conosco, que éramos vítimas daquela perseguição política, que felizmente nós já superamos com a eleição do presidente.

Então, Ana, essa é uma noite de reconhecimento, de gratidão. Mas também é uma noite de compromisso: de nós seguirmos o exemplo da Ana do Carmo, das novas gerações conhecerem a história da Ana do Carmo, principalmente para compreender que só a luta faz a lei, que só a luta transforma.

Se nós andarmos por São Bernardo, pelo ABC, nós vamos encontrar em cada bairro, em cada rua, uma obra social, uma conquista, uma reivindicação que a Ana lutou e conquistou. (Palmas.) É isso que nós temos que ter como exemplo: o exemplo de uma mulher que não cansa de lutar e que ainda não terminou a sua missão.

Nós ainda temos pela frente a reeleição do presidente Lula o ano que vem. (Palmas.) E eu tenho certeza que a Ana do Carmo estará na frente dessa luta, como sempre, batendo de porta em porta, subindo nos ônibus, indo aonde o povo está para dizer a ele: “eu sou a mensageira do presidente Lula”.

Grande abraço. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Neste momento eu convido para fazer uso da palavra o deputado estadual Rômulo Fernandes.

 

O SR. RÔMULO FERNANDES - PT - Boa noite a todos, boa noite a todas. Confessar que é a primeira vez que eu estou falando aqui sem gravata, Luiz. Primeira vez. Hoje pode.

Mas eu queria - economizar nos cumprimentos -, mas eu queria começar fazendo um reconhecimento aqui. Antes de falar da homenageada, eu queria falar do presidente da Mesa, Luiz Fernando. Porque a gente tem que ter um reconhecimento aqui, Ana, que alguém falou aqui nessa tribuna, que pouca gente reconhece o trabalho de companheiros e companheiras, de gente que tem uma história.

Então eu queria começar pedindo uma salva de palmas para o deputado Luiz Fernando, que teve essa coragem, que teve esse reconhecimento, que é importante, Ana, porque muita gente, às vezes, depois que a pessoa vai embora ou morre, lembra, né? Eu acho que esse tipo de homenagem é fundamental. (Palmas.)

Eu queria começar dizendo isso e falar de duas virtudes. Bom, os filhos dela chamaram Ana de baixinha, o Luiz Fernando chamou de baixinha, então eu me dou o direito de falar dessa baixinha também, está certo?

A Ana conheceu a minha mãe. Eu vou falar da minha mãe porque a Ana sabe dessa história e eu me espelho muito nessa história de reconhecimento dessa baixinha gigante.

Minha mãe foi vereadora em 1982. A Ana foi eleita em 88, né, Ana? 88. E eu falo isso sendo filho de uma vereadora, filho de uma mulher que ficou muito longe de casa, filho de uma mulher que era xingada o tempo todo. E eu não tenho dúvida nenhuma de que a Ana passou por todos esses perrengues. Então eu falo isso como filho, Ana, de uma vereadora como você foi.

Então a gente sabe que uma mulher fazer política em 1988 tinha que ter muita coragem. Está certo? Ser uma sindicalista, ter uma história maravilhosa. Então teve essa coragem. E duas virtudes para mim a Ana tem. Duas. Uma o Zé falou aqui, Zé Dirceu. Que intimidade, né, Zé!

 O Zé Dirceu falou, e a gente tem que ter esse reconhecimento: a gente, do PT, já passou muito perrengue na vida, muito perrengue. Quem lembra de 2016? Quem lembra quando o pessoal “mexeu com o Lula, mexeu comigo”, que eles queriam tirar o Lula? Quem lembra quando o Lula foi preso? Quem lembra quando eles tentaram dar o golpe para a gente? E aquela baixinha nunca pipocou. Nunca pipocou. (Palmas.)

Estas coisas a gente tem que falar em alto e bom som: muita gente saiu fora, muita gente saiu fora. Eu nunca vi a Ana nem pensar num negócio desse. Então, eu queria parabenizar você por essa coragem, viu, Ana! Porque foram poucas pessoas que fizeram isso. Então, a gente tem que ter esse reconhecimento.

E o segundo reconhecimento, que eu faço da Ana... Quando a gente é eleito vereador, ou deputado, ou senador, ou governador, ou presidente da República, a gente tem que fazer uma pergunta. Para quem a gente quer governar? A quem a gente vai colocar o mandato à disposição? A quem nós vamos fazer as lutas? A quem nós vamos ajudar?

Porque, às vezes, as pessoas são eleitas e mudam, esquecem a sua origem, e começam a fazer política para outras pessoas. Esta mulher, novamente, nunca pipocou para quem ela quer fazer política, e para quem ela quer transformar, e que país e que cidade que ela quer. (Palmas.)

Ela nunca titubeou. Então, Ana, hoje é um dia de festa, um dia de alegria, um dia de reconhecimento. Então você tem o meu carinho, orgulho, reconhecimento dessa linda história que não vai terminar por aqui, como diz o José Dirceu. No ano que vem a gente tem uma grande tarefa. Eu tenho certeza absoluta que a primeira da lista, na lista da Ana é a seguinte: eleger o presidente Lula novamente. (Palmas.)

Parabéns a todos.

Um carinho e um abraço, Ana.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Convido, neste momento, para fazer uso da palavra, o deputado federal Vicentinho. (Palmas.)

 

O SR. VICENTINHO - Obrigado, Guga. Boa noite senhoras e senhores, companheiras e companheiros. Saúdo esta digníssima Mesa aqui composta, saúdo a Mesa também em cima composta. Saúdo meu companheiro Luiz Fernando, parabéns por esta brilhante iniciativa.

Saudar a querida Cris e dizer, Luiz Fernando, eu estava no mesmo voo, você sabe disso, que você, quando vinha com a dona Beatriz. E eu fui testemunha: conversaram a viagem inteira. Eu ali atrás, ali, as duas cadeiras, falei: “Meu Deus do céu, o que será que estão falando tanto? Estavam falando da Ana do Carmo. Parabéns. (Palmas.)

Aninha, querida, antes de mais nada, eu queria dizer para vocês, pessoal, que a gente sabe quem são as pessoas nas horas em que a gente mais precisa. Normalmente é assim. Quando a minha filhinha faleceu... Aliás, agradeço a tantos de vocês que estiveram presentes, que mandaram mensagem de solidariedade. Eu ainda continuo lutando para transformar esse momento de tristeza e de dor em saudades e em boas memórias.

Mas eu não esqueço da presença da companheira Ana do Carmo lá no cemitério, na missa de sétimo dia, ao lado do nosso querido Suplicy. E não esqueço de uma coisa que eu vou guardar para a vida inteira. Uma belíssima carta, uma belíssima missão, que a Ana conseguiu fazer na Câmara dos Vereadores, falando da história da minha querida Luaninha. Obrigado Ana querida. Muito obrigado, viu! Muito obrigado. (Palmas.)

Eu, antes de qualquer coisa, apesar desse momento estar até um pouco emocionado, pessoal, eu queria dizer que nós estamos vivendo, apesar de tudo que já foi dito aqui, com tanta seriedade e com tanta importância, nós estamos vivendo momentos felizes, viu, pessoal! Apesar do sofrimento, né! Aquilo que aconteceu na Avenida Paulista, né, Zé! Aquilo que aconteceu na Avenida Paulista é motivo para ter alegria e muita esperança.

Quando nós chegamos na Câmara dos Deputados, que olhamos para a cara daqueles deputados golpistas, foi muito bom. O sorriso deles amarelo, meio sem jeito, desapareceram do plenário.

No dia seguinte, apesar da dor da votação dessa maldita PEC da Blindagem, no dia seguinte, o Senado derruba, por unanimidade, na CCJ, a PEC da Blindagem. (Palmas!) Alegria, né? Na mesma semana, o presidente Lula faz um pronunciamento de estadista na Organização das Nações Unidas.

Eu acho que todos nós temos a obrigação de ouvir, de acompanhar o que o presidente Lula falou naquele dia. Ora, o Lula falou tão bem que até o Trump ficou apaixonado, não é! Deu um clima, pintou um clima, né? Não, clima não. Pintou uma química, né? Pintou uma química. Clima é aquele outro, o Bolsonaro, quando viu crianças fragilizadas, meninas da Venezuela, dizendo que pintou um clima. Devia pagar por isso.

Mas vamos falar de coisa boa. Então, uma outra conquista maravilhosa é esta decisão do Senado. E vai ter mais, se Deus quiser. Apesar da Câmara ter uma composição que não representa o nosso povo brasileiro. Uma outra coisa, também de muita importância, e que nos dá alegria, foi ver o presidente Lula, com 80 anos, correndo em defesa da saúde. (Palmas.)

Dia desse eu falei para Lula: “Presidente Lula, você não está falando a verdade que está com 80 e tesão de 30?”

Ele falou: “Pergunta para a Janja.” O nosso grande companheiro, presidente Lula. E a outra alegria é ver a Ana sendo reconhecida através desse gesto do Luiz Fernando, aprovado pela Assembleia; não é uma coisa só do Luiz Fernando, mas a Assembleia aprovou esse requerimento, o reconhecimento de uma querida companheira, Ana do Carmo. Por isso, motivo de alegria também.

E o que já foi dito dela aqui... Essa semana, eu me reuni com a Ana. Estava lá o querido Gilmar. Nos reunimos, e as palavras da Ana eram a preocupação com o povo, eram a preocupação com o pessoal que estava carecendo de alguma coisa, pessoas carentes; sempre foi assim. E cada um tem um momento de lembrar da Ana do Carmo.

Eu me lembro da Ana do Carmo trabalhando de faxineira no Sindicato dos Metalúrgicos. Não foi, Aninha? Mas a Aninha, lá no Sindicato dos Metalúrgicos, com... Faxineira, não; cozinheira, lá no restaurante do sindicato. A Aninha já conquistava todo mundo ali, já era líder. Ali, se ela fosse candidata a presidente, já ganhava daquele povo.

E a Ana, Vilmar acabou de me lembrar, foi a primeira empregada doméstica a ser deputada do estado de São Paulo, assumindo este cargo aqui na Casa. (Palmas.) Aninha, você também é daqueles, como as grandes árvores: você não esquece a sua terra, não esquece a sua raiz e o seu povo.

É em Minas Gerais, e o seu povo é a partir de São Bernardo, porque hoje é no Estado inteiro. Você sabe que uma árvore que tem raiz profunda aguenta todo tipo de tempestade, dá bons frutos e sobrevive. E a Ana é esta que sobrevive, na política e na vida.

Me emocionei com os depoimentos das meninas e do menino aqui. Cada um de nós tem filhos, cada um de nós sabe o quanto é difícil a militância - né, Ananias? - com os nossos filhos. Portanto, as meninas que aqui se pronunciaram, e o menino Alan, a Vanessa... E a Andressa. É Andressa, né? Ana Paula. Perdão, Ana Paula.

Vocês sabem, né, a Ana tem uma família muito maior do que vocês. Quantas vezes a Ana deve ter chegado em casa de madrugada, e não ficou com vocês. Mas de madrugada ela estava salvando crianças em algum lugar.

Quantas vezes a Ana não ficou o domingo com vocês, mas certamente ela estava num barraco que foi derrubado, num lugar que foi destruído pelo Poder Público; estava ao lado de uma mãe chorona, sofrendo, que ali não tinha para onde ir. Isso vale a pena, Aninha. (Palmas.) Isso vale a pena.

Eu sei que a emoção é grande. A gente sente também, mas isso vale a pena. A Aninha sente a dor dos outros, e nós aqui, e quem está nos vendo pela TV da Assembleia sabe que, se a gente não estiver mais sentindo a dor dos outros, o problema não são os outros, o problema somos nós.

E nós precisamos de seres humanos que tenham esta capacidade. Assim, vai vencer a solidariedade; assim, vai vencer o amor; assim, vai vencer a vida vivida plenamente. E esta missão, a querida companheira Ana do Carmo cumpre. (Palmas.)

E olha, Aninha, tem uma coisa que eu queria te falar: a gente sofre. A gente, às vezes, se decepciona com uma pessoa, com outra, com um companheiro, com outra. Enfim, a gente fica meio triste. Mas, Ana, você já provou: você é uma mulher que tem luz própria. E quem tem luz própria, ninguém apaga.

Parabéns. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Guga, eu queria quebrar o protocolo agora. Antes de você anunciar o vídeo, tem um outro vídeo. Já chegou? Não chegou aí? Então, eu não vou quebrar protocolo nenhum. Daqui a pouco, Guga.

 

O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Então, neste momento, vamos assistir a um vídeo de mensagem do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Eu queria chamar... Está pronto? É um vídeo, Ana: o líder da bancada do Partido dos Trabalhadores, o Donato, fez questão de gravar um vídeo, também, para te homenagear. Queria que fosse colocado.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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O SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E, antes de dar início à outorga do Colar, vamos assistir a mais um vídeo em homenagem à sempre deputada Ana do Carmo.

 

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- É exibido o vídeo.

 

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Neste momento daremos início a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo a sempre deputada Ana do Carmo. O Colar de Honra ao Mérito Legislativo é a mais alta honraria conferida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Foi criado em 2015 e é concebido a pessoas naturais ou jurídicas, brasileiras ou estrangeiras, civis ou militares que tenham atuado de maneira a contribuir para o desenvolvimento social, cultural e econômico do nosso Estado como forma de prestar-lhes pública e solenemente uma justa homenagem.

Esta sessão solene homenageia com a outorga de Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo a sempre deputada Ana do Carmo. Mineira de Guaraciaba, Ana do Carmo construiu sua trajetória com base na luta por direitos e justiça social.

Moradora de São Bernardo do Campo desde 1966, a parlamentar trilhou um caminho de garra e perseverança que a levou a ocupar ao longo de dez mandatos cargos como vereadora e deputada estadual.

Sua trajetória se inicia no bairro de Ferrazópolis onde reside até hoje. Mãe de três filhos, trabalhou como diarista até o início da década de 1980, quando passou a atuar como auxiliar de cozinha no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Foi seu espírito de liderança que a levou a um novo caminho, a política com forte presença entre os trabalhadores e o envolvimento no movimento por moradia.

Foi convidada por Luiz Inácio Lula da Silva para participar da fundação do Partido dos Trabalhadores - no início relutou, mas acabou aceitando o desafio e se tornou a filiada de número 32 do partido. A primeira tentativa de vereança não resultou em vitória imediata, mas obteve expressivos 1.939 votos.

Seis anos depois, voltou às urnas e foi eleita com 4.138 votos, sendo a vereadora mais votada do partido no município. Depois disso foram cinco reeleições na Câmara Municipal - 1989, 1993, 1997, 2001, 2021 e 2025 -, e quatro mandatos consecutivos aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo - 2002, 2006, 2010 e 2014.

De origem humilde, suas principais bandeiras sempre foram os movimentos de moradia e a defesa dos direitos das mulheres, tendo participado ativamente de ocupações, acampamentos e passeatas. Sua atuação também passou a incluir a pauta ambiental, especialmente na última legislatura como deputada estadual.

Foi uma das principais incentivadoras do projeto de aquecedor solar de baixo custo para famílias carentes e da criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Alimentos Orgânicos e da Agroecologia, oficializado em março de 2013 aqui no Parlamento paulista.

Ana também apresentou projetos que impactaram diretamente a vida dos mais vulneráveis, como a proposta que garante transporte gratuito para acompanhantes de pessoas com deficiência. Aos 70 anos é atualmente vereadora de São Bernardo do Campo no exercício do mandato.

Convidamos para vir a frente os membros da Mesa diretora juntamente com a homenageada para a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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- É feita a outorga do Colar de Honra ao Mérito Legislativo do Estado de São Paulo.

 

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Neste momento convido a grande homenageada desta noite, a sempre deputada, Ana do Carmo, para fazer uso da palavra aqui na tribuna, nesta sessão solene. (Palmas.)

 

A SRA. ANA DO CARMO - Pessoal, é muita emoção para poder falar, mas vou tentar. Primeiro, começando agradecendo a Deus, Nossa Senhora Aparecida, que me acompanham em todos os momentos e muita gratidão a todos e todas que estão aqui, àqueles que não puderam estar e quem também ajuda e sempre esteve junto nessa luta em defesa daqueles que mais precisam. Então muita gratidão mesmo.

Vou começar aqui falando um pouco da minha família, que tanto sofreu a vida toda com toda essa luta, mas também sofri muito. Além de trabalhar, passar por regiões muito difíceis, situações muito difíceis, muitas vezes, muitos aqui sabem, ameaçada de morte por defender aqueles que mais precisam, para urbanizar as favelas - chamadas favelas, que hoje se chama comunidade - que transformou de verdade a vida de muitas pessoas, mas fui ameaçada por muitas vezes.

Na trajetória do dia a dia, por onde Ana do Carmo passou, foram regiões de muito sofrimento, de pessoas que sofrem muito. Então, assim, a vida toda foi muito dura de verdade, não é? E luto muito para que pessoas não sofram, não passem por muitas coisas que passei de sofrimento.

Costumo dizer que o nosso povo é um povo generoso, quando tem oportunidade, 99% tenta ser correto e tenta melhorar a sua situação e a vida daqueles que estão ao seu lado. Mas, infelizmente, falta muito isso.

Falta às vezes o papel da comunidade em não fazer. Um exemplo: hoje é muito difícil reunir uma população do tamanho que está aqui, mas tem muitas instituições que ainda reúnem, como igrejas, tanto a católica como as evangélicas, como um todo, e falta, às vezes, a gente levar uma missão para essas pessoas muito fortes: que é olhar o próximo, trabalhar para o próximo e um olhar de cuidado. Falta a gente falar muito isso, às vezes, e a gente peca nesses momentos.

Por mais que aquelas pessoas que ali então não querem ouvir, tem que ouvir, sim, a verdade, tem que ouvir, sim, que a gente tem que olhar para aquele que está do nosso lado e que nós estamos neste mundo de passagem.

Qualquer momento, qualquer um de nós, nós estamos aqui agora, daqui a um segundo já podemos não estar mais. Então a gente tem que olhar para o próximo sim, e cuidar daqueles que mais precisam. Foi, de fato, o que pautei na minha vida toda, foi fazer isso.

Quero dizer para todos vocês que essa homenagem é de todos vocês. Sozinha, a Ana do Carmo nunca iria para lugar nenhum. A Ana do Carmo foi sempre acompanhada por muitas e muitas pessoas que ajudaram nessa construção desse nome que virou uma marca, que é “Ana do Carmo”.

Então, assim, eu costumo dizer que, quanto mais eu trabalhar, eu nunca vou pagar o que uma parte muito grande do povo fez pela Ana do Carmo em momentos muito difíceis, naquela época. E muitos, quase que 90%, ou mais, dessa população, nunca precisou da Ana do Carmo.

Em troca, aqueles que precisam, quando procuram, eu faço de tudo mesmo para atender. Não interessa se votou, se não votou e quem quer que seja. Precisou, o que eu puder, eu estou para fazer. (Palmas.) Eu estou para servir essas pessoas.

Por isso eu quero, aqui, dizer para vocês que eu passei por esta Casa por 16 anos. De fato, cheguei aqui pelo pedido do nosso sempre e eterno presidente Lula, que eu chamo de “meu Lulinha”. Foi ele quem me convidou, pediu para que eu fosse candidata. E eu me orgulho muito de ter tido esse apoio dele a vida toda. Muita gratidão. Como eu tenho toda a gratidão do mundo com todos vocês que aqui estão.

Eu não vou conseguir falar o nome de todos aqui, mas eu vou falar o nome de algumas pessoas, pelo menos. Primeiro eu quero começar, em nome do Marco Aurélio, que está aí, Dr. Marco Aurélio, que sempre me acompanhou. Ele assinou a minha ficha de filiação, e dali para cá ele nunca mais me largou. A gente sempre esteve junto. Ele foi chefe do meu gabinete por muitos anos.

Mas, com mandato, sem mandato, o Marco Aurélio, o Arquimedes, em nome deles dois eu vou falar de todos vocês que me acompanham, que fizeram parte dessa história, que fazem parte dessa história.

Continuam fazendo parte dessa história, e continuam junto com a Ana do Carmo. Isso é um orgulho para mim muito grande. Não é porque teve assessor ou não. Vocês continuam com a Ana do Carmo, lutando no dia a dia na vida de vocês, mas ajudando Ana do Carmo. Lutando para sobreviver, mas ajudando Ana do Carmo.

Portanto, Marco Aurélio, em seu nome, eu quero abraçar e agradecer todos esses companheiros e companheiras que passaram pelo mandato e que estão juntos com a Ana do Carmo. Obrigada por tudo, tá bom? (Palmas.)

E a Lúcia... A gente chama “Lúcia velha”, não é? Eu falo para a Lúcia que ela agora substituiu a minha mãe, que Deus levou. E está aqui a Lúcia, que me acompanha, também, a vida toda, como a Sônia, do Estoril. As duas mais antigas, acho, aqui. A Sônia desde 89, não é, Sônia? Podem ir milhões de pessoas na casa da Sônia. Ela: “eu sou Ana do Carmo, eu sou Ana do Carmo, eu sou Ana do Carmo”. Mora lá no Estoril, faz campanha voluntária.

Enfim, pessoal, se eu for ficar falando aqui de um por um, a gente vai passar a noite toda e não dá. Mas então eu quero assim com muita alegria dizer para vocês que... Infelizmente, o meu marido não está aqui, porque ele viajou e não conseguiu voltar. Mas eu sou casada já vão fazer 50 anos.

Só não pôde estar aqui hoje a minha neta, Isabele, porque ela está trabalhando neste horário, a minha neta, filha do Alan. E estão aqui a minha nora, as minhas netas. O meu netinho, filho da Ana Paula, também não conseguiu vir. Mas estão aqui, e todos aqui. Aqui eu tenho dois compadres: o João e compadre Chico. Chicão, que está ali. O Chicão me acompanha desde 1977.

E eu queria muito que o Braguinha estivesse aqui. Cadê o Braguinha? E a Guiomar. A Guiomar que está ali, que é do Limpão. Me acompanha desde 87. Braguinha, que eu pedi para ele vir, ele não veio. Ele é muito tímido, ele não vem. Mas está lá no Ferrazópolis. Graças a Deus, está bem.

E o meu compadre Chicão, que é um exemplo de lutador, é um exemplo de pessoa honesta, que está comigo desde 87. Sempre voluntário e junto com a Ana do Carmo. Eu tenho muito carinho, muito respeito por todos vocês. Todos. Sem exceção. Aqueles que chegaram depois e aqueles que estão desde o começo, gente: 77, 78, 80, 81, 82.

Quando a Bia falou aqui que me conhece faz tempo... Na verdade, eu cheguei em Ferrazópolis com dez anos de idade. A empresa dela era uma empresa pequena. E eu cheguei e já comecei a lutar junto com a Igreja Católica.

A gente não tinha igreja no nosso bairro. As missas eram celebradas em uma sala de aula do Collaço. Eu e a minha irmã, que tem já mais de 80 anos, eu vim morar com ela e a gente começou o trabalho social ali. A igreja tinha como responsabilidade cuidar dos idosos naquela época. A gente era... fomos duas enfrentadoras nessa luta. Eu, criança, ajudando-a a dar banho, remédio.

Então assim, é toda uma história ali naquele bairro em São Bernardo do Campo, e que se estendeu para o estado de São Paulo. Eu só tenho que agradecer a Deus e a Nossa Senhora, e trabalhar, mesmo, para ajudar aqueles que mais precisam.

E isso se estendeu para o estado de São Paulo, o trabalho da Ana do Carmo, junto com o Marco Aurélio e toda a minha equipe, junto com meu amigo que Deus levou que foi o Valter Carmona, que avançou por esses interiores afora. Para vocês terem ideia, em uma cidade chamada Cruzeiro, na minha primeira eleição, eu fui a mais votada da cidade, com quase quatro mil votos. Foi muita luta.

Então assim, são coisas assim, história mesmo, que não dá nem para ficar falando muito. Então, assim... Eu quero dizer que eu me orgulho muito quando eu vejo compadre, queria estar vendo o Braguinha, queria estar vendo aqui a Guiomar e muitos outros de vocês aqui.

E nessa caminhada toda, e como deputada, eu tive a oportunidade de fazer muitos amigos por esse Estado afora. Hoje eu não trabalho só para o povo de São Bernardo. Graças a Deus, eu ainda consigo ajudar muitas pessoas do interior, que me procuram, que precisam, e a gente está aqui estendendo as mãos para poder ajudar. Não é fácil, mas a gente mexe daqui, mexe dali, e a gente tenta fazer de tudo para poder ajudar.

Então, agora, companheirada, é que eu tenho mais tranquilidade para trabalhar, sabe por quê? Meus filhos ficam falando, “não, mãe, a senhora tem que dar um tempo, tem que descansar, não sei o quê”. Agora não, agora eles estão criados, eles é que têm que me ajudar a fazer a campanha, minhas netas e todo mundo. (Palmas.)

Eles têm que pôr a cara na rua de verdade mesmo e ajudar, sabe por quê? Quando eles eram pequenos, eu chorava e eu não conseguia ir nas reuniões da escola deles.

Eu tenho uma foto da Ana Paula, que eu vou mandar colocar para vocês verem nas minhas redes. Eu não fui na quadrilha, na festa junina dela, foi a primeira que ela dançou. E ela chorou e fez uma cara de triste e eu tenho essa foto.

Então, assim, foi muito duro, foi muito duro. Mas Deus pôs muita gente na minha frente, muitos amigos, os vizinhos, todo mundo me ajudou. Um corria com o menino para a escola, o outro corria para levar no médico, o outro buscava. Nós sempre fomos uma família ali de muitas pessoas.

Então, assim, eu tenho que agradecer muito mesmo e dizer para os meus filhos que, graças a Deus, eles estão criados, formados, trabalhando, têm a vida deles e têm que me ajudar. Eles que têm que fazer almoço para mim agora na casa deles e têm que me ajudar (Palmas.) Porque a minha luta eu faço aquilo que eu gosto e de coração.

Quero cumprimentar o Max, presidente do PT. Quero cumprimentar aqui meu amigo Rômulo, que quando me conheceu em Embu das Artes, pessoalmente, eu já conhecia ele, mas ele não lembrava de mim, eu comecei a contar um pouco para ele.

Ele falou, “não acredito que tudo isso aconteceu”. Eu falei, “pior que aconteceu”. Contei para ele que eu chegava da prefeitura com o rosto todo sujo de carvão de trabalhar no sindicato e tem muitas pessoas aqui que são testemunhas disso.

E ele não acreditou, mas é verdade. Mas sempre tinha o dedo do Lula também para me ajudar. Então assim, quero cumprimentar o Rômulo, cumprimentar meu amigo vereador Ananias, que eu pego no pé dele também e falo, “você é novinho, vamos para cima, vamos brigar”. Mas ele é briguento também e muito bom. Cumprimentar Getulio, meu amigo, nosso líder. Cumprimentar meu amigo, companheiro Zé Dirceu.

Zé, eu não me esqueço quando o meu presidente Lula, “meu Lulinha”, ligou e falou, “Aninha, eu quero que você receba o Zé na tua casa, eu não vou poder ir”. Eu tinha acabado de mudar para aquela casinha ali de cima, pequenininha que você viu lá. Ali eu tinha já os meus três filhos e estavam todos dentro de casa comigo, dormiam todos em cima de beliche.

E você sentou na sala, e a gente conversou bastante e foi um “prazeraço” para eu fazer a sua campanha a pedido do Lula. Foi muito bom ter te conhecido, muito obrigado por tudo. Meu amigo Vicentinho, que foi o presidente do sindicato na época que eu trabalhei, não é Vicentinho, que a gente brigou lá para as cozinheiras, merendeiras, terem hora de almoço? Foi muito bom.

A luta sempre esteve no meu sangue, não tem jeito, entendeu? Então, quero cumprimentar a todos vocês, cumprimentar aqui o companheiro que saiu, agradecer ao Caruso, deixar registrado aqui pelas palavras dele, o deputado Caruso, que passou aqui.

Suplicy, que fez caminhada nas últimas eleições, pedindo apoio para Ana do Carmo. Quero aqui cumprimentar o Dr. Pedro Gregori, que não pôde vir, parceiro de Ana do Carmo, de décadas, junto com o Dr. Geraldo Reple.

Há décadas e décadas atrás, essas pessoas já ajudavam Ana do Carmo. Graças a Deus, eu tive a honra e a alegria de ter muita gente igual a mim, que não tem nível superior, mas tive e tenho muitos médicos, advogados, engenheiros, que também são do time da Ana do Carmo. (Palmas.)

Então, assim, graças a Deus, essas pessoas fazem a diferença. Essas pessoas que nos socorrem na hora que a gente precisa. E tanto é que está aqui o Geraldo ali, que eu conheço também quando eu era solteira ainda, amigo. Ele vai fazer uma cirurgia agora em um hospital de ponta, ajuda de quem? Pedro Gregori, entendeu? E Dr. Geraldo. Vai fazer uma cirurgia muito séria, que Deus já pôs as mãos, vai dar tudo certo.

Então, assim, é muita história. E aí eu tenho que falar o nome aqui de algumas pessoas. Ananias, eu já conversei, já cumprimentei. O presidente do PT, eu já falei. Vicentinho, compadre Chicão, já falei. Marco Aurélio. O Cloves, que está aqui presente também, presidente da Fundacentro. A Sônia Lima, que já foi embora.

Agora eu quero cumprimentar o Paulinho do Birordo, de Serra Azul, secretário de Meio Ambiente lá da Prefeitura. Foi vereador, hoje o pai dele é vereador. É a família que eu apoio muito e que está junto sempre.

É como irmão, não é, Paulinho? Já veio na minha casa. Ele me chama de mãe e eu dou bronca nele mesmo. A hora que ele erra, eu pego no pé dele. É meu companheirão, está aqui presente.

Muitas cidades do interior, o pessoal não conseguiu vir. Falaram com o Marco Aurélio. O Marco Aurélio trabalhou nesse convite. Avisaram, foi porque tiveram mesmo dificuldade em vir.

Quero cumprimentar o Gerson de Ubatuba, que está aqui presente. Cadê ele? Está aqui junto com o Jerri, que é presidente da Colônia dos Pescadores de Ubatuba.

Ubatuba é uma cidade que a gente legalizou a comissão, virou Colônia dos Pescadores. É uma cidade que a gente legalizou o Partido dos Trabalhadores, depois ganhamos a prefeitura, junto com esse time aí, com o Gerson, o Jerri e o meu saudoso amigo Maurici, que Deus levou.

Então, assim, Jerri, muita gratidão por vocês terem vindo. Ele, que está sempre lá na minha casa e a gente está junto aí na luta para que Deus, Nossa Senhora, coloque as mãos, que ele vai ficar bom e vai fazer a campanha do nosso Lulinha também, o ano que vem, e dos nossos companheiros do PT, claro, com certeza.

Deixe-me ver aqui se estou esquecendo de mais alguém. Quero cumprimentar o pessoal da Santa Casa, a Santa Casa de Misericórdia de São Bernardo do Campo, que fez uma belíssima audiência pública aqui na Assembleia, com mais de 80 Santas Casas do estado de São Paulo, são parceiros do mandato da Ana do Carmo, a gente se ajuda, muito obrigado por tudo. Quero... eu estou esquecendo bastante gente, viu?

Ah é, quero cumprimentar o Gigio, dizer para você obrigada. Você sabe que quando você me liga, é uma ordem, não é? Eu vou correndo, você, o Adivina, muito obrigado pelo seu carinho, por tudo que você faz para ajudar a Ana do Carmo, o mandato, para que a Ana do Carmo possa ajudar aqueles que mais precisam. Obrigado demais, viu?

Quero agradecer muito a dona Beatriz, que acabou de sair daqui. Nós éramos vizinhas lá no bairro e eu passava ali naquela calçada quase todos os dias para ir trabalhar na Frei Gaspar. Para quem é de São Bernardo, aquela casa de esquina da Frei Gaspar, onde é uma loja de moto, foi a casa que eu trabalhei de dez anos de idade até 18 anos.

Era uma família japonesa, que acabou de criar a Ana do Carmo. Aí depois eu saí e ficou minha irmã, que veio de Minas, pequena também, que trabalhou lá também. É uma família japonesa que me tratou e acabou de me criar com muito carinho e muito respeito. Então, a história da Ana do Carmo é assim.

Eu quero cumprimentar o Coutinho, que eu acabei de vê-lo lá atrás, quero cumprimentar o Ventura, com Cátia, que são parceiros da Ana do Carmo desde sempre. Eu estou vendo ali o Gustavo, Querubino, meu amigo. Enfim, gente, todos vocês, Edinei, todos vocês, meu muito obrigada, a Zaninha e o Zé Ferreira.

Zé Ferreira que me socorreu muitas vezes, não é, Zé? Na briga, foi lá entrar na frente do revólver para me defender, eu não esqueço, não, viu? Você está na minha lista. É, foi muito... Gente, foram épocas muito difíceis, muito mesmo. Então, assim, eu quero agradecer a todos vocês, Jolimar, enfim. A Jolimar está aqui, olha, um grande também.

Enfim, quero agradecer todos vocês, o Marcelinho, que me apresentou o Rômulo, que está em tudo que a Ana do Carmo faz, foi meu assessor, não é, Marcelinho? Graças a Deus, nos demos muito bem. Enfim, gente, meu compadre João, que está ali também, minha comadre Rose.

Enfim, gente, todos vocês são muito amigos da Ana do Carmo, eu tenho muito o que agradecer. A Ana Lúcia que está lá atrás, estou enxergando-a pouco, mas estou vendo. Enfim, Fátima Araújo, Manuel Andrade. Gente, o que eu não falar, vocês me desculpem, viu? Mas se sintam todos abraçados. Zé Roberto, que está ali, que segura as pontas para mim, enfim. Mais quem, Cátia? Ah, a Vera do Carmo, que está aí, conselheira tutelar. É assim.

Pessoal, agora eu quero aqui, vou dizer para vocês, eu estou muito emocionada mesmo, mas, assim, olha, quero dizer para você, deputado, muito obrigado, para você e para a Cris, muito obrigado e eu puxo a sua orelha também mesmo, porque preciso puxar de vez em quando. Você também puxa a minha, mas o que importa é o respeito, é a nossa amizade, é o carinho que eu tenho por você, muito obrigada, viu? Muito obrigada mesmo. (Palmas.)

Que Deus, Nossa Senhora protejam você e sua família. Você sabe que eu peço muito a Deus por vocês todos e a todos que aqui estão, peço muito a Deus para todos vocês. Se eu for falar nome de todo mundo, nós vamos ficar aqui noite inteira, vocês se sintam cumprimentados, se sintam abraçados pela Ana do Carmo e saibam que vocês têm a Ana do Carmo como uma amiga, uma amiga de verdade.

Muito obrigada a todos e todas, que Deus abençoe muito a todos vocês. (Palmas.) Ah, e eu quero agradecer a Sônia Lima. Ela passou por aqui, a Sônia Lima é uma grande parceira da Ana do Carmo, ajuda muito nos conselhos, nas orientações e enfim, mas eu vou acabar esquecendo alguém mesmo, não tem jeito, não é, gente? Não tem jeito, não é, Paulinho? Não tem jeito.

Gente, muito, muito obrigado, um beijo para vocês. Está aqui Fátima Araújo, enfim, muita gente. Muito obrigado a todos e todas aqui, está bom?

Luiz, agora é com você. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Mestre de cerimônia, deixe que eu dou continuidade agora, Guga. Gente, queria agradecer muito a vocês, eu acho que ficou registrado nos anais dessa Casa a vida dessa mulher, a luta dessa mulher, mas ficou registrado como deputada. Não, essa homenagem é só pro forma, ela passou por aqui, ela fez a diferença aqui.

Eu fico, assim, muito lisonjeado de ver, lá no fundo, toda a assessoria da Ana como deputada - está aqui o pessoal que dava retaguarda para ela fazer - não é, Beto - o dia a dia da luta, pessoal do gabinete, o pessoal da liderança. Parabéns a vocês, vocês são motivo de inveja, porque vocês viveram ao lado da Ana, uma mulher que fez muito.

É, Alberto, está mandando um abraço para você, mas, assim, óbvio que ela esqueceu de citar o mundo de gente que está aqui, que construiu junto com a Ana uma história muito bonita.

Eu queria, finalizando, agradecer mais uma vez ao deputado Vicentinho - esse guerreiro, irmão -, ao deputado Rômulo Fernandes, aos vereadores Getulio do Amarelinho e Ananias de Andrade, ao grande mentor do Partido dos Trabalhadores, de chegar à Presidência da República um peão, o companheiro Zé Dirceu, agradecer mais uma vez o Max Pinho, nosso presidente também, Dr. Cleiton Coutinho, que presidiu o PT até ontem,  passando o bastão para o Max.

E aí, Max, o Cleiton estava me dizendo o seguinte: “Eu elegi o presidente Lula, agora eu quero ver se ele vai eleger também”. Então, essa tarefa é tua agora. Quero agradecer muito a sempre vereadora e minha querida Lilian Cabrera, de Diadema, o diretor da Fundacentro e ex-vereador em São Bernardo, José Cloves, queria te agradecer muito.

Em nome da Ana Lúcia, que já foi citada, cumprimentar toda a assessoria da Ana do Carmo, cumprimentar o Sr. Manuel - Ana, saiu lá de São Bernardo também, Sr. Manuel, da Pousada dos Pescadores, para estar nesta homenagem.

Agradecer a tua presença, do teu filho junto. Saudar o Manuel de Andrade, que é diretor na Secretaria de Esportes e sempre ao lado da vereadora Ana do Carmo, deputada Ana do Carmo. Saudar os ex-vereadores: Zé Ferreira, que está aqui honrando este evento, assim como a Zaninha, dirigente estadual do PT, saudar o ex-vereador Luizinho, muito importante a tua presença aqui também. Saudar a presidente da Associação Amigos de Bairro do Limpão, a minha querida amiga Ivanilda, é um prazer tê-la aqui conosco.

E saudar também o Paulinho, de Serra Azul. Você é o cara que veio mais de longe, se bem que tem um pessoal de Ubatuba, que não é perto, e está aqui conosco. Queria agradecer a todos os que tornaram possível esse momento, cada servidor desta Casa, cada autoridade presente e, sobretudo, cada cidadão que prestigiou este momento.

Agradecer muito ao Guga, que fez, como mestre de cerimônia, e também à Mônica, minha assessora, que esteve à frente dessa organização, ao pessoal da Casa que nos atendeu, do cerimonial, muito obrigado. O pessoal do som, policiais civis e militares que estiveram aqui, muito obrigado.

Boa noite.

Declaro encerrada essa solenidade.

 

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- Encerra-se a sessão.

 

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