
11 DE NOVEMBRO DE 2025
51ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Presidência: ANDRÉ DO PRADO e CARLOS CEZAR
Secretaria: CARLOS CEZAR e GILMACI SANTOS
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Abre a sessão às 16h49min. Coloca em votação o requerimento de método de votação ao PLC 49/25.
2 - GILMACI SANTOS
Solicita verificação de presença.
3 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feita a chamada de verificação de presença, que interrompe quando observado quórum. Coloca em votação e declara aprovado o requerimento de método de votação ao PLC 49/25.
4 - DONATO
Solicita verificação de votação.
5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
6 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
7 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
8 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
9 - DONATO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
10 - MARCELO AGUIAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Podemos.
11 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
12 - EDIANE MARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
13 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB Cidadania.
14 - ROGÉRIO SANTOS
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do MDB.
15 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
16 - DANI ALONSO
Para comunicação, faz pronunciamento.
17 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Registra as manifestações. Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação o PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas.
18 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - THAINARA FARIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Cumprimenta Noel Castelo da Costa, prefeito de Eldorado/SP, e Maicon Rios, vereador de Américo Brasiliense/SP, presentes no plenário; e vereadores mirins e professores de Itatinga/SP, presentes nas galerias.
21 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Encaminha a votação do PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
22 - CARLOS CEZAR
Assume a Presidência.
23 - PAULO MANSUR
Encaminha a votação do PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas, em nome do PL.
24 - EDIANE MARIA
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
25 - LUCAS BOVE
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
26 - PRESIDENTE CARLOS CEZAR
Responde as questões de ordem dos deputados Ediane Maria e Lucas Bove.
27 - DONATO
Para questão de ordem, faz pronunciamento.
28 - CARLOS CEZAR
Responde à questão de ordem do deputado Donato.
29 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência.
30 - ITAMAR BORGES
Para comunicação, faz pronunciamento.
31 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Cumprimenta autoridades de Américo Brasiliense/SP, presentes no plenário.
32 - MÁRCIA LIA
Para comunicação, faz pronunciamento.
33 - PROFESSORA BEBEL
Encaminha a votação do PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas, em nome da Minoria.
34 - CARLOS GIANNAZI
Para comunicação, faz pronunciamento.
35 - EDIANE MARIA
Encaminha a votação do PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
36 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovado o PLC 49/25, restando prejudicados os substitutivos nº 1 e nº 2. Coloca em votação a subemenda ao PLC 49/25, salvo emendas.
37 - EDIANE MARIA
Declara voto contrário ao PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
38 - DONATO
Declara voto contrário ao PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
39 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
40 - DONATO
Para comunicação, faz pronunciamento.
41 - TEONILIO BARBA
Encaminha a votação da subemenda ao PLC 49/25, salvo emendas, em nome da Minoria.
42 - TOMÉ ABDUCH
Para comunicação, faz pronunciamento.
43 - ANDRÉA WERNER
Declara voto contrário ao PLC 49/25, salvo substitutivo, subemenda e emendas, em nome do PSB.
44 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Informa a realização da campanha Novembro Azul, feita pela Alesp em parceria com o Hospital do Amor, bem como cumprimenta o mascote do Hospital do Amor, presente no plenário.
45 - MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS
Encaminha a votação da subemenda ao PLC 49/25, salvo emendas, em nome da Federação PSOL REDE.
46 - ORTIZ JUNIOR
Para comunicação, faz pronunciamento.
47 - DR. JORGE DO CARMO
Encaminha a votação da subemenda ao PLC 49/25, salvo emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
48 - BETH SAHÃO
Encaminha a votação da subemenda ao PLC 49/25, salvo emendas, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
49 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Coloca em votação e declara aprovada a subemenda ao PLC 49/25, prejudicadas as emendas de nºs 1 a 3 e de nºs 5 a 7.
50 - DONATO
Solicita verificação de votação.
51 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Defere o pedido. Determina que seja feito o processo de verificação de votação, pelo sistema eletrônico.
52 - PAULO FIORILO
Para comunicação, faz pronunciamento.
53 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
54 - EDUARDO SUPLICY
Para comunicação, faz pronunciamento.
55 - ANDRÉA WERNER
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSB.
56 - MILTON LEITE FILHO
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do União.
57 - EDIANE MARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSOL REDE.
58 - PAULO CORREA JR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PSD.
59 - THAINARA FARIA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
60 - ALTAIR MORAES
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do Republicanos.
61 - ROGÉRIO NOGUEIRA
Declara obstrução ao processo de votação, em nome da Federação PSDB e Cidadania.
62 - CARLOS CEZAR
Declara obstrução ao processo de votação, em nome do PL.
63 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Anuncia o resultado da verificação de votação, que confirma a deliberação anterior. Coloca em votação a emenda nº 4 ao PLC 49/25. Convoca uma segunda sessão extraordinária a ser realizada hoje, dez minutos após o término da primeira sessão extraordinária.
64 - GILMACI SANTOS
Para comunicação, faz pronunciamento.
65 - MÁRCIA LIA
Encaminha a votação da emenda nº 4 ao PLC 49/25, em nome da Minoria.
66 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
67 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Parabeniza o deputado Caio França e família pelo nascimento de sua filha Estela.
68 - DR. JORGE DO CARMO
Para comunicação, faz pronunciamento.
69 - DONATO
Encaminha a votação da emenda nº 4 ao PLC 49/25, em nome da Federação PT/PCdoB/PV.
70 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Lembra sessão extraordinária a ser realizada hoje, às 19 horas e 24 minutos. Encerra a sessão às 19h14min.
* * *
ÍNTEGRA
* * *
-
Abre a sessão o Sr. André do Prado.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL
- Presente o número
regimental de Sras. Deputadas e Sras. Deputados, sob a proteção de Deus
iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da
sessão anterior e recebe o expediente.
Ordem
do Dia.
Votação
do Projeto de lei Complementar nº 49, de 2025, de autoria do Sr. Governador.
Há
sobre a mesa o requerimento de método de votação apresentado pelo deputado
Gilmaci Santos.
Em
votação o requerimento de método de votação.
As
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se
encontram. Pela ordem, deputado Gilmaci Santos.
O SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Antes mesmo de a gente seguir com
essa votação, estou percebendo aqui, um pouco, o nosso plenário meio disperso.
Eu queria pedir uma verificação de presença.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Solicito ao deputado Carlos Cezar, juntamente com o
deputado Gilmaci Santos, para uma verificação de presença.
O
SR. DONATO - PT - É, já que está invertido, o
Marcolino vai ler. Põe o Marcolino de secretário.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Eu ia colocar o
Paulo Fiorilo, mas...
O
SR. DONATO - PT - O Paulo Fiorilo de secretário.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mas o Paulo
Fiorilo declinou. Eu ia indicar. Infelizmente, V. Exa. declinou, eu nomeei o
deputado Gilmaci Santos.
*
* *
- Verificação de presença.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Constatado
quórum regimental, agradeço ao deputado Carlos Cezar e ao deputado Gilmaci
Santos pela verificação de presença.
Há sobre a mesa requerimento de método
de votação apresentado pelo deputado Gilmaci.
Em votação o requerimento de método de
votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis permaneçam
como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente, para
uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência.
Vamos fazer então a verificação de
votação. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos proceder à verificação de
votação pelo sistema eletrônico. A partir desse momento estamos fazendo soar o
sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e Srs.
Deputados que não se encontrem em plenário tomem conhecimento da votação que se
realizará.
O
SR. PAULO CORREA JR. - PSD - Pela ordem, Sr.
Presidente, para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem, Sr.
Presidente, para colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem, Sr.
Presidente, para colocar o Partido Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Partido Liberal
em obstrução.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente,
Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. MARCELO AGUIAR - PODE - Pela ordem, Sr.
Presidente, colocar o Partido Podemos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Podemos em
obstrução.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem, Sr.
Presidente. União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil em
obstrução.
A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela
ordem, Sr. Presidente. Para colocar a Federação PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL REDE
em obstrução.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para colocar a Federação PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB
Cidadania em obstrução.
O
SR. DONATO - PT - Presidente, já deu o tempo, não
deu não?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tendo
transcorridos os quatro minutos, o sistema eletrônico ficará aberto para que as
Sras. Deputadas e os Srs. Deputados votem “sim”, “não”, ou registrem
“abstenção” nos terminais dispostos em suas mesas.
O
SR. ROGÉRIO SANTOS - MDB - Questão de Ordem,
presidente. Coloco o MDB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - MDB em
obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente. Coloco o Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
A
SRA. DANI ALONSO - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Pela ordem, presidente. Gostaria aqui de cumprimentar e ressaltar a presença da
nossa vereadora Professora Sonia, da cidade de Maracaí, ela que é da nossa
família do Partido Liberal, que muito nos honra com sua presença. Tem feito um
trabalho brilhante no seu primeiro mandato, protagonizado muito na Educação e
em todas as áreas da nossa cidade de Maracaí.
Professora, para a gente é um orgulho
ter você nos representando na cidade. Que Deus te abençoe nesta luta. Saiba que
pode contar sempre com esta Casa. Parabéns, viu?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Seja
bem-vinda, Professora, a esta Casa.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Boa tarde, presidente
André. Queria fazer também uma breve comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Estamos em
processo de votação agora, deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - É breve, se o senhor
me permitir, desculpa. Ou senão eu faço depois.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Depois. A
gente já abre o processo.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Sem problema,
presidente. Obrigado, obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado. Estão
abertos agora os microfones para que as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que
não conseguiram fazer seu voto no sistema eletrônico possam assim fazer pelos
microfones de aparte.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Nós estamos
votando o método, não é, presidente?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O método de
votação.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Daqui a pouco,
votaremos então o projeto propriamente, não é?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado,
presidente.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Nós estamos votando o
projeto?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não, nós
estamos votando o método de votação, apresentado pelo deputado Gilmaci Santos,
líder do Governo.
Mais algum das Sras. Deputadas e dos Srs.
Deputados gostaria de fazer seu voto pelos microfones de aparte? Mais algum das
Sras. Deputadas e dos Srs. Deputados gostaria de consignar o seu voto pelos
microfones de aparte?
* * *
- Verificação de votação pelo
sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
deputados interessados, pergunto às Sras. e Srs. Deputados se gostariam de
alterar o seu voto. Não havendo deputados interessados em alterar o voto,
passaremos à proclamação do resultado. Votaram “sim” 54 deputados, “não” dez,
mais esse presidente, quórum de 65 votos, quórum que aprova o método de
votação.
Em votação o projeto, salvo
substitutivos, subemendas e emendas.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela bancada da
Federação PT/PCdoB/PV deputado Marcolino.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado Luiz
Claudio Marcolino, é regimental, fará encaminhamento pela Federação
PT/PCdoB/PV.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente,
uma questão de ordem rapidamente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Rapidamente,
deputado Gilmaci Santos.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Presidente, nós
começamos agora a votar o projeto, nós aprovamos o método de votação, que o
pedido é primeiro o projeto, perfeito, as subemendas e as emendas também
rejeitadas.
Então nós teremos agora três votações
nesse projeto?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exatamente,
deputado Gilmaci.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Obrigado. É só
pedir à bancada da base, que nós temos mais três votações desse projeto.
Solicitar para que todos permaneçam na Casa, em plenário. Muito obrigado a
todos que votaram neste momento.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Antes, porém,
comunicação do deputado Lucas Bove, que me pediu anteriormente, quando
estávamos em processo de votação, e pedi que o fizesse em momento apropriado.
Agora é esse momento, deputado Lucas Bove.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Obrigado, presidente. Inclusive, já pedi ao deputado Marcolino, que gentilmente
me permitiu também antecedê-lo aqui.
Eu queria apenas, presidente, registrar
a presença do querido prefeito de Eldorado, Noel Castelo. Queria agradecer a
ele pela visita. O Noel traz aqui demandas do Vale do Ribeira, uma região muito
importante, região inclusive de onde veio nosso querido líder, presidente Jair
Bolsonaro, e onde Renato Bolsonaro também está ali lutando pela região.
Inclusive, foi o Renato Bolsonaro que me apresentou ao Noel.
Então, gostaria de pedir, se possível,
uma salva de palmas para o nosso prefeito de Eldorado, Noel Castelo. (Palmas.)
Grande prefeito. Obrigado, prefeito, pela sua presença. Seja bem-vindo à Casa
do Povo Paulista.
Obrigado, presidente.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Pela
ordem, presidente. Só para registrar também a presença do nobre vereador,
presidente da Câmara, Maicon Rios, que é agora também presidente do Parlamento
Central, aqui de São Paulo, e dizer que ele muito nos honra, porque hoje
estamos votando um projeto da Furp, que é do interesse da região tanto de
Guarulhos quanto de Américo Brasiliense.
Obrigada, nosso vereador Maicon Rios.
Obrigada, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Seja
bem-vindo, prefeito Dinoel. Dinoel, não, hein? Noel, substituindo o prefeito
Dinoel, que era prefeito de Eldorado. Agora é o Noel. Nosso sempre prefeito
também, Dinoel, era um grande amigo meu. Agora o Noel tem a responsabilidade de
governar a cidade de Eldorado, no nosso Vale do Ribeira. Seja sempre bem-vindo
a esta Casa.
Também cumprimentar o Maicon, que foi
homenageado pela nossa deputada Thainara Faria, que é o presidente da Câmara de
Américo Brasiliense.
Antes, porém, também queria registrar a
presença, na nossa galeria, dos alunos da cidade de Itatinga, da Câmara Jovem
de Itatinga. São 11 alunos, estão acompanhados das professoras Ana Paula Munhoz
e Sandra Paixão, e das autoridades do município, o prefeito Paulo Roque.
Estão aqui esses alunos, quero
mencionar os nomes deles, os vereadores mirins de Itatinga: Anna Alice Aguilar,
Cindy Kauanny Alves, Guilherme Sidaras, Isabelly Biazon, José Márcio Cezar,
Luiz Felipe Santos, Miguel Marino, Murilo Paulino, Paulo Pimentel, Rhenzo Souza
Rodrigues e Rodolfo Barnabé. Parabéns aos 11 vereadores mirins da cidade de
Itatinga. (Palmas.) Obrigado pela presença de todos vocês, da professora, do
nosso prefeito. Sejam sempre bem-vindos a esta Casa.
Com a palavra, o deputado Luiz Claudio
Marcolino.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Já passei a
palavra. Depois, para uma comunicação, eu passo ao deputado Dr. Jorge do Carmo.
Se possível, Dr. Jorge do Carmo. Obrigado.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado. Tranquilo,
tranquilo.
O
SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, acho
que estamos chegando ao momento final de um projeto, mais uma vez, apresentado
pelo governador Tarcísio, que mostra um pouco da sua gestão, que é uma
sequência da gestão do presidente Jair Bolsonaro.
A forma que
hoje o Tarcísio faz a gestão do estado de São Paulo é a mesma forma que o
presidente Bolsonaro tentou fazer a gestão do nosso país. Foram quatro anos
onde vimos empresas importantes do nosso país em um processo de desmonte.
Nós vimos, em
quatro anos, ser entregue a Eletrobras; em quatro anos, vimos entregue parte da
Petrobras, que são duas empresas importantes de energia para o nosso país,
tanto a Eletrobras quanto a Petrobras.
A Eletrobras,
foi concluída a sua venda, sua privatização. Inclusive, as principais geradoras
de distribuição de energia do nosso país, hoje, não estão mais na mão do
governo federal.
Hoje são os
chineses, são os italianos, que são os responsáveis pela geração, produção e
distribuição de energia no nosso país, graças à gestão do ex-presidente Bolsonaro,
que desmontou a Eletrobras e desmontou parte da Petrobras.
Hoje, a nossa
antiga distribuição de gás foi também privatizada na época do governo
Bolsonaro, demonstrando a face ou a forma com a qual Bolsonaro governou o
Brasil durante quatro anos. Por que eu faço essa referência em relação ao
governo Tarcísio para falar em relação à Furp, que é o mesmo processo?
Primeiro passo,
o governador Tarcísio assume o Governo do Estado de São Paulo, vende, privatiza
e desmonta a Sabesp no estado de São Paulo. Na mesma linha, vai em relação ao
Metrô, em relação à CPTM, em relação à Educação, tanto em relação a PPP, como
na linha de privatizar as escolas do estado de São Paulo.
Nesta mesma
toada, trabalhou com o desmonte da Emae. Hoje, não existe mais a EMTU. A EMTU
foi hoje repassada para a Artesp fazer a gestão, então não tem mais a EMTU no
estado de São Paulo. Nós estamos falando, em menos de três anos de governo, do
desmonte de empresas importantes no estado de São Paulo. Três empresas
importantes, hoje a Sabesp, a Emae, a EMTU, que tentaram também ser
privatizadas e vendidas no governo passado do Rodrigo Garcia, as quais não
foram concretizadas.
Mas o Tarcísio
assume e segue a mesma linha de desmonte das empresas públicas, que em Brasília
o Bolsonaro fazia. No estado de São Paulo, quem faz agora é o governador
Tarcísio, que é a mesma forma de gestão: desmonta a estrutura do serviço
público do estado de São Paulo.
A gente não tem
ouvido, pelo menos nesses três anos, fora a Segurança Pública, que nós
debatemos aqui um projeto de lei, os demais servidores do estado de São Paulo
não têm tido uma valorização, não têm tido um processo de concurso público no
estado de São Paulo. Então, há desvalorização total do servidor e do serviço
público do estado de São Paulo.
E agora, veio a
Furp, nobre deputado Jorge do Carmo. Às vezes o pessoal não tem dimensão, nobre
deputada Ediane, da importância que a Furp tem no nosso Estado. Aí o governo
Tarcísio manda um projeto de lei para acabar com a Furp no estado de São Paulo,
para extinguir a Furp. Esse é o projeto de lei, duas folhas.
Essas duas
folhas que vão determinar o fim da Furp no estado de São Paulo. Porque a gente
olha aqui nos parágrafos colocados em relação à Furp. O §1º, Art. 1º: “Fica o
Poder Executivo autorizado a promover a extinção da Fundação para o Remédio
Popular 'Chopin Tavares de
Lima' - Furp, cuja
instituição foi autorizada pela Lei nº 10.071, de 10 de abril de 1968”.
Então, uma
empresa que está constituída no estado de São Paulo desde 1968, em duas folhas,
o governador Tarcísio encaminha a extinção de uma empresa importante no estado
de São Paulo.
A gente olha
para os números, hoje a Furp garante medicamento para 550 municípios no estado
de São Paulo; 550 municípios no estado de São Paulo têm o remédio garantido para
a população que mais precisa no estado de São Paulo para 550 municípios.
Só que a Furp
não atua só aqui no estado de São Paulo; a Furp atua em todo o Brasil. A Furp
hoje é a principal distribuidora de remédio que nós temos hoje para o governo
federal, é o seu principal cliente.
O segundo é o
próprio estado de São Paulo e, depois, esses 550 municípios no estado de São
Paulo. E nós temos rodado muito o estado de São Paulo, deputada Bebel, e não
tem uma cidade que nós passamos que o prefeito não reclama que não têm chegado
na sua cidade os remédios - e são remédios básicos.
Às vezes você
não tem em uma cidade sequer a dipirona, remédio para diabetes, remédio para
pressão alta, remédios que são importantes para garantir que a população do
estado de São Paulo tenha uma garantia, minimamente, de poder se tratar.
E, agora, o
governador Tarcísio quer privatizar, vender essa empresa tão importante para o
estado de São Paulo, que é a farmácia que produz remédio popular. Hoje, a Furp
consegue criar um processo de equilíbrio, porque quando os principais
laboratórios no Brasil colocam os remédios para venda, quando você tem uma
empresa como a Furp, uma empresa pública, uma empresa responsável pela produção
de remédios no estado de São Paulo, ela equilibra, inclusive, o valor dos
preços dos remédios no estado de São Paulo e em todo o Brasil.
Agora vai ser
para os laboratórios, hoje, privados - e quando falamos em laboratórios
privados, nós estamos falando dos principais laboratórios que são empresas
constituídas internacionalmente.
Se a gente
pegar os laboratórios hoje que produzem remédios no estado de São Paulo, todos
eles são empresas multinacionais que estão aqui no Brasil já há muito tempo e
agora vai ser mamão com açúcar perder aquela empresa que faz o controle,
inclusive, de preço dos remédios no estado de São Paulo.
E é isso que o
governador Tarcísio está fazendo: uma extinção de uma empresa importante para o
desenvolvimento do nosso País, do nosso Estado, dos nossos municípios, porque
ter remédio hoje, para que a população possa se tratar, possa acompanhar ali o
seu tratamento médico, é fundamental para o desenvolvimento do Estado.
Não adianta o
governador falar que não: “Não é uma extinção, nós estamos fazendo um movimento
que é para fortalecer, para melhorar a Furp, vai passar para o Instituto
Butantan”. O Butantan, a infelicidade é a questão das vacinas, e a Furp é a
questão dos remédios.
No projeto de
lei ora apresentado, não tem uma vírgula que fala sobre o fortalecimento, sobre
o investimento em equipamento, de retomada da fábrica de Américo Brasiliense,
de ampliar a Furp em Guarulhos. Não tem uma vírgula no projeto que fala da
expansão e da modernização da Furp no estado de São Paulo. Não tem. Então, na
verdade, a prática é extinção.
E outro dia,
ouvindo aqui nos corredores, foi dito assim: “Não, nós vamos colocar ali, vamos
tirar o item que fala de você vender os ativos, de você poder vender os ativos,
depois nós mandamos um outro projeto de lei aqui para a Casa, podendo alienar o
ativo da Furp”. Olha onde é que está o golpe que o governador Tarcísio vai
querer fazer no próximo momento.
Tenta aprovar e
passar para o Instituto Butantan, nesse projeto, porque retirou a questão da
alienação dos imóveis, e, na sequência, com certeza, vai mandar outro projeto
para a Assembleia Legislativa apresentando e aprovando a possível alienação,
hoje, do imóvel e das áreas da Furp, o que está acontecendo em todas as áreas.
No Instituto,
se você pegar hoje, o governador Tarcísio tem cobrado que todas as secretarias
do estado de São Paulo têm que passar quais são as áreas que serão vendidas.
* * *
- Assume a
Presidência o Sr. Carlos Cezar.
* * *
Por isso que a bancada
do Partido dos Trabalhadores, nós, estamos indicando o voto contrário. Nós
somos contra o projeto apresentado pelo governador Tarcísio, porque não resolve
o problema do servidor público, não melhora o fortalecimento da Furp, que vai
vender uma empresa importante que é a Furp no nosso estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O PT vai votar
contra esse projeto que desmonta a Furp no estado de São Paulo.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Tem pela
ordem o deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, com a sua anuência,
como vice-presidente da Bancada do PL, indicar o Paulo Mansur para encaminhar
pela bancada.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É
regimental. Tem o deputado Paulo Mansur o tempo regimental para encaminhamento.
Tem pela ordem a deputada Thainara
Faria, enquanto o orador se dirige à tribuna.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Muito obrigada,
nobre presidente Carlos Cezar. Só para também, em seguida do deputado Paulo
Mansur, indicar a nobre Professora Bebel para encaminhar pela Minoria. Farei no
momento oportuno novamente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Ok,
deputada. No momento oportuno. Bem rapidinho.
O
SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Pela ordem,
deputado Tomé Abduch.
O
SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - Eu peço desculpas,
deputado Paulo Mansur. Eu só queria, rapidamente, fazer uma declaração de voto
favorável no método de votação. Eu acabei votando, mas, por algum motivo, a
minha digital acabou não passando, e eu não percebi. Então, só fazer a minha
declaração de voto favorável ao método de votação do projeto.
O
SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Registro a
declaração de voto favorável do deputado Tomé Abduch. Tem a palavra, para
encaminhamento, o deputado Paulo Mansur.
O
SR. PAULO MANSUR - PL
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente Carlos. Cumprimentar todos os
parlamentares aqui presentes. Cumprimentar também o Parlamento Jovem da Câmara
de Vereadores da cidade de Itatinga, que está presente aqui no Parlamento,
jovens que foram lá entender mais sobre política, e isso me orgulha, saber que
há garotos aí de 11, 12 anos, 14 anos querendo saber sobre política.
A Furp vem
registrando um déficit anual de 395 milhões de reais. Não vai se vender nenhum
imóvel da Furp, é bom deixar bem claro isso. Não será demitido nenhum
funcionário da Furp. Pelo contrário, vai ampliar investimentos e, hoje, nós
temos 300 milhões em medicamentos e vamos passar a distribuir um bilhão em
medicamento por ano, um bilhão em medicamento por ano.
Vamos mais que
triplicar o investimento em medicamento no estado de São Paulo. E também é
importante deixar registrado aqui que só juridicamente a Furp deixa de existir,
porque ela vai existir, sim, com o Butantã. Só o CNPJ deixa de existir para,
principalmente, a gente economizar esse déficit de 390 milhões de reais por
ano. Então, essa foi a iniciativa do governador Tarcísio, é tirar o que está
dando prejuízo.
Nós precisamos
cuidar da política como a gente cuida de uma empresa privada. Nós precisamos
realmente cuidar do Parlamento, cuidar do governo como se fosse na nossa casa.
A gente não procura os melhores supermercados, mais baratos, para a gente
economizar em casa.
A gente não faz
tudo para economizar dentro da nossa casa, para não jogar dinheiro fora. É a
mesma coisa que o governador está fazendo dentro do governo, tentando achar o
que dá prejuízo para economizar dinheiro público.
Mas antes de
continuar falando desse assunto da Furp, é importante deixar claro aqui a todos
vocês que hoje faz 100 dias que o presidente Bolsonaro está preso ilegalmente
em casa, 100 dias. Ilegalmente.
E aí eu
pergunto por que o presidente Bolsonaro está preso? Por muitas das vezes eu
pergunto para as pessoas, as pessoas não sabem responder. Falam: “Ah, porque
ele cometeu um golpe de Estado”. Um golpe de Estado sem armamento de guerra,
sem tanque de guerra, sem a polícia militar, sem a polícia civil, sem a
imprensa.
Manifestantes
se reuniram no dia 8 de janeiro e nessa manifestação entraram dentro do
Parlamento impulsionados por invasores do MST que estavam lá. Esses invasores
do MST que estavam lá impulsionaram isso e o próprio Dino, o próprio Dino, das
200 imagens de câmera, ele só demonstrou cinco imagens que estavam no dia 8 de
janeiro. Cadê as 195 imagens, Gil Diniz, das câmeras do 8 de janeiro? Não tem
até hoje.
Então são
narrativas que acontecem contra a direita no nosso Brasil.
A SRA. EDIANE MARIA - PSOL - PARA QUESTÃO DE ORDEM - A gente
está adorando o deputado falar, só que ele está saindo totalmente do tema. E
colocando coisas que não existem, inclusive.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - O tema da Furp.
O SR. LUCAS BOVE - PL - PARA QUESTÃO DE ORDEM -
Presidente, questão de ordem, questão de ordem, presidente. não pode
interromper a fala de um deputado assim. Isso é um desrespeito.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Ela fez uma questão de ordem.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Ela não falou “questão de ordem”.
Ela não pediu, e o senhor não concedeu. Ela não pediu e o senhor não concedeu.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Ela fez questão de ordem. Vamos
lá, vamos lá, nós temos um orador na tribuna. Vamos lá, deputado Paulo Mansur.
Pode continuar,
deputado.
O SR. PAULO MANSUR - PL - Eu comecei falando sobre o tema
da Furp, que eu acho que é muito importante, mas também hoje está acontecendo
algo no Brasil que a gente precisa chamar a atenção, que é os 100 dias do
presidente Bolsonaro, que está preso legalmente na prisão.
E a gente
precisa levantar essa pauta, sim, para a gente, no dia de hoje, pedir anistia
ampla e irrestrita dentro do parlamento da Câmara Federal, para a gente chamar
esse tema de novo para o Brasil. Porque é um absurdo a gente ter um presidente
que está em primeiro lugar nas pesquisas não podendo concorrer agora, em 2026,
para a Presidência da República.
O SR. DONATO - PT - Só uma questão de ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - Questão de ordem tem a V. Exa.,
deputado Donato, uma questão de ordem.
O SR. DONATO - PT - PARA QUESTÃO DE ORDEM - Não, eu só quero que a gente siga a
mesma regra. Eu não tenho problema que ele fale o que quiser na tribuna, mas o
regimento disse que ele tem que se ater ao tema.
Mas, já que ele
não se ateve ao tema, eu espero que o senhor não impeça que outros deputados
também façam o mesmo. Só isso que eu quero deixar registrado para depois não
ter dois pesos, duas medidas. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PL - É justo.
O SR. PAULO MANSUR - PL – Mas, deputado Donato, vocês
sempre saem fora do tema, vocês ficam dez minutos neste microfone, e não falam
os dez minutos da Furp. Não falaram, vocês não falaram.
Então, o que os
deputados do PT fazem, é narrativa. Eles falam, mas não fazem o que falam. É
sempre assim. Então, vamos deixar claro que o governador Tarcísio, dentro do
governo dele, tem conseguido fazer grandes avanços. E um deles é essa votação
para a gente extinguir o CNPJ da Furp, mas não a Furp.
A Furp continua
trabalhando dentro do Butantã, e os imóveis da FURP não vão ser vendidos.
Nenhum funcionário da FURP vai ser mandado embora. Inclusive, vamos ampliar os
funcionários que estão dentro da Furp. É importante deixar claro tudo isso, que
isso o governador Tarcísio fez para ampliar a venda de medicamentos.
São 300 milhões
de medicamentos hoje, por ano, que vão ser ampliados para 1 bilhão a três
bilhões de medicamentos por ano, de um para três. Então vai mais que triplicar
o número de medicamentos por ano. Estou falando, por ano. E hoje a gente tem,
na Furp, um déficit de 395 milhões de reais por ano, cerca de 30 milhões de
reais por mês em prejuízo.
Então a gente
precisa ter respeito ao dinheiro público. E, quando o governador começou a
governar, dentro desse estado de São Paulo, em muitas coisas, ele começou a
seguir o exemplo do Bolsonaro. Porque ele, como ministro do Bolsonaro, aprendeu
muita coisa com ele.
*
* *
- Assume a Presidência o Sr. André do Prado.
*
* *
Então, quando
ele foi viajar para buscar investimento para o Túnel Santos-Guarujá, ele gastou
20 mil reais, em hotel e em passagem, durante uma semana, para buscar
investimento para o Túnel Santos-Guarujá. Totalmente diferente do Lula, que
quando vai, gasta 4 milhões na diária, que é um verdadeiro absurdo. Então, o
governador Tarcísio tem feito esse trabalho técnico...
O SR. LUCAS BOVE - PL - Você me permite um aparte,
deputado?
O SR. PAULO MANSUR - PL - Concedo um aparte para o
deputado Lucas Bove.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Eu queria te parabenizar...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não cabe aparte, deputado,
estamos em encaminhamento.
O SR. LUCAS BOVE - PL - Ah, desculpa.
O SR. PAULO MANSUR - PL - Ah, estamos em encaminhamento.
Então foi essa a minha questão, presidente André do Prado. É um prazer estar
com você aqui.
Um grande
abraço.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Itamar Borges, e deputada Thainara Faria, logo em seguida.
O
SR. ITAMAR BORGES - MDB - PARA COMUNICAÇÃO -
Presidente, eu quero apenas aproveitar esse momento para registrar, com muita
alegria, a presença da prefeita Terezinha, de Américo Brasiliense, acompanhada
do vice-prefeito Mancha, do presidente da Câmara, Maicon, do vereador Diego.
Américo Brasiliense é onde tem a mais
moderna instalação de fábrica da Furp. E a prefeita Terezinha está vibrando com
esse projeto, acompanhando, e com muita expectativa com esse resultado. Queria
que pudéssemos receber a nossa prefeita e a equipe de Américo com uma salva de
palmas e parabenizar por essa conquista. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Seja
bem-vinda, prefeita, vice-prefeito, vereadores, a esta Casa. Com a palavra,
deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Sr. Presidente, eu
gostaria de indicar a nobre Professora Bebel para discutir pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência. Com a palavra, deputada Professora Bebel.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Márcia Lia.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - Para fazer uma
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos, vossa excelência.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Eu
gostaria, primeiro, de parabenizar o pessoal de Américo Brasiliense que está
aqui: a nossa prefeita Terezinha; o Diego; o presidente da câmara, Maicon; o
vice-prefeito. Dizer que Américo Brasiliense precisa da Furp. Américo
Brasiliense não quer que os servidores da Furp sejam prejudicados neste
processo.
Então a nossa comunicação é: nós
precisamos viabilizar. Se não for a Furp, continuar. Porque a gente sabe que o
governador tem maioria. Que a gente dê uma destinação, para aquele prédio, digna,
e que a gente dê uma destinação correta para os servidores que servem lá.
Porque é fundamental que a Furp
continue produzindo medicamento, seja com outro nome, com outro CNPJ, mas que a
população possa ter medicamentos de graça, como sempre foi. E agora,
infelizmente, o governador Tarcísio de Freitas está acabando com a Furp.
Muito obrigada, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra a
deputada Professora Bebel.
A
SRA. PROFESSORA BEBEL - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Boa tarde, Sr. Presidente. Eu cumprimento a Mesa Diretora
de trabalhos, assessores à minha esquerda, à minha direita, Srs. e Sras.
Deputadas, o público que aqui está. Não mais estão os vereadores-mirins, mas
estiveram.
Para nós,
sempre é uma satisfação. Mas estou vendo o presidente do SindSaude, que está
aqui conosco. Satisfação, até para acompanhar um tema que é afeto à área dele,
que é a Saúde, né Gervásio.
Eu quero dizer
o seguinte: eu tenho certeza de que é mais um ataque a um direito público
universal, que é o direito de as pessoas doentes se cuidarem. Veja: nós temos
que fazer um debate de mérito profundo sobre por que a população adoece tanto,
por que precisa estar tomando remédio, todas essas coisas.
A gente sabe
que... Até o Gilmaci veio aqui e falou assim: “explique para mim o que é
pobreza energética”. Pobreza era oriunda do quê? Das desigualdades sociais
pelas quais nós passamos. Talvez se nós não tivéssemos tanta desigualdade
social, né deputada Márcia Lia, a gente até tivesse uma outra perspectiva que
não esta.
Por que nós
estamos mantendo a Furp? Porque há um acirramento de desigualdades sociais. As
pessoas não têm dinheiro para comprar os remédios, aqueles que minimamente são
necessários, como diabetes, pressão alta, que são gratuitos, e outros, que têm
que ser a preço menor, para ter o seu tratamento consolidado. Ora, acabar com a
Furp é acabar com a Fundação da Farmácia Popular. É uma fundação que nós temos,
é algo que salva vidas.
Então falar:
“não, não vai diminuir, não vai...”. Eu dou um exemplo: falaram que os 11 bi da
Educação iam para a Saúde. Foi? Me diga. Não foi. Agora vêm dizer que o
instituto não vai mexer com ninguém, não vai demitir ninguém, e que o Instituto
Butantan vai incorporar a Furp. Não! Não se misturam alhos com bugalhos. Alho é
alho e bugalho é bugalho. Um se dedica, no caso do Instituto Butantan, a buscar
ciência para vacina; e a Furp, por óbvio, ciência para produzir os remédios.
“Ah, mas o
Instituto Butantan tem capacidade para...”. Não se trata de capacidade. Vocês
viram as falas aqui? Olha aqui: 390 milhões... Para quem arrancou 11 bi da
Educação, está chorando com 390 milhões? A ineficiência financeira. Ué, e não
tem competência para gerir? Ou seja, é governador.
Porque a gente
entende que, quando um governador é eleito, ele é eleito para exatamente
resolver os problemas que o outro não resolveu. Quem estava na mesma linha que
o Tarcísio, que ele bateu boca, inclusive discutiu muito com o Rodrigo Garcia,
que era o sucessor do... Aliás, do Doria, está certo? Foi o próprio governador,
desdizendo, inclusive, as políticas implantadas pelo PSDB.
Eu estou
achando estranho, e vou respeitar, mas os votos do PSDB favoráveis a uma
política fazem sentido? Não sei. Mas o mesmo grupo que hoje está votando a
favor da Furp votou contra quando o Doria queria...
É algo que, o
que está por trás disso? Especulação imobiliária? Porque os terrenos valem
muito ali. Então nós estamos diante, gente, não é pouca coisa, de entregar, de
acabar com a pobreza, do direito a se curar. Porque é isso, as pessoas não têm
dinheiro para pagar remédios caríssimos, às vezes, que são produzidos pelas
farmácias, pelos institutos privados, pelas instituições privadas.
Então, por essa
razão, a bancada do Partido dos Trabalhadores, a oposição, todos estamos contra
a extinção da Furp e entendemos que o Instituto Butantan tem que fazer o que
ele faz e a Furp tem que fazer o que faz. O que tem que fazer? Injetar
dinheiro. Isso ele não quer fazer.
Dar dinheiro -
está certo? - para empresários, enfim, isentar empresários, isso ele faz, mas
garantir que a população carente tenha remédio gratuito, isso ele não quer
fazer. Nós estamos diante, desculpe, mas nós estamos diante de um governador
entreguista. Ele nos entrega para a iniciativa privada e acaba entregando todos
os nossos direitos.
Agora eu quero
dar uma dialogada, porque, enfim, a gente apanhou aqui, tomou coisas aqui.
Falar que no golpe de 8 de janeiro quem estava lá era o Movimento Sem Terra, e
não quem estava, que eram os bolsonaristas raiz, é não querer ler a história e
saber da história. Eu acho que é faltar com a verdade. Estão aí todos os vídeos
apresentando isso.
O deputado
subir aqui e levantar um falso testemunho desse, é crível que ele está faltando
com a verdade. Ao faltar com a verdade, nos permite também pedir alguma
explicação por escrito. Como é que ele sabe que os quebra-quebras que tiveram
lá foram do Movimento Sem Terra, quando esses nem estavam lá? Aliás, diga-se de
passagem: os acampamentos e a explosão do caminhão, tudo era o Movimento Sem
Terra?
Assumam o que
vocês fizeram. Foi o método que vocês escolheram: autoritário, não aceitar as
eleições e, ao mesmo tempo, fazer das eleições uma vergonha internacional, que
é isso que vocês fizeram. Vocês que eu falo, estou falando daqueles
bolsonaristas mais... Eu sei que tem pessoas aqui que são bolsonaristas, mas
que respeitam a democracia.
E a democracia,
no caso de assumirmos um poder, é feita pelo voto direto, universal, sufrágio
universal. Então tenho certeza que tem um lado que não concordou, achou que foi
demais, mas tem ainda aqueles que acham que não, aí ficam achando culpado. “Mas
se eu acho que tem culpado, eu acho que...” Está errado. Eles estão achando que
está errado.
Então um
pouquinho de óleo de peroba na cara é bom, porque vai dar um brilho, vai dar um,
se mostrar mais. Porque, da forma como está, desculpe, a gente não pode
trabalhar com... Ele falou narrativa, eu não gosto nem desse termo narrativa.
A gente
trabalha com pontos de vista, é com isso que eu trabalho, é dessa forma que eu
entendo a questão. Então não vou citar o nome do deputado, para ele não pedir
direito de - como é que fala? – resposta; mas quero dizer que ele foi muito
infeliz quando falou de um grupo que jamais faria isso, não faz; quando ele faz
a luta, faz pela terra, dignamente. Eles é que são atingidos, não são os donos
de terra.
Quem leva tiro,
quem morre são eles. Até pouco tempo morriam aos montes aí no campo, pessoas
que iam lutar pela terra. Então, lamentável, deputado. Busque exemplos mais
críveis, porque o de V. Exa. é muito ruim.
Muito obrigada.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para encaminhar pelo PSOL REDE.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Tem o tempo regimental.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr.
Presidente. Deputada Ediane se dirige à tribuna, queria fazer uma breve
comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos V. Exa., deputado Carlos Giannazi.
O
SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL -
PARA COMUNICAÇÃO - Obrigado, deputado André do Prado.
Nós estamos
acompanhando aqui o debate em Brasília e há, em curso, neste momento, uma
tentativa de golpe, uma tentativa de manobra para que a famigerada PEC 38, a
PEC da farsa da reforma administrativa, seja colocada, seja encaminha ao
plenário da Câmara Federal, sem passar pela Comissão de Constituição e Justiça,
sem passar pela Comissão Especial, porque a reforma está perdendo força. Vinte
deputadas e deputados já retiraram as suas assinaturas do projeto original.
Então, há, em
curso, essa tentativa de acelerar a aprovação do projeto pegando carona,
inclusive em outros projetos já tramitando, como a própria PEC 32, aquela PEC
do Bolsonaro.
Então nós
queremos repudiar essa tentativa de ataque aos servidores e às servidoras públicas
do Brasil, aos serviços públicos, à tentativa de privatizar e terceirizar e,
sobretudo, acabar com o funcionalismo público do nosso País, acabando com o
concurso público, acabando com a estabilidade no emprego. É isso o que está em
curso hoje na Câmara dos Deputados. Mas as nossas bancadas estão atentas para
obstruir essa tentativa.
As entidades representativas também e o povo
brasileiro têm que entender que esse ataque, essa reforma administrativa, que é
uma farsa, vai prejudicar, não só os servidores e as servidoras, mas,
sobretudo, quem precisa dos serviços públicos lá na ponta, na Educação, no SUS,
na Assistência Social, quem está atendendo a nossa população e quem é atendido
por ela. Todos serão prejudicados, caso essa famigerada e perversa farsa da
reforma seja aprovada.
Muito obrigado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Carlos Giannazi. Com a palavra a deputada Ediane Maria.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Muito obrigada, Sr. Presidente, bom, hoje chegou aquele dia
que ninguém aqui estava esperando. Queria fazer uma pergunta, porque dá a
entender que o governador Tarcísio de Freitas odeia o estado de São Paulo,
odeia o ponto de que quer acabar com tudo, onde põe a mão, simplesmente acaba,
extingue assim como é a Furp.
Agora, muita
gente fala aqui nesta Casa e, queria chamar atenção para esse ponto, vários
deputados subiram aqui, teve um que subiu aqui só para desinformar. Tem um
programa que é “A Voz do Povo”, “A Fala do Povo”, não sei nem o nome do
programa, mas deveria ser “Desinforme o Povo”, porque só serve para desinformar
as pessoas. Bom, vou me atentar ao tema que é muito sério o que está
acontecendo no estado de São Paulo.
O Tarcísio, não
satisfeito em entregar a Sabesp, agora vai colocar em risco mais uma vez o
remédio. Sabe o remédio que você pega lá na farmácia, vai ao médico, lá na UPA,
na UBS, no Pronto Socorro, você tem direito, todos nós temos direitos? E aí
pergunto para os deputados, será que vocês usam o Sistema Único de Saúde? Será
que os deputados que vão colocar as suas digitais nesse projeto, nesse
retrocesso usam o remédio, a Farmácia Popular? Creio que não, creio que não.
Mas se não
usam, com certeza, a empregada doméstica dele usa; se não usa, com certeza a
babá dos filhos dele usa; se não usa, com certeza o motorista dele usa; se não
usa, com certeza, o porteiro do prédio usa. O que está em jogo aqui nesta Casa
é se mais uma vez, aqueles, os trabalhadores que precisam, precisam do remédio
gratuito servido, que vai lá, que é entregue pelo SUS.
Se esse
trabalhador, se essa pessoa, que muitas vezes, na correria do dia a dia, não
consegue nem sequer ir no médico. Muitas vezes, vai só na UPA, porque lá já vai
fazer o raio-X, vai fazer todo o tratamento ali, porque é o único momento que
ele tem, porque muitas vezes, também, o patrão não libera, nem para ele fazer
um tratamento contínuo.
Agora você
imagina, muita gente... E aí o Tarcísio de Freitas é esse retrocesso, falou que
é o Bolsonaro de terno e gravata e sapatênis, mas não, ele é aquele
bolsonarista radical, ele é aquele que veio para destruir, destruir tudo, tudo
que são programas sociais e aí agora é a Furp.
Então o que
está em jogo nesta Casa... E aí é muito bom que quem esteja em casa neste
momento fique atento aqui à TV Alesp, olhem bem quem vai votar nesse projeto,
porque hoje a Furp atende... Colocaram aqui, são mais de 300 milhões em
medicamentos que são entregues, então 300 milhões de medicamentos são entregues
anualmente.
Agora com o tal
de um... Não tem nenhuma análise, não existe essa análise de que vai entregar 3
bilhões em medicamentos para atender o Brasil inteiro. E aí você olha para o
estado de São Paulo e isso é bem interessante para vocês que estão aí nessas
550 cidades, municípios daqui do estado de São Paulo, que são abastecidos pela
Furp.
Bom, esse
remédio popular vai começar a ficar cada vez mais difícil chegar na farmácia
popular. Para quem faz um tratamento contínuo, como diabetes, sífilis, HIV,
esse medicamento vai ficar cada vez mais difícil.
Só que eu não
sei, gente, eu me pergunto, será que alguém aqui acredita na história da
carochinha? Será que alguém aqui acredita na história do lobo mau? Porque o
Tarcísio virou lobo mau, tudo que ele vê ele quer acabar, ele quer destruir! Ou
seja, e vai sempre nos mais vulneráveis, mais vulneráveis.
Por mais que eu
vi aqui deputado subir aqui em cima, nesse plenário, para distorcer a verdade e
colocar, imputar crimes aqui no MST, nos movimentos sociais que lutam pela
reforma agrária. Onde nós vimos aqui nesta Casa, inclusive, Srs. Deputados, nós
vimos ser entregues as terras devolutas que deveriam ser para a reforma
agrária, para a agricultura familiar, mas não, foi lá para os grileiros.
Ou seja, o que
está em jogo todos os dias... E sinceramente, quando eu cheguei nessa Casa
aqui, eu imaginei, Jorge do Carmo, que nós teríamos uma mudança, que nós teríamos
uma transformação, mas todos os dias, todos os dias quando eu vejo uma urgência
em um projeto do governador, eu já sei que essa urgência nunca foi nem nunca
será para melhorar a vida dos trabalhadores, não é esse o interesse dele.
Ele está
mexendo, inclusive, com esse projeto aqui do remédio popular, inclusive, nos
funcionários, aqueles que não têm, não têm... Eu lembro muito bem quando surgiu
o Dr. Consulta, isso foi lá para meados de 2020, 2019, que começou a vir um tal
de Dr. Consulta.
Eu, naquela época,
porque começaram a sucatear, a acabar... Agora, eu entrando aqui dentro, eu
entendi, é ali que começam, desde 2015, a acabar com a Furp, a acabar com a
entrega de remédio, porque, em um mesmo momento, eles falam que: “Olha, se a
gente entregar para o Instituto Butantan...”, que faz outra coisa, é
especialista em outra coisa. Inclusive, que o Bolsonaro falava que se tomasse a
vacina, ia virar jacaré o povo.
Bom, o
Instituto Butantan fez um trabalho e faz um trabalho que é fundamental, mas não
dá para confundir o trabalho, não dá para confundir as coisas. E aqui, nessa
Casa, estão confundindo os trabalhos.
Agora, deixar
quase 500 funcionários sem emprego, mas para além de tudo isso, deixar 550
cidades, municípios do estado de São Paulo sem medicação, sem conseguir o
mínimo, o básico, que deveria ser o mínimo, mas eu vejo que esta Casa, até o
mínimo eles arrancam todos os dias.
Eles olham para
vocês, trabalhadores, olham para quem usa o Sistema Único... Inclusive, já ouvi
falas horrorosas aqui nesse microfone, que parlamentar não usa o SUS. Eu tenho
muito orgulho de usar o SUS, porque eu usando o SUS, é a minha família usando o
SUS, inclusive em lugares a que nem sequer raio-x chegou ainda, porque,
infelizmente...
Imagina, mais
de 390 bilhões, você que está em casa agora. Mais de 390 bilhões para a Saúde.
O que melhorou, o que melhorou no postinho do seu bairro? Chegou uma UBS nova?
Chegou um pronto-socorro novo? Lá na UBS em que você passa, lá no
pronto-socorro, lá no AME, lá na UPA, chegou um raio-x novo? Não chegou.
Não chegou
porque não é a prioridade. Não é a prioridade. São bairros, são cidades que
historicamente estão sem coisas básicas. Aqui, qualquer um, parlamentar, se
quebrar o pé, torcer o pé, se acontecer alguma coisa, tem raio-x.
A maioria aqui
tem o seu plano de saúde. Ele não precisa do SUS. Ele não precisa da Furp. Ele
não precisa do remédio popular, mas ele olha para você, que precisa, e arranca
de você um direito que deveria ser básico.
O estado de São
Paulo deveria ser exemplo - exemplo! - para o Brasil, mas não. Estão
preocupados com outras coisas. A gente viu aqui, inclusive, esta semana, o
Derrite virar relator de um projeto de Segurança Pública. Ora, ora, será que a
Segurança Pública do estado de São Paulo está tão boa assim? Já sabemos que
não.
Então, é um
negócio tão eleitoreiro, tão politicagem, que a gente olha e a gente está
fadado a ver o mais do mesmo, e não só o mais do mesmo, mas a piora do que já
era ruim.
Então, quando a
gente olha, quando eu olho para esse projeto aqui, eu sei que isso vai impactar
as pessoas que me colocaram nesta Casa. Eu sei que vocês estão arrancando o
direito de as trabalhadoras domésticas terem dignidade. Eu sei que vocês estão
arrancando o direito de a diarista ter dignidade. Vocês estão arrancando o
direito de o pedreiro ter dignidade, ter um remédio.
Por que tanta
raiva? Qual é o ódio que tem no coração dos senhores? O que está acontecendo
com os senhores? Vocês não têm piedade daqueles que não puderam ocupar esta
Casa? Se eles estivessem aqui nesta Casa, com certeza seria diferente.
Então, por
isso, já dizia Carolina Maria de Jesus: “a política tem que ser gerida por quem
já passou fome”, por quem já precisou de casa, porque eles sim vão saber que
medicação não é favor, é um direito.
Esses aqui são
os nossos impostos. Vocês estão tirando o direito de os trabalhadores terem
acesso a um remédio, à dipirona, acesso à cefalexina, à amoxicilina. Vocês
tirando esse direito mínimo. É o básico. Os senhores comem, os senhores bebem,
os senhores têm onde dormir, os senhores têm motorista. Vocês estão arrancando
remédio do trabalhador.
É por isso que
nós, da Federação PSOL REDE, votaremos contra esse projeto, que é um retrocesso
no estado de São Paulo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação o
projeto, salvo substitutivos, subemendas e emendas.
As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados
que forem favoráveis, permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o projeto
e prejudicados os Substitutivos nº 1 e nº 2, itens 2 e 3 do método de votação.
Item 4 - Em votação a subemenda
apresentada no parecer da reunião conjunta de comissões. As Sras. Deputadas e
os Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se encontram.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem. Pela ordem.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar. Eu já havia
pedido pela ordem.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Tem o tempo regimental.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Sr. Presidente,
queria indicar o nobre deputado Barba para encaminhar pela Minoria.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Deputado Teonilio Barba para encaminhar pela
Minoria.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem,
presidente. Para declarar voto contrário ao projeto, da bancada da Federação
PSOL REDE.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Está registrado.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente. As
emendas aditivas que foram votadas foram feitas em acordo com a bancada do PT.
Então nós votamos a favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Isso, agora é
o Item nº 4.
O
SR. DONATO - PT - Foi no item que foi votado.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não, está no Item
nº 4. Agora é a subemenda.
O
SR. DONATO - PT - Eu confundi. Para declarar voto
contrário da bancada do PT.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está
registrado o pedido de Vossa Excelência, deputado Donato.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem,
presidente. Só para entender o que aconteceu aqui. O Partido dos Trabalhadores
e o PSOL não pediram verificação de votação e o projeto está aprovado. É isso?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O Item nº 1
aprovado. Estamos discutindo o Item nº 4 agora.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Quero
parabenizar o Partido dos Trabalhadores então, por não ter pedido verificação e
ter facilitado a vida da base do Governo hoje. Parabéns aí pela consciência em
diminuir e reduzir o tamanho do Estado e melhorar a eficiência do governo. Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o
deputado Teonilio Barba.
O
SR. DONATO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Não cabe aqui,
mas já que o senhor quer trabalhar mais, então vamos aqui. Agora acabou
qualquer acordo com o líder do Governo.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT -
SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados,
primeiro, para alguns deputados bolsonaristas que subiram aqui e disseram que -
não vou citar o nome dele, até porque acho que não vale a pena - quem invadiu
Brasília no dia 8 de janeiro de 2023 foi o MST, o nosso grito para aqueles que
estão lá presos, sendo julgados e condenados, que invadiram Brasília, no dia 8
de janeiro de 2023, é “Sem anistia”.
É isso que nós
temos dito o tempo todo. Nós que defendemos a democracia, nós que defendemos o
Estado Democrático de Direito. Deputado Paulo Mansur, ouça, você que falou aqui
que foi o MST, o nosso grito para aqueles que invadiram dia 8 de janeiro de
2023, quebraram o Poder Judiciário, quebraram o Parlamento, quebraram o Palácio
do Planalto, são os bolsonaristas golpistas, é “Sem anistia”.
É “Sem anistia”
para o presidente Bolsonaro e os generais. É “Sem anistia” para o Grupo 3, que
está sendo julgado agora, e certamente que tinha cuidado da parte operacional,
que era executar a Operação Punhal Verde e Amarelo, que serão condenados, e é
“Sem anistia” e vão para Papuda. É esse o problema que vocês estão enfrentando.
E eu desafiava
aqui, no mandato anterior, deputado Emidio, que eu dizia o seguinte: quando
terminar o governo do presidente Bolsonaro, os deputados bolsonaristas não
terão coragem de colocar o sobrenome do Bolsonaro no sobrenome deles, igual nós
colocamos o do presidente Lula, com exceção de uma deputada, a Fabiana
Bolsonaro, que já adotou o nome, e da deputada Valéria Bolsonaro, que hoje é
secretária - essas duas, sim.
Então eu estou
aqui reconhecendo que você teve coragem, mas eu estou desafiando os outros
deputados bolsonaristas a botar o sobrenome do Bolsonaro no nome deles. Não
terão coragem de colocar, porque sabem da lambança, do mal feito que o genocida
fez para este País.
E, atrás dele,
está indo o governador do estado de São Paulo, que agora libera o Derrite para
ir para lá para ser o relator do projeto da Lei Antifacção, tentando desvirtuar
o projeto do Executivo e colocar o projeto de que no Brasil existe terrorismo.
Gente, quando
se declara que num país tem grupos terroristas, tem órgãos internacionais que
podem intervir em qualquer país, estão homologados na Otan. Por isso que nós
somos contrários a esse projeto que o Derrite está apresentando.
Pior ainda, o
que ele está fazendo, tirando o papel da Polícia Federal, reduzindo o papel da
Polícia Federal e o papel do Ministério Público para facilitar a blindagem ao
banditismo, ao crime organizado que existe no estado de São Paulo, no Rio de
Janeiro e no Brasil.
É essa a missão
que o Derrite está cumprindo lá. Ele poderia ser um deputado, Tomé Abduch, que
fosse para lá um deputado de extrema-direita, porque ele não é de centro. Ele é
de extrema-direita, mas já que é secretário de Segurança, poderia ter achado um
texto que equilibrasse e que desse equilíbrio, que nós temos concordância, que
tem que aumentar a punição para os criminosos, tem que aumentar o tempo de
cadeia, tem que aumentar tudo que tem que ver aqui aumentar.
Mas não dá para
você reduzir o papel da Polícia Federal, dizendo que a Polícia Federal poderá
intervir desde que o governo de um estado autorize a intervenção da Polícia
Federal, que, enquanto força de segurança nacional, é que representa, é uma das
partes que representa a força de segurança do País.
Quem é que
representa as forças de segurança nacionais? A Força de Segurança Nacional, as
Forças Armadas, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal, mais o
Ministério da Justiça, mais o Ministério Público Federal. Esse é o time que tem
que cuidar da Segurança e que tem que atuar interligado junto com os governos
de estado, mas sem pedir autorização, porque a Polícia Federal tem autonomia.
Olha a operação
que foi feita aqui no estado de São Paulo, onde foram desmontados mais de mil
postos de gasolina, várias pessoas presas, sem disparar um tiro e com a
colaboração da Polícia Militar do Estado, da Polícia Civil e da Polícia
Científica do Estado. Isso é o governo pensar uma política de segurança
integrada.
Então,
precisava responder ao bolsonarista Paulo Mansur, que assoma a esta tribuna e
diz que é um absurdo que no dia 8 de janeiro de 2023 quem invadiu o Palácio do
Planalto, quem invadiu o STF, quem invadiu a Câmara dos Deputados e o Senado
foi o MST.
Nós estamos
dizendo que é sem anistia para esse povo. Esse povo vai ser condenado, parte já
estão presos, os que estão sendo condenados agora, garantindo toda a sua
defesa, também com certeza irão para a Papuda ou para algum presídio.
Por último,
aqui olhando a questão da Furp, que também o deputado diz que é uma grande
besteira aqui. Eu até acredito que ele falou que o governo agora vai comprar um
bilhão de reais. Sabe por que vai comprar? Porque ele está propondo a extinção
da Furp e quer comprar na mão do setor privado para dar lucro na mão do setor
privado, que é com o que ele tem compromisso.
O João Doria,
com esse mesmo projeto, era líder da oposição aqui, veio com a extinção do
Instituto Butantan e de várias entidades públicas, eram dez empresas na época:
MTU, Sucen, CPOS, Sabesp, e nós derrotamos. O Itesp, o Itesp está me lembrando
aqui o Caio França, e nós fizemos uma dura oposição, resistimos como sempre, e
o governo acabou recuando.
Agora veio o
Tarcísio com o mesmo projeto. E o Tarcísio quer exatamente entregar tudo aquilo
que pode construir alternativa para a classe trabalhadora ou para os mais
pobres deste Estado, ele quer entregar na mão do setor privado para que seja
obedecida a lei do mercado. A lei do mercado de vocês é: quem tem dinheiro no bolso
e pode vai lá no mercado e compra esse serviço.
Portanto,
trabalhador que ganha salário mínimo ou dois salários mínimos, Eduardo Suplicy,
o senhor, que é o autor do projeto da renda mínima, a quem eu rendo as minhas
homenagens, não consegue comprar serviços no mercado: tem que ser serviços
públicos de boa qualidade fornecidos, assim como a Furp fornece remédios a
custo quase zero para a população de baixa renda, mas para toda a população do
estado de São Paulo e do Brasil.
Foi sucateado
no estado de São Paulo porque o governo do estado de São Paulo deixou de
comprar da Furp, e foi sucateado aqui no estado de São Paulo porque o Governo
do Estado de São Paulo proibiu a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo de
comprar os remédios produzidos pela Furp.
Então, esse é o
Tarcísio, bolsonarista e agora se revelando até golpista, porque diz que vai
disputar as eleições e a primeira, a principal bandeira dele é dar o indulto
para o Bolsonaro, tirar o Bolsonaro da Papuda se o Bolsonaro tiver preso.
Então nós vamos
continuar, e continuaremos a enfrentar esse debate aqui na Assembleia. Mas,
deixando claro, deputado Paulo Mansur, não tem anistia para quem cometeu seus
crimes de dano patrimonial e golpe contra a nossa democracia no dia 8 de
janeiro de 2023, sem anistia.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Para encaminhar, pela
Federação PSOL REDE, Monica Seixas.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputada
Monica Seixas, tem o tempo regimental.
O
SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS - Uma breve
comunicação, Vossa Excelência.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem V. Exa. o
tempo regimental, nobre deputado.
O
SR. TOMÉ ABDUCH - REPUBLICANOS -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado. Deputado Barba, como o senhor me citou, eu
me sinto aqui na liberdade de poder dizer algumas palavras.
Depois de 20
anos de PT, nós temos no Brasil, hoje, mais de 44 mil assassinatos de maneira
violenta. Nós temos mais de um milhão de telefones celulares roubados, 89 mil
estupros, mais de 50 mil estabelecimentos comerciais assaltados, mais de 40 mil
residências invadidas.
Eu quero ver o
que vocês vão explicar para essas pessoas da comunidade que tem o crime
organizado armado, com armas de guerra, que jogam bombas, com drone na
população, quando aquela mãe dentro de casa tem que entregar a filha de 15 anos
para um traficante de drogas, e todos vocês sabem que isso acontece. Quando
aquele pai tem que entregar um filho para entrar para o crime organizado, que
são cooptados pelo crime organizado.
Eu quero ver o
que vocês vão falar para esses milhares de policiais que são mortos todos os
anos por esses vagabundos criminosos que não respeitam a população. E quando
há, deputado Barba, uma operação que mata traficantes, pessoas fortemente
armadas, que sim, são criminosos e com certeza são pessoas que cometem crimes,
que afrontam a sociedade brasileira, sabe o que acontece?
Quando o
presidente Lula foi eleito, nós tivemos uma festa nos presídios, mais de 80%
comemorando, pulando e gritando como se fosse uma torcida organizada em final
de Copa do Mundo.
Então,
desculpem, mas o PT não tem moral nenhuma para vir nesta Casa e falar de
Segurança Pública, num País onde nós vivemos hoje, onde nós temos um presidente
da República que não se levantou para falar de um policial, nada, que quer
indenizar a vítima de parentes de traficantes e assassinos, a qual a população
brasileira não aguenta mais conviver.
Eu bato palmas
aqui para o nosso secretário Derrite, para o nosso governador Tarcísio, para o
Cláudio, no Rio de Janeiro, por ter se levantado, alguém tem que se levantar,
porque se depender do PT, vocês vão passar a mão na cabeça de criminosos para o
resto da vida, que é o que vocês sabem fazer e fazem muito bem.
Muito obrigado,
presidente.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Andréa Werner.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Só para pedir para
registrar o meu voto contrário ao PLC, por favor.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Está registrado
o voto contrário. Com a palavra, deputada Monica Seixas. Deputada Monica,
antes, porém, se me permitir, só registrar a presença aqui do nosso mascote do
Hospital do Amor. Novembro Azul, mês de combate ao câncer de próstata e também
da saúde do homem, uma campanha que estamos fazendo aqui na Assembleia em
parceria com o Hospital do Amor.
Muito obrigado pela presença. (Palmas.)
Com a palavra, deputada Monica Seixas.
A
SRA. MONICA SEIXAS DO MOVIMENTO PRETAS - PSOL – SEM REVISÃO DO ORADOR - Sejam
muito bem-vindos, aos homens da Casa e os que nos assistem. Se cuidem, não só
em novembro, mas o ano inteiro. Mês passado, fiz mamografia aqui na carreta que
estava na Alesp. Tenho histórico de câncer familiar na família, aproveitei para
fazer também. Política boa é importante para todo mundo.
Mas, começando
do final e respondendo à pergunta feita ao microfone, eu vou dizer para as
pessoas das favelas e periferias, dos condomínios, do centro financeiro, que o
secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, do Tarcísio, quis dar o
maior prêmio para o crime organizado no Natal, isentando a Polícia Federal da
sua atribuição de investigação do crime organizado.
Eu vou dizer
que, para a Polícia Federal continuar investigando uma das maiores doadoras de
campanha do Tarcísio, a senhora Maribel Golin, que doou meio milhão e está
sendo investigada pela Polícia Federal por lavar dinheiro para o PCC, será o
próprio Tarcísio quem vai autorizar, segundo a lei do Derrite.
Eu vou dizer
que os mais de 20 policiais presos recentemente, investigados pela Polícia
Federal, inclusive um deles fazia segurança particular do Tarcísio, para ser
investigado e preso, vai precisar da autorização do governador Tarcísio II, o
projeto do Derrite.
Quem é que tem
interesse em tirar o poder da Polícia Federal de combater o crime organizado,
senão aqueles que querem ver o crime organizado forte? Eu vou dizer que, em
meio à investigação da Polícia Federal, que provou que os canaviais do estado
de São Paulo estavam sendo ocupados pelo PCC, o Piai e o Tarcísio promoveram a
maior doação de terra pública do estado de São Paulo.
E a Polícia
Federal, assim como o meu mandato, vai ter um trabalhão para fiscalizar lote
por lote entregue no “Diário Oficial”, para chegar a uma conclusão óbvia: que,
em Ribeirão Preto, está entregando para o PCC.
Eu vou dizer
que a Polícia Federal fez a maior operação de combate ao crime organizado aqui
no estado de São Paulo sem matar nenhuma pessoa na Faria Lima E isso incomodou
o Sr. Guilherme Derrite, que matou centenas nas favelas e periferias do estado
de São Paulo.
É isso que eu
vou dizer: quem tem interesse em diminuir a fiscalização da Polícia Federal e
as suas atribuições é que tem interesse de proteger o crime organizado. O crime
organizado que não atua só nas favelas e periferias. O crime organizado que
está no mercado financeiro, que está nos condomínios, que está na Faria Lima -
é isso o que eu vou dizer - e está intrinsecamente ligado à política.
Veja Caio
Castro, que semanas antes da operação contra o Comando Vermelho estava agarrado
no TH Joias, etc. e tal, que era do crime organizado, e estava, junto com o
governador, para cima e para baixo. É isso o que eu vou dizer. Não adianta
malabarismo político para entregar o Estado para o crime organizado e para os
negócios.
Agora há
pouco... Desculpa, gente, estou um pouco doente hoje. Até por isso, vou pedir
desculpa aos trabalhadores da Furp também. Eu estou om uma infecção no sistema
digestório.
Estou um pouco
lenta, falando devagar. Eu acho que por isso, também, o erro da votação. A
gente já vai documentar à Casa para mudar o nosso voto, que é contrário à
matéria, e vamos seguir obstruindo aqui, enquanto a matéria existir.
Mas, hoje de
manhã, eu recebi um prêmio da APqC, Associação de Pesquisadores do Estado de
São Paulo. Uma honraria, junto com a deputada Beth. Entre as tantas que
coleciono - ainda bem -, essa me emocionou muitíssimo, porque, vinda dos
pesquisadores científicos, demonstra que a gente está fazendo um trabalho
certinho, preocupadinho com a Ciência, olhando para dados, estatística, fazendo
a proteção, e casando a política com a Ciência.
Quando a gente
estava conversando com os pesquisadores científicos, eles me falaram que o Sr.
Piai está vendendo até as áreas de Pesquisa do estado de São Paulo. E está
vendendo na surdina. As pessoas estavam me falando que estava oferecendo para
os vizinhos, antes de colocar em leilão, uma coisa debaixo dos panos.
A quem
interessa abrir mão de uma fábrica de medicamentos num momento em que tudo está
mudando devido à crise climática, em que a gente vai passar por tantas outras
epidemias, pandemias, etc.? É estratégico, para o estado de São Paulo, ter a
sua fábrica de produção de medicamento.
“Ah, mas dá
prejuízo”. Sim, Mansur! Descobriu agora que a Saúde dá prejuízo, que é
investimento? Descobriu agora que é obrigação do Estado? Não tem aparte no
encaminhamento. De novo, deputado? Eu posso te explicar o Regimento depois.
Descobriu agora que o Estado precisa investir na Saúde, que faz parte do
investimento?
Sabe quanto
falta o senhor descobrir, se a gente falar de boa gestão? Os tri, já está quase
na casa dos tri o que o governo Tarcísio abriu mão para a indústria
farmacêutica. Aí não é prejuízo? Aí é investimento? Quanto? Quanto?
O governador
está dando - dando! - para os empresários da indústria farmacêutica. Isso sem
falar do roubo de um bilhão da Ultrafarma que foi encontrado. Mas quanto o
governador está dando? (Manifestação nas galerias.)
Aí não é
prejuízo, é investimento? Investimento no bolso dos senhores que fraudam a
receita do estado de São Paulo, dos senhores que fraudam a Fazenda, dos
senhores que vão lucrar com o medicamento que falta no postinho. A Furp é
investimento em Saúde.
“Ah, mas vai
passar para o Butantan”. Pobre Butantan. Nós sabemos o que passamos com o
Butantan. Doria quis extinguir, já tratou como despesa, prejuízo, “não queremos
ver”. Aí a gente teve que ir lá e batalhar.
O orçamento do
Butantan está legal, e eles têm a possibilidade de ampliar e a necessidade de
ampliar a fabricação de vacina. Está exportando o Butantan. Que legal, precisa
mesmo ampliar. Mas agora vai tirar o recurso do Butantan para manter a operação
da Furp.
Isso é
obrigação do Estado: não deixar faltar medicamento no postinho faz parte do
investimento na Saúde. Sabe quanto o Governo do Estado de São Paulo... Esse aí
que é bom gestor, hein? Esse bom gestor aí não passaria em nenhuma das piores
universidades particulares que só querem o dinheiro da mensalidade em São
Paulo. Ele vai dar 84 bi de benefício fiscal. Tem que administrar como
administra a sua casa? Duvido que você vá administrar a sua vida pedindo que as
pessoas deixem de te pagar o que devem. O governador vai perdoar 84 bi.
Sabe quanto é
da Saúde? Trinta e sete. Sabe quanto é da Educação? Trinta e três. Sabe quanto
é dos dois juntos, Saúde e Educação? Setenta bi. E ele vai abrir mão de oitenta
e quatro. Como é que você administra a sua casa assim? Você vai abrir mão de
receber mais do que metade do valor que você tem para receber.
E vai investir
o mínimo na sobrevivência da sua família? Não, a gente não administra o Estado
como administra uma empresa, porque o Estado serve para o bem-estar social,
para cuidar de quem precisa. E quem precisa vai ficar sem o Hospital do Amor
bonitinho, do elefante azulzinho aqui atrás. Quem precisa vai ficar sem a
escola pública, quem precisa vai ficar sem o medicamento, enquanto para a
Ultrafarma vão bilhões de benefício fiscal.
Vocês não têm vergonha
de tirar dinheiro assim do remédio das pessoas, do SUS, da merenda, da escola
pública, assim como não têm vergonha de ter um governo que beneficia o crime
organizado com doação de terra? Não têm vergonha de ter um secretário de
Segurança Pública que defende o crime organizado?
Anistia, a
anistia. Defenderam para o PCC, aqueles que estão com o Derrite agora,
defendendo o seu famigerado projeto anti-facção. É anistia para bandido isso
aí. Enquanto isso, o povo de São Paulo vai ficando desassistido.
Eu repito isso
toda hora: Estado mínimo só para pobre, para favelas e periferias, aonde o
remédio da Furp não vai mais chegar, onde a escola pública vai virar
militarizada, onde o postinho não vai ter médico, onde não tem mais cirurgia de
pedra nos rins, porque não tem investimento - isso aí é Estado mínimo.
Agora, para os
senhores do dinheiro, 84 bi de benefício fiscal, sem nenhuma transparência,
porque eu tive que suar e ir pedir para a Justiça, no Ministério Público, para
acessar o benefício fiscal da indústria farmacêutica.
E eu aposto que
todo mundo que está votando aqui, repetindo os 300 milhões de não sei o quê,
que a Furp dá, não sabe quanto o governador dá para a indústria farmacêutica.
E por que a
Ultrafarma precisa de mais investimento público do que a Furp, me explica? Por
que a Eurofarma precisa de mais investimento público do que a Furp, me explica?
Por que a indústria farmacêutica privada precisa de mais dinheiro público do
que a Furp, me explica? Porque a vontade é de negar ao povo que precisa do
serviço e do atendimento público.
Obrigada.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputada Monica Seixas.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela bancada do
PT, Dr. Jorge do Carmo e deputada Beth Sahão.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem o tempo
regimental V. Exa. para compartilhar.
O
SR. ORTIZ JUNIOR - CIDADANIA - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Ortiz Junior.
O
SR. ORTIZ JUNIOR - CIDADANIA - Para uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos Vossa Excelência.
O
SR. ORTIZ JUNIOR - CIDADANIA - PARA
COMUNICAÇÃO - Olha, eu acho que é importante chamar a atenção para um fato,
aqui, que eu acho que pouca gente manifestou nas suas explanações.
Eu concordo que
há uma série de questões importantes que devem ser debatidas acerca da
fabricação e da entrega de medicamentos nos municípios, mas eu vejo muita gente
dizer sobre a crise do Sistema de Saúde nos municípios e a falta de raio-x, a
falta de medicamento, a falta de estrutura na atenção básica.
Mas eu queria
lembrar a origem dessa crise toda na Saúde, sobretudo na atenção básica. Na
pactuação do SUS, são os municípios responsáveis pela atenção básica. Então,
tudo o que é fornecido num posto médico, numa Estratégia de Saúde da Família,
numa Unidade Básica de Saúde, a responsabilidade é do município, com o custeio
do governo federal.
E eu acabei de
puxar aqui a tabela SUS de 2025 de financiamento do governo federal. E chamam a
atenção alguns números impressionantes. Eu queria dar um exemplo; aliás, dois
exemplos importantes. O governo federal paga R$ 1,03 para um eletrocardiograma
realizado em uma unidade móvel de emergência.
Significa dizer
que, no Samu, em uma unidade avançada, quando há um problema sério, em um
atendimento médico dentro da unidade, e é necessário fazer um
eletrocardiograma, às vezes para avaliar as condições e fazer o monitoramento
do coração, para comunicar ao hospital para onde esse paciente vai ser
deslocado, esse procedimento dentro da viatura, que é uma viatura de alta
complexidade, no Serviço Móvel de Urgência e Emergência, no município, Samu, o
governo federal paga R$ 1,03.
Nós tivemos uma
pandemia em 2020 e 2021 que gerou uma série de sequelas em pessoas que não
conseguiram se recuperar, não conseguiram restabelecer a capacidade pulmonar,
respiratória, adequada. O governo federal paga, na tabela SUS de 2025, com
financiamento, uma fisioterapia de reabilitação respiratória pulmonar, de
recuperação pós-Covid, R$ 20,00.
Então, na
verdade, a responsabilidade por essa falta de custeio é de todos.
Desde 2002...
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para concluir, deputado Ortiz.
O SR. ORTIZ JUNIOR - CIDADANIA - De 2002 para frente, essa Tabela
SUS não é atualizada. Todos os governos, sem exceção, não atualizaram. Governo
Lula, governo Dilma, governo Temer, governo Bolsonaro. Em nenhum momento essa
tabela foi atualizada.
E, para
comparar, o Governo de São Paulo, o governador Tarcísio, fez uma atualização
fundamental na tabela das Santas Casas, em que ela paga três, quatro ou cinco
vezes a Tabela SUS. Foi isso que deu uma sobrevida às Santas Casas do estado de
São Paulo, porque, se dependesse do financiamento do governo federal, nós
estaríamos recebendo ainda um valor irrisório por cada procedimento.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra,
deputado Dr. Jorge do Carmo.
O SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Obrigado, Sr. Presidente.
Boa tarde,
Sras. Deputadas... Boa noite já, Sras. Deputadas e Srs. Deputados. Quero cumprimentá-los,
cumprimentar os assessores aqui presentes. Vou dividir o tempo aqui com a
deputada Beth Sahão.
Sr. Presidente,
volto a esta tribuna para a gente, mais uma vez, alertar ao fato que,
infelizmente, pode acontecer, que é a aprovação desse PLC, porque o tanto que a
gente lutou aqui para garantir que o SUS seja cada vez mais fortalecido...
Aliás, quero prestigiar e agradecer a participação aqui dos representantes do
SindSaúde.
Está lá o
Carlos. Está o presidente. Estão todos representando aqui, apreciando, vendo
exatamente quem, quais são os deputados e as deputadas que dizem que são
defensores da Saúde, que dizem que são defensores do SUS, mas que têm coragem
de votar num PLC para extinguir uma fábrica de remédio, que produz remédio para
melhorar a vida das pessoas, sobretudo para atender aqueles que menos têm
condições, que é remédio barato através da Furp, que tem uma fábrica em
Guarulhos e outra fábrica em Américo Brasiliense.
Enquanto o
governo federal, o presidente Lula, fortalece a “Farmácia Popular” para
produzir mais remédio popular a baixo custo para as pessoas terem acesso, o
governador entreguista Tarcísio de Freitas, além de entregar todas as empresas
que a gente já falou aqui, já citamos aqui - eu citei em outra oportunidade, e
os colegas que me antecederam -, entrega o patrimônio do povo paulista a preço
de banana, quando não extingue. Extingue, privatiza ou cede em concessão. Ou
extingue.
Ou seja, é
querer um Estado mínimo. Um Estado que não precisa administrar nada. Não sei
para que tem que ter governador, se não quer administrar nada. Se não tem
competência para administrar, se não quer administrar, deixe que outro
administre. Deixe que outro venha administrar este estado.
O que não dá é
a gente ver aqui deputadas e deputados que dizem que são defensores da Saúde,
que dizem que estão do lado do povo, mas na hora de votar têm coragem de
colocar as suas digitais em um projeto tão maldoso quanto esse... E por aí vai.
Quando a gente
fala das privatizações, já foi falado aqui da CDHU, já foi falado aqui das
concessões das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, todas entregando para o
patrimônio privado, todas cedendo em concessão.
Mas primeiro
faz o investimento. Primeiro pega o dinheiro público, o dinheiro nosso, o
dinheiro dos trabalhadores, dos pagadores de imposto e melhora o serviço
público. Primeiro deixa sucatear, depois coloca recurso público para justificar
as concessões.
É sobre isso
que estamos falando aqui, não dá para a gente dizer, “olhe, está bom, vai
passar para o Butantan”. O Butantan produz vacina, o Butantan é outra vocação,
não é a vocação de remédio barato, é a vocação de pesquisa e vacina. Então é
preciso que a gente entenda... “As emendas foram acatadas, reduziu danos”, mas
a extinção é dano de qualquer jeito, é prejuízo de qualquer jeito para o povo
paulista.
Então por essa
e tantas outras razões que nós não vamos concordar com essa extinção e nós
vamos votar aqui e denunciar quem votou a favor, quem concordou com isso, para
que quando ele for lá na sua casa, no seu bairro, na sua cidade pedir voto para
você - você que está me ouvindo, me assistindo - pergunte para ele como é que
votou, pergunte para ela como votou, como que ela votou aqui as entregas do
patrimônio seu, meu, nosso e de todo povo paulista.
Então, meus caros
colegas, estamos aqui denunciando, denunciando, porque nós não queremos que o
patrimônio do povo seja entregue, como foi o da Sabesp, como foi de todas as
outras empresas, como foi o corte na Educação, deputada Professora Bebel, como
são as maldades que são feitas aqui por esse governo. Então por essa e outras
razões que nós vamos votar contrário à aprovação desse PLC, que é o PLC nº 49,
de 2025.
E agora vou
passar a continuidade do meu tempo para a deputada Beth Sahão.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Se eu puder fazer uma comunicação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Depois que o
deputado finalizar o encaminhamento, deputado Paulo. Não podemos agora abrir
comunicação no meio de encaminhamento.
Porque não sei
se vocês sabem, mas quando falam que vão transferir para o Butantan, na
verdade, não vão transferir para o Butantan, não é para o Instituto Butantan, é
para a Fundação Butantan, que é privada, que é uma fundação privada. Por isso
mesmo que é preciso ver com muita desconfiança esse projeto de extinção da Furp
que está sendo votado aqui hoje.
É uma pena, de
uma empresa que produz, neste momento, depois de anos, anos e anos de
sucateamento, porque foi isso que esse governo e o governo passado também
promoveu, o governo João Doria, e agora para concluir ainda mais o trabalho, o
governo Tarcísio sucateando as estruturas, mesmo assim a Furp produz 400
bilhões de unidades de medicamentos por ano, com capacidade para produzir, se
tivesse investimento, se fosse levada com seriedade, se fosse levada com
respeito, poderia produzir três milhões de unidades por ano de medicamentos que
chegariam, que chegam e deixarão de chegar à população que mais precisa, de
forma gratuita.
Isso é o que
está em jogo, é essa falta de importância e de compromisso que o governador
Tarcísio tem com a população mais pobre. Essa população que muitas vezes deixa
de comprar uma medicação, porque não tem recursos para isso, quando sai, às
vezes, com uma receita na mão para comprar um medicamento, precisa buscar
aquele medicamento que é gratuito e quando não encontra, às vezes, deixa de se
tratar e quantos e quantos casos a gente acompanha nesse sentido, porque ela
não tem dinheiro para comprar esses medicamentos?
E agora, de uma
forma estúpida, de uma forma que demostra a falta de respeito, a falta de
compromisso, a falta de cuidado com essa população mais pobre, o governador manda
a extinção da Furp e mais do que isso, não é só a extinção da produção de
medicamento.
Eles tiraram,
como eu disse na semana passada, o Art. 4º, que colocaria alienação dos imóveis
da Furp, que é um imóvel extremamente valorizado na cidade de Guarulhos, de 200
mil m², são 20 hectares, com 40 mil metros de área construída, dizendo que isso
não será privatizado.
Quem nos
garante que isso não será privatizado? Quem nos garante que, daqui alguns dias,
o governo mande para esta Casa um projeto para comercializar esse imóvel? Eu
não duvido nada, eu não duvido mais nada desse governo, porque é um governo que
para ele, tanto faz ter Saúde da população, porque eles não estão incomodados
com isso.
E apenas para
poder rebater aqui algumas pessoas que ocuparam a tribuna ou o microfone de
aparte, em relação àquilo que o governo federal manda, então vamos pegar aqui
um exemplo, por Equipe de Saúde da Família, que é o ESF, aquelas equipes que
têm lá cinco, seis pessoas para fazer visita, deputado Donato, nas casas, o governo
federal manda, por mês, de 12 a 34 mil reais por equipe. Se uma cidade tem dez
equipes, ela pode chegar a receber 340 mil reais ao mês para custear essas
equipes de estratégia da Saúde da Família.
Na UPA, que é
Unidade de Pronto Atendimento - que grande parte das cidades acima de 50 mil
habitantes, de 60 mil habitantes têm -, o governo federal manda de 1 a 3
milhões de reais ao ano, o que é uma quantia extremamente significativa, capaz
de dar um atendimento digno para a população e mais do que isso, as Equipes de
Estratégia de Saúde da Família trabalham preventivamente. Portanto, apenas para
fazer aqui uma referência ao compromisso que o governo federal tem.
Para concluir,
Sr. Presidente, na semana passada, apenas na minha região, foram distribuídos mais
de 120 kits de telesaúde, de telemedicina, de teleconsulta, seja o nome que
for, para cidades pequenas que vão ajudar, e muito, as prefeituras, as unidades
básicas de Saúde a colocar, ofertar para a sua população médicos especialistas,
que poderão dar o atendimento, aliás, que irão dar o atendimento através desses
kits de telemedicina. Só no Brasil, são quase mil municípios que estarão
recebendo esses kits.
Isso é apenas
um exemplo para dizer do compromisso que o governo federal e o Ministério da
Saúde têm para com a Saúde da população, diferentemente do governo Tarcísio,
que não quer nem saber, sobretudo se essa população se trata dos mais pobres.
Muito obrigada,
Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Em votação a
subemenda apresentada no parecer da reunião conjunta de comissões. As Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis, permaneçam como se
encontram.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Aprovada a
subemenda, prejudicada as emendas de nº 1 a 3 e de 5 a 7. Pela ordem o deputado
Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para uma verificação de votação.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental o
pedido de V. Exa., deputado Donato. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, vamos
proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico.
A partir deste momento, estamos fazendo
soar o sinal intermitente por quatro minutos, para que as Sras. Deputadas e os
Srs. Deputados que não se encontram em plenário tomem conhecimento da votação
que se realizará.
* * *
- Verificação de votação
pelo sistema eletrônico.
* * *
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Paulo Fiorilo.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Cabe agora a minha
comunicação?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim, dois
minutos para Vossa Excelência.
O
SR. PAULO FIORILO - PT -
PARA COMUNICAÇÃO - Muito obrigado, Sr. Presidente. Sr. Presidente, eu acho que
é oportuno o debate aqui sobre essa questão da Furp e eu queria agregar uma
outra informação importante.
Eu estive
agora, recentemente, na região de Araçatuba, mas tenho ido em outras regiões
também, e eu tenho visto as obras do governo federal, do governo Lula na Saúde,
a construção de UBSs, de Caps. Eu tive, por exemplo, em Araçatuba, duas UBSs,
no valor de cinco milhões uma delas, a outra muito próximo, que estão sendo
construídas. E, por acaso, eu não vi nenhuma, mas nenhuma obra do governo
Tarcísio para as prefeituras do interior, nenhuma, o que tem é promessa.
Então, assim,
os prefeitos indicaram três prioridades, três, aí o governador escolheu uma,
nem sempre é a primeira, às vezes é a segunda, às vezes é a terceira, mas ainda
não começaram. Hoje eu disse isso na Comissão de Finanças e teve deputado:
“Não, em Buritama estão construindo escolas”. Bom, eu fiz uma referência
específica à questão da Saúde, que é uma questão grave.
Por fim, mas
não muito menos importante, quando visito as Santas Casas, eu pergunto da
Tabela SUS Paulista. É uma coisa de louco. Aliás, a gente tem que fazer um
debate sobre isso. Sabe qual é o chapéu que o Tarcísio está usando? Os repasses
que ele já fazia. Aí ele botou para fazer agora a Tabela SUS Paulista e obriga
a Santa Casa a produzir mais para poder receber. Parece ser coerente, né?
A Santa Casa
tem um baita déficit, algumas de dois milhões por mês, e o governador impede,
inclusive, que se utilize o repasse a mais para poder sanar esse problema.
Pior, né? Porque aí, se a gente faz emenda, a secretaria diz: “Não, tem que
também aumentar a produtividade”. E terceiro: uma parte do dinheiro das emendas
é do governo federal, do governo Lula.
Então, assim,
usar o chapéu dos outros para fazer esse tipo de coisa? E o pior: não resolver
o problema da Saúde. Ao contrário. Então acho que a gente deveria aprofundar
esse debate da Tabela SUS trazendo aqui as Santas Casas para dizerem quais são
as agruras que elas vivem.
Muito obrigado,
Sr. Presidente.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - Pela ordem,
presidente. Posso aproveitar a oportunidade?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim, dois
minutos, enquanto tem dois minutos ainda para os deputados virem ao plenário.
O
SR. LUCAS BOVE - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Obrigado, presidente, pela gentileza. Não vou nem utilizar os dois minutos.
Eu só queria cumprimentar a Casa de
Carnes Camacho, que é da região de Promissão, em São Paulo, que conquistou -
estou aqui, recebi em primeira mão - o título de Registro Artesanal, do Sisp,
dos produtos de origem animal aqui do estado de São Paulo.
É muito importante, porque esse
registro facilita a vida do produtor rural, principalmente do produtor rural
que tem os seus produtos de origem animal artesanais. Isso faz com que eles
tenham mais facilidade nas vendas, atendam novos mercados e, principalmente,
mostrem para o consumidor que eles seguem regras sanitárias.
Mais um baita programa da Secretaria de
Agricultura e Abastecimento comandada pelo secretário Piai, obviamente sob o
guarda-chuva do nosso governador Tarcísio. Mais um golaço para o agro do estado
de São Paulo, que segue mais forte do que nunca.
Parabéns para o Grupo Casa de Carnes
Camacho, lá de Promissão, e a todos os pequenos grandes produtores artesanais
do estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Lucas Bove.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Pela ordem, presidente. Só para dar aqui uma boa notícia, que felizmente, na
reunião de líderes da Câmara dos Deputados, foi decidido o adiamento da votação
do recurso ao PL 399, que regulamenta o cultivo de cannabis medicinal no
Brasil.
Hoje mais de 800 mil brasileiros fazem
uso da medicação sem que o Estado assuma qualquer responsabilidade. Então é
imprescindível que haja participação de muitas pessoas nesse debate, dos
representantes do povo. O projeto está parado há cinco anos na câmara e é
importante que avance também no Senado, a fim de que se aprimore o que for
fundamental.
Então eu, como vice-coordenador, junto
com o coordenador, deputado Caio França, em defesa da cannabis medicinal e do
cânhamo industrial, avalio que é uma boa notícia, até porque muitos
parlamentares estão no Congresso da COP, em Belém, e é preciso que haja a
participação do maior número de parlamentares possível por ocasião da votação desse
projeto de lei.
Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Obrigado,
deputado Eduardo Suplicy.
Tendo transcorrido os quatro minutos, o
sistema eletrônico ficará aberto agora para que as Sras. Deputadas e os Srs.
Deputados votem “sim”, “não” ou registrem abstenção nos terminais dispostos em
suas mesas.
A
SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PSB em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSB em
obstrução.
O
SR. MILTON LEITE FILHO - UNIÃO - Pela ordem,
presidente. União Brasil em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - União Brasil
em obstrução.
A
SRA. EDIANE MARIA - PSOL - Pela ordem,
presidente. Para colocar a Federação PSOL REDE em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSOL
REDE em obstrução.
O
SR. PAULO CORREA JR - PSD - Pela ordem,
presidente. Para colocar o PSD em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PSD em
obstrução.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem,
presidente. Para colocar a Federação PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação
PT/PCdoB/PV em obstrução.
O
SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem,
presidente. Para colocar o Republicanos em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Republicanos
em obstrução.
O
SR. ROGÉRIO NOGUEIRA - PSDB - Colocar a Federação
PSDB Cidadania em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Federação PSDB
Cidadania em obstrução.
O
SR. CARLOS CEZAR - PL - Colocar o Partido
Liberal em obstrução.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - PL, Partido
Liberal, em obstrução.
Não havendo mais deputados interessados
em fazer o seu voto pelo sistema eletrônico, passaremos agora para que as Sras.
Deputadas e os Srs. Deputados possam assim fazer pelos microfones de aparte.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Nós estamos votando as emendas
que retiram o § 4º, que impede a venda dos imóveis e também que facilita a
contratação dos funcionários pelo Butantan. Nesse sentido, nós votamos “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Sim, essas aí
foram duas emendas que, através das audiências públicas e no congresso de
comissões, foram emendas que foram acatadas.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputada Thainara Faria.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Apenas lembrando que,
também, a partir das audiências públicas do congresso que nós tivemos, mas
também um diálogo com a liderança do Governo, através da liderança da Minoria,
liderança do PT, essas emendas foram construídas por nós. Por isso, também,
voto “sim”.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Exatamente,
deputada Thainara Faria. Até para mostrar que, como foi dito algumas vezes aqui
que as audiências públicas não acatavam nada, que não estavam atendendo nada, e
essas duas emendas foram oriundas das audiências públicas.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Gil Giniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Presidente, é duro ver
o PT votando conosco aqui.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Como vota o
deputado Gil Diniz?
O
SR. GIL DINIZ - PL - Geralmente, nós
votaríamos “não”, contrário do PT.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Como vota,
deputado Gil Diniz?
O
SR. GIL DINIZ - PL - O Caio França votou
“não”, presidente, mas eu vou votar “sim”, conforme a liderança do Governo.
A
SRA. BETH SAHÃO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Porque, como nós somos uma bancada civilizada e que respeita os
acordos, nós fizemos um acordo que é melhor - pelo menos nessas emendas - para
esse projeto e para todos os servidores da Furp. Por isso a gente vai votar
“sim”.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pedir para o
pessoal da base permanecer, porque nós temos mais uma votação, que são as emendas,
depois, que votaremos talvez para rejeitar.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Dr. Jorge do Carmo.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Em razão de serem
acatadas as nossas subemendas apresentadas e construídas pela nossa bancada, eu
voto “sim”, Sr. Presidente.
O
SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Que bom que haja
diversas ocasiões em que possamos nos unir votando da mesma maneira.
O
SR. PAULO FIORILO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para além das audiências públicas, é preciso registrar o papel que
o governo federal teve nessa discussão e na inclusão dessas duas emendas. Se o
líder ainda não sabe, eu quero informá-lo.
O
SR. MARCELO AGUIAR - PODE - Quero fazer minhas
as palavras do nobre deputado Suplicy, que nós vamos votar juntos. E quero
fazer um apelo para o deputado Caio França: que possa refletir melhor, mudar o
seu voto, pelo bem dos funcionários. Por favor, deputado Caio França, mude o
seu voto, por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - O deputado
Caio França já queria ir ao microfone alterar o seu voto, que votou de maneira
errada e com certeza vai alterar o seu voto.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. A única coisa boa que existe nesse projeto foi o que nasceu da
audiência pública, que é a supressão do Art. 4º e a retirada da venda do
patrimônio.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Não havendo
mais deputados interessados em consignar o seu voto, pergunto se algum dos Srs.
Deputados e das Sras. Deputadas gostaria de alterar o seu voto.
Passaremos então agora à proclamação do
resultado. Votaram “sim” 71 deputados. Mais este presidente, 72 votos, quórum
que aprova o Item 4.
A
SRA. THAINARA FARIA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Para indicar a deputada Márcia Lia para encaminhar pela Minoria,
por gentileza.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental
o pedido de Vossa Excelência.
Antes, porém, Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V.
Exas. para a segunda sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após
o término da primeira sessão extraordinária, com a finalidade de ser apreciada
a seguinte Ordem do Dia:
*
* *
-
NR - A Ordem do Dia para a 52a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de
12/11/2025.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a
palavra a deputada Márcia Lia.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - Pela ordem,
Sr. Presidente. Há possibilidade de uma comunicação de um minuto?
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pois não,
deputado Gilmaci.
O
SR. GILMACI SANTOS - REPUBLICANOS - PARA
COMUNICAÇÃO - Obrigado, presidente.
Só comunicar à Casa, aos Srs. Deputados
e às Sras. Deputadas presentes que votaremos agora as emendas que nós, em comum
acordo... Também serão rejeitadas.
Então pedir aos deputados que
permaneçam, que teremos aqui os encaminhamentos, assim, regimental, e daqui a
pouco votaremos, ainda que seja na segunda extra, votaremos esse último item
desse projeto, que são as emendas, englobadamente. Então daqui a 30 minutos, se
tiver, se terminar antes, daqui a 40 minutos, votaremos esse último item da
pauta de hoje.
Muito obrigado, senhores.
Pedir aos deputados que permaneçam em
plenário.
O
SR. TEONILIO BARBA - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente. Só para deixar claro para o deputado Gilmaci Santos, o líder do
Governo, comum acordo entre vocês pela rejeição das emendas. Nós vamos declarar
voto favorável às nossas emendas, se não dá a impressão que tem acordo conosco
de todo mundo rejeitar.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a
palavra a deputada Márcia Lia. Depois, na próxima, Gil, já passo a palavra para
Vossa Excelência.
A
SRA. MÁRCIA LIA - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Muito boa noite a todos e a todas, aos colegas, aos
servidores da Casa, ao pessoal da imprensa. Dizer da nossa tristeza, do nosso
profundo sentimento por conta do desmonte que esse Governo do Estado de São
Paulo tem feito aqui no nosso estado.
É muito triste
a gente acompanhar, ao longo dos últimos anos, o desmonte que vem sendo
realizado nas políticas públicas no estado de São Paulo. Agora chegou a vez da
Furp, chegou a vez da fábrica de medicamentos que melhorava o fornecimento de
medicamentos para o povo mais pobre desse Estado.
Enquanto o
nosso governo federal, o governo do presidente Lula, caminha na construção de
políticas públicas para melhorar a vida do povo mais pobre desse País, com Farmácia
Popular, com, cada dia mais, a entrega de equipamentos do Ministério da Saúde
para diminuir o tempo de tratamento do câncer, a exemplo de várias cidades do
estado de São Paulo, deputada Bebel, como por exemplo a sua cidade de
Piracicaba, a cidade de Marília, do nosso querido deputado, que foi deputado
conosco aqui, o Vinícius Camarinha, e tantas outras cidades que têm recebido o
acelerador de procedimentos para diminuir o tempo do tratamento do câncer.
Em várias
cidades do Brasil, e também em várias cidades do estado de São Paulo, o que a
gente vê desse governo Tarcísio de Freitas, desse governo do estado, Donato, é
a destruição das políticas públicas.
Se você olha
para a Educação, é a retirada de recursos da Educação. Se você olha para as
Pessoas com Deficiência, são decretos que tentam fragilizar o atendimento. Se
você olha para os servidores públicos, a exemplo do que nós estamos vivendo,
querido André do Prado, lá no Hospital Nestor Goulart Reis, em Araraquara, que
é um hospital do Estado, e os servidores estão desesperados, porque não
obstante eles tenham salários baixos, tem o vale-coxinha, tem uma série de
situações difíceis.
Eles são
concursados, eles são servidores públicos que prestaram a prova para ingressar
no serviço público e eles estão sendo assediados moralmente por um pessoal que
assumiu a privatização desse hospital, a entrega desse hospital para a
iniciativa privada, para aqueles que não têm interesse nenhum em melhorar as
políticas públicas, mas visam exclusivamente recursos, dinheiro, lucro, e nós
estamos vivendo o desmonte no estado de São Paulo.
É muito triste
a gente saber dos processos que a gente está vendo de corrupção acontecendo no
governo Tarcísio de Freitas. Olha o que aconteceu com aquele pessoal da
Secretaria da Fazenda, que está beneficiando amigos do rei, e entregando
benesses do ICMS para grandes empresas, deputada Beth.
A gente viu
pessoas sendo presas da Farma... isso, e de outras tantas empresas que a gente
tem visto aí, e o buraco é bem baixo. A gente está esperando chegarem as
informações com mais informações, porque a Polícia Federal está no pé, está no
encalço.
A gente está
vendo também a entrega das terras, que na minha avaliação não é competência do
governo do estado fazer reforma agrária, e muito menos entregar terras públicas
que deveriam sim, pela lei de terras desse País, e também penso eu que o
ex-governador Franco Montoro deve ter virado de ponta cabeça no túmulo por
conta do que estão fazendo com aquilo que, para ele, era muito importante, que
era melhorar a vida do povo da roça, através da reforma agrária, para dar
dignidade à família dos nossos trabalhadores rurais.
E tão somente
paga-se 10% do valor da terra nua, para que grileiros, para que grandes
fazendeiros, para que os amigos do Piai tenham as benesses lá no Pontal do
Paranapanema. É muito triste a gente ver famílias de gente simples que produzem
alimentos de qualidade serem despejadas das suas terras, e várias situações,
pelo Itesp, que virou uma imobiliária do governo Tarcísio de Freitas e que está
entregando as terras ao bel-prazer.
A gente está
assistindo tudo isso e a tristeza nos afunda cada dia mais, nos entristece cada
dia mais, nos faz sentir o quão difícil é a gente caminhar na perspectiva da
desconstrução - enquanto a gente vê, no governo do presidente Lula, a gente vê
a construção de políticas públicas, na área da Educação, na área da Saúde.
Ontem eu estive
com o ministro Márcio França, na cidade de Araras. E o ministro fez uma
belíssima explanação das políticas públicas que o governo do presidente Lula
tem feito para que o empreendedorismo e as pequenas empresas possam ter acesso
a crédito com preços módicos, com juros módicos.
E a gente vê,
no Governo do Estado de São Paulo, a entrega da Sabesp, a entrega do nosso
patrimônio público, a entrega de tudo aquilo que pode e que deveria melhorar a
vida do povo mais pobre deste País. A gente fica muito triste quando a gente
percebe que não há compromisso deste governo.
E agora chegou
a vez da Furp. Chegou a vez. Lá em Américo Brasiliense... Não sei se a prefeita
está aqui ainda. Mas lá em Américo Brasiliense a gente tem uma grande fábrica,
a maior. Uma fábrica que foi inaugurada quatro vezes. Quatro vezes ela foi
inaugurada.
E ela nunca
funcionou porque não há compromisso do Governo de São Paulo, nem desse, nem de
outros, em fazer com que a Furp entregue medicamentos com toda a sua capacidade
de produção.
E a capacidade
de produção lá é muito grande. A fábrica é muito grande, a fábrica é muito
bonita. A fábrica teria condições de abastecer, não só o estado de São Paulo,
mas também na produção de medicamentos, entregar para outros estados que, com
certeza, iriam colocar recursos para que a gente pudesse manter a manutenção de
toda a fabricação desses medicamentos.
Mas a gente
sabe que, infelizmente, o desmonte continua. E, com certeza, vai continuar.
Agora, a próxima, me parece que é a Fundação Casa. Eles também estão de olho na
entrega da Fundação Casa. Eles estão de olho em acabar com um sistema
penitenciário que já não é bom. Mas eles querem privatizar o sistema
penitenciário também.
Eles querem
privatizar tudo. Eles querem que o Estado seja mínimo. Que o Estado não dê para
aqueles que efetivamente precisam das políticas sociais, eles não querem
entregar. O que eles querem é acabar com tudo o que é bom para o povo mais
pobre. Mas, para a Faria Lima, aí é tudo de bom. A entrega é grande para os
ricos.
Eu peguei, na
semana passada, uma listagem das empresas que estão tendo isenções fiscais. Eu
fiquei assustada com os valores altíssimos, de milhões, milhões e milhões de
reais que são entregues de isenções fiscais. E sempre as mesmas empresas. Passa
ano, entra ano, sai ano, os amigos do rei são os beneficiados.
E a Sabesp se
foi. A qualidade da água péssima, e as pessoas estão pagando tarifas maiores. E
também consumindo água de esgoto, porque agora resolveu-se fazer com que a
Sabesp distribua água que já foi usada, para reutilizá-la. É isso que significa
a privatização: o dinheiro para poucos, para os amigos do rei. E a Furp não
será diferente.
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Para concluir, deputada Márcia
Lia.
A SRA. MÁRCIA LIA - PT - Estou concluindo. Então, nós
queremos dizer que a bancada do Partido dos Trabalhadores é contra a venda, a
entrega, o acabamento da nossa Furp.
O
SR. DONATO - PT - Pela ordem, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Pela ordem,
deputado Donato.
O
SR. DONATO - PT - Para encaminhar pela bancada do
PT.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - É regimental. Tem
o tempo regimental.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Pela ordem,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem a palavra o
deputado Gil Diniz.
O
SR. GIL DINIZ - PL - Para uma comunicação,
presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos Vossa Excelência.
O
SR. GIL DINIZ - PL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr.
Presidente, só para comunicar aqui ao plenário e dar parabéns ao nosso amigo
Caio França, pai fresco aqui neste plenário. Esta Assembleia Legislativa,
presidente, este ano aqui teve vários filhos e filhas de deputados. Então, dar
parabéns ao Caio França, a V. Exa. também, pai recentemente.
Parabéns à Fernanda, sua esposa; à
Laura. E à Estela, que veio ao mundo. Então, parabéns Caio. Obrigado pela
amizade, pela parceria. Muitas vezes, aqui ficamos em lados opostos no
Parlamento, mas sem sombra de dúvidas um filho vir ao mundo é uma alegria muito
grande. E dividir essa felicidade contigo aqui é realmente fenomenal. Então,
meus parabéns a você e à sua família pela vinda da Estela.
Parabéns.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Parabéns, Caio
França. Uma salva de palmas à Estela e ao nosso pai Caio França. Seja
bem-vinda, Estelinha. (Palmas.)
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Pela ordem, Sr.
Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra,
Dr. Jorge do Carmo.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - Fazer uma comunicação,
rapidamente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Tem dois
minutos Vossa Excelência.
O
SR. DR. JORGE DO CARMO - PT - PARA COMUNICAÇÃO -
Obrigado, Sr. Presidente. Quero aproveitar, Sr. Presidente. Estou vendo aqui,
firme na luta fazendo o bom combate, o Carlos Gabriel, que está na galeria. Eu
conheço o Carlos Gabriel lá de Guaianases, lá do extremo da zona leste.
E compartilhar com ele, e ele sabe da
luta, que o governador, o Governo do Estado vai construir uma estação nova lá.
E já está despejando as pessoas, já está pedindo para as pessoas desocuparem.
Nós não somos contra nenhum benefício, nenhum progresso, deputado presidente.
Nós somos favoráveis.
Mas é preciso que também tenha
respeito, converse com a comunidade, atenda às demandas, porque certamente vai
ter remoções. E a comunidade onde ele mora, lá na Vila Cruzeiro, junto com o
Jardim Soares, está sofrendo os impactos do governador, que quer remover as
pessoas lá, sem oferecer, sem garantir a moradia digna, de acordo com o que é
previsto na Constituição Federal.
Então, Carlos, parabenizar você pela
luta, reafirmar o meu compromisso, o compromisso do nosso mandato com aquela
comunidade. Dizer: vamos estar juntos sempre, em defesa do progresso para a
nossa região, mas desde que não haja prejuízo, não haja demolições e também que
as pessoas não vão para a rua, porque elas merecem e precisam da sua moradia.
Então, conte comigo e conte com o nosso
mandato, que é instrumento da luta.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Com a palavra o
deputado Donato, para encaminhar pela Federação PT/PCdoB/PV.
O
SR. DONATO - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR - Obrigado, presidente. Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
todos os que nos acompanham pela Rede Alesp e aqui presencialmente. Tem acho
que pouco menos de dois minutos nesta sessão, é isso, presidente?
O SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Um minuto e meio.
O SR. DONATO - PT – Mas, então, neste minuto e meio,
vou ver se eu consigo dar um recado rápido. Eu procurei estudar o projeto, fui
à audiência pública, conversei com funcionários da Furp. E vários dados que
foram falados aqui por representantes da base do Governo não correspondem à
realidade.
A história do
prejuízo de 300 milhões se baseia num estudo de 2019. Em 2019, por que dava
prejuízo? Porque os governos federais do Temer e do Bolsonaro pararam de
comprar remédios. Por isso que deu prejuízo. Hoje, com a retomada da compra de
remédios - e o principal cliente, hoje, já é o governo federal novamente -, a
Furp começa a dar lucro.
A unidade de
Guarulhos, trabalhando apenas um turno - ela tem condição de trabalhar três
turnos -, já dá lucro. No conjunto, você tem prejuízo porque a fábrica de
Américo Brasiliense está parada. E é uma fábrica que pode produzir muito mais.
Não tem o menor sentido a gente não trabalhar para fortalecer essas unidades,
fortalecer a Furp. “Ah, ela vai ser extinta, mas vai ser incorporada pelo
Butantan”. Bom, não está muito claro no projeto que o Butantan dará sequência
ao que vem sendo feito.
E por que a
gente não concorda que se extinga a Furp, mesmo que ela seja absorvida pelo
Butantan? O Butantan tem outra vocação, ele trabalha com a medicina preventiva,
com vacinas, com outro tipo de desenvolvimento e tecnologia. A Furp produz
remédios...
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Deputado
Donato, infelizmente eu não posso mais dar a palavra a V. Exa. porque encerrou
a sessão...
O
SR. DONATO - PT - Daqui a pouco eu continuo.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Mas eu vou dar
o tempo regimental de oito minutos e 14 segundos, para a próxima sessão, para
V. Exa. dar sequência ao encaminhamento que vinha fazendo.
O
SR. DONATO - PT - Obrigado, presidente.
O
SR. PRESIDENTE - ANDRÉ DO PRADO - PL - Nada mais
havendo a tratar, está encerrada esta sessão, lembrando-os, ainda, da segunda
sessão extraordinária a realizar-se dez minutos após o término desta sessão.
*
* *
- Encerra-se a sessão às 19 horas e 14
minutos.
* * *
- É inserida
declaração de voto, não lida em plenário
* * *
Declaração de
voto bancada - PLC 49/2025 – FURP
São Paulo, 11
de novembro de 2025
Senhor
Presidente,
Nos
termos do artigo 200 do Regimento Interno, apresentamos declaração de voto
contrário da Bancada do PSOL ao Projeto de lei complementar nº 49, de 2025, que
dispõe sobre a extinção da Fundação para o Remédio Popular "Chopin Tavares
de Lima" - FURP, altera a Lei nº 9.192, de 23 de novembro de 1995, e dá
providências correlatas.
A
propositura deliberada em plenário busca autorização legislativa para que o
Poder Executivo promova a extinção da Fundação para o Remédio Popular – FURP,
entidade instituída pela Lei nº 10.071, de 10 de abril de 1968. A justificativa
do projeto aponta para as diretrizes e ações do Governo Estadual no sentido da
“modernização da administração pública, com eficiência dos gastos públicos e
redução de despesas correntes”.
Como
ressaltado pela mensagem do Governador, já em 2020 o Governo Estadual tentou
realizar a extinção da FURP, por meio do PL 509/2020 (que deu origem à Lei nº
17.293, de 15/10/2020). Nessa oportunidade, diversos institutos foram extintos,
incorporados ou fundidos a outros. Tanto FURP quanto Oncocentro foram retirados
do texto final e salvos da extinção.
A
propositura aprovada se fundamenta, ainda, em estudo elaborado pela FIPECAFI
com um diagnóstico econômico-financeiro da FURP, que resultam em indicativos da
sua atual ineficiência.
Tal
estudo aponta que “a comparação das receitas da FURP entre os anos de 2011-2015
e 2016-2023 revela um declínio sistemático em quase todas as categorias de
clientes, evidenciando um problema estrutural, perfazendo uma queda não
temporária, mas contínua, refletindo fragilidades na estrutura de receitas da
instituição”.
Também,
que “a falta de atualização e diversificação de produtos torna a FURP cada vez
mais dependente de repasses do Tesouro Estadual, comprometendo sua
autossuficiência e viabilidade a longo prazo”, e que são verificados déficits
operacionais contínuos entre os anos de 2011 e 2023, evidenciando sua
fragilidade financeira persistente.
Diante
desse panorama, a pasta aponta que a atuação da FURP pode ser reorganizada em
três segmentos distintos: o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da
Saúde de São Paulo (SES-SP) e o Instituto Butantan.
Assim,
a proposta deliberada, de extinção da fundação e incorporação de suas
atividades, seus ativos e do quadro de empregados remanescentes da FURP ao
Instituto Butantan “seria alternativa mais viável para garantir continuidade e
sustentabilidade”, que teria manifestações técnicas favoráveis do Instituto Butantan
e da Coordenadoria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos de Saúde –
CCTIES.
Registramos,
por oportuno, que quando da análise da proposta de extinção, pelo PL 529/2020,
razões de ordem técnica, social e econômica fundamentaram sua retirada do
projeto e o seguimento de suas atividades. Naquela oportunidade, justificado
como “medidas voltadas ao ajuste fiscal e ao equilíbrio das contas públicas”, o
governo estadual tentou a mesma autorização para extinção da Fundação para o Remédio
Popular “Chopin Tavares de Lima” - FURP.
O
argumento, à época, era de que o setor privado poderia suprir o mercado
atendido pela FURP, o que foi refutado pois o Estado poderia ficar dependente
de laboratórios privados, encarecendo os custos ao usuário e ao sistema de
saúde. Já naquela oportunidade, ficou claro que o problema era o sucateamento deliberado
dos serviços prestados pelo laboratório, que mesmo possuindo uma enorme
estrutura e capacidade de produção, além de muitos funcionários capacitados,
que estavam flagrantemente subutilizados.
Essa
mesma situação, de desmonte, se verifica nesta oportunidade. Afinal, as
análises do citado estudo da FIPECAFI que tratam de declínio sistemático de
clientes, fragilidades na estrutura de receitas da instituição, falta de atualização
e diversificação de produtos e déficits operacionais decorrem basicamente da
falta de investimentos públicos na fundação.
Mesmo
com pequenos ganhos redacionais, conseguidos após a realização de audiência
pública pela Assembleia Legislativa, e pela mobilização dos funcionários da
FURP, que permitiram a preservação dos contratos de trabalho, e retiraram a
permissão de alienação dos imóveis de propriedade da FURP (agora, transferidos
à Secretaria da Saúde), ainda somos contrários ao mérito da propositura, de
extinção da FURP.
Afinal,
a extinção de uma fundação de produz remédios populares é inaceitável,
inconcebível e algo vexatório para o Estado de São Paulo. Mesmo com a tomada de
responsabilidades e atividades pelo Instituto Butantan e pela Secretaria de
Saúde, suas competências, seus conhecimentos e suas finalidades são distintas.
O
Estado de São Paulo perde uma importante fundação, que produz remédios a baixo
custo e que permite que os usuários sejam beneficiados com a gratuidade no seu
fornecimento.
Eis,
assim, a razão pela qual declaramos o voto contrário ao PLC 49, de 2025.
Sala
das Sessões, em
a) Deputada Ediane Maria – líder do
PSOL
Atenciosamente,
Ediane
Maria
DEPUTADA
* * *