
25 DE AGOSTO DE 2025
39ª SESSÃO SOLENE PARA HOMENAGEM AO DIA DO MAÇOM
Presidência: VITÃO DO CACHORRÃO
RESUMO
1 - VITÃO DO CACHORRÃO
Assume a Presidência e abre a sessão às 19h13min.
2 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Nomeia a Mesa e demais autoridades presentes. Convida o público para ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro".
3 - PRESIDENTE VITÃO DO CACHORRÃO
Informa que a Presidência efetiva convocara a presente sessão solene para "Homenagem ao Dia do Maçom", por solicitação deste deputado. Tece considerações históricas sobre a relevância da maçonaria no cenário político e social do País.
4 - EDUARDO FERREIRA TELLES
Vice-presidente do Conselho Federal do Grande Oriente do Brasil, faz pronunciamento.
5 - JORGE ANYSIO HADDAD
Grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, faz pronunciamento.
6 - FERNANDO FERNANDES
Grão-mestre do Grande Oriente Paulista, faz pronunciamento.
7 - RUBERVAL RAMOS CASTELLO
Grão-mestre do Grande Oriente do Brasil, faz pronunciamento.
8 - MESTRE DE CERIMÔNIAS
Anuncia a entrega de homenagem ao deputado Vitão do Cachorrão, pelo Grande Oriente do Brasil, de São Paulo.
9 - PRESIDENTE VITÃO DO CACHORRÃO
Faz agradecimentos.
10 - RUBERVAL RAMOS CASTELLO
Grão-mestre do Grande Oriente do Brasil, faz pronunciamento.
11 - PRESIDENTE VITÃO DO CACHORRÃO
Faz agradecimentos gerais. Destaca ações beneficentes da maçonaria. Cita e comenta o Salmo 133. Encerra a sessão às 20h05min.
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ÍNTEGRA
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- Assume a Presidência e abre a sessão
o Sr. Vitão do Cachorrão.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Senhoras e senhores,
boa noite. Sejam todos mais que bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo. Essa sessão solene tem a finalidade de comemorar o Dia do Maçom,
celebrado em 20 de agosto. Comunicamos aos presentes que esta sessão solene
está sendo transmitida ao vivo pela TV Alesp e pelo canal da Alesp no YouTube.
Convido agora para que componha a Mesa
Diretora, o nosso amigo e deputado estadual Vitão do Cachorrão. (Palmas.)
Deputado Vitão, presidente e proponente desta solenidade. O irmão Ruberval
Ramos Castello, eminente grão-mestre estadual do Grande Oriente do Brasil de
São Paulo. (Palmas.)
O irmão Fernando Fernandes, sereníssimo
grão-mestre estadual do Grande Oriente paulista. (Palmas.) O nosso irmão, Jorge
Anysio Haddad, sereníssimo grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São
Paulo. (Palmas.) E o irmão Eduardo Ferreira Telles, eminente vice-presidente do
ilustre Conselho Federal do Grande Oriente do Brasil. (Palmas.)
Pois bem, convido a todos os presentes
para, em posição de respeito, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado
pelo Coro Masculino do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
sob a regência do maestro 1º sargento Davi.
* * *
- É executado o Hino
Nacional Brasileiro.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Agradecemos à banda,
ao Coro Masculino do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Dando continuidade aos nossos
trabalhos, passo a palavra ao proponente desta sessão solene, o deputado
estadual Vitão do Cachorrão.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS
- Boa noite a todos, com muita alegria de estar aqui.
Antes de começar o discurso, como a banda
engrandeceu muito aqui esse evento, se a gente puder bater palmas para a banda,
que cantou o Hino Nacional... (Palmas.)
Iniciamos os nossos trabalhos nos
termos regimentais. Senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada pelo
presidente desta Casa de Leis - um grande amigo que eu tenho -, deputado André
do Prado, atendendo à minha solicitação, com a finalidade de comemorar esse dia
tão especial: o Dia do Maçom, celebrado em 20 de agosto.
Antes de começar o meu discurso, além
de agradecer aqui à Polícia Militar, eu quero agradecer a toda a estrutura da
Casa. Quero agradecer à TV Alesp, que está crescendo nesses últimos anos a
audiência aqui de todos - então, a gente tem que lembrar da equipe da TV, do
pessoal que filma aqui - então, eu agradeço muito os meus amigos aqui da TV
Alesp.
E também eu nunca me esqueço de
agradecer - como eu vim de uma família muito humilde - agradecer ao pessoal da
limpeza aqui da Casa, que limpa o banheiro, que faz o nosso café: Ruberval,
Haddad, Fernando Fernandes. A gente não pode se esquecer de ninguém aqui na
Casa.
E nesse dia tão especial, agradecer
essa oportunidade de eu fazer aqui essa homenagem merecida a vocês. Eu me
identifico muito, porque isto também está no meu coração: ajudar o próximo, e
essa homenagem a vocês é merecida.
Eu me identifico muito. Porque isso
também está no meu coração: ajudar o próximo. E essa é a menção, pelo que eu
entendo, de cada um, do que Deus deixou. Eu quero, do fundo do meu coração, eu
marquei até algumas coisas aqui.
É uma grande satisfação, que subimos a
este plenário, a esta tribuna, no dia 25 de agosto, nesta noite, para
prestarmos esta homenagem a uma instituição que, há séculos, contribui de forma
silenciosa e efetiva para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
E até o nosso amigo Eduardo estava
falando: tem mais de 100 instituições, na minha cidade, que ajudam o próximo. E
eu sempre falo com o Danilo, que trabalha comigo: às vezes, muitas vezes, o
poder público não consegue ajudar. E nossos irmãos da maçonaria conseguem. A maçonaria
é uma das mais antigas e respeitadas sociedades iniciadas do mundo. A sua
relevância histórica no Brasil é inegável.
Personalidades como Dom Pedro I,
Marechal Rondon e outros maçons foram protagonistas na luta pela independência
do Brasil, pela abolição da escravatura e pela proclamação da República. Os
ideais maçônicos de liberdade, igualdade e fraternidade não se limitam aos
salões das lojas. Não ficam só na loja, fechados. Eles reverberaram em cada um desses momentos
cruciais de nossa História.
No estado de São Paulo, a maçonaria
continua a desempenhar um papel fundamental, representada por suas três potências
regulares e reconhecidas. E eu estendo aqui, e cumprimento toda a Mesa. Meu
amigo grão-mestre, que eu tive o prazer de conhecer, e já considero como um
irmão.
Quando vem aqui no meu gabinete, eu me
sinto tão bem, e fui até no podcast. Meu amigo do Grande Oriente de São Paulo,
Ruberval, grão-mestre Ruberval Ramos Castello. Merece palmas, pessoal.
(Palmas.) O grande amigo, o Grande Oriente paulista também, meu amigo
sereníssimo grão-mestre Fernando Fernandes, do Grande Oriente paulista. Sintam-se
cumprimentados. Também merecem as nossas palmas.
A Grande Loja Maçônica do Estado de São
Paulo, o sereníssimo grão-mestre Jorge Haddad. Fui tomar um café, e também já
fiquei fã do Jorge Haddad. Ele falou: “Vitão, tive vários convites. E não fui.
Mas, pela sua humildade, de você vir e me convidar...”
E hoje eu agradeço, e peço palmas ao
Ramos, mais uma vez. Porque o Jorge Haddad está aqui com a gente também.
(Palmas.) Essas potências não são apenas pilares de ordem maçônica. Mas também
instituições engajadas com as causas sociais, com a ética e a moral, eles
promovem a caridade, a educação e a filantropia por meio de projetos que
beneficiam as comunidades... E ouvindo a comunidade.
Eu sei... Sempre converso com o Danilo,
com os amigos, com os irmãos de Sorocaba e às vezes não está no nosso alcance,
mesmo eu sendo um deputado. Vocês têm um coração tão abençoado por Deus, que
quando eu falo com o Danilo... O Danilo está por aqui, o que trabalha comigo?
Olha lá, o Danilo. E cumprimento toda a minha equipe, que sozinho eu não sou
nada também. Danilo merece palmas também. (Palmas.)
Algumas coisas que não estão no nosso
alcance, que a gente não consegue apalpar, mas juntos nós somos mais do que
vencedores. Muitas coisas o Danilo resolve... E já pedimos até ajuda aqui desse
grande amigo e irmão, o Ruberval, para ajudar o próximo nas comunidades. Já
está encaminhando bem, a gente vai continuar ajudando o povo. Então muito
obrigado, Danilo, também.
Ações que alcançam a sociedade de forma
que nem sempre o poder público alcança, é o que eu falei aqui no começo e
repito, às vezes a gente fica engessado, você pede para a prefeitura, você pede
para o estado e você não consegue, mas vocês conseguem, vocês vieram para fazer
a diferença. Por isso essa justa homenagem no Dia do Maçom.
A maçonaria nos lembra da importância
de cultivarmos valores de caráter, do estudo e da responsabilidade cívica. As
suas lojas são espaços de debates e reflexões onde homens de diferentes origens
e crenças se unem para aprimorar-se moralmente e intelectualmente, buscando o
bem comum. Portanto, ao celebrarmos o Dia do Maçom, não celebramos apenas uma
data no calendário, mas uma dedicação de milhares de homens.
Hoje a gente vê aqui e tem vários. O
nosso irmão de Brasília, o Eduardo, tem o pessoal da Capital, muita gente de
Sorocaba, do interior. Eu já estou recebendo convite aí, quero ir na casa de
muitos amigos para a gente tomar um café, almoçar, para ficar, além da sessão
aqui, a amizade e o nosso mandato ficar à disposição para edificar uma
sociedade mais sólida, justa e humana.
Hoje dedicamos nossa homenagem e
gratidão à maçonaria e a todos os homens livres e de bons costumes que a
compõem. Que com seus ideais continuem a inspirar as futuras gerações, não
somente em São Paulo, como eu disse, mas em todo o Brasil e em todo o mundo.
Meus parabéns. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Permitam-me aqui
registrar a presença do irmão Célio Egídio da Silva, presidente do Egrégio
Tribunal Estadual de Justiça do Grande Oriente do Brasil de São Paulo, bem como
do irmão Rogério Donizetti Campos de Oliveira, presidente do Egrégio Tribunal
Estadual de Justiça.
Agradecemos, então, o nosso amigo
deputado Vitão do Cachorrão, e neste momento convidamos a fazer o uso da
palavra o eminente vice-presidente do ilustre Conselho Federal, o nosso mano
Eduardo Ferreira Telles. (Palmas.)
O
SR. EDUARDO FERREIRA TELLES - Boa noite a todos, em
especial ao sereníssimo grão-mestre Jorge Haddad, sereníssimo grão-mestre
Fernando Fernandes, meu querido irmão e amigo eminente Ruberval Ramos Castello
e o nosso querido deputado Vitão do Cachorrão, diante de vocês, especialmente
diante das cunhadas Cristina, da cunhada da fraternidade feminina, venho trazer
um testemunho, porque sou sorocabano, estou representando um cidadão
sorocabano, que é o grão-mestre geral do Grande Oriente do Brasil, ele também é
sorocabano, diante de um convite de um deputado sorocabano.
Então a minha alegria é muito grande e
não posso querer fazer discurso diante de oradores tão eloquentes que sequer
chegaria aos pés. Mas venho trazer aqui o meu testemunho do trabalho celular da
maçonaria, nós ouvimos muito do trabalho histórico, do trabalho efetivo que foi
feito na proclamação da República, na independência, na abolição dos escravos,
enfim, todos os trabalhos que foram feitos no passado, mas nos esquecemos de
citar o trabalho celular que é feito pelas lojas.
Hoje ainda conversava com o nosso
deputado, comentando que na nossa cidade de Sorocaba, temos mais de 100
instituições que as três potências estão por trás promovendo, ajudando e
fazendo uma parte que o poder público não consegue fazer. Então nós estamos
trabalhando, seja na Educação, seja na Saúde, seja na orientação dos jovens,
enfim, nós estamos participando silentemente de uma forma celular em todos os
rincões.
Vejo nesse trabalho que o nosso
deputado aqui é um maçom sem ser iniciado, atua, conheço o gabinete dele em
Sorocaba, de portas abertas, ou melhor dizendo, de portas escancaradas para a
população, na esquina do Mercado Municipal, na Rua Padre Luiz, e lá atende a
todos indistintamente, por isso foi um dos melhores eleitos dados a esse
trabalho.
Ele não comprou os votos, conquistou os
votos com trabalho, com dedicação e com empenho. E hoje trazendo aqui a soma
com os maçons, que também trabalham silentemente, que também atuam de uma forma
muito profunda e pulverizada, trazendo os benefícios da população, acho que nós
estamos unindo forças.
Quero deixar registrados os
cumprimentos ao nosso grão-mestre, que está em uma atividade lá em Goiás, são
três mil lojas que ele tem que assistir e neste momento, infelizmente, está no
estado de Goiás, mas deixa o caloroso abraço como cidadão sorocabano também
para o nosso deputado Vitor, agradecer este momento e este movimento, porque
aplaudir as atitudes dos maçons, não devemos aplaudir das autoridades
maçônicas, mas dos maçons que constroem e fazem pela maçonaria.
Então parabéns a todos os maçons e os
nossos votos, que continuem assim, fazendo esse trabalho de dedicação e
empenho, especial também para as cunhadas, a cunhada Cristina, a cunhada da
Frafem, que vem aqui trazer também o seu trabalho. Na Frafem, são 20 mil
mulheres atuando excelentemente, fazendo um trabalho abnegado e trazendo muitas
opções para o povo. Elas só...
Muito obrigado. Senão o Ruberval me
bate. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Aproveito, também,
para registrar as presenças da Cristina, a rainha Cris, do Shakar-Filhas do
Nilo, paramaçônica, bem como da Babi Bianchi, delegada da Fraternidade Feminina
da 2ª Macro do GOB São Paulo.
Pois bem, dando continuidade, agora
chamamos o nosso sereníssimo grão-mestre, Jorge Anysio Haddad. (Palmas.)
O
SR. JORGE ANYSIO HADDAD - Boa noite a todos os
senhores e senhoras. Boa noite à Mesa, nosso deputado Vitão do Cachorrão, nosso
irmão Eduardo Fernando Fernandes, Ruberval.
Agradeço a esta Casa de Leis,
destacadamente ao deputado Vitão do Cachorrão, pela homenagem ao Dia do Maçom,
por essa homenagem a nós maçons e irmãos. Homenagem a um grupo de homens que há
séculos trabalha em prol de uma sociedade mais justa, principalmente através da
caridade e ajuda ao próximo.
Somos conhecidos pela sociedade como um
grupo de homens sérios que prezam pela ética, moral e trabalho. Em nossa vida
maçônica, passamos estudando diversas matérias, as artes liberais. Entre elas a
retórica, palavra que hoje em dia estaria muito em moda e seu uso seria
constante se a cultura entre nós, reinante, nos permitisse melhor entendimento
sobre a semântica da palavra e o seu significado.
Mas vamos lá. Justo em um dia de
homenagem e parabéns, dia que talvez fosse erroneamente utilizada essa pauta
para algo tão sério... Mas é exatamente aqui, no Legislativo, que começa esse
entendimento da retórica. Pertencente ao “Trivium”, as artes da linguagem junto
à lógica e à gramática, sua definição simples seria: “Retórica, a arte da
persuasão e expressão”, ou ainda “A arte da eloquência, a arte de bem
argumentar, a arte da palavra”.
Portanto, meus irmãos, aqueles mais
atentos já podem antecipadamente entender a finalidade desse discurso, diria
lógico, para explicar a retórica neste lugar - a Casa das Leis - nesse dia para
uma lição de conscientização, principalmente sobre os Três Poderes.
O Poder Legislativo, um dos Três
Poderes essenciais do Estado, tem como funções primordiais a criação e
aprovação de leis, além de fiscalizar as ações do Poder Executivo. Definição
simples, mas poderia ser assim.
O Poder Legislativo, um dos Três
Poderes essenciais do Estado, tem como funções primordiais a criação e
aprovação de leis, além de fiscalizar o uso da retórica pelo Poder Executivo.
Simples.
Portanto, nos três âmbitos
administrativos, municipal, estadual e federal, nós, povo brasileiro, nós, povo
maçônico, vamos cobrar mais veemente esse, diria, subterfúgio administrativo
tão usado pelos poderes, notadamente o Executivo do País. O povo está sofrendo
de todas as formas, principalmente de uma maneira psíquico-emocional. Estamos
com medo.
Sou cobrado quase que diariamente pelos
maçons para que tenhamos uma posição. Todos os grão-mestres do Brasil estão
sendo cobrados. Mas a aceitação, a pluralidade de créditos e opiniões políticas
reinante em nossos quadros, motivo de orgulho interno e de tolerância, nos
impede de uma posição mais clara e objetiva.
Entretanto, todo movimento democrático
deve nascer do povo, e essa pluralidade citada acima, nós, dirigentes e líderes
da maçonaria, devemos estar atentos e cautelosos a um apoio político que não
tenha o cunho opinativo.
Povo maçônico, sociedade em geral, a maçonaria
está atenta. E uma boa lição a todos seria começarmos pelo civismo. Estamos
próximos ao sete de setembro. Vamos comemorar nossa independência, a
independência de um país.
Mas nossa coerência hoje é proclamarmos
a independência da sociedade, que sejamos libertos para livres pensarmos, sem
radicalismo, sem extremismos e, principalmente, sem medo. Com mais justiça, uma
justiça verdadeira que deve ser aplicada pelo terceiro Poder, o Judiciário, até
agora oculto neste discurso, tão importante, mas não o mais importante dos três
Poderes. Que isso seja o início de um trabalho.
Não vou me alongar mais. A maçonaria
está às ordens, notadamente, do povo maçônico, para uso e pela sociedade.
Parabéns a nós, maçons. Obrigado, simplesmente, por serem bons maçons e
sabermos o que significa. Obrigado a esta Casa, deputado, pelo direito de uso
da palavra.
Confesso que eu o fiz me visitar,
conhecê-lo antes de estar aqui presente, mostrou seu brilhante trabalho e,
enfim, com o máximo prazer aqui representando a nossa instituição. Jorge Anysio
Haddad, 26º grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, há 98
anos aperfeiçoando o homem e trabalhando em prol da sociedade.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Chamo agora para
fazer o uso dessa tribuna o sereníssimo grão-mestre Fernando Fernandes, do
Grande Oriente Paulista. (Palmas.)
O
SR. FERNANDO FERNANDES - Boa noite a todos.
Gostaria de cumprimentar a todos, um por um, mas, infelizmente, posso cometer
alguns erros.
Assim, cumprimento o excelentíssimo
deputado Vitão do Cachorrão, por esse convite, esse patrocínio essa nossa
noite, meus irmãos, as autoridades maçônicas, os nossos familiares, as nossas
cunhadas hoje aqui presentes, a todos os nossos amigos presentes ou a
distância, que nos assistem através da TV da Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo.
Hoje, viemos aqui para celebrar uma
data que transcende o calendário. Hoje estamos aqui reverenciando o Dia do
Maçom. Para nós, um dia de gratidão, de reflexão e de renovação dos nossos
compromissos - compromissos que assumimos lá naquele momento quando aceitamos o
convite para trilhar esse caminho na maçonaria - de luz, de disciplina e de
fraternidade.
A maçonaria não é apenas uma ordem
iniciática, é uma escola viva de moral, de ética e de sabedoria, que há muito
tempo inspira homens a se tornarem melhores, não apenas para si mesmos, mas
para suas famílias, as suas comunidades, para a humanidade inteira. Tornarem-se
melhores não do que o outro, mas nos tornarmos melhores do que éramos ontem.
Nesse dia, recordamos com reverência o
papel fundamental de maçons que ajudaram a edificar a liberdade da nossa Pátria.
Muitos dos idealizadores da Independência do Brasil eram irmãos de ofício, que
inspirados nesses valores de liberdade, igualdade e fraternidade, deram a sua
contribuição decisiva para que o sonho de uma nação soberana se tornasse
realidade.
Mas, meus irmãos, se o passado nos
inspira, o presente nos convoca. Vivemos tempos de desafios, a intolerância
cresce, a desigualdade persiste, a ética é tantas vezes relegada ao segundo
plano. É exatamente nesse cenário que o papel do maçom se torna ainda mais indispensável.
A maçonaria não existe apenas para ser contemplada, mas para ser vivida.
Nós não somos uma sociedade secreta,
mas uma sociedade discreta, que atua silenciosamente, em todos os sentidos, em
prol do bem comum. Os nossos templos não se limitam às paredes ou colunas de
uma loja. Ela se expande para o lar, para o trabalho, para as ruas, para o
espaço em que um maçom esteja presente.
Ser maçom, antes de tudo, é ser
exemplo. É ser farol onde há escuridão. É ser ponte onde há divisões. É ser voz
de esperança onde tantos já perderam a fé. Cada um de nós está sendo chamado
para ser um construtor do futuro, assentando a cada dia as pedras da justiça,
da solidariedade, da fraternidade e também da cidadania, como clamou o nosso
querido irmão Jorge Haddad.
Hoje também é dia de reconhecimento.
Reconhecimento a todos os irmãos que, com dedicação e humildade, sustentam o
trabalho da ordem. Reconhecimento às famílias, que nos apoiam, ou às vezes
toleram, e compreendem as nossas ausências, pois sabem que servimos a um
propósito maior. Reconhecimento sobretudo nosso ao grande arquiteto do
universo, ao altíssimo, verdadeiro e eterno Deus, que nos concede a
oportunidade de servir a sua obra.
Que esta noite, que esta comemoração,
que este evento não seja apenas uma data no calendário, mas uma chama que se
reacende nos nossos corações. O ideal maçônico, que possamos, nesta data,
renovar essa chama, prontos para enfrentar os desafios do mundo com coragem,
com sabedoria e, sobretudo, amor ao próximo. Meus irmãos, não nos esqueçamos, de
que somos guardiões de um legado que transcende ao tempo.
O mundo que recebemos das gerações
passadas devemos transmitir às gerações futuras com ainda mais brilho e vigor.
Que neste dia em que comemoramos o Dia do Maçom, cada um de nós possa reafirmar
os seus juramentos silenciosos que nos unem, o de ser homens livres, de bons
costumes, construtores de pontes e semeadores de luz.
E que, unidos, continuemos a consolidar
uma maçonaria forte, respeitada e atuante, capaz de transformar não apenas a vida
dos iniciados, mas também a sociedade que nos observa e que tanto precisa do
maçom.
Não posso deixar mais uma vez de
agradecer esta Casa do povo, de agradecer a iniciativa do Exmo. Deputado Vitão,
porque aqui na Casa do povo nós possamos dizer: feliz Dia do Maçom. Que o
grande arquiteto do universo continue iluminando os nossos passos e
fortalecendo a nossa jornada.
Muito obrigado e um grande abraço a
todos. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Chamo agora, para
esta tribuna, para fazer uso da palavra, o irmão Ruberval Ramos Castello,
eminente grão-mestre do Grande Oriente do Brasil de São Paulo. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS
- Antes do Ruberval, vou fazer questão de cumprimentar as mulheres que estão
aqui no plenário, que são a Babi, da Fraternidade Feminina, e a Cristina, da
Rainha das Filhas do Nilo também. As mulheres merecem palmas também, pessoal.
(Palmas.)
Ruberval tem a palavra.
O
SR. RUBERVAL RAMOS CASTELLO - Obrigado, Exmo.
Deputado Vitão do Cachorrão, sereníssimos grão-mestres Jorge Anysio Haddad e
Fernando Fernandes, eminente irmão Eduardo Ferreira Telles, do nosso conselho.
Cumprimentar as famílias em nome da Babi, da Cristina, meus queridos irmãos. Eu
falo muito pouco e bem, sou curto e rápido. Tento ser o mais rápido possível.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS
- O irmão fique à vontade, tem mais de uma hora.
O
SR. RUBERVAL RAMOS CASTELLO - Não passo de
cinquenta minutos, nunca. Bom, então, é uma alegria e uma honra estar aqui
representando o Grande Oriente do Brasil de São Paulo nessa homenagem tão
especial do Dia do Maçom.
Hoje não é apenas uma data comemorativa; é uma
oportunidade de abrir as cortinas da história e mostrar à sociedade uma
instituição que há mais de dois séculos trabalha nos bastidores por um Brasil
mais justo, solidário e fraterno.
A maçonaria está presente talvez não em
holofotes, mas com luz própria, aquela que inspira ações transformadoras, que
move pessoas a fazerem o bem, que constrói pontes quando muitos preferem muros.
Desde 1822, o Grande Oriente do Brasil,
potência maçônica nacional da qual fazemos parte, vem atuando com firmeza em
momentos cruciais de nossa história, na luta pela independência, pela abolição
da República, pela democracia, sempre de forma discreta, mas com impacto real.
Ser maçom é acreditar que mudar o mundo
começa com um aperfeiçoamento em si mesmo. É praticar valores como ética,
justiça, respeito, trabalho e compromisso social todos os dias, em silêncio e
sem esperar por medalhas ou qualquer recompensa.
E é por isso que essa homenagem
oferecida pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pelo deputado
Vitão do Cachorrão, tem um valor imensurável. Ela não apenas reconhece a nossa
história, ela fortalece a nossa missão. Estamos aqui para reafirmar o pacto com
a cidadania, com o diálogo, com a construção de um futuro melhor.
Como maçonaria, orgulhamo-nos de ser
parte ativa da sociedade, incentivando projetos educacionais, culturais,
sociais e comunitários. É isso que nos move. É isso que nos une. A você que nos
ouve hoje, fica o convite: reflita conosco o que podemos fazer juntos para
deixar um legado mais humano, ético e solidário. Que o espírito do Dia do Maçom
inspire mais união, mais consciência e mais ação.
Vitão, como você disse que veio do
povo, eu vou lhe dizer que há mais de 46 anos eu trabalho com habitação social.
A gente sempre brincava assim: “Trabalho com pobres e miseráveis”.
A gente trabalha mais mesmo com a parte
mais baixa da sociedade, assim dando uma condição mais digna para que eles
possam morar. A gente conseguiu desmontar um monte de favelas e fazer conjuntos
habitacionais em prol do povo mesmo. Esse é meu trabalho. Faço isso minha vida
inteira, profissional.
Então, dizer que a maçonaria, eu
acredito naquilo que me falaram quando fui convidado para entrar nela. Assim,
eu trabalho constantemente para que isso dê certo. O Grande Oriente do Brasil
de São Paulo vai fazer sete anos só; apesar de nossa potência federal ter 203
anos, o Grande Oriente do Brasil teve uma cisão em 2018. Vamos falar “cisão”. O
nome cisão é bonito. Teve uma cisão em 2018, e a gente começou do zero.
Hoje a gente já tem sede própria, a
gente faz campanhas de alimentos sempre, fizemos campanhas de vacinação.
Sorocaba foi uma das cidades que recebeu mais de - se não me engano - mil doses
de vacina. A gente fez campanha de vacinação no estado inteiro, campanha de
medicamentos.
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
De agasalhos. Eu estive presente e vi lá o carinho, tudo sendo separado,
sapatos, roupas de frio, roupas de criança.
O
SR. RUBERVAL RAMOS CASTELLO - Sim. De verdade, eu
estou muito feliz de estar grão-mestre no dia de hoje. Eu te agradeço demais
por essa homenagem. Agradeço ao Danilo, que quando eu falei para ele “vamos
fazer”, ele já começou a mexer para virar. No ano que vem vai ser melhor, não
é, Danilo? No ano que vem vai ser mais estruturado.
Dizer então que é um prazer ter você
como amigo hoje. A gente se conhece há relativamente pouco tempo, mas desde o
primeiro momento teve entrosação, acho que foi muito bom.
Agradecer também ao Jorge, ao Fernando.
Acho que, dos anos em que estou na maçonaria, esta gestão é a que está mais
unida. A gente brinca bastante, conversa bastante, mas faz tudo de bom para a
sociedade civil, que é o nosso principal objetivo: fazer o mundo melhor para
todos.
Muito obrigado, Vitão; obrigado,
Haddad, Fernando. Dizer que estou muito feliz e o Grande Oriente do Brasil de
São Paulo está sempre à disposição de todos.
Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Nós que agradecemos, Ruberval. Só vou dar um recado: no celular do Fernando
Fernandes não para de chegar mensagem, gente do Brasil todo que está
acompanhando, assistindo, mandando foto para eles. Parabéns. A homenagem é mais
do que merecida.
O
SR. FERNANDO FERNANDES - Eu gostaria de
comemorar aqui, pois sábado agora, anteontem, tivemos uma “adoção de Lowton”. É
o apadrinhamento dos filhos ou netos dos maçons. Dois “Lowtons” que foram
adotados no sábado estão presentes aqui, estão comemorando com a gente hoje
aqui. Fiquem de pé. Fiquem de pé os dois. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - Meus irmãos, meus
amigos, cunhadas, público presente, neste momento, convidamos para vir à
frente, juntamente com os membros da Mesa Diretora, o deputado Vitão do
Cachorrão, para receber uma homenagem do Grande Oriente no Brasil de São Paulo.
O
SR. RUBERVAL RAMOS CASTELLO - O Grande Oriente do
Brasil de São Paulo, incluindo as grandes lojas do estado de São Paulo e o
Grande Oriente paulista, agradecem ao deputado Vitão do Cachorrão pela sessão
solene alusiva ao Dia do Maçom, realizada no dia 25 de agosto de 2025, nas
dependências do Plenário Juscelino Kubitschek, Assembleia Legislativa do Estado
de São Paulo, e assinam os grão-mestres. Vitão, é humilde, mas de verdade, de
coração, é um agradecimento mesmo pelo seu trabalho aqui.
*
* *
- É entregue a homenagem.
*
* *
O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Obrigado, Ruberval. Eu que agradeço essa homenagem, que vai ficar guardada no
meu coração e também no nosso gabinete. Que Deus continue abençoando todos os
nossos amigos, nossos irmãos. O privilegiado está sendo eu aqui de fazer essa
homenagem no Dia do Maçom.
O
SR. RUBERVAL RAMOS CASTELLO - O Grande Oriente do
Brasil de São Paulo instituiu uma medalha para agradecer, para parabenizar quem
trabalha pela sociedade, tanto os maçons como os da sociedade civil. É feito um
decreto para a doação dessa medalha.
Nosso ilustre conselho aprova a nossa
solicitação e foi feita. Indicaram um tal de Vitor Alexandre Rodrigues.
Conhece? Ato nº 1.804, de 23 de 27, de 20 de agosto de 2025, da Era Vulgar,
concede o diploma Álvaro Solon Coelho e a medalha que o acompanha. O irmão
Ruberval Ramos Castello, grão-mestre estadual, do Grande Oriente do Brasil,
GOB/SP, exercício de suas atribuições e de acordo com o Decreto nº 300, de 2023
e 27, de 20 de maio de 2024 da Era Vulgar.
Conceder o diploma Álvaro Solon Coelho
e sua medalha. Aí a medalha que o acompanha, relativa a... Foi comemorado pelo
aniversário do Grande Oriente do Brasil de São Paulo, ao excelente Mons. Vitor
Alexandre Rodrigues, em reconhecimento pelo trabalho e dedicação em favor da
Pátria e da sociedade em geral.
Esse ato entra em vigor na data da sua
publicação, dado e traçado no gabinete do grão-mestre estadual, na sede do
poder estadual, aos 20 dias do mês de agosto de 2025 da Era Vulgar. Assina
Ruberval, Alexandre Yamada - que é meu secretário da Administração - e Celso
Correia Neves - que é o secretário de Guarda dos Selos.
Vem essa medalha acompanhada desse
diploma, o Álvaro Solon Coelho, quando faleceu, tinha quase 70 anos de
maçonaria, foi fundador de mais de 100 lojas maçônicas, e o final da vida dele
foi na minha loja, na Loja Ypiranga. Não era muito meu amigo, não, mas assim, o
trabalho que ele fez em prol da maçonaria não pode ser deixado de lado de jeito
nenhum.
A gente não tinha muita afinidade. Eu
era menino, ele era velho. Uai, mas eu falei agora, porque é verdade. Uai,
maçonaria diz que são homens livres e de bons costumes, então, mentir ou omitir
não é um bom costume. Sereníssimo.
O trabalho do Álvaro Solon Coelho,
tanto no mundo maçônico, como a beneficência na parte de Saúde e Educação, foi
monstruoso. Então a gente tem que render homenagens ao trabalho dele. E a
gente, inspirado nisso, fez uma medalha com esse diploma. Por favor. Esse era o
irmão Álvaro Solon Coelho. (Palmas.)
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- É entregue a homenagem.
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O
SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS -
Eu que agradeço, Ruberval, todos os amigos e irmãos que assinaram esse diploma
do Álvaro Solon Coelho. E agradeço a minha família, os meus pais que me
educaram, que colocaram esse dom no meu coração de ajudar o próximo.
Por isso... E eu vi isso também, na
maioria, em todos vocês, em especial no Ruberval, que eu conheci, também no
Haddad. Isso é um dom que Deus deixou na nossa vida: ajudar o próximo. Por
isso, essa identificação. E eu agradeço que Deus conserve a paz, a humildade e,
sempre, o desejo de ajudar aqueles que mais precisam juntos.
Muito obrigado, Ruberval. (Palmas.)
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - E é nesse clima de
descontração, nesse clima fraterno, afinal, estamos tratando de maçonaria...
Como eu costumo dizer, que eu costumo brincar: maçonaria é aquilo que a gente
faz quando a sessão termina, o que a gente faz lá dentro é ritualística. Então,
passo agora a palavra ao nosso, mais uma vez, pela terceira vez eu digo, amigo
e deputado, Vitão do Cachorrão, para que proceda ao encerramento desta
solenidade.
Por favor, deputado.
O SR. PRESIDENTE - VITÃO DO CACHORRÃO - REPUBLICANOS
- Eu que agradeço pelas palavras, por essa oportunidade de prestar essa
homenagem e de ser chamado de amigo. Você vê que a gente é chamado de amigo,
Ruberval, Fernando Fernandes, todos os colegas, de coração. Eu sou muito
honrado, falei isso na entrevista para a televisão aqui da TV Alesp.
E a palavra de Deus diz que temos que
dar honra a quem tem honra. Vejo o quanto a maçonaria tem honrado a nossa
sociedade com a filantropia, com assistência social e ações beneficentes. Ações
essas que têm chegado a lugares onde o poder público não alcança, e às vezes
não faz esforços.
E eu queria que, independentemente da
religião, separei também um versículo, um capítulo da Bíblia que eu gosto
muito, é o Salmos 133: “Ó, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em
união.
É como óleo precioso sobre a cabeça,
que desce sobre a barba, a barba de Aarão, e que desce à orla das suas vestes.
Como orvalho de Hermom, e como desce sobre os montes de Sião, porque ali o
Senhor ordena a bênção e a vida para sempre.”
Que Deus abençoe a todos. Esgotado o
objeto da presente sessão, agradeço a todos os envolvidos na realização desta
solenidade, assim como agradeço a presença de todos. Está encerrada esta sessão
solene.
Muito obrigado. (Palmas.)
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- Encerra-se a sessão às 20 horas e cinco
minutos.
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