4 DE SETEMBRO DE 2024

117ª SESSÃO ORDINÁRIA

        

Presidência: REIS e LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

        

RESUMO

        

PEQUENO EXPEDIENTE

1 - REIS

Assume a Presidência e abre a sessão às 14h04min.

        

2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

3 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Assume a Presidência.

        

4 - REIS

Por inscrição, faz pronunciamento.

        

5 - REIS

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

        

6 - PRESIDENTE LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Defere o pedido. Endossa o pronunciamento do deputado Reis. Defende reposição salarial e reajuste de vale-refeição para servidores da Polícia Penal. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 05/09, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão às 14h20min.

        

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Reis.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Presente o número regimental de Sras. Deputadas e de Srs. Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o expediente. Entrando na lista de oradores do Pequeno Expediente, chamo para fazer o uso da palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)  Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino, tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, funcionários da Assembleia Legislativa.

Sr. Presidente, há uns dez dias atrás, nós acompanhamos uma manifestação no Banco Santander em que os bancários, como já tinha dito inclusive no dia anterior, estavam em campanha salarial. Depois desses dias, ocorreram outras rodadas da campanha salarial e agora chegou em uma proposta apresentada aos bancários. Quero trazer aqui alguns dos pontos.

Foram, no total, treze rodadas de negociação durante dois meses, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, que é a Federação Nacional dos Bancos; daí fecharam, na negociação dessa semana, de final de semana, uma proposta de reajuste salarial de 4.64 para recompor a inflação, mais aumento real para 2024/2025. Então tem alguns impactos importantes porque os bancários, além de negociar cláusulas econômicas, também discutem cláusulas sociais.

O auxílio-refeição, nobre deputado Reis, presidente desta sessão, está indo para 50.46 reais por dia, enquanto aqui no governo do estado de São Paulo é apenas 12 reais o vale-refeição para os servidores públicos do Estado. Olhe, 50.46; mais o auxílio-alimentação de 874; uma décima terceira cesta de alimentação, também de 874; auxílio-creche e também incluiu aí a ajuda de custo do teletrabalho de 1.134 reais. Pode passar para a próxima.

Aqui nós temos um outro item também que os bancários sempre negociam, desde 1995, que é a participação nos lucros e resultados. Hoje são três regras, uma regra básica, uma regra majorada e uma parcela adicional. Então o teto da regra básica vai para 17.933 reais, o teto da regra básica majorada para 39.454 e a parcela adicional da PLR, também mais um valor de seis mil novecentos e quarenta e dois.

Então esse é o valor da PLR que os bancários vão receber, agora a partir do mês de setembro, porque parte desse valor já será pago agora no dia 30/09, que é um valor fixo de 2005, mas no mínimo 10.760 reais. Também será feita a antecipação da décima terceira cesta alimentação para o mês de outubro.

Então, como eu disse, além das cláusulas econômicas, os bancários também discutem cláusulas sociais. Pode passar aqui para a próxima transparência. Então está garantido para os bancários.

Quero já parabenizar a presença dos bancários, a Neiva, presidenta da Contraf; a Juvandia; a Aline, presidenta da Federação de São Paulo e Mato Grosso do Sul, são aqui as três dirigentes que conduzem a mesa de negociação, no caso do estado de São Paulo, para em torno de 150 mil bancários, e no Brasil 450 mil bancários. Então esse acordo vale para os 450 mil bancários, hoje, no Brasil.

Tem a manutenção de todos os direitos da CCT; avanços importantes foram incluídos nessa campanha: combate ao assédio moral e combate ao assédio sexual, isonomia salarial entre homens e mulheres, já estava na lei e agora está na Convenção Coletiva dos Bancários, promoção do acesso e da permanência de pessoas LGBTQIA+ na categoria bancária, concessão de abono de ausência para conserto ou reparo de prótese aos trabalhadores PCDs, redução de jornada para autistas.

Então acho que é importante, é um debate que a gente vê bastante aqui na Alesp, várias leis em relação a autistas, e a categoria bancária é a primeira que consegue incluir em uma convenção coletiva a redução de jornada para autistas. Compromisso para a elaboração da nova edição do Centro da Diversidade e bolsas de estudo para capacitar mulheres trans e PCDs em programação na área de TI no sistema financeiro.

Ainda em relação à convenção coletiva, tem um acordo geral para todos os bancos. Pode passar para o próximo. E tem aqui também o acordo voltado para a Caixa Econômica Federal, como tem também para o Banco do Brasil.

Então tem aqui: redução da jornada sem redução de salário para os pais de PCD e também de Transtorno do Espectro Autista; incorporação da gratificação após dez anos de função, então um bancário, depois de dez anos na Caixa Econômica Federal, não pode ter mais uma retirada da gratificação de função; criação do GT para discutir a manutenção no plano pós-aposentadoria para contratados após 2018 e o fim do teto de gastos para a saúde, e uma série de outras cláusulas sociais.

Então eu quero mais uma vez aqui externar os meus parabéns hoje à atual presidenta, Neiva, do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, dos presidentes das federações do estado de São Paulo - aqui de São Paulo, a Neiva é a nossa presidenta, e a presidente da Contraf é a Juvandia Moreira Leite, que conduziu muito bem, durante dois meses, as negociações dos bancários. Foram mais de 13 rodadas.

Neste período agora, os bancários farão assembleias em todo o País para definir se aceitam ou não a proposta finalizada no final da última semana, e é importante trazer aqui que, além daquela primeira manifestação que a gente acompanhou com um problema sério com o tenente da Polícia Militar lá no caso Santander, várias outras atividades aconteceram nos dias seguintes com nenhum episódio ocorrido com a Polícia Militar.

Como eu disse daquela vez, o nosso problema, quando você faz uma campanha salarial, que é um direito de greve, um direito de manifestação, nunca foi e nunca será contra a Polícia Militar. O caso foi específico com um tenente lá de Santo Amaro, do batalhão de lá, que estava totalmente despreparado para acompanhar uma campanha salarial, uma negociação dos bancários.

Então quero parabenizar mais uma vez os bancários pela competência da negociação, o que mais uma vez garante uma ótima negociação de uma das principais categorias que nós temos hoje no País.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Vou aguardar o deputado Luiz Claudio Marcolino assumir a Presidência.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Dando sequência aos oradores do Pequeno Expediente, com a palavra o nobre deputado Danilo Campetti. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Com a palavra o deputado Carlos Cezar. (Pausa.)

Com a palavra o nobre deputado Dr. Eduardo Nóbrega. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra a nobre deputada Thainara Faria. (Pausa.) Com a palavra a nobre deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Com a palavra o nobre deputado Reis. Tem V. Exa., nos termos regimentais, cinco minutos. Vossa Excelência é o 13º orador desta tribuna.

 

O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - É muito importante ser o décimo terceiro. Sr. Presidente, quero cumprimentá-lo pelo seu pronunciamento e cumprimentar também o público presente, os integrantes da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica.

Cumprimentar todos os funcionários desta Casa, todos os professores, diretores de escola, médicos, enfermeiros, todos os funcionários públicos, toda a população de São Paulo e todos aqueles e aquelas que estão nos acompanhando pelas redes sociais e pela TV Alesp.

Presidente Luiz Claudio Marcolino, eu falei sobre as ideias mirabolantes do “coache”, ou do coach, como queira. Ele fala de fazer um teleférico que vai ligar a periferia ao Centro. Imaginem vocês, vão deixar de andar de ônibus para andar de teleférico. Fala de criar drones falantes. O drone não vai precisar mais da polícia, ele vai fazer vistoria nas pessoas que julgar que estejam em uma situação em que devam ser abordadas.

É como no caso que eu falei aqui, do filme “O exterminador do futuro: a revolução das máquinas”. Eu indico para que todos assistam a esse filme, porque as máquinas é que fazem a guerra, que atiram nas pessoas. Então ele tem essa ideia desses drones falantes, drones que vão ficar policiando as pessoas.

Ele quer construir um prédio de um quilômetro de altura. Imaginem, o nosso Plano Diretor não permite isso. Hoje ele já está recuando das suas ideias mirabolantes e já está falando inclusive que teria que mudar o Plano Diretor para construir um prédio de um quilômetro de altura, que seria um ícone da cidade de São Paulo para o mundo inteiro. Está copiando experiências que tem em outros países.

E hoje eu vi no noticiário que o governador Tarcísio entrou de vez na campanha do Ricardo Nunes. Ele fala que está entrando na campanha do Ricardo Nunes para não deixar o Boulos ganhar as eleições. Eles temem o Boulos.

Eles não querem que o Boulos ganhe as eleições, por isso que ele entrou de vez na campanha do Ricardo Nunes, inclusive vai aparecer na programação do Ricardo Nunes, em que pese que seu padrinho falou para ele: “ Ó, Tarcísio, Tarcísio, não entra de cabeça, não, vai que o Ricardo perca, isso vai ficar feio para você, ok?” Não sei se você ficou sabendo disso.

Então, ele entrou de cabeça, mas eu fiquei analisando, presidente, Luiz Claudio Marcolino, que ele está entrando de cabeça porque o prefeito Ricardo Nunes ajuda a organizar, acomodar a base dele. Então, nós temos deputados que são secretários por indicação do Tarcísio.

Nós temos deputado federal que é secretário, que faz parte da base do Tarcísio. Então, obviamente com a saída do Ricardo Nunes, vai ter um desemprego. Tem deputado aqui que vai deixar de ser deputado; tem deputado em Brasília que vai deixar de ser deputado. Então, esse é o temor do Tarcísio. Esse é o temor dele.

A preocupação dele é que se o Ricardo Nunes sai, o Guilherme Boulos não vai colocar lá os meus indicados, e eu acho também, pela disputa que ele está fazendo com o “coash” ou com o couch, talvez também esses deputados não terão lugar. Então, essa é a grande preocupação do Sr. Tarcísio de Freitas, o privatizador, o vendedor, o mercador, não deu reajuste para os funcionários públicos esse ano. Esqueceu aqueles que o carregaram, mas você sabe que o tempo é o senhor da razão. Essas pessoas que fazem isso terão troco, foi o que aconteceu com João Agripino Doria. Você pode aprontar, pisar, mas lá na frente você vai pagar, e eu não tenho dúvida.

A outra questão, deputado, que eu quero deixar registrada aqui é o Projeto de lei Complementar da Polícia Penal, que ainda não entrou na pauta. Eu outro dia falei que há uma operação controlada para que os policiais penais só recebam reajuste o ano que vem, e isso está se dando com a Presidência da Assembleia que não pautou o projeto, que não pautou, porque já poderíamos ter votado esse projeto, e não foi votado.

É um projeto ruim? É ruim. Tem problemas o projeto? Tem problemas o projeto. Nós fizemos emendas para ajustá-lo, ficamos sabendo que até agora somente a emenda que tira o termo circunstanciado do projeto foi aceita, mas nós temos outros problemas para convencer o relator a retirar, mas até o presente, essa Casa não pautou esse projeto e não deu o devido atendimento para que os policiais penais possam ter, que a única coisa que tem interesse mesmo dos policiais penais é o reajuste, para que eles possam ter o reajuste de alguns dias esse ano ainda, se caso já tivesse sido aprovado.

Agora, nesse plano do governo em conjunto com a Presidência dessa Casa - porque é ela que tem que pautar e o Colégio de Líderes aqui - os policiais penais vão ter reajuste dos seus vencimentos, conforme eu já disse aqui, conforme o modelo Sylvia Designer, o primeiro pagamento só para janeiro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. REIS - PT - E aproveitando, havendo acordo de lideranças, requeiro de V.Exa. que a sessão seja levantada.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Antes de dar por levantada a sessão, nobre deputado Reis, inclusive esse compromisso com os servidores da Polícia Penal já ter sido apresentado desde o ano passado, que tinha sido compromisso do governador. Não mandou ano passado, nós já estamos agora no segundo semestre de 2024, o projeto entra, mas até agora não foi colocado para ser votado.

Esperamos que não só garanta a reposição, mas garanta também o que foi garantido depois também, a questão do vale-refeição, como acabei de apresentar aqui dos bancários, demonstrando que está muito longe o valor dos trabalhadores, servidores do estado de São Paulo com os demais trabalhadores do setor privado, hoje, no estado de São Paulo.

Então, quero parabenizar V.Exa. pelo trabalho que vem fazendo junto à Polícia Penal para garantir que esse projeto, de fato, entre, seja aperfeiçoado para poder ser aprovado para os trabalhadores receberem antes do final do ano de 2024.

Havendo acordo entre as lideranças, esta Presidência, antes dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.

Está levantada a presente sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 14 horas e 20 minutos.

           

* * *